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Aula 59 - Sistema Financeiro Nacional - Aula 05

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AULA 05 
ANALISTA DO BANCO CENTRAL – SFN 
PROFESSOR: CÉSAR FRADE 
Prof. César de Oliveira Frade www.pontodosconcursos.com.br 1 
 
 
Olá pessoal! 
 
Vamos para a nossa quinta aula de Sistema Financeiro Nacional. 
 
Lembro que as críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: 
cesar.frade@pontodosconcursos.com.br. 
 
Prof. César Frade 
JULHO/2012 
 
 
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21. Agência de Fomento 
 
Dependem de autorização do Banco Central do Brasil a constituição e o 
funcionamento de agências de fomento sob controle acionário de Unidade da 
Federação. Seu objeto social é financiar capital fixo e de giro associado a 
projetos na Unidade da Federação onde tenham sede. 
 
As agências de fomento devem ser constituídas sob a forma de sociedade 
anônima de capital fechado. 
 
A denominação social deve ser obrigatoriamente composta da expressão 
"Agência de Fomento" acrescida da Unidade da Federação controladora. 
 
As agências de fomento não podem ser transformadas em qualquer outro tipo 
de instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil. O Banco 
Central do Brasil autorizará a constituição de uma única agência de 
fomento por Unidade da Federação. 
 
As agências de fomento somente podem praticar operações com recursos 
próprios e de repasses originários de fundos constitucionais; orçamentos 
federal, estaduais e municipais e organismos e instituições financeiras 
nacionais e internacionais de desenvolvimento. 
 
As agências de fomento podem: 
 
• realizar operações de financiamento de capitais fixo e de giro associados 
a projetos na Unidade da Federação onde tenham sede; 
• prestação de garantias; 
• prestação de serviços de consultoria e de agente financeiro; 
• prestação de serviços de administrador de fundos de desenvolvimento. 
 
É vedado às agências de fomento: 
 
• o acesso às linhas de assistência financeira e de redesconto do Banco 
Central do Brasil; 
• o acesso à conta Reservas Bancárias no Banco Central do Brasil; 
• captação de recursos junto ao público, inclusive de recursos externos; 
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• a contratação de depósitos interfinanceiros, na qualidade de depositante 
ou depositária; 
• a participação societária, direta ou indireta, no País ou no exterior, em 
outras instituições financeiras e em outras empresas coligadas ou 
controladas, direta ou indiretamente, pela Unidade da Federação que 
detenha seu controle. 
 
 
22. Associação de Poupança e Empréstimo – APE 
 
As Associações de Poupança e Empréstimo – APE são constituídas sob a forma 
de sociedade civil, sendo de propriedade comum de seus associados. É como 
se fosse um clube, no qual as pessoas se tornam “sócias” da empresa ao 
efetuarem seus depósitos em poupança. 
 
Suas operações ativas são, basicamente, direcionadas ao mercado imobiliário e 
ao Sistema Financeiro da Habitação (SFH). 
 
As operações passivas são constituídas de emissão de letras e cédulas 
hipotecárias, depósitos de cadernetas de poupança, depósitos interfinanceiros 
e empréstimos externos. 
 
Os depositantes dessas entidades são considerados acionistas da associação e, 
por isso, não recebem rendimentos, mas dividendos. 
 
 
23. Bancos de Câmbio 
 
 Os bancos de câmbio são instituições especializadas nas seguintes operações: 
 
• compra e venda de moeda estrangeira; 
• transferências de recursos do e para o exterior; 
• financiamento de importação e de exportação; 
• adiantamento sobre contratos de câmbio; 
• outras operações, inclusive de prestação de serviços, previstas na 
regulamentação do mercado de câmbio. 
 
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Observe que os Bancos de Câmbio são instituições financeiras que podem 
realizar quaisquer operações lícitas com câmbio, ou seja, não possuem 
qualquer restrição na realização deste tipo de operação desde que as 
operações efetuadas sejam permitidas pela legislação. 
 
Cabe informar que na denominação dessas instituições é obrigatória a 
presença da expressão “Banco de Câmbio”. 
 
Os Bancos de Câmbio podem empregar recursos próprios, repasses 
interbancários, depósitos interfinanceiros e recursos captados no exterior. 
 
Aplica-se aos Bancos de Câmbio a mesma regulamentação acerca da 
constituição e funcionamento das demais instituições financeiras. 
 
 
24. Companhias Hipotecárias 
 
As Companhias Hipotecárias são instituições financeiras que devem ser 
constituídas sob a forma de sociedade anônima. Em sua denominação deverá 
constar o termo “Companhia Hipotecária”. 
 
A constituição e autorização das Companhias Hipotecárias dependem de 
autorização do Banco Central do Brasil e devem cumprir o rito normal 
determinado pelos normativos em vigor. 
 
As companhias hipotecárias possuem os seguintes objetivos: 
 
• conceder financiamentos destinados à produção, reforma ou 
comercialização de imóveis residenciais ou comerciais e lotes urbanos; 
• comprar, vender e refinanciar créditos hipotecários próprios ou de 
terceiros; 
• administrar créditos hipotecários próprios ou de terceiros; 
• administrar fundos de investimento imobiliário, desde que autorizada 
pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM; 
• repassar recursos destinados ao financiamento da produção ou da 
aquisição de imóveis residenciais; 
• realizar outras operações que venham a ser expressamente autorizadas 
pelo Banco Central do Brasil. 
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As Companhias Hipotecárias captam recursos com a emissão de letras 
hipotecárias e cédulas hipotecárias, emissão de debêntures e obtenção de 
empréstimos e financiamentos no País e no exterior, além de outras formas 
que podem ser expressamente autorizadas pelo Banco Central. 
 
Dois fatores são importantes quando estamos falando do “funding” das 
Companhias Hipotecárias. Em regra, apenas sociedades anônimas não-
financeiras podem emitir debêntures mas a regulamentação do Conselho 
Monetário Nacional dá essa prerrogativa à Companhia Hipotecária mesmo com 
ela sendo uma instituição financeira. Da mesma forma, o normativo do 
Conselho Monetário Nacional que regulamenta as Companhias Hipotecárias 
concede ao Banco Central do Brasil poderes para definir outras formas de 
captação por parte dessas instituições sem que seja necessária a discussão no 
âmbito do CMN novamente. 
 
