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1 - TCC GRAFISMO

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9
FACULDADE REGIONAL DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE CANDEIAS
ANA RITA MORAIS GEAMBASTIANI
RAILANE MORAES GEAMBASTIANI DOS SANTOS
ROSEMARY COSTA BARBOSA
O DESENHO INFANTIL E SUA IMPORTÂNCIA NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
SALVADOR
2016
ANA RITA MORAIS GEAMBASTIANI
RAILANE MORAES GEAMBASTIANI DOS SANTOS
ROSEMARY COSTA BARBOSA
 
O DESENHO INFANTIL E SUA IMPORTÂNCIA NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentada ao Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Hélio Rocha.
Orientador (a): Prof. Celso Duran.
SALVADOR
2016
Dedicamos este trabalho a todos educadores que querem e podem 
Fazer a diferença na arte de aprender e ensinar.
AGRADECIMENTOS
As nossas famílias;
Aos professores do curso que contribuíram para o nosso conhecimento;
As colegas e amigos que fizeram parte desse processo de formação.
A todos que, de uma forma ou de outra, contribuíram para a realização deste estudo, o nosso muito obrigado! 
“A criança não é nem antiga nem moderna, 
não está antes nem depois, mas agora, atual, presente. 
Seu tempo não é linear nem evolutivo, nem genético,
nem dialético, nem sequer narrativo. 
A criança é um presente inatual, intempestivo,
uma figura do acontecimento.” 
(Larrosa, 2001, p.284)
RESUMO
O presente trabalho traz questões do desenho infantil e sua importância nas práticas pedagógicas. O desenho acompanhar a humanidade desde os tempos mais remotos, os homens das cavernas já desenhavam nas rochas. As reflexões deste trabalho incidem acerca do grafismo infantil como instrumento capaz de revelar a arte expressiva e criativa da criança. O estudo foi realizado com base em uma pesquisa bibliográfica que será apresentada na fundamentação teórica, enfocando as idéias de vários autores que estudam o assunto, visando à compreensão de questões fundamentais sobre a importância do grafismo na infância nas práticas pedagógicas. Constatou-se que as crianças aperfeiçoam sua capacidade de criação, entram em contato com o mundo imaginário e representam sua realidade. É importante frisar que os estudos estão voltados para os aspectos pedagógicos.
Palavras-chave: Desenho. Grafismo. Educação Infantil. Aprendizagem.
ABSTRACT
This work brings issues of children's drawing and its importance in teaching practices. The design accompany mankind since ancient times, cavemen already drew the rocks. The reflections of this work focus on children graphics as an instrument to reveal the expressive and creative art of children. The study was based on a literature search that will be presented in the theoretical framework, focusing on the ideas of several authors who study the subject, aimed at understanding fundamental questions about the importance of graphics in childhood in pedagogical practices. children was found that enhance their capacity building, come into contact with the imaginary world and represent their reality. It is important to note that the studies are focused on the pedagogical aspects.
Keywords: Design. Graphics. Child education. Learning.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	8
2 O DESENHO E A CRIANÇA	10
 2.1 Histórico o conceito de desenho	10
 2.2. A criança e a importância do desenho no seu desenvolvimento	13
 
3 EVOLUÇÃO DO DESENHO INFANTIL	18
 3.1 A evolução do desenho segundo alguns autores	19
 
4 A IMPORTÂNCIA DO DESENHO NAS PRÁTICA PEDAGOGICAS	25
 
CONCLUSÃO	31
REFERÊNCIAS	33
	
INTRODUÇÃO
O presente trabalho vem discorrer um assunto de suma importância para os profissionais da educação e principalmente educadores do Ensino Infantil. Trata-se do desenho infantil e sua importância nas práticas pedagógicas. Portanto o trabalho tem como objetivo principal demonstrar a importância do grafismo infantil, como elemento diagnóstico para compreender as ações construídas pelas crianças.
A criança adora desenhar. Fica entretida por longos períodos, dialogando com o desenrolar de suas ações. O tempo do desenho é único, transporta o desenhista para diferentes mundos. Desde que rabisca, a criança reconhece o desenho que faz como seu o que vem a ser uma boa iniciativa para aprender a construir conhecimento de modo autoral.
 O desenho não se restringe ao uso do papel, é exposto pelas tribos indígenas, em seu corpo; em muros; paredes; vidros; no chão; foi utilizado como escrita em cavernas, pedras; e atualmente fazemos desenho até pelo computador.
Os grafismos das crianças apresentam imagens e muitos assuntos gerados por uma modalidade de interação criativa que tem início nos atos entre o desenhista, seus desenhos e a interação com o entorno. Nesse sentido, o desenho é um aspecto da vida da criança e pode seguir come ela enquanto sua intenção de desenhar for preservada.
O grafismo é a primeira forma utilizada pela criança para expressar as suas relações com família, a escola e a sociedade. Dentro deste contexto ela passa a reproduzir a sua personalidade.
Considerando o desenho como ponto determinante do comportamento da criança, bem como, uma forma de perceber o seu desenvolvimento cognitivo, ele torna-se um aliado no processo de ensino aprendizagem, facilitando as práticas pedagógicas em sala de aula.
A escolha da temática se justifica por saber que o grafismo infantil tem sido um instrumento capaz de revelar a arte expressiva e criativa da criança, bem como, refletir a sua personalidade e relações inseridas no seu contexto sócio-cultural. Focalizando o ensino de técnicas que despertam e facilitam a escrita da criança. Entender o que acontece quando a criança desenha, bem como seu desenvolvimento por meio grafismo é de grande importância para os educadores, até mesmo por que, o olhar que muitos têm é que os desenhos são utilizados apenas para finalizar conteúdos trabalhados e não um olhar sensível e curioso perante os desenhos dos alunos. Para tanto, os objetivos específicos foram: conceito de desenho, quais as fases do desenvolvimento gráfico, qual o papel do professor nesse processo.
	Para o desenvolvimento desta pesquisa, optou-se pela pesquisa bibliográfica que será apresentada na fundamentação teórica, enfocando os estudos de diversos autores que estudaram a temática abordada no presente trabalho. A pesquisa bibliográfica procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas, buscando conhecer e analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado assunto, tema ou problema.
	Buscou-se, por meio de estudos de alguns teóricos que contribuem para analisar o grafismo infantil, como LUQUET (1979), PIAGET (1948), VYGOTYSK (1987), DERDYK (2004), LOWENFELD (1977), dentre outros, analisar de que maneira a criança começa a desenhar. Para tanto, foram estudados as fases do desenho infantil e o seu desenvolvimento.
	Os autores que foram utilizados no presente trabalho para classificar as etapas do desenho são: Luquete, Piaget e Vygostyk. Cada um destes autores conceitua as fases do desenho de formas diferentes.
