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1 - CURSO DE REDACAO

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Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE REDAÇÃO DISCURSIVA 
PROF.MARCONDES JÚNIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado no Senado Federal em 2012 para Revisor de Textos. O Prof. Marcondes Junior é Mestre pela 
Universidade Federal de Goiás em Análise do Discurso. Ministrou aulas em cursos preparatórios em 
Brasília, São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Hoje ministra cursos, exclusivamente, no 
Curso Online Educação Avançada, além de prestar consultorias em órgãos públicos. Ministra cursos de 
Gramática contextualizada, Interpretação de textos, Redação Oficial, Redação Discursiva e Português 
Jurídico. 
 
 
 
 
 
2 
Estrutura de uma Redação NOTA MÁXIMA 
 
Para se produzir um texto dissertativo são necessárias algumas habilidades, que estão ao alcance de 
todos a serem adquiridas: 
 Conhecimento do assunto a ser abordado, a fim de aplicar precisão e certeza àquilo que está 
sendo escrito. 
 Habilidade com a língua escrita, de maneira que se possa fazer boas construções sintáticas, uso 
de palavras adequadas e relações coerentes entre os fatos, argumentos e provas. 
 Boa organização semântica do texto, ou seja, organização coerente das idéias aplicadas à 
dissertação, para que as mesmas possam facilmente ser apreendidas pelos leitores. 
 Bom embasamento das ideias sugeridas, boa fundamentação dos argumentos e provas. 
 
 
 
 
http://www.infoescola.com/redacao/texto-dissertativo/
 
 
 
 
3 
 
 
 Exemplo de Texto Seguindo o Esquema estudado! 
 
TEMA: A transitoriedade das leis atende ao permanente senso de justiça. 
 
INTRODUÇÃO 
O parágrafo de introdução deve retomar a ideia/palavra-chave da proposta temática contida no texto de 
apoio e, também, apresentar o posicionamento do redator (tópico frasal). 
 
Exemplo: 
A transitoriedade das leis é um fato incontestável em qualquer sociedade e ordenamento jurídico-
democrático. Essa mudança revela os atuais entendimentos dos tribunais, bem como a adequação dos 
direitos às obrigações. 
 
Veja que, no parágrafo de introdução, houve a retomada da ideia-chave do tema – “transitoriedade das 
leis” –, bem como o posicionamento do autor do texto – “A transitoriedade das leis é um fato incontestável 
em qualquer sociedade e ordenamento jurídico-democrático”. 
Além disso, o redator apresentou os argumentos que deverão ser fundamentados nos parágrafos de 
desenvolvimento – “entendimento dos tribunais”, “adequação dos direitos às obrigações” e “efetiva a 
prestação jurisdicional”. Ademais, o parágrafo foi dividido em dois períodos, deixando o texto mais claro e 
conciso. 
 
 
 
 
 
 
 
4 
DESENVOLVIMENTO 
Para a manutenção da coerência estrutural, a quantidade de parágrafos deve corresponder ao número 
de argumentos apresentados no parágrafo de introdução. Já que o autor apresentou três argumentos no 
início do texto, devemos separá-los em três parágrafos distintos. 
Um lembrete importante: a extensão do parágrafo é determinada pela unidade temática, já que cada 
ideia central deve corresponder a um parágrafo. 
 
Exemplos: 
 Primeiramente, no tocante aos recentes entendimentos dos tribunais, é evidente que usos e costumes 
influenciam a forma de interpretar as leis. Os magistrados interpretam a lei, aplicando-a ao caso concreto 
e proporcionando um senso de justiça aos diplomas legais. Em inovador entendimento, por exemplo, o 
Superior Tribunal de Justiça garantiu aos candidatos aprovados no quantitativo de vagas oferecidas nos 
editais, que são as leis internas dos concursos públicos, o direito líquido e certo à nomeação. 
 
Perceba algo interessante: o autor empregou um nexo textual: “Primeiramente”, situando o leitor e 
proporcionando maior coesão ao texto. Além disso, apresentou a ideia do primeiro argumento de forma 
clara e objetiva: “(...) no tocante aos recentes entendimentos dos tribunais, é evidente que usos e 
costumes influenciam a forma de interpretar as leis”. 
 
Em seguida, demonstrou uma comprovação para o que citou anteriormente: 
“(...) o Superior Tribunal de Justiça garantiu aos candidatos aprovados no quantitativo de vagas oferecidas 
nos editais, que são as leis internas dos de concursos públicos, o direito líquido e certo à nomeação”. 
 
Por sua vez, a readaptação das leis é primordial para a adequação dos direitos às obrigações. A revogação 
de certas práticas, antes consideradas crimes, como o adultério, e a criação de outras, como o assédio 
sexual, por exemplo, ratificam a necessidade de alteração. No entanto, algumas inovações legislativas não 
lograram total êxito na prática, tal como a lei que obriga a presença do “kit” de primeiros-socorros nos 
veículos. 
 
Novamente, o autor empregou um nexo textual – “Por sua vez” –, proporcionando uma ligação ao 
parágrafo anterior. Perfeito! Note, ainda, que, no terceiro parágrafo, o autor discorreu sobre a “adequação 
dos direitos às obrigações” (2º argumento apresentado na introdução). 
 
Veja que o tópico frasal é claro e objetivo: “(...) a readaptação das leis é primordial para a adequação dos 
direitos às obrigações”. No transcorrer desse parágrafo, citou exemplos para fundamentar o tópico frasal 
apresentado: “adultério”, “assédio sexual” e “presença do “kit” de primeiros-socorros nos veículos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
CONCLUSÃO 
Logo, a transitoriedade das leis é fundamentalmente necessária e incontestável, social e juridicamente. 
Para isso, é preciso combinar a melhor forma de interpretação dos dispositivos legais com as necessidades 
da sociedade. 
 
Chegamos ao último parágrafo – o da conclusão. Lembre-se de que este segmento textual deve 
refletir/retomar o que foi apresentado na introdução, ou seja, não devem ser inseridos novos argumentos 
ou novas ideias. 
Aqui, é importante chamar sua atenção: para empregar conjunções conclusivas (logo, portanto, por 
conseguinte etc.), é necessário que haja uma relação de natureza lógica (progressão temática) com os 
demais parágrafos do texto. O simples emprego do conectivo não é suficiente para relacionar o parágrafo 
da conclusão com os do desenvolvimento e o da introdução. 
Perceba que, no parágrafo apresentado acima, o autor empregou o conectivo conclusivo “Logo”. Veja, 
também, que houve a retomada da introdução “a transitoriedade das leis é fundamentalmente necessária 
e incontestável, social e juridicamente”. 
Por fim, a conclusão apresentou um posicionamento final: “(...) é preciso combinar a melhor forma de 
interpretação dos dispositivos legais com as necessidades da sociedade”, enquadrando-se na denominada 
conclusão-proposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
Agora vamos à prática de uma EXCELENTE REDAÇÃO 
Ser Vivo, gentilmente, meus fieis alunos da Turma Machado de Assis não se importaram de eu 
disponibilizar para todos a primeira proposta temática da Turma Machado de Assis. Segue bis in idem o 
mesmo material estudado pelos alunos da Turma. 
Muito obrigado aos meus queridos alunos da Turma Machado de Assis. Prof. Marcondes Júnior 
 
