Buscar

CDC (material Lei Seca - questões)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 121 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 121 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 121 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR - CDC
MATERIAL COM QUESTÕES DE CONCURSO e ALGUMAS REFERÊNCIAS À SÚMULAS E JULGADOS DOS TRIBUNAIS SUPERIORES
Material confeccionado por Eduardo B. S. Teixeira.
	Última atualização legislativa: Lei 13.425/2017.
Última atualização jurisprudencial: 24/02/21 - Info 651 (art. 51, XII); Sem Info (art. 53 – contribuição @mafaldaleitora); Info 656 (art. 12); Info 660 (art. 14, §1º); Info 660 (art. 43, §2º); Info 661 (art. 28, §5º); Info 664 (art. 42, § único).
Última atualização questões de concurso: 09/04/2021.
Observações quanto à compreensão do material:
1) Cores utilizadas:
· EM VERDE: destaque aos títulos, capítulos, bem como outras informações relevantes, etc.
· EM ROXO: artigos que já foram cobrados em provas de concurso.
· EM AZUL: Parte importante do dispositivo (ex.: questão cobrou exatamente a informação, especialmente quando a afirmação da questão dizia respeito à situação contrária ao que dispõe no CDC).
· EM AMARELO: destaques importantes (ex.: critério pessoal)
2) Siglas utilizadas:
· MP (concursos do Ministério Público); M ou TJPR (concursos da Magistratura); BL (base legal, etc).
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.
	
	Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
         O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
TÍTULO I
Dos Direitos do Consumidor
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
        Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias. (MPMT-2008) (MPES-2010) (TJGO-2012) (TJPA-2012) (MPMG-2012) (MPSC-2012) (TJCE-2014) (TJPE-2013) (TJDFT-2015) (TJPB-2015) (TJSC-2017) (TRF3-2018)
	(MPRS-2016): Nas relações de consumo não se aplica a regra do pacta sunt servanda.[footnoteRef:1] [1: (TJPE-2011-FCC): Dentre os direitos básicos assegurados pela Teoria Geral do Direito abaixo discriminados NÃO se aplica às relações de consumo a regra: do pacta sunt servanda.] 
##Atenção: ##MPGO-2016: ##TRF3-2018: O direito material tradicional, concebido à luz dos princípios romanistas, tais como a autonomia de vontade, o pacta sunt servanda e a própria responsabilidade subjetiva, ficou ultrapassado, se revelando ineficaz para dar proteção efetiva ao consumidor." (Fonte: Interesses difusos e coletivos / Adriano Andrade, Cleber Masson - p.610).
##Atenção: ##MPGO-2016: ##TRF3-2018: Vejamos o trecho do voto do AgRg no REsp 767.771/RS: “CDC é prova evidente de que não se pode aceitar o contrato da maneira como antes era consagrado, regido pelo modelo estanque da autonomia da vontade e de sua consequente força obrigatória (pacta sunt servanda). A sociedade mudou, eis que vivemos sob o domínio do capital, e com isso deve-se modificar o modo de se ver e se analisar os pactos, sobretudo os contratos de consumo. Como já pronunciado em sede de recurso ao STJ, o Código Consumerista representa forte mitigação dessa obrigatoriedade da convenção, mormente nas hipóteses em que o negócio jurídico celebrado encerra uma situação de injustiça.” STJ. 4ª T., AgRg no REsp 767.771/RS, Rel. Min. Jorge Scartezzini, j. 05/09/06.
(TJSP-2014-VUNESP): A Lei 8.078/90 é norma de ordem pública e de interesse social, geral e principiológica e, com base no § 1.º do art. 2.º da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, sempre revoga as anteriores incompatíveis, quer estas sejam gerais ou especiais. BL: art. 1º, CDC.
##Atenção: ##TJPB-2015: ##CESPE: Luiz Antônio Rizzato Nunes explica o seguinte: “A Lei n. 8.078 é norma de ordem pública e de interesse social, geral e principiológica, o que significa dizer que é prevalente sobre todas as demais normas especiais anteriores que com ela colidirem. As normas gerais principiológicas, pelos motivos que apresentamos no início deste trabalho ao demonstrar o valor superior dos princípios, têm prevalência sobre as normas gerais e especiais anteriores" (RIZZATTO NUNES, Luiz Antonio. Comentários ao CDC. 3. ed. Saraiva, 2007. p. 91). Sendo o CDC regido por normas de ordem pública, este microssistema autoriza o juiz a conhecer de ofício de toda a matéria nele disciplinada.
##Atenção: ##STJ: ##TJPA-2019: ##CESPE: O CDC não é aplicável aos contratos celebrados antes da sua vigência. Embora o CDC não retroaja para alcançar efeitos presentes e futuros de contratos celebrados anteriormente a sua vigência, a legislação consumerista regula os efeitos presentes de contratos de trato sucessivo e que, por isso, foram renovados já no período de sua vigência. STJ. 4ª T., AgRg no AgRg nos EDcl no REsp 323.519/MT, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, j. 28/08/12.
(MPMG-2012): A formação dos Estados Democráticos, para além da conformação do monismo normativo, transformou a vida das pessoas no reconhecimento dos novos valores sociais e na convivência com as diferenças, propiciando novo corte na hermenêutica do Direito no que respeita ao pluralismo jurídico. Sobre a técnica de coordenação das diferentes fontes jurídicas, revelada na aproximação do CDC com o CC/02, é correto dizer: Pela dimensão coordenação, há a possibilidade de transposição da reflexão doutrinária e jurisprudencial de uma codificação para outra codificação mais recente.
(TJSC-2009): O “Diálogo Sistemático de Subsidiariedade” consiste na aplicação prioritária do CDC e subsidiária do Código Civil.
##Atenção: ##MPMG-2012:  Claudia Lima Marques nos dá a resposta ao trazer sua visão sobre os três tipos de “diálogo" possíveis entre CDC e Código Civil: “1) na aplicação simultânea das duas leis, uma lei pode servir de base conceitual para a outra (diálogo sistemático de coerência), especialmente se uma lei é geral e a outra especial, se uma é a lei central do sistema e a outra um microssistema específico, não completo materialmente, apenas com completude subjetiva de tutela de um grupo da sociedade; 2) na aplicação coordenada das duas leis, uma lei pode complementar a aplicação da outra, a depender de seu campo de aplicação no caso concreto (diálogo sistemático de complementaridade e subsidiariedade em antinomias aparentes ou reais), a indicar a aplicação complementar tanto de suas normas, quanto de seus princípios, no que couber, no que for necessário ou subsidiariamente; 3) ainda há o diálogo das influências recíprocas sistemáticas, como no caso de uma possível redefinição do campo de aplicação de uma lei (assim, por exemplo, as definições de consumidor stricto sensu e de consumidor equiparado podem sofrer influências finalísticas do Código Civil, uma vez que esta lei vem justamente para regular as relações entre iguais, dois iguais-consumidores ou dois iguais-fornecedores entre si — no caso de dois fornecedores, trata-se de relações empresariais típicas, em que o destinatário final fático da coisa ou do fazer comercial é um outro empresário ou comerciante —, ou, como no caso da possível transposição das conquistas do Richterrecht (direito dos juízes), alçadas de uma lei para a outra. É a influência do sistema especial no geral e do geral no especial, um diálogo dedouble sens (diálogo de coordenação e adaptação sistemática)" (Bolzan, Fabrício. Direito do Consumidor Esquematizado. 2.ed. – São Paulo: Saraiva, 2014).
        Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. (TJRR-2008) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (TRF2-2009) (MPRO-2008/2010) (MPBA-2010) (MPES-2010) (MPMG-2010) (TRF4-2010) (TJES-2011) (TJRO-2011) (MPPR-2011) (TRF5-2011) (TJMS-2012) (TJAC-2012) (TJBA-2012) (MPPI-2012) (DPEES-2012) (TJAM-2013) (MPSC-2010/2012/2014) (TJDFT-2014) (TJAP-2014) (DPEPR-2014) (MPF-2008/2015) (TRF1-2009/2015) (TJPB-2011/2015) (TJPE-2015) (TJGO-2015) (MPSP-2015) (TJPR-2010/2011/2012/2013/2014/2017) (TJSC-2013/2017) (TJCE-2012/2018) (TJPA-2012/2019)
	Súmula 608-STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.Súmula 563-STJ: O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às entidades abertas de previdência complementar, não incidindo nos contratos previdenciários celebrados com entidades fechadas.
