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Apostila_1_Saúde_Mental_v3

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Introdução e Aspectos Gerais
 O ano de 2020 está sendo marcado por uma crise na saúde pública em 
consequência da pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2), responsável 
pela doença COVID-19 (Coronavirus Disease). Esta doença tem características 
clínicas amplas, podendo causar desde infecções assintomáticas até quadros de 
dispnéia intensa, fadiga, pressão torácica, febre, entre outros sinais e sintomas. 
Cerca de 80% dos pacientes com COVID-19 podem ser assintomáticos ou 
oligossintomáticos e aproximadamente 20% dos casos requer atendimento 
hospitalar.
 As características clínicas, epidemiológicas e a história natural da 
COVID-19 estão ainda em processo de investigação, sendo foco de muitas 
pesquisas e publicações científicas, assim como formas efetivas de combate 
à disseminação do vírus, a disponibilidade e produção de vacinas e possíveis 
tratamentos. Enquanto isso, identifica-se que as taxas de letalidade, mortalidade 
e transmissibilidade têm sido altas em diversos países já acometidos pela doença. 
No final do mês de agosto, foram registrados cerca de 24 milhões de casos da 
COVID-19 em 216 países e mais de 810 mil mortes.
 As organizações de saúde internacionais e nacionais têm organizado planos 
operacionais para o enfrentamento à pandemia, entre os principais objetivos 
estão: o estabelecimento de uma coordenação internacional para auxiliar 
continentes e países a planejar, financiar e implementar as respostas ao contexto; 
a divulgação de informações em tempo real sobre a evolução da epidemiologia, 
o acesso aos insumos, equipamentos, medicamentos essenciais e treinamento; 
e a definição de pesquisas e inovação como prioridade para acelerar e garantir a 
disponibilidade de recursos terapêuticos. Esses três objetivos contribuem para a 
qualificação, execução e resposta em nível global.
 No Brasil, essas orientações compõem o Plano de Contingência Nacional 
para Infecção Humana pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2) que vem sendo 
implementado desde 20 de março de 2020, quando a transmissão do novo 
coronavírus passou a ser considerada comunitária em todo o território nacional. 
Diante disso, adotou-se a ferramenta de classificação de emergência em três 
níveis, seguindo a mesma linha utilizada globalmente: alerta, perigo iminente 
e emergência em saúde pública. Cada nível é baseado na avaliação do risco do 
novo Coronavírus afetar o Brasil e seu impacto para a saúde pública.
 Neste momento, diversos territórios brasileiros se configuram como 
estado de “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional”, em 
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que há confirmação de transmissão local do primeiro caso da doença pelo novo 
Coronavírus, a COVID-19, no território nacional, com reconhecimento pela 
Organização Mundial de Saúde (OMS). Deste modo, o Ministério da Saúde 
tem orientado os serviços de saúde quanto às medidas de vigilância, suporte 
laboratorial, gestão, assistência, comunicação de risco, prevenção e controle de 
infecção para casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus.
 Estratégias de prevenção e controle da COVID-19 estão sendo construídas 
e implementadas, inicialmente, com base na experiência com a síndrome 
respiratória no Oriente Médio (MERS-CoV) e no conhecimento da situação 
na China, primeiro epicentro da doença no mundo, sendo aperfeiçoadas e 
adaptadas às realidades de cada país. Entre as principais medidas preventivas 
estão o isolamento e a quarentena domiciliar de casos suspeitos e a diminuição 
da mobilidade urbana, através do fechamento instituições de ensino, comércio 
e indústria. Assim, configura-se o modelo de distanciamento social observado 
em diversos municípios brasileiros, com o objetivo de reduzir os impactos da 
pandemia, diminuindo o pico de incidência e o número de mortes.
 Mesmo considerado imprescindível no contexto de pandemia, o 
distanciamento social pode acarretar implicações sérias à saúde física e mental. 
