Buscar

MATERIAL

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 324 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 324 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 324 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PROF: CARLOS ROLIM NETO
JOÃO PESSOA - PB
FUNDAÇÕES
UNIESP – CENTRO UNIVERSITÁRIO
CURSO: ENGENHARIA CIVIL
PERÍODO: 9º
DISCIPLINA: FUNDAÇÕES
2Carlos Rolim Neto 
EMENTA
1- Definições;
2- Elementos necessários ao projeto;
3- Ações nas fundações;
4- Normas;
5- Investigação do subsolo com vistas ao projeto de fundações;
6- Análise e projeto de fundações diretas;
7- Aspectos estruturais.
8- Capacidade de carga;
9- Recalques de fundações diretas;
10 – Método de Schmertmann;
11- Métodos para estimar tensões admissíveis;
12- Estruturas de contenção;
13- Fundações profundas;
14- Tubulões;
15- Método de Aoki-Velloso;
16- Fórmulas dinâmicas
3Carlos Rolim Neto 
BIBLIOGRAFIA
4Carlos Rolim Neto 
Computador é um grande auxiliar, mas 
sempre AUXILIAR. Não é o CHEFE.
Eng. José Sérgio dos Santos
O produto final de um projeto não é um bem material. É 
um conjunto de ideias que envolve décadas de 
conhecimento técnico e aprendizado, proporcionado 
por profissionais dedicados ao conhecimento
Eng. Frederico Fernando Falconi
5Carlos Rolim Neto 
FUNDAÇÃO: PARTE DE UMA ESTRUTURA QUE TRANSMITE AO TERRENO
SUBJACENTE A CARGA DA ESTRUTURA
SISTEMA 
SOLO-FUNDAÇÃO
➢ TERRENO DE FUNDAÇÃO
➢ CARACTERÍSTICAS DO SUBSOLO
➢ PEÇA DE FUNDAÇÃO
DOMÍNIO DE
CONHECIMENTO
GEOTÉCNICO
GEOTECNIA CÁLCULO 
ESTRUTURAL
MECÂNICA DOS 
SOLOS
MECÂNICA DAS 
ROCHAS
DIMENSIONAMENTO 
ESTRUTURAL DAS 
PEÇAS
ENGENHEIRO 
DE FUNDAÇÕES
6Carlos Rolim Neto 
ENGENHEIRO ESTRUTURAL ENGENHEIRO GEOTÉCNICO
➢ RECALQUE DAS FUNDAÇÕES
➢ APOIOS INDESLOCÁVEIS
TRABALHO EM CONJUNTO
ENG. ESTRUTURAL E GEOTÉCNICO
O SOLO É UMA VARIÁVEL MANDATÓRIA NA ESCOLHA DA SOLUÇÃO E
CONDICIONA O DESEMPENHO DO SISTEMA
7Carlos Rolim Neto 
1- QUESTÕES QUE CONDICIONAM A SOLUÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURA/
SOLO/FUNDAÇÃO
1.1 – PERFIL DO TERRENO E DO NÍVEL DE INCERTEZAS QUE ENVOLVEM A 
INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA
8Carlos Rolim Neto 
CONHECER
TODA A ÁREA
QUE SERÁ
CARREGADA!!!
9Carlos Rolim Neto 
1- QUESTÕES QUE CONDICIONAM A SOLUÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURA/
SOLO/FUNDAÇÃO
1.2- IDENTIFICAÇÃO DE SOLOS COLAPSÍVEIS
CUIDADO!!!
NÃO CONFUNDIR RECALQUE COM COLAPSO!!!!
MODELOS DE ESTRUTURAS INSTÁVEIS DE SOLOS COLAPSÍVEIS AUMENTO DE 80 x
10Carlos Rolim Neto 
1- QUESTÕES QUE CONDICIONAM A SOLUÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURA/
SOLO/FUNDAÇÃO
1.2- IDENTIFICAÇÃO DE SOLOS COLAPSÍVEIS
ELEVAÇÃO DA UMIDADE
TENSÕES EXTERNAS
DESTRUIÇÃO DA CIMENTAÇÃO INTER GRANULAR
11Carlos Rolim Neto 
1- QUESTÕES QUE CONDICIONAM A SOLUÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURA/
SOLO/FUNDAÇÃO
1.3- IDENTIFICAÇÃO DE SOLOS EXPANSIVOS
São solos que experimentam variações de volume, ao modificar suas condições de umidade
Fissuras e micro relevo em período seco Fissuras e micro relevo em período chuvoso
12Carlos Rolim Neto 
1- QUESTÕES QUE CONDICIONAM A SOLUÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURA/
SOLO/FUNDAÇÃO
1.4 - VIZINHOS
13Carlos Rolim Neto 
1- QUESTÕES QUE CONDICIONAM A SOLUÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURA/
SOLO/FUNDAÇÃO
1.4 - VIZINHOS
14Carlos Rolim Neto 
1- QUESTÕES QUE CONDICIONAM A SOLUÇÃO DO SISTEMA ESTRUTURA/
SOLO/FUNDAÇÃO
1.5- EROSÕES EM LEITOS E MARGENS DE RIOS
1.6- ESTABILIDADE DE ENCOSTAS E MOVIMENTO DE DUNAS
➢ ENCOSTA DEVE SER ESTÁVEL
➢ VERIFICAR COTAS DE ARRASAMENTO E COMPRIMENTO
DAS ESTACAS
15Carlos Rolim Neto 
ENGENHEIRO CIVIL/FUNDAÇÕES
1) DETERMINAR A SITUAÇÃO DE CAMPO
(Coleta de dados)
2) SIMPLIFICAR
(Uso da estatística)
3) DETERMINAR MECANISMOS 
(Deslizamentos, rupturas, etc)
4) SELECIONAR MÉTODOS E PARÂMETROS
(Consagrados pela literatura)
5) MANIPULAR MÉTODOS E PARÂMETROS PARA OBTER A PREVISÃO 
(Facilitada pela computação)
6) REPRESENTAR A PREVISÃO 
(Gráficos, plantas, etc)
7) ESTUDAR E IDENTIFICAR AS PREVISÕES NECESSÁRIAS 
(O que realmente é importante)
8) ESTIMAR A CONFIABILIDADE DA PREVISÃO 
(Fundamental)
9) UTILIZAR A PREVISÃO NO PROJETO E NA OBRA 
(Objetivo) 
16Carlos Rolim Neto 
Já chega o que estou PERDENDO...
Com os projetos que estou GANHANDO...
Eng. Jefferson Dias de Sousa
17Carlos Rolim Neto 
2.1 – NORMATIZAÇÃO: NBR 6122/2019
2.2 – PONTOS A SEREM DETERMINADOS:
2.2.1 – CAPACIDADE DE CARGA
2.2.2 – RECALQUES ADMISSÍVEIS
2.3 – CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES
QUANTO À TRANSMISSÃO DAS CARGAS: 
DIRETAS E INDIRETAS
DIRETAS➜ Transmitem a carga diretamente
pela base por compressão
Ex. Sapatas e tubulões
INDIRETAS➜ Transmitem a carga por atrito
lateral e pela base por compressão
18Carlos Rolim Neto 
2.4 – CLASSIFICAÇÃO DAS FUNDAÇÕES
QUANTO À PROFUNDIDADE DA COTA DE ASSENTAMENTO: 
RASAS OU SUPERFICIAIS➜ Base assentada em profundidade inferior a duas
vezes a menor dimensão da fundação.
PROFUNDAS➜ Sua ponta ou base apoiada em uma profundidade superior a 
oito vezes a sua menor dimensão em planta e no mínimo 3,0 m 
(ABNT NBR 6122:2019).
19Carlos Rolim Neto 
2.5 – OBJETIVOS DE UM PROJETO DE FUNDAÇÕES
2.5.1 – FUNDAÇÕES SEGURAS
2.5.2 – ECONÔMICAS
PARA SE ATENDER AOS OBJETIVOS:
2.5.3 – CONHECER E ENTENDER AS CARACTERÍSTICAS DO SOLO
2.5.4 – AVALIAR TODAS AS ALTERNATIVAS DE SOLUÇÕES TÉCNICAS
2.5.5 – AVALIAR CUSTOS
2.6 – ETAPAS DO PROJETO
2.6.1 – COLETA DE DADOS
2.6.2 – CONCEPÇÃO DO PROJETO
2.6.3 – DETALHAR O PROJETO
20Carlos Rolim Neto 
2.7 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO
➢ DADOS GEOLÓGICOS GEOTÉCNICOS
➢ TOPOGRAFIA DA ÁREA
➢ DADOS SOBRE CONSTRUÇÕES VIZINHAS
➢ DADOS DA ESTRUTURA A SER CONSTRUÍDA
➢ EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS
● Considerar equipamentos disponíveis na região
● Pensar em projetos alternativos, caso necessário
● Calculista fornecer o mapa de cargas
● Calculista fornecer o recalque tolerado
● Geotécnico deve ter conhecimento em 
estruturas
● Importante em centros urbanos
● Se possível, visitar o local da obra
● Procurar obter informações de outras obras 
e com vizinhos
● SPT (SPT-T) e CPT
● Qualidade e veracidade das sondagens
21Carlos Rolim Neto 
2.7 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO
➢ DADOS SOBRE AS CONDIÇÕES LOCAIS, SOLO, NÍVEL FREÁTICO, SUPERESTRUTURA, 
CARGAS, CUSTOS, PRÁTICA LOCAL
➢ PREPARAÇÃO DE ANTE-PROJETOS PARA ESTIMATIVAS DE CUSTOS
➢ AVALIAR POSSÍVEIS DIFICULDADES (PROJETO E OBRA)
22
2.8- QUAL TIPO DE FUNDAÇÃO ESCOLHER: DIRETA OU INDIRETA?
OBSERVAÇÕES 
IMPORTANTES!!!
1-HÁ CASOS EM QUE
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS
PODEM IMPOR UM CERTO
TIPO DE FUNDAÇÃO
2- QUANDO É POSSÍVEL A
UTILIZAÇÃO DE BLOCOS E
SAPATAS, ELAS SÃO MAIS
ECONÔMICAS,NORMALMENTE
3- SEMPRE QUE POSSÍVEL, TENTAR IGUALAR AS CARGAS
GEOTÉCNICA COM A CARGA ESTRUTURAL
4- SEMPRE QUE POSSÍVEL, EVITAR ASSOCIAR FUNDAÇÕES COM MAIS DE UM PILAR 
23
2.8- QUAL TIPO DE FUNDAÇÃO ESCOLHER: DIRETA OU INDIRETA?
SONDAGEM 02 ➜ FUNDAÇÕES EM 
SAPATAS
SONDAGEM 01 ➜ FUNDAÇÕES EM ESTACAS
Carlos Rolim Neto 
24
2.9 – COM MAIS DE UMA SOLUÇÃO, DEVE-SE CONSIDERAR:
2.9.1 – MENOR CUSTO
2.9.2 – MENOR PRAZO DE EXECUÇÃO
DICAS:
1ª) CAPACIDADE DE CARGA ESTRUTURAL PRÓXIMA DA CAPACIDADE DE CARGA 
GEOTÉCNICA
2ª) AVALIAR O CONJUNTO ESTACA/BLOCO DE COROAMENTO
3ª) EQUIPAMENTOS DISPONÍVEIS NA REGIÃO
4ª) TENTAR EVITAR AS SOBREPOSIÇÕES (ASSOCIADAS)
5ª) GRANDES ESCAVAÇÕES ➜ ESCORAMENTOS E NR
6ª) BLOCOS COM 01 E 02 ESTACAS EXIGEM VIGA DE TRAVAMENTO
7ª) DIFICULDADE OU IMPOSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO DE ESTACAS PRÓXIMAS À DIVISA 
DO TERRENO
8ª) QUANDO POSSÍVEL, EVITAR PILARES DE DIVISA, DEIXANDO A ESTRUTURA EM 
BALANÇO. REDUZ-SE O CUSTO DAS VIGAS DE EQUILÍBRIO.
9ª) É POSSÍVEL PROJETAR FUNDAÇÕES COM MAIORES RECALQUES, SE O SISTEMA 
ESTRUTURAL FOR AVALIADO E SUPORTAR ESSES RECALQUES (GUSMÃO FILHO, 1998)
10ª) A ADOÇÃO DE JUNTAS PARA SEPARAÇÃO DE CARREGAMENTOS PODERÁ 
PROPORCIONAR FUNDAÇÕES MAIS ECONÔMICAS (GUSMÃO FILHO, 1998)
25Carlos Rolim Neto 
DICAS:
11ª) CADA TIPO DE PEÇA DE FUNDAÇÃO APRESENTA DIFERENTE MECANISMO DE 
TRANSFERÊNCIA DE CARGA QUE RESULTA EM DESLOCAMENTOS DIFERENTES (GUSMÃO 
FILHO, 1998)
12ª) ESTACAS CRAVADAS “COMPACTAM O TERRENO”, AO CONTRÁRIO DAS ESTACAS 
ESCAVADAS (GUSMÃO FILHO, 1998)
13ª) SOLO É UMA VARIÁVEL MANDATÓRIA NA ESCOLHA DA SOLUÇÃO E CONDICIONA O 
DESEMPENHO DO SISTEMA (GUSMÃO FILHO, 1998)
14ª) EXISTEM INCERTEZAS NA INVESTIGAÇÃO GEOTÉCNICA15ª) VIZINHOS PODEM SER DETERMINANTES NA ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO
16ª) ESTABILIDADE DE TALUDES (GUSMÃO FILHO, 1998)
17ª) MOVIMENTOS DE DUNAS (GUSMÃO FILHO, 1998)
18ª) FORMIGAS, CUPINS E MICRO ORGANISMOS (ESTACAS DE MADEIRA)
26Carlos Rolim Neto 
• ESTACA: Elemento de fundação profunda executado inteiramente por equipamentos ou
ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execução, haja trabalho manual em
profundidade. Os materiais empregados podem ser: madeira, aço, concreto pré-moldado, 
concreto moldado in loco, argamassa, calda de cimento, ou qualquer combinação dos 
anteriores (abnt nbr 6122:2019). 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
27Carlos Rolim Neto 
FUNDAÇÕES PROFUNDAS
• TUBULÃO: Elemento de fundação
profunda em que, pelo menos na etapa
final da escavação do terreno, faz-se 
necessário o trabalho manual em
profundidade para executar o alargamento
de base ou pelo menos para a limpeza do 
fundo da escavação, uma vez que neste
tipo de fundação as cargas são resistidas
preponderantemente pela ponta
28Carlos Rolim Neto 
A engenharia resolve quase tudo. O que 
atrapalha é o cronograma e o orçamento.