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: Não se aplica o CDC aos contratos administrativos, tendo em vista que a Administração Pública já goza de outras prerrogativas asseguradas pela lei. A fiança bancária, quando contratada no âmbito de um contrato administrativo, também sofre incidência do regime publicístico, uma vez a contratação dessa garantia não decorre da liberdade de contratar, mas da posição de supremacia que a lei confere à Administração Pública nos contratos administrativos. Pode-se concluir, portanto, que a fiança bancária acessória a um contrato administrativo também não representa uma relação de consumo. STJ. 3ª T. REsp 1.745.415-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j. 14/05/19 (Info 649).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJPA-2019: ##CESPE: Contrato de conta-corrente mantida entre corretora de Bitcoin e instituição financeira: não se aplica o CDC. A empresa corretora de Bitcoin que celebra contrato de conta-corrente com o banco para o exercício de suas atividades não pode ser considerada consumidora. Não se trata de uma relação de consumo. A empresa desenvolve a atividade econômica de intermediação de compra e venda de Bitcoins. Para realizar essa atividade econômica, utiliza o serviço de conta-bancária oferecido pela instituição financeira. Desse modo, a utilização desse serviço bancário (abertura de conta-corrente) tem o propósito de incrementar sua atividade produtiva de intermediação, não se caracterizando, portanto, como relação jurídica de consumo, mas sim de insumo. Em outras palavras, o serviço bancário de conta-corrente é utilizado como implemento de sua atividade empresarial, não se destinando, pois, ao seu consumo final. Logo, não se aplicam as normas protetivas do CDC. STJ. 3ª T. REsp 1696214-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 9/10/18 (Info 636).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJBA-2019: ##CESPE: As normas protetivas do CDC não se aplicam ao seguro obrigatório (DPVAT). STJ. 3ª T. REsp 1.635.398-PR, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 17/10/17 (Info 614).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: Deve ser reconhecida a relação de consumo existente entre a pessoa natural, que visa a atender necessidades próprias, e as sociedades que prestam, de forma habitual e profissional, o serviço de corretagem de valores e títulos mobiliários. Ex: João contratou a empresa “Dinheiro S.A Corretora de Valores” para que esta intermediasse operações financeiras no mercado de capitais. Em outras palavras, João contratou essa corretora para investir seu dinheiro na Bolsa de Valores. A relação entre João e a corretora é uma relação de consumo. STJ. 3ª T. REsp 1.599.535-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 14/3/17 (Info 600).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: A condição de consumidor do promitente-assinante não se transfere aos cessionários do contrato de participação financeira. Ex: João firmou contrato de participação financeira com a empresa de telefonia. João cedeu os direitos creditícios decorrentes do contrato para uma empresa privada especializada em comprar créditos, com deságio. A empresa cessionária, ao ajuizar demanda contra a companhia telefônica pedindo os direitos decorrentes deste contrato, não poderá invocar o CDC. As condições personalíssimas do cedente não se transmitem ao cessionário. STJ. 3ª T. REsp 1.608.700-PR, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 9/3/17 (Info 600).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJDFT-2016: ##MPPI-2019: ##CESPE: ##TJSP-2018: ##VUNESP: É inaplicável o CDC ao contrato de franquia. A franquia é um contrato empresarial e, em razão de sua natureza, não está sujeito às regras protetivas previstas no CDC. A relação entre o franqueador e o franqueado não é uma relação de consumo, mas sim de fomento econômico com o objetivo de estimular as atividades empresariais do franqueado. O franqueado não é consumidor de produtos ou serviços da franqueadora, mas sim a pessoa que os comercializa junto a terceiros, estes sim, os destinatários finais. STJ. 3ª T. REsp 1.602.076-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 15/9/16 (Info 591).
##Atenção: ##STJ: ##DOD: O CDC não é aplicável à relação jurídica entre participantes ou assistidos de plano de benefício e entidade de previdência complementar fechada, mesmo em situações que não sejam regulamentadas pela legislação especial. STJ. 2ª S. REsp 1.536.786-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 26/8/2015 (Info 571).
##Atenção: ##STJ: ##MPPI-2019: ##CESPE: Legitimidade do MP para o ajuizamento de ação civil pública visando à defesa de interesses e direitos individuais homogêneos pertencentes a consumidores, decorrentes, no caso, de contratos de promessa de cessão e concessão onerosa do uso de jazigos situados em cemitério particular. Inteligência do art. 81, par. único, III, do CDC. Precedente específico da Quarta Turma deste Superior Tribunal de Justiça. Aplicabilidade do CDC à relação travada entre os titulares do direito de uso dos jazigos situados em cemitério particular e a administradora ou proprietária deste, que comercializa os jazigos e disponibiliza a prestação de outros serviços funerários. Inteligência dos arts. 2º e 3º do CDC. STJ. 3ª T., REsp 1090044/SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j. 21/06/11.
##Atenção: ##STJ: ##MPPI-2019: ##CESPE: É consumidor a microempresa que celebra contrato de seguro com escopo de proteção do patrimônio próprio contra roubo e furto, ocupando, assim, posição jurídica de destinatária final do serviço oferecido pelo fornecedor. STJ. 4ª T., REsp 814.060, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 06/04/10.
##Atenção: ##STJ: ##MPF-2015: A jurisprudência do STJ tem evoluído no sentido de somente admitir a aplicação do CDC à pessoa jurídica empresária excepcionalmente, quando evidenciada a sua vulnerabilidade no caso concreto; ou por equiparação, nas situações previstas pelos arts. 17 e 29 do CDC. STJ. 3ª T., AgRg no REsp 687.239/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 06/04/06.
##Atenção: ##STJ: ##DPEES-2012: ##TJRN-2013: ##CESPE: As relações contratuais entre clientes e advogados são regidas pelo Estatuto da OAB, aprovado pela Lei 8.906/94, a elas não se aplicando o CDC. Dito de outro modo, a legislação consumeirista não se aplica à prestação de serviços de advocacia. STJ, 3ª T. REsp 1228104/PR, Min. Rel. Sidnei Beneti, j. 15/03/12 (Info 493).
	(MPMG-2018): É possível a incidência do CDC, nas hipóteses em que a parte (pessoa física ou jurídica), apesar de não ser a destinatária final do produto ou serviço, apresenta-se em situação de vulnerabilidade. BL: art. 2º, CDC.
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. nº 39: ##TRF2-2009/2011: ##CESPE: ##MPGO-2019: Tese nº 01: O Superior Tribunal de Justiça admite a mitigação da teoria finalista para autorizar a incidência do Código de Defesa do Consumidor - CDC nas hipóteses em que a parte (pessoa física ou jurídica), apesar de não ser destinatária final do produto ou serviço, apresenta-se em situação de vulnerabilidade.
	(TRF2-2011-CESPE): Assinale a opção correta com relação ao direito do consumidor: A jurisprudência do STJ tem mitigado os rigores da teoria finalista para autorizar a incidência do CDC nas hipóteses em que a parte (pessoa física ou jurídica), embora não seja tecnicamente a destinatária final do produto ou serviço, se apresente em situação de vulnerabilidade. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##TRF2-2009: ##TJDFT-2014: #TJPB-2015: ##TJPA-2019: ##CESPE: É a chamada "teoria finalista mitigada", ou ainda “teoria finalista aprofundada”, pela qual a vulnerabilidade do adquirente pode vir a caracterizar a relação jurídica como de consumo (STJ. 3ª T. REsp 1.195.642/RJ, rel. Min. Nancy Andrighi, j. 13.11.12).
##Atenção: ##TRF2-2009: ##TRF5-2011: ##MPPI-2012: ##CESPE: ##MPSC-2010: Teoria Maximalista (objetiva) x Teoria Finalista (subjetiva): Landolfo Andrade explica que, “na teoria maximalista (objetiva), ‘destinatário final’ é o destinatário fático do produto ou serviço, ou seja, é aquele que adquireo produto ou serviço, retirando-o do mercado de consumo. Note-se que para o maximalistas a definição de ‘destinatário final’ é puramente objetiva, ou seja, não importa saber qual a destinação econômica que a pessoa física ou jurídica pretende dar ao produto ou serviço. Basta a retirada do bem de consumo da cadeia de produção para que se identifique o consumidor, sendo irrelevante saber se o produto ou serviço será revendido, empregado profissionalmente ou utilizado para fim pessoal ou familiar. Nessa linha, considera-se consumidor, por exemplo, o empresário que adquire uma máquina nova para empregá-la na produção têxtil de sua fábrica. (...) Já para a teoria finalista (subjetiva), ’destinatário final’ é o destinatário fático e econômico do produto ou serviço. Para se identificar o consumidor, portanto, não basta que o adquirente ou utente seja o destinatário fático do bem, retirando-o da cadeia de produção: deve ser também o seu destinatário econômico, ou seja, deve empregá-lo apara atender necessidade pessoal ou familiar, não podendo revendê-lo ou utilizá-lo para fim profissional. (...) Na interpretação finalista, somente pode ser considerado consumidor aquele que adquire ou utiliza produto ou serviço para fim pessoal ou familiar, não o empregando, portanto, para o incremento de sua atividade econômica. Noutras palavras, somente o adquirente ou utente não profissional pode ser considerado consumidor. (Fonte: ANDRADE, Adriano; MASSON, Cléber; ANDRADE, Landolfo. Interesses difusos e coletivos. 10ª Ed.; Editora Método, 2020, pp. 536-537).
	(TRF2-2009-CESPE): Assinale a opção correta quanto ao CDC: Segundo a doutrina finalista, a interpretação da expressão destinatário final deve ser restrita e somente o consumidor, parte mais vulnerável na relação contratual, merece especial tutela jurídica. BL: art. 2º, CDC.
(TJPB-2015-CESPE): Em relação ao conceito de consumidor e aos direitos básicos do consumidor, assinale a opção correta: A vulnerabilidade, pressuposto de aplicação do CDC, é presumida para o consumidor pessoa física, ao passo que, para a pessoa jurídica, tal situação deve ser demonstrada e aferida casuisticamente. BL: art. 2º, CDC.
##Atenção: ##STJ: ##TRF2-2009: ##MPBA-2010: ##TJPA-2019: ##CESPE: O STJ adota o finalismo mitigado ou aprofundado, em que a vulnerabilidade da pessoa jurídica é examinada de acordo com o caso concreto (STJ, REsp 733.560).
(MPSC-2014): O conceito de consumidor não leva em conta o aspecto subjetivo, mas tão somente a natureza da posição ocupada em determinada relação jurídica, de modo que uma pessoa pode ser considerada consumidor em determinada situação e, no momento seguinte, em outra relação jurídica, ser caracterizada como fornecedor. 
(TJPA-2012-CESPE): Considera-se consumidor a pessoa que adquire o produto ou o serviço ou, ainda, a que, não o tendo adquirido, utiliza. BL: art. 2º, caput, CDC.
(TJPR-2012): A teoria finalista aprofundada se concentra em investigar no caso concreto a noção de consumidor final imediato e a de vulnerabilidade.