 
1ª PROPOSTA TEMÁTICA 
 Turma MACHADO DE ASSIS 
 
Índice 
 
Desenvolvendo Pensadores Críticos ......................................................................................................................... 7 
 Conhecendo o Cérebro .............................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Problemas de Aprendizagem .................................................................................................................................... 8 
Falta de Tempo: Como otimizar o tempo de estudo? ............................................................................................. 8 
 
 
Leitura e Produção Textual.................................................................................................................................... 77 
 
Palavras do Prof. Marcondes Júnior 
 
Ser Vivo, preparei um material Super legal. Além da Primeira Proposta Temática, 
montei um material para você ler e reler várias vezes. Para se produzir um excelente texto 
é necessário muito mais do que conhecimento, precisamos de criticidade, precisamos de 
convicção, precisamos ter confiança. Quero que você seja um candidato preparado 
completo, equilibrado. 
 
 
 
Desenvolvendo Pensadores Críticos 
 
Para se desenvolver um raciocínio lógico cognitivo na construção das ideias é necessário haver um senso 
crítico. Senso crítico significa a capacidade de questionar e analisar de forma racional e inteligente. 
Através do senso crítico, o homem aprende a buscar a verdade questionando e refletindo 
profundamente sobre cada assunto. A consciência do papel social de cada indivíduo promove a 
capacidade de pensar sobre as verdades impostas pela sociedade dominante. Dessa forma, alguém com 
senso crítico aguçado não aceita a imposição de qualquer tradição, dogma ou comportamento sem 
antes questionar. 
A capacidade de refletir sobre os assuntos está relacionada com a educação recebida por cada indivíduo. 
Existe uma ideologia dominante (conjunto de crenças, valores e opiniões) veiculada na política, religião, 
meios de comunicação ou outros grupos, que procura manipular as pessoas para que não questionem; 
para que aceitem o que lhes for imposto sem ponderar ou investigar a verdade. 
Senso comum é um conjunto de opiniões, crenças, tradições e modos de viver que se desenvolvem em 
uma sociedade e faz parte da herança cultural de cada povo. São as tradições que passam de geração 
em geração e são aceitas como verdades, sem questionamentos. 
A crítica é uma atividade do pensamento que envolve julgamentos, análises, avaliações, 
estabelecimento de relações, mediante alguns padrões. O pensamento crítico revela-se, sobretudo, na 
capacidade de efetuar “bons julgamentos”, ou seja, não basta ser capaz de emitir juízos, é preciso 
“ampliar as consequências, identificar as características da definição e mostrar a ligação entre elas. 
 
 
 
 
8 
A diferença entre um simples julgamento e o “bom julgamento” consiste no fato de este último estar 
fundamentado em critérios, ser autocorretivo e sensível ao contexto. Os critérios são, portanto, 
fundamentais para diferenciar o pensar crítico do pensar acrítico. Saber estabelecê-los ou identificá-los 
no curso de um julgamento é uma condição imprescindível para o desenvolvimento da capacidade 
crítica. Para tanto, é preciso estabelecer relações, pois estas fornecem aos julgamentos sentido e 
orientação. 
 
Problemas de Aprendizagem 
 
São três os grandes problemas que afetam a aprendizagem: 
• falta de tempo; 
• dificuldade de reter conhecimento; 
• falta de foco, concentração; 
Falta de Tempo: Como otimizar o tempo de estudo? 
Primeiramente é preciso ter organização e prioridade. Não desperdice o pouco tempo que ainda lhe 
resta antes da prova. Mas isso não significa deixar de dormir para estudar, pois aí sim será um 
desperdício, devido à queda de produtividade. O melhor é aproveitar o tempo reservado para estudo 
ao máximo, assim como o tempo que se gasta diariamente dentro do ônibus, na fila de espera do banco, 
na recepção do dentista etc. 
Para otimizar os estudos, utilize técnicas que te ajudam a aprender, assimilar e memorizar. Uma das 
mais eficientes é criar tópicos, resumos e esquemas, depois ler e entender inteiramente o assunto! São 
esses resumos que irão te acompanhar para cima e para baixo, pois a qualquer hora você pode estudá-
lo. 
E para otimizar a leitura, que é fundamental para tudo na vida, principalmente na hora de se preparar 
para os concursos públicos, a melhor forma de aproveitar é ler rápido e com eficiência! Mas não adianta 
ler rápido se você não entende. A velocidade se ganha de acordo com o tempo e o costume de ler. Mas 
infelizmente isso não se adquire de um dia para o outro. Portanto, mesmo não conseguindo ler rápido, 
leia com muita atenção, para que em apenas uma leitura você possa tirar o máximo de proveito, e se 
possível, faça um resumo ou tópicos do que foi lido. 
 
http://www.okconcursos.com.br/como-passar/dicas-para-concurso/346-como-otimizar-meu-tempo-e-estudo
http://www.okconcursos.com.br/como-passar/dicas-para-concurso/346-como-otimizar-meu-tempo-e-estudo
 
 
 
 
9 
Dificuldade de reter conhecimento 
O mundo hoje tem se tornado extremamente dinâmico. Mudanças ocorrem com mais frequência e têm 
exigido adaptações mais rápidas pelos seres humanos, nas áreas de absorção e retenção de novos 
conhecimentos. Muito embora cientes destas necessidades, temos enorme dificuldade de sair de nossa 
região de conforto. A área de projetos, devido às suas características, é dinâmica também. 
 
E o que é conhecimento? 
Conhecimento é aquilo que fica registrado na nossa memória, após a fase de esquecimento. Quando 
nos deparamos com algo novo, ainda não processado pelo cérebro, nossos bilhões de neurônios entram 
em funcionamento. Parte dessas informações é tratada e acaba por gerar novos conhecimentos. Outra 
parte é perdida de imediato. O problema reside no fato de que parte deste conhecimento é guardada 
em uma espécie de memória virtual, passageira. O nosso foco é desenvolver uma metodologia de 
treinamento para que as pessoas processem as informações novas recebidas e registrem em sua 
memória duradoura. 
Pirâmide do Conhecimento 
“Há aproximadamente 2500 anos, o filósofo Chinês Confúcio dizia: “O que eu ouço, esqueço; O que eu 
vejo, eu me lembro; O que eu faço, compreendo”. 
A pirâmide abaixo mostra diversas formas de aplicação de treinamentos e o nível de informações 
alcançadas em cada método. Observando a pirâmide, a grande retenção do conhecimento é conseguida 
em discussões em grupos, pela prática e pelo ensinamento aos outros. 
 