	A importância de considerar o desenho como primeiro meio em que a criança se expressão significadamente no papel, vem primeiramente por meio dos rabiscos, que são seus registros e que mostram sua particularidade, isto é, seu modelo próprio de expressão.
	Portanto, é um assunto muito importante para os educadores da Educação Infantil, que muitas vezes deixam passar despercebido sobre o assunto ou não dão a devida importância. As pesquisas reconhecem como essencial a atuação de profissionais de educação que conseguem perceber nos desenhos formas para auxiliar a crianças através de intervenções pedagógicas.
2. O DESENHO E A CRIANÇA
2.1 Histórico e conceito do desenho.
Historicamente, o desenho tinha pouca relevância na literatura educacional, era visto como uma linguagem num sentido mais restrito. Os primeiros estudos sobre desenho das crianças datam do final do século XIX e estãofundados nas concepções psicológicas e estéticas da época. Hoje, o que vemos são mudanças que contribuíram significadamente para que estudos e pesquisas na área buscassem entender o grafismo infantil como um meio de entender a própria criança e o seu emocional.
     	O desenho, no que tange o seu momento histórico, é a primeira manifestação que acompanha o desenvolvimento do homem. Desde os primórdios da história da humanidade, o homem primitivo deixava a sua marca e os seus feitos em desenhos nas cavernas, tentando assim registrar a sua história nas cavernas, para os descendentes de uma forma intensa as suas vivências. 
‘	É como enfatiza Derdyk:
[...] apesar de sua natureza transitória, o desenho, uma língua tão antiga e tão permanente, atravessa a história, atravessa todas as fronteiras geográficas e temporais escapando da polêmica entre o que é novo e o que é velho. Fonte original de criação e invenção de toda sorte, o desenho é exercício da inteligência humana (DERDYK, 2004, p.46).
	Portanto, o desenho ele já assume, em tempos remotos, um significado com diversas concepções, identificando-o ao longo do seu processo histórico.
Em épocas remotas, as crianças faziam seus desenhos no chão e nas paredes tendo como materiais gravetos ou pedaços de carvão, pois o aceso ao papel e lápis era difícil por ser um material muito caro e de uso restrito. Conrrado Rizzi, artista italiano, evidenciou interesse ao ver desenhos feitos por crianças da arte entre adultos e crianças e em 1887, Rizzi publicou “A arte das crianças pequenas” livro onde registrou seus estudos sobre o tema.
Aí já se percebe um interesse diferenciado em relação ao desenho. Outro passo importante foi os estudos das disciplinas como psicologia, pedagogia, sociologia e estética, que contribuíram de forma expressiva para que os estudos sobre o desenho diversificassem rapidamente. 
Em 1880 a 1900, descobre-se a originalidade da infância, depois a influencia das idéias de Rousseau em pedagogia leva a distinguir diferentes etapas no desenvolvimento gráfico da criança. Em seguida, o desenho é introduzido no tratamento psicanalítico: em 1926, Sophie Morgenstern trata desse modo um caso de mutismo numa criança de 9 anos. Paralelamente, prosseguem estudos sobre o “sentido estético” da criança; estabelecem-se comparações entre o estilo infantil e os quadros dos mestres, submetem-se as produções infantis aos cânones da beleza; consagram-se estudos à escolha da cor e ao repertório gráfico da criança. É de se notar que as pesquisas raramente renunciarão a um academismo de valor, visando incluir a criança na esteira da tradição e dos que se chamam grandes mestres.
Quanto aos sociólogos, inclinam-se desde logo pela comparação entre os desenhos infantis oriundos de diversos países. Os trabalhos de Probst sobre os desenhos no meio muçulmano datam de 1907; Rioux retoma-os mais tarde, criticando-os. A influencia do evolucionismo de Spencer levará a estudar juntas as produções da crianças e dos primitivos;audaciosas comparações serão então tentadas. No momento atual, os estudos sobre o desenho beneficiam-se da contribuição considerável em psicologia infantil, da obra de Piaget, e prosseguem no sentido de uma elucidação dos mecanismos da expressão bem gestual e musical. (MEREDIEU, p.2)
Antes, na visão adulta, o que importava no desenho era o produto final, pois teriam que ser caracterizados padrões sobre as estéticas da arte adulta, que se embasavam na proposta pedagógica do ensino tradicional, que se exigiam características de destreza e cópia, na qual o enfoque para esta modalidade estava centrada na imitação da realidade, enquanto na escola renovada centrava-se na expressão através do desenho.
Para Costa (2006), o desenho na perspectiva tradicional deixa os alunos atormentados pelas críticas adultas, perdendo assim, a própria confiança em si e em seu mundo imaginário, onde tudo pode acontecer, descobrir e criar coisas. Desta forma, eles se sentem inseguros, acham seus desenhos ridículos e o erro é um temor.
Para o autor Iavelberg (2013, p.15) o ensino da escola tradicional se caracteriza da seguinte forma:
Na escola tradicional, o meio ditava a regra de acomodação da criança a modelos para aprender a desenhar, por intermédio da repetição de exercícios de treino de habilidades, a questão técnica ocupava vasta área no que se entendia por criação em desenho, com ênfase no produto.
Portanto, a forma tradicional focava no produto, que devem ser perspectivas aos olhos dos adultos e corrigidos na forma de arte adulta, sem considerar a especificidade de cada criança.
O termo “desenho” segundo Aurélio (1993) é “representações de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas. A arte e a técnica de representar, com lápis, pincel e etc., um tema real ou imaginário, expressando a forma, traçado, projeto”.
Entende-se por desenho o traço que a criança faz no papel ou em qualquer superfície, e também a maneira como a criança concebe seu espaço de jogo com materiais de que dispõe, ou seja, a maneira como organiza as pedras e folhas ao redor do castelo de areia, ou como organiza as panelinhas, os pratos, as colheres na brincadeira de casinha, tornando-se uma possibilidade de conhecer a criança através de outra linguagem: o desenho de seu espaço lúdico. (MOREIRA, 2002, p.16)
Em grego, o significado de desenho é traçar, arranhar, redigir, dentre outros. Com os afixos seu sentido passa a ser: corrigir, transcrever, traduzir etc.
Os dois conceitos demonstram o desenho no seu lado mais prático. Derdyk traz um conceito que vem agregar os já mencionados anteriormente: O desenho é uma forma de expressão, de comunicar idéias, pensamentos, sentimentos. “O desenho como linguagem para a arte, para a ciência e para a técnica, é um instrumento de conhecimento, possuindo grande capacidade de abrangência como meio de comunicação e de expressão” (Derdyk, 2004, p.20).
Assim, podemos dizer que houve um novo olhar para o cenário que fora demonstrado. Isto se deve as novas tendências da Arte Moderna onde busca ressaltar a expressão da particularidade de cada artista. Ou seja, vem mostrar as concepções do ensino do desenho e o entendimento deste na infância.