##Atenção: Está correta, tendo em vista que a teoria finalista, ao definir o consumidor se preocupa com a subjetividade da definição, quanto à finalidade existencial da retirada do bem do mercado de consumo. Define o consumidor como aquele que adquire o produto ou serviço para utilização própria ou de sua família, e não para fins profissionais, buscando tutelar os mais vulneráveis, nesses casos, os consumidores. 
        Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. (MPRO-2008) (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (MPES-2010) (TRF1-2009/2011) (TJPR-2010/2012) (TJMS-2012) (MPSC-2012) (DPEES-2012) (TJAM-2013) (TJAP-2014) (MPMA-2014) (TJPE-2013/2015) (TJPB-2015) (TJSC-2013/2017) (MPPI-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJPA-2019: ##CESPE: Aplica-se o CDC ao condomínio de adquirentes de edifício em construção, nas hipóteses em que atua na defesa dos interesses dos seus condôminos frente a construtora ou incorporadora. STJ. 3ª T. REsp 1.560.728-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, j. 18/10/16 (Info 592).
	##Comentários sobre o julgado acima: ##DOD: Desse modo, o condomínio pode ser incluído nesta definição de consumidor equiparado. O STJ tem, inclusive, um precedente antigo afirmando que é possível a aplicação do CDC nas ações em que o condomínio litiga contra empresa prestadora de serviços, estando presente relação de consumo: “(...) Existe relação de consumo entre o condomínio de quem é cobrado indevidamente taxa de esgoto e a concessionária de serviço público.” (...) STJ. 2ª T. REsp 650.791/RJ, Rel. Min. Castro Meira, j. 6/4/06. 
##Atenção: ##STJ e Jurisprud. Teses/STJ: ##DOD: ##TRF5-2009: ##DPEES-2012: ##TJPA-2019: ##MPPI-2019: ##CESPE: ##STJ: Não se aplica o CDC a relações entre condôminos e condomínio quanto às despesas de manutenção deste. STJ. 2ª T. REsp 650.791/RJ, Rel. Min. Castro Meira, j. 6/4/06. ##Jurisprud. Teses/STJ – Ed. 74 – Tese 14: Não incide o Código de Defesa do Consumidor nas relações jurídicas estabelecidas entre condomínio e condôminos.
	(TJMA-2013-CESPE): De acordo com o CDC, a coletividade está protegida, na condição de consumidor, desde que a coletividade tenha intervindo nas relações de consumo, ainda que não sejam determinadas as pessoas que a compõem. BL: art. 2º, § único, CDC.
(TJPE-2013-FCC): No tocante às relações de consumo, pode-se falar em consumidor por equiparação à coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo. BL: art. 2º, § único, CDC.
        Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. (TJRR-2008) (MPRR-2008) (MPRO-2008) (MPRN-2009) (DPESP-2009) (MPBA-2010) (TJRO-2011) (TRF4-2010) (TRF5-2011) (TJGO-2009/2012) (TJBA-2012) (MPPI-2012) (TJMG-2014) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (DPEPR-2014) (MPSP-2011/2015) (TJPE-2013/2015) (TJDFT-2014/2015) (TJPB-2015) (MPDFT-2015) (TJPR-2008/2010/2012/2013/2017) (TJSC-2009/2013/2017) (MPMG-2017) (TJCE-2018) (TJPA-2009/2012/2019) (MPGO-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: O conceito legal de “fornecedor” previsto no art. 3º do CDC abrange também a figura do “fornecedor aparente”, que consiste naquele que, embora não tendo participado diretamente do processo de fabricação, apresenta-se como tal por ostentar nome, marca ou outro sinal de identificação em comum com o bem que foi fabricado por um terceiro, assumindo a posição de real fabricante do produto perante o mercado consumidor. O fornecedor aparente, em prol das vantagens da utilização de marca internacionalmente reconhecida, não pode se eximir dos ônus daí decorrentes, em atenção à teoria do risco da atividade adotada pelo CDC. Dessa forma, reconhece-se a responsabilidade solidária do fornecedor aparente para arcar com os danos causados pelos bens comercializados sob a mesma identificação (nome/marca), de modo que resta configurada sua legitimidade passiva para a respectiva ação de indenização em razão do fato ou vício do produto ou serviço. STJ. 4ª T. REsp 1580432-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, j. 6/12/18 (Info 642).
##Atenção: ##Jurisprud. Teses/STJ - Ed. nº 83: ##MPPI-2019: ##CESPE: Tese 04: As cooperativas de crédito são equiparadas às instituições financeiras, aplicandose- lhes o Código de Defesa do Consumidor, nos termos da Súmula n. 297/STJ.
	(MPGO-2016): É considerado fornecedor de produtos ou prestador de serviços, entre outros, a pessoa jurídica de direito público ou privado, a massa falida, o espólio, a sociedade irregular e a sociedade de fato, independentemente de serem ou não filantrópicas ou terem ou não fins lucrativos.
##Atenção: ##MPMG-2010: ##TJBA-2012: ##TJDFT-2014/2015: ##TJPB-2015: ##CESPE: “Para o fim de aplicação do CDC, o reconhecimento de uma pessoa física oujurídica ou de um ente despersonalizado como fornecedor de serviços atende aos critérios puramente objetivos, sendo irrelevantes a sua natureza jurídica, a espécie dos serviços que prestam e até mesmo o fato de se tratar de uma sociedade civil, sem fins lucrativos, de caráter beneficente e filantrópico, bastando que desempenhem determinada atividade no mercado de consumo mediante remuneração". (STJ, REsp 519310/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 20/04/04, 3ª T.).
	(MPMG-2010): Para que um profissional seja considerado fornecedor, o CDC não exige a finalidade de lucro no exercício de suas atividades. BL: art. 3º, CDC.
##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: Aplica-se o CDC aos casos que envolvem serviços públicos prestados por pessoas jurídicas de direito público interno.
(TRF1-2015-CESPE): No que diz respeito à relação jurídica de consumo, assinale a opção correta: O fornecedor equiparado é o terceiro intermediário ou aquele que auxilia na relação de consumo principal, a exemplo dos bancos de dados nos serviços de proteção ao crédito.
##Atenção: A teoria do fornecedor equiparado foi criada por Leonardo Roscoe Bessa. O autor ampliou o campo de incidência do CDC, por meio de uma visão mais abrangente do conceito de fornecedor. Para Bessa, o “CDC ao lado do conceito genérico de fornecedor (caput, art. 3º), indica e detalha, em outras passagens, atividades que estão sujeitas ao CDC. Talvez, o melhor exemplo seja o relativo aos bancos de dados e cadastros de consumidores (art. 43, CDC)”. A esse respeito, entende o doutrinador que, “até a edição da Lei n. 8.078/90, as atividades desenvolvidas pelos bancos de dados de proteção ao crédito (SPC, SERASA, CCF), não possuíam qualquer disciplina legal. A regulamentação integral de tais atividades surgiu justamente com o CDC, considerando sua vinculação direta com a crescente oferta e concessão de crédito no mercado. Portanto, não há como sustentar, ainda que se verifique que a entidade arquivista não atenda a todos os pressupostos do conceito de fornecedor do caput do art. 3º, que não se aplica o CDC”. O STJ, ainda que de forma indireta, corroborou, neste tema, com a tese apresentada ao editar a Súmula 359, que prevê: “Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédito a notificação do devedor antes de proceder à inscrição”. Constata-se, desta forma, que ao mantenedor do cadastro de inadimplentes foi imposta uma obrigação típica daquelas direcionadas ao fornecedor no mercado de consumo. Claudia Lima Marques bem resumiu a teoria do fornecedor equiparado, definindo-o como “aquele terceiro na relação de consumo, um terceiro apenas intermediário ou ajudante da relação de consumo principal, mas que atua frente a um consumidor (aquele que tem seus dados cadastrados como mau pagador e não efetuou sequer uma compra) ou a um grupo de consumidores (por exemplo, um grupo formado por uma relação de consumo principal, como a de seguro de vida em grupo organizado pelo empregador e pago por este), como se fornecedor fosse (comunica o registro no banco de dados, comunica que é estipulante no seguro de vida em grupo etc.)”. 
(TJMA-2013-CESPE): Assinale a opção correspondente a caso em que se identifica objeto de relação de consumo: d) Um hospital presta serviço a cliente credenciado por plano de saúde. 
##Atenção: Para que haja uma relação de consumo é necessário que haja um consumidor e um fornecedor. Nesse caso o hospital é o fornecedor, enquadrado na definição contida no art. 3º do CDC e o cliente do plano de saúde é o consumidor, destinatário final do serviço prestado, enquadrando-se na definição contida no art. 2º do CDC. 
(TJPB-2011-CESPE): Considerando a jurisprudência do STJ, assinale a opção correta acerca de fornecedor, proteção contratual e responsabilidade: Empresa jornalística não pode ser responsabilizada pelos produtos ou serviços oferecidos por seus anunciantes, sobretudo quando não se infira ilicitude dos anúncios. BL: art. 3º, CDC e entendimento do STJ.
##Atenção: Segundo o STJ, “nos contratos de compra e venda firmados entre consumidores e anunciantes em jornal, as empresas jornalísticas não se enquadram no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do CDC. A responsabilidade pelo dano decorrente do crime de estelionato não pode ser imputada à empresa jornalística, visto que essa não participou da elaboração do anúncio, tampouco do contrato de compra e venda do veículo”. (STJ, REsp 1046241/SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª T., j. 12/8/10). 
(TRF5-2009-CESPE): Considerando o CDC, assinale a opção correta: A habitualidade insere-se tanto no conceito de fornecedor de serviços quanto no de produtos, para fins de incidência do CDC. BL: art. 3º, CDC.
##Atenção: É a conclusão que se do caput do art. 3º do CDC, ao dispor sobre o conceito de fornecedor: “Fornecedor é toda pessoa (...) que desenvolvem atividade (...)”. O vocábulo “atividade” fornece a ideia expressa no enunciado, a saber: de que a habitualidade insere-se no conceito de fornecedor, tanto de serviços como de bens.