A. C. R. Laranjeiras
29Carlos Rolim Neto 
3.1 – FLUXOGRAMA PARA PROJETO DE FUNDAÇÕES (GUSMÃO FILHO, 1998)
3.1.1 – INÍCIO
3.1.2 – COLETA DE DADOS ➜ ESTRUTURA E SISTEMA
➜ ESFORÇOS NA FUNDAÇÃO
➜ DADOS GEOLÓGICOS-GEOTÉCNICOS
➜ CONDIÇÕES LOCAIS E AMBIENTAIS
➜ EXPERIÊNCIA LOCAL
➜ REQUISITOS DE CONSTRUÇÃO
➜ ASPECTOS ECONÔMICOS
3.1.3 – DEFINIÇÃO DO PROGRAMA PRELIMINAR DE PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA 
➜ TIPO DE SONDAGEM 
➜ PROF. DAS SONDAGENS
➜ NÚMERO DE SONDAGENS
➜ LOCAÇÃO DOS FUROS
3.1.4 – AS INFORMAÇÕES SÃO SUFICIENTES? 
➜ NÃO? ➜
➜ PROGRAMA COMPLEMENTAR DE PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA
➜ NECESSIDADE DE ENSAIOS? ➜ “IN SITU”?
➜ LABORATORIAIS?
➜ SIM? ➜ ESCOLHA DO TIPO DE FUNDAÇÃO
30Carlos Rolim Neto 
3.1 – FLUXOGRAMA PARA PROJETO DE FUNDAÇÕES
3.1.5 – FUNDAÇÃO SUPERFICIAL? ➜ BLOCOS
➜ SAPATAS
➜ VIGAS DE FUNDAÇÃO
➜ PLACAS
➜ GRELHAS OU PLACAS VAZADAS
3.1.6 – DEFINIÇÃO DA COTA DA FUNDAÇÃO 
➜ INFLUÊNCIA SAZONAL
➜ PROBLEMAS DE EROSÃO
➜ PROBLEMAS DE ESCAVAÇÃO
➜ PROBLEMAS DE REBAIXAMENTO DO NÍVEL D’ÁGUA
➜ RESISTÊNCIA E COMPRESSIBILIDADE DO TERRENO
➜MELHORAMENTO OU SUBSTITUIÇÃO DO TERRENO
3.1.7 – DEFINIÇÃO DA TENSÃO ADMISSÍVEL DO TERRENO 
➜ VALORES TÍPICOS
➜ EXPERIÊNCIA LOCAL
➜MÉTODOS CONSAGRADOS PELA LITERATURA
➜ ENSAIOS DE CAMPO E/OU LABORATÓRIO
3.1.8 – DIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO ➜ GEOTÉCNICO
➜ ESTRUTURAL
31Carlos Rolim Neto 
3.1 – FLUXOGRAMA PARA PROJETO DE FUNDAÇÕES
3.1.9 – ESTIMATIVA DOS PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA E DEFORMAÇÃO DO SOLO
➜ VALORES TÍPICOS
➜ EXPERIÊNCIA LOCAL
➜ CORRELAÇÕES COM ENSAIOS DE CAMPO
➜ ENSAIOS DE CAMPO E OU LABORATORIAIS
3.1.10 – AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA
➜ HÁ SEGURANÇA À RUPTURA?
➜ NÃO? ➜
➜ REDEFINIÇÃO DA TENSÃO DO SOLO
➜ NOVA FUNDAÇÃO
➜MELHORAMENTO DO TERRENO
➜ NOVO TIPO DE FUNDAÇÃO
➜ REDIMENSIONAMENTO DA FUNDAÇÃO ➜ RETORNAR AO 
ITEM 3.1.10
➜ SIM?
➜ ESTIMATIVA DOS RECALQUES DA EDIFICAÇÃO
➜ DENTRO DOS VALORES ACEITOS?
➜ SIM? ➜ FUNDAÇÃO EM SAPATAS APROVADAS
➜ NÃO? ➜ FUNDAÇÕES PROFUNDAS!
32Carlos Rolim Neto 
3.1 – FLUXOGRAMA PARA PROJETO DE FUNDAÇÕES
3.1.11 – FUNDAÇÕES PROFUNDAS
➜ ESTACAS
➜ TUBULÕES
3.1.12 – DEFINIÇÃO DO TIPO DA ESTACA, DO SEU COMPRIMENTO OU SE SERÁ UM TUBULÃO
➜ NATUREZA E GRANDEZA DOS ESFORÇOS
➜ PROBLEMAS DE EROSÃO
➜ PROBLEMAS DE EXECUÇÃO E SEUS EFEITOS
➜ RESISTÊNCIA E COMPRESSIBILIDADE DO TERRENO
➜ DISPONIBILIDADE DE EQUIPAMENTO
➜ PROBLEMAS DE VIZINHANÇA
3.1.13 – AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA DO ELEMENTO ISOLADO
➜MÉTODOS TEÓRICOS
➜MÉTODOS SEMI EMPÍRICOS
➜ PROVAS DE CARGA 
3.3.14 – HÁ PROBLEMAS DE ATRITO NEGATIVO?
➜ SIM? REAVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA
33Carlos Rolim Neto 
3.1 – FLUXOGRAMA PARA PROJETO DE FUNDAÇÕES
3.3.14 – HÁ PROBLEMAS DE ATRITO NEGATIVO?
➜ SIM? ➜ REAVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE CARGA
➜ NÃO? ➜ PROSSEGUIR
3.3.15 – DIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS DE COROAMENTO
➜ O EFEITO DE GRUPO É DESPREZÍVEL?
➜ NÃO? ➜ REDIMENSIONAMENTO DOS BLOCOS DE COROAMENTO
➜ CONSIDERAÇÃO DO EFEITO DE GRUPO
➜ SIM? ➜ ESTIMATIVA DO RECALQUE DO ELEMENTO ISOLADO
➜MÉTODOS TEÓRICOS
➜MÉTODOS SEMI EMPÍRICOS
➜MÉTODOS EMPÍRICOS
➜ PROVAS DE CARGA 
3.3.16 – AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DA ESTRUTURA
➜ AVALIAÇÃO DOS RECALQUES ESTIMADOS 
➜ CÁLCULO DAS DISTORÇÕES ANGULARES
➜ AVALIAÇÃO DE DANOS
➜ EFEITO DA INTERAÇÃO SOLO ESTRUTURA 
➜ EFEITO DA SEQUÊNCIA DE CONSTRUÇÃO
34Carlos Rolim Neto 
3.1 – FLUXOGRAMA PARA PROJETO DE FUNDAÇÕES
3.3.17 – O DESEMPENHO É SATISFATÓRIO?
➜ NÃO? ➜ REAVALIAÇÃO DO PROJETO
➜MUDANÇA DO TIPO DE FUNDAÇÃO
➜ SIM? ➜
➜ PLANTA DE FUNDAÇÕES E QUANTITATIVOS
➜ RECOMENDAÇÕES DE EXECUÇÃO E CONTROLE
35Carlos Rolim Neto 
VENENOS LETAIS PARA UM PROJETO
1- Contratação com prazos políticos (irreais)
2- Concorrência desleal
3- Ceder diante de exigências de arquitetos
4- Convivência com o perigo. Não seguir normas
Prof. A. C. VASCONCELOS
36Carlos Rolim Neto 
4.0 – TIPOS DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS MECANICAMENTE
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS
37Carlos Rolim Neto 
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
PROCESSO EXECUTIVO
38Carlos Rolim Neto 
FUSTE ESCAVADO
ESTAQUEAMENTO ESCAVADO
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
39Carlos Rolim Neto 
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
ESTACA PRONTA
COLOCAÇÃO DA ARMADURA E CONCRETAGEM
40
➢ SOLOS QUE APRESENTAM COESÃO
➢ TERRENOS ONDE O NÍVEL DO LENÇOL FREÁTICO ESTÁ
ABAIXO DA PONTA DA ESTACA
➢ ESTACA EXECUTADA POR PERFURAÇÃO DO SOLO POR 
TRADO MECÂNICO, SEM EMPREGO DE REVESTIMENTO
OU FLUIDO ESTABILIZANTE (ABNT NBR 6122:2019)
➢ PERFURAÇÃO SE MANTÉM ESTÁVEL SEM A NECESSIDA-
DE DE UTILIZAÇÃO DE REVESTIMENTO
➢ TORQUE: VALOR MÁXIMO DO MOMENTO TORSOR DIS-
PONÍVEL NA MESA ROTATIVA
➢ ARRANQUE: VALOR MÁXIMO DA FORÇA QUE O EQUI-
PAMENTO DISPÕE PARA EXTRAÇÃO DO TRADO
➢ DIÂMETROS VARIAM, EM MÉDIA, ENTRE 30 E 120 cm
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
41
➢ BOLETIM DE CONTROLE DE EXECUÇÃO: documento deve
ser preenchido para todas as estacas, registrando-se, no 
mínimo os seguintes dados de execução 
a) Nome e local da obra;
b) Data de execução da estaca, incluindo horário de início e
de conclusão; 
c) Nº da estaca;
d) Diâmetro da estaca
e) Profundidade introduzida do trado
f) Comprimento concretado
g) Desvio de locação;
h) Consumo médio de concreto por estaca, com base no volume de concreto do caminhão;
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
42
i) Características da perfuratriz;
j) Horário de início e fim da escavação;
k) Horário de início e fim da concretagem;
l) Controle do posicionamento da armação;
m) Observações pertinentes: (Chuva no dia da concretagem,
queda de solo ou outro material, acúmulo de água em 
poças, fluxo de água, etc);
n) Nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo
contratual, o ciente do projetista ou consultor de fundação;
o) Nome e assinatura do contratante
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
Carlos Rolim Neto 
43Carlos Rolim Neto 
ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
MATERIAL ESPECIFICAÇÃO
AÇO CA 50 E CA 25, conforme 
diâmetros constantes do 
projeto
CONCRETO Fck ≥ 20 Mpa (Ver classe 
de agressividade)
Brita 1 (máximo de 19 
mm)
Slump Test:
a) Para estacas não 
armadas, entre 8 e 
12 cm
b) Para estacas 
armadas, entre 12 e 
14 cm
c) Consumo mínimo de 
cimento: 300 kg/m3
FONTE: MANUAL ABEF
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
44Carlos Rolim Neto 
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
REQUISITOS PARA A ARMAÇÃO DA ESTACA
45Carlos Rolim Neto 
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
CLASSE DE AGRESSIVIDADE AMBIENTAL
46Carlos Rolim Neto 
4.1 – ESTACAS ESCAVADAS
REQUISITOS PARA A ARMAÇÃO DA ESTACA
➜ ESFORÇOS NORMAIS DE COMPRESSÃO
➜ TENSÃO MÉDIA ≤ 5,0 Mpa
➜ CONCRETO NÃO ARMADO
➜ ARMADURA DE LIGAÇÃO COM O BLOCO
➜ AR. LONGITUDINAL COMP. MÍNIMO: 2 m
➜ TENSÃO MÉDIA ≤ 5,0 Mpa ⇒ NBR 6122:2019 ESPECIFICA A ARMADURA MÍNIMA (0,4%Ac)
➜ APLICAÇÃO DA NBR 6118:2014 ➜ ARMADURA LONGITUDINAL MÍNIMA PARA PILARES
𝑨𝑺𝑴𝑰𝑵 = 𝟎, 𝟏𝟓
𝑵𝒅
𝒇𝒚𝒅
≥ 𝟎, 𝟎𝟎𝟒 𝑨𝒄
Onde: 
● As,min É A ARMADURA MÍNIMA
● Nd É A FORÇA NORMAL DE CÁLCULO
● fyd É A RESISTÊNCIA DE CÁLCULO AO ESCOAMENTO, DA ARMADURA
● Ac É A ÁREA DA SEÇÃO TRANSVERSAL DA ESTACA
4.1 – ESTACASESCAVADAS
REQUISITOS PARA A ARMAÇÃO DA ESTACA
➜ ESFORÇOS NORMAIS DE TRAÇÃO
➜ TENSÃO DE COMPRESSÃO ≥ 5,0 Mpa
➜ FLEXÃO COMPOSTA
➜ ARMADURA DIMENSIONADA DE ACORDO
COM A ABNT NBR 6118:2014
➜ OBEDECER MÍNIMO DE 0,4% AC
(NBR 6122:2019)
ARMADURAS RETAS “GARRAS”NA EXTREMIDADE PROTEÇÃO ANTES CONCRETO
48Carlos Rolim Neto 
EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PERFURAÇÃO DO SOLO
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
49Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
RETIRADA DO TRADO E CONCRETAGEM COLOCAÇÃO DA ARMADURA
50Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
51Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
52Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
➢ OS SOLOS NÃO PRECISAM APRESENTAR COESÃO
➢ PODEM SER EXECUTADAS ABAIXO DO LENÇOL FREÁTICO
➢ ESTACA DE CONCRETO MOLDADA IN LOCO, EXECUTADA MEDIANTE A INTRODUÇÃO NO 
TERRENO, POR ROTAÇÃO, DE UM TRADO HELICOIDAL CONTÍNUO NO TERRENO E INJEÇÃO 
DE CONCRETO PELA PRÓPRIA HASTE CENTRAL DO TRADO, SIMULTANEAMENTE À SUA 
RETIRADA, SENDO A ARMADURA INTRODUZIDA APÓS A CONCRETAGEM DA ESTACA 
(ABNT NBR 6122:2019).