Para Wojnar (apud IAVELBERG, 2013) as mudanças ocorreram sobre o modo de olhar para o desenho infantil como algo natural de seu desenvolvimento e também como meio de expressão. De acordo com essa concepção, as necessidades dos aprendizes, que têm como objetivo fazer deles “criadores, inventores futuros e personalidade nova” (IAVELBERG, 2013, p. 19), direcionando-os para a formação cultural, aperfeiçoando seus gostos e as estéticas dos desenhos, que deveriam estar de acordo com o olhar dos pequeninos e não dos adultos como afirma a concepção tradicional.
Moreira (2002, p.15) cita a fala de uma criança: “Desenhar é bom para tirar as idéias da cabeça. Porque sempre que a gente tem uma idéia, a gente quer ter ela, brincar com ela, aí a gente desenha ela.”
O desenho passa por diversas fases até chegar ao seu estágio final, é, assim, que nos comportamos ao longo dos anos em frente a tal atividade. “O desenho como possibilidade de brincar, o desenho como possibilidade de falar, marca o desenvolvimento da infância, porém em cada estágio, o desenho assume caráter próprio” (MOREIRA, 2002, p.26).
2.2 A criança e a importância do desenho no seu desenvolvimento.
Nas diversas atividades humanas, o desenho encontra-se presente no cotidiano de uma criança. Seja no abrir de um livro e depara-se com uma figura, na ilustração de uma revista ou jornal, nas obras de artes, no caderno utilizado na escola, nas revistas em quadrinhos, no esboço de um mapa, dentre outras representações. Desse modo, o desenho apresenta uma natureza transitória e tão versátil, utilizado em vários momentos de nossas vidas. (DERDYK, 2004, p.10).
O desenho aparece na vida de uma criança muito antes de seu ingresso na escola e, consequentemente de seu primeiro contato com o desenho escolar propriamente dito. É possível que, ao entrar na escola, a criançajá tenha visto os desenhos de seu irmão, sua mãe, seu pai, parentes, amigos, vizinhos, etc, e acabam entrando em contato com livros que possuem gravuras, desenhos infantis de televisão, videogames, revistas, jornais, entre outros recursos que são fontes dos mais variados de representação gráfica. Portanto, grande parte das crianças já chega à escola com vivencias com desenhos das mais variadas formas possíveis (SILVA, 2002).
Diversos estudiosos com diferentes enfoques, estudaram o desenho infantil. Dentre eles podemos citar: Ana Angélica Albano Moreira, Analice Dultra Pillar, Florence de Méredieu, Jean Piaget, Liliane Lurçat, Luquet, Luria, Victor Lowenfeld e Lev Vygotsky dentre outros. No presente estudo, teremos como base os conceitos de Piaget, Vygotsky, Luquet, Pillar, Lowenfeld e Wallon.
Para os estudiosos do grafismo infantil, há determinadas fases, etapas ou períodos que são comuns aos sujeitos em processo de apropriação do desenho enquanto sistema de representação. E, de fato, desde o rabisco sem intencionalidade de representação até a representação gráfico-plástica propriamente dita, podemos claramente identificar aspectos visuais invariantes no processo de apropriação do desenho como sistema semiótico de representação por parte do sujeito.
Para Piaget, a criança é concebida como um ser dinâmico, que a todo o momento interage com a realidade, operando ativamente com objetos e pessoas. Essa interação com o ambiente faz com que construa estruturas mentais e adquira maneiras e fazê-las funcionar. O eixo central, portanto é a interação organismo-meio e essa interação acontece através de dois processos simultâneos: organização interna e a adaptação ao meio, funções exercidas pelo organismo ao longo da vida.
A adaptação definida por Piaget, como o próprio desenvolvimento da inteligência, ocorre através da assimilação e acomodação. Os esquemas de assimilação vão se modificando, configurando os estágios de desenvolvimento.
Considera, ainda, que o processo de desenvolvimento é influenciado por fatores como: maturação, exercitação, aprendizagem social e equilibração. E é com base nesses pressupostos que a educação deve possibilitar à criança um desenvolvimento amplo e dinâmico desde o período sensório-motor até o operatório abstrato.
Ao final do seu primeiro ano de vida, que compreende o estágio sensório-motor, descrito por Piaget (1948), a criança é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos. O desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. De acordo com o mesmo autor, a função semiótica é a capacidade que a criança tem de representar objetos ou situações que estão fora do seu campo visual por meio de imagens mentais, de desenhos, da linguagem. A criança passa a desenvolver essa função no estágio pré-operatório, que compreende faixa etária de dois a sete anos.
Para Piaget, a criança desenha mais o que sabe do que realmente consegue ver. Ao desenhar ela elabora conceitualmente objetos e eventos. Daí a importância de se estudar o processo de construção do desenho junto ao enunciado verbal que nos é dado pelo indivíduo.
Pillar (2006) afirma que a criança não nasce sabendo desenhar, que este conhecimento é construído a partir da sua relação direta com o objeto, assim são suas estruturas mentais é que definem as suas possibilidades quanto à representação e interpretação do objeto. Assim a criança é o sujeito de seu processo, ela aprende a desenhar a partir de sua interação com o desenho. Vários teóricos seguem essa linha teórica quanto ao desenho infantil, dentre eles Luquet (1979), Piaget (1948), Gardner (1999), Méredieu (1995) dentre outros.
No percurso do desenvolvimento infantil, encontramos o desenho como a primeira forma de expressão, antes mesmo da criança conseguir dominar a leitura ou a escrita. Portanto, a criança expressa em seu grafismo àquilo que ainda não consegue com outras linguagens, por exemplo, a fala.
     	O desenho é a primeira forma que a criança usa para se interligar com tudo, depois da fala, “é a manifestação de uma necessidade vital da criança: agir sobre o mundo que a cerca; intercambiar, comunicar” (Derdyk, 2004, p.51).
O desenvolvimento gráfico da criança não é linear. É repleto de idas e vindas, avanços e recuos, porque é justamente um processo. Desenhando, vai deixando suas marcas no papel ou em qualquer superfície disponível (as paredes, o chão) e, desta forma, a criança vai contando sua história, passando por um intenso processo existencial de transformações, em que cognição e sentimento estão juntos, intimamente ligados. (OSTETO, 2010, p. 69)
	O desenho como linguagem também se constitui um instrumento do conhecimento e leva a criança a percorrer novos caminhos e apropriar-se do mundo. A criança que desenha estabelece relações do seu mundo interior com o exterior, adquirindo e reformulando conceitos e aprimora suas capacidades, envolvendo-se efetivamente e operando mentalmente. Ela externaliza sentimentos e expressa pensamentos.
