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Livro-Texto Anatomia III

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130
Unidade III
Unidade III
Esta unidade aborda o aparelho urogenital e o aparelho reprodutor. O sistema urinário é a parte do 
aparelho urogenital responsável pela uropoese e pela condução, armazenamento e eliminação de urina. 
Esses são mecanismos fundamentais para a manutenção da homeostase, isto é, o estado de equilíbrio 
nas funções e na composição química dos fluidos, como o equilíbrio iônico do sangue e dos tecidos 
do corpo.
A urina, o mais compreensível dos fluidos corporais, sempre despertou interesse e seduziu a atenção 
dos indivíduos. Para os médicos, durante séculos foi a única janela que havia para o corpo humano e 
por esse motivo foi utilizada como principal recurso diagnóstico. A uroscopia se tornou um relevante 
símbolo da medicina por muitos anos e originou a medicina laboratorial ao se transformar na urinálise. 
Ao longo da história a urina apresentou uma impressionante diversidade de usos médicos e práticos. Dos 
antigos romanos que coletavam a urina em mictórios públicos e a usavam para a lavagem das roupas ao 
uso terapêutico nas mais variadas situações, das picadas de animais peçonhentos e branqueamento dos 
dentes ao tratamento da gota e à produção de medicamentos para combater os sintomas da menopausa.
A seguir estudaremos o aparelho reprodutor. A expectativa de vida média de um ser humano pode ser 
medida em décadas, porém, a espécie humana tem sobrevivido por milhões de anos graças à atividade do 
sistema genital. Ele é responsável pela reprodução sexual, o processo pelo qual os organismos geram a prole, 
por meio da união de células germinativas ou sexuais, chamadas de gametas (do grego, gameta, esposa 
ou esposo). Homens e mulheres possuem órgãos sexuais distintos, que são adaptados para a produção de 
gametas, facilitando a fertilização e, nas mulheres, sustentando o crescimento do embrião e do feto.
Há uma longa história de mal‑entendidos e mitos acerca da reprodução humana, especialmente do sistema 
genital feminino. Antigamente, o útero era considerado a estrutura mais relevante da anatomia reprodutiva 
feminina. Uma das primeiras representações do útero surgiu nos hieróglifos egípcios antigos (2900 a.C), que 
mostrava que era dele que uma criança nascia. O fato de a mulher ser a responsável pela próxima geração era 
suficiente para o estabelecimento de sua relevância para a sociedade, a qual, contudo, também impôs duras 
restrições sobre elas, que tornaram difícil, senão impossível, uma compreensão maior sobre o assunto.
Até o Renascimento os costumes e as maneiras ditavam que o corpo de uma mulher não podia 
ser representado a menos que estivesse completamente vestido. Lamentavelmente, ainda hoje as 
associações feitas em tempos remotos e que delinearam um destino para as mulheres com base na 
anatomia peculiar ao seu sexo ainda afetam o modo pelo qual elas são encaradas.
O filosofo grego Platão postulou que o útero sem uso se tornava indigno e vagava pelo corpo, 
inibindo os espíritos do corpo ou a força vital e produzia doenças. O raciocínio de Aristóteles foi 
igualmente fantasioso. Foi ele que, assim como os outros do seu tempo, acreditava que as mulheres 
eram irracionais e propensas a explosões emocionais. Daí surgiu a nomenclatura para o útero, 
131
ANATOMIA INTEGRADA
hystera (ustera). Seu conceito de que excitabilidade ou instabilidade emocional era do domínio das 
mulheres foi confirmado por outra palavra cunhada pelos gregos: histeria.
5 SISTEMA URINÁRIO
5.1 Rins
Os antigos anatomistas nomearam o rim de viscum elegantissimum, o mais requintado das vísceras, 
o que não deixa de ser verdade. Desde seu aspecto exterior até os mais microscópicos pormenores, o rim 
ultrapassa os demais órgãos sob o ponto de vista estético e pela delicadeza com que foram resolvidos 
os problemas de sua construção.
Os rins, dois órgãos semelhantes a feijões e de cor chocolate, estão localizados na parede posterior 
da cavidade abdominal, ao nível das vértebras T12 a L3. Palpando‑se a cintura com as duas mãos, as 
palmas das mãos ficam aproximadamente no local onde estão os rins. Eles não são envolvidos, como 
o estômago, os intestinos e o fígado pelo peritônio, entretanto, apoiam‑se frouxamente nos lados da 
coluna vertebral, conforme ilustra a figura a seguir.
Rim esquerdo
Veia renal
Veia cava inferior
Ureter esquerdoUreter direito
Artéria renal
Rim direito
Aorta abdominal
Figura 82 – Vista anterior de estruturas anatômicas relacionadas com o sistema urinário
O rim esquerdo é maior que o direito, com comprimento médio de 11,21 centímetros e 
10,97 centímetros, concomitantemente. O direito tem espessura média de 3,21 centímetros na região 
do hilo renal, enquanto o esquerdo apresenta 3,37 centímetros. Num mesmo rim, geralmente, o polo 
superior é mais largo (média de 6,48 centímetros) do que o inferior (média de 5,39 centímetros).
O peso do rim do homem adulto varia entre 125 a 170 gramas; na mulher adulta, entre 115 a 155 gramas. 
O rim direito comumente localiza‑se ligeiramente abaixo do rim esquerdo em virtude do grande 
tamanho do lobo direito do fígado.
Os principais papéis dos rins incluem:
• Regulação da composição iônica do sangue.
• Manutenção da osmolaridade do sangue.
132
Unidade III
• Regulação do volume sanguíneo.
• Regulação da pressão arterial.
• Regulação do pH do sangue.
• Liberação de hormônios (renina e eritropoietina).
• Excreção de resíduos e substâncias indesejáveis.
Cada rim é envolvido por uma massa de tecido adiposo, chamada gordura perirrenal, que, por 
conseguinte, é envolvida pela fáscia renal. Posteriormente, a fáscia renal é rodeada por outra camada de 
tecido adiposo, muito mutável em espessura, chamada gordura pararrenal. Inferiormente, as camadas da 
fáscia renal fusionam‑se fracamente em volta do ureter. Superiormente, as duas camadas da fáscia renal 
fundem‑se acima da glândula adrenal e juntam‑se à fáscia diafragmática, conforme a figura a seguir.
Hilo renal Rim
Seio renal
Gordura perirrenal
Fáscia renal
Gordura pararrenal
Figura 83 – Estruturas anatômicas do rim
Tanto o rim direito como rim esquerdo repousam sobre os músculos psoas maior e quadrado lombar. Eles 
estão relacionados: superiormente (glândulas adrenais e o diafragma) e anteriormente (rim direito – fígado, 
duodeno e colo ascendente; rim esquerdo – estômago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente).
Polo superior
Margem lateral
Polo inferiorUreter
Veia renal
Hilo renal
Artéria renal
Figura 84 – Rim esquerdo, em vista anterior
133
ANATOMIA INTEGRADA
Cada rim possui duas faces: anterior e posterior; duas margens: medial (côncava) e lateral 
(convexa); e dois polos: superior e inferior. Na margem medial côncava de cada rim encontra‑se 
uma fenda vertical, o hilo renal, em que a artéria renal adentra e a veia e a pelve renal deixam o 
seio renal. No hilo, a veia renal está anterior à artéria renal, que está anterior à pelve renal. O seio 
renal é uma invaginação da cápsula fibrosa que se estende para o interior do hilo renal, conforme 
ilustra a figura a seguir.
Em um corte frontal por meio do rim, são desvendadas duas regiões distintas: uma área 
avermelhada de textura lisa, chamada córtex renal, e uma área marrom‑avermelhada profunda, 
chamada medula renal.