(TRF2-2009-CESPE): Assinale a opção correta com relação às disposições do CDC: O conceito de fornecedor de bens e serviços de consumo abrange os entes despersonalizados. BL: art. 3º, CDC.
        § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. (TJGO-2009) (MPRN-2009) (DPEPA-2009) (TRF2-2009) (TJRO-2011) (TJPR-2010/2013) (MPMA-2014) (DPEPR-2014) (TJPE-2013/2015) (MPSP-2015) (TJSC-2013/2017) (TJPA-2019)
	##Atenção: ##TRF2-2009: ##TJPA-2019: ##CESPE: A relação jurídica de consumo incide nos casos de aquisição de bens materiais e imateriais.
        § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (TJGO-2009) (MPRN-2009) (TRF2-2009) (TRF5-2009) (MPBA-2010) (TJRO-2011) (TRF1-2011) (MPRS-2012) (DPEES-2012) (TJAM-2013) (TJPR-2010/2013) (TJSC-2013) (TJRN-2013) (MPSC-2013/2014) (TJMG-2014) (TJMT-2014) (MPMA-2014) (DPEPR-2014) (TJPE-2013/2015) (TJDFT-2015) (MPDFT-2015) (MPSP-2015) (MPMS-2015) (MPGO-2016) (MPRO-2008/2017)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: A relação entre concessionária de serviço público e o usuário final dos serviços públicos essenciais, tais como energia elétrica, é consumerista, sendo cabível a aplicação do CDC. STJ. 2ª T. AgInt no AREsp 1061219/RS, Rel. Min. Og Fernandes, j. 22/8/17.
##Atenção: ##STJ: ##TRF2-2009: ##TRF5-2009/2011: ##DPEES-2012: ##MPSC-2013: ##TJDFT-2014: ##DPEPE-2018: ##CESPE: “(...) não se aplica o CDC ao contrato de locação regido pela Lei 8.245/91, porquanto, além de fazerem parte de microssistemas distintos do âmbito normativo do direito privado, as relações jurídicas não possuem os traços característicos da relação de consumo, previstos nos arts. 2º e 3º do CDC”. STJ, 3ª T. AgInt no AREsp 1147805/RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 5/12/17.
##Atenção: ##STJ: ##TJDFT-2014: ##CESPE: Não é relação de consumo a que se estabelece entre os condôminos, relativamente às despesas para manutenção e conservação do prédio e dos seus serviços. STJ, 4ª T. REsp 187.502/SP, Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, j. 18/2/99.
##Atenção: ##STJ: ##TJDFT-2015: ##TJPB-2015: ##CESPE: Crédito educativo custeado pelo Estado ao aluno: Segundo o STJ, “o crédito educativo (Lei 8.436/92) não é serviço bancário, mas programa governamental custeado pela União, no qual a CEF figura como espécie de preposta ou delegada, não havendo subsídio de seus cofres. Destarte, não são aplicáveis as regras do CDC, por não haver qualquer relação de consumo.” (STJ, REsp 479.863/RS).
##Atenção: ##STJ: ##TRF1-2009: ##CESPE: “O CDC aplica-se aos contratos de seguro (art. 3º, § 2º), bem como aos planos de capitalização, atividade financeira a eles equiparada para fins de controle e fiscalização (art. 3º, §§ 1° e 2, do Decreto-Lei 261, de 28 de fevereiro de 1967). O seguro, como outros contratos de consumo, pode ensejar conflitos de natureza difusa (p. ex., um anúncio enganoso ou abusivo), coletiva stricto sensue individual homogênea. STJ. 2ª T., REsp 347.752/SP, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 08/05/07. 
##Atenção: ##TRF1-2009: ##CESPE: A prestação de serviço e a venda de bens não se confundem, pois são, respectivamente, prestação de fazer e de dar.
##Atenção: ##CESPE: Perícia judicial: Para o STJ, “a figura do perito mostra-se inerente à prestação jurisdicional, no âmbito da qual não se travam relações de consumo.” (STJ, REsp 213799).
(TJCE-2014-FCC): São relações jurídicas que se definem como de consumo, e assim se enquadram legalmente, as bancárias, securitárias, financeiras e as concernentes aos serviços prestados por profissionais liberais. BL: art. 3º, §2º c/c art. 14, §4º do CDC e S. 297 do STJ.
(MPSC-2013): Ainda que no conceito de serviço previsto no art. 3º, §2º do CDC esteja inserido o requisito de que seja prestado mediante remuneração para que seja considerado como relação de consumo, também devem ser considerados os serviços oferecidos por meio de remuneração indireta, partindo do pressuposto de que toda a atuação do fornecedor no mercado de consumo tem por objetivo a obtenção de vantagem econômica. BL: art. 3º, 2º, CDC.
##Atenção: ##STJ: ##Doutrina: ##MPSC-2013: ##DPEPR-2014: ##TJPA-2019: ##CESPE: O STJ entende que inexiste violação ao art. 3º, § 2º, do CDC, porquanto, para a caracterização da relação de consumo, o serviço pode ser prestado pelo fornecedor mediante remuneração obtida de forma indireta. (STJ. 4ª T. REsp 566.468/RJ, Rel. Min. Jorge Scartezzini, j. 23/11/04). Assim, a relação jurídica de consumo é reconhecida nos casos de serviços pagos por remuneração direta e indireta. Acerca do tema, Flávio Tartuce explica: “De início, cumpre esclarecer que, apesar de a lei mencionar expressamente a remuneração, dando um caráter oneroso ao negócio, admite-se que o prestador tenha vantagens indiretas, sem que isso prejudique a qualificação da relação consumerista. Como primeiro exemplo, invoca-se o caso do estacionamento gratuito em lojas, shoppings centers, supermercados e afins, respondendo a empresa que é beneficiada pelo serviço, que serve como atrativo aos consumidores.” (Tartuce, Flávio. ASSUMPÇÃO NEVES, Daniel Amorim. Manual de direito do consumidor : direito material e processual. 7ª ed. São Paulo: Ed. Método, 2018).
(TJSC-2013): Qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, exceto as decorrentes das relações de caráter trabalhista, pode ser considerada como serviço, no âmbito da legislação consumeirista. BL: art. 3º, §2º, CDC.
(TJSC-2013): As empresas de financiamento prestam serviço sujeito à tutela da legislação de proteção ao consumidor. BL: STJ, AgRg no AREsp 244430-SC.
(TJSC-2013): O serviço de concessão de crédito está sujeito à incidência da legislação consumeirista. BL: art. 3º, §2º, CDC.
(TJPE-2013-FCC): Não se enquadram ao CDC as relações jurídicas concernentes aos condôminos nos condomínios edilícios. BL: STJ, AgRg no Ag 1122191-SP.
(TJRS-2012): O CDC não é aplicável ao atendimento realizado por hospital público, tratando-se de serviço prestado diretamente pelo Estado. BL: STJ, REsp 1187456-RJ.
(TJBA-2012-CESPE): Considera-se serviço qualquer atividade – salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista – fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, o que inclui as atividades de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária. BL: art. 3º, §2º, CDC.
(TJES-2011-CESPE): No CDC consta expressamente o conceito de consumidor e de fornecedor, os denominados elementos subjetivos da relação jurídica de consumo. Entretanto, nem sempre é possível certificar-se da existência de relação de consumo somente pela análise literal dos artigos do CDC, de modo que o julgador deve conhecer o entendimento dominante dos tribunais superiores. Segundo a jurisprudência do STJ, o CDC se aplica a serviço de água e esgoto, contrato bancário e contrato de previdência privada. BL: STJ, AgRg no AREsp 239416-RJ; S. 297, STJ; S. 563, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##TJBA-2012: ##CESPE: ##MPF-2013: É firme o entendimento no STJ de que a relação entre a empresa concessionária de serviço público de fornecimento de água e o usuário final classifica-se como consumerista. Correta, portanto, a aplicação das disposições do CDC. (STJ, 1ªT., AgRg no Ag 1418635/RJ, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia Filho, j. 16/10/12).
CAPÍTULO II
Da Política Nacional de Relações de Consumo 
        Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) (TJPA-2009) (TJAC-2012) (MPRO-2017)
	(TJSC-2009): Os objetivos da Política Nacional de Relações de Consumo abrangem o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, à sua saúde e à sua segurança, bem como a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, a transparência e a harmonia das relações de consumo. BL: art. 4º, CDC.
        I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; (TRF2-2009) (TJRJ-2011) (MPPR-2011) (TJCE-2012) (MPPI-2012) (MPMG-2014) (MPF-2015) (MPGO-2016) (TJPR-2013/2017) (MPCE-2020)
	(TJGO-2009-FCC): Em relação à vulnerabilidade do consumidor, é princípio da política nacional das relações de consumo. BL: art. 4º, I, CDC.
        II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
        a) por iniciativa direta; (TJPA-2009) (MPSE-2010)
	(TJPA-2012-CESPE): Com base nos princípios relacionados ao direito do consumidor, assinale a opção correta: O CDC autoriza a intervenção direta do Estado no domínio econômico, para garantir a proteção efetiva do consumidor. BL: art. 4º, II, “a”, CDC.
        b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas; (TJSC-2009) (MPSE-2010)
        c) pela presença do Estado no mercado de consumo; (MPSC-2014)
        d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, segurança, durabilidade e desempenho.
	(TJPA-2012-CESPE): O CDC autoriza a intervenção direta do Estado no domínio econômico, para garantir a proteção efetiva do consumidor. BL: art. 4º, II, CDC.
##Atenção: A intervenção direta do Estado (art. 4º, II, CDC) visa a proteção efetiva do consumidor e busca assegurar-lhe o acesso aos produtos e serviços essenciais e garantir a qualidade e adequação dos produtos (segurança, durabilidade, desempenho).