[...] enquanto linguagem, requisita uma postura global. Desenhar não é copiar formas, figuras, não é simplesmente proporção, escala. A visão parcial de um objeto nos revelará um conhecimento parcial desse mesmo objeto. Desenhar objetos, pessoas, situações, animais, emoções, idéias são tentativas de aproximação com o mundo. Desenhar é conhecer, é apropriar-se [...] A agilidade e a transitoriedade natural do desenho acompanham a flexibilidade e a rapidez mental, numa interação entre os sentidos, a percepção e o pensamento (DERDYK, 1989, p.24)
O desenho é o meio pelo qual a criança permite transparecer seu interior, eu consciente e seu subconsciente, apresentando enorme importância para a comunicação eficaz e o entendimento desses “ser tão pequeno” que muitas vezes não sabe como comunicar-se através das palavras.
Roland (1991) afirma que “no que concerne ao desenho de criança, parece natural que eles constituam uma espécie de via privilegiada de acesso ao inconsciente”.
A ação da criança, através do desenho demonstra seu nível de desenvolvimento cognitivo, afetivo, social e emocional. Geralmente, desenhar é algo prazeroso para a criança, e à medida que ela é estimulada a fazê-lo e o faz com algum sentimento, sua comunicação gráfica se torna mais clara e tem mais a dizer sobre seu ser.
A criança se exprime naturalmente, tanto do ponto de vista verbal, como plástico ou corporal, e sempre motivada pelo desejo da descoberta e por suas fantasias. Ao acompanhar o desenvolvimento expressivo da criança percebe-se que ele resulta das elaborações das sensações, sentimentos e percepções vivenciadas intensamente. Por isso, quando ela desenha, pinta, dança e canta, o faz com vivacidade e muita emoção. (FERRAS E FUSARI, 1993, p.55).
É como afirmam Moreira (2002), Sans (2002) e Ferreira (2011) o desenho para eles, é uma ação que tem por finalidade a representação, uma ação dinâmica, não sendo um fazer imediato, muito pelo contrário, o desenho é um processo que envolve todas as potencialidades do desenhista tais como as cognitivas, as físicas e as emocionais, de acordo com Moreira (2002).
Read (2001) afirma que o desenho é um modo de expressão da criança e pode ser considerado um processo mental. É também através do desenho que a criança imagina e inventa, despertando a curiosidade e o conhecimento.
Quando a criança desenha, ela representa situações e personagens do mundo adulto manifestando-se simbolicamente. No desenho é possível perceber indicativos gráficos do mundo real que é construído e apropriado pela observação e imitação do cotidiano e também do imaginário, aquele que é construído a partir da absorção da realidade.
Portanto, o desenho pode representar situações e realidades diversas para tudo o que é visto, lembrando, imaginado ou ainda surgir de um movimento livre da mão sobre a superfície.
 	Ferreira (2005) menciona que, muito comumenteencontramos atividades com figuras perfeitas, prontas para serem coloridas ou preenchidas pelas crianças. Não queremos desmerecer a importância da pintura e as inúmeras possibilidades de desenvolvimento. O que observamos é que o foco está invertido, não está na criança e no processo para desenhar, mas na busca do belo na concepção adulta que deseja resultados.
É o que iremos ver no próximo capítulo, sobre as fases do desenvolvimento gráfico infantil, e sua importância para a criança.
3 EVOLUÇÃO DO DESENHO INFANTIL
De acordo com as idéias apontadas no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), o desenho como linguagem indica signos históricos e sociais que possibilita ao homem significar o seu mundo.
Sendo assim, destacamos a Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, como um espaço para o viver da infância que promove a apropriação das diferentes linguagens e manifestações expressivas, dentre estas, o desenho, signo dotado de significações.
Independentemente da idade, toda criança desenha. “Quando uma criança toma posse de algum instrumento que deixa marcas, certamente ele irá utilizá-lo para desenhar” (PERONDI, 2001, p.179).
Na primeira etapa escolar, toda criança desenha e deixa marcas por prazer. Sempre encontra um jeito e um local para registrar. O chão, a parede e os móveis são muitas vezes destinos escolhidos pela criança. De acordo com Derdyk (2004) o desenho expressa a vivencia e torna-se uma brincadeira que gera prazer. Greig (2004) nomeia esta etapa de “idade de ouro” em que o desenho da criança pequena é impulsionado pelo prazer.
Para os estudiosos, como Lowenfeld, as etapas e os estágios do desenho infantil nos ajudam a compreender e observar o desenvolvimento da criança, embora o mesmo afirme que não é fácil perceber a transição dessas etapas, além de não ocorrerem na mesma fase e da mesma maneira para todas as crianças.
Lowenfeld (1977, p.53) a respeito das fases do desenvolvimento infantil, afirma que “o conhecimento das mudanças, nos trabalhos que aparecem em vários níveis de desenvolvimento e das relações subjetivas entre a criança e seu meio, é necessário ao entendimento da evolução das atividades criadoras.”
Para este mesmo autor, ao final do seu primeiro ano de vida, a criança já é capaz de manter ritmos regulares e produzir seus primeiros traços gráficos, fase conhecida como dos rabiscos ou garatujas (termo utilizado por Viktor Lowenfeld para nomear os rabiscos produzidos pela criança).
Segundo Luquet (1979) foi um dos primeiros estudiosos sobre o desenho da criança do ponto de vista de sua evolução cognitiva, procurando compreender o que é como a criança desenha. Para ele existem quatro estágios do desenvolvimento gráfico que podem contribuir para a compreensão do educador e da família sobre os processos de desenvolvimento da criança. 
Para este autor:
O desenho pode, em certo sentido, ser considerado como um processo que permite representar objetos, tanto pelo conhecimento que temos dele ou pela maneira como o conhecemos, como pela aparência que oferecem aos nossos olhos. (LUQUET, 1979, p.15)
Estudiosos como Lowenfel (1977) e Novaes (1972) trazem em seus estudos a reflexão sobre a relevância de pais e educadores compreenderem as fases e transformações do grafismo infantil a fim de contribuírem nos processo de criação da criança.
3.1 A evolução do desenho segundo alguns autores.
	Para desenvolver este item iremos descrever os seguintes autores: Luquet, Piaget, Vygotsky e o ponto de vista de pedagogos e psicólogos no que diz respeito às etapas do desenho.
Luquete distingue quatro estágios. Em sua concepção o desenho da criança “não mantém as mesmas características do princípio ao fim. Portanto, convém fazer sobressair o caráter distintivo das suas fases sucessivas” (LUQUET, 1979, p.135). Já que do inicio ao fim o desenho infantil é “essencialmente realista, cada uma dessas fases será caracterizada por uma espécie determinada de realismo” (Ibidem).