As Companhias Hipotecárias devem efetuar a escrituração, elaboração, 
remessa e publicação das demonstrações financeiras previstas no COSIF. Caso 
não efetue esse procedimento dentro dos prazos regulamentares estará sujeita 
às multas pecuniárias previstas na regulamentação vigente. Além disso, suas 
demonstrações devem ser auditadas por auditores independentes registrados 
na Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
 
 
25. Sociedade de Crédito ao Microempreendedor 
 
As Sociedades de Crédito ao Microempreendedor devem ser constituídas sob a 
forma de sociedade anônima fechada ou por quotas de responsabilidade 
limitada. Em sua denominação deve constar a expressão “Sociedade de Crédito 
ao Microempreendedor” sendo vedada a utilização da palavra “Banco”. 
 
As sociedades de crédito ao microempreendedor podem conceder 
financiamentose prestar garantias a pessoas físicas e jurídicas. As pessoas 
físicas devem implementar empreendimentos de natureza profissional, 
comercial ou industrial de pequeno porte e as pessoas jurídicas somente 
podem receber tais recursos se forem classificadas como micro empresas. 
 
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As sociedades de crédito ao microempreendedor podem ter seu controle 
societário exercido por Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, 
mas é vedada a participação societária, direta ou indireta, do setor público no 
capital dessas empresas. 
 
As sociedades de crédito ao microempreendedor podem realizar as seguintes 
operações: 
 
• obtenção de repasses e empréstimos originários de instituições 
financeiras nacionais e estrangeiras; entidades nacionais e estrangeiras 
voltadas para ações de fomento e desenvolvimento e fundos oficiais; 
• aplicação de disponibilidade de caixa no mercado financeiro, inclusive em 
depósitos a prazo, com ou sem emissão de certificado; 
• cessão de créditos, inclusive a companhias securitizadoras de créditos 
financeiros. 
 
São vedadas às sociedades de crédito ao microempreendedor: 
 
• a captação de recursos junto ao público, bem como a emissão de títulos 
e valores mobiliários destinados à colocação e oferta pública; 
• a concessão de empréstimos para fins de consumo; 
• a contratação de depósitos interfinanceiros na qualidade de depositante 
ou depositária; 
• a participação societária em instituições financeiras e em outras 
instituições autorizadas a operar pelo Banco Central. 
 
 
26. Administradoras de Consórcios 
 
As administradoras de consórcio são empresas responsáveis pela formação e 
administração de grupos de consórcio, atuando como mandatárias de seus 
interesses e direitos. 
 
O grupo de consórcio é uma sociedade não personificada, com prazo de 
duração e número de cotas previamente determinados, e que visa a coleta de 
poupança para permitir aos consorciados a aquisição de bens ou serviços. 
 
São entidades fiscalizadas pelo Banco Central do Brasil. 
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27. Bolsas de Mercadorias e Futuros 
 
As bolsas de mercadorias e futuros são associações privadas civis, com 
objetivo de efetuar o registro, a compensação e a liquidação, física e 
financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema eletrônico. 
 
O objetivo maior da BM&F é efetuar o registro, a compensação e a liquidação, 
física e financeira, das operações realizadas em pregão ou em sistema 
eletrônico, bem como desenvolver, organizar e operacionalizar mercados livres 
e transparentes, para negociação de títulos e/ou contratos que possuam como 
referência ativos financeiros, índices, indicadores, taxas, mercadorias e 
moedas, nas modalidades à vista e de liquidação futura. 
 
Para tanto, mantém local e sistemas de negociação, registro, compensação e 
liquidação adequados à realização de operações de compra e de venda, 
dotando-os de todas as facilidades e aprimoramentos tecnológicos necessários, 
a fim de divulgar as transações com rapidez e abrangência. Além disso, possui 
mecanismos para acompanhar e regular seus mercados e normas que 
asseguram aos participantes o adimplemento das obrigações assumidas, em 
face das operações efetuadas em seus pregões e/ou registradas em quaisquer 
de seus sistemas de negociação, registro, compensação e liquidação. 
 
Possui também um importante papel de auto-regulação. 
 
As operações possíveis na BM&F são as seguintes: 
 
Futuro: em que as partes assumem compromisso de compra e/ou venda para 
liquidação (física e/ou financeira) em data futura, contando com o ajuste diário 
do valor dos contratos, que é o mecanismo que possibilita a liquidação 
financeira diária de lucros e prejuízos das posições. 
 
Termo: semelhante ao mercado futuro, em que é assumido compromisso de 
compra e/ou venda para liquidação em data futura. no mercado a termo, 
porém, não há ajuste diário nem intercambialidade de posições, ficando as 
partes vinculadas uma à outra até a liquidação do contrato. 
 
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Opções sobre disponível: em que uma parte adquire de outra o direito de 
comprar – opção de compra – ou vender – opção de venda – o instrumento-
objeto de negociação, até ou em determinada data, por preço previamente 
estipulado. 
 
Opções sobre futuro: em que uma parte adquire de outra o direito de 
comprar – opção de compra – ou vender – opção de venda – contratos futuros 
de um ativo ou commodity, até ou em determinada data, por preço previa-
mente estipulado. 
 
Swaps com ajustes diários: esses instrumentos, que foram criados 
especialmente pela BM&F para permitir a negociação da taxa de cupom 
cambial para datas específicas, são utilizados pelo Banco Central do Brasil na 
rolagem do hedge cambial oferecido ao mercado. As ofertas do Banco Central 
ocorrem via leilão e podem ter a posição criada em data futura, quando ocorre 
o início de sua valorização. Isso possibilita melhor administração dos 
vencimentos pela autoridade monetária e programação pelo mercado. Por ter 
ajuste diário, esses swaps exigem margem inferior à dos swaps de balcão e 
admitem consolidação com outros contratos financeiros de risco simétrico e 
que sejam ajustados diariamente. 
 
Opções flexíveis: semelhantes às opções de pregão (sobre disponível e sobre 
futuro), com a diferença de que são as partes que definem alguns de seus 
termos, como preço de exercício, vencimento e tamanho do contrato. São 
negociadas em balcão e registradas na bolsa via sistema eletrônico, com as 
partes também determinando se o contrato de opção de compra ou de venda 
terá ou não a garantia da BM&F. 
 
Swaps: como as opções flexíveis, são contratos negociados em balcão e 
registrados na BM&F via sistema eletrônico. Nesse caso, as partes trocam um 
índice de rentabilidade por outro, com o intuito de fazer hedge, casar posições 
ativas com posições passivas, equalizar preços, arbitrar mercados ou até 
alavancar posições. Para tanto, devem escolher a combinação de variáveis 
apropriada à sua operação e definir preço, prazo e tamanho, optando 
igualmente pela garantia ou não da bolsa. 
 
Disponível (à vista ou spot): modalidade reservada apenas a alguns ativos 
ou commodities, cujos contratos têm liquidação imediata. Com isso, a bolsa 
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pretende, ao mesmo tempo, fomentar os mercados futuros e de opções, por 
meio da formação transparente de preços que resulta da negociação à vista, e 
colaborar para o desenvolvimento dos mercados físicos dos produtos-objeto de 
seus contratos. 
 