 
 
 
 
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Falta de Foco, Concentração 
A concentração é vital sempre que uma tarefa – seja física ou mental – exige esforço da sua parte. 
Atenção e concentração estão estritamente ligadas. Para definir concentração, poderíamos dizer que é 
a forma mais intensa de atenção. É necessário prestar atenção para atingir uma verdadeira 
concentração. Portanto, a atenção sempre precede a concentração. Por outro lado, é possível prestar 
atenção a uma informação sem necessariamente concentrar-se nela a ponto de se desligar de todo o 
resto. Assim, você pode escutar atentamente uma conversa, por exemplo, e estar ciente do que está se 
passando à sua volta. Ao estudar uma matéria, um aluno precisa prestar atenção ao que está lendo, 
mas também precisa se concentrar para guardar todas as informações por um longo período. Já os 
atletas profissionais são capazes de se concentrar tão intensamente no que estão fazendo que atingem 
um estado de distanciamento de tudo que os cerca, de toda e qualquer distração auditiva, visual ou 
tátil. A amplitude da concentração, assim como a atenção, varia de pessoa para pessoa. Depende das 
condições biológicas, da hora do dia, do seu bem-estar físico e mental, do que está acontecendo na sua 
vida e, sobretudo, de quanto você está interessado em concluir a tarefa ou o projeto. Além disso, é 
preciso levar em conta o papel desempenhado pelos seus hábitos de concentração. Algumas pessoas 
estão acostumadas a se concentrar por longos períodos num ambiente barulhento, ao passo que outras 
precisam de paz e silêncio. Mas você pode mudar seus hábitos e aprender a se concentrar em 
praticamente qualquer situação. Como melhorar sua concentração Apesar dessas variações, todos 
podem melhorar a capacidade de concentração gastando um pouco mais de tempo em cada tarefa. 
Esse tipo de exercício muito específico é mais gratificante, evidentemente, quando a atividade é 
prazerosa. Não se esqueça de que, se você não tiver interesse nem motivação, o fracasso nunca estarámuito longe. Quando a tarefa em si é maçante, você precisa encontrar algum tipo de motivação positiva 
ou mesmo prometer-se alguma recompensa, a fim de se incentivar a concentrar-se na tarefa à sua 
frente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
1 
 
 
 
Texto 1 
A corrupção: como defini-la? 
O que é corrupção e qual a sua abrangência? Onde se situa a fronteira entre a corrupção e a cortesia? 
A partir de que momento pode-se dizer que há um corruptor e um corrompido? A corrupção na 
administração pública é um fenômeno isolado ou vinculado socialmente? A sociedade é a que corrompe 
o indivíduo e este nada mais faz do que se curvar a um determinismo social? Ou é este o que decide na 
sua autonomia volitiva praticar ou não um ato corrupto? Dependendo do enfoque conceitual dependerá 
a resposta a essas questões e por consequência o tratamento que será dado ao fenômeno. 
[...] Para os operadores do direito, a corrupção é uma prática sancionada pelo Código Penal ou por leis 
extravagantes. Assim, em função das necessidades e da evolução da sociedade, novos fatos típicos 
podem ser incluídos como crimes e determinadas práticas podem não ser mais toleradas, como, por 
exemplo, a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em relação ao nepotismo. Por imposição da 
técnica jurídica, esta definição tende a ser simples, clara e sem ambiguidades, mas por outro lado é 
parcial, já que se limita muitas vezes à estrita formulação legal, relacionando apenas determinados 
casos de corrupção e determinando as respectivas sanções. Agora, é impossível a lei acompanhar com 
a mesma velocidade a mudança da sociedade. [...] Outro aspecto problemático é a presença 
permanente dos grupos de pressão mais influentes no processo de elaboração legislativa. Ora, se a lei 
é o reflexo do maior poder de barganha ou de pressão de alguns grupos, isso quer dizer que esta não 
reflete os interesses da maioria, nem menos ainda o interesse público. 
[...] Entretanto, o mais inquietante em relação ao enfoque jurídico da corrupção é que não consegue 
chegar ao cerne do problema, porque considera somente os casos mais grosseiros, por exemplo, os 
casos de enriquecimento ilícito de certas autoridades e as malversações de fundos onde as 
contrapartidas são claramente definidas. Entretanto, a corrupção é um fenômeno de intercâmbio 
insidioso e difuso, muitas vezes invisível porque profundamente enraizado nas relações sociais. Por isso 
é percebido cada vez mais como uma conduta banal. 
Na tradição da ciência política, a corrupção é entendida como um comportamento ilegal por parte de 
um indivíduo que desempenha um papel na estrutura estatal. Outros entendem que a corrupção está 
ligada a uma fraca presença da noção de interesse público no sistema e nas instituições políticas. 
O enfoque sociológico predominante define a corrupção como um fato social, procurando conhecer 
seus meandros e entender a sua evolução. Os enfoques éticos, grosso modo, entendem a corrupção 
como um desvio de conduta em relação à norma ética do serviço público ou do bem público. 
Segue-se de tudo isso que, para dar conta da complexidade do fenômeno, o enfoque metodológico deve 
considerar elementos subjetivos, relacionais, normativos e socioinstitucionais, em outras palavras, 
éticos, políticos, jurídicos e sociológicos, numa perspectiva interdisciplinar, uma vez que a corrupção é 
um fenômeno complexo, que extrapola os limites de uma só disciplina, sob pena de termos uma visão 
apenas parcial, induzindo a erro a montante e/ou a jusante. 
Assim, propomos a seguinte definição: a corrupção é a livre adesão a condutas que violem normas éticas 
e/ou jurídicas, visando um benefício indevido para si ou para outrem. 
1ª Produção Textual da Turma MACHADO DE ASSIS 
Leia atentamente a coletânea de textos a seguir . 
 
 
 
 
1
2 
 
Quanto à corrupção na administração pública: é a livre adesão do servidor público ou do particular que 
se relaciona com a administração pública a condutas que violam as normas éticas e/ou jurídicas e/ou os 
princípios da administração pública, visando um benefício indevido para si ou para outrem. 
 