Para o autor, o termo realismo é utilizado para justificar que o desenho infantil é realista, pois a criança, ao desenhar, tem a intenção de representar fielmente um objeto, como ela o vê Desta forma, a criança revela em suas representações gráficas muitos detalhes e características minuciosas do objeto visualizado por ela, os quais muitas vezes são imperceptíveis aos olhos de um adulto.
As fases são: O primeiro é denominado realismo fortuito, que se inicia por volta dos 2 anos e subdivide-se em desenho involuntário e voluntário e põe fim ao período chamado rabisco. A criança começa por traçar signos sem desejo de representação e descobre por acaso uma analogia com um objeto e passa a nomear seu desenho.
Ou seja, a criança desenha linhas, uma vez que ainda não tem consciência de que o conjunto delas passa a representar objetos e não retribui significado a seus grafismos, mas o faz pelo prazer em repetir os gestos e não atribui significado a esse grafismo, mas o faz pelo prazer em repetir os gestos em função da atividade motora adquirida.
A segunda fase é o realismo fracassado, geralmente entre 3 e 4 anos tendo descoberto a identidade forma objeto, a criança procura reproduzir esta forma. Tenta reproduzir o que existe. “Não sabe ainda dirigir e limitar os seus movimentos gráficos de modo a dar ao seu traçado aspecto que quereria” (LUQUET, 1979, p.147).
A terceira: o realismo intelectual, estende-se dos 4 aos 10-12 anos, caracteriza-se pelo fato que a criança desenha do objeto não aquilo que vê, mas aquilo que sabe. Nesta fase ela mistura diversos pontos de vista (perspectivas). “Não só os elementos concretos invisíveis, mas mesmo os elementos abstratos que só tem existência no espírito do desenhador” (LUQUET, 1979, p.160).
A quarta fase, o realismo visual, geralmente por volta dos 12 anos, marcado pela descoberta da perspectiva e a submissa às suas leis, daí um empobrecimento, um enxugamento progressivo do grafismo que tende a se juntar as produções adultas.
Em relação ao desenvolvimento do desenho, Luquet (1979) destaca que os estágios não são rígidos, pois cada fase pode se prolongar enquanto a seguinte já houver começado. Na passagem de um nível para outro há a renúncia de alguns elementos e uma reconstrução dos conhecimentos adquiridos que depende muito das interações da criança em seu meio. 
Para Piaget, que mostram o desenvolvimento do desenho segue os mesmos estágios de Luquet, no entanto são analisados dentro da perspectivas das fases do desenvolvimento infantil da representação. As fases do desenho são:
Garatuja que faz parte da fase sensória motora (zero a dois anos) e parte da pré-operacional (dois a sete anos), indo aproximadamente até três ou quatro anos. A criança demonstra extremo prazer em desenhar e a figura humana é inexistente ou pode aparecer da maneira imaginária. A cor tem um papel secundário, aparecendo o interesse pelo contraste, mas não há intenção consciente.
 	A garatuja pode ser dividida em:
• Desordenada: onde os movimentos são amplos e desordenados, parecendo mais um exercício motor. Não há preocupação com a preservação dos traços, que são cobertos com novos rabiscos várias vezes. 
• Ordenada: movimentos com traços longitudinais e circulares e a figura humana ainda aparece de forma imaginária, podendo começar a surgir um interesse pelas formas (Diagrama); coordenação viso-motora. 
Nesta fase a criança diz o que vai desenhar, mas não existe relação fixa entre o objeto e sua representação. Por isso, ela pode dizer que um círculo ovulado seja um avião, e antes de terminar o desenho, dizer que é um peixe.
Pré- Esquematismo • Dentro da fase pré-operatória (4 a 7 anos), indo normalmente até os sete anos quando aparece a descoberta da relação entre desenho, pensamento e realidade. Observa-se que os elementos ficam dispersos e não são relacionados entre si.
Esquematismo • Faz parte da fase das operações concretas (7 a 10 anos), mas costuma ir até mais ou menos, nove anos. Dentro dos esquemas representativos, começa a construir formas diferenciadaspara cada categoria de objeto. Nesta etapa surgem duas grandes conquistas: o uso da linha de base e a descoberta da relação cor objeto. Já tem um conceito definido quanto à figura humana, no entanto podem surgir desvios do esquema, tais como: exagero, negligência, omissão ou mudança de símbolo. Aparecem também dois fenômenos como a transparência e o rebatimento.
Realismo • Também faz parte da fase das operações concretas, mas já no final desta fase. Existe uma consciência maior do sexo e autocrítica pronunciada. No espaço é descoberto o plano e a superposição. Abandona a linha de base. Na figura humana aparece o abandono das linhas geométricas. Nesta etapa normalmente usam roupas diferenciadas para cada um dos sexos.
Pseudo-Naturalismo • Estamos na fase das operações abstratas (10 anos em diante). É o fim da arte como atividade espontânea e muitos desistem de desenhar nesta etapa do desenvolvimento. Inicia a investigação de sua própria personalidade, transferindo para o papel suas inquietações e angústias, características do inicio da adolescência. No desenho aparece muito mais o realismo, a objetividade, a profundidade, o espaço subjetivo e o uso consciente da cor. Na figura humana, as características sexuais podem aparecer de forma exagerada.
 	É importante mencionar que estes estágios não são estáticos, imutáveis, existem crianças que pulam alguns estágios de desenvolvimento e crianças que param de se desenvolver devido a vários fatores que influenciam em sua vida.
De acordo com Vygotsky, o desenho tem as seguintes fases:
Etapa simbólica (Escalão de esquemas) – É a etapa dos conhecidos bonecos que representam, de modo resumido, a figura humana. Esta etapa é descrita como o momento em que as crianças desenham os objetos “de memória” sem aparente preocupação com fidelidade à coisa representada. É o período em que a criança “representa de forma simbólica objetos muitos distantes de seu aspecto verdadeiro e real” (VYGOTSKY, 1987, p. 94). Segundo o autor, é grande a arbitrariedade e a licença do desenho infantil nesta etapa.
Etapa simbólico-formalista (Escalão de formalismo e esquematismo) é a etapa na qual já se percebe maior elaboração dos traços e formas do grafismo infantil. É o período em que a criança começa a sentir necessidade de não se limitar apenas à enumeração dos aspectos concretos do objeto que representa, buscando estabelecer maior número de relações entre o todo representado e suas partes. Percebe-se que os desenhos permanecem ainda simbólicos, mas já se pode identificar o início de uma representação mais próxima da realidade.
Etapa formalista veraz (Escalão da representação mais aproximada do real) - Nesta fase, as representações gráficas são fiéis ao aspecto observável dos objetos representados, acabando os aspectos mais simbólicos, presentes nas etapas anteriores.