A medula consiste em 8 a 18 estruturas cuneiformes, as pirâmides renais. Cada pirâmide renal tem 
uma série de sulcos delicados que convergem para a papila renal. As pirâmides renais adjacentes são 
separadas por faixas de tecido cortical, chamadas colunas renais. As colunas renais possuem a textura 
granular diferenciada, semelhante àquela do córtex renal. Juntos, o córtex renal e as pirâmides renais, 
da medula renal, formam o parênquima, a parte funcional do rim.
No interior do parênquima encontram‑se as unidades funcionais do rim, chamadas de néfrons. 
A urina formada pelos néfrons drena para grandes ductos coletores, que se estendem pelas papilas 
renais das pirâmides. Os ductos coletores drenam para estruturas cupuliformes (formato de cúpula, 
concha), chamadascálices renais menores e maiores. Cada rim possui entre 8 e 18 cálices menores, e 
entre 2 ou 3 cálices maiores. Um cálice menor recebe a urina dos ductos coletores de uma papila renal, 
distribuindo‑a para um cálice maior. A partir dos cálices maiores, a urina drena para uma cavidade 
grande e simples, chamada pelve renal e em seguida drena para fora dos rins por meio do ureter até a 
bexiga urinária, conforme ilustra a figura a seguir.
Pirâmide renal
Coluna renal
Córtex renal
Cálice menor
Ureter
Cálice maior
Pelve menor
Artéria renal
Figura 85 – Vista anterior do rim (plano de secção frontal)
134
Unidade III
 Observação
A produção de urina é realizada nos néfrons. Cada rim tem por volta 
de 1 milhão de néfrons, com um comprimento combinado e sequencial de 
aproximadamente 145 quilômetros. Os rins recebem 20% a 25% do débito 
cardíaco total. No indivíduo normal passam pelos rins aproximadamente 
1.200 mililitros de sangue por minuto, sendo filtrado por dia 180 litros de 
sangue e produzindo em torno de 3 litros de urina diariamente. Cada rim 
recebe sangue de uma artéria renal, que se origina na superfície lateral da 
aorta abdominal. Após ser filtrado pelos néfrons, esse sangue deixa o rim 
por meio da veia renal, que atravessa o hilo renal e leva sangue para veia 
cava inferior, retornando o sangue para a circulação.
5.2 Ureteres
Os ureteres são um par de tubos musculares que se estendem a partir de cada rim até a bexiga urinária, 
passando ínfero‑medialmente ao músculo psoas maior. Os ureteres são retroperitoneais e firmemente 
fixos à parede posterior do abdome. Os ureteres medem entre 25 a 30 centímetros de comprimento e 
são tubos estreitos de paredes espessas, variando de 1 a 10 milímetros de diâmetro, ao longo de seu 
trajeto. Na base da bexiga urinária, os ureteres curvam‑se medialmente e passam obliquamente através 
da parede da face posterior até o óstio do ureter. Embora não haja valva anatômica no óstio de cada 
ureter, na bexiga urinária há uma valva fisiológica muito eficiente. Conforme a bexiga urinária se enche 
com urina, a pressão interna comprime os óstios dos ureteres, impedindo o fluxo retrógrado da urina. 
Quando essa valva fisiológica não funciona apropriadamente, é possível que micro‑organismos subam 
pelos ureteres para infectar os rins.
 Observação
Na pelve, o ureter passa abaixo dos vasos uterinos. Essa relação é muito 
relevante nos casos de retirada cirúrgica do útero (histerectomia).
As contrações peristálticas das paredes musculares dos ureteres empurram a urina para a bexiga 
urinária, mas a pressão hidrostática e a gravidade também contribuem para isso.
 Saiba mais
Para saber mais sobre casos clínicos em anatomia relacionado ao 
sistema urinário:
TOY, E. C. et al. Casos clínicos em anatomia. 3. ed. Porto Alegre: AMGH, 
2016. p. 213.
135
ANATOMIA INTEGRADA
5.3 Bexiga urinária
A bexiga urinária é um balão de fibras musculares revestido por mucosa. Em condições normais ela 
consegue armazenar temporariamente até 1 litro de líquido, contudo, pode distender‑se muito mais 
sem romper, graças à perfeita anastomose de suas fibras e à presença de células elásticas especiais. 
Na parede da bexiga urinária os nervos acabam por delicadas dilatações, eles comunicam sobre o estado 
de tensão dos músculos, de sorte que a saturação da bexiga urinária é percebida como o desejo de urinar.
Ela está situada na cavidade pélvica, posterior à sínfise púbica. No homem, o corpo da bexiga urinária 
localiza‑se entre o reto e a sínfise púbica; na mulher, o corpo da bexiga urinária situa‑se inferiormente 
ao útero e anteriormente à vagina. É mantida na posição pelas pregas do peritônio, sendo também um 
órgão retroperitoneal. Nas mulheres é menor, porque o útero ocupa o espaço imediatamente superior 
à bexiga urinária.
 Observação
A bexiga urinária pode ser esvaziada tanto no homem como na mulher 
colocando‑se um cateter (um tubo) na uretra. Sua musculatura contrai‑se 
quando pisamos de pés desnudos sobre o piso frio ou, ainda, quando no começo 
do banho mergulhamos os pés em água fria, nessas situações sentimos uma 
repentina vontade de urinar, mesmo que a bexiga urinária não esteja cheia.
Na vista em secção, a túnica mucosa (revestimento interno) geralmente apresenta‑se disposta em 
pregas, que desaparecem quando a bexiga se distende e preenche‑se de urina. No assoalho da bexiga 
urinária encontra‑se uma pequena área triangular, chamada de trígono da bexiga. Essa área é delimitada 
superiormente pelos óstios dos ureteres e inferiormente pelo óstio interno da uretra. A túnica mucosa 
nessa região não apresenta pregas, é lisa e bastante espessa. O trígono da bexiga atua como um funil 
que direciona a urina para o interior da uretra quando a bexiga urinária se contrai.
Envolvendo a túnica mucosa encontramos a túnica muscular, camada intermediária, chamada de 
músculo detrusor da bexiga. Em torno da abertura para uretra, as fibras circulares desse músculo formam 
o anel muscular denominado esfíncter interno da uretra.
5.4 Uretra
A uretra é um pequeno tubo que vai do seu óstio interno, no trígono da bexiga, até o óstio externo, 
em contato com meio externo. A uretra masculina difere da feminina morfologicamente (extensão) e 
fisiologicamente (função).
Em termos morfológicos a uretra feminina é muito curta, medindo entre 3 a 5 centímetros desde a 
bexiga urinária até a região do vestíbulo no pudendo (vulva). O óstio externo da uretra está localizado 
entre o clitóris e o óstio da vagina.
136
Unidade III
Nos homens, a uretra também se estende do óstio interno até o exterior, mas sua extensão e 
passagem pelo corpo são consideravelmente diferentes das mulheres. A uretra masculina primeiro 
passa pela próstata, depois pelo diafragma urogenital e, finalmente, pelo pênis, em uma distância 
aproximada de 20 centímetros. Ela é dividida em três partes: uretra prostática, uretra membranácea 
e uretra esponjosa.
A uretra prostática mede aproximadamente de 3 a 5 centímetros de comprimento e passa pela 
glândula próstata. A uretra membranácea mede em torno de 1 centímetro e passa entre músculos que 
formam o diafragma urogenital no períneo. A uretra esponjosa tem aproximadamente 15 centímetros 
de comprimento e é assim chamada por estar contida no corpo esponjoso do pênis, conforme ilustra a 
figura a seguir.