        III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores; (TJAC-2019) (MPCE-2020)
	(TJSC-2009): O princípio da boa-fé objetiva é o princípio máximo do CDC. Pressupõe condutas sociais adequadas a padrões aceitáveis de procedimento e que não induza a resultado danoso. BL: art. 4º, III, CDC.
        IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo; (TJRR-2008) (MPGO-2010) (MPSE-2010) (TJCE-2012) (TJSC-2017) (PCPI-2018)
	(TJAC-2019-VUNESP): A Política Nacional das Relações de Consumo é regida pelo seguinte princípio, dentre outros: educação e informação de consumidores e fornecedores quanto aos seus direitos e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo. BL: art. 4º, IV, CDC.
        V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos alternativos de solução de conflitos de consumo; (MPSE-2010)
        VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercadode consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar prejuízos aos consumidores; (TJAC-2019)
        VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos; (TJMT-2009) (TJPB-2011) (TJGO-2012) (MPPI-2012) (TJAC-2019)
        VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo. 
	(PCPI-2018-NUCEPE): Segundo o CDC, a Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo e estudo constante das modificações do mercado de consumo. BL: art. 4º, I e VIII, CDC.
        Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o poder público com os seguintes instrumentos, entre outros: (TJSC-2010)
        I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente; (TJMT-2009) (MPSE-2010) (TJGO-2012) (TJCE-2012)
        II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público; (MPSE-2010)
	(TJSC-2009): Dentre os instrumentos para a execução da Política Nacional de Relações de Consumo encontra-se a instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério Público. BL: art. 5º, II, CDC.
        III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores vítimas de infrações penais de consumo; (MPSE-2010)
        IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo; (MPSE-2010)
	(TJMT-2009-VUNESP): No que pertine ao rol exemplificativo dos instrumentos utilizados pelo poder público para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, encontra-se, na Lei n.º 8.078/90, criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a solução de litígios de consumo. BL: art. 5º, IV, CDC.
        V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do Consumidor. (TJMT-2009) (MPSE-2010)
        §§ 1° e 2º (Vetados).       
CAPÍTULO III
Dos Direitos Básicos do Consumidor
        Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
        I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; (MPMG-2010) (MPSP-2012) (TJSC-2013) (DPERN-2015) (TJPA-2014/2019)
        II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações; (TJAM-2013) (TJPA-2014) (MPRO-2017)
	(MPCE-2020-CESPE): No âmbito do direito do consumidor, a igualdade de condições entre consumidores no momento da contratação, especificamente, é garantida pelo princípio da equivalência negocial. BL: art. 6º, II, CDC.
##Atenção: Pelo princípio da equivalência negocial, previsto no art. 6º, II, do CDC, é garantida a igualdade de condições no momento da contratação ou de aperfeiçoamento da relação jurídica patrimonial, seja em relação ao fornecedor, seja em relação a outros consumidores. Assim, fica estabelecido o compromisso de tratamento igual a todos os consumidores, consagrada a igualdade nas contratações. Cumpre registrar que a doutrina e a jurisprudência têm aceitado diferenciações benéficas para os consumidores tratados como hipervulneráveis, como os idosos, incapazes etc.
       III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; (Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) (TJPA-2012) (TJMG-2012) (TJPR-2012) (TJPI-2012) (MPGO-2013) (TJDFT-2014/2016) (MPSC-2016) (MPRO-2017) (MPSP-2012/2019) (MPMT-2014/2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMT-2019: ##FCC: O médico deverá ser condenado a pagar indenização por danos morais ao paciente que teve sequelas em virtude de complicações ocorridas durante a cirurgia caso ele não tenha explicado ao paciente os riscos do procedimento. O dever de informar é dever de conduta decorrente da boa-fé objetiva e sua simples inobservância caracteriza inadimplemento contratual, fonte de responsabilidade civil per se. A indenização, nesses casos, é devida pela privação sofrida pelo paciente em sua autodeterminação, por lhe ter sido retirada a oportunidade de ponderar os riscos e vantagens de determinado tratamento que, ao final, lhe causou danos que poderiam não ter sido causados caso não fosse realizado o procedimento, por opção do paciente. O dever de informação é a obrigação que possui o médico de esclarecer o paciente sobre os riscos do tratamento, suas vantagens e desvantagens, as possíveis técnicas a serem empregadas, bem como a revelação quanto aos prognósticos e aos quadros clínico e cirúrgico, salvo quando tal informação possa afetá-lo psicologicamente, ocasião em que a comunicação será feita a seu representante legal. O princípio da autonomia da vontade, ou autodeterminação, com base constitucional e previsão em diversos documentos internacionais, é fonte do dever de informação e do correlato direito ao consentimento livre e informado do paciente e preconiza a valorização do sujeito de direito por trás do paciente, enfatizando a sua capacidade de se autogovernar, de fazer opções e de agir segundo suas próprias deliberações. Para que seja cumprido o dever de informação, os esclarecimentos deverão ser prestados de forma individualizada em relação ao caso do paciente, não se mostrando suficiente a informação genérica (blanket consent). O ônus da prova quanto ao cumprimento do dever de informar e obter o consentimento informado do paciente é do médico ou do hospital, orientado pelo princípio da colaboração processual, em que cada parte deve contribuir com os elementos probatórios que mais facilmente lhe possam ser exigidos. A responsabilidade subjetiva do médico (CDC, art. 14, §4º) não exclui a possibilidade de inversão do ônus da prova, se presentes os requisitos do art. 6º, VIII, do CDC, devendo o profissional demonstrar ter agido com respeito às orientações técnicas aplicáveis. Inexistente legislação específica para regulamentar o dever de informação, é o CDC o diploma que desempenha essa função, tornando bastante rigorosos os deveres de informar com clareza, lealdade e exatidão (art. 6º, III, art. 8º, art. 9º). STJ. 4ª T. REsp 1540580-DF, Rel. Min. Lázaro Guimarães (Des. Conv. TRF 5ª R), Rel. Acd. Min. Luis Felipe Salomão, j. 2/8/18 (Info 632).
##Atenção: ##STJ: ##TJMA-2013: ##TJPR-2019: ##CESPE: ##MPGO-2019: Não é abusiva a cláusula de cobrança de juros compensatórios incidentes em período anterior à entrega das chaves nos contratos de compromisso de compra e venda de imóveis em construção sob o regime de incorporação imobiliária. Em outras palavras, os “juros no pé” não são abusivos. Ademais, confere maior transparência ao contrato e vem ao encontro do direito à informação do consumidor (art. 6º, III, do CDC), abrindo a possibilidade de correção de eventuais abusos. STJ. 2ª S. EREsp 670.117-PB, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel. para acórdão Min. Antonio Carlos Ferreira, j. 13/6/12 (Info 499).
	(TJMA-2013-CESPE): Segundo a jurisprudência do STJ, não é abusiva a cláusula de cobrança de juros compensatórios incidentes em período anterior à entrega das chaves nos contratos de compromisso de compra e venda de imóveis em construção sob o regime de incorporação imobiliária. BL: Info 499, STJ.
##Atenção: ##TJDFT-2014: ##CESPE: O dever de informação do fornecedor possui duas vertentes, a saber: sob o aspecto formal, o dever de informação se exaure na mera comunicação, exteriorização; sob o aspecto material, o conteúdo da mensagem deve ser clarae suficiente para que todos entendam, independentemente do grau de escolaridade.
	(TJAC-2019-VUNESP): Almerinda da Silva foi a uma loja de eletrodomésticos e comprou um smartphone importado. Ao chegar em casa verificou que o manual de instruções estava redigido em inglês e por não conhecer a língua, não conseguiu sequer ligar o aparelho. Essa situação indica a violação do seguinte direito básico do consumidor, nos termos do CDC: Informação adequada e clara sobre diferentes produtos e serviços. BL: art. 6º, III, CDC.
(MPMT-2019-FCC): O dever de informação na oferta de produtos ou serviços exige comportamento positivo do fornecedor. BL: art. 6º, III, CDC.
##Atenção: ##MPMT-2019: ##FCC: O dever de informação na oferta de produtos ou serviços é assegurado pela Lei 8.078/90. Além disso, o dever de informação na oferta de produtos ou serviços viola o interesse coletivo do grupo de consumidores, caso transgredido. O dever de informação na oferta de produtos ou serviços não admite a subinformação, devendo a informação ser adequada e clara.
        IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços; (TJRO-2011) (MPSP-2012) (MPMT-2012) (TJSC-2017) (MPMG-2010/2019) (TJPR-2010/2012/2019)
        V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas; (MPDFT-2009) (DPEES-2009) (MPBA-2010) (MPES-2010) (MPMG-2010) (DPESP-2010) (TJPB-2011) (TJRO-2011) (TJES-2011) (TRF3-2011) (TRF5-2011) (TJMS-2008/2012) (TJGO-2012) (MPPI-2012) (MPPR-2012) (TJRJ-2013) (TJSC-2013) (TJPR-2008/2010/2012/2014) (TJMG-2014) (TJDFT-2014) (TJAM-2016) (TJSC-2017) (TJPA-2012/2019)
	(MPRO-2017-FMP): Sobre os direitos básicos do consumidor, é correto afirmar: Admite a revisão do contrato em razão de fatos supervenientes que afetem seu equilíbrio. BL: art. 6º, V, CDC.
(TJPB-2015-CESPE): A teoria da base objetiva ou da base do negócio jurídico tem sua aplicação restrita às relações jurídicas de consumo e não é aplicável às relações contratuais puramente civis. BL: art. 6º, V, CDC.
