Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Óptica Geométrica Yuri Falcão Bastos Departamento de Física Universidade Federal Rural de Pernambuco Data de Realização: 28/06/2018 - Data de Entrega: 09/08/2018 Resumo—Este relatório aborda os assuntos relacionados à len- tes, espelhos e formação de imagens, com explicações simples de seu funcionamento e experimentos quantitativos que mostrarão os assuntos na prática. Utilizando lentes e espelhos distintos, observaremos experimentalmente o funcionamento desses apara- tos ópticos. A base teórica desse experimento são as equações e conceitos da óptica geométrica, que será imprescindível para a compreensão e conclusão desse experimento. I. OBJETIVO Determinar experimentalmente a distância focal de Lentes Delgadas, espelhos planos e esféricos. Em seguida comparar com os valores teóricos. II. DESCRIÇÃO TEÓRICA A utilização de lentes para a manipulação de imagens não é algo recente, mas já presente na humanidade a séculos, as lentes são muito utilizadas para manipulação de imagens. Desde câmeras fotográcas até salas de cinemas, são capazes de projetar imagens com certas características e é isso que será observado nessa descrição do experimento realizado. Óptica é o ramo da física que estuda os fenômenos relacionados à luz. A óptica explica os fenômenos da reflexão, refração, e difração. O estudo da óptica divide-se em duas partes: Óptica geométrica: nessa parte são estudados os fenômenos ópticos relacionados às trajetórias seguidas pela luz. Para isso é necessária a noção de raio de luz e as leis que regulamentam o comportamento desses raios. Óptica física: é a parte da óptica que estuda os fenômenos ópticos levando-se em conta a teoria sobre a composição da luz. Essa parte da física é muito presente no cotidiano, sua aplicação vai desde o uso dos óculos ao uso dos mais eficientes e sofisticados equipamentos utilizados para pesquisas científicas como, por exemplo, os aparelhos de telescópio e microscópio, entre outras aplicações. Neste experimento, utilizaremos vários tipos espelhos para comprovarmos a validade das relações feitas pela óptica geométrica. Existem dois tipos de espelhos a serem estudados que são os espelhos planos e os espelhos esféricos onde os espelhos esféricos se dividem em dois tipos que são os espelhos esféricos côncavos e os espelhos esféricos convexos. Espelhos Planos: Os espelhos planos são objetos que refletem os feixes de luz de um obejto situado a uma distância o do espelho em uma certa direção como mostra a figura a seguir: Figura 1 - Um objeto pontual forma uma imagem virtual em um espelho plano. Os raios parecem divergir de I mas na realidade não há luz nesse ponto. O raio Oa faz um ângulo arbitrário θ com a normal à superfície do espelho. temos a seguinte equação para os espelhos planos: i = −o Reversão de Imagem: A figura 2 mostra que a imagem da mão esquerda é como a mão direita. Dois dos vetores da mão permanecem paralelos ao espelho, a imagem da flecha que aponta em direção ao espelho, contudo, é invertida de frente para trás. Figura 2 - (Figura da esquerda) O objeto O é a mão esquerda, sua imagem I é a mão direita. (Figura da direita) Estudos de um objeto refletido, formado de três vetores, mostra que um espelho troca a parte da frente pela parte de trás, ao invés da direita pela esquerda. Espelhos esféricos côncavos: Os espelhos esfericos côncavos são espelhos planos encurvados para dentro, que apresentam um centro de curvatura proxímo e na frente do espelho com um campo de visão menor, distância maior para a imagem e tamanhos mairoes, em relação ao espelho plano. Os feixes são reetidos pelo espelho para um ponto focal, onde a imagem real é formada. Espelhos esféricos convexos: Os espelhos esfericos convexos são espelhos planos envurvados para fora, que apresentam um centro de curvatura próximo e atrás do espelho com um campo de visão maior, distância menor para a imagem e tamanhos menores, em relação ao espelho plano. Os feixes são refletidos para longe do espelho e os seus prolongamentos são focalizados pelo espelho para um ponto focal virtual atrás do espelho, onde a imagem virtual é formada. Figura 3 - (Figura de cima) Num espelho côncavo, a luz paralela incidente é trazida para um foco real no ponto F sobre o lado R do espelho. (Figura de baixo) Num