Corpo cavernoso
Glande
Corpo esponjoso
Uretra esponjosa
Óstio externo da uretra
Prepúcio
Figura 86 – Pênis (plano de secção sagital)
 Lembrete
A participação do sistema tegumentar é devida especialmente 
às mamas, cuja secreção nutre o recém‑nascido na primeira fase do 
desenvolvimento extrauterino.
Com o envelhecimento, os rins reduzem de tamanho e o fluxo sanguíneo renal, assim como 
a filtração sanguínea, diminui. As modificações vesicais que acontecem com o envelhecimento 
abrangem uma diminuição no tamanho e na capacidade da bexiga e o enfraquecimento dos músculos. 
As infecções urinárias são mais frequentes nos adultos mais velhos, assim como poliúria (produção 
excessiva de urina), nictúria (micção excessiva à noite), aumento da frequência urinária (polaciúria), 
disúria (dor à micção), retenção ou incontinência urinária e hematúria.
6 APARELHO REPRODUTOR
6.1 Sistema genital masculino
O sistema genital masculino é o conjunto de órgãos que constituem, emitem e introduzem o líquido 
fertilizante, chamado de sêmen, nas vias do sistema genital feminino durante a relação sexual (ato 
sexual, coito, cópula ou acasalamento) de indivíduos adultos.
137
ANATOMIA INTEGRADA
6.1.1 Testículos
Os testículos são as gônadas masculinas, glândulas ovais, bilaterais, medindo aproximadamente 
5 centímetros de comprimento e 2,5 centímetros de diâmetro. Cada testículo pesa entre 10 a 15 gramas 
e são responsáveis pela produção de espermatozoides e de um hormônio, a testosterona. Os testículos 
estão suspensos no escroto pelo funículo espermático e o testículo esquerdo, frequentemente localizado 
em uma posição mais baixa que o direito.
Ducto deferenteTestículo
Epidídimo
Figura 87 – Genitais masculinos
O fato de o testículo esquerdo se encontrar mais baixo que o direito ocorre em virtude do 
funículo espermático ser mais longo desse lado, aproximadamente 1 centímetro. Tal fato é chamado 
de anisorquidia.
Quando os testículos descem para o escroto, eles levam consigo parte do peritônio parietal, compondo 
o processo vaginal do peritônio. A parte superior desse processo oblitera‑se e a parte inferior constitui 
a túnica vaginal de paredes duplas.
Os testículos são formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento fetal descem na 
direção do escroto, passando pelos canais inguinais, para ocupá‑lo definitivamente, o que acontece, 
geralmente, até o oitavo mês de vida intrauterina.
Os testículos apresentam uma superfície externa fibrosa e resistente, chamada de túnica albugínea, 
que se espessa em uma crista sobre sua face interna posterior, como o mediastino do testículo.
A configuração interna dos testículos apresenta: a túnica albugínea, os lóbulos do testículo, os 
túbulos seminíferos contorcidos, os túbulos seminíferos retos, o mediastino do testículo, a rede testicular 
e os ductos eferentes dos testículos.
138
Unidade III
 Saiba mais
Para saber mais sobre o sistema urinário e os desiquilíbrios homeostáticos:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 
14. ed. São Paulo: Guanabara‑Koogan, 2016. p. 1024‑1027.
Para saber mais sobre a estrutura interna dos testículos:
VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003. 
p. 702‑707.
6.1.2 Epidídimos
A constante aparição de novas células vai empurrando os espermatozoides maduros pelas vias 
seminíferas até saírem finalmente dos testículos e atingirem o epidídimo. Esse órgão é um reservatório 
para os espermatozoides, é como se ele fosse uma atadura em sua caixa, ou seja, um tubo de 5 metros de 
comprimento reduzido a 5 centímetros. Os 5 metros são um caninho longínquo para os espermatozoides, 
uma das menores células do corpo humano, correspondendo a 200 quilômetros para um homem. 
E, contudo, os espermatozoides são empurrados para frente ao longo dessa extensão, pois durante esse 
período e os seguintes eles são ainda imóveis.
O epidídimo, em forma de letra C, ou vírgula, está intimamente aderido aos testículos. 
Ele possui 1,5 centímetro de largura, 0,5 centímetro de espessura e pesa 3 gramas. São órgãos que 
desempenham os seguintes papéis: maturação, reserva e transporte dos espermatozoides. Cada um 
deles possui uma parte superior dilatada (cabeça), uma parte central (corpo) e uma extremidade 
inferior afilada (cauda).
6.1.3 Funículo espermático
Do epidídimo sai o funículo espermático, que leva, no instante de sua “expulsão”, os espermatozoides 
à cavidade abdominal, onde eles, logo abaixo da bexiga urinária, adentram na uretra. Até esse momento 
o espermatozoide é uma massa grumosa seca, semelhante a um pó para pudim, por exemplo. 
As glândulas seminais preparam o suco amarelo e viscoso em que flutuam grânulos gelatinosos, parecidos 
com os grãos de sagu inchados. A próstata oferece uma espécie de leite, em que existe a espermina, 
uma substância com odor próximo ao de peixe. É essa espermina que comunica ao sêmen seu cheiro 
característico. A mistura do líquido prostático com a massa gelatinosa das glândulas seminais dá origem 
ao sêmen, e as massas celulares grumosas se distribuem, como o pó de pudim na solução de gelatina. 
A partir desse momento os espermatozoides ficam móveis.
139
ANATOMIA INTEGRADA
 Lembrete
Os constituintes do funículo espermático são: o ducto deferente, a 
artéria testicular, a artéria do ducto deferente, a artéria cremastérica, o 
plexo pampiniforme, os vasos linfáticos e o vestígio do processo vaginal.
6.1.4 Ductos deferentes
Os ductos deferentes são a continuação do epidídimo. Ao passar pelos canais inguinais, curvam‑se em 
torno das artérias epigástricas inferiores e cruzam anteriormente as artérias ilíacas externas, voltando‑se 
posterior e inferiormente, cruzando os vasos ilíacos externos e invadindo na pelve. Cruzam a face medial 
dos ureteres, alcançando a face posterior da bexiga urinária, e prosseguem em sentido inferior sobre a face 
medial das glândulas seminais. Nessa região, ficam dilatados e tortuosos, sendo chamados ampolas do 
ducto deferente. Anatomicamente os ductos deferentes apresentam quatro partes: a escrotal, funicular, 
inguinal e pélvica. A vasectomia é um procedimento realizado no ducto deferente.
6.1.5 Escroto
O escroto é uma bolsa de pele, fáscias e músculos na região genital que aloja os testículos, os 
epidídimos e elementos do funículo espermático, e é dividido em dois compartimentos independentes 
por uma rafe mediana.
A própria localização do escroto e a contração de suas fibras musculares regulam a temperatura 
dos testículos. A temperatura de aproximadamente 2 °C a 3 °C abaixo da temperatura corpórea, 
demandada para a formação normal de espermatozoides, é mantida no escroto porque esse está 
fora da cavidade pélvica. O músculo cremaster sobe os testículos durante exposição ao frio. Esse ato 
movimenta os testículos para mais próximo da cavidade pélvica, onde podem absorver calor corporal. 
A exposição ao calor reverte o processo. O músculo dartos também se contrae em resposta ao frio e 
relaxa, em resposta ao calor.
Estratigrafia do escroto a partir da camada mais superficial à mais profunda: pele – túnica dartos – tecido 
celular subcutâneo – fáscia espermática externa (oriunda do músculo oblíquo externo do abdome) – fáscia 
cremastérica (músculo cremaster, oriundo do músculo oblíquo interno do abdome) – fáscia espermática 
interna (oriunda do músculo transverso do abdome) – lâmina parietal da túnica vaginal – lâmina visceral 
da túnica vaginal – túnica albugínea.