Analisando os elementos desse conceito temos: 
É a livre adesão... Note-se que se trata de um fenômeno que implica a liberdade moral do indivíduo, 
que na sua autonomia da vontade pode aderir, realizar, optar, agir, enfim praticar determinadas 
condutas omissivas ou comissivas de forma direta ou indireta, através de uma interposta pessoa. Não 
há corrupção se a pessoa sofre coação física ou psicológica para praticar as condutas em questão. 
[...] do servidor público ou do particular a condutas... A corrupção pode concernir a qualquer pessoa 
que usufrua de uma posição na administração pública de maneira permanente ou eventual ou mesmo 
a um particular que tem negócios com a administração; que violam as normas éticas, jurídicas e/ou os 
princípios da administração pública... Essas condutas não somente infringem a lei, mas também violam 
as normas éticas e os princípios da administração pública, lato sensu. Desde o flagrante abuso de poder 
até uma subtil irregularidade administrativa, passando por uma conduta quase imprópria, existe toda 
uma gama de comportamentos que, atendendo ao caso concreto, deve ser avaliada pelo juiz, pelo 
membro de uma comissão de sindicância, pelo membro de uma Comissão Parlamentar de Inquérito ou 
pelo membro de uma comissão de ética, tendo em vista os bens, valores e princípios atingidos pelas 
indigitadas condutas; visando um benefício indevido para si ou para outrem. As condutas referidas não 
são fortuitas, elas se ordenam racionalmente objetivando um benefício ilegal, uma vantagem 
desonesta, um ganho desbriado, irregular, imoral, impróprio ou viciado, diretamente para o agente ou 
para um terceiro, amigo, parente, companheiro de partido, colega, cliente, etc. Esse benefício pode ser 
material ou imaterial, presente ou futuro. 
Fonte: <http://www.unesp.br/aci_ses/jornalunesp/acervo/262/a-corrupcao-como-defini-la>. 
 
 
 
Texto 2 
Escândalo no futebol: Ricardo Teixeira, o homem-bomba que a Globo não quer ver indiciado 
 
 Anos 2000. A International Sport and Leisure (ISL) corre o risco de falir. A empresa havia sido criada por 
Horst Dassler, o magnata alemão herdeiro da Adidas. Foi o homem que ajudou a inventar o marketing 
esportivo: assumir um evento, empacotar comercialmente e vender a emissoras de televisão, já com os 
patrocinadores definidos. 
Hoje sabemos que a ISL dominou o mercado à custa de dezenas de milhões de dólares em propinas. O 
homem da mala de Dassler era Jean Marie Weber. O encarregado de molhar a mão da cartolagem e 
garantir os direitos de TV e de marketing que eram das federações. 
Foi o esquema da ISL que enriqueceu João Havelange e Ricardo Teixeira. Na casa dos milhões e milhões 
de dólares. Mostramos no Brasil — modéstia à parte, pela primeira vez — a relação entre as datas de 
pagamento das propinas e o enriquecimento de Teixeira. Está tudo em O Lado Sujo do Futebol. 
 
 
 
 
 
1
3 
 
Voltemos à ISL. Fustigada por concorrentes, deu passo maior que as pernas, sem contar a drenagem do 
dinheiro que destinava à corrupção. No desespero, fez um pedido à Globo Overseas, dos irmãos 
Marinho. Queria um empréstimo. A Globo concordou em fazer um adiantamento de uma parcela 
devida, relativa a direitos de TV da Copa do Mundo, com 13% de desconto. Assim foi feito. 
Mas, a FIFA chiou, já que não recebeu da ISL o repasse que lhe era devido. Foi à Justiça. O caso resultou 
numa ação contra seis executivos da ISL, inclusive o homem da mala. A Globo foi ouvida no caso. No dia 
26 de agosto de 2001, o todo-poderoso do futebol global, Marcelo Campos Pinto, deu depoimento. 
Não era objeto daquele caso investigar a Globo. Como não é agora, com os cartolas presos em Zurique. 
Mas aquele primeiro caso colocou a bola para rolar. Foi resultante dele a investigaçãosubsequente, do 
promotor Thomas Hildbrand, que acabou com um acordo envolvendo Teixeira e Havelange. Eles 
devolveram parte do dinheiro recebido como propina e ficou por isso mesmo. Não admitiram culpa, 
mas o meticuloso trabalho de Hildbrand seguiu o dinheiro e constatou sem sombra de dúvidas o 
propinoduto na casa das dezenas de milhões de dólares. 
O que há em comum entre o caso suíço e o de agora, nos Estados Unidos? A escolha arbitrária, pela 
cartolagem, de intermediários que facilitam o enriquecimento pessoal. Por que a FIFA não vendeu os 
direitos diretamente às emissoras de TV? Por que a CBF não vendeu os direitos da Copa do Brasil 
diretamente às emissoras de TV? Porque os intermediários levam a bolada de onde sai a propina. 
Foi assim com a ISL, foi assim com a Traffic de J. Háwilla. Exemplo? Contrato da Nike com a CBF. De 
acordo com a promotoria dos Estados Unidos, Háwilla recebeu pelo menos U$ 30 milhões da Nike na 
Suiça, dos quais repassou 50% a Ricardo Teixeira. Só aí são, em valores de hoje, por baixo, R$ 45 milhões 
de reais para o cartola! Considerando o valor total do contrato, dá uma taxa de cerca de 20% de propina. 
Como sabemos que Teixeira está sendo investigado pelo FBI? Porque na página 74 do indiciamento feito 
nos Estados Unidos é mencionado que, no dia 11 de julho de 1996, houve a assinatura do contrato entre 
a Nike e a CBF em Nova York. Quem assinou em nome da CBF foi o co-conspirador de número 11. Como 
quem assinou em nome da CBF foi Ricardo Teixeira, ele é o co-conspirador número 11 (num documento 
paralelo, a plea bargain de J. Háwilla, Teixeira é o co-conspirador número 13). 
Também é possível identificar J. Háwilla, neste documento, como o co-conspirador número 2. Foi ele 
quem, em abril de 2014, teve uma conversa um tanto bizarra com José Maria Marin na Flórida. Marin 
tinha ido a Miami tratar da Copa América Centenário, que será disputada em 2016 nos Estados Unidos. 
Mas falou com Háwilla sobre pagamentos devidos a ele e ao co-conspirador número 12 
(presumivelmente Marco Polo Del Nero, o atual presidente da CBF) no esquema da Copa do Brasil. 
Háwilla provavelmente usava uma escuta ambiental, já que o diálogo é transcrito ipsis literis pelos 
promotores (ver a seguir). 
 