espelho convexo, a luz paralela incidente é feita a fim de parecer divergir de um foco virtual no ponto F, sobre o lado V do espelho. O foco de um espelho esférico é dado pela seguinte equação, onde R é o raio do espelho: f = 1 2 R A equação que relaciona a distância do objeto θ, a distância da imagem i e a distância focal f: 1 θ + 1 i = 1 f (Equação de Gauss) Além dos espelhos temos também as lentes para descrever, que são divididas em dois grupos, as lentes divergentes e as lentes convergentes: Figura 4 - Tipos de lentes convergentes e divergentes. Ampliação Lateral: Pelo cálculo da ampliação, é possível determinar o tipo de imagem a ser formada (se maior, menor ou igual ao tamanho do objeto, e ainda se a imagem será direita ou invertida em relação ao objeto), pelo cálculo do fator de ampliação lateral do componente óptico: A = − hi ho = − i p Sendo ho (ou p) a distância do objeto ao espelho, hi (ou i) é a distância da imagem ao espelho. III. INSTRUMENTOS UTILIZADOS Figura 5 - Materiais utilizados durante o experimento. • Banco óptico; • Vela (fonte luminosa); • Espelhos (plano, côncavo e convexo); • Lentes (convergentes); • Anteparo; • Trena; • Suportes os espelhos. IV. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O procedimento realizado para o experimento consiste em acender uma vela e coloca-la em frente aos espelhos e as lentes para observar a formação de imagens nos anteparos ou no próprio espelho. Primeira parte do experimento: Lentes Convergentes Primeiro utilizamos duas lentes convergentes com diferentes valores de f , a vela é colocada em frente ao espelho e verica- se a formação da imagem no anteparo: Figura 6 - Lente convergente com f = +50mm. A imagem formada invertida e maior em relação ao objeto. Figura 7 - Lente convergente com f = +100mm. A imagem invertida e menor em relação ao objeto. Para as lentes acima, medimos a distância (θ) da vela até o objeto, movimentamos o anteparo para encontrarmos a distância (i) em que a imagem se forma mais nitidamente e medimos a distância da imagem ao objeto. Com esses dados e com a Equação de Gauss, poderemos calcular onde se encontra o ponto focal das lentes utilizadas. Segunda parte do experimento: Espelho plano e espelhos esféricos Figura 8 - Espelho plano. Figura 9 - Espelho esférico convexo de R = 200mm. Figura 9 - Espelho esférico côncavo. Para os espelhos, medimos a distância (θ) da vela até o objeto e, conhecendo o R do espelho esférico, utilizaremos a equação que relaciona o foco com esse valor, para enfim podermos medir a distância (i) da lente ao ponto em que a imagem se formou. V. CÁLCULOS Tabela dos valores coletados para as lentes: Tipo de Lente θ i f Imagem Convergente 6,30cm 13,50cm 50,00mm real Convergente 22,70cm 15,70cm 100,00mm real Os focos dados na tabela são os valores tabelados dos objetos utilizados no experimento, calcularemos a seguir os valores experimentais dos focos e faremos uma comparação com o valor tabelado. Aplicando a Equação de Gauss: 1 f = 1 θ + 1 i 1 f = i+ θ iθ f = iθ i+ θ Assim: f1 = (13, 5) · 6, 3 (13, 5) + 6, 3 = −85, 05 −7, 20 ≈ +43mm • Erro Percentual f1: |fteo − fexp| fteo · 100 = |43− 50| 50 · 100 = 14% f2 = (15, 7) · 22, 7 (15, 7) + 22, 7 = −356, 39 −38, 40 ≈ +93mm • Erro Percentual f2: |93− 100| 100 · 100 = 7% Tabela dos valores coletados para os espelhos: Tipo de Espelho θ i R f’ Imagem Plano 15,00cm - - - virtual Côncavo 21,00cm 26,00cm 20,00cm 10,00cm real Convexo 23,40cm -18,30cm -20,00cm -10,00cm virtual O raio R do espelho plano tende a infinito, portanto, de acordo com a Equação de Gauss: f ′1 ∼ ∞ f ′2 = θ · i θ + i = 21 · 26 21 + 26 = 546 47 ≈ 11, 5cm • Erro Percentual f ′2: |10, 00− 11, 50| 10, 00 · 100 = 15% f ′3 = 23,40 · 18, 30 23, 40− 18, 30 = 428, 22 41, 70 = +10, 27cm • Erro Percentual f ′2: |10, 00− 10, 27| 10, 00 · 100 = 2, 7% VI. CONCLUSÃO Feitos os cálculos dos focos podemos concluir que, apesar de uma porcentagem relativamente alta de erro em alguns ob- jetos do experimento, tivemos êxito em observar e demonstrar as propriedades e a validade da Equação de Gauss para Lentes Delgadas e Espelhos. Ademais, Vale ressaltar a simplicidade do experimento, que apesar de abranger conhecimentos impor- tantíssimos dentro do ramo da óptica, não apresentou grandes diculdades de medição e vericação dos dados.
Compartilhar