Operações estruturadas: permitem a negociação de estratégias que incluem 
dois ou mais contratos – futuros e opções – ou uma combinação entre eles. 
Trata-se de estratégias cuja execução se torna bastante complexa caso se opte 
por negociá-las contrato por contrato, o que se traduz em alto risco 
operacional. Ao se negociar a estratégia completa por intermédio de uma única 
apregoação – com os procedimentos de quebra entre os contratos envolvidos 
realizados automaticamente pela BM&F –, elimina-se esse risco e aumentam-
se a liquidez e a eficiência das operações de hedge. Dentre as operaçõesestruturadas estão as de volatilidade de índice de ações, de taxa de câmbio e 
de taxa de juro, os forward rate agreements e os forward points (por exemplo, 
a negociação do futuro de taxa de câmbio com diferencial em relação à 
cotação spot). 
 
Importante ressaltar que os derivativos ligados a ações são negociados na 
BOVESPA. 
 
 
28. Bolsa de Valores 
 
A Bolsa de Valores de São Paulo – BOVESPA é a principal Bolsa no mercado 
brasileiro. É uma empresa de capital aberto e suas ações são vendidas na 
própria BOVESPA. 
 
Atualmente, há um processo de fusão entre a BOVESPA e a BM&F. Esse 
processo fará com que as instituições reduzam sua estrutura de custo e 
passem a ser mais eficientes. 
 
A legislação atual autoriza as bolsas de valores a negociarem títulos e valores 
mobiliários de emissão ou co-responsabilidade de companhias abertas, 
registrados na CVM, assim como opções de compra e venda sobre ações de 
companhias abertas, contratos futuros de ações, debêntures (conversíveis ou 
simples) e commercial papers registrados para colocação pública. Direitos e 
índices referentes às ações negociadas, além de recibos de depósitos de ações, 
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quotas de fundos ou de clubes de investimentos também são negociados nas 
bolsas mediante autorização do conselho de administração ou por solicitação 
da bolsa à CVM. Também podem ser negociadas opções não-padronizadas 
(warrants). 
 
Na BOVESPA, são regularmente negociadas ações de companhias abertas, 
opções sobre ações, direitos e recibos de subscrição, bônus de subscrição e 
quotas de fundos, debêntures e notas promissórias. Além disso, também são 
negociados na BOVESPA os BDRS (brazilian depository receipts), que são 
certificados representativos de valores mobiliários de emissão de companhia 
aberta ou assemelhada com sede no exterior, emitidos por instituição 
depositária no Brasil. Podem ainda ser negociados na BOVESPA certificados de 
depósitos de ações lançados por empresas sediadas nos países que integram o 
acordo do MERCOSUL. 
 
 
29. Sociedade Corretora de Câmbio 
 
As sociedades corretoras de câmbio são constituídas sob a forma de sociedade 
anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, devendo constar na sua 
denominação social a expressão "Corretora de Câmbio". Têm por objeto social 
exclusivo a intermediação em operações de câmbio e a prática de operações 
no mercado de câmbio de taxas flutuantes. São supervisionadas pelo Banco 
Central do Brasil. 
 
 
 
30. Sociedades Corretoras de Títulos e Valores Mobiliários 
 
As sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários são constituídas sob a 
forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada. 
 
Dentre seus objetivos estão: 
• operar em bolsas de valores, subscrever emissões de títulos e valores 
mobiliários no mercado; 
• comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de 
terceiros; 
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• encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e 
valores mobiliários; 
• exercer funções de agente fiduciário; 
• instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento; 
• emitir certificados de depósito de ações e cédulas pignoratícias de 
debêntures; 
• intermediar operações de câmbio; 
• praticar operações no mercado de câmbio de taxas flutuantes; 
• praticar operações de conta margem; 
• realizar operações compromissadas; 
• praticar operações de compra e venda de metais preciosos, no mercado 
físico, por conta própria e de terceiros; 
• operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria e de 
terceiros. 
 
São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil. Os FUNDOS DE 
INVESTIMENTO, administrados por corretoras ou outros intermediários 
financeiros, são constituídos sob forma de condomínio e representam a reunião 
de recursos para a aplicação em carteira diversificada de títulos e valores 
mobiliários, com o objetivo de propiciar aos condôminos valorização de quotas, 
a um custo global mais baixo. A normatização, concessão de autorização, 
registro e a supervisão dos fundos de investimento são de competência da 
Comissão de Valores Mobiliários – CVM. 
 
 
 
31. Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores 
Mobiliários 
 
As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários são constituídas 
sob a forma de sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada, 
devendo constar na sua denominação social a expressão "Distribuidora de 
Títulos e Valores Mobiliários". 
 
Algumas de suas atividades: 
• intermedeiam a oferta pública e distribuição de títulos e valores 
mobiliários no mercado; 
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• administram e custodiam as carteiras de títulos e valores mobiliários; 
• instituem, organizam e administram fundos e clubes de investimento; 
• operam no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo 
títulos e valores mobiliários, inclusive ouro financeiro, por conta de 
terceiros; 
• fazem a intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias; 
• efetuam lançamentos públicos de ações; 
• operam no mercado aberto e intermedeiam operações de câmbio. 
 
São supervisionadas pelo Banco Central do Brasil 
 
 
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QUESTÕES PROPOSTAS 
 
Enunciado para as questões 41 a 45 
 
O BACEN tem como prerrogativa estabelecer as normas operacionais de todas 
as instituições financeiras que operam no Brasil, definindo suas características 
e possibilidades de atuação. Com base nas normas vigentes, julgue os itens 
seguintes. 
 
Questão 41 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As companhias hipotecárias podem captar 
depósitos a prazo com correção monetária, por meio de letras imobiliárias (LI), 
e estabelecer convênios com bancos comerciais para funcionarem como 
agentes do SFH. 
 
Questão 42 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As sociedades de arrendamento mercantil 
nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade produtiva pode 
advir da simples utilização do equipamento, e não, de sua propriedade. 
 
 
Questão 43 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As cooperativas de crédito somente 
podem atuar no setor primário da economia, com o objetivo de permitir melhor 
comercialização de produtos rurais e criar facilidades para o escoamento das 
safras agrícolas para os centros consumidores, observando que os usuários 
finais dos créditos que concedem não sejam sempre os cooperados. 
 
 
Questão 44 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – O objetivo principal dos bancos comerciais 
é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários 
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para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas 
prestadoras de serviços e as pessoas físicas. 
 