 
 
 
 
1
4 
 
 
 
Em resumo, Háwilla perguntou se deveria continuar pagando propina ao antecessor de José Maria 
Marin, Ricardo Teixeira, no esquema da Copa do Brasil. Marin respondeu mais ou menos assim: “Tá na 
hora de vir para nós. Verdade ou não?”. 
Háwilla: “Certo, certo, certo, o dinheiro tinha de ser dado a você”. Marin: “É isso, certo”. 
Disso podemos tirar duas conclusões: 
— Tudo indica que o FBI usou escutas ambientais em mais de um dos quatro acusados que fizeram 
confissão de culpa. Em Chuck Blazer, conhecido como Mr. 10%, o fez com certeza. Como nos Estados 
Unidos, diferentemente do Brasil, não há vazamentos seletivos para a imprensa, só saberemos 
exatamente quando e se as gravações forem mostradas no julgamento. 
— Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero estão sob investigação da polícia federal dos Estados Unidos. 
Uma autoridade norte-americana disse ao New York Times que deverá acontecer uma segunda rodada 
de indiciamentos. O mais provável é que a promotoria aguarde a extradição dos presos em Zurique para 
tentar obter a colaboração de mais algum deles. 
Marin está com 83 anos de idade. Vai passar o resto da vida na cadeia ou fazer acordo com os 
promotores? O foco parece ser, acima de tudo, a FIFA e sua cartolagem graúda, ainda em atividade. São 
aqueles que conhecem com intimidade os bastidores e as negociatas do futebol, tanto quanto ou mais 
 
 
 
 
1
5 
 
que J. Háwilla. Gente que pode denunciar esquemas, identificar negócios ilícitos, enfim, colaborar com 
a promotoria em troca de leniência. 
Neste sentido, pela longevidade no poder, Ricardo Teixeira tem muito a contar. Tanto quanto o FBI, ele 
parece gostar de gravações. 
Narramos em nosso livro um episódio intrigrante, sobre o dia em que a blindagem de Teixeira no 
noticiário da TV Globo foi brevemente rompida: 
Isso durou até 13 de agosto, um sábado. Nesse dia, 12 policiais civis de Brasília cumpriram mandado de 
busca e apreensão no apartamento de Vanessa Almeida Precht, no Leblon, no Rio de Janeiro. O 
endereço era a sede da Ailanto, a empresa de Vanessa e Sandro Rosell acusada de desviar dinheiro do 
amistoso entre Brasil e Portugal. Diante de novas denúncias, a polícia obteve na Justiça autorização para 
vasculhar a empresa em busca de documentos e computadores. A busca foi noticiada no “Jornal 
Nacional”. 
Teixeira enfureceu-se. Na quinta-feira subsequente, veio a vingança. O colunista Ricardo Feltrin publicou 
uma suposta ameaça de Teixeira ao diretor da Globo Esportes, Marcelo Campos Pinto. Segundo Feltrin, 
o dirigente estava disposto a revelar gravações, em seu poder, que mostrariam a forma como a Globo 
manipulou horário de partidas de clubes e da seleção. E mais: outras gravações evidenciariam a 
prepotência da cúpula da Globo Esportes e o desprezo por concorrentes. A pessoas próximas, Teixeira 
teria dito estar perplexo com “a cacetada da Globo” e se sentindo traído. Sua maior revolta se devia ao 
fato de, poucos meses antes, ter ajudado a Globo a manter os direitos de transmissão do futebol. 
 O recado de Teixeira, via imprensa, inibiu a Globo de avançar no noticiário. Mas o cartola percebeu que 
alguma coisa estava fora da ordem. Mesmo a contragosto, a Globo havia noticiado alguma coisa contra 
ele. Era o sinal mais claro de que a informação no Brasil não tinha mais dono. 
 Um fenômeno causado tanto pela disseminação do acesso à internet quanto pela redução relativa do 
alcance de veículos tradicionais. Em 1989, por exemplo, quando o cartola tomou posse na CBF, a média 
de audiência do Jornal Nacional era de 59 pontos. Em 2013, foi de 26. Ou seja, quase 6 em cada 10 
telespectadores do Jornal Nacional mudaram de canal. E grande parte deles estava se informando sobre 
as denúncias contra Teixeira. Agora, o ex-presidente da CBF perdeu seu refúgio na Flórida. Ele não 
obteve a cidadania definitiva que buscava no refúgio fiscal de Andorra, onde ficaria livre de extradição. 
Como definiu meu colega Leandro Cipoloni, Teixeira se parece com aquele rei que, no xadrez, anda de 
lado uma casa por vez, para escapar do xeque-mate que fatalmente virá. 
Se for indiciado nos Estados Unidos e, consequentemente, acossado por autoridades brasileiras, vai 
respeitar a lei do silêncio? 
Fonte: <http://www.viomundo.com.br/denuncias/escandalo-no-futebol-ricardo-teixeira-o-homem-bomba-que-a-globo- 
nao-quer-ver-indiciado.html>. 
 
Texto 3 
Corrupção: uma questão cultural ou falta de controle? 
 
Suborno, propina, carteirada, “rouba, mas faz”. Casos como Mensalão e Operação Lava Jato 
estampando manchetes de jornal. Quem já não escutou alguém dizer que no Brasil a corrupção é algo 
natural? Muito se fala que ela faz parte de quem somos. No entanto, a corrupção é fenômeno inerente 
a qualquer forma de governo, seja democrático ou despótico, em países ricos ou em desenvolvimento. 
Então o que nos faz acreditar que a prática é uma característica brasileira, parte do modo de viver que 
http://www.viomundo.com.br/denuncias/escandalo-no-futebol-ricardo-teixeira-o-homem-bomba-que-a-globo-
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nós chamamos de “jeitinho brasileiro”? Bem, primeiro vamos entender o que é corrupção. A palavra 
corrupção vem do latim corruptus, que significa quebrado em pedaços. Na república romana, ela se 
referia à corrupção de costumes. No mundo contemporâneo, sua prática pode ser definida como 
utilização do poder, cargo público ou autoridade – também chamada de tráfico de influência – para 
obter vantagens e fazer uso do dinheiro público ilegalmente em benefício próprio ou de pessoas 
próximas. 
 