Algumas pessoas que estão vivenciando este momento podem apresentar 
sentimentos e emoções negativas, como tédio, solidão, raiva e tristeza. As 
recentes epidemias da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS-CoV), 
Síndrome Respiratória Aguda (SARS-CoV), Gripe H1N1, Ebola e Zika têm ensinado 
a observar como a população vivencia e reage a esses contextos, à medida que os 
sentimentos de ansiedade, angústia, medo e preocupação surgem em decorrência 
dessa experiência.
 Dessa forma, entende-se que a população, em geral, corre risco de 
experimentar situações de vulnerabilidade para o desenvolvimento ou 
agravamento de problemas de saúde mental relacionados à pandemia pelo novo 
coronavírus. Portanto, o cuidado em saúde mental tem sido considerado como 
um dos desafios no enfrentamento de doenças infecciosas, especialmente, nesta 
pandemia, reforçando a necessidade e importância de investimento e preparo 
dos serviços de saúde para o atendimento às demandas de saúde mental. 
 Diante disso, destacam-se três aspectos gerais sobre a interface entre 
saúde mental e a pandemia da COVID-19:
• Influências do contexto
• Fatores relacionados
• Perspectivas
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Influências do contexto
 As implicações psicológicas e psiquiátricas secundárias ao fenômeno de 
surtos e epidemias podem ser subestimadas e negligenciadas, em virtude de as 
ações de enfrentamento inicialmente enfatizarem fatores relacionados ao vírus, 
à fisiopatologia da doença e suas consequências diretas à saúde. A experiência 
em países que já vivenciaram em sua história recente outras epidemias virais, 
como as causadas pelo SARS-CoV em 2002 e pelo MERS-CoV em 2012, favore-
ceu um acúmulo de conhecimento que possibilita estabelecer conexões rápidas 
na direção de uma proposição de atendimento aos impactos à saúde mental na 
atual pandemia de COVID-19.
 Considera-se que nos contextos de surtos e epidemias de doenças 
infecciosas pode haver o surgimento ou exacerbação de sentimentos como medo, 
preocupação, insegurança, confusão, os quais são respostas esperadas quando 
nos deparamos com incertezas sobre o agente patológico, o ciclo da doença e o 
tratamento. Pode haver aumento de níveis de ansiedade e estresse em pessoas 
saudáveis e é possível que ocorra também intensificação de tais sentimentos e de 
outros sintomas naquelas pessoas com transtornos psiquiátricos pré-existentes. 
E, especialmente no contexto da pandemia pela COVID-19, é necessário também 
considerar os impactos oriundos das medidas de distanciamento social, isolamento 
e quarentena na vida diária (social e laboral) das pessoas, com potencial aumento 
dos sentimentos de solidão, tristeza, tédio, desvalia e falta de apoio social.
 Alguns estudos apontam grupos específicos da população que podem 
apresentar maior risco de sofrimento mental relacionado à COVID-19, entre os 
quais os profissionais de saúde da linha de frente, os pacientes com confirmação 
ou suspeita da COVID-19, os trabalhadores e estudantes imigrantes, os idosos 
e as pessoas com comorbidades psiquiátricas prévias. Diante disso, ressalta-se a 
necessidade de olhar para esse momento identificando suas possíveis implicações 
às vidas das pessoas, que acabam se somando a outros contextos sociais, 
econômicos e culturais. 
Fatores relacionados
 Considerando as influências do contexto, a abrangência de uma epidemia 
e as situações de vulnerabilidade que as pessoas vivenciam são fatores que 
causam impacto na saúde mental. Cabe ressaltar que nem todas as pessoas que 
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experienciam um sofrimento mental irão desenvolver algum transtorno mental. 
Por exemplo, a população infantojuvenil tem apresentado aumento na dificuldade 
de concentração, além de irritabilidade, inquietação e nervosismo; no entanto, 
isso não significa necessariamente que os jovens com tais sintomas apresentam 
Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, conforme os critérios 
diagnósticos atuais.
 Por outro lado, o distanciamento social e a necessidade de ficar em casaestão 
relacionados com o aumento do risco de crianças, adolescentes, idosos e mulheres 
vivenciarem situações de violência física, psicológica ou sexual, fatores de risco 
ao desenvolvimento de transtornos mentais. O mesmo ocorre com o consumo de 
álcool: alguns estudos demonstram que pelo menos 20% das pessoas de 15 a 49 
anos tiveram aumento do consumo de álcool e outras drogas durante a pandemia. 