➢ BAIXO NÍVEL DE VIBRAÇÃO E ELEVADA PRODUTIVIDADE
➢ DIÂMETROS DE 30 cm A 100 cm E COMPRIMENTOS ATÉ 30 m, EM MÉDIA
➢ TORQUE: VALOR DO MOMENTO TORSOR DISPONÍVEL NA MESA ROTATIVA
➢ ARRANQUE: VALOR MÁXIMO DA FORÇA QUE O EQUIPAMENTO DISPÕE PARA O ARRAN-
CAMENTO DO TRADO
53
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
➢ BOLETIM DE CONTROLE DE EXECUÇÃO: documento
preenchido para todas as estacas, registrando-se, no 
mínimo os seguintes dados de execução 
a) Nome e local da obra;
b) Data de execução da estaca, incluindo horário de início e
de conclusão; 
c) Nº da estaca;
d) Diâmetro da estaca;
e) Comprimento introduzido do trado;
f) Comprimento concretado;
g) Volume de concreto gasto na estaca;
h) Nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente do projetista
54Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
55Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
56Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
CAPACIDADES MÍNIMAS DA MESA ROTATIVA E DO GUINCHO
TORQUE (kNm) ARRANQUE (kN) DIMENSÕES DAS ESTACAS
Até 150 480 𝜙 0,30 a 0,80m até 24,0m de 
profundidade
De 150 a 200 600 𝜙 0,30 a 1,00m até 27,0m de 
profundidade
De 200 a 250 800 𝜙 0,30 a 1,20m até 29,0m de 
profundidade
De 250 a 300 800 𝜙 0,50 a 1,20m até 30,0m de 
profundidade
De 300 a 350 1000 𝜙 0,60 a 1,20m até 34,0m de 
profundidade
De 350 a 400 1200 𝜙 0,60 a 1,50m até 38,0m de 
profundidade
FONTE: ABEF
57Carlos Rolim Neto 
4.2 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA
ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS
MATERIAL ESPECIFICAÇÃO
AÇO CA 50 E CA 25, conforme diâmetros constantes do 
projeto
CONCRETO Código HC30
Fck ≥ 30 Mpa (Ver classe de agressividade)
Relação água/cimento ≤ 0,55
Idade de controle: 28 dias
Pedra 0 (4,75/12,5 mm), não se permitindo o 
emprego de pó de pedra.
Consumo mínimo de cimento: 400 kg/m3
% de argamassa em massa: 55%
Exsudação máxima de 4% do volume total de água
% de argamassa em massa = (massa do cimento + massa dos agregados miúdos) * 100/
(massa do cimento + massa dos agregados miúdos + massa dos agregados graúdos)
FONTE: ABEF
58Carlos Rolim Neto 
ESTACAS COM SEÇÕES QUADRADAS E MACIÇAS
ESTACAS COM SEÇÃO CIRCULAR E VAZADA
EXEMPLOS DE SEÇÕES TRANSVERSAIS
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
59Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
PROCESSO DE CRAVAÇÃO
MARTELO E “CAPACETE”
60Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
ESTACAS CRAVADAS
61Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
62Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
➢ OS SOLOS NÃO PRECISAM APRESENTAR COESÃO
➢ PODEM SER EXECUTADAS ABAIXO DO LENÇOL FREÁTICO
➢ ESTACA CONSTITUÍDA DE SEGMENTOS DE PRÉ-MOLDADO OU PRÉ-FABRICADO DE COM-
CRETO E INTRODUZIDA NO TERRENO POR GOLPES DE MARTELO DE GRAVIDADE, DE EXPLO-
SÃO, HIDRÁULICO OU POR MARTELO VIBRATÓRIO. PARA FINS EXCLUSIVAMENTE GEOTÉCNI-
COS NÃO HÁ DISTINÇÃO ENTRE ESTACAS PRÉ-MOLDADAS E PRÉ-FABRICADAS E PARA OS
EFEITOS DESTA NORMA ELAS SÃO DENOMINADAS PRÉ-MOLDADAS (ABNT NBR 6122:2019).
➢ ELEVADO NÍVEL DE VIBRAÇÃO
➢ SISTEMA FORMADO PELO CONJUNTO DO ELEMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA PRÉ-MOL-
DADA DE CONCRETO ARMADO OU PROTENDIDO, VIBRADO OU CENTRIFUGADO E O MACIÇO
DE SOLO ENVOLVENTE, AO LONGO DO FUSTE E SOB A BASE, COM AMPLA FAIXA DE CAPACI
DADE DE CARGA, DESDE 100 kN até 5000 kN, COM DIMENSÕES DA SEÇÃO TRANSVERSAL
VARIANDO ENTRE 15 cm E 80 cm.
63Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
➢ OS AGENTES AGRESSIVOS, EVENTUALMENTE ENCONTRADOS NO SOLO, NÃO TERÃO 
NENHUMA AÇÃO NA PEGA E CURA DO CONCRETO
➢ CAPAZES DE ULTRAPASSAR CAMADAS DE SOLO MUITO MOLES, ONDE A CONCRETAGEM
IN LOCO PODE APRESENTAR PROBLEMAS
➢ DIFICULDADE DE ADAPTAÇÃO ÀS VARIAÇÕES DO TERRENO. VARIAÇÕES NA PROFUNDIDA-
DE DA CAMADA RESISTENTE, GERAM CORTES E EMENDAS NA ESTACA.
➢ FACILIDADE DE SEREM MOLDADAS COM QUALQUER CONFIGURAÇÃO DE SEÇÃO TRANS-
VERSAL, MACIÇA OU OCA, PARA ATENDER A EXIGÊNCIAS DE PROJETO. TAMBÉM PODE SER
EXECUTADA PARA GRANDES COMPRIMENTOS.
64Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
4.3.2 - EMENDAS
MANIPULAÇÃO E ESTOCAGEM
4.3.1 - DESCARGA
● MANUALMENTE 
(Pranchas especiais e cordas)
● GUINDASTES
65Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
66Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
67Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
68Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
69Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
70Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
➢MEDIÇÃO DA NEGA E REPIQUE
71Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
➢ NEGA: Medida da penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um
golpe de martelo ou pilão, sempre relacionada com a energia de cravação. Dada a sua peque-
na grandeza, em geral é medida para uma série de dez golpes (ABNT NBR 6122:2019).
➢ REPIQUE: Parcela elástica da penetração máxima de uma estaca, decorrente da 
aplicação de um golpe do martelo ou pilão (ABNT NBR 6122:2019).
➢ CEPO: Elemento de madeira dura com fibras dispostas paralelamente ao eixo da estaca,
colocado sobre o capacete metálico sobre o qual se deixa cair o martelo.
➢ CAPACETE: Elemento metálico instalado no topo da estaca (cabeça), cuja função é 
distribuir uniformemente as tensões dinâmicas que surgem em decorrência do impacto do 
martelo sobre a cabeça das estacas.
➢ COXIM: Chapa de madeira de espessura variável, colocada entre a cabeça da estaca e o
capacete, com dimensões em planta e forma, compatíveis com as das estacas a serem 
cravadas.
72Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
73Carlos Rolim Neto 
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
➢ BOLETIM DE PREVISÃO DE NEGAS E REPIQUES: documento que deve ser preenchido 
durante a cravação de todas as estacas, registrando:
a) Data da cravação;
b) Identificação da estaca;
c) Características da estaca;
d) Número de referência de fabricação da estaca;
e) Cota de cravação.
f) Composição dos elementos da estaca
g) Comprimento cravado
h) Peso do martelo 
74
4.3 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
i) Altura de queda;
j) Peso do capacete;
k) Altura do cepo;
l) Altura do coxim;
m) Diagrama de cravação (documento de registro do número de golpes necessários para a 
penetração, em geral, de 0,50 m ou 1,0 m de estaca, para uma determinada altura de queda
do martelo) ;
n) Nega; 
o) Repique;
p) Nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente do projetista
de fundação;
q) Nome e assinatura do contratante
75Carlos Rolim Neto 
Soluções de obra sempre têm alguma coisa 
errada.
Eng. José Sérgio dos Santos
76Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
PROCESSO DE EMENDA
77Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
ESTACAS CRAVADAS
78Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
79Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS➢ OS SOLOS NÃO PRECISAM APRESENTAR COESÃO
➢ PODEM SER EXECUTADAS ABAIXO DO LENÇOL FREÁTICO
➢ ESTACA CRAVADA, CONSTITUÍDA DE ELEMENTO ESTRUTURAL METÁLICO PRODUZIDO IN-
DUSTRIALMENTE, PODENDO SER DE PERFIS LAMINADOS OU SOLDADOS, SIMPLES OU MÚL-
TIPLUS, TUBOS DE CHAPA DOBRADA OU CALANDRADA, TUBOS COM OU SEM COSTURA E
TRILHOS (ABNT NBR 6122:2019).
➢ BAIXO NÍVEL DE VIBRAÇÃO QUANDO COMPARADAS COM AS ESTACAS PRÉ-MOLDADAS
80Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
➢ SÃO FABRICADAS COM SEÇÕES TRANSVERSAIS DE VÁRIAS FORMAS E DIMENSÕES, O QUE
PERMITE UMA ADAPTAÇÃO BEM AJUSTADA A CADA CASO
➢ DEVIDO AO PESO RELATIVAMENTE PEQUENO E ELEVADA RESISTÊNCIA, SÃO FACILMENTE
TRANSPORTADAS E DE BOM MANUSEIO
➢ SÃO MAIS FÁCEIS DE CRAVAR DO QUE AS ESTACAS DE MADEIRA OU DE CONCRETO PRÉ-
MOLDADO, PODENDO ATRAVESSAR CAMADAS COMPACTAS OU EMBUTIR NESTAS CAMADAS
81Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
➢ PODEM SER CORTADAS COM MAÇARICO OU EMENDADAS POR SOLDA. PEDAÇOS PODEM
SER APROVEITADOS NO PROLONGAMENTO DE OUTRAS ESTACAS
➢ PODEM-SE UTILIZAR, EM CASOS ESPECIAIS, AÇOS RESISTENTES À CORROSÃO
➢ EM NOSSO PAÍS, O CUSTO É ELEVADO. EM ALGUNS CASOS TÊM MOSTRADO CONDIÇÕES
DE CONCORRÊNCIA COM AS ESTACAS DE CONCRETO. DEVE-SE ANALISAR O CUSTO GLOBAL
DA FUNDAÇÃO: ESTACA (MATERIAL E CRAVAÇÃO), EQUIPAMENTO (MOBILIZAÇÃO), BLOCOS
DE COROAMENTO, TEMPO DE EXECUÇÃO, ETC.
4.4.1 - CORROSÃO: 
AS ESTACAS METÁLICAS SOFREM ESTE FENÔNEMO. SEGUNDO VELLOSO E LOPES, 
PODE SER RESUMIDO EM DOIS ITENS:
● Estacas metálicas inteira e permanentemente enterradas, salvo em casos excep-
cionais, dispensam qualquer proteção contra a corrosão. Em cálculos de capacidade de carga
estrutural, admite-se que a corrosão inutilize apenas uma espessura de sacrifício, de acordo
com a norma. 
82Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
● Estacas metálicas com trecho desenterrado, no ar ou na água, exigem uma prote-
ção. Por segurança, faz-se a proteção desde a cota de erosão até o bloco de coroamento. Nos
casos usuais, tem-se procedido como indicado na figura a seguir. Quando a estaca é consti-
tuída por perfis I, H ou trilhos, faz-se um encamisamento com concreto, preferencialmente
armado; quando a estaca é tubular, arma-se o trecho acima da cota de erosão, para os es-
forços previstos, desprezando-se, totalmente, o tubo de aço (que funcionará como forma) 
83Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
E A NORMA NBR 6122, O QUE FALA???
➜ Parte superior da estaca que ficar desenterrada: obrigatoriamente deve ser pro-
tegida com encamisamento de concreto ou outro recurso de proteção do aço especificado
em projeto. 
➜ Parte total e permanentemente enterrada, independentemente da posição do
lençol d’água, podem dispensar tratamento especial desde que seja descontada uma es-
pessura de sacrifício, como indicado na tabela a seguir. 
CLASSE DO SOLO ESPESSURA DE SACRIFÍCIO (mm)
Solos naturais e aterros controlados 1,0
Argila orgânica 1,5
Solos turfosos 3,0
Aterros não controlados 2,0
Solos contaminados* 3,2
* Solos agressivos deverão ser estudados especificamente
84Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
Área útil de estacas metálicas
85Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
➜ REALIZADAS POR MEIO DE TALAS
OU PARAFUSADAS;
➜ DEVEM RESISTIR:
➜ AO MANUSEIO
➜ À CRAVAÇÃO
➜ AO TRABALHO DO
COMPONENTE ESTRUTURAL
E AS EMENDAS???
86Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
E A LIGAÇÃO DA ESTACA COM O BLOCO DE COROAMENTO??? ➜ P/ ESTACAS COMPRIMIDAS
DESACONSELHADA SOLUÇÃO 03
SOLUÇÃO 02SOLUÇÃO 01
87Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
88Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
89Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
90Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
91Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
92Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
Entregar o detalhamento no sufoco da pressa, 
implica em aceitar que existirão erros de projeto.
Prof. A.C.R. LARANJEIRAS
93Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.1 – APLICAÇÕES:
➢ CONSTRUÇÕES INDUSTRIAIS, EDIFÍCIOS DE MULTIPLOS ANDARES, PONTES E VIADUTOS,
PORTOS E TORRES DE TRANSMISSÃO;
➢ POSSIBILIDADE DE CRAVAÇÃO EM SOLOS DE DIFÍCIL TRANSPOSIÇÃO (ARGILAS RIJAS A 
DURAS, PEDREGULHOS E CONCREÇÕES) SEM O INCOVENIENTE DO “LEVANTAMENTO”DE 
ESTACAS VIZINHAS JÁ CRAVADAS;
➢ SEM RISCO DE ESTACAS “QUEBRADAS” QUE ONERAM NÃO SÓ O ESTAQUEAMENTO, 
COMO OS BLOCOS QUE SERÃO REDIMENSIONADOS;
➢ POSSIBILIDADE DE TRATAMENTO À BASE DE BETUME ESPECIAL (PINTURA), COM A FINA-
LIDADE DE REDUZIR O EFEITO DO ATRITO NEGATIVO;
➢ FACILIDADE DE CORTE E EMENDA, DE MODO A REDUZIR PERDAS DECORRENTES DA
VARIAÇÃO DA COTA DE APOIO DO ESTRATO RESISTENTE.
94Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.2 – ESTACAS MISTAS:
➢ UTILIZADAS COMO COMPLEMENTO DE OUTRO TIPO E ESTACA (POR EXEMPLO, PRÉ-
MOLDADA DE CONCRETO COM ANEL METÁLICO);
➢ Comprimento significativo da
estaca em solos compactos arenosos 
ou argilas rijas a duras, sem os 
inconvenientes de “levantamento” ou 
atravessar pedregulhos e concreções;
➢ Pode-se também utilizar esta solução
em casos onde a parte metálica fique
enterrada (solo) e a parte em concreto
fique exposta; 
95Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.2 – ESTACAS MISTAS:
➢ Permite que a estaca seja cravada até atingir
um estrato rochoso sem uma eventual quebra
(rocha inclinada impõe à ponta da estaca 
tensões não uniformes);
96Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.3 – CORROSÃO:
➢ Estacas de aço têm sido utilizadas no mundo há mais
de 120 anos;
➢ Sua durabilidade tem excedido todas as estimativas
teóricas. Não há caso relatado na literatura internacional
de falha estrutural causada pela corrosão de estacas de 
aço imersas em solo; 
➢ Solos naturais são tão deficientes em oxigênio que o 
aço não é apreciavelmente afetado pela corrosão;
➢ O processo de corrosão de uma estaca cravada em 
solos cujo pH esteja situado entre 4 e 10, isto é, quase
que a totalidade dos solos naturais encontrados, é funda-
mentalmente dependente da presença simultânea de
água e oxigênio. Na ausência de uma destas substâncias,
a corrosão não ocorrerá. 
97Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.3 – CORROSÃO:
➢ O primeiro metro de solo apresenta certa oxigenação; 
abaixo disso, a concentração desta substância decresce
rapidamente com a profundidade; 
➢ Na figura ao lado, observa-se uma estaca metálica que
serviu como fundação por mais de 20 anos, de uma ponte
sobre o rio Tamanduateí, em São Paulo (foram removidas
para alargamento e aprofundamento da calha do rio). A
seção de separação entre o trecho enterrado da estaca e
o imerso no concreto do bloco de coroamento está indica-
da pela seta. Não apresenta sinais de corrosão; 
➢ No livro de fundações dos profs. Dirceu Velloso e 
Francisco Lopes há o relato de que a análise de estacas
metálicas utilizadas como fundação de edifícios no Rio
de Janeiro, junto à Lagoa Rodrigo de Freitas, e retiradas 
após 10 a 20 anos de uso, não mostravam sinais de corrosão 
98Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.4 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL:
4.4.4.1 – FLAMBAGEM
➢ Em estacas axialmente comprimidas que permanecem totalmente enterradas
normalmente não ocorre flambagem. Esta só deve ser verificada quando as es-
estacas tiverem sua cota de arrasamento acima do nível do terreno, levada em
conta a eventual erosão (no caso de estacas onde ocorre fluxo de água), ou 
atravessarem solos muito moles.
99Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.5 – CAPACIDADE GEOTÉCNICA:
● A carga admissível estrutural é a máxima carga que a estaca poderá resistir, visto
que corresponde à resistência estrutural do aço que a compõe. Entretanto, há necessidade
de se adotar uma estaca de um comprimento tal que permita essa carga ser atingida sob o 
ponto de vista do contato estaca-solo. Esta é a capacidade geotécnica, determinada 
normalmente pelos métodos semiempíricos
100
Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.5 – CAPACIDADE GEOTÉCNICA:
101CarlosRolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.5 – CAPACIDADE GEOTÉCNICA:
Segundo Alonso, a área da ponta da estaca metálica que contribui com a capacidade de carga
Para a adesão lateral rl, Alonso propõe:
rl = 0,28 NSPT < 20 tf/m
2
Para a resistência unitária de ponta rp, Alonso propõe:
rp = K . NSPT
102
Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
4.4.5 – CAPACIDADE GEOTÉCNICA:
K (tf/m2) Tipo de solo
40 Areias
30 Areias siltosas e argilosas
25 Siltes
15 Argilas
103Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
As redundâncias são sempre sábias.
Prof. A.C.R. LARANJEIRAS
104Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
➢ BOLETIM DE CONTROLE DE EXECUÇÃO: documento que deve ser preenchido, diariamente,
para todas as estacas, contendo, no mínimo, os seguintes dados da obra e da execução:
a) Contratante;
b) Obra e endereço;
c) Contratado;
d) Tipo de equipamento com características básicas, inclu-
sive peso do martelo;
e) Data;
f) Número da estaca;
g) Referência da estaca ou tipo de perfil;
h) Comprimento dos segmentos levantados; 
105Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
i) Comprimento cravado;
j) Cotas do terreno e do arrasamento;
k) Comprimento útil da estaca;
l) Altura de queda do martelo (no instante da verificação da nega);
m) Deslocamento da estaca (nega) para 10 golpes do martelo com altura de queda especifi-
cada;
n) Repique elástico da estaca no final da cravação;
o) Nome e assinatura do operador.
106
Carlos Rolim Neto 
4.4 – ESTACAS METÁLICAS
10
7Carlos Rolim Neto 
4.5 – ESTACAS RAIZ
EQUIPAMENTO NECESSÁRIO
PROCESSO EXECUTIVO
108Carlos Rolim Neto 
4.5 – ESTACAS RAIZ
109Carlos Rolim Neto 
4.5 – ESTACAS RAIZ
➢ PODEM SER EXECUTADAS EM SOLOS E ROCHAS
➢ CARACTERIZA-SE POR SER EXECUTADA COM USO DE REVESTIMENTO
➢ ESTACA ARMADA E PREENCHIDA COM ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA, MOLDADA IN
LOCO, EXECUTADA POR PERFURAÇÃO ROTATIVA OU ROTOPERCUSSIVA, REVESTIDA INTE-
GRALMENTE, NO TRECHO EM SOLO, POR UM CONJUNTO DE TUBOS METÁLICOS RECUPERÁ-
VEIS (ABNT NBR 6122:2019).
➢ É ARMADA EM TODO O SEU COMPRIMENTO
➢ A ARGAMASSA É ADENSADA COM O AUXÍLIO DE PRESSÃO, EM GERAL
DADA POR AR COMPRIMIDO
➢ BOA SOLUÇÃO PARA REFORÇO DE FUNDAÇÃO
➢ NÃO PRODUZEM CHOQUES NEM VIBRAÇÕES
➢ EQUIPAMENTO, EM GERAL, DE PEQUENO PORTE
110Carlos Rolim Neto 
4.5 – ESTACAS RAIZ
➢ ATINGEM GRANDES PROFUNDIDADES
➢ EM GERAL, SEU DIÂMETRO VARIA ENTRE 80 E 500 mm
➢ POSSUEM ALTA CAPACIDADE DE CARGA
➢ POSSIBILIDADE DE EXECUÇÃO EM ÁREAS DE ALTURA LIMITADA
➢ APRESENTA RECALQUES BEM REDUZIDOS
➢ COMBATE ESFORÇOS DE FLEXÃO
➢MUITA SUJEIRA NA OBRA
➢ ALTO CONSUMO DE CIMENTO, ELEVANDO SEU CUSTO
➢ IMPACTO AMBIENTAL
➢ BOA SOLUÇÃO PARA OBRAS QUE APRESENTAM ELEVADA TRAÇÃO NA FUNDAÇÃO
111Carlos Rolim Neto 
4.5 – ESTACAS RAIZ
112Carlos Rolim Neto 
4.5 – ESTACAS RAIZ
113Carlos Rolim Neto 
4.5 – ESTACAS RAIZ
O Brasil SEMPRE necessitará de gente 
COMPETENTE para projetar e construir.
Prof. Péricles Fusco
114Carlos Rolim Neto 
● POSSIBILIDADE 01: PERFIL METÁLICO
● POSSIBILIDADE 02: HÉLICE CONTÍNUA
● POR QUE NÃO ESCAVADA???
● POR QUE NÃO PRÉ-MOLDADA???
● POR QUE NÃO RAIZ???
5.0 – EXEMPLOS DE SONDAGENS E POSSIBILIDADES DE FUNDAÇÕES 
PROFUNDAS 
115Carlos Rolim Neto 
5.0 – EXEMPLOS DE SONDAGENS E POSSIBILIDADES DE FUNDAÇÕES 
PROFUNDAS 
● POSSIBILIDADE 01: PERFIL METÁLICO
● POR QUE NÃO ESCAVADA???
● POR QUE NÃO PRÉ-MOLDADA???
● POR QUE NÃO HÉLICE CONTÍNUA???
● POR QUE NÃO RAIZ???
116Carlos Rolim Neto 
5.0 – EXEMPLOS DE SONDAGENS E POSSIBILIDADES DE FUNDAÇÕES 
PROFUNDAS 
● POSSIBILIDADE 01: HÉLICE CONTÍNUA
● POR QUE NÃO ESCAVADA???
● POR QUE NÃO PRÉ-MOLDADA???
● POR QUE NÃO PERFIL METÁLICO???
● POR QUE NÃO RAIZ???
117Carlos Rolim Neto 
5.0 – EXEMPLOS DE SONDAGENS E POSSIBILIDADES DE FUNDAÇÕES 
PROFUNDAS 
● POSSIBILIDADE 01: ESCAVADA
● POR QUE NÃO HÉLICE CONTÍNUA???
● POR QUE NÃO PRÉ-MOLDADA???
● POR QUE NÃO PERFIL METÁLICO???
● POR QUE NÃO RAIZ???
118Carlos Rolim Neto 
5.0 – EXEMPLOS DE SONDAGENS E POSSIBILIDADES DE FUNDAÇÕES 
PROFUNDAS 
● POSSIBILIDADE 01: RAIZ
● POR QUE NÃO HÉLICE CONTÍNUA???
● POR QUE NÃO PRÉ-MOLDADA???
● POR QUE NÃO PERFIL METÁLICO???
● POR QUE NÃO ESCAVADA???
119Carlos Rolim Neto 
5.0 – EXEMPLOS DE SONDAGENS E POSSIBILIDADES DE FUNDAÇÕES 
PROFUNDAS 
● POSSIBILIDADE 01: PRÉ-MOLDADA
● POSSIBILIDADE 02: METÁLICA
● POR QUE NÃO HÉLICE CONTÍNUA???
● POR QUE NÃO RAIZ???
● POR QUE NÃO ESCAVADA???
120Carlos Rolim Neto 
A quantidade e qualidade das informações fornecidas é 
proporcional à quantidade e qualidade das informações 
recebidas
A. C. R. Laranjeiras
121Carlos Rolim Neto 
6.0 – EXEMPLO DE GEOLOGIA 
122Carlos Rolim Neto 
6.0 – EXEMPLO DE GEOLOGIA/SONDAGEM SPT 
Formação Barreiras Sedimentos Quaternário
123Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
124Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
125Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
Pa
rt
h
en
o
n
A
lt
a 
V
is
ta
A
lt
ip
la
n
o
 R
es
id
en
ce
Fo
n
ta
d
a
d
i M
ar
e
To
u
rs
 M
o
n
t 
B
la
n
c
Sa
in
t 
G
er
m
an
G
ra
n
d
 M
ar
e
Sa
in
t 
M
ic
h
ae
l
P
la
za
U
lt
ra
 M
ar
e
H
er
o
n
 M
ar
in
h
o
G
re
en
m
ar
e
M
ar
al
to
A
lt
ip
le
x
126Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
127Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
128Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
129Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
130Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
131Carlos Rolim Neto 
7.0 – ESTACAS ESCAVADAS TRADO MECÂNICO 
132Carlos Rolim Neto 
8.0 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA 
8.0 – ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA 
Fr
an
ki
Fr
an
ki
Fr
an
ki
Fr
an
ki
Fr
an
ki
Fr
an
ki
Fr
an
ki
9.0 – ESTACAS METÁLICAS 
9.0 – ESTACAS METÁLICAS 
9.0 – ESTACAS METÁLICAS 
Assumir a responsabilidade por um projeto que 
você não fez é uma espécie de prostituição
Prof. A. C. Vasconcelos
É difícil fazer um ENGENHEIRO na universidade. A 
profissão deve ser aprendida com a experiência e 
com a ajuda dos mestres.
Eng. Hugo Corres
137
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
1.1 – CARGA ADMISSÍVEL DE UMA ESTACA OU TUBULÃO: máxima carga que,
aplicada sobre a estaca ou sobre o tubulão isolados, atende, com fatores de segurança
predeterminados, aos estados limites últimos (ruptura) e de serviço (recalques, vibrações,
etc) (ABNT NBR 6122:2019).
1.2 – CARGA DE RUPTURA DE UMA FUNDAÇÃO: carga que, se aplicada à fundação,
provoca perda do equilíbrio estático ou deslocamentos que comprometem sua segurança ou
desempenho; corresponde à força resistente última (geotécnica) da fundação (ABNT NBR
6122:2019). 
1.3 – CARGA DE TRABALHO DE ESTACAS: carga efetivamente atuante na estaca, em
valores característicos; a tensão de trabalho da estaca corresponde à carga de trabalho divi-
dida pela área da seção transversal (ABNT NBR 6122:2019). 
1.0 - DEFINIÇÕES
138Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
1.0 - DEFINIÇÕES
● MÉTODOS EMPÍRICOS – Prevalecia a
experiência do engenheiro (obras rea-
lizadas) 
● MÉTODOS TEÓRICOS – Muita teoria,
funciona bem nos meios acadêmicos,
mas de pouca praticidade (dados não
usuais nas obras) 
● MÉTODOS SEMI-EMPÍRICOS – Bons
para a prática de projetos (experiência 
e estatística), provas de carga e tipo de
solo. Utilizados por grandes escritórios
de projetos do Brasil e exterior.
1.4 – RESISTÊNCIA TOTAL: RP + RL
139Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
1.0 - DEFINIÇÕES
1.5 – PLANTA DE CARGAS
140
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
1.0 - DEFINIÇÕES
1.6 – ALGUNS MÉTODOS SEMI EMPÍRICOS (DENTRE VÁRIOS EXISTENTES):
● DÉCOURT-QUARESMA
● AOKI VELLOSO
● TEIXEIRA
● ANTUNES E CABRAL
1.7 – ATENÇÃO E CUIDADO!!!