Direto ao ponto: ficha-resumo 
Engana-se quem acha que a prática ganha essa nomenclatura apenas quando falamos de grandes 
corporações ou órgãos públicos. A corrupção privada está presente em atitudes do nosso dia a dia, como 
desviar dinheiro do condomínio, burlar um imposto, pagar um valor extra para ter um serviço feito antes 
do tempo legal, subornar um guarda de trânsito para evitar uma multa ou pagar por um lugar melhor 
na fila do restaurante. 
No último ranking da corrupção, organizado pela Transparência Internacional e divulgado em dezembro 
de 2014, o Brasil aparece na 69ª posição entre 175 países. O ranking mede o índice de percepção da 
corrupção. Para calcular a nota que define a posição, e vai de 100 (menos corrupto) a zero (mais 
corrupto), a ONG pergunta a entidades da sociedade civil, agências de risco, empresários e investidores 
qual é a percepção sobre a transparência do poder público. 
O Brasil aparece atrás de países como Uruguai e Chile (ambos no 21º lugar), Botsuana (31º) e Cabo 
Verde (42º). 
A Dinamarca manteve o primeiro lugar no ranking com nota 92, seguida da Nova Zelândia (91); Finlândia 
(89), Suécia (87) e Noruega (86). Na outra ponta da tabela, Somália e Coreia do Norte aparecem em 
último, com oito pontos. 
O que faz da Dinamarca um país menos corrupto? No documento, o país é citado como uma nação que 
tem um forte Estado de Direito, apoio à sociedade civil e regras claras de conduta para as pessoas que 
ocupam cargos públicos. O relatório menciona o exemplo dado pelo país de criar um registro público 
com informações sobre os proprietários de todas as companhias dinamarquesas, iniciativa criada pela 
ONG norte-americana Global Financial Integrity para o combate à lavagem de dinheiro, à sonegação de 
impostos e à corrupção. Até agora, apenas Reino Unido e Dinamarca aderiram à campanha. 
O ambiente social do país também colabora. O professor dinamarquês Gert Tingaard Svendsen, 
especialista em corrupção, publicou este ano o livro Trust, onde mostra como na Dinamarca a confiança 
social é alta. Segundo ele, quando as pessoas confiam umas nas outras e nas instituições, há maior 
cooperação, a burocracia é menor e os investimentos em segurança são reduzidos. 
O professor fez uma pesquisa em 2005, em 86 países, perguntando às pessoas se elas confiavam nas 
outras. Na Dinamarca, 78% (três em cada quatro pessoas) disseram que sim. O Brasil aparece no final 
da lista: apenas 10% dos entrevistados (uma em cada 20 pessoas) disseram que confiam nas outras. 
Além dos baixos índices de corrupção, Dinamarca, Finlândia, Noruega, Suécia têm outra coisa em 
comum: investem alto em educação. Um levantamento feito pela Folha, no final de 2013, apontou que 
existe sim uma relação entre corrupção e educação. 
O estudo cruzou dados do Índice de Percepção da Corrupção e do Pisa, exame internacional que avalia 
estudantes de 15 e 16 anos em matemática, leitura e ciências. Os dados mostraram que os países menos 
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm#Direto ao ponto
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm#Direto ao ponto
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http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/12/1391533-paises-com-melhor-educacao-tendem-a-ser-menos-corruptos.shtml
http://www1.folha.uol.com.br/educacao/2013/12/1391533-paises-com-melhor-educacao-tendem-a-ser-menos-corruptos.shtml
 
 
 
 
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corruptos estão no topo da lista. O Brasil ficou em 58º na avaliação do Pisa e, em 2013, ocupava o 72º 
lugar no ranking de corrupção. 
 
Brasil e a corrupção na política 
No Brasil, boa parte da percepção de que somos um país corrupto se deve aos sucessivos escândalos 
políticos de desvios de dinheiro público e à impunidade dos envolvidos na maioria dos casos. Daí surge 
outra “máxima” do senso comum: a de que “o poder corrompe”. 
A frequência de denúncias e a falta de punições criou uma imagem de que a política aqui é, 
necessariamente, corrupta. Para estudiosos, essa noção é equivocada e contribui para que a corrupção 
seja aceita de forma quase natural, ou seja, se você foi eleito para um cargo público, já se espera que 
você não seja honesto. 
Entre as práticas de corrupção mais comuns na política estão o nepotismo (quando o governante elege 
algum parente para ocupar um cargo público), clientelismo (compra de votos), peculato (desvio de 
dinheiro ou bens públicos para uso próprio), caixa dois (acúmulo de recursos financeiros não 
contabilizados), tráfico de influência, uso de "laranjas" (empresas ou pessoas que servem de fachada 
para negócios e atividades ilegais), fraudes em obras e licitações, venda de sentenças, improbidade 
administrativa e enriquecimento ilícito. 
Para muitos, a corrupção é um fator moral e cultural. Como descreveu o antropólogo Sérgio Buarque 
Holanda no livro Raízes do Brasil (1936), o brasileiro (segundo ele, um indivíduo cordial, que pensa com 
a emoção) teria desenvolvido uma histórica propensão à informalidade, o que se refletiria nas suas 
relações com outros indivíduos, instituições, leis e a política. 
Esse comportamento explicaria a origem, mais tarde, do “jeitinho brasileiro”. Nessa predisposição à 
informalidade, entre o que pode e o que não pode por meios legais, a malandragem, o "jeitinho" e frases 
como "você sabe com quem está falando?", como cita Roberto Da Matta, surgem como formas de se 
obter vantagens e burlar regras seja no âmbito do poder os nas nossas relações do dia a dia. 
Mudar esse comportamento só seria possível com mecanismos de controlee de fiscalização que coíbam 
ou reduzam as condições para práticas corruptas. Como pontua Claudio Abramo, diretor executivo da 
Transparência Brasil, no texto Corrupção, ética e moral, hoje a corrupção não é apenas uma questão 
moral, mas entender o cenário que permite que ela seja tão frequente é fundamental. 
“Não é o homem que molda o ambiente, mas o ambiente que molda o homem. São as condições 
materiais que regulam as interações entre as pessoas que determinam a maior ou menor propensão de 
elas se meterem em tramoias desonestas. Conforme essa perspectiva interessa pouquíssimo se um 
indivíduo é honesto ou desonesto. O que importa é que, se o sujeito for desonesto, as condições em 
que ele age deixem-lhe pouca margem para que aja desonestamente”, pontua Abramo. 
 
Controle e fiscalização 
No Brasil, os órgãos fiscalizadores começaram a surgir principalmente depois da Constituição de 1988. 
Hoje, o Estado possui diversas instituições de controle e fiscalização da atividade governamental, como 
o TCU (Tribunal de Contas da União), os Tribunais de Contas dos Estados e de vários Municípios, e a CGU 
(Controladoria Geral da União), criada em 2003. 
 
 
 
 
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 O TCU, por exemplo, tem a função de controlar os gastos públicos. Os governantes têm de prestar 
contas ao órgão sobre suas decisões de gastos. O Ministério Público também recebe denúncias e ajuíza 
ações penais e civis por improbidade administrativa por meio dos procuradores da República. 
Outra ferramenta é a Lei 12.846/2013, conhecida como lei anticorrupção. De caráter não penal, institui 
e regula a responsabilidade objetiva e civil de empresas pela prática de atos de corrupção contra a 
administração pública nacional ou estrangeira. Já a Lei da Ficha Limpa, que entrou em vigor em 2010, 
impede a candidatura em eleições de políticos com condenações por órgãos colegiados, um passo 
importante para a ética na política. A Lei de Acesso à Informação Pública (Lei nº 12.527/2011), que 
determina que qualquer cidadão tem o direito de examinar documentos produzidos ou custodiados 
pelo Estado, desde que não estejam protegidos por sigilo ou se referirem a informações de caráter 
pessoal, também serve para acompanhar os gastos dos governos. 
Mas, além da lei, ainda temos que desenvolver o hábito de investigar e acompanhar as atividades dos 
ocupantes de cargos públicos com ajuda desses mecanismos. Na Suécia, por exemplo, a lei de acesso à 
informação existe há 200 anos, já sendo parte da rotina dos cidadãos, quem veem na lei uma aliada no 
combate à corrupção. 
E mesmo com esses diversos mecanismos, são muitos os casos em que as brechas na Justiça e legislação 
permitem que políticos e empresas envolvidos em escândalos não sejam punidos ou cumpram curto 
período na prisão, recebam benefícios em troca de informações e não sejam banidos da vida pública. 
Daí surge outra famosa expressão: “o Brasil é o país da impunidade”. 
Embora muito se fale que hoje a corrupção no Brasil é mais denunciada do que antigamente, sem a 
correta punição dos envolvidos é como se de nada adiantasse tomar conhecimento das ilegalidades. Se 
hoje denunciamos mais, talvez seja hora de avançar para tempos onde também se puna mais. 
 