 
Questão 45 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As sociedades distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários têm uma faixa operacional mais ampla que as sociedades 
corretoras de títulos e valores mobiliários.Questão 46 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – A Bolsa de Mercadorias e Futuros 
(BM&F) opera sistema de liquidação de operações de câmbio contratadas no 
mercado interbancário. As obrigações correspondentes são compensadas 
multilateralmente, e a BM&F atua como contraparte central. Na atualidade, são 
aceitas apenasoperações envolvendo o dólar norte-americano e o euro, com 
prazo de liquidação igual a D + 1. 
 
 
Questão 47 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – Ocorrendo inadimplência, configurada 
pelo não-atendimento à chamada de garantia ou pelo não-pagamento de 
ajuste diário requerido pela BM&F, as posições do participante são encerradas. 
Se, depois de compensados os contratos, for apurado resultado líquido 
negativo, a BM&F realiza as garantias constituídas pelo participante. Se for o 
caso, isto é, se as garantias se mostrarem insuficientes, respondem pela 
parcela restante, sucessivamente, a corretora que intermediou a operação, o 
membro de compensação ao qual a corretora está ligada, o Fundo Especial dos 
Membros de Compensação, o Fundo de Liquidez dos Membros de 
Compensação, o Fundo de Garantias da BM&F e a própria BM&F. 
 
 
 
 
Questão 48 
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(CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – Empresas corretoras e distribuidoras 
têm atuação centrada nos mercados de câmbio, títulos públicos e privados, 
valores mobiliários, mercadorias e futuros. 
 
 
Questão 49 
 
(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – Assinale a afirmativa correta. 
a) O Clube de Investimento é formado por investidores que têm por objetivo 
constituir uma carteira diversificada de titulos e valores mobiliários, mediante a 
aplicação de recursos financeiros de terceiros. 
b) As Sociedades Corretoras são instituições que efetuam, com exclusividade, 
a intermediação financeira nos pregões das Bolsas de Valores. 
c) As Sociedades de Fomento Comercial – factoring – são empresas comerciais 
financeiras que operam por meio de aquisição de recebíveis, porém, não 
assumindo o risco dos mesmos. 
d) As Sociedades Corretoras são instituições que efetuam, com exclusividade, 
a intermediação financeira nos pregões das Bolsas de Valores, das quais são 
associadas mediante a aquisição de um titulo patrimonial. 
e) As Bolsas de Valores são associações civis com fins lucrativos,cujos 
patrimônios são constituídos por títulos patrimoniais adquiridos por seus 
membros, as sociedades distribuidoras. 
 
 
Questão 50 
 
(CESPE – CEF – 2009) – Instituições financeiras estrangeiras somente podem 
funcionar no país mediante prévia autorização formalizada em 
 
a) portaria da Superintendência de Seguros Privados. 
b) normativo do BACEN. 
c) decreto do Poder Executivo. 
d) normativo da CVM. 
e) resolução do Conselho Federal de Contabilidade. 
 
 
Questão 51 
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(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – A BM&FBOVESPA S.A. é 
caracterizada como 
 
A) espaço em que exclusivamente são negociadas ações de emissão de 
empresas brasileiras. 
B) empresa cujo capital é controlado por sociedades corretoras por meio de 
títulos patrimoniais. 
C) entidade sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e 
patrimonial. 
D) empresa constituída para possibilitar a negociação de ações por meio do 
sistema home broker. 
E) companhia aberta cujas ações são transacionadas em seu próprio ambiente 
de negociação. 
 
 
Questão 52 
 
(Fundação Cesgranrio – Banco do Brasil – Nacional – 2008) – O mercado 
financeiro pode ser classificado como primário ou secundário, dependendo do 
momento da negociação do título no mercado. O lançamento de um novo ativo 
financeiro ocorre no mercado primário. No mercado secundário ocorrem as 
 
A) vendas de títulos públicos que são negociados por meio da Bovespa. 
B) transações financeiras envolvendo o mercado monetário internacional. 
C) compras de títulos privados, derivativos, opções que estão sendo oferecidos 
ao mercado financeiro. 
D) negociações posteriores, em Bolsa de Valores ou em Mercado de Balcão, 
envolvendo compras e vendas de títulos já lançados entre investidores. 
E) negociações de títulos de crédito como cheques, notas promissórias e DOC, 
realizadas por meio da Bolsa de Valores e do Mercado de Balcão. 
 
 
 
 
Questão 53 
 
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(ESAF – BACEN – 2002) – Com relação à estrutura do mercado de capitais, é 
correto afirmar que: 
 
a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou 
sistema adequado à negociação de títulos e valores mobiliários. 
b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à 
normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados publicamente: 
ações, debêntures e títulos da dívida pública. 
c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e 
fiscalizador do mercado de capitais. 
d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores 
denominam-se usualmente de operações no mercado primário. 
e) cabem às sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários as 
operações no recinto das bolsas de valores. 
 
 
 
Questão 54 
 
(BNDES – Economista – Cesgranrio – 2009) – Uma classificação importante 
das instituições financeiras se baseia no seu grau de especialização nos 
segmentos do mercado financeiro. Assim, um banco comercial típico 
 
A) recebe depósitos do público e faz principalmente empréstimos de curto e de 
médio prazos. 
B) coloca títulos de empresas privadas junto ao público investidor. 
C) é considerado uma instituição monetária, por ser regulado pelo Banco 
Central. 
D) opera em todos os segmentos do mercado financeiro. 
E) não atua no mercado interbancário de empréstimo a prazo muito curto. 
 
 
 
 
 
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QUESTÕES RESOLVIDAS 
 
 
Enunciado para as questões 41 a 45 
 
O BACEN tem como prerrogativa estabelecer as normas operacionais de todas 
as instituições financeiras que operam no Brasil, definindo suas características 
e possibilidades de atuação. Com base nas normas vigentes, julgue os itens 
seguintes. 
 
Questão 41 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As companhias hipotecárias podem captar 
depósitos a prazo com correção monetária, por meio de letras imobiliárias (LI), 
e estabelecer convênios com bancos comerciais para funcionarem como 
agentes do SFH. 
 
Resolução: 
 
É facultado às Companhias Hipotecárias emitir letras hipotecárias e cédulas 
hipotecárias conforme autorização do Banco Central do Brasil, emitir 
debêntures, obter empréstimos e financiamentos no Brasil e no exterior. Às 
Companhias Hipotecárias não se aplicam as normas do Sistema Financeiro da 
Habitação – SFH. 
 
Dessa forma, o item a está ERRADO. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 42 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As sociedades de arrendamento mercantil 
nasceram do reconhecimento de que o lucro de uma atividade produtiva pode 
advir da simples utilização do equipamento, e não, de sua propriedade. 
 