Logo, tendo em vista cada caso relacionado à saúde mental, é necessário observar 
e identificar quais são os fatores relacionados ao surgimento e/ou agravamento 
do sofrimento mental, para que seja possível o manejo adequado dos casos que 
requerem maior atenção e cuidado em saúde mental. 
 Diante disso, é apresentado um conjunto sucinto de situações a serem 
observadas e avaliadas como fatores que podem influenciar na saúde mental das 
pessoas, assim como reações esperadas, durante o isolamento e a pandemia pela 
COVID-19:
Situações que podem impactar a saúde mental individual
• Desconfiança na gestão e nos protocolos de biossegurança
• Medo de adoecer e/ou transmitir aos outros
• Incerteza sobre o fim da pandemia e distanciamento social
• Mudança nas rotinas como: padrões alimentares, sono e trabalho
• Piora das condições crônicas de saúde 
• Não receber suporte financeiro ou ficar desempregado
• Abandono ou descontinuidade do atendimento no serviço especializado de 
saúde mental
Possíveis reações individuais
• Irritabilidade, cansaço, estresse, angústia, tristeza, solidão, apatia
• Conflitos nas relações interpessoais
• Preocupação excessiva e recorrente sobre a pandemia, o vírus, e o 
isolamento
• Pensamentos sobre morte, morrer, luto
• Alterações nos padrões de sono e alimentação
• Aumento do uso de álcool, tabaco ou outras drogas
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 Diversas organizações de saúde e instituições de ensino, entre outros, têm 
disponibilizado materiais com orientações sobre como minimizar os efeitos da 
pandemia pela COVID-19. Assim, almeja-se orientar e promover o autocuidado 
em saúde e saúde mental das pessoas, por exemplo através da indicação e 
organização de rotinas individuais e familiares, prática de exercícios físicos, 
alimentação saudável, momentos de relaxamento e de adaptação ao maior tempo 
em casa e uso de tecnologias.
Perspectivas
 A saúde mental é essencial para o nosso bem-estar geral, refletindo 
em nossas características pessoais, sociais e laborais. As reações e situações 
apresentadas, embora consideradas comuns em períodos de incerteza, devem ser 
observadas quanto à sua persistência, por exemplo, após a resolução do momento 
agudo de transmissão do vírus e de distanciamento social. 
 Embora ainda não se saiba quais serão os efeitos da pandemia da 
COVID-19 à saúde mental das pessoas, pressupõe-se que haja um aumento 
nos casos de pessoas com sofrimento mental, assim como um risco aumentado 
de desencadeamento de transtornos mentais. Diante disso, durante os últimos 
meses, houve esforços para alertar e garantir os cuidados em saúde mental à 
população, em geral, através de formas inovadoras de serviços de saúde, bem 
como pelo investimento na prevenção em saúde mental.
 Nesse sentido, considera-se que os serviços da Atenção Primária à 
Saúde / Atenção Básica (APS/AB) têm papel fundamental nesse contexto, para 
o desenvolvimento dos cuidados em saúde mental com ênfase nas seguintes 
situações:
• Casos de surgimento e/ou agravamento de sofrimento mental (emocional). 
• Casos de pessoas que têm transtorno mental pré-existente.
 Acreditando no papel das equipes e dos serviços de APS/AB na garantia da 
execução das diretrizes do Sistema Único de Saúde, os módulos seguintes deste 
curso rápido tem o objetivo de colaborar com algumas orientações, sugestões e 
ferramentas de trabalho para a atuação e ampliação da capacidade de cuidado 
em saúde mental na Atenção Primária durante a pandemia da COVID-19. Além 
disso, os próximos módulos buscam possibilitar o resgate e o reconhecimento de 
práticas em saúde mental que já vêm sendo realizadas a partir da Política Nacional 
de Saúde Mental.
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Leituras complementares:
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Atenção Psicossocial na Pandemia Covid-19. Brasília: Fiocruz, 2020.
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https://www.fiocruzbrasilia.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/
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