1.7.1 – NSPT ACIMA DE 50
1.7.2 – ESTACAS PRÉ-MOLDADAS: NSPT ≤ 35 (SUGIRO NÃO
ULTRAPASSAR 25)
1.7.3 – ESTACAS ESCAVADAS – RESISTÊNCIA DEPONTA LIMITADA A
20% DA RESISTÊNCIA TOTAL
141Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
➢ CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS A PARTIR DO ENSAIO SPT;
➢ 𝑸𝒖 = 𝜶. 𝒒𝒑 . 𝑨𝒑 + 𝜷. 𝒒𝒍. 𝑨𝒍
➢ RESISTÊNCIA DE PONTA: valor do N é a média entre o valor correspondente à ponta da
estaca, o imediatamente anterior e o imediatamente posterior; A resistência de ponta é da-
da por: 
𝒒𝒑, 𝒖𝒍𝒕 = 𝑪𝑵 (kN/m
2)
O valor de C é retirado da tabela a seguir:
2.0 – MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
TIPO DE SOLO C (kN/m2)
Argilas 120
Siltes argilosos 200
Siltes arenosos 250
Areias 400 142
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
2.0 – MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
➢ RESISTÊNCIA LATERAL: valores de N ao longo do fuste, sem levar em conta aqueles utili-
zados para a estimativa da resistência de ponta. É o valor médio. Nenhuma distinção é feita 
quanto ao tipo de solo. A. resistência lateral, em kN/m2, é dada por:
𝝉𝒍, 𝒖𝒍𝒕 = 𝟏𝟎 (
𝑵
𝟑
+ 𝟏)
➢ CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES PARA DETERMINAÇÃO DO N MÉDIO:
● Valores de N menores que 3 devem ser considerados iguais a 3;
● Valores de N maiores que 50 devem ser considerados iguais a 50
143Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
2.0 – MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
➢ PARÂMETRO 𝜶
(DÉCOURT, 1996) ARGILAS SOLOS 
INTERMEDIÁRIOS
AREIAS
CRAVADA 1,00 1,00 1,00
ESCAVADA EM 
GERAL
0,85 0,60 0,50
ESCAVADA COM 
LAMA BENTONÍTICA
0,85 0,60 0,50
HÉLICE CONTÍNUA 0,30 0,30 0,30
RAIZ 0,85 0,60 0,50
INJETADAS (ALTA 
PRESSÃO)
1,00 1,00 1,00
144Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
2.0 – MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
➢ PARÂMETRO 𝛽
(DÉCOURT, 1996) ARGILAS SOLOS 
INTERMEDIÁRIOS
AREIAS
CRAVADA 1,00 1,00 1,00
ESCAVADA EM 
GERAL
0,80 0,65 0,50
ESCAVADA COM 
LAMA BENTONÍTICA
0,90 0,75 0,60
HÉLICE CONTÍNUA 1,00 1,00 1,00
RAIZ 1,50 1,50 1,50
INJETADAS (ALTA 
PRESSÃO)
3,00 3,00 3,00
145Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
2.0 – MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
EXERCÍCIO 1: Considerando-se o seguinte perfil, determine a capacidade de carga admissível
para uma estaca pré-moldada com comprimento fixado em 9,0 m e diâmetro igual a 20 cm
Solução:
(Resistência da ponta + resistência lateral)
(Resistência da ponta)
(Resistência lateral)
𝑄𝑢 = 𝑄𝑝 + 𝑄𝑙
𝑄𝑝 = 𝛼. 𝑞𝑝. 𝐴𝑝
𝑄𝑙 = 𝛽. 𝑞𝑙. 𝐴𝑙
a) Determinação da resistência da ponta:
𝜶 = 1 (estaca cravada e areia)
qp = CN
𝑁𝑀É𝐷𝐼𝑂 =
14 + 23 + 20
3
⇒ 𝑁 𝑀É𝐷𝐼𝑂 = 19
C= 400 kN/m2 (areia) 146
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
2.0 – MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
qp = 400 x 19 ⇒ qp = 7600 kN/m
2
𝐴𝑝 = 𝜋
𝑑2
4
⇒ 𝐴𝑝 = 𝜋
(0,20)2
4
⇒ 𝐴𝑝 = 0,0314 𝑚2
Qp = 𝜶.qp.Ap⇒ Qp = 1 . 7600 . 0,0314 ⇒ Qp = 238,64 kN
b) Determinação da resistência lateral
𝛽 = 1 (estaca cravada em todos os tipos de solo) 
𝑞𝑙 = 10
𝑁
3
+ 1
Nspt TOTAL= 7, 9, 14, 5, 2, 3, 4, 14, 23, 20
𝑁𝑆𝑃𝑇 𝑀É𝐷𝐼𝑂 =
7 + 9 + 14 + 5 + 2 + 3 + 4
7
⇒ 𝑁 𝑆𝑃𝑇𝑀É𝐷𝐼𝑂 = 6,25 PONTA
147
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
2.0 – MÉTODO DÉCOURT-QUARESMA
𝑞𝑙 = 10
𝑁
3
+ 1 ⇒ 𝑞𝑙 = 10
6,25
3
+ 1 ⇒
𝑞𝑙 = 31 𝑘𝑁/𝑚
2
Al = perímetro . altura = p . h = 2 . 𝜋 . 𝑟 . ℎ
𝐴𝑙 = 2 . 𝜋 . 0,10 . 9 ⇒ 𝐴 𝑙 = 5,65 m
2
𝑄𝑙 = 𝛽 . 𝑞𝑙 . 𝐴𝑙 ⇒ 𝑄 𝑙 = 1 𝑥 31
𝑘𝑁
𝑚2
𝑥 5,65 𝑚2 ⇒
𝑄𝑙 = 175,2 𝑘𝑁
Qu = QPONTA + QLATERAL ⇒ QU = 238,64 + 175,2 ⇒
QU = 413,84 kN (Carga de ruptura)
Carga admissível: 
413,84
2
= 𝟐𝟎𝟕 𝒌𝑵COEFICIENTE DE SEGURANÇA
GLOBAL
148
Sempre desconfie dos resultados das máquinas. 
Contas por aproximação são valiosas.
A.C.R. Laranjeiras
149
150Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
➢MÉTODO ELABORADO INICIALMENTE PARA ENSAIO CPT;
➢ CAPACIDADE DE CARGA DE ESTACAS CORRELACIONADAS COM O ENSAIO SPT;
➢ R= 𝑹 𝑳+ 𝑹 𝑷
ONDE rL e rP são incógnitas geotécnicas
𝒓𝑷 =
𝒒𝒄
𝑭𝟏
𝒓𝑳 =
𝒇𝒔
𝑭𝟐
ONDE F1 E F2 são fatores de correção que levam em conta o efeito escala (diferença de 
comportamento entre a estaca) e o cone e também a influência do método executivo de 
cada tipo de estaca 
RL = U 𝚺 (rL 𝛥L)
RP = rP AP
151Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
qc = K NSPT
Onde o coeficiente K depende do tipo de solo
fs = 𝜶 qc ⇒ fs = 𝜶 K NSPT
Onde 𝜶 é função do tipo de solo
Podemos reescrever as expressões para rP e rL
𝒓𝑷 = 𝑲
𝑵𝑷
𝑭𝟏
𝒓𝑳 = 𝜶 𝑲
𝑵𝑳
𝑭𝟐
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
Onde:
NP➜ índice de resistência à penetração
na cota de apoio da ponta da estaca
NL➜ índice de resistência à penetração médio
na camada de solo de espessura 𝛥L
152Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
DAÍ OBTEM-SE:
𝑹 =
𝑲𝑵
𝑷
𝑭
𝟏
𝑨 𝑷+
𝑼
𝑭
𝟐
𝚺 𝜶 𝑲 𝑵 𝑳 𝚫𝑳 ; 𝐎𝐍𝐃𝐄 𝐊, 𝜶, 𝑭𝟏 𝑬 𝑭𝟐 FORAM TABELADOS PELOS AUTORES 
TIPO DE ESTACA F1 F2
FRANKI 2,50 2F1
METÁLICA 1,75 2F1
PRÉ-MOLDADA 1+ D/0,80 2F1
ESCAVADA 3,0 2F1
RAIZ, HÉLICE CONTÍNUA E 
ÔMEGA
2,0 2F1
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
153Carlos Rolim Neto 
COEFICIENTE K E RAZÃO DE ATRITO 𝜶
SOLO K (MPa) 𝜶 (%)
AREIA 1,00 1,4
AREIA SILTOSA 0,80 2,0
AREIA SILTO ARGILOSA 0,70 2,4
AREIA ARGILOSA 0,60 3,0
AREIA ARGILO SILTOSA 0,50 2,8
SILTE 0,40 3,0
SILTE ARENOSO 0,55 2,2
SILTE ARENO ARGILOSO 0,45 2,8
SILTE ARGILOSO 0,23 3,4
SILTE ARGILO ARENOSO 0,25 3,0
ARGILA 0,20 6,0
ARGILA ARENOSA 0,35 2,4
ARGILA ARENO SILTOSA 0,30 2,8
ARGILA SILTOSA 0,22 4,0
ARGILA SILTO ARENOSA 0,33 3,0
154Carlos Rolim Neto 
Tipo de estaca Nlim
Pré-moldada de concreto 𝜙 < 30 cm 15 < NSPT < 25 e 𝚺NSPT = 80
Pré-moldada de concreto 𝜙 ≥ 30 cm 25 < NSPT ≤ 35
Perfil metálico 25 < NSPT ≤ 55
Tubada (oca, ponta fechada) 20 < NSPT ≤ 40
Strauss 10 < NSPT ≤ 25
Franki em solos arenosos 8 < NSPT ≤ 15
Franki em solos argilosos 20 < NSPT ≤ 40
Estacão e diafragma, com lama bentonítica 30 < NSPT ≤ 80
Hélice contínua 20 < NSPT ≤ 45
Ômega 20 < NSPT ≤ 40
Raiz NSPT ≥ 60 (penetra na rocha 
sã)
Valores limites de NSPT para a parada das estacas:
155Carlos Rolim Neto 
EXERCÍCIO 2: Considerando estacas pré-moldadas de concreto 
centrifugado, com diâmetro de 0,33 m, carga de catálogo de 
750 kN e comprimento de 12 m, cravadas em local cuja sonda-
gem com NSPT está representada ao lado, com ponta à cota 
-13 m, fazer a previsão da capacidade de carga dessa fundação 
utilizando o método Aoki-Velloso 
FATORES DE CORREÇÃO:
𝐹1 = 1 +
𝐷
0,80
= 1 +
0,33
0,80
= 1,41 (Para estacas pré-moldadas)
F2 = 2F1 = 2 x 1,41 ⇒ F2 = 2,82 
𝑹 =
𝑲𝑵
𝑷
𝑭
𝟏
𝑨 𝑷+
𝑼
𝑭
𝟐
𝚺 𝜶 𝑲𝑵 𝑳 𝚫𝑳
Solução:
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
156Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
RESISTÊNCIA LATERAL:
RL = U 𝚺 (rL 𝛥L)
𝒓𝑳 = 𝜶 𝑲
𝑵𝑳
𝑭𝟐
De -1 m a -6 m: areia argilosa com 𝑁𝑚é𝑑 =
5+2+3+2+4
5
⇒ 𝑁 𝑚é𝑑 ≂ 3
K = 600 kPa e 𝜶 = 3%
RL = U 𝚺 (rL 𝛥L)
𝒓𝑳 = 𝜶 𝑲
𝑵𝑳
𝑭𝟐
𝑅𝐿1 = 0,03 . 600 .
3
2,82
. 𝜋 . 0,33 . 5 ⇒ 𝑅 𝐿1 = 99 𝑘𝑁
157Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
RESISTÊNCIA LATERAL:
De -6 m a -11 m: areia argilosa com 𝑁𝑚é𝑑 =
4+7+9+9+7
5
⇒ 𝑁 𝑚é𝑑 ≂ 7
K = 600 kPa e 𝜶 = 3%
RL = U 𝚺 (rL 𝛥L)
𝒓𝑳 = 𝜶 𝑲
𝑵𝑳
𝑭𝟐
𝑅𝐿2 = 0,03 . 600 .
7
2,82
. 𝜋 . 0,33 . 5 ⇒ 𝑅 𝐿2 = 232 𝑘𝑁
158Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
RESISTÊNCIA LATERAL:
De -11 m a -13 m: areia argilosa com 𝑁𝑚é𝑑 =
7+9
2
⇒ 𝑁𝑚é𝑑 ≂ 8
K = 600 kPa e 𝜶 = 3%
RL = U 𝚺 (rL 𝛥L)
𝒓𝑳 = 𝜶 𝑲
𝑵𝑳
𝑭𝟐
𝑅𝐿3 = 0,03 . 600 .
8
2,82
. 𝜋 . 0,33 . 2 ⇒ 𝑅 𝐿1 = 106 𝑘𝑁
RL = U 𝚺 (rL 𝛥L) ⇒ RL = RL1 + RL2 + RL3 ⇒ RL = 99 + 232 + 106 
RL = 437 kN
159Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
RESISTÊNCIA DE PONTA (COTA -13 m):
Areia argilosa com NSPT = 14
RP = rP AP
𝒓𝑷 = 𝑲
𝑵𝑷
𝑭𝟏
𝑅𝑃 = 600 .
14
1,41
. 𝜋 .
0,33 2
4
⇒ 𝑅 𝑃 = 510 𝑘𝑁
CARGA DE RUPTURA DA ESTACA: R = RL + RP ⇒ R = 437 + 510 ⇒ R = 947 kN
CARGA ADMISSÍVEL DA ESTACA: 
𝟗𝟒𝟕
𝟐
= 𝟒𝟕𝟑, 𝟓 𝒌𝑵
160Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
EXERCÍCIO 3: Para os mesmos dados do exercício anterior,
determinar a carga admissível do estaqueamento: 
a)Considerando que 12 m é o máximo comprimento disponível
dessa estaca, e que, por opção didática, não haverá emenda de
estaca;
b) Considerando a possibilidade de emendar as estacas.
Soluções:
a) A opção por não emendar as estacas impõe L = LMÁX = 12 m
1ª) Pe = 750 kN (Carga de catálogo) ➜ R = 2 x 750 kN = 1500 kN
2ª) L = LMÁX = 12 m ➜ ok! (Carga geotécnica menor que a estrutural)
3ª) E NSPT = 14 < NLIM25 < NSPT ≤ 35 ➜ L≂ 19 a 23 m 
(Limite de parada)
161Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
Soluções:
b) Considerando a possibilidade de emendar as estacas, não há
comprimento máximo preestabelecido 
Vamos, por tentativas, procurar o comprimento da estaca
necessário para que Pgeo = Pest = 750 kN
Aproveitando os dados obtidos no exercício 2, vamos recalcular
apenas a última parcela de resistência lateral (RL3) e a resistência
de ponta (RP), e construir a tabela a seguir
162Carlos Rolim Neto 
3.0 – MÉTODO AOKI-VELLOSO
Cota da 
ponta 
(m)
NSPT RL1 (kN) RL2 (kN) RL3 (kN) RL (kN) RP (kN) R (kN) PGEO
-13 14 99 232 106 437 510 950 500
-14 16 99 232 199 523 582 1105 550
-15 15 99 232 291 622 546 1168 600
-16 13 99 232 397 728 473 1201 600
-17 14 99 232 476 807 510 1317 650
-18 16 99 232 602 933 582 1515 750
-19 21 99 232 688 1019 764 1783 900
● Logo, a estaca deverá ter a ponta na cota -18 m (L=17 m), com Pe = Pgeo = 750 kN
● Se formos buscar o critério de parada de estaca pré-moldada com diâmetro superior a 0,30m
25 < NSPT ≤ 35
Levaria a estaca às cotas -20 m a -24 m (L= 19 m a 23 m). Tais comprimentos resultariam em
cargas geotécnicas muito superiores às estruturais
163Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
4.0 – MÉTODO TEIXEIRA
➢MÉTODO ELABORADO COM BASE EM DIVERSOS MÉTODOS;
➢ PROPÕE EQUAÇÃO UNIFICADA DE CAPACIDADE DE CARGA, EM FUNÇÃO DOS 
PARÂMETROS 𝜶 E 𝛽;
● R = RP + RL
● RP = 𝜶 NP AP 
● RL = 𝛽 NL U L
ONDE:
● NP – Valor médio do índice de resistência à penetração
medido no intervalo de 4 diâmetros acima da ponta da estaca
e 1 diâmetro abaixo
● NL – Valor médio do índice de resistência à penetração ao
longo do fuste da estaca 
164Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
SOLO
(4<NSPT<40)
TIPO DE ESTACA - 𝜶 (kPa)
Pré-moldada e 
perfil metálico
Franki Escavada a céu 
aberto
Raiz
Argila siltosa 110 100 100 100
Silte argiloso 160 120 110 110
Argila arenosa 210 160 130 140
Silte arenoso 260 210 160 160
Areia argilosa 300 240 200 190
Areia siltosa 360 300 240 220
Areia 400 340 270 260
Areia com 
pedregulhos
440 380 310 290
➢ VALORES DE 𝜶 (TABELADO) ➜ FUNÇÃO DO SOLO
➜ FUNÇÃO DO TIPO DE ESTACA
4.0 – MÉTODO TEIXEIRA (1996)
165Carlos Rolim Neto 
CAPACIDADE DE CARGA DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS
4.0 – MÉTODO TEIXEIRA (1996)
➢ VALORES DE 𝛽 (TABELADO) ➜ FUNÇÃO DO TIPO DE ESTACA 
TIPO DE ESTACA 𝛽 (kPa)
Pré-moldada e Perfil metálico 4
Franki 5
Escavada a céu aberto 4
Raiz 6
166Carlos Rolim Neto 
EXERCÍCIO 4: Considerando estacas escavadas de concreto, com 
diâmetro igual a 0,40 m e comprimento de 15 m, executadas em
local cuja sondagem com NSPT está representada ao lado, com com-
primento igual a 15 m, fazer a previsão da capacidade de carga 
dessa estaca utilizando o método de Teixeira. 