Resolução: 
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Não é necessário ser proprietário do bem para que dele possa se tirar proveito. 
Essa é a idéia básica que está por trás do arrendamento mercantil. 
 
Logo, o item está CERTO. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 43 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As cooperativas de crédito somente 
podem atuar no setor primário da economia, com o objetivo de permitir melhor 
comercialização de produtos rurais e criar facilidades para o escoamento das 
safras agrícolas para os centros consumidores, observando que os usuários 
finais dos créditos que concedem não sejam sempre os cooperados. 
 
Resolução: 
 
As Cooperativas de Crédito podem se subdividir em seis grandes grupos, quais 
sejam: 
• as cooperativas rurais; 
• as cooperativas de livre admissão; 
• as cooperativas de empregados, servidores e pessoas físicas prestadoras 
de serviços em caráter não eventual; 
• profissionais e trabalhadores dedicados a uma ou mais profissões e 
atividades cujos objetos sejam afins; 
• pequenos empresários, microempresários ou microempreendedores, 
responsáveis por negócio de natureza industrial, comercial ou de 
prestação de serviço; e 
• empresários participantes de empresas vinculadas a um mesmo sindicato 
patronal. 
 
Caso ocorram empréstimos, eles devem sempre ser efetuados aos seus 
cooperados. 
 
Dessa forma, a questão está ERRADA. 
 
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Gabarito: E 
 
 
Questão 44 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – O objetivo principal dos bancos comerciais 
é proporcionar o suprimento oportuno e adequado dos recursos necessários 
para financiar, a curto e médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas 
prestadoras de serviços e as pessoas físicas. 
 
Resolução: 
 
Os bancos comerciais proporcionam financiamentos de curto e médio prazos. 
 
Portanto, a questão está CERTA. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 45 
 
(CESPE – Senado Federal – 2002) – As sociedades distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários têm uma faixa operacional mais ampla que as sociedades 
corretoras de títulos e valores mobiliários. 
 
Resolução: 
 
As sociedades corretoras, na época da questão, possuíam uma faixa de 
atuação mais ampla do que as distribuidoras. As corretoras eram as únicas 
entidades autorizadas a operar nas Bolsas de Valores. 
 
Logo, o item foi considerado ERRADO. E hoje estariam errados, ainda. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 46 
 
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(CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – A Bolsa de Mercadorias e Futuros 
(BM&F) opera sistema de liquidação de operações de câmbio contratadas no 
mercado interbancário. As obrigações correspondentes são compensadas 
multilateralmente, e a BM&F atua como contraparte central. Na atualidade, são 
aceitas apenasoperações envolvendo o dólar norte-americano e o euro, com 
prazo de liquidação igual a D + 1. 
 
Resolução: 
 
Desde o dia 22/04/2002, dia de implantação do Sistema de Pagamentos 
Brasileiro – SPB, a Bolsa de Mercadorias e Futuros opera a única Câmara de 
Liquidação de Câmbio no mundo, a BM&F Câmbio. Essa Câmara processa a 
liquidação das operações que foram transacionadas no mercado interbancário, 
não existindo a obrigatoriedade de liquidar via BM&F Câmbio. A Clearing de 
Câmbio BM&F oferece todas as condições operacionais apropriadas à gestão de 
riscos intrínsecos às operações de compra e venda de moeda estrangeira 
cursadas por intermédio de seus sistemas. 
 
“A Clearing de Câmbio mantém conta de liquidação em moeda nacional junto 
ao Bacen e contas de liquidação em moeda estrangeira no Exterior, com as 
movimentações financeiras ocorrendo dentro da mesma janela de tempo. Por 
ser a parte contratante de todas as operações cursadas em seus sistemas, 
viabiliza a eliminação do risco de principal, utilizando o princípio de pagamento 
contra pagamento por valores líquidos compensados”, portanto com liquidação 
bilateral. 
 
“Para assegurar a liquidação das operações na hipótese de inadimplência de 
participantes, a Clearing de Câmbio BM&F dispõe de mecanismos apropriados 
para acompanhar a variação da taxa de câmbio no período entre a contratação 
e a liquidação, exigindo, para tanto, depósitos prévios de garantia. Além disso, 
estabelece limites operacionais aos participantes, com base em sistema de 
rating desenvolvido pela Bolsa e na análise do histórico de operações de cada 
participante no mercado interbancário, de forma a controlar o risco de liquidez 
de mercado. 
 
A estrutura de salvaguardas da Clearing de Câmbio BM&F conta também com o 
Fundo de Participação, que é o depósito inicial exigido de todos os 
participantes no ato de sua habilitação, calculado de acordo com sua 
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participação no mercado de câmbio; e com o Fundo Operacional, que se 
destina à cobertura de prejuízos originários de eventuais falhas operacionais, 
administrativas ou funcionais da Clearing no processo de gerenciamento ou 
execução de suas atividades. Há ainda o Patrimônio Especial, que é uma fração 
contabilmente separada do patrimônio total da BM&F para garantir, 
exclusivamente, o cumprimento das obrigações de responsabilidade da 
Clearing.” 
 
A liquidação das operações ocorre em D+2 como regra geral, mas também 
algumas das operações são liquidadas em D0 e outras em D+1. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 47 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – Ocorrendo inadimplência, configurada 
pelo não-atendimento à chamada de garantia ou pelo não-pagamento de 
ajuste diário requerido pela BM&F, as posições do participante são encerradas. 
Se, depois de compensados os contratos, for apurado resultado líquido 
negativo, a BM&F realiza as garantias constituídas pelo participante. Se for o 
caso, isto é, se as garantias se mostrarem insuficientes, respondem pela 
parcela restante, sucessivamente, a corretora que intermediou a operação, o 
membro de compensação ao qual a corretora está ligada, o Fundo Especial dos 
Membros de Compensação, o Fundo de Liquidez dos Membros de 
Compensação, o Fundo de Garantias da BM&F e a própria BM&F. 
 
Resolução: 
 
A questão versa sobre operações que são liquidadas na Câmara BM&F 
Derivativos. Vamos exemplificar com um exemplo de contrato futuro. No 
contrato futuro, uma pessoa adquire uma obrigação de comprar e o outro 
agente a obrigação de vender, em certa data futura determinada, um ativo-
subjacente por um preço previamente estipulado. Entretanto, quando o 
contrato é “fechado” ambos devem fazer o depósito de garantia que serve para 
cobrir eventuais inadimplências de uma das partes. 
 