 Lembrete
A produção dos espermatozoides acontece somente se a temperatura 
no escroto for mais baixa que a temperatura corporal.
140
Unidade III
6.1.6 Glândulas seminais
As glândulas seminais são tubos contorcidos de 10 a 15 centímetros de comprimento. Seu volume 
varia de acordo com a idade, indivíduo e estado funcional. É pouco desenvolvida nas crianças até a 
puberdade. No adulto tem 50 milímetros de comprimento, 15 milímetros de largura e 10 milímetros de 
espessura e seu volume em média é de 2 mililitros. No idoso, o volume é menor. Elas são as responsáveis 
pela produção de aproximadamente 60% do volume do sêmen.
6.1.7 Ductos ejaculatórios
O ducto ejaculatório é formado pela união do ducto da glândula seminal com o ducto deferente. 
Eles possuem aproximadamente 2,5 centímetros de comprimento. O diâmetro do ducto é muito menor 
do que a ampola do ducto deferente. No início, apresenta 1 milímetro de diâmetro e reduz‑se à medida 
que se aproxima da desembocadura, onde tem apenas 0,2 milímetro.
6.1.8 Próstata
A próstata tem papel glandular e contém abundantes fibras musculares, que envolvem a parte 
inicial da uretra como um manguito para que ela não seja contundida e traumatizada no momento 
do enchimento da bexiga urinária e da ereção do pênis. As fibras musculares compõem, ainda, 
um dispositivo de oclusão da bexiga urinária, que impede o contato da urina com o sêmen, pois a 
acidez da urina mata os espermatozoides. 
Quando o homem se excita sexualmente as fibras musculares da próstata contraem‑se e fecham 
a saída da bexiga urinária. Somente após passar a excitação sexual é que essa contração para e, 
assim, o homem consegue esvaziar a bexiga urinária.
Ela é um órgão ímpar, volumoso, mediano, que se localiza abaixo da bexiga urinária. Suas dimensões 
aproximadas são: 3 centímetros de comprimento, 4 centímetros de largura e 2 centímetros em 
profundidade anteroposterior. Em homens mais velhos ocorre o aumento do tamanho prostático, de tal 
forma que no nascimento e puberdade ela cresce lentamente; entre a puberdade e os 30 anos de idade 
ela cresce rapidamente; entre os 30 anos de idade e os 45 anos ela possui tamanho estável; a partir dos 
45 anos de idade elapode aumentar novamente.
6.1.9 Glândulas bulbouretrais
As glândulas bulbouretrais ou glândulas de Cowper estão localizadas imediatamente adiante da 
próstata. Elas são duas glândulas com formato de ervilhas localizadas póstero‑lateralmente à parte 
membranácea da uretra. Durante a excitação sexual essas glândulas liberam um muco límpido e alcalino, 
que extingue a acidez dos resíduos de urina que ficam nas pregas e, assim, forma um trajeto livre de 
ácidos por onde possam escorregar os espermatozoides.
141
ANATOMIA INTEGRADA
6.1.10 Sêmen
É uma mistura de espermatozoides e de líquido seminal, oriundos das secreções dos túbulos 
seminíferos, das glândulas seminais, da próstata e das glândulas bulbouretrais. Seu papel é manter uma 
fonte nutritiva para os espermatozoides, fornecendo meio de transporte e neutralização do meio hostil 
da uretra masculina e da vagina. O volume do sêmen em uma ejaculação típica elimina aproximadamente 
2,5 a 5 mililitros, com contagem de espermatozoides de 45 e 50 milhões por mililitros. Se essa contagem 
é abaixo de 20 milhões/mililitros, o homem, possivelmente, é infértil.
O sêmem é composto de: prostaglandinas, frutose, colina, ácido cítrico, lipídios, creatinina, 
hialuronidase, seminalplasmina (que tem papel como ação antibiótica). A figura a seguir mostra as 
estruturas anatômicas do aparelho urogenital.
Próstata
Glândula seminal
Ducto deferente
Bexiga urinária
Figura 88
 Observação
Numa sequência de ejaculações contínuas, em média de 12 horas, 
observa‑se que na primeira ejaculação o número de espermatozoides é de 
133 milhões por mililitro, ou seja, 350 milhões em 3,5 mililitros. Na segunda 
ejaculação sucessiva, o número diminui pela metade. Na terceira sucessiva, 
não se encontram espermatozoides no sêmen. Assim sendo, o homem se 
torna estéril na terceira relação sexual de uma sessão.
6.1.11 Pênis
O pênis é o órgão copulador masculino fixado na região anterior do períneo. É um órgão ímpar, 
mediano e com formato cilíndrico. Ele é composto anatomicamente por corpos eréteis: esponjoso, 
dentro do qual se encontra a uretra; e cavernosos, principais estruturas eréteis penianas.
142
Unidade III
Glande
Escroto
Corpo do pênis
Figura 89 – O pênis e o escroto
Esse órgão possui um corpo, uma raiz e uma glande. Sua raiz é formada por uma extremidade central 
dilatada, chamada de bulbo (do corpo esponjoso), e duas partes laterais, chamadas de ramos ou pilares 
do pênis (dos corpos cavernosos). O bulbo do pênis, situado no intervalo entre os dois ramos, fixa‑se 
na face inferior do diafragma urogenital, continua anteriormente pelo corpo esponjoso e é envolvido 
pelos músculos bulbo‑esponjosos. Os ramos do pênis são formações alongadas, intimamente aderidas à 
porção inferior do ísquio e do púbis, e revestidos pelos músculos isquiocavernosos.
Dois ligamentos sustentam o pênis: o ligamento suspensor do pênis, que se origina da sínfise púbica; 
e o ligamento fundiforme, que se origina da parte inferior da linha alba.
 Saiba mais
A fratura de pênis é definida como trauma peniano fechado, com 
ruptura da túnica albugínea, que acomete muitos indivíduos, em especial 
adolescentes. Descubra suas causas lendo os artigos a seguir:
ALVES, L. S. Fratura de pênis. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 
Rio de Janeiro, v. 31, n. 5, p. 284‑286, 2004. Disponível em: http://www.
scielo.br/pdf/rcbc/v31n5/v31n5a03.pdf. Acesso em: 21 mar. 2019.
CASTRO, P. R. et al. Fratura peniana: diagnóstico e tratamento. Revista 
Médica de Minas Gerais, Belo Horizonte, v. 19, p. 123‑126, 2009. Disponível em: 
http://rmmg.org/artigo/detalhes/463. Acesso em: 21 mar. 2019.
No estado de repouso, o pênis é um apêndice cutâneo mole atravessado pela uretra e com a 
extremidade anterior arredondada em forma de cogumelo. Sua cabeça alargada chama‑se glande e 
é separada do corpo do pênis por um sulco, revestido por uma pele delgada, chamada de prepúcio, 
que a rodeia como um colarinho. Muitos povos extirpam o prepúcio mediante a circuncisão, medida 
puramente higiênica.
143
ANATOMIA INTEGRADA
Na prega entre o prepúcio e a glande existem glândulas sebáceas, cujo sebo encerra substâncias 
abastecidas de um cheiro que no mundo animal serve de excitante sexual.
 Observação
O almíscar, um dos mais fortes perfumes, é secretado pelas glândulas 
sebáceas do prepúcio. Seu cheiro faz com que um bode no cio seja percebido 
a quilômetros de distância pelas fêmeas.