● R = RP + RL
● RP = 𝜶 NP AP 
● RL = 𝛽 NL U L
Solução:
RESISTÊNCIA DE PONTA:
𝜶 = 200 (areia argilosa); ver tabela do método
𝛽 = 4 (estaca escavada); ver tabela do método
AP = 𝜋
𝐷2
4
= 𝜋
0,4 2
4
= 𝐴 𝑃 = 0,1256 𝑚
2
NP = 
16+15
2
⇒ 𝑁 𝑃 = 15,5 (4 diâmetros acima e 1 abaixo)
RP = 200 kPa x 15,5 x 0,1256 m
2 ⇒ RP = 389,36 kN
4.0 – MÉTODO TEIXEIRA
167Carlos Rolim Neto 
4.0 – MÉTODO TEIXEIRA
Solução:
RESISTÊNCIA LATERAL:
𝛽 = 4 (estaca escavada); ver tabela do método
NL = 
5+2+3+2+4+4+7+9+9+7+7+9+14
13
⇒ NL = 6,3
U = 2 x 𝛑 x r = 2 x 𝛑 x 0,2 m ⇒ U = 1,26 m
L= 15 m
RL= 4 kPa x 6,3 x 1,26 m x 15 m ⇒ RL = 476,28 kN
CARGA DE RUPTURA DA ESTACA: R = RP + RL ⇒ R= 389,36 + 476,28 kN
A norma limita, para estacas escavadas, a resistência de ponta. O valor
476,28 kN deve representar 80% da resistência total. (Com fluido, 50%)
CARGA DE RUPTURA: R = 476,3 + 119,1 = 595,4 kN
CARGA ADMISSÍVEL: 
𝟓𝟗𝟓,𝟒
𝟐
= 𝟐𝟗𝟕, 𝟕 𝒌𝑵
Só deve ser considerado este valor
para a resistência de ponta
476,3 - 80%
X - 20%
X= 119,1 kN
168Carlos Rolim Neto 
Ainda não apareceu um programa capaz de gerar ideias e 
soluções de engenharia, ou corrigir concepções projetuais
ruins. Os softwares aceitam tudo... Acredite! As soluções 
estão AQUI!
Prof. Carlos Rolim Neto
169Carlos Rolim Neto 
5.0 – CARGA ESTRUTURAL ADMISSÍVEL (CARGA DE CATÁLOGO)
➢ PARCELA GEOTÉCNICA: quanto o solo suporta
➢ PARCELA ESTRUTURAL: quanto a estaca suporta
PROJETO OTIMIZADO: Carga estrutural ≂ carga geotécnica
ESTAQUEAMENTO: ● Dois ou três diâmetros por obra (ver caso a caso)
● Trocar o trado (hélice contínua) pode durar entre 6 e 7 horas
● Estacas que já vêm prontas para a obra, tornam esta 
operação mais simples (variação de seção)
● Não colocar estacas com diâmetros diferentes em um 
mesmo bloco (variar em blocos distintos)
● Não variar comprimentos de estacas em um mesmo bloco
(variar em blocos distintos)
Exemplos:
170Carlos Rolim Neto 
5.0 – CARGA ESTRUTURAL ADMISSÍVEL (CARGA DE CATÁLOGO)
CARGA DE CATÁLOGO: Contempla exclusivamente a estaca, sem levar em conta
o aspecto geotécnico (espécie de tensão admissível do material da estaca (𝜎e) multiplicada
pela área da seção transversal do fuste ➜ (Pe) 
Pgeo ≤ Pestrut
● Conhecida inicialmente
● Representa o limite superior 
para a carga da fundação
CARGA DE CATÁLOGO
171Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A CARGA VERTICAL 
172Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A CARGA VERTICAL 
EXEMPLO:
● ESTACAS HÉLICE CONTÍNUA ➜ 𝜎c < 6 MPa
● ESTACAS ESCAVADAS ➜ 𝜎c < 5 MPa
AS = 0,4% Ac
ÁREA DE CONCRETOÁREA DE AÇO
SE O DIÂMETRO DA ESTACA FOR IGUAL A 50 cm, TEM-SE:
1) Área de concreto: Ac = 𝝅
𝑫𝟐
𝟒
= 𝝅
𝟓𝟎 𝟐
𝟒
⇒ 𝑨 𝒄 = 𝟏𝟗𝟔𝟑, 𝟒𝟒 𝒄𝒎
𝟐
2) Seção de armadura: AS = 0,4% Ac = 
𝟎,𝟒
𝟏𝟎𝟎
𝒙 𝟏𝟗𝟔𝟑, 𝟒𝟒 ⇒ 𝑨 𝒄 = 𝟕, 𝟖𝟓 𝒄𝒎
𝟐 ➜ Escolhendo
𝜙 12.5 mm (AS12.5 = 1,25 cm
2) ➜ As = 
𝟕,𝟖𝟓
𝟏,𝟐𝟓
= 𝟔, 𝟐𝟖 ➜ 7 𝜙 12.5 mm
3) Comprimento: 4,0 m
173Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A CARGA VERTICAL 
4) Caso a tensão seja > que a estabelecida por norma ➜ dimensionamento pilar curto
5) Excentricidade máxima: 10% do diâmetro (no exemplo, 5 cm)
6) Desaprumo máximo: 1,5% do comprimento da estaca
Se você achar que está errado, é porque está 
mesmo.
A.C.R. Laranjeiras
174Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A MOMENTO 
FLETOR E ESFORÇO HORIZONTAL 
1) BLOCO DE UMA ESTACA: Se não houverem vigas em duas direções ortogonais, a estaca
recebe esforço cortante e momento fletor
VIGAS EM DUAS DIREÇÕES
175Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A MOMENTO 
FLETOR E ESFORÇO HORIZONTAL 
2) BLOCO DE DUAS ESTACAS: Se não houver viga pelo menos na direção perpendicular ao
eixo que une as duas estacas, as estacas recebem esforço cortante e momento fletor
VIGA
Existe o binário de forças (compressão e tração) no plano do eixo que une as duas estacas
3) BLOCO SOBRE TRÊS OU MAIS ESTACAS: Binários de forças à tração e à compressão.
176Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A MOMENTO 
FLETOR 
1) MOMENTOS ORIUNDOS DA ESTRUTURA (Fornecidos pelo projetista estrutural)
2) MOMENTOS ORIUNDOS DO TRANSPORTE
177Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A MOMENTO 
FLETOR 
1) ARMADURA MÍNIMA: ASMIN = 0,15% AC
2) SEÇÃO QUADRADA: Cálculo como viga
3) SEÇÃO CIRCULAR: Ábaco
4) Nd = 𝜸f N
5) Md = 𝜸f M
6) fcd = 0,85 fck/𝜸c
7) fyd = fyk/𝜸c
8) 𝑨𝒔 = 𝒑
𝑨
𝒄
∙𝒇𝒄𝒅
𝒇
𝒚𝒅
9) 𝒏 =
𝑵
𝒅
𝒅
𝒃
𝟐 𝒙 𝒇𝒄𝒅
10) 𝒎 =
𝑴
𝒅
𝒅
𝒃
𝟑 𝒙 𝒇𝒄𝒅
178Carlos Rolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A MOMENTO 
FLETOR 
ÁBACO 1 ÁBACO 2
179CarlosRolim Neto 
6.0 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A MOMENTO 
FLETOR 
ÁBACO 3
Onde:
● db – Diâmetro da estaca
● da – Distância intereixos da armadura 
longitudinal
● Nd – Carga vertical majorada (tração ou
compressão)
● Md – Momento majorado
● fcd – Resistência de cálculo do concreto
● fyd - Resistência de cálculo do aço
Calculam-se, agora, n e m, determina-se o 
coeficiente p, para entrada fórmula do As
180Carlos Rolim Neto 
6.1 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A ESFORÇO 
CORTANTE 
● VSD ≤ VRD2
● VSD ≤ VRD3
● VRD3 = VSW + VC
● VSD – Força solicitante de projeto
● VRD2 – Força cortante resistente de cálculo (ruína da diagonal comprimida do concreto)
● VRD3 – Força cortante resistente de cálculo (ruína da tração diagonal)
● VSW – Força cortante resistente de cálculo do aço
● VC – Força cortante resistente de cálculo do concreto 
● VRD2 = 0,27 1 −
𝑓𝑐𝑘
250
𝑓𝑐𝑑 𝑏𝑤 𝑑 (fck em Mpa)
● VC = 0,6 x FCTD x 𝛑 x
𝑑2
4
181Carlos Rolim Neto 
6.1 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA A ESFORÇO 
CORTANTE 
● FCTD – Resistência de cálculo do concreto ao cisalhamento
● FCTD = 0,15 ∛ 𝑓𝑐𝑘
2
● VSW = 
𝐴
𝑆𝑊
𝑆
𝑥 0,9 𝑥 𝑑 𝑥 𝑓𝑦𝑑 ; VSW = Vd - Vc
● d – altura útil da peça de concreto = (diâmetro da estaca – cobrimento)
● ASMÍN = 𝜌min x 100 x bw
Tabela com valores de 𝜌mín
182Carlos Rolim Neto 
6.2 – DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO E ESTRUTURAL DE ESTACA A 
TRAÇÃO 
DIMENSIONAMENTO 
GEOTÉCNICO
➜ Somam-se todas as parcelas de atrito lateral
➜ Verifica-se em que profundidade ocorre esforço nulo na estaca
➜ Para tal verificação, toma-se o valor de 70% do atrito lateral,
pelos métodos de capacidade de carga
➜ A armadura deve atingir, no mínimo, esta profundidade
DIMENSIONAMENTO 
ESTRUTURAL
➜ Definição do fck, dimensionamento das armaduras
➜ w – coeficiente relacionado com a abertura de fissuras
w = 1 para estaca não protegida em meio agressivo. 
Fissura até 0,1 mm.
w= 2 para estaca não protegida em meio não agressivo.
Fissura até 0,2 mm
w= 3 para estaca protegida
183Carlos Rolim Neto 
6.2 – DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO E ESTRUTURAL DE ESTACA A 
TRAÇÃO 
DIMENSIONAMENTO 
ESTRUTURAL
➜ 𝜙 = Diâmetro das barras tracionadas
➜ nb = Coeficiente de aderência (≤ 1,8)
➜𝜎s – Tensão máxima no aço para garantir a abertura de fissura
➜Es - Módulo de elasticidade do aço (Es = 210000 MPa)
➜ ftk - Resistência característica do concreto à tração: ftk =(0,06 fck)+ 0,7
w =
𝜙
2 𝑛𝑏 −0,75
𝑥
3 𝑥( 𝜎
𝑠
2
𝐸
𝑠
𝑥 𝑓𝑡𝑘
Onde:
w
➜ ambiente marinho?
➜ ambiente que contém produtos químicos?
➜ existe variação do lençol freático?