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Com a variação do preço em um determinado pregão um dos agentes será 
obrigado a efetuar o pagamento do ajuste diário. Caso não honre com seus 
compromissos, ele terá a sua posição encerrada, e caso tenha uma dívida a 
pagar, suas garantias depositadas serão vendidas e ajudarão a arcar com o 
prejuízo gerado. Caso, a garantia não seja suficiente para cobrir os prejuízos, 
existe uma “fila de garantidores” solidários que terão seus ativos vendidos. 
São eles : a corretora que intermediou a operação, o membro decompensação 
ao qual a corretora está ligada, o Fundo Especial dos Membros de 
Compensação, o Fundo de Liquidez dos Membros de Compensação, o Fundo de 
Garantias da BM&F e a própria BM&F. Dessa forma, o item está correto. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 48 
 
(CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – Empresas corretoras e distribuidoras 
têm atuação centrada nos mercados de câmbio, títulos públicos e privados, 
valores mobiliários, mercadorias e futuros. 
 
Resolução: 
 
É importante lembrarmos que, tendo em vista o fato de a questão não 
explicitar que tipo de corretora está mencionando, devemos que levar os dois 
tipos existentes: Corretora de Câmbio e Corretora de Títulos e Valores 
Mobiliários. 
 
Dentre as funções básicas de uma Corretora de Títulos e Valores Mobiliários 
(CTVM) e de uma Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) estão a 
intermediação de operações no mercado de valores mobiliários, mercadorias e 
futuros e também títulos, podendo ser tanto públicos quanto privados. 
 
No entanto, Resolução do CMN dá tanto às corretoras quanto distribuidoras a 
autorização de fazer câmbio simplificado com o objetivo de auxiliar o pequeno 
exportador ou importador quando da negociação. 
 
Além disso, a Corretora de Câmbio é especializada em contratos dessa espécie, 
podendo ser, inclusive, manual. 
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Sendo assim, o gabarito está CERTO. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 49 
 
(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – Assinale a afirmativa correta. 
a) O Clube de Investimento é formado por investidores que têm por objetivo 
constituir uma carteira diversificada de titulos e valores mobiliários, mediante a 
aplicação de recursos financeiros de terceiros. 
b) As Sociedades Corretoras são instituições que efetuam, com exclusividade, 
a intermediação financeira nos pregões das Bolsas de Valores. 
c) As Sociedades de Fomento Comercial – factoring – são empresas comerciais 
financeiras que operam por meio de aquisição de recebíveis, porém, não 
assumindo o risco dos mesmos. 
d) As Sociedades Corretoras são instituições que efetuam, com exclusividade, 
a intermediação financeira nos pregões das Bolsas de Valores, das quais são 
associadas mediante a aquisição de um titulo patrimonial. 
e) As Bolsas de Valores são associações civis com fins lucrativos,cujos 
patrimônios são constituídos por títulos patrimoniais adquiridos por seus 
membros, as sociedades distribuidoras. 
 
Resolução: 
 
Um Clube de Investimento é formado por pessoas investidoras que têm por 
objetivo constituir uma carteira diversificada de títulos e valores mobiliários, 
mediante a aplicação de recursos próprios. Inicialmente, os investidores se 
reúnem e confeccionam um Estatuto que passará a ser o documento principal 
daquela sociedade. Neste Estatuto deverá constar o risco ao qual estão 
dispostos a correr, como deverá ser a gestão dos recursos, entre outras 
definições. Após esta etapa, geralmente, contratam uma corretora, 
distribuidora ou gestor para gerir os investimentos, ou seja, efetuar as 
compras e vendas dos ativos. Por esse serviço pagam uma taxa de 
administração. O Clube de Investimento possui algumas limitações e a mais 
significativa é que dele podem participar, no máximo, 50 pessoas. Além disso, 
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pelo menos 51% dos recursos deverão estar investidos no mercado acionário. 
Dessa forma, o item A é falso. 
 
As Corretoras e as Distribuidoras a partir do convênio que o BACEN realizou 
com a CVM estão autorizadas a operar nos pregões das Bolsas de Valores. No 
entanto, até 2009, apenas as Corretoras poderiam operar na Bolsa de Valores. 
No entanto, devemos ressaltar que uma Corretora somente pode operar em 
determinada Bolsa de Valores se possuir um título patrimonial desta. Vejamos 
um exemplo. Suponha que tenhamos duas grandes bolsas no País. A Corretora 
A é membro da Bolsa X e a Corretora B é membro da Bolsa Y. Se eu telefonar 
para a Corretora A e mandar comprar uma ação que é listada apenas na Bolsa 
Y, essa Corretora não poderá ir no pregão da Bolsa Y e efetuar a minha ordem 
de compra, pois não possui título patrimonial da mesma. Com isso, vemos que 
o item B está correto, mas o D está mais correto e, portanto, é a resposta da 
questão é D. 
 
Uma operação de factoring é muito parecida com um desconto de duplicata. 
Vamos tentar explicar as duas operações. Imagine aquela empresa que em 
uma questão anterior tinha um título de R$ 70.000,00 para receber. Se ela 
fosse em uma instituição financeira com autorização para fazer o desconto de 
duplicata, ela receberia uma quantia menor do que o valor de face do título 
(R$ 70.000,00) imediatamente em sua conta-corrente e deixaria o título como 
garantia do crédito recebido. Se na data de vencimento da duplicata seu 
cliente não honrasse o pagamento, a instituição financeira “retiraria” os R$ 
70.000,00 da conta-corrente da empresa e devolveria seu título para que ela 
efetuasse a cobrança junto a seu cliente. Na verdade, a instituição financeira 
concedeu um empréstimo para a empresa que, com o objetivo de reduzir a 
taxa cobrada, deixou em garantia uma duplicata. É importante lembrar que 
quanto mais garantias uma pessoa oferecer a uma instituição financeira, 
menor a taxa de juros cobrada na operação de crédito. 
 
Em uma operação de factoring, a empresa iria até uma Sociedade de Fomento 
Comercial e venderia seu título por um valor menor do que o valor de face (R$ 
70.000,00). Observe que, neste caso, o título não serve de garantia, mas ele é 
negociado e agora o cliente da empresa deve para a empresa de factoring. A 
diferença básica está no agente que corre o risco de não pagamento do título. 
Enquanto que no desconto de duplicata, caso o título não seja honrado, a 
empresa que obteve o crédito é que terá que procurar seu cliente para efetuar 
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a cobrança. Na operação de factoring, se o pagamento do título não for 
efetuado no prazo acordado, caberá à Sociedade de Fomento Mercantil efetuar 
a cobrança junto ao cliente da empresa. Observe que isto é a teoria, mas na 
prática, isso tende a ser diferente. Mais um comentário importante é que as 
empresas de Factoring não são instituições financeiras e não estão sujeitas à 
fiscalização do Banco Central do Brasil. 
 