##Atenção: ##DPEAL-2009:[footnoteRef:2] ##DPEES-2009: ##MPBA-2010: ##MPES-2010: ##TJDFT-2014: ##TJAM-2016: ##TJPA-2012/2019: ##CESPE: O CDC adotou a Teoria da Quebra da Base Objetiva da relação contratual (art. 6º, V, 2ª parte), de influência germânica, desenvolvida, entre outros, por Karl Larenz. Nesta teoria, não interessa se o fato posterior era imprevisível, o que realmente interessa é se o fato superveniente alterou objetivamente as bases pelas quais as partes contrataram, alterando o ambiente econômico inicialmente presente. Desse modo, para essa teoria, não interessa se o evento era previsível ou imprevisível, não se prendendo, então, a aspectos subjetivos.  Por sua vez, o CC/02, no art. 478, adotou a Teoria da Imprevisão, no campo da revisão contratual por onerosidade excessiva, vez que a imprevisibilidade do fato superveniente é exigida. Abaixo, vejamos o seguinte quadro-resumo (Material do curso MEGE): [2: (DPEAL-2009-CESPE): A respeito dos direitos do consumidor, julgue o item que se segue: O preceito do CDC de que constitui direito básico do consumidor a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas dispensa a prova do caráter imprevisível do fato superveniente, bastando a demonstração objetiva da excessiva onerosidade advinda para o consumidor. BL: art. 6º, V, CDC.] 
	TEORIA DA BASE OBJETIVA DO NEGÓCIO JURÍDICO (CDC)
	TEORIA DA IMPREVISÃO (CC/02)
	Art. 6º, V, 2ª parte, CDC.
	Art. 478, CC/02
	Dispensa análise da previsibilidade do fato superveniente.
	Exige a imprevisibilidade do fato.
	Basta a onerosidade excessiva para o consumidor.
	Além da onerosidade excessiva para o devedor, exige a “extrema vantagem” para o credor.
	Consequência: a regra é a revisão do contrato. Excepcionalmente, acarretará a resolução quando não for possível salvá-lo.
	Consequência: a regra é a resolução do contrato. Excepcionalmente, poderá ser revisto, a depender da vontade do credor.
(MPSC-2013): Segundo o CDC, ainda que não sejam consideradas abusivas, com base os princípios da boa-fé e do equilíbrio e no reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor, é possível a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, bem como assegura o direito à revisão das cláusulas em função de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. BL: art. 6º, V, CDC.
(MPPR-2011): É possível, com amparo no CDC, que o superendividado passivo almeje a modificação de cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais, com base em fatos supervenientes à contratação.
        VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; (TJMS-2008) (TJPR-2010) (TJRO-2011) (TJAM-2013) (TJSC-2013) (MPMG-2013) (TJPA-2012/2014) (TJMG-2014) (TJMT-2014) (DPEPR-2014) (MPRO-2017) (TJRJ-2019) (MPSC-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2018: ##MPGO-2019: Teoria do Desvio Produtivo: A mera invocação de legislação municipal que estabelece tempo máximo de espera em fila de banco não é suficiente para ensejar o direito à indenização. Em outras palavras, o simples fato de a pessoa ter esperado por atendimento bancário por tempo superior ao previsto na legislação municipal não enseja indenização por danos morais. Ex: a lei estipulava o máximo de 15 minutos e o consumidor foi atendido em 25 minutos. No entanto, se a espera por atendimento na fila de banco for excessiva ou associada a outros constrangimentos, pode ser reconhecida como provocadora de sofrimento moral e ensejar condenação por dano moral. STJ. 3ª T. REsp 1662808/MT, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 2/5/17. STJ. 4ª T. REsp 1647452/RO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, j. 26/2/19.
	(MPMG-2018): Assinale a alternativa correta: A usurpação indevida do tempo útil caracteriza dano moral indenizável. BL: Entend. Jurisprud.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPMG-2018: ##MPGO-2019: Teoria do Desvio Produtivo: O descumprimento da lei municipal que estabelece parâmetros para a adequada prestação do serviço de atendimento presencial em agências bancárias é capaz de configurar dano moral de natureza coletiva. A violação aos deveres de qualidade do atendimento presencial, exigindo do consumidor tempo muito superior aos limites fixados pela legislação municipal pertinente, afronta valores essenciais da sociedade, sendo conduta grave e intolerável, de forma que se mostra suficiente para a configuração do dano moral coletivo. O dano moral coletivo é espécie autônoma de dano que está relacionada à integridade psico-física da coletividade, bem de natureza estritamente transindividual e que, portanto, não se identifica com aqueles tradicionais atributos da pessoa humana (dor, sofrimento ou abalo psíquico), amparados pelos danos morais individuais.[footnoteRef:3] O dano moral coletivo não se confunde com o somatório das lesões extrapatrimoniais singulares, por isso não se submete ao princípio da reparação integral (art. 944, caput, CC), cumprindo, ademais, funções específicas. No dano moral coletivo, a função punitiva - sancionamento exemplar ao ofensor - é, aliada ao caráter preventivo - de inibição da reiteração da prática ilícita - e ao princípio da vedação do enriquecimento ilícito do agente, a fim de que o eventual proveito patrimonial obtido com a prática do ato irregular seja revertido em favor da sociedade.[footnoteRef:4] No caso em tela, a instituição financeira optou por não adequar seu serviço aos padrões de qualidade previstos em lei municipal e federal, impondo à sociedade o desperdício de tempo útil e acarretando violação injusta e intolerável ao interesse social de máximo aproveitamento dos recursos produtivos, o que é suficiente para a configuração do dano moral coletivo.A condenação em danos morais coletivos cumprirá sua função de sancionar o ofensor, inibir referida prática ilícita e, ainda, de oferecer reparação indireta à sociedade, por meio da repartição social dos lucros obtidos com a prática ilegal com a destinação do valor da compensação ao fundo do art. 13 da Lei nº 7.347/85. STJ. 2ª T. REsp 1402475/SE, Rel. Min. Herman Benjamin, j. 9/5/17. STJ. 3ª T. REsp 1737412/SE, Rel. Min. Nancy Andrighi, j. 5/2/19 (Info 641). [3: (MPGO-2019): “Em virtude da evolução do sistema da responsabilidade civil, o dano extrapatrimonial, anteriormente relacionado somente ao ferimento de aspectos da personalidade individual, passou a também ser admitido com relação a direitos pertencentes à sociedade como um todo. Com efeito, a partir da CF/88, surgiram feixes de interesses cuja proteção ultrapassa a esfera meramente individual, sendo, assim, reconhecidos bens de titularidade coletiva, cuja preservação importa à toda coletividade” (STJ. 3ª Turma. REsp 1.737.412/SE, Rei. Min. Nancy Andrighi, j. 05/02/19 (Info 641)). Acerca da temática conceituai e da jurisprudência dominante do STJ, assinale a alternativa correta: O dano moral coletivo é espécie autônoma de dano que está relacionada à integridade psicofísica da coletividade, bem de natureza estritamente transindividual e que, portanto, não se identifica com aqueles tradicionais atributos da pessoa humana (dor, sofrimento ou abalo psíquico), amparados pelos danos morais individuais. BL: Info 641, STJ.] [4: (MPGO-2019): “Em virtude da evolução do sistema da responsabilidade civil, o dano extrapatrimonial, anteriormente relacionado somente ao ferimento de aspectos da personalidade individual, passou a também ser admitido com relação a direitos pertencentes à sociedade como um todo. Com efeito, a partir da CF/88, surgiram feixes de interesses cuja proteção ultrapassa a esfera meramente individual, sendo, assim, reconhecidos bens de titularidade coletiva, cuja preservação importa à toda coletividade” (STJ. 3ª Turma. REsp 1.737.412/SE, Rei. Min. Nancy Andrighi, j. 05/02/19 (Info 641)). Acerca da temática conceituai e da jurisprudência dominante do STJ, assinale a alternativa correta: No dano moral coletivo, a função punitiva - sancionamento exemplar ao ofensor - é, aliada ao caráter preventivo - de inibição da reiteração da prática ilícita - e ao princípio da vedação do enriquecimento ilícito do agente, a fim de que o eventual proveito patrimonial obtido com a prática do ato irregular seja revertido em favor da sociedade. BL: Info 641, STJ.] 
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPGO-2019: Não basta a mera infringência à lei ou ao contrato para a caracterização do dano moral coletivo. É essencial que o ato antijurídico praticado atinja alto grau de reprovabilidade e transborde os lindes do individualismo, afetando, por sua gravidade e repercussão, o círculo primordial de valores sociais. O dano moral coletivo não pode ser banalizado para evitar o seu desvirtuamento. STJ. 3ª T. REsp 1473846/SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, j. 21/2/17.
        VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados; (TJMS-2008) (MPMG-2010) (TJAM-2013) (TJRN-2013)
	(TJPB-2011-CESPE): De acordo com o previsto no CDC, constitui direito básico do consumidor o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados. BL: art. 6º, VII, CDC.
        VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, [obs.: inversão da prova ope iudicis] for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente [obs.: hipóteses não cumulativas], segundo as regras ordinárias de experiências; (MPPR-2008) (TJMT-2009) (DPEAL-2009) (MPES-2010) (DPEBA-2010) (TRF4-2010) (TJRO-2011) (MPMS-2011) (TJMS-2010/2012) (TJCE-2012) (MPSP-2012) (MPAL-2012) (TJSC-2013) (TJRN-2013) (TJAM-2013) (TJAM-2013) (TRF1-2013) (MPMT-2008/2014) (TJSP-2011/2014) (TJAP-2014) (MPPA-2014) (DPEPR-2014) (TJPB-2011/2015) (TJGO-2015) (TJRR-2015) (DPEPA-2015) (TJRJ-2011/2013/2016) (TJDFT-2014/2015/2016) (MPRO-2008/2010/2017) (TJPR-2010/2012/2013/2014/2017) (TRF2-2011/2018) (TJMG-2012/2014/2018) (DPEAM-2018) (TJPA-2009/2012/2014/2019) (MPSC-2010/2012/2014/2019) (MPMG-2013/2019) (MPGO-2016/2019) (DPESP-2019) (MPCE-2011/2020)
	##Atenção: ##TJPA-2019: ##CESPE: Para proceder a inversão do ônus da prova em favor do consumidor pelo juiz, dependerá da presença alternativa dos seguintes requisitos previstos em lei: a) a verossimilhança da alegação OU; b) a hipossuficiência do consumidor. Portanto, basta a presença de um dos referidos requisitos alternativos.