➜Es - Módulo de elasticidade do aço (Es = 210000 MPa)
➜ ftk - Resistência característica do concreto à tração: ftk =(0,06 fck)+ 0,7
184Carlos Rolim Neto 
6.2 – DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO E ESTRUTURAL DE ESTACA A 
TRAÇÃO 
DIMENSIONAMENTO 
ESTRUTURAL
w =
𝜙
2 𝑛𝑏 −0,75
𝑥
3 𝑥( 𝜎
𝑠
2
𝐸
𝑠
𝑥 𝑓𝑡𝑘
Concreto
➜ Bom à compressão
➜ Não tão bom à tração
Es = 210000 MPa (aço)
Utilizar barras de 20 mm
(Escolha do projetista)
Ftk = (0,06 fck) + 0,7
𝜙 – Diâmetro da barra em mm
Vamos começar utilizando esta fórmula, 
ligada a abertura de fissuras
Escolhendo w = 1 (ambiente agressivo e
estaca não protegida
185Carlos Rolim Neto 
6.2 – DIMENSIONAMENTO GEOTÉCNICO E ESTRUTURAL DE ESTACA A 
TRAÇÃO 
EXERCÍCIO 5: Dimensionar a estaca à tração, com carga estrutural igual a 125 Tf e carga
geotécnica igual a 86 Tf . A carga de tração na estaca é de 30 Tf. O fck da estaca é 20 
MPa. A estaca possui 50 cm de diâmetro.
ftk = 0,06 fck + 0,7 = 0,06 fck + 0,7 ⇒ ftk = 1,9 MPa 
Solução:
1 =
20
2 𝑥 1,8 − 0,75
𝑥 3 𝑥
𝜎𝑠
2
210000 𝑥 1,9
w =
𝜙
2 𝑛𝑏 −0,75
𝑥
3 𝑥( 𝜎
𝑠
2
𝐸
𝑠
𝑥 𝑓𝑡𝑘
𝜎s
2 = 18952,5 ⇒ 𝜎s = 137,67 MPa
Tensão máxima a ser aplicada no aço, para que
a abertura máxima de fissuras seja de 0,1 mm
30 tf = 0,3 MN
Com isso, é possível determinar a área de aço: 𝐴𝑠 =
𝑁𝑡𝑘
𝜎𝑠
=
0,3
137,67
⇒ 𝐴𝑠 = 2,18 𝑥 10 − 3 𝑚2
Força em MN
As = 21,79 cm2 ➜ 7 𝜙 20.0 mm
Tensão em MPa 
186Carlos Rolim Neto 
6.2 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A COMPRESSÃO
EXERCÍCIO 6: Dimensionar a estaca à compressão, com carga estrutural igual a 125 Tf e 
carga geotécnica igual a 86 Tf . A carga de tração na estaca é de 30 Tf. O fck da estaca é 
20 MPa. A estaca possui 50 cm de diâmetro.
Se não ultrapassarmos uma tensão de 6MPa (Estaca hélice contínua) – As = 0,4% Ac
Carga de compressão: 86 Tf
𝜎 =
𝐹
𝐴
=
86000 𝑘𝑔𝑓
1963,44 𝑐𝑚2
⇒ 𝜎 = 43,8105 kgf/cm2 = 4,38 MPa < 6 MPa
As = 0,4% Ac = 
0,4
100
𝑥 1963,44 ⇒ 𝐴𝑠 = 7,8 𝑐𝑚2 ➜ 7 barras de 12.5 mm
OBSERVAÇÕES:
● Tal armadura é menor que a utilizada no dimensionamento à tração. Assim, mantém-se a
armadura à tração
● A estaca deve ser armada ao longo de todo o fuste (esforço de tração)
Solução:
187Carlos Rolim Neto 
6.3 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A MOMENTO FLETOR
EXERCÍCIO 7: Dimensionar a estaca à momento, com carga estrutural igual a 125 Tf e 
carga geotécnica igual a 86 Tf . A carga de tração na estaca é de 30 Tf. O fck da estaca é 
20 MPa. A estaca possui 50 cm de diâmetro. Some-se a estas solicitações, um momento
fletor igual a 15,62 tfm
Dados do problema:
Nk = 86 tf (compressão)
Nk = -30 tf (tração)
Mk = 15,62 tfm
Solução:
1º PASSO: Cálculo do fcd
𝑓𝑐𝑑 = 0,85
𝑓𝑐𝑘
𝛾𝑐
𝑓𝑐𝑑 = 0,85 𝑥
20
1,4
⇒ 𝑓𝑐𝑑 = 12,14 𝑀𝑃𝑎 = 121,4
𝑘𝑔𝑓
𝑐𝑚2
2º PASSO: Cálculo do fyd
𝑓𝑦𝑑 =
𝑓𝑦𝑘
𝛾𝑐
𝑓𝑦𝑑 =
5000
1,15
⇒ 𝑓𝑦𝑑 = 4347,82
𝑘𝑔𝑓
𝑐𝑚2
188Carlos Rolim Neto 
6.3 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A MOMENTO FLETOR
3º PASSO: Cálculo do n
n1 – compressão (n= 86000 kgf)
n2 – tração (n= -30000 kgf)
Solução:
𝒏 =
𝑵𝒅
𝒅𝒃
𝟐 𝒙 𝒇𝒄𝒅
𝒏𝟏 =
𝟏, 𝟒 𝒙 𝟖𝟔𝟎𝟎𝟎
𝟓𝟎𝟐 𝒙 𝟏𝟐𝟏, 𝟒
= 𝟎, 𝟑𝟗
𝒏𝟐 =
𝟏, 𝟒 𝒙 (−𝟑𝟎𝟎𝟎𝟎)
𝟓𝟎𝟐 𝒙 𝟏𝟐𝟏, 𝟒
= − 𝟎, 𝟏𝟒
4º PASSO: Cálculo do m
𝒎 =
𝑴
𝒅
𝒅
𝒃
𝟑 𝒙 𝒇𝒄𝒅
𝒎 =
𝟏,𝟒 𝒙 𝟏𝟓𝟔𝟐𝟎 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝟓𝟎𝟑 𝒙 𝟏𝟐𝟏,𝟒
= 𝟎, 𝟏𝟒
5º PASSO: Determinar o coeficiente p➜ ir ao
ábaco
p = 1,1 𝑨𝒔 = 𝒑
𝑨
𝒄
∙𝒇𝒄𝒅
𝒇
𝒚𝒅
𝑨𝒔 = 𝟏, 𝟏
𝟏𝟗𝟔𝟑, 𝟒𝟒 ∙ 𝟏𝟐𝟏, 𝟒
𝟒𝟑𝟒𝟕, 𝟖𝟐
189Carlos Rolim Neto 
6.3 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A MOMENTO FLETOR
Solução:
5º PASSO: Determinar o coeficiente p➜ ir ao ábaco
p = 1,1 𝑨𝒔 = 𝒑
𝑨
𝒄
∙𝒇𝒄𝒅
𝒇
𝒚𝒅
𝑨𝒔 = 𝟏, 𝟏
𝟏𝟗𝟔𝟑, 𝟒𝟒 ∙ 𝟏𝟐𝟏, 𝟒
𝟒𝟑𝟒𝟕, 𝟖𝟐
As = 60,31 cm2➜ 12 𝜙 25.0 mm
OBSERVAÇÕES:
● Tal armadura é MAIOR que a utilizada no dimensionamento à tração. Assim, mantém-se 
esta armadura como a armadura da estaca
● A estaca deve ser armada ao longo de todo o fuste (esforço de flexão)
190Carlos Rolim Neto 
EXERCÍCIO 8: Dimensionar a estaca ao cortante, com carga estrutural igual a 125 Tf e 
carga geotécnica igual a 86 Tf . A carga de tração na estaca é de 30 Tf. O fck da estaca é 
20 MPa. A estaca possui 50 cm de diâmetro. Some-se a estas solicitações, um momento
fletor igual a 15,62 tfm. O esforço cortante é 3,88 tf (característico)
6.4 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A ESFORÇO 
CORTANTE
Solução:
Dados do problema:
1º) PASSO: Cálculo do esforço cortante de projeto
Vk = 3,88 tf
Vd = 1,4 x Vk = 1,4 x 3,88 ⇒ Vd = 5,432 tf (cortante de projeto)
● ASMÍN = 𝜌min x bw = 0,0884 x 50 = 4,42 cm
2
191Carlos Rolim Neto 
6.4 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A ESFORÇO 
CORTANTE
2º) PASSO: Cálculo do esforço cortante resistente
VRD2 = 0,27 1 −
𝑓𝑐𝑘
250
𝑓𝑐𝑑 𝑏𝑤 𝑑 (fck em Mpa)
VRD2 = 0,27 1 −
20
250
𝑥
0,85 . 20000
1,4
𝑥 𝜋
0,4312 2
4
VRD2 = 440,47 kN = 44,05 tf 
VSD ≤ VRD2 (primeira condição a ser atendida)
3º) PASSO: Determinação da resistência de cálculo do concreto ao cisalhamento (FCTD)
FCTD = 0,15
3
𝑓𝑐𝑘
2 ⇒FCTD = 0,15 x 7,37 ⇒ FCTD = 1,105 MPa
4º) PASSO: Cálculo da força cortante resistente de cálculo do concreto (Vc)
VC = 0,6 x FCTD x 𝜋
𝑑 2
4
⇒Vc = 0,6 x 1,105 x 𝛑 x
0,4312 2
4
= 0,0968 𝑀𝑁 = 96,8 𝑘𝑁 = 9,68 𝑡𝑓
192Carlos Rolim Neto 
6.4 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A ESFORÇO 
CORTANTE
ASMÍN = 𝜌min x bw = 0,0884 x 50= 4,42 cm
2 ➜ 𝜙 6.3 c/ 15
Valor negativo: não precisa armar ➜ armadura mínima
O concreto resiste a este esforço
Vsw = Vd – Vc = 5,432 – 9,68 ⇒ 𝑉𝑠𝑤 = 5,432 − 9,68 ⇒ 𝑉𝑠𝑤 = − 4,248 𝑡𝑓
5º) PASSO: Cálculo do Vsw
193Carlos Rolim Neto 
6.4 – DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE ESTACA A ESFORÇO 
CORTANTE
Quando for verificar algo que já fez, leve o maior 
tempo possível, dias, se possível, pois facilitará 
perceber os seus erros
A.C.R. Laranjeiras
194Carlos Rolim Neto 
7.0 – PROJETO DE FUNDAÇÕES EM ESTACAS 
7.1 – 1ª PASSO: ESCOLHER O TIPO DE ESTACA
7.1.1 – Observar o nível de carregamento
7.1.2 – Tipo de solo
7.1.3 – Existência/profundidade do lençol freático
7.2 – 2ª PASSO: ESCOLHER O(S) DIÂMETROS DAS ESTACAS
7.3 – 3ª PASSO: CALCULAR A CARGA ADMISSÍVEL ESTRUTURAL (Pe)
Pe = 𝜎adm,est x AC
Onde:
𝜎adm,est – Tensão admissível estrutural (ver tabela 4 – NBR6122:2019)
AC – Área da seção transversal da estaca
195Carlos Rolim Neto 
7.0 – PROJETO DE FUNDAÇÕES EM ESTACAS 
7.4 – 4ª PASSO: DEFINIR A QUANTIDADE DE ESTACAS (n)
𝒏 =
𝑭𝒁
𝑷𝒆
FZ – Carga vertical do pilar
7.5 – 5ª PASSO: DEFINIR A GEOMETRIA DO ESTAQUEAMENTO
7.5.1 – Observar o espaçamento mínimo entre eixos das estacas 
(2,5 ou 3 vezes o diâmetro da estaca)
7.6 – 6ª PASSO: CALCULAR A CARGA ATUANTE NAS ESTACAS (Pi)
𝑷𝒊 =
𝑭𝒁
𝒏
±
𝑴𝑿 ∙ 𝒚𝒊
𝚺𝒚𝒊𝟐
±
𝑴𝒀 ∙ 𝐱𝐢
𝚺𝒙𝒊𝟐
Onde: xi, yi – Distâncias (em ”x” e em “y”) do eixo da estaca à linha de referência que passa 
pelo centro do bloco/pliar.
196Carlos Rolim Neto 
7.0 – PROJETO DE FUNDAÇÕES EM ESTACAS 
7.7 – 7ª PASSO: DETERMINAR O COMPRIMENTO DAS ESTACAS (Padm,geo)
7.7.1 - Escolher um comprimento de estaca (se possível) de forma que as 
capacidades geotécnica e estrutural se aproximem.
7.7.2 – Atentar para a estaca mais solicitada
7.8 – 8ª PASSO: DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS
7.9 – 9ª PASSO: DETALHAMENTO DAS ARMADURAS
197Carlos Rolim Neto 
8.0 – GEOMETRIA DO ESTAQUEAMENTO 
8.1 – BLOCO DE COROAMENTO: ELEMENTO ESTRUTURAL COM A FUNÇÃO DE DISTRIBUIR AS
CARGAS PROVENIENTES DA ESTRUTURA ÀS ESTACAS. 
PLANTA BAIXA CORTE
198Carlos Rolim Neto 
8.0 – GEOMETRIA DO ESTAQUEAMENTO 
VISTA ESPACIAL
EXECUÇÃO BLOCO
MODELAGEM
199Carlos Rolim Neto 
8.0 – GEOMETRIA DO ESTAQUEAMENTO 
8.2 – ESTAQUEAMENTO: CONJUNTO DE ESTACAS SOLIDARIZADAS PELO BLOCO DE 
COROAMENTO 
200Carlos Rolim Neto 
8.0 – GEOMETRIA DO ESTAQUEAMENTO 
201Carlos Rolim Neto 
8.0 – GEOMETRIA DO ESTAQUEAMENTO 
OBSERVAÇÃO:
O espaçamento mínimo entre estacas deve ser obedecido entre estacas do mesmo
estaqueamento e entre estaqueamentos vizinhos.
d= 2,5 a 3 𝜙ESTACA
202Carlos Rolim Neto 
8.0 – ESTAQUEAMENTO 
EXERCÍCIO 9: Considerando que já foram realizados o dimensionamento estrutural e 
geotécnico, calcular o estaqueamento para o pilar a seguir. 
ESTACAS QUAISQUER TIPO
CARGA ADMISSÍVEL: 700 kN
DEFINIR A QUANTIDADE DE ESTACAS:
𝒏 =
𝑭𝒁
𝑷𝒆𝒔𝒕/𝒈é𝒐𝒕𝒆𝒄
Solução:
OBS 1: O número de estacas é uma previsão, pois
trata-se de uma estimativa com carga centrada
OBS 2: Coloca-se um acréscimo na carga de 5%, para
estimar o peso próprio do bloco de coroamento
ATENÇÃO!
203Carlos Rolim Neto 
8.0 – ESTAQUEAMENTO 
𝒏 =
𝑭𝒁
𝑷𝒆𝒔𝒕/𝒈é𝒐𝒕𝒆𝒄
=
𝟏, 𝟎𝟓 𝒙 𝟐𝟑𝟔𝟎
𝟕𝟎𝟎
= 𝟑, 𝟓𝟒 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒄𝒂𝒔
Adotar 04 estacas
DISTÂNCIA MÍNIMA ENTRE ESTACAS:
2,5 X 𝜙est = 2,5 x 40 cm = 100 cm
REAÇÕES NAS ESTACAS:
Σ 𝑋𝑖
2 = 2 𝑋 0,50 2+ 2 𝑋 −0,5 2 = 1,0 m2
Σ 𝑌𝑖
2 = 2 𝑋 0,50 2+ 2 𝑋 −0,50 2 = 1,0 𝑚2
𝑷𝒊 =
𝑭𝒁
𝒏
±
𝑴𝑿 ∙ 𝒚𝒊
𝚺𝒚𝒊𝟐
±
𝑴𝒀 ∙ 𝐱𝐢
𝚺𝒙𝒊𝟐
Na estaca mais carregada: 𝑃 =
2478
4
+
55 .0,5
1
+
90 .0,5
1
= 692 𝑘𝑁
Na estaca menos carregada: 𝑃 =
2478
4
−
55 .0,5
1
−
90 .0,5
1
= 547 𝑘𝑁
Ok!!!