As Bolsas de Valores, apesar do movimentos de desmutualização que está 
ocorrendo no momento, ainda são Sociedades Civis sem finalidade lucrativa e 
as sociedades Corretoras são seus “acionistas”. Não existe na Legislação 
Brasileira nenhum impedimento para que as Bolsas de Valores sejam 
instituições com fins lucrativos. Tem havido um movimento grande nesse 
sentido em todo o mundo nos últimos anos e em 2007 esse assunto tem sido 
muito discutido no âmbito da BOVESPA e da BM&F e seu nome é 
desmutualização. 
 
Gabarito: D 
 
 
Questão 50 
 
(CESPE – CEF – 2009) – Instituições financeiras estrangeiras somente podem 
funcionar no país mediante prévia autorização formalizada em 
 
a) portaria da Superintendência de Seguros Privados. 
b) normativo do BACEN. 
c) decreto do Poder Executivo. 
d) normativo da CVM. 
e) resolução do Conselho Federal de Contabilidade. 
 
Resolução: 
 
Para que uma instituição financeira possa funcionar no país há a necessidade 
deautorização do BACEN e Decreto do Poder Executivo. 
 
Observe que o artigo 18 da Lei 4.595/64 diz que: 
 
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“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no 
País mediante prévia autorização do Banco Central da República do 
Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.” 
 
Aparentemente, o Poder Executivo poderia efetuar a autorização 
independentemente do BACEN. No entanto, há a necessidade de entendermos 
o momento em que foi criada a Lei. Era no Regime Militar. 
 
Com a Constituição de 1988, em seu artigo 192 diz que há a necessidade de 
Lei Complementar para regulamentar o Sistema Financeiro Nacional, como 
descrito abaixo: 
 
“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a 
promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos 
interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, 
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis 
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do 
capital estrangeiro nas instituições que o integram.” 
 
No entanto, o artigo 52 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias diz 
que: 
 
“Art. 52. Até que sejam fixadas as condições do art. 192, são 
vedados: 
 
I - a instalação, no País, de novas agências de instituições financeiras 
domiciliadas no exterior; 
 
II - o aumento do percentual de participação, no capital de 
instituições financeiras com sede no País, de pessoas físicas ou 
jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior. 
 
Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica 
às autorizações resultantes de acordos internacionais, de 
reciprocidade, ou de interesse do Governo brasileiro.” 
 
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O entendimento que se tem acerca do assunto é que há a necessidade de 
autorização do BACEN E de Decreto do Poder Executivo. 
 
Com isso, o gabarito é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 51 
 
(Fundação Carlos Chagas – Banco do Brasil – 2010) – A BM&FBOVESPA S.A. é 
caracterizada como 
 
A) espaço em que exclusivamente são negociadas ações de emissão de 
empresas brasileiras. 
B) empresa cujo capital é controlado por sociedades corretoras por meio de 
títulos patrimoniais. 
C) entidade sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e 
patrimonial. 
D) empresa constituída para possibilitar a negociação de ações por meio do 
sistema home broker. 
E) companhia aberta cujas ações são transacionadas em seu próprio ambiente 
de negociação. 
 
Resolução: 
 
A BMF&BOVESPA é uma empresa resultante da fusão entre duas Bolsas do 
Brasil. Em 2007, tanto a Bovespa quanto à BM&F abriram seus capitais, 
separadamente, na BOVESPA. Cada uma das empresas tinha uma ação sendo 
negociada. 
 
Em 2008, houve a fusão entre as duas empresas e as duas ações existentes 
foram transformadas em apenas uma, havendo um processo de fungibilidade. 
 
Segundo o site da Bovespa: 
 
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“A BM&FBOVESPA é uma companhia de capital brasileiro formada, em 
2008, a partir da integração das operações da Bolsa de Valores de 
São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros. 
 
É a principal instituição brasileira de intermediação para operações do 
mercado de capitais e a única bolsa de valores, mercadorias e futuros 
em operação no Brasil.” 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra E. 
 
Gabarito: E 
 
 
Questão 52 
 
(Fundação Cesgranrio – Banco do Brasil – Nacional – 2008) – O mercado 
financeiro pode ser classificado como primário ou secundário, dependendo do 
momento da negociação do título no mercado. O lançamento de um novo ativo 
financeiro ocorre no mercado primário. No mercado secundário ocorrem as 
 
A) vendas de títulos públicos que são negociados por meio da Bovespa. 
B) transações financeiras envolvendo o mercado monetário internacional. 
C) compras de títulos privados, derivativos, opções que estão sendo oferecidos 
ao mercado financeiro. 
D) negociações posteriores, em Bolsa de Valores ou em Mercado de Balcão, 
envolvendo compras e vendas de títulos já lançados entre investidores. 
E) negociações de títulos de crédito como cheques, notas promissórias e DOC, 
realizadas por meio da Bolsa de Valores e do Mercado de Balcão. 
 
Resolução: 
 
O mercado se divide em mercado primário e secundário. 
 
O mercado primário é aquele resultante da colocação no mercado de novos 
títulos. É utilizado para que as empresas efetuem a captação de recursos. De 
uma forma mais simples, podemos afirmar que um mercado será considerado 
primário quando o título for negociado pela primeira vez. 
 
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Segundo o dicionário da BOVESPA, o mercado primário é: 
 
“Colocação de títulos resultantes de novas emissões. 
Empresas utilizam o mercado primário para captar os recursos 
necessários ao financiamento de suas atividades.” 
 
O mercado é considerado secundário quando os agentes transferem a 
propriedade dos títulos adquiridos anteriormente com o objetivo de auferir 
lucratividade. 
 
Segundo o dicionário da BOVESPA, o mercado secundário é: 
 
“Negociação de ativos, títulos e valores mobiliários em mercados 
organizados, onde investidores compram e vendem em busca de 
lucratividade e liquidez, transferindo, entre si, os títulos 
anteriormente adquiridos no mercado primário.” 
 
Imagine que uma determinada pessoa irá comprar um carro. Ele pode ir a uma 
concessionária e adquirir um carro novo, zero km. Fazendo isso, ele estará 
adquirindo um bem que está sendo negociado pela primeira vez, um bem 
novo. 
 
Nesse caso, como ele será o primeiro dono do veículo e os recursos a serem 
pagos serão enviados ao “produtor/emissor” do bem, essa aquisição está 
sendo feita no mercado primário. 
 
Quando essa pessoa for vender esse carro, essa operação será feita no 
mercado secundário e os recursos provenientes dessa alienação serão 
enviados para o antigo proprietário do carro. 
 