 Saiba mais
Para saber mais sobre o priapismo e a ejaculação precoce:
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de anatomia e fisiologia. 
14. ed. São Paulo: Guanabara‑Koogan, 2016. p. 1061.
6.1.12 Ereção
Para que o homem seja capaz de introduzir seu sêmen no interior do corpo da mulher, como 
preparação do ato sexual, na fase da excitação erótica o pênis enche‑se de sangue e de apêndice mole, 
modificando‑se num talo duro e levantado, processo esse chamado de ereção. A pressão normal do 
sangue não é satisfatória para promover a ereção do pênis, por isso o interior dele está preenchido por 
um sistema de comportas, de tal modo que seu funcionamento constitui um dos processos mecânicos 
mais complexos não apenas do corpo humano, mas como de todo o reino animal.
No interior do pênis há dois balões em forma de charuto, comparáveis aos balonetes dos dirigíveis. 
Eles são chamados de corpos cavernosos, como demonstrado na figura a seguir (I). Os corpos cavernosos 
constam de uma organização conjuntiva, em cujas cavidades desembocam inúmeras artérias. 
Com o pênis em repouso (I) essas artérias estão vazias de sangue, pois as paredes das cavidades estão 
postas seguidamente umas atrás das outras como se fossem as pregas de uma máquina fotográfica 
fechada, de tal modo que as artérias que sulcam essas paredes exibem curvas marcantes, que quase 
chegam a compor uma dobra (a). Do mesmo modo, na parede das artérias existem células encorpadas 
que atuam como uma rolha (b). Ainda, durante o repouso a informação em questão emitida pelo SN 
estreita a luz das artérias (c).
O enchimento inicia‑se pela suspensão da informação em questão pelo SN. A contração das artérias 
para as células obturadoras dilata e o sangue preenche as artérias sem bloqueios, adentrando a seguir 
nas cavidades dos corpos cavernosos. Devido à insuflação das cavidades os ligamentos que prendem a 
uretra (d) são repuxados para todos os lados e a própria uretra (e). Ela apresenta suas dobras distendidas 
e comprimidas pela pressão do sangue. Para obter‑se uma hipertensão do pênis, as veias de drenagem 
144
Unidade III
permanecem fechadas durante a ereção. Essas veias começam em cavidades marginais e possuem 
paredes muito delgadas (f) e durante o estado de repouso permanecem abertas, de tal forma que nutrem 
o tecido, sendo, contudo, comprimidas pela pressão do sangue durante a ereção.
Para que o enchimento do pênis não ocorra a ponto de gerar dores existem veias de descarga 
especiais (3). Essas veias estão localizadas nas paredes centrais que, longe de serem comprimidas 
pela pressão do sangue, se separam reciprocamente, e posto o que acontece com as delgadas finas 
de escoamento da periferia (4) se dilatam durante a ereção, possibilitando a circulação de sangue (3). 
Porém, para que por meio delas não escorra sangue demasiado, existem funis pelos quais, durante 
a ereção, o sangue escoa em fios como se fosse o excesso de água da caixa em que o fotógrafo 
banha seus filmes. Interrompida a excitação sexual as artérias contraem‑se novamente (I) e o pênis se 
esvazia, primeiro vagarosamente pelas veias em funil (3) e a seguir, uma vez obstruída a pressão sobre 
as veias marginais (I e 4), com grande velocidade pelas veias marginais (4).
Figura 90 – A ereção
 Lembrete
Problemas de causas diversas podem levar à falta de ereção. A esse 
fenômeno dá‑se o nome de impotência.
6.2 Sistema genital feminino
Os órgãos do sistema genital feminino têm como papel fornecer gametas femininos, de cópula 
e fecundação, e de receber, alojar e manter o produto conceptualem desenvolvimento e até sua 
expulsão, no parto.
145
ANATOMIA INTEGRADA
Fundo do útero
Corpo do útero
Colo do útero
Óstio do colo do útero
Pregas vaginais
Fórnice
Ovário
Infundíbulo da tuba uterina
Tuba uterina
Figura 91 – Órgãos genitais internos
6.2.1 Vagina
As paredes da vagina eliminam ininterruptamente células ricas em glicogênio. Esse é transformado, 
por uma espécie de fermento, em açúcar de uva, que servirá como alimento a uma bactéria. Como 
resto dessa alimentação ficam resíduos, o ácido lático, por conta de a vagina conter um pH ácido, 
semelhante ao do estômago. As bactérias do ácido lático da vagina formam, como os do estômago, uma 
flora bacteriana que inibe a proliferação de outras bactérias, impossibilitando que os micro‑organismos 
produtores de patologias subam do meio externo para os segmentos mais elevados dos órgãos genitais. 
A flora bacteriana é a melhor proteção das mulheres contra infecções, de tal modo que são contra a 
natureza e devem ser suprimidas as lavagens cotidianas da vagina com sabonetes íntimos.
O ácido lático da vagina apresenta também grande relevância quanto à fertilização. Os espermatozoides 
são danificados pelos ácidos, por isso eles fogem dos meios ácidos. A partir do útero flui para a vagina 
um muco alcalino que atrai os espermatozoides, que são amigos do meio alcalino. De tal modo, os 
espermatozoides depositados durante as relações sexuais fogem da parede posterior da vagina ácida 
para o útero alcalino.
A vagina é um órgão fibromuscular, ímpar, mediano, que se estende do vestíbulo até o colo do útero e 
atravessa o assoalho pélvico. Ela mede aproximadamente de 7 a 10 centímetros de comprimento, é revestida 
por túnica mucosa e localizada entre a bexiga urinária (limite anterior) e o reto (limite posterior). Seus 
papéis consistem em: órgão de cópula, receber o sêmen, servir para o escoamento do sangue menstrual e 
as secreções uterinas e, no parto, dá passagem ao produto conceptual.
6.2.1.1 O hímen
O hímen ou a membrana da virgindade é a abertura central da entrada da vagina. O hímen é 
um resquício atrofiado de antiquadas épocas, quando os antepassados do Homo sapiens ainda se 
assemelhavam aos animais no que se refere à cópula, em que que o macho cobre a fêmea por trás, sendo 
que o hímen proporcionava à entrada da vagina um formato de coração correspondente à configuração 
146
Unidade III
do pênis varonil e durante o ato sexual comprimia‑o contra o clitóris. Além disso, após o ato sexual, que 
era realizado em pé, o hímen impossibilitava que o sêmen fluísse para fora. Na união sexual praticada 
dessa maneira o hímen não se rompia, sem mencionar que possivelmente em períodos anteriores ele 
devia ser mais desenvolvido do que é hoje em dia, em que é rompido na primeira relação sexual, por isso 
chamado costumeiramente de “defloramento”. A figura a seguir mostra os diferentes tipos de hímen.
Anular Septado Cribriforme Rompido
Figura 92 – Tipos de hímen
 Observação
Dentre alguns costumes que vivem segundo o direito masculino, por 
exemplo, orientais, judeus, gregos e turcos, a mulher intocada, que ainda 
não foi “possuída”, é considerada espontaneamente uma mercadoria de 
máximo valor. Quanto menos direito possui a mulher na sociedade tanto 
mais é prezada a virgindade. Em contrapartida, em algumas civilizações, 
por exemplo, os malaios, tibetanos e africanos a presença do hímen em 
uma mulher adolescente é vergonhosa e uma moça virgem poderá ser 
recusada pelo noivo porque acreditam que se ela fosse merecedora de 
casar já deveria ter sido possuída por algum homem. Nesses povos, as 
donzelas adornam‑se de presentes de seus concubinos e quanto maior 
for o número desses troféus tanto mais crescem no conceito e no valor 
como nubentes. Após o casamento essas mulheres tornam‑se fidelíssimas. 