##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##MPGO-2012: ##MPAL-2012: ##FCC: ##TJPA-2014/2019: ##TJDFT-2014/2015: ##CESPE: ##TJRJ-2013/2016: ##VUNESP: A inversão do ônus da prova de que trata o art. 6º, VIII, CDC é REGRA DE INSTRUÇÃO, devendo a decisão judicial que determiná-la ser proferida preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar à parte a quem não incumbia inicialmente o encargo a reabertura de oportunidade para manifestar-se nos autos. STJ. 2ª S. EREsp 422.778-SP, Rel. para Ac. Min. Maria Isabel Gallotti, j. 29/2/12 (Info 492).
	(TJPA-2014-VUNESP): Na hipótese de ação indenizatória por vício do produto, a inversão do ônus da prova a favor do consumidor, quando for verossímil a alegação e quando for ele hipossuficiente deve ser determinada pelo Juiz preferencialmente na fase de saneamento do processo ou, pelo menos, assegurar à parte prejudicada a reabertura de oportunidade para apresentação de provas. BL: art. 6º, VIII, CDC e Info 492, STJ.
(TJDFT-2014-CESPE): Acerca dos princípios aplicáveis à relação de consumo, assinale a opção correta: De acordo com a jurisprudência do STJ, a aplicação da inversão do ônus da prova prevista no CDC é regra de instrução, ou seja, ocorre preferencialmente na decisão saneadora proferida pelo juiz. BL: art. 6º, VIII, CDC e Info 492, STJ.
(MPGO-2012): Assinale a afirmativa correta: Segundo entendimento do STJ, a inversão do ônus da prova é regra de instrução, devendo a decisão judicial que a determina ser proferida preferencialmente na fase do saneamento do processo. BL: art. 6º, VIII, CDC e Info 492, STJ.
##Atenção: ##STJ: ##TJDFT-2014: ##CESPE: ##TJRJ-2013/2016: ##VUNESP ##MPMS-2018: Trata-se, na origem, de ação civil pública interposta pelo MP a fim de pleitear que o banco seja condenado a não cobrar pelo serviço ou excluir o extrato consolidado que forneceu a todos os clientes sem prévia solicitação, devolvendo, em dobro, o que foi cobrado. A Turma entendeu que, na ACP com cunho consumerista, pode haver inversão do ônus da prova em favor do MP. Tal entendimento busca facilitar a defesa da coletividade de indivíduos que o CDC chamou de consumidores (art. 81 do referido código). O termo "consumidor", previsto no art. 6º do CDC, não pode ser entendido apenas como parte processual, mas sim como parte material da relação jurídica extraprocessual, ou seja, a parte envolvida na relação de direito material consumerista - na verdade, o destinatário do propósito protetor da norma. (STJ, REsp 951.785-RS, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, j. 15/2/11).
	(MPMS-2018): De acordo com a jurisprudência do STJ, assinale a alternativa correta: O MP, no âmbito de ação consumerista, faz jus à inversão do ônus da prova, previsto no art. 6.º, inciso VIII, do CDC. BL: Entend. do STJ.
##Atenção: ##STJ: ##DPU-2007: ##MPRO-2010: ##TJDFT-2014: ##CESPE: ##TJRJ-2013/2016: ##VUNESP: Para o STJ: “Quando verificada a relação de consumo, prevalece, no âmbito da 2ª Seção do STJ que os efeitos da inversão do ônus da prova não possuem a força de obrigar a parte contrária a arcar com as custas da provarequerida pelo consumidor. (...) Na espécie, a prova pericial determinada pelo juízo foi requerida pelo consumidor, e portanto, a ele é imposto o ônus de arcar com as custas, conforme entendimento já pacificado nesta Corte Superior”. (STJ, AgRg no AREsp 246.375/PR, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, 4ª T., j. 4/12/12). No mesmo sentido, o STJ entende: “A simples inversão do ônus da prova, no sistema do CDC, não gera a obrigação de custear as despesas com a perícia, embora sofra a parte ré as consequências decorrentes de sua não-produção”. (STJ, 2ª S. REsp 639.534/MT, Rel. Min Carlos Alberto Menezes Direito, j. 09/11/2005).
	(MPMG-2017): A distribuição dinâmica das provas, instituto típico do processo coletivo, mostrou-se altamente eficaz ao longo do tempo, a ponto de ter sido encampada expressamente pelo CPC de 2015. Analise as proposições a seguir e assinale a que estiver correta: A hipossuficiência que pode dar ensejo à inversão do ônus da prova não é apenas a econômica, mas também a técnica, decorrente tanto da dificuldade de acesso do consumidor ao sistema produtivo, quanto do conhecimento do funcionamento do produto. BL: art. 6º, VIII, CDC.
(MPMG-2017): A distribuição dinâmica das provas, instituto típico do processo coletivo, mostrou-se altamente eficaz ao longo do tempo, a ponto de ter sido encampada expressamente pelo CPC de 2015. A verossimilhança, para efeito de inversão do ônus da prova, é menos que a probabilidade, a qual é a situação decorrente da preponderância dos motivos convergentes à aceitação de determinada proposição, sobre os motivos divergentes. BL: art. 6º, VIII, CDC e art. 373, §1º, NCPC.
##Atenção: A doutrina diferencia, qualitativamente, os termos "verossimilhança", "probabilidade" e "certeza": "A cognição vertical no processo passa por diferentes estágios de profundidade no conhecimento dos fatos e é formada progressivamente pelos juízos de verossimilhança, probabilidade e certeza. A verossimilhança equivale a um baixo grau de probabilidade, e se colocaria no extremo inferior de uma escala de valores que tem, no outro extremo, a certeza do fato. A verossimilhança é um juízo fundado no confronto da simples alegação com as regras ordinárias da experiência. É o mais superficial dos juízos, pois, se baseia numa simples alegação, correspondente ao que normalmente acontece (id quod plerumque accidit). Pode ser verificada a partir das alegações contidas na petição inicial. A probabilidade, por sua vez, tem um grau de cognição superior ao da verossimilhança e inferior ao da certeza. Baseia-se num começo de prova (indício). Pode ser verificada a partir da apresentação de algumas provas, mesmo que ainda não submetidas ao crivo do contraditório. A certeza, por sua vez, é um juízo formado na sentença, após o contraditório e a valoração de todas as provas do processo. A certeza processual (ou verdade relativa) representa o grau de cognição que mais se aproxima da verdade no processo, atingível apenas no aspecto relativo (Michele Taruffo. Presuzione, inversioni, prova del fatto. Rivista trimestrale di diritto e procedura civile, Milano, p. 743-744, set-1992)" (CABRAL, Érico de Pina. Inversão do ônus da prova no novo CPC). Conforme se nota, a probabilidade, de fato, importa em um grau de cognição maior - e, portanto, mais próximo da certeza -, do que a verossimilhança.
(DPEAL-2017-CESPE): Os princípios consagrados no CDC consistem no ponto de partida para a compreensão do sistema adotado pela lei consumerista e dos seus aspectos de proteção aos vulneráveis negociais. Considerando essas informações, assinale a opção correta, acerca dos princípios fundamentais do CDC e de suas consequências práticas: A hipossuficiência do consumidor — que não se relaciona, necessariamente, à condição financeira, política e social do destinatário final do produto — deve ser aferida em cada caso concreto, não podendo ser simplesmente presumida.
(TJPR-2017-CESPE): Maria, aposentada, compareceu a uma agência bancária para sacar seu benefício previdenciário. No entanto, ao consultar o extrato, verificou que o numerário fora sacado por terceiro. Inconformada, procurou a defensoria pública, que ajuizou ação de indenização, requerendo, entre outras coisas, a inversão do ônus da prova em favor de Maria. Por sua vez, em sua resposta, a instituição financeira alegou fato exclusivo da vítima, porquanto a operação fora realizada mediante a utilização de cartão e senha pessoal. Acerca dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da legislação aplicável ao caso e da jurisprudência do STJ: O juiz deverá deferir o pleito de inversão do ônus da prova em favor da autora, pois cabe à instituição financeira demonstrar a regularidade do saque. BL: art. 6º, VIII do CDC e Súmula 479 do STJ.
(TJRJ-2016-VUNESP): Carlito da Silva ficou sem energia elétrica em sua residência por várias horas e acabou tendo prejuízo com perda de produtos de consumo doméstico que encontravam-se no freezer e geladeira da sua residência. Tendo acionando a concessionária, esta informou que não constava a existência de interrupção no fornecimento do serviço. Foi enviado um técnico e este constatou que a energia elétrica estava sendo regularmente fornecida. Inconformado, Carlito da Silva, sustentando que a concessionária estava omitindo a verdade, ingressou com ação judicial, calcado na legislação consumerista, pleiteando indenização por danos materiais e morais pelo período que ficou sem energia elétrica. Diante desses fatos, assinale a alternativa correta: Ainda que se aplique a inversão do ônus da prova, tal fato não exonera Carlito da Silva do ônus de apresentar alguma evidência do fato de que efetivamente houve a interrupção da prestação do serviço pela concessionária. BL: art. 6º, VIII, CDC.