Etapa formalista plástica (Escalão da representação propriamente dita). Observa-se uma nítida passagem a um novo modo de desenhar, pois como um desenvolvimento viso-motor mais acentuado, o sujeito acaba se utilizando de técnicas projetivas e de convenções mais realistas. O grafismo deixa de ser uma atividade com fim em si mesma e converte-se em trabalho criador. No entanto, há uma diminuição do ritmo dos desenhos que permanecem mais entre aqueles que realmente desenham porque sentem prazer neste ato criador.
Piaget e Vygotsky focam diferentes aspectos do desenho, Piaget foca mais os aspectos epistêmicos e Vygotsky, os aspectos sociais, os autores se aproximam em dois pontos básicos: em relação à importância do desenho no desenvolvimento da criança e à característica de que a criança desenha o que lhe interessa e o que sabe a respeito de um objeto.
A evolução do desenho de acordo com alguns psicólogos e pedagogos, em uma linguagem mais coloquial, utilizam as seguintes referencias:
De 1 a 3 anos. É a idade das famosas garatujas: simples riscos ainda desprovidos de controle motor, a criança ignora os limites do papel e mexe todo o corpo para desenhar, avançando os traçados pelas paredes e chão.
De 3 a 4 anos • Já conquistou a forma e seus desenhos têm a intenção de reproduzir algo.
De 4 a 5 anos. É uma fase de temas clássicos do desenho infantil, como paisagens, casinhas, flores, super-heróis, veículos e animais, varia no uso das cores, buscando um certo realismo. Suas figuras humanas já dispõem de novos detalhes, como cabelos, pés e mãos, e a distribuição dos desenhos no papel obedecem a uma certa lógica, do tipo céu no alto da folha.
De 4 a 5 anos. Aparece ainda a tendência à antropomorfização, ou seja, a emprestar características humanas a elementos da natureza, como o famoso sol com olhos e boca.
De 5 a 6 anos. Os desenhos sempre se baseiam em roteiros com começo, meio e fim. As figuras humanas aparecem vestidas e a criança dá grande atenção a detalhes como as cores.
De 7 a 8 anos. O realismo é a marca desta fase, em que surge também a noção de perspectiva. Ou seja, os desenhos da criança já dão uma impressão de profundidade e distância.
Diante do que foi descrito, sobre as fases do desenho, é de grande interesse ressaltar que o desenvolvimento progressivo do desenho implica mudanças significativas que, no início, dizem respeito à passagem dos rabiscos iniciais da garatuja para construções cada vez mais ordenadas, fazendo surgir os primeiros símbolos. Essa passagem é possível graças às interações da criança com o ato de desenhar e com desenhos de outras pessoas.
Na garatuja, a criança tem como hipótese que o desenho é simplesmente uma ação sobre uma superfície, e ela sente prazer ao constatar os efeitos visuais que essa ação produziu. No decorrer do tempo, as garatujas, que refletiam, sobretudo o prolongamento de movimentos rítmicos de ir e vir, transformaram-se em formas definidas que apresentam maior ordenação, e podem estar se referindo a objetos naturais, objetos imaginários ou mesmo a outros desenhos. 
Na evolução da garatuja para o desenho de formas mais estruturadas, a criança desenvolve a intenção de elaborar imagens no fazer artístico. Começando com símbolos muito simples, ela passa a articulá-los no espaço bidimensional do papel, na areia, na parede ou em qualquer outra superfície. Passa também a constatar a regularidade nos desenhos presentes no meio ambiente e nos trabalhos aos quais ela tem acesso, incorporando esse conhecimento em suas próprias produções. No inicio, a criança trabalha sobre a hipótese de que o desenho serve para imprimir tudo o que ela sabe sobre o mundo. No decorrer da simbolização,a criança incorpora progressivamente regularidades ou códigos de representação das imagens do entorno, passando a considerar a hipótese de que o desenho serve para imprimir o que se vê.
É uma etapa muito importante porque marcam os primeiros movimentos gráficos da criança pequena e que desenvolve tanto a fala que precede a grafia, como também revela características pessoais de cada criança, bem como todo um movimento de sentimentos, pensamentos e temores, evidenciando a afetividade construída nas relações humanas de acordo com Wallon (1975).
É assim que, por meio do desenho, a criança cria e recria individualmente formas expressivas, interagindo percepção, imaginação, reflexão e sensibilidade, que podem então ser apropriadas pelas leituras simbólicas de outras crianças e adultos.
Estes estágios definem maneiras de desenhar que são bastante similares em todas as crianças, apesar das diferenças individuais de temperamento e sensibilidade. Esta maneira de desenhar própria de cada idade varia, inclusive, muito pouco de cultura para cultura.
4. IMPORTÂNCIA DO DESENHO NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS 
Existem várias teorias no âmbito do desenho infantil, como vimos ao longo do trabalho, que trazem concepções interessantes para confrontar e compreender as suas diferenças e se possível, utilizar distintas propostas pedagógicas na prática.
Na linguagem educacional, este fator desenho é muitas vezes incompreendido. Portanto, consideramos pertinente retomar algumas concepções e práticas relacionadas ao desenho, porvezes aparentemente óbvias, todavia complexas em sua inserção no cotidiano educativo. O que é o desenho? Por que desenhar? Por que propor desenhos para as crianças? Produzir, reproduzir, ou copiar desenhos? Desenhar ou pintar?
O que é o desenho, já fora exposto no item um, agora veremos as outras indagações. Piaget, Vygotsky e Wallon, são estudiosos que contribuíram com suas teorias levando ao entendimento dos leitores, que a criança aprende a partir das múltiplas interações que estabelece com o meio sócio-cultural.
Trouxeram questões da aprendizagem que se dá por meio da relação com o outro e que na caminhada para o desenvolvimento há sempre um espaço para o imprevisível, o inesperado, a perplexidade e que não existe uma linearidade no desenvolvimento do ser humano.
Portanto, é participando ativamente de uma comunidade educativa, que as crianças possuem a oportunidade de estabelecerem inúmeras trocas com outras crianças, com adultos e com instrumentos culturais como livros, obras de arte, brinquedos e brincadeiras, objetos, a observação do mundo real dentre outros. Portanto, é a partir de suas relações com o que a criança vai se apropriando das significações socialmente construídas, permitindo que compreenda as formas culturais de se perceber de estruturar a realidade. 
Aprende-se por meio de uma multiplicidade de linguagens. Brincando, falando, escrevendo, lendo, construindo coisas, explorando o mundo, desenhando, se expressando, sensibilizando, imaginando, criando e recriando. No que tange o desenho, Piaget relata que: “é uma forma de representação que supõe a construção de uma imagem bem distinta da percepção". O que a criança desenha não é a reprodução da imagem percebida visualmente, nem a imagem mental que se tem do objeto, consiste sim, na construção gráfica que ela tem naquele momento. Desta forma não se deve interferir, direcionar ou dar desenhos prontos para a criança, isso inibi a auto-expressão e projeta na mesma a incapacidade de desenhar.