Para impedir que a filha seja recusada, em muitos povos a mãe rompe o 
hímen da criança no nascimento.
6.2.2 Útero
À semelhança dos intestinos, o útero está frouxamente suspenso na cavidade abdominal. Como o 
corpo do morcego entre as asas distendidas, o útero agita‑se nas largas dobras chamadas de ligamentos 
uterinos e por vezes chega a mover‑se. Durante a excitação sexual o útero contrai‑se com espaços 
regulares para emitir à vagina os filamentos de muco que trazem os espermatozoides desejosos de 
secreção alcalina e serve‑lhes de norteadores para a viagem até o útero.
147
ANATOMIA INTEGRADA
No suprassumo do orgasmo, o útero estende‑se para baixo e aspira o sêmen da vagina. Durante os 
trabalhos de parto ele contrai‑se com espaços regulares sob a forma das dores do parto.
 Observação
Os homens de outrora, mesmo os grandes eruditos, acreditavam que o 
útero habitava individualmente, como um animal da espécie sapo, dentro 
do corpo feminino. Por isso, em muitas línguas a criança é comumente 
chamada de sapo.
As paredes do útero descamam mensalmente, tendo como consequência a menstruação. Além disso, o 
útero permite a implantação do ovócito fertilizado, o desenvolvimento do feto durante a gravidez e o parto.
O útero está situado entre a bexiga urinária e o reto, com o tamanho e formato de uma pera 
invertida. Em mulheres nulíparas, ou seja, que nunca ficaram prenhas, ele possui aproximadamente 
7,5 centímetros de comprimento, 5 centímetros de largura e 2,5 centímetros de espessura. Ele é maior 
nas mulheres multíparas, ou seja, que ficaram prenhas recentemente, e menor na menopausa, atrofiado, 
em razão da redução dos hormônios.
Anatomicamente, o útero é dividido em: fundo do útero, parte acima dos óstios uterinos das tubas; 
corpo do útero, parte abaixo do fundo do útero e acima do istmo do útero, apresentando duas faces – a 
anterior (relacionada com a bexiga urinária) e a posterior (relacionada com o reto); o istmo do útero, parte 
abaixo do corpo do útero, segmento estreito com aproximadamente 1 centímetro de comprimento; colo 
do útero, parte final do útero com aproximadamente 2,5 centímetros de comprimento, possuindo duas 
partes – a supravaginal (acima da vagina) e a vaginal (que se salienta para a vagina). A parte vaginal do 
colo do útero circunda o óstio do útero e, por sua vez, a circundada pelo fórnice da vagina. O interior 
do corpo do útero é chamado de cavidade uterina e o interior do colo, de canal do colo do útero.
O canal do colo do útero se abre na cavidade uterina, no óstio interno, e na vagina, no óstio externo. 
Normalmente o útero fica deitado sobre a bexiga (antevertido e antefletido). O canal do colo forma 
rugosidades, chamadas pregas palmadas.
A parte vaginal do colo do útero que se localiza anteriormente ao óstio é chamado de lábio anterior 
do colo do útero, e a parte posterior, de lábio posterior do colo.
A parede do fundo do útero e o corpo do útero é composta de três camadas: o perimétrio, revestimento 
seroso externo; o miométrio, camada muscular lisa espessa; o endométrio, camada mucosa interna, 
relacionado com a menstruação e a nidação.
O colo do útero não apresenta endométrio e o miométrio é delgado. O endométrio é dividido em 
duas camadas: camada funcional, parte que descama durante a menstruação; camada basal, parte que 
origina a camada funcional após a menstruação. As células secretoras da túnica mucosa do colo do 
útero produzem o muco cervical que compõe um tampão no colo do útero.
148
Unidade III
A figura a seguir mostra as estruturas anatômicas dos órgãos genitais internos femininos.
Fundo do útero
Corpo do útero
Colo do útero
Óstio do colo do útero
Vagina
Fórnice
Ovário
Infundíbulo da tuba uterina
Tuba uterina
Figura 93 – Genitais internos femininos
Os principais ligamentos do útero são:
• Ligamento largo: pregas duplas de peritônio que fixam o útero em ambos os lados da cavidade pélvica.
• Ligamentos uterossacrais: extensões peritoneais que ligam o útero ao sacro.
• Ligamentos cardinais: estendem‑se para baixo até a base do ligamento largo, da parede lateral 
da cavidade pélvica ao colo do útero (conduz os vasos uterinos).
• Ligamentos redondos:estendem‑se do útero até os lábios maiores.
• Ligamentos útero‑ováricos.
6.2.3 Tubas uterinas
As tubas uterinas são canais mucosos da espessura de um lápis e o comprimento de um dedo, 
aproximadamente 10 centímetros, que assim como o útero possuem células vibráteis. A corrente 
vibrátil serve de norteadora e estímulo aos espermatozoides, como se fossem um peixe em um rio, que 
nadam automaticamente contra a correnteza. Enquanto isso, o ovócito é trazido para baixo da corrente 
vibrátil. Insuflando‑se de uma espécie de pó de carvão na cavidade abdominal das mulheres horas 
depois, incitando pela corrente vibrátil, o pó sucede na vagina junto com o muco uterino. A mucosa 
das tubas uterinas é abarrotada de vilosidades idênticas a dos intestinos, ao passo que as tubas uterinas 
assemelham‑se com os intestinos pelo fato de gerar mobilidade oscilatória e ondulatória. No momento 
em que se retém, o ovócito determina, possivelmente, por meios químicos ou talvez irradiações a 
distensão da parede das tubas uterinas, que se expande e se converte em uma banheira oscilatória.
Durante a migração do ovócito as vilosidades liberam um líquido nutritivo especial, que sinaliza 
que o ovócito nada na cuba da tuba uterina, preenchida de líquido e aquecida a 40 °C. Quando os 
149
ANATOMIA INTEGRADA
espermatozoides sobem do útero à tuba uterina, o ovócito os arrasta, seja por meio de substâncias 
odorosas, seja por meio de uma irradiação, que sinaliza que a junção entre o ovócito e o espermatozoide 
se procede dentro da cuba oscilatória nas melhores situações mecânicas e químicas.
As primeiras horas de nossas vidas são fecundadas em episódios. Dentre eles a efígie, o banho 
morno dentro da banheira oscilatória da tuba uterina, onde permanecemos acalentados não para 
adormecermos, mas para iniciar a vida.
Em sua extremidade livre, as tubas uterinas expandem‑se compondo um funil vibratório, o infundíbulo 
e as fímbrias, que possuem o aspecto de um cravo ou de uma anêmona‑do‑mar, pois, tal qual como ela 
realiza com a sua presa, o infundíbulo e as fímbrias puxam para si o ovócito oriundo do ovário vizinho. 
Durante o pouso estas estruturas anatômicas permanecem encostadas nos ovários. Quando se ajeitam 
e se intumescem, por exemplo, durante as relações sexuais, o infundíbulo e as fímbrias são um cálice 
aberto, cujas células constituem um pé‑de‑vento, que aspira tudo quanto passa nas proximidades, até 
mesmo o ovócito. O primeiro acontecimento de nossas viagens pela vida se dá por um salto arrojado da 
fenda de um ovário para um abismo.
As tubas uterinas estendem‑se lateralmente a partir do útero, localizando‑se na margem superior do 
ligamento largo do útero, possuindo em sua configuração externa (de lateral para medial): o infundíbulo 
e as fímbrias; a ampola da tuba uterina, que é a parte mais larga, longa e tortuosa da tuba, sendo o local 
que acontece a fertilização; o istmo da tuba uterina, que é a parte curta da tuba que chega ao útero; a 
parte intramural da tuba uterina, que atravessa pela parede do útero.