Direto ao Ponto 
Suborno, propina, carteirada, “rouba, mas faz” e o “jeitinho brasileiro”. Quem já não escutou alguém 
dizer que no Brasil a corrupção é algo natural? Muito se fala que ela faz parte de quem somos. No 
entanto, a corrupção é fenômeno inerente a qualquer forma de governo, seja democrático ou 
despótico, em países ricos ou em desenvolvimento. 
No último ranking da corrupção, organizado pela Transparência Internacional e divulgado em dezembro 
de 2014, o Brasil aparece na 69ª posição entre 175 países. O ranking mede o índice de percepção da 
corrupção. 
A corrupção envolve fatores morais, ausência de medidas punitivas ou do cumprimento delas e, no caso 
do Brasil, de certa forma trata-se de uma questão cultural. Como descreveu o antropólogo Sérgio 
Buarque Holanda no livro Raízes do Brasil (1936), o brasileiro teria desenvolvido uma histórica 
propensão à informalidade, o que se refletiria nas suas relações com outros indivíduos, instituições, leis 
e a política. 
Hoje, para acompanhar mais de perto os gastos na administração pública, o Estado possui diversas 
instituições de controle e fiscalização da atividade governamental. No entanto, no Brasil ainda 
denunciamos mais do que punimos os envolvidos em escândalos de corrupção. 
Fonte: <http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-
controle.htm>. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-uma-questao-cultural-ou-falta-de-controle.htm
 
 
 
 
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Texto 4 Corrupção: Impunidade é a principal causa da prática ilegal 
 
Quem acompanha o noticiário político do Brasil atual pode pensar que nunca na história houve tanta 
corrupção e que o problema é típico deste país, senão exclusivo. Não é o caso, como se pode demonstrar 
a partir de relatórios internacionais sobreo assunto. Também não é verdade que todo político seja 
corrupto: há exceções. 
É muito importante tomar cuidado com as generalizações apressadas, pois elas impedem que se 
conheça uma questão a fundo. Conhecer é sempre o primeiro passo para a solução de um problema. 
Portanto, para começar uma reflexão sobre o tema, vale a pena estabelecer o significado preciso do 
termo corrupção. Para isso, pode-se recorrer ao primoroso "Dicionário de Política", dos italianos 
Norberto Bobbio, Nicola Matteuci e Gianfranco Pasquino, três grandes juristas e filósofos. Em seu 
verbete sobre corrupção, está escrito: "Fenômeno pelo qual um funcionário público é levado a agir de 
modo diverso dos padrões normativos do sistema, favorecendo interesses particulares em troco de 
recompensa. Corrupto é, portanto, o comportamento ilegal de quem desempenha um papel na 
estrutura estatal". 
 
Ilegal, mais do que imoral 
Antes de prosseguir, alguns esclarecimentos: na categoria "funcionário público" incluem-se os políticos, 
magistrados e governantes. Em segundo lugar, vale dar destaque à expressão "estrutura estatal": não 
se está falando da sociedade civil, de empresas privadas, mas da máquina do governo. Finalmente, é 
importante não perder de vista o caráter "ilegal" da corrupção. 
Tratam-se de atos que contrariam a lei e que se incluem na esfera criminal, independentemente da 
questão moral. Isso talvez explique o fato de que toda aquela retórica sobre ética na política nunca 
tenha dado resultados no Brasil, revelando-se um discurso vazio e oportunista, destinado a angariar 
votos e desviar a atenção da opinião pública. 
Pois bem, se corrupção é crime, convém lembrar que as práticas criminosas podem ser tipificadas. Em 
outras palavras, existem categorias de atos corruptos, das quais as mais comuns são: 
a) Suborno ou propina, ou seja, a compra de favores de um funcionário público. É o caso de uma 
cervejinha paga ao guarda para se livrar de uma multa de trânsito, mas pode se manifestar de maneiras 
mais graves e sutis, como o oferecimento de presentes valiosos para criar uma relação de 
companheirismo com autoridades. Assim, no momento necessário, pode-se abordar o presenteado, 
solicitando qualquer tipo de favor. b) Nepotismo: concessão de empregos ou contratos públicos 
baseada não em mérito, mas em relações de parentesco. Trata-se de uma prática generalizada - 
historicamente - no Brasil. Por sinal, vale a pena observar: segundo pesquisa do Ibope em 2006, ela está 
de tal modo arraigada em nossa cultura, que 69% da população chega a considerá-la "natural" e positiva, 
pela percepção de que é um dever ajudar os familiares. 
c) Peculato, isto é, desvio ou apropriação de recursos públicos. O exemplo clássico, neste caso, pode ser 
o do superfaturamento em compras ou obras estatais. O dinheiro excedente vai beneficiar os servidores 
envolvidos no processo, garantindo-lhes o enriquecimento ou a manutenção no poder, por meio do 
financiamento de suas campanhas eleitorais. 
Um exercício proveitoso para o leitor seria encontrar exemplos dos três delitos seja no município ou no 
Estado onde mora, seja no âmbito nacional. Caso você se entregue a essa tarefa, não vai demorar a 
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u614.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u614.jhtm
http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u614.jhtm
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/etica-a-area-da-filosofia-que-estuda-o-comportamento-humano.htm
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/etica-a-area-da-filosofia-que-estuda-o-comportamento-humano.htm
http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/etica-a-area-da-filosofia-que-estuda-o-comportamento-humano.htm
 
 
 
 
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perceber que existem duas pontas na prática da corrupção. Elas se evidenciam mais claramente no caso 
da propina, onde é evidente a existência de uma transação ou troca entre quem corrompe (o corruptor) 
e quem se deixa corromper (o corrupto). 
 
Os corruptos e os corruptores 
Na história recente do país, a corrupção tem sido frequentemente flagrada e exposta pelas autoridades 
policiais nos três poderes e alguns corruptos têm ido parar na cadeia, mas o mesmo não ocorre com os 
corruptores que, na maioria das vezes, conseguem se manter no anonimato. 
Quer um exemplo? Tornou-se mais do que conhecido o nome do juiz Nicolau dos Santos Neto – o Lalau 
– que se beneficiou do superfaturamento nas obras do Tribunal Regional do Trabalho, em São Paulo. 
No entanto, alguém saberia dizer de imediato de quem era o dinheiro que ele adquiriu com a falcatrua? 
 