É importante ressaltarmos que entendemos como mercado de balcão 
organizado o sistema de negociação de títulos supervisionado por entidade 
auto-reguladora, autorizada pela CVM. Se não houver essa entidade auto-
reguladora, o mercado de balcão será não-organizado e, em geral, as 
negociações são feitas por telefone. 
 
Segundo o dicionário da BOVESPA: 
 
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“Balcão Organizado: Sistema de negociação de títulos 
supervisionado por entidade auto-reguladora, autorizada pela CVM. 
 
Balcão Não-Organizado: Mercado que negocia títulos e ativos 
financeiros entre instituições financeiras, investidores institucionais e 
outros investidores, em que não existe uma entidade de auto-
regulação que coordene as atividades de compra e venda.” 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra D. 
 
Gabarito: D 
 
 
Questão 53 
 
(ESAF – BACEN – 2002) – Com relação à estrutura do mercado de capitais, é 
correto afirmar que: 
 
a) as bolsas de valores são instituições do governo que mantêm local ou 
sistemaadequado à negociação de títulos e valores mobiliários. 
b) são considerados valores mobiliários e, portanto, estão sujeitos à 
normatização pela CVM, os seguintes títulos, quando ofertados publicamente: 
ações, debêntures e títulos da dívida pública. 
c) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é o órgão regulamentador e 
fiscalizador do mercado de capitais. 
d) as negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de valores 
denominam-se usualmente de operações no mercado primário. 
e) cabem às sociedades corretoras e distribuidoras de valores mobiliários as 
operações no recinto das bolsas de valores. 
 
 
 
 
Resolução: 
 
As bolsas de valores eram associações civis sem finalidades lucrativas e não 
instituições do governo. Atualmente, elas (Bovespa e BMF) se uniram e 
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formam uma empresa com finalidade lucrativa e que possuem ações que 
podem ser negociadas na própria Bolsa. 
 
Elas Devem manter local e sistema adequado à negociação de títulos e valores 
mobiliários. As negociações de títulos e valores mobiliários em bolsas de 
valores acontecem no secundário. 
 
Considera-se mercado primário quando a negociação dos títulos ocorrer pela 
primeira vez e, neste caso, os recursos iriam para o caixa da empresa que 
emitiu o título. Qualquer negociação subseqüente ocorre no mercado 
secundário. 
 
Na época da prova em que foi aplicada esta questão, somente as Corretoras 
poderiam operar nas Bolsas de Valores, enquanto que tanto as Corretoras 
quanto as Distribuidoras e Bancos de Investimento operavam nas Bolsas de 
Mercadorias e Futuros. Entretanto, esse cenário foi modificado após a 
privatização das Bolsas Brasileiras. O Banco Central e a Comissão de Valores 
Mobiliários assinaram um convênio (transcrito abaixo) que autoriza as 
distribuidoras a operar diretamente no recinto da Bolsa de Valores. 
 
“““DDDEEECCCIIISSSÃÃÃOOO---CCCOOONNNJJJUUUNNNTTTAAA NNNººº 111777 
Autoriza as sociedades 
distribuidoras de títulos e 
valores mobiliários a operar 
diretamente nos ambientes e 
sistemas de negociação dos 
mercados organizados de bolsa 
de valores. 
A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil e o Colegiado da Comissão de 
Valores Mobiliários, com base no art. 2º, inciso XV, do Regulamento anexo à 
Resolução nº 1.120, de 4 de abril de 1986, com a redação dada pela Resolução nº 
1.653, de 26 de outubro de 1989, 
D E C I D I R A M: 
Art. 1º As sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários ficam 
autorizadas a operar diretamente nos ambientes e sistemas de negociação dos 
mercados organizados de bolsa de valores. 
Art. 2º Esta decisão-conjunta entra em vigor na data de sua publicação. 
Brasília, 2 de Março de 2009.” 
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A Lei 6.385 de 07 de Dezembro de 1976, em seu artigo 2°, define o que é 
considerado títulos e valores mobiliários, e inclui, em seu inciso I, as ações, 
debêntures e bônus de subscrição. O parágrafo primeiro do mesmo artigo 
relaciona os itens que não são considerados títulos e valores mobiliários e 
inclui, os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal. Sendo assim, 
o item está errado, pois títulos da dívida pública não são considerados títulos e 
valores mobiliários. 
 
A CVM é o órgão fiscalizador e regulamentador do mercado de capitais. Com 
isso o gabarito da questão é a letra C. 
 
Gabarito: C 
 
 
Questão 54 
 
(BNDES – Economista – Cesgranrio – 2009) – Uma classificação importante 
das instituições financeiras se baseia no seu grau de especialização nos 
segmentos do mercado financeiro. Assim, um banco comercial típico 
 
A) recebe depósitos do público e faz principalmente empréstimos de curto e de 
médio prazos. 
B) coloca títulos de empresas privadas junto ao público investidor. 
C) é considerado uma instituição monetária, por ser regulado pelo Banco 
Central. 
D) opera em todos os segmentos do mercado financeiro. 
E) não atua no mercado interbancário de empréstimo a prazo muito curto. 
 
Resolução: 
 
Os Bancos Comerciais, segundo legislação vigente, podem ser instituições 
financeiras privadas ou públicas que têm como objetivo principal proporcionar 
suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio 
prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as 
pessoas físicas e terceiros em geral. 
 
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ANALISTA DO BANCO CENTRAL – SFN 
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Os bancos comerciais captam por meio de depósitos à vista e a prazo, entre 
outros. 
 
Um fator que os diferencia dos bancos de investimento é que estes não captam 
depósito à vista mas captam depósitos a prazo. Além disso, o normativo diz 
que tanto os bancos de investimento quanto os bancos de desenvolvimento 
fazem financiamentos de médio e longo prazos. 
 
Sendo assim, o gabarito é a letra A. 
 
Gabarito: A 
 
 
 
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Bibliografia 
 
Exatamente pela dificuldade de encontrarmos livros adequados, todas as aulas 
serão tiradas dos seguintes sites: 
 
www.bcb.gov.br 
 
www.cvm.gov.br 
 
www.planalto.gov.br 
 
www.susep.gov.br 
 
www.previdencia.gov.br 
 
 
 
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GABARITO 
 
 
41- E 42- C 43- E 44- C 45- E 
46- E 47- C 48- C 49- D 50- C 
51- E 52- D 53- C 54- A 
 
 
 
Galera, 
 
Acabamos nossa aula de SFN. Espero que tenham gostado...Essas aulas não 
são nada simples nem de fazer nem de estudar.... 
 
Abraços, 
 
César Frade

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