A parte do ligamento largo que une a tuba uterina a esse ligamento se chama mesossalpinge, 
conforme ilustra a figura a seguir.
Tuba uterina
Ligamento suspensor do ovário
Ovário
Útero
Ligamento mesossalpinge
Ligamento próprio do ovário
Ligamento largo
Figura 94 – Genitais internos femininos
6.2.4 Ovários
Ao lado das tubas uterinas estão localizados os ovários. Cada ovário localiza‑se de encontro à face 
posterior do ligamento largo e está alojado com a face lateral na fossa ovárica.
150
Unidade III
Os ovários são dois nódulos do tamanho de uma ameixa, que estão escondidos das vistas pecaminosas 
por alojarem a mais valiosa riqueza da humanidade, o futuro ser, e por produzirem o mais robusto de 
todos os sucos, o petardo da vitalidade: o hormônio ovariano.
Os principais ligamentos que sustentam os ovários na posição são:
• Ligamento largo do útero por meio de uma prega, o mesovário.
• Ligamentos útero‑ováricos que ancoram os ovários ao útero.
• Ligamentos suspensores dos ovários que abrangem os vasos ováricos e fixam os ovários à parede 
da pelve.
6.2.5 Orgãos genitais externos
O conjunto de órgãos genitais externos são chamados de vulva ou pudendo. A seguir uma breve 
descrição deles:
• Monte do púbis ou monte de Vênus: elevação de tecido adiposo recoberto por pele e 
pelos grossos.
• Lábios maiores do pudendo: duas pregas longitudinais de pele homólogas ao escroto. A fusão 
anterior desses lábios maiores forma a comissura labial anterior e a fusão posterior, a comissura 
labial posterior.
• Lábios menores do pudendo: duas pregas menores de pele medial aos lábios maiores que 
constituem o vestíbulo da vagina e a rima do vestíbulo.
• Clitóris: pequena massa cilíndrica de tecido erétil e nervos, localizado na junção anterior dos lábios 
menores; homólogo à glande do pênis; o corpo do clitóris é recoberto pelo prepúcio, composto no 
ponto onde os lábios menores se juntam; a parte exposta do clitóris é a glande.
• Vestíbulo da vagina: região delimitada pelos lábios menores, formado pelo: hímen (quando 
presente); óstio da vagina; o óstio externo da uretra; e aberturas dos ductos de diversas 
glândulas. Em ambos os lados do próprio óstio da vagina estão as glândulas vestibulares 
maiores ou glândulas de Bartholin, homólogas às glândulas bulbouretrais no homem. 
Diversas glândulas vestibulares menores também se abrem no vestíbulo. O bulbo do vestíbulo 
é composto de duas massas alongadas de tecido erétil, logo abaixo dos lábios maiores do 
pudendo em ambos os lados do óstio da vagina; eles são homólogos ao corpo esponjoso e ao 
bulbo do pênis.
151
ANATOMIA INTEGRADA
Prepúcio do clitóris
Lábios maiores do pudendo
Lábios menores do pudendo
Óstio vaginal
Óstio uretral externo
Clitóris
Figura 95 – Vulva ou pudendo
6.2.6 Mamas
A mama é a proeminência bilateral da parede anterior do tórax, composta de uma parte glandular, 
por tecido conjuntivo e por variável e farto tecido adiposo. É considerado como um órgão do sistema 
genital feminino em virtude da secreção de leite que nutre os recém‑nascidos e os bebês durante os 
primeiros anos de vida. A estrutura e o desenvolvimento da mama, contudo, fazem dela um órgão do 
sistema tegumentar.
Em lactentes, nas crianças e nos homens as mamas são rudimentares. Elas se desenvolvem no sexo 
feminino na puberdade e alcançam o máximo desenvolvimento no término da gestação e no período 
pós‑parto.
A bimastia, ou seja, a presença de duas mamas, é frequente nos seres humanos, enquanto a polimastia 
o é nos outros mamíferos. Mamilos rudimentares podem passar despercebidos ou são confundidos com 
lesões névicas.
As mamas acessórias são glândulas mamárias que podem se desenvolver tanto no sexo feminino 
como no masculino, em excesso do número normal, ou seja, duas mamas. Elas são geralmente 
encontradas ao longo da crista mamária, que se segue ao longo da linha láctea embrionária, conforme 
ilustra a figura a seguir, cujo trajeto se estende da região axilar até a região inguinal.
152
Unidade III
Figura 96 – Linha láctea embrionária
A mama direita, geralmente, é maior e mais baixa do que a mama esquerda, seguindo o princípio de 
construção do corpo humano, a antimeria, semelhante à anisorquidia no homem.
As mamas estão localizadas na face anterior do tórax nos dois sexos, com maior desenvolvimento 
na mulher do que no homem. Situações de anormalidades no desenvolvimento em homens, como a 
ginecomastia, pode ser causada por fatores hormonais ou medicamentosos.
A mama tem forma e dimensões muito variadas, conforme o indivíduo, a idade, a raça, o biótipo, o 
estado funcional do organismo, por exemplo, a menstruação e a progressão da gravidez.
 Observação
Em tribos como a dos hotentotes, as mulheres possuem mamas 
cilíndricas tão longas que, quando lactantes, conseguem amamentar os 
seus filhos ancorados nas costas, por cima do ombro, ficando assim com as 
mãos livres para suas atividades e para o trabalho.
Nas nulíparas, a mamaé uma eminência discoide que, com o tempo, passa a ser hemisférica e, a 
seguir, cônica, apesar de que pode continuar a ser hemisférica. Seu volume eleva‑se no período da 
lactação. Após o desmame, observa‑se a queda das mamas, sendo que sua forma tende a ser mais 
cilíndrica e pendular. Essas mudanças são cada vez mais proferidas com o decurso de partos e lactações.
A papila mamária apresenta o formato de mamilo cilíndrico e preenche o centro da aréola mamária, sendo 
ambas recobertas por uma fina pele pigmentada. A pigmentação eleva‑se durante a gestação e é mantida 
após esse período. Nas prenhes e durante a lactação, quando elas são chamadas lactantes, a aréola mamária se 
estende para compor a aréola secundária. Na papila mamária, encontram‑se os orifícios dos ductos lactíferos.
A aréola mamária abrange grandes glândulas sebáceas e glândulas areolares especializadas. 
A secreção lioide dessas provê lubrificante e compõe uma capa protetora para a pele durante a sucção.
153
ANATOMIA INTEGRADA
As glândulas mamárias constituem o tecido excretor da mama. Ele se estende além dos limites 
da mama, sendo o prolongamento mais comum chamado de processo axilar da glândula mamária. 
A glândula mamária é uma glândula alveolar composta, exócrina e apócrina. Sua secreção inicial é o 
colostro e, logo a seguir, o leite, que contém proteínas, lactose, lipídeos e sais minerais. Esses nutrientes, 
providos pela lactante logo que possível necessitam ser complementados por outras substâncias, por 
exemplo, vitaminas e nutrição balanceada.
 Observação
O processo axilar da glândula mamária, o ligamento de Cooper, por vezes 
forma uma saliência visível que pode aumentar no período pré‑menstrual 
ou no período da lactação.