204Carlos Rolim Neto 
8.0 – ESTAQUEAMENTO 
EXERCÍCIO 10: Calcular a carga atuante nas estacas do bloco abaixo, sabendo-se que no
mesmo atuam as seguintes cargas: 
N= 2000 kN
MX = 500 kNm
MY = 400 kNm
OBS : Deve-se verificar a carga em cada estaca. Tal carga não deve exceder os limites de 
carga geotécnica e estrutural 
∑xi
2 = 4 x (1,5)2 + 2 x (0,5)2 = 9,5 m2
∑yi
2 = 4 x (1)2 = 4 m2
Solução:
205
8.0 – ESTAQUEAMENTO 
∑xi
2 = 9,5 m2
∑yi
2 = 4 m2
N= 2000 kN
MX = 500 kNm
MY = 400 kNm
𝑷𝑰 =
𝑵
𝒏
±
𝑴𝒚 𝒙𝒊
𝜮𝒙𝒊
𝟐
±
𝑴𝒙𝒚𝒊
𝜮𝒚𝒊
𝟐
𝑷𝟏 =
𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟔
−
𝟒𝟎𝟎 𝑿 𝟏, 𝟓
𝟗, 𝟓
+
𝟓𝟎𝟎 𝑿 𝟏
𝟒
= 𝟑𝟗𝟓 𝒌𝑵
𝑷𝟐 =
𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟔
+
𝟒𝟎𝟎 𝑿 𝟏, 𝟓
𝟗, 𝟓
+
𝟓𝟎𝟎 𝑿 𝟏
𝟒
= 𝟓𝟐𝟏 𝒌𝑵
𝑷𝟑 =
𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟔
−
𝟒𝟎𝟎 𝑿 𝟎, 𝟓
𝟗, 𝟓
= 𝟑𝟏𝟐 𝒌𝑵
𝑷𝟒 =
𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟔
+
𝟒𝟎𝟎 𝑿 𝟎, 𝟓
𝟗, 𝟓
= 𝟑𝟓𝟒 𝒌𝑵
𝑷𝟓 =
𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟔
−
𝟒𝟎𝟎 𝑿 𝟏, 𝟓
𝟗, 𝟓
−
𝟓𝟎𝟎 𝑿 𝟏
𝟒
= 𝟏𝟒𝟓 𝒌𝑵
𝑷𝟔 =
𝟐𝟎𝟎𝟎
𝟔
+
𝟒𝟎𝟎 𝑿 𝟏, 𝟓
𝟗, 𝟓
−
𝟓𝟎𝟎 𝑿 𝟏
𝟒
= 𝟐𝟕𝟏 𝒌𝑵
206Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.1 – LOCAÇÃO DOS PILARES
207Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.1 – LOCAÇÃO DOS PILARES
208Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.2 – LOCAÇÃO DO ESTAQUEAMENTO
209Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.2 – LOCAÇÃO DO ESTAQUEAMENTO
210Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.2 – LOCAÇÃO DO ESTAQUEAMENTO
211Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.3 – DETALHE DA ESTACA
212Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.4 – DETALHE LIGAÇÃO ESTACA/BLOCO
213Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.5 – QUADROS INFORMATIVOS
214Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.6 – QUADROS NOTAS
215Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.6 – QUADROS NOTAS
216Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.7 – PROVA DE CARGA
217Carlos Rolim Neto 
9.0 – DETALHES DE PROJETO
9.7 – PROVA DE CARGA
218Carlos Rolim Neto 
PROGRAMA NÃO SUBSTITUI CONHECIMENTO
Prof. Daniel Loriggio
219Carlos Rolim Neto 
A APLICAÇÃO DE UMA CARGA
VERTICAL P NA CABEÇA DESSA
ESTACA PROVOCARÁ DOIS TIPOS
DE DEFORMAÇÕES:
1ª) ENCURTAMENTO ELÁSTICO
DA ESTACA (𝛒e)
2ª) DEFORMAÇÕES VERTICAIS DE
COMPRESSÃO DOS ESTRATOS DE
SOLO SUBJACENTES À BASE DA
ESTACA, ATÉ O INDESLOCÁVEL,
O QUE RESULTA UM RECALQUE
(𝛒S) DA BASE.
10.0 – RECALQUES 
COMPRIMENTO SERÁ: L - 𝛒e
DISTÂNCIA C SERÁ REDUZIDA PARA: C - 𝛒S
RECALQUE TOTAL (𝛒): 𝛒 = 𝛒e + 𝛒s
➢ L – Comprimento da estaca 
➢ C – Distância da ponta à superfície 
do indeslocável
220Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
CAPACIDADE DE CARGA DA ESTACA
R= RP + RL = RP + (RL1+RL2+RL3)
➜ CILÍNDRICA
➜MACIÇA
➜ CONCRETO
➜ ATRAVESSANDO CAMADAS
DISTINTAS DE SOLO (EX: 3)
HIPÓTESES
DA ESTACA
10.1 – ENCURTAMENTO ELÁSTICO:
221Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
ADMITA-SE, AINDA:
1ª) A carga vertical P, aplicada na cabeça da
estaca, seja superior à resistência lateral (RL),
isto é, um valor intermediário entre a resis-
tência lateral e a capacidade de carga (R):
RL < P < R
2ª) Todo o atrito lateral (RL) esteja mobilizado
3ª) A reação mobilizada na ponta (PP), que é
inferior à resistência de ponta na ruptura (RP),
seja o suficiente para o equilíbrio das forças:
PP = P – RL < RP
● z = profundidade
● diminuição do esforço normal P( na cabeça
da estaca) até um mínimo PP (na base da 
estaca)
222Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
➢ P1, P2, P3➜ Valores médios do esforço
normal nos segmentos de estaca
➢ 𝑃1 = 𝑃 −
𝑅
𝐿1
2
➢ 𝑃2 = 𝑃 − 𝑅𝐿1 −
𝑅
𝐿2
2
➢ 𝑃3 = 𝑃 − 𝑅𝐿1 − 𝑅𝐿2 −
𝑅
𝐿3
2
O encurtamento elástico da estaca é obtido pela Lei de Hooke:
𝝆𝒆 =
𝟏
𝑨 ∙ 𝑬𝑪
∙ 𝜮 𝑷𝒊 ∙ 𝑳𝒊
Onde:
● A = Área da seção transversal do fuste 
da estaca
● EC = Módulo de elasticidade do concreto
Caso de um pilar de concreto com módulo
de elasticidade EC, altura L e seção transversal
constante com área A, o diagrama de esforço
normal é constante e igual a P, e o encurtamento
elástico 𝜌𝑝 =
𝑃𝐿
𝐴𝐸
𝐶
223Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
Na ausência de valor específico de EC, podemos considerar:
EC = 28 a 30 GPa para estaca pré-moldada
EC = 21 GPa para hélice contínua, franki e estacão
EC = 18 GPa para Strauss e escavada a seco
EA = 210 GPa para o aço
EM = 10 GPa para a madeira
Saibasempre a origem de qualquer informação 
do seu projeto.
A. C. R. Laranjeiras
224Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
PRINCÍPIO DA
AÇÃO E REAÇÃO
➜ ESTACA APLICA CARGAS RLi AO SOLO (FUSTE)
➜ ESTACA TRANSMITE A CARGA PP PELA PONTA
➜ RECALQUE 𝛒S➜ ENTRE A BASE DA ESTACA E O INDESLOCÁVEL
VESIC (1975)
DUAS PARCELAS COMPÕEM 
O RECALQUE DO SOLO
𝛒S = 𝛒S,P + 𝛒S,L
10.2 – RECALQUE DO SOLO
225Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
10.2 – RECALQUE DO SOLO
● METODOLOGIA DE AOKI (1984) PARA CÁLCULO DE 𝛒S
● Força PP vertical para baixo, aplicada ao solo
● Acréscimo de tensões numa camada sub-
jacente qualquer, de espessura H, e que h seja
a distância vertical do ponto de aplicação da 
força ao topo dessa camada
● Propagação de tensões 1:2, o acréscimo de
tensões na linha média dessa camada é dado
pela expressão: 
∆𝜎𝑝 =
4𝑃𝑝
𝜋 𝐷 + ℎ +
𝐻
2
2
226Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
Δ𝜎 = Δ𝜎𝑝 + ΣΔ𝜎𝑖
● O acréscimo total de tensões (todas as parcelas RLi
mais a força Pp, será:
∆𝜎𝑖 =
4𝑅𝐿𝑖
𝜋 𝐷 + ℎ +
𝐻
2
2
10.2 – RECALQUE DO SOLO
● METODOLOGIA DE AOKI (1984) PARA CÁLCULO DE 𝛒S
● Forças aplicadas pela estaca ao solo, verticais para baixo
● Acréscimo de tensões numa camada sub-
jacente qualquer, de espessura H, e que h seja
a distância vertical do ponto de aplicação da 
força ao topo dessa camada
227Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
10.2 – RECALQUE DO SOLO
● METODOLOGIA DE AOKI (1984) PARA CÁLCULO DE 𝛒S
● Dessa forma, o recalque devido ao solo (𝜌S) é encontrado pela Teoria da Elasticidade Linear:
𝜌𝑠 = Σ(
Δ𝜎
𝐸𝑠
𝐻)
Onde:
➢ ES – Módulo de deformabilidade da camada de solo, obtido da seguinte forma:
𝐸𝑆 = 𝐸0
𝜎0+ Δ𝜎
𝜎0
𝑛
Onde:
➢ E0 – Módulo de deformabilidade do solo antes da execução da estaca
➢ 𝜎0 – Tensão geostática no centro da camada
➢ n – Expoente que depende da natureza do solo: n = 0,5 para materiais granulares e n= 0 
para argilas duras e rijas 
228Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
10.2 – RECALQUE DO SOLO
● METODOLOGIA DE AOKI (1984) PARA CÁLCULO DE 𝛒S
● Para a avaliação de E0, Aoki (1984) considera:
➢ E0 = 6 K NSPT para estacas cravadas
➢ E0 = 4 K NSPT para estacas hélice contínua
➢ E0 = 3 K NSPT para estacas escavadas
➢ K – Coeficiente empírico do método Aoki-Velloso (1975), função do tipo de solo
229Carlos Rolim Neto 
10.0 – RECALQUES 
SOLO K (MPa) 𝜶 (%)
AREIA 1,00 1,4
AREIA SILTOSA 0,80 2,0
AREIA SILTO ARGILOSA 0,70 2,4
AREIA ARGILOSA 0,60 3,0
AREIA ARGILO SILTOSA 0,50 2,8
SILTE 0,40 3,0
SILTE ARENOSO 0,55 2,2
SILTE ARENO ARGILOSO 0,45 2,8
SILTE ARGILOSO 0,23 3,4
SILTE ARGILO ARENOSO 0,25 3,0
ARGILA 0,20 6,0
ARGILA ARENOSA 0,35 2,4
ARGILA ARENO SILTOSA 0,30 2,8
ARGILA SILTOSA 0,22 4,0
ARGILA SILTO ARENOSA 0,33 3,0
230Carlos Rolim Neto 
➢ Os grupos de estacas apresentam sempre recalques superiores ao de uma estaca isolada,
submetida a mesma carga
➢ Pode-se equacionar esse efeito de grupo por meio de um fator 𝜶, de tal modo que:
𝛒g = 𝜶 𝛒i
➢ Valores experimentais apontam, por exemplo, valores de 𝜶 compreendidos entre 1,6 e 4,0,
dependendo do tamanho e da forma do grupo, para modelos de estacas cravados em areia
medianamente compacta (Cintra, 1987)
➢ Algumas fórmulas existentes na literatura para a estimativa do fator 𝜶 não são confiáveis, 
pois levam em conta exclusivamente parâmetros geométricos do grupo, enquanto as variáveis
mais importantes são a deformabilidade do estrato de solo compreendido entre a base das 
estacas e o indeslocável, e a espessura desse estrato.
RECALQUE ESTACA ISOLADARECALQUE DO GRUPO
11.0 – EFEITO DE GRUPO
231Carlos Rolim Neto 
11.0 – EFEITO DE GRUPO
232Carlos Rolim Neto 
11.0 – EFEITO DE GRUPO
➢ Há um caso de obra, por exemplo, em que grupos grandes de estacas sofreram recalques da
mesma ordem que sofreria uma estaca isolada, porque as estacas estavam bem próximas do
indeslocável
➢ O método mais interessante e abrangente para o cálculo de recalque de grupos de estacas
é o de autoria de Aoki e Lopes (1975), porque leva em conta a interação entre todos os grupos
e elementos isolados da fundação, estimando a contribuição de cada um nos recalques dos 
demais 
➢ PRÁTICA DE PROJETO DE FUNDAÇÕES USUAIS POR ESTACAS
(Os valores acima referem-se a grupos de estacas)
➢NO CASO DE ESTACAS ISOLADAS, IMPOMOS UM FATOR DE SEGURANÇA DE 1,5 À CARGA 
QUE PROVOCA O RECALQUE DE 15 mm, EM AREIA, OU DE 25 mm, EM ARGILA. DESSE MODO, 
ESTABELECEMOS UMA MARGEM PARA QUE OS GRUPOS RECALQUEM MAIS QUE A ESTACA 
ISOLADA,MAS PROVAVELMENTE DENTRO DOS LIMITES INDICADOS POR MEYERHOF.
● 25 mm em areia
● 50 mm argila
Meyerhof (1976)
233Carlos Rolim Neto 
12 – EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 11: Considerando os dados do exercício 2, estimar o recalque das estacas, 
considerando o módulo de elasticidade do concreto Ec = 28GPa em estaca pré-moldada.
a) Diagrama de transferência de carga (esforço normal na estaca) 
Cota da 
ponta 
(m)
NSPT RL1 (kN) RL2 (kN) RL3 (kN) RL (kN)
-13 14 99 232 106 437
RP (kN) R (kN) PGEO 
(kN)
510 950 500
234Carlos Rolim Neto 
12 – EXERCÍCIOS
EXERCÍCIO 11: Considerando os dados do exercício 2, estimar o recalque das estacas, 
considerando o módulo de elasticidade do concreto Ec = 28GPa em estaca pré-moldada.
a) Diagrama de transferência de carga (esforço normal na estaca) 
➢ Para a carga admissível (P = 500 kN) aplicada na cabeça
da estaca
➢ Parcelas de atrito lateral são mobilizadas integralmente
➢ Reação na ponta mobiliza apenas o suficiente para o 
equilíbrio das forças 
➢ PP = 500 – (99 + 232 + 106) ⇒ PP = 63 kN
235Carlos Rolim Neto 
12 – EXERCÍCIOS
b) Recalque devido ao encurtamento elástico do fuste 
𝝆𝒆 =
𝟏
𝑨 ∙ 𝑬𝑪
∙ 𝜮 𝑷