##Atenção: As alegações do autor devem ser consistentes, havendo uma mínima comprovação dos fatos constitutivos, não bastando meras alegações. Desse modo, ainda que se aplique a inversão do ônus da prova, tal inversão não exonera o autor de apresentar alguma evidência dos fatos alegados.
(TJRS-2016-Faurgs): No âmbito do CDC, foram inseridas normas de natureza processual, visando garantir proteção adequada aos consumidores, permitindo-lhes o enfrentamento de disputas judiciais em igualdade de condições com o fornecedor. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta. O juiz poderá inverter o ônus da prova a favor do consumidor sempre que este for hipossuficiente ou for verossímil a sua alegação.  BL: art. 6º, VIII, CDC.
(TJSE-2015-FCC): O CDC se utiliza das expressões “vulnerabilidade e “hipossuficiência" nos seus artigos. A respeito deste tema, é correto afirmar que a vulnerabilidade é uma condição pressuposta nas relações de consumo e a hipossuficiência deve ser constatada no caso concreto. 
##Atenção: ##TRF2-2009: ##MPAL-2012: ##TJSE-2015: ##FCC: ##MPRO-2010: ##TJDFT-2014: ##TJPB-2015: ##CESPE: ##MPMG-2014: ##MPF-2015: ##MPGO-2016: ##TJMG-2018: O conceito de hipossuficiência consumerista NÃO SE RESTRINGE a análise da situação socioeconômica do consumidor perante o fornecedor, mas caso o consumidor seja hipossuficiente, poderá ser beneficiado com a inversão do ônus probatório. Segundo Flávio Tartuce, “o conceito de hipossuficiência vai além do sentido literal das expressões pobre ou sem recursos, aplicáveis nos casos de concessão dos benefícios da justiça gratuita, no campo processual. O conceito de hipossuficiência consumerista é mais amplo, devendo ser apreciado pelo aplicador do direito caso a caso, no sentido de reconhecer a disparidade técnica ou informacional, diante de uma situação de desconhecimento, conforme reconhece a melhor doutrina e jurisprudência. (...) Como antes se adiantou, decorrência direta da hipossuficiência é o direito à inversão do ônus da prova a favor do consumidor, nos termos do art. 6º, VIII, da Lei 8.0788/1990, que reconhece como um dos direitos básicos do consumidor (...)”. (TARTUCE, Flávio. Manual de direito do consumidor: direito material e processual /Flávio Tartuce, Daniel Amorim Assumpção Neves. 5ª ed.,Forense: São Paulo: MÉTODO, 2016). Portanto, não devemos confundir vulnerabilidade (art. 4º, I, CDC), que se refere ao direito material e já vem presumida em lei (presunção absoluta), com a hipossuficiência (art. 6º, VIII, CDC), que se refere ao direito processual e deverá ser demonstrada no caso concreto (análise casuística). Vejamos o seguinte quadro-resumo:
	VULNERABILIDADE
	HIPOSSUFICIÊNCIA
	- É inerente ao consumidor; presunção absoluta (em lei); 
- princípio do CDC; 
- regra de direito material.
	- Será constatada mediante a aferição do caso concreto; 
- É direito básico do consumidor; 
- regra de instrução processual.
	(MPF-2015): Nem todo consumidor é hipossuficiente, mas sempre será vulnerável. A hipossuficiência é auferida casuisticamente e gera consequências processuais, já a vulnerabilidade é presumida e gera consequências de direito material.
(MPRO-2010-CESPE): Acerca do direito do consumidor, assinale a opção correta: Juridicamente, são reconhecidos quatro tipos de vulnerabilidade: a técnica, a jurídica, a fática e a informacional, sendo todo consumidor presumivelmente vulnerável, embora não seja, necessariamente, hipossuficiente, não se tratando, pois, de expressões sinônimas. 
(TJRJ-2013-VUNESP): Quanto à inversão do ônus da prova em favor do consumidor no processo civil individual, segundo o enfoque da jurisprudência dominante do STJ, é correto afirmar que caso decretada, não tem o condão de obrigar o fornecedor a custear a prova requerida pelo consumidor. BL: art. 6º, VIII e entendimento do STJ (vide julgado acima).
(MPSC-2013): A inversão do ônus da prova é direito básico dos consumidores e pode ser exercido tanto nas ações individuais, quanto nas ações coletivas de que cuida a Lei n. 8.078/90. 
##Atenção: ##TJDFT-2014: ##CESPE: (...) 1. Não há óbice a que seja invertido o ônus da prova em ação coletiva - providência que, em realidade, beneficia a coletividade consumidora -, ainda que se cuide de ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público. 2. Deveras, "a defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas" - a qual deverá sempre ser facilitada, por exemplo, com a inversão do ônus da prova - "poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo" (art. 81 do CDC). (STJ 4ª T., REsp 951.785/RS, Rel. Min. Luís Felipe Salomão, j. 15/2/11).
(DPETO-2013-CESPE): A inversão do ônus da prova, fundada na desigualdade fática, econômica e jurídica existente na relação de consumo, constitui mecanismo processual de correção desse desequilíbrio entre as partes em litígio. BL: art. 6º, VIII, CDC.
(DPEES-2012-CESPE): A inversão do ônus da prova não obriga a parte contrária a arcar com as custas da prova requerida pelo consumidor, mas o fornecedor fica sujeito às consequências processuais advindas de sua não produção. BL: art. 6º, VIII, CDC.
##Atenção: “Civil. Processual. Monitória. Relação de consumo. Inversão ônus probatório. Honorários periciais. Pretensão de atribuir-se o ônus de pagamento à parte contrária. Descabimento. A inversão do ônus da prova prevista no art. 6º, VIII, do CDC, não acarreta o encargo financeiro de custear as despesas pela parte adversa, mas, apenas, o faz arcar com as consequências jurídicas pertinentes. Precedentes. Recurso especial não conhecido” (REsp. nº 683518-DF, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ 26.02.2007, p. 596).
(MPMG-2010): A facilitação da defesa dos direitos do consumidor, com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, enquanto direito básico, pode se fundar em critério judicial de verossimilhança e pode ser realizada, inclusive, de ofício pelo Juiz. BL: art. 6º, VIII, CDC.
        IX - (Vetado);	
        X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. (TJMS-2008) (TJPR-2010) (TJPE-2011) (TJPB-2011) (TJRO-2011) (MPSP-2008/2012) (TJGO-2012) (TJAM-2013) (TJSC-2013) (TJPA-2014) (TJMT-2014) (MPSC-2014) (MPRO-2017)
  Parágrafo único.  A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) 
	(MPSC-2016): A informação adequada e clara, acessível à pessoa com deficiência, sobre os tributos incidentes sobre os diferentes produtos e serviços, bem como sobre os riscos que apresentem, configura direito básico do consumidor previsto na Lei 8.078/90. BL: art. 6º, inciso III c/c § único, CDC.
(TJPE-2011-FCC): Dentre os direitos básicos assegurados pela Teoria Geral do Direito abaixo discriminados NÃO se aplica às relações de consumo a regra da desconsideração da personalidade jurídica.
##Atenção: Apesar da desconsideração da personalidade jurídica ser tutelada pelo CDC, ela não consta dos direitos básicos do consumidor, previstos no art. 6º.
        Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais do direito, analogia, costumes e eqüidade. (TJCE-2012) (TJPA-2014) (TJSP-2014) (TJMS-2015) (TJSC-2017)
        Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. (TJSP-2011) (TJPB-2011) (TJSC-2013)
	(TJSC-2017-FCC): Quanto aos direitos do consumidor, bem como suas disposições gerais, é correto: Direitos básicos do consumidor possuem rol elucidativo e não taxativo; se a ofensa for praticada por mais de um autor, todos responderão solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. 
CAPÍTULO IV
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos
SEÇÃO I
Da Proteção à Saúde e Segurança
        Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. (TJSP-2011) (TJMS-2010/2012) (TJPI-2012) (TJPR-2012/2014) (TJMG-2012/2014) (MPSC-2012/2014) (TJMT-2014) (TJPE-2015) (TJSC-2010/2013/2017) (MPRO-2017) (TJCE-2014/2018) (TJAL-2019) (TJPA-2019) (TJRO-2019) (MPSP-2019)
	##Atenção: ##STJ: ##DOD: ##TJPA-2019: ##CESPE: Para a responsabilização do fornecedor por acidente do produto não basta ficar evidenciado que os danos foram causados pelo medicamento. O defeito do produto deve apresentar-se, concretamente, como sendo o causador do dano experimentado pelo consumidor. Em se tratando de produto de periculosidade inerente (medicamento com contraindicações), cujos riscos são normais à sua natureza e previsíveis, eventual dano por ele causado ao consumidor não enseja a responsabilização do fornecedor. Isso porque, neste caso, não se pode dizer que o produto é defeituoso. STJ. 3ª T. REsp 1.599.405-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, j. 4/4/17 (Info 603)
	(MPPR-2017): A regra geral do CDC é que os produtos colocados no mercado não devem gerar risco à saúde e segurança do consumidor. BL: art. 8º, CDC.
##Atenção: ##TJAL-2019: ##FCC: O CDC admite expressamente a comercialização de bens e serviços que possuam riscos normais e previsíveis, nos termos do caput do art. 8º. Todavia, o CDC ressalta o amplo dever de informação, nos termos dos arts. 6º, I e III; 12, caput e §1º, II; 14, caput e §1º, II; 31, caput. 
(TJSC-2009): O CDC admite, de maneira excepcional, que seja colocado no mercado produto ou seja executado serviço capaz de acarretar riscos à saúde e à segurança do consumidor. BL: art. 8º, CDC.
       § 1º  Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto.   (Redação dada pela Lei nº 13.486, de 2017) (MPPR-2017) (TJRO-2019)
	(TJSC-2013): Os produtos industriais devem ser acompanhados de informações, em impressos

Continue navegando