Existem, em média, 15 glândulas alveolares compostas, chamadas de lobos da glândula mamária, 
sendo uma formada por lóbulos da glândula mamária. Cada lóbulo apresenta um ducto lactífero, cuja 
terminação possui um seio lactífero, que se abre na papila mamária. Os ductos lactíferos podem ser 
observados radiograficamente pela mamografia, que atualmente é a técnica de rotina para o diagnóstico 
do câncer de mama.
O estroma da glândula mamária apresenta tecido conjuntivo fibroso e adiposo. Ressalta‑se que não 
há relação entre o tamanho da mama e a quantidade de leite produzida. Uma mama grande pode dever 
o seu tamanho à quantidade de gordura, e não à quantidade de tecido secretante.
Em razão dos hormônios maternos estimularem a lactação e passarem pela circulação fetal até o 
organismo do feto de termo, a mama do recém‑nascido pode também secretar uma pequena quantidade 
de leite, popularmente chamado leite de bruxa.
Clavícula
Pele
Cápsula superficial das fáscia
Ligamento de Cooper
Tecido celular subcutâneo
Ácinos
Seio lactífero
Glândulas areolares
Óstio do ducto lactífero
Ductos lactíferos
Dúctulo
Tecido adiposo
Cápsula profunda da fáscia
Gordura retomamária
Músculos peitorais
Aponeurose
Costelas
Músculos intercostais
Figura 97 – Estruturas anatômicas das mamas
154
Unidade III
As glândulas de Morgagni hipertrofiadas formam os tubérculos areolares de Montgomery.
O músculo areolapapilar encontrado na aréola mamária e na papila mamária quando contraído 
promove o endurecimento da papila e a protrusão dele em resposta ao estímulo táctil, sexual ou frio. 
Esse fato deve ser chamado de projeção da papila, e não de ereção, pois trata‑se de mecanismo muscular, 
e não vascular.
Finalmente, as relações das mamas com a reprodução são de tal importância que compete aos 
ginecologistas cuidar dessa parte do corpo, pois:
• São predicados de feminilidade, como uma zona erógena, estimulando sexualmente tanto os 
homens quanto as mulheres.
• São diferenciadas e alteradas pelos hormônios, em especial os estrógenos.
• São responsáveis pela lactação e amamentação dos lactentes.
Por essas razões, os processos patológicos benignos ou malignos das mamas são sempre pretexto de 
grande ansiedade.
 Resumo
As atividades orgânicas resultam na decomposição de proteínas, lipídeos 
e carboidratos, seguida de liberação de energia e formação de produtos 
que devem ser suprimidos para o meio exterior. A urina é um dos veículos 
de excreção com que conta o organismo. Desse modo, o sistema urinário 
representa o trajeto para eliminação dos resíduos orgânicos produzidos 
pelo metabolismo celular e elementos quimicos não essenciais dissolvidos 
em água. É composto pelos órgãos responsáveis pela constituição da urina, 
os rins e outros a eles agregados, dedicados à eliminação da urina: ureteres, 
bexiga urinária e uretra. 
Por outro lado, a parte final desse sistema, especialmente o masculino, 
também está relacionada à reprodução. À capacidade do ser vivo de gerar 
outro ser vivo da mesma espécie, isto é, com as mesmas características, dá‑se 
o nome de reprodução. Por meio desse relevante papel é que acontece a 
manutenção da espécie. O sistema reprodutor é o encarragado de realizá‑lo 
e na espécie humana, assim como na maioria dos animais superiores, a 
reprodução é sexuada, realizada por células especiais, chamadas gametas, 
de cuja união (fertilização) resulta no zigoto. Na espécie humana a 
reprodução necessita do concurso de dois indivíduos, um masculino e outro 
feminino, dotados de órgãos que se ajustam com tamanha contiguidade, 
a ponto de possibilitar a passagem do gameta masculino para os órgãos 
155
ANATOMIA INTEGRADA
genitais femininos. Deve‑se, ainda, ressaltar que essa atividade reprodutora 
é limitada a certos períodos de vida, iniciando‑se ao final da puberdade, 
atingindo seu clímax na fase adulta e descrescendo com o avança da idade. 
O papel gametogênico cessa mais cedo na mulher do que no homem e em 
idades extremamente variáveis. A reprodução é, sem dúvida, o fenômemo 
biológico mais relevante, pois dele depende a perpetuação da espécie.
 Exercícios
Questão 1. (UEG 2003, adaptada) Considere a figura a seguir e assinale a alternativa correta.
Reto
Testículo
Ânus
Vesícula 
e canal 
seminal
Bexiga 
urinária
Bolsa 
escrotal
Próstata
Prepúcio
Corpos 
cavernosos
Uretra
Glande
Canal 
deferente
Epidídimo
Glândula 
de Cowper
Figura 
A) Os espermatozoides maduros são produzidos nos testículos e armazenados no epidídimo desde 
os primórdios da formação do indivíduo do sexo masculino, quando esse ainda se encontrava no 
interior do útero. 
B) A próstata é um órgão muito importante, pois durante o estado de excitação envia líquidos para 
os corpos esponjosos do pênis, permitindo a ereção. 
C) Por estar conectada diretamente com o pênis, a bexiga urinária também faz parte do sistema reprodutor 
masculino, pois a passagem da urina lubrifica a uretra, facilitando a passagem dos espermatozoides. 
D) O prepúcio é uma membrana que envolve a glande do pênis e que geralmente se solta durante a 
puberdade. Caso haja a persistência dessa membrana, recomenda‑se cirurgia de laqueadura. 
E) Os testículos são normalmente originados na cavidade abdominal e descem para a bolsa escrotal durante 
o período fetal, onde encontram uma temperatura mais amena para a produção dos espermatozoides.
Resposta correta: alternativa E.
156
Unidade III
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a produção de espermatozoides começa apenas na puberdade.
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: na ereção, o fluxo sanguíneo é temporariamente aumentado e armazenado nos corpos 
cavernosos e esponjoso do pênis.
C) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a bexiga urinária não faz parte do sistema reprodutor
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: caso haja a persistência do prepúcio, a cirurgia recomendada é a postectomia 
(cirurgia de correção da fimose). A laqueadura é um procedimento de anticoncepção definitiva que 
consiste na obstrução cirúrgica das trompas uterinas da mulher.
E) Alternativa correta. 
Justificativa: é a gônada sexual masculina dos animais sexuados produzindo as células de 
fecundação chamadas de espermatozoides (gametas masculinos). Nosmamíferos ocorre nos pares 
e são protegidos fora do corpo por uma bolsa chamada escroto.
Questão 2. O sistema genital feminino é formado por órgãos localizados no interior do abdome 
da mulher e alguns situados externamente. A respeito desse sistema, assinale a alternativa correta.
A) O pudendo feminino é formado pelos lábios maiores, lábios menores, vestíbulo vaginal e vagina.
B) O ovário é a região do sistema genital feminino onde ocorre o desenvolvimento do embrião.
C) O hímen é uma membrana que recobre parcialmente a entrada da vagina.
D) O miométrio é eliminado com sangue no momento da menstruação.
E) No interior das tubas uterinas são produzidos os óvulos.
Resposta correta: alternativa C.
157
ANATOMIA INTEGRADA
Análise das alternativas
A) Alternativa incorreta. 
Justificativa: a vagina não faz parte do pudendo feminino.
B) Alternativa incorreta. 
Justificativa: o desenvolvimento do embrião ocorre no útero.
C) Alternativa correta. 
Justificativa: o hímen é uma prega formada por membrana mucosa e que fecha parcialmente 
o orifício externo da vagina virginal.
D) Alternativa incorreta. 
Justificativa: no momento da menstruação, o tecido liberado é o endométrio.
E) Alternativa incorreta. 
Justificativa: os óvulos são produzidos no ovário.

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