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Experimento 3 - Circuito RC Erike Simon, Eduardo Renan, Guilherme Borges, Mirella Rayane e Yuri Falcão Departamento de Física, Universidade Federal Rural de Pernambuco Data de Realização: 11/12/2017 - Data de Entrega: 08/01/2018 Resumo—O objetivo deste experimento consiste na determina- ção da constante de tempo em um circuito RC, tomando-se como referência o seu tempo de carga. Assim, repetimos o processo de carregá-lo (fechando sua chave) dez vezes e medimos, com auxílio de um cronômetro, o tempo até que atingisse 0,99 de tensão (ou diferença de potencial). Por fim, calcularemos o tempo médio de carga e faremos uma comparação com o valor teórico para termos noção do quão precisos os valores experimentais foram. I. INTRODUÇÃO A situação em que, o capacitor funciona como elemento de um circuito, nos leva ao estudo de correntes variando como tempo. Esses circuitos são chamados de RC. Neste experimento, iremos criar uma relação entre o tempo de carga do capacitor com o produto RC. Chamamos esse produto de τ e, com obje- tivo de facilitar as medições, faremos t = 5τ . Assim, teremos a relação Vc = 0, 99Vo (será explicada na descrição teórica). Então, com o voltímetro pronto, mediremos o tempo que o capacitor leva para chegar a uma tensão de 0,99. Repetiremos esse processo dez vezes para termos muitos valores para a comparação com o valor teórico ao final do experimento. II. OBJETIVO A partir dos valores da resistência elétrica e da capacitância medidas no início do experimento, calcular a constante de tempo capacitativa τ , o erro associado as medidas realizadas experimentalmente e comparar com os valores teóricos. III. DESCRIÇÃO TEÓRICA Partindo da equação da carga: Vo = R dq dt + q C [1] que é uma EDO de primeira ordem que descreve a variação da carga q com o tempo. Encontraremos a partir dela uma função q(t) que satisfaz tanto a equação como a condição de que o capacitor esteja inicialmente descarregado. Ou seja, q = 0 quando t = 0. Abrindo a EDO, temos: Vo R = dq dt + q RC ∫ q 0 dq q − CVo = ∫ t 0 − 1 RC dt Ln(q − CVo) ∣∣∣q 0 = −t RC Ln( q − CVo −CVo ) = −t RC q − CVo −CVo = e −t RC q = CVo(1 − e −t RC ) O que está dentro do parênteses deve ter um valor adimensional, então podemos igualar o produto RC (resistência vezes capacitância) a τ : τ = RC. Essa constante é chamada constante de tempo capacitiva do circuito RC em corrente contínua. Sabendo que: Vc = q C , o qual Vc é a diferença de potencial através do resistor. Substituindo Vc na equação de carga do capacitor, teremos: Vc = Vo(1 − e −t RC ). Fazendo t = 5τ , como explicado na introdução, iremos obter a seguinte relação: Vc = 0, 99Vo IV. INSTRUMENTOS UTILIZADOS 1) Fonte; 2) Chave seletora; 3) Multímetro; 4) Bateria; 5) 3 Capacitores (1000mF, 2200mF, 4700mF ); 6) Resitor (1kΩ); 7) Cronômetro. V. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Inicialmente, ligamos a chave seletora para carregar o ca- pacitor e marcamos o tempo que o mesmo leva para realizar tal ato. Sempre com o multímetro medindo a d.d.p (V ) e um cronômetro. Repetimos o procedimento 10 vezes para obter o tempo médio e o erro associado a cada medida. Posterio- mente, realizamos o mesmo procedimento para outro valor de capacitância, sendo assim, foram medidos 3 capacitores com capacitâncias diferentes. Tempo (s) 27,63 26,81 26,60 26,12 25,79 26,13 25,59 25,90 25,63 26,00 Tabela 1 - Valores medidos referentes a bancada 1 (4700mF ). Tempo (s) 12,28 12,12 12,18 11,84 12,03 11,75 11,97 11,91 11,88 12,00 Tabela 2 - Valores medidos referentes a bancada 2 (2200mF ). Tempo (s) 5,90 6,00 6,17 6,06 6,39 5,80 6,21 6,24 6,40 6,10 Tabela 3 - Valores medidos referentes a bancada 3 (1000mF ). VI. CÁLCULOS Calcularem o τ médio fazendo a média dos tempos e, aplicando na fórmula: t = 5τ , encontraremos um valor para cada bancada. Em seguida, utilizaremos τ = RC para fins de comparação com o valor teórico. Expressaremos o erro relacionado ao experimento via o cálculo da variância, seguido do desvio padrão σ = √ Σ(ti − tmedio)2 10 . Os tempos médios para cada bancada foram: tmedio1 = 26, 22s tmedio2 = 11, 99s tmedio3 = 6, 12s Bancada 1: Experimento : tmedio1 = 5τ1 26, 22 = 5τ1 τ1 = 5, 24s Teoria : τ1 = RC1 τ1 = 1kΩ4700µF τ1 = 4, 70s Desvio padrão: σ1 = 0, 599 Bancada 2: Experimento : tmedio2 = 5τ2 11, 99 = 5τ2 τ2 = 2, 39s Teoria : τ2 = RC2 τ2 = 1kΩ2200µF τ2 = 2, 20s Desvio padrão: σ2 = 0, 312 Bancada 3: Experimento : tmedio3 = 5τ3 6, 12 = 5τ3 τ3 = 1, 22s Teoria : τ3 = RC3 τ3 = 1kΩ1000µF τ3 = 1, 00s Desvio padrão: σ3 = 0, 185 VII. CONCLUSÃO Devido ao erro humano, o experimento não nos fornece, com a eficácia da teoria, valores absolutos para uma situação física. Isso nos leva a aproximação dos valores utilizando métodos estatíscos. Assim, após os cálculos, o coeficiente de variação foi de 2.28% para o primeiro experimento, 2.60% para o segundo e 3.02% para o terceiro experimento. Para chegar a tal valor, efetuou-se o cálculo do desvio padrão, que confirma o erro experimental, no entanto, o valor é aceitavél. REFERÊNCIAS [1] D. Halliday and R. Resnick, Fundamentos de Física 3 - Eletromagnetismo, 2nd ed. FUTURA, 1994.
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