Partindo desse principio, no contexto da educação infantil, o educador que percebe a criança como um ser em desenvolvimento e em transformação pode contribuir significativamente no seu processo de desenvolvimento, uma vez que compreende a criança em seu tempo histórico, respeitando as suas várias formas de manifestações expressivas.
Para Vera Barros (1998), "aprender a fazer essa leitura é, sem dúvida, um grande e apaixonante desafio, pois, ao tentá-la, cada vez mais vamos desvendando a imensa complexidade e flexibilidade do misterioso processo de adaptação ao meio". O educador que conhece as etapas evolutivas do desenho infantil ele adquire, mas um instrumento para compreender as crianças.
Alguns estudos apontam que a compreensão e conhecimento das fases do desenho infantil e sua relação com a evolução do desenvolvimento humano, não são suficientes para que o educador perceba a eficácia dessa produção. É como demonstra Ostetto:
Para compreender, e principalmente respeitar o desenho infantil, não basta apenas saber sobre as teorias do desenho, sobre as fases de desenvolvimento do desenho ou sobre significações psicológicas a respeito do grafismo infantil; o educador precisa saber da sua própria produção, da sua expressão, da sua linguagem. Onde está o seu desenho? Ainda a leva consigo, ou foi largado no meio do caminho, entre a casa e a escola, entre a infância e a juventude? (OSTETO, 2010, p.69)
Toda criança desenha, mas ao longo da vida, influenciada, sobretudo pelos processos escolares, vai abandonando sua produção e então chega à vida adulta sem saber qual é o seu traço, qual é a sua marca (MOREIRA, 2002, apud OSTETTO, 2010). “Vai perdendo a capacidade de designar, de afirmar-se produtora de sentidos, sujeito criador de mundos, pois o desenho é uma espécie de projeto, uma possibilidade de lançar-se para frente”. (OSTETTO, 2010, p.69).
Neste lançar-se para frente que é o desenhar, existe a possibilidade de ver-se e rever-se (...). Existe neste projetar-se um movimento de dentro para fora e de fora para dentro. A criança, mesmo sem ter uma compreensão intelectual do processo, está modificando e sendo modificada pelo desenhar. (MOREIRA, 2002, p.20)
O educador tem que perceber o processo criativo da criança como elemento de cultura, como atividade construída socialmente que oferece a possibilidade de criar e recriar a cada nova produção a realidade que a cerca, devendo colocar as crianças em contato com materiais diversos da cultura, com a capacidade de apreciar o que se tem para ver o mundo.
Se o educador não compreende o desenho da criança como um processo de criação, como linguagem que é, pode reforçar equívocos em sua prática tais como a utilização do desenho pronto para colorir (antigamente mimeografado, hoje xerocado ou impresso) e da cópia. Um outro equívoco, muito comum na educação infantil, revela-se nas intervenções do professor sobre o desenho da criança, seja nomeando com sua escrita o que a criança desenhou, seja dando aquela “ajeitadinha”, o “retoque final”, para a exposição, para colocar na pasta, para mostrar aos pais. O principal equívoco destas práticas é a negação do desenho como linguagem. Por quê? Ora, se o desenho é linguagem se constituindo, que expressa, comunica e diz de um processo vivido, deve valer por si mesmo e não pela “legenda” que o professor coloca! A escrita sobreposta ao desenho, explicando o que é, corresponde à linguagem e ao desejo do adulto, não das crianças; principalmente quando são pequeninas , rabiscando, garatujando, experimentando o prazer do gesto, encantando-se com a mágica das marcas produzidas com seu corpo no papel. (OSTETO, 2010, p.69-70).
A criança nessa fase desenvolve funções mentais bastantes elaboradas, estão ampliando sua visão de mundo, bem como a percepção do cotidiano. Os desenhos carregam uma relação estreita com as emoções mais sinceras, as crianças desenham seus desejos, seus sonhos, seus medos. 
O desenho pronto interfere também, negativamente, no processo de desenvolvimento da criança. Na idade em que ela está querendo só rabiscar, diante do desenho pronto ela acaba se limitando a fazer dois ou três tipos de rabiscos mais adequados para preencher o espaço. No entanto, em seus desenhos espontâneos, essa criança pode chegar a usar até vinte tipos diferentes de rabiscos. Normalmente, a partir de um ano e meio de idade, a criança começa a experimentar vários tipos de traços. Com três anos, ela enche o papel com formas como quadrados, triângulos, cruzes ou formas irregulares. Aos quatro anos, ela já combina essas mesmas formas para representar o sol, pessoas, casas, árvores, flores, carros, animais, etc. É assim que tem início o desenho figurativo, cujo processo de descobrimento pode ser prejudicado com o desenho pronto entregue à criança (CAMARGO, s/d, p. 58).
Ao se analisar um desenho infantil, deve ser considerado as condições biográficas e familiares, assim como a história pessoal, que servirá como marco de referência. Além disso, é necessário lembrar-se sempre que um desenho é uma expressão de sentimentos e de desejos que vão ajudar, a saber, por exemplo, como se sente a criança a respeito da sua família, sua escola, etc. O desenho é a primeira porta na qual a criança abre o seu interior.
As formas construídas e determinadas individualmente pelas crianças ajudam a estruturar uma identidade bastante peculiar de como cada uma constrói seu grafismo. Ao mesmo tempo em que precisa de referências e orientações, precisa ainda mais de liberdade de ação e reflexão.
Por, isso um ambiente que proporcione desafios a essas mentes criativas é de imenso valor e pode auxiliar a criança nesse percurso, no qual ela se utiliza dos recursos simbólico do meio artístico para construir representações significativas especificas que só a arte é capaz de proporcionar.
A importância da atividade do desenho para a criança está em permitir a ela a possibilidade de expressar a aprendizagem já adquirida, revelando seus pensamentos, sentimentos e expectativas, bem como em abrir espaço para a construçãode novos saberes através da mediação com outras crianças ou um sujeito mais experiente, de acordo com Almeida (2002).
O desenho infantil invade vários campos do conhecimento: mostra conhecimentos matemáticos (simetria, tamanho, quantidade), históricos (arquitetura, noções de tempo, etc.). Sendo assim, a arte constitui um processo no qual a criança reúne diversos elementos de sua experiência visando formar um novo significado para tudo que vê, sente e observa. A criança aprende, representa e utiliza conhecimento de muitas formas e maneiras.
Para Izabel Galvão (p.55), “o olhar que o professor dirige ao desenho da criança apóia-se nas concepções que ele tem sobre o desenho enquanto linguagem, idéias constituídas na sua própria historia e experiência com a linguagem". 
A criança ao desenhar desenvolve a auto – expressão e atua de forma afetiva com o mundo, opinando, criticando, sugerindo, através da utilização das cores, formas, tamanhos, símbolos, entre outros.