Sem punição 
Mais do que anônimos, os corruptores conseguem quase sempre escapar impunes. Aliás, a impunidade, 
com certeza, é uma das causas mais diretas da corrupção. Ter como certo que as possibilidades de 
responder pelo ato praticado são pequenas é quase um convite ao crime. 
As causas da impunidade são muitas e complexas: entre elas, podem-se citar a morosidade da Justiça e 
a legislação inadequada ou complacente com este tipo de crime. Sem falar na própria corrupção, pois 
não são raros os casos em que um réu consegue comprar uma sentença que o beneficia e o transforma 
em inocente. Além disso, não se pode esquecer o corporativismo, isto é, o fato de uma categoria 
profissional proteger os membros dessa mesma categoria, caso eles sejam flagrados na prática de um 
crime. Em 1994, no escândalo conhecido como o dos anões do Orçamento, de 17 deputados acusados 
de corrupção, sete foram inocentados pela Câmara. 
Contudo, no que se refere à corrupção política, o corporativismo tem tido sua atuação atenuada, na 
medida em que surgiram organizações não governamentais que fazem denúncias e acompanham 
processos, como a Transparência Internacional e a Transparência Brasil. 
Fonte: < http://www.folhapolitica.org/2013/10/corrupcao-impunidade-e-principal-causa.html>. 
 
Texto 5 
Corrupção no Brasil: crime hediondo muda alguma coisa? 
 
Em resposta à revolta popular contra a corrupção na política, o Senado aprovou em junho o projeto que 
torna a prática um crime hediondo. Mas será que essa mudança servirá para coibir um dos principais 
males da democracia brasileira? 
 
Direto ao ponto: Ficha-resumo 
O projeto de lei tramitava no Legislativo desde 2011. As manifestações que se disseminaram pelo país, 
contudo, fizeram com que os senadores o colocassem em pauta e o aprovassem em regime de urgência. 
A proposta tornou hediondos os crimes de corrupção ativa, passiva, concussão (extorsão praticada por 
servidores públicos), peculato (corrupção cometida por servidores públicos) e excesso de exação 
(cobrança indevida de tributos), que passam a ser considerados gravíssimos pela legislação penal. 
http://www.transparency.org/
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http://www.transparencia.org.br/index.html
http://www.transparencia.org.br/index.html
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http://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/corrupcao-no-brasil-crime-hediondo--muda-alguma-coisa.htm#Direto ao ponto
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Agora, os acusados perdem direitos à anistia, indulto e pagamento de fiança ao serem presos. Ficará 
ainda mais difícil para os condenados obterem benefícios como liberdade condicional e a progressão de 
pena. 
A punição também ficou mais rigorosa. Sentenciados por corrupção ativa, passiva e peculato receberão 
condenações de 4 a 12 anos de reclusão, além do pagamento de multa, enquanto concussão e excesso 
de exaçãotêm penas previstas de 4 a 8 anos, mais multa. 
Antes, a legislação estabelecia punições de 2 a 12 anos de prisão, ou seja, a alteração mais significativa 
foi o aumento da pena mínima de 2 para 4 anos. 
Como resultado, os réus terão dificuldade para conseguir abrandar as sentenças, como era comum 
nesses crimes, substituindo as prisões por pagamentos de cestas básicas ou prestação de serviços à 
comunidade. 
 
 
Oportunismo 
Críticos do projeto, porém, alegam que ele terá poucos efeitos práticos, sendo mais um ato de 
oportunismo político. O motivo é que a lei dos crimes hediondos, de 1990, sofreu alterações ao longo 
das últimas duas décadas que a tornaram mais amena. 
Na época, a lei foi criada para responder com mais rigor às quadrilhas de sequestradores que atuavam 
no país. O objetivo era impedir que condenados por crimes graves tivessem acesso a benefícios como 
redução de pena e liberdade provisória (direito do preso de aguardar em liberdade a conclusão do 
processo). 
Segundo o texto original, os condenados deveriam começar a cumprir a pena em regime fechado, que 
é quando passa o dia inteiro no presídio. Mas uma decisão posterior do Supremo Tribunal Federal (STF) 
mudou isso: agora, dependendo da duração da pena, o preso pode começar no regime semiaberto (ele 
passa apenas a noite no presídio), ou aberto (cumpre a pena em casa). 
Outro ponto diz respeito à liberdade provisória, que antes não podia ser dada aos presos que respondem 
a esses processos criminais. Atualmente, a única restrição mantida é que esse benefício não pode ser 
concedido mediante fiança. 
 
Impunidade 
Defensores da proposta, por outro lado, alegam que ela concretiza uma maior consciência do cidadão a 
respeito dos prejuízos que a corrupção traz para a sociedade. O resultado imediato seria minimizar a 
sensação de impunidade. 
O projeto de lei também atenderia um compromisso do governo brasileiro com tratados e acordos 
internacionais de combate à corrupção, que preveem o fortalecimento de mecanismos que inibam a 
prática em nações signatárias. 
 
Mensalão 
As novas regras não valerão para o caso do mensalão, um dos maiores escândalos da política brasileira. 
Mas a pressão popular poderá servir para pressionar o STF a acelerar o julgamento dos recursos 
apresentados pelos condenados. 
 
 
 
 
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O julgamento do mensalão foi realizado entre 2 de agosto e 17 de dezembro de 2012. Vinte e cinco réus 
foram condenados e 12 absolvidos da acusação de participarem de um esquema de desvio de dinheiro 
público para compra de votos de parlamentares em apoio a projetos do governo de Luiz Inácio Lula da 
Silva. 
Os réus recorreram da decisão, e a Corte decidiu que eles só poderiam ser presos depois de esgotados 
todos os recursos, que incluem pedidos de novo julgamento e de redução de penas atribuídas. 
De acordo com uma pesquisa recente do Datafolha, 74% da população quer a prisão imediata dos 
condenados, e apenas 14% acredita que os réus merecem um novo julgamento. O STF deve fazer 
sessões extras para decidir os recursos no segundo semestre deste ano. 
Fonte: http://folhapolitica.jusbrasil.com.br/noticias/112550651/corrupcao-no-brasil-crime-hediondo-muda-alguma-coisa. 
 
 
Após leitura das coletâneas, redija um texto Dissertativo-Argumentativo em 30 linhas (5 parágrafos: 
Introdução, desenvolvimento do primeiro argumento, desenvolvimento do segundo argumento, 
desenvolvimento do terceiro argumento e parágrafo conclusivo). Discorra sobre a seguinte temática: 
Corrupção: Um desastre para toda a sociedade 
 
Observações Gerais: 
a) não dê título à sua redação; 
b) não use o mesmo vocábulo mais de três vezes durante todo o texto. 
 
 
Prof.Marcondes Júnior 
Ser Vivo, o seu SATISFAÇÃO depende exclusivamente de você. 
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