Vale ressaltar que o professor deve oferecer para seu aluno a maior diversificação possível de materiais, fornecendo suportes, técnicas, bem como desafios que venham favorecer o crescimento de seu aluno, além de ter consciência de que um ambiente estimulante depende desses fatores colocados, permitindo a exploração de novos conhecimentos.
Partindo do pressuposto de que não são oferecidos tais suportes, a tendência é que o aluno bloqueie sua criatividade, visto que não lhe foram oferecidas tais condições. Por isso a importância de oferecer materiais diversos, estimulando novos conhecimentos. As atividades de desenho precisam ter um objetivo claro, precisam ser planejadas como todas as ações pedagógicas. 
Para Luquet, a principal atitude do educador deve ser a de "apagar-se", deixar que a criança use a sua criatividade, fazendo sempre com que estas sugestões não soem como imposições deixando-a desenhar ao seu modo, sem intervenções ou críticas. A princípio, para a criança, o desenho não é um traçado executado para fazer uma imagem, mas um traçado executado simplesmente para fazer linhas. (LUQUET, 1979 pg.145)
O professor estimula na criança o observar, o pensar, o dialogar e o agir sobre seu próprio desenho oferecendo ao desenhista subsídios necessários para novas possibilidades construtivas. (IAVELBERG, 2013).
Os rabiscos ganham complexidade conforme seu progresso ao mesmo tempo, impulsiona seu desenvolvimento cognitivo e expressivo. Através do desenho vê-se como se relacionam com a realidade e com os elementos de sua cultura e como traduzem essa percepção graficamente.
O desenho se torna mais expressivo quando existe uma conjunção afinada entre mão, gesto e instrumento, de maneira que, ao desenhar, o pensamento se faz.
De inicio, se desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e pesquisa formas de ocupar a folha. Com o tempo, a criança busca registrar as coisas do mundo. Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento que é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos no mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia a dia.
De acordo com Pillar (1996), ao observar o desenho de uma criança, podemos aprender muito sobre o seu modo de pensar e sobre as habilidades que possui. A importância de valorizar o desenho desde o inicio da vida da criança se dá pelo fato da necessidade que o universo infantil tem em ser estimulado, desafiado, confrontado de forma que venha enriquecer as próprias experiências da criança.
Na escola, ensinamos a ler imagens para a criança aprender a vê-las, a reconhecê-las e a pensar sobre elas. A reflexão sobre desenhos na Educação Infantil aproxima o aluno das imagens, ajudando-o a desenvolverem um discurso sobre elas por intermédio de diferentes linguagens, como a fala, o desenho e o gesto. Progressivamente, ele aprende a descrever e analisar o todo e as partes, de modo a relacionar e diferenciar sua própria experiência da exibida pelo artista – (LAVELBERG, 1997)
Enquanto mediador do conhecimento, o professor é essencial para incentivar o aluno, seja ele pelo caminho da arte ou por outra área do conhecimento, oferecendo os melhores suportes, de forma que venha a somar no crescimento e formação do mesmo.
	Para Wallon, o professor é um ser integral e em desenvolvimento afetivo e cognitivo, e sua ação dá-se em relacionamento com pessoas que assim como ele são integrais e em desenvolvimento afetivo e cognitivo, a diferença é que somos o sujeito mais experiente nessa relação, nossa ações podem promover um meio mais favorável ao desenvolvimento (1975).
Portanto, a inserção do desenho nos processos pedagógicos pode-se verificar concepções que oscilam entre dois pólos: de um lado, como atividade gráfica destituída de valor educacional. E, do outro, a extrema instrumentalização do desenho, entendendo-se que deve ser ensinado, dirigido, treinado, a fim de aprimorar a coordenação percepto-motora ou outras esferas do desenvolvimento psicológico. Entre esses dois pólos, está ainda, uma visão romantizada do desenho infantil, considerando-os pequenas obras primas nascidas da genialidade natural. (SILVA, 2002).
Considerando a influencia do desenho no processo de desenvolvimento da criança é relevante que os educadores tenham uma visão abrangente e crítica para com a realização dessa atividade no contexto educativo. Ainda que seja uma atividade lúdica, a criança mediante o desenho expressa sentimentos, emoções, a sua subjetividade e os seus pensamentos.
CONCLUSÃO
A educação infantil é uma fase do aprendizado que requer muita atenção e compromisso. O educador deverá está atento para esta fase, por saber, que os alunos se encontram em um momento de construção e aquisição. Portanto, ele deve propiciar um aprendizado significativo e expressivo para que a criança crie e recrie, respeitando – as em sua maneira específica de agir e pensar sobre o mundo.
No que tange o ato de desenhar, deve-se ter em mente que não se trata apenas de um gesto mecânico ao acaso, cada movimento que o aluno faz tem um significado simbólico, por isso, o desenho infantil é alvo de vários estudos e de diversas áreas do conhecimento.
O desenho infantil é uma linguagem peculiar à criança, que faz parte do desenvolvimento da sua infância. É através dele que ala pode se expressar, comunicar e atribuir sentido aos seus sentimentos, pensamentos e sensações.
	Portanto, é essencial que o educador promova atividades relacionadas ao desenho e possa usá-lo para o desenvolvimento do seu aluno. Como exemplo: uma história bem contada, um passei, algo ocorrido em sala, uma brincadeira, um jogo, cantigas, dentre outros.
	Durante o trabalho foi exposto às fases do desenho de alguns autores, que nos permitiram perceber que a linha de evolução é similar entre os pesquisadores, mundano com maior ênfase o enfoque em alguns aspectos. O importante é respeitar os ritmos de cada criança e permitir que ela possa desenhar livremente, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e situações.
	Enfim, o desenho infantil contém uma representação simbólica muito forte daquilo que a criança vê no mundo, enquanto ser social e cultural, inserida num contexto e num determinado nível de desenvolvimento, por norma de acordo com a faixa etária em que se situa.
	É importante que o professor tenha conhecimento das etapas evolutivas do desenho infantil para que seja mais um instrumento para compreender as crianças. O educador poderá orientar suas ações pedagógicas relacionadas às atividades de desenho elaborando propostas de trabalho que incorporam as atividades artísticas, as quais não precisam ser espontâneas das crianças.
	Esperamos que o presente trabalho proporcione um olhar mais ampliado para a arte desenhar, e que ele possa cooperar com a ação pedagógica e motivas idéias e projetos contendo objetivos e metodologias para promover o desenvolvimento integral da criança, no qual o cognitivo e o emocional sejam contemplados.
	Ressaltamos também, da importância de se fazer novas pesquisas sobre o tema, contribuindomais para a produção cientifica e para o compartilhamento do conhecimento produzido, pois o assunto é de grande importância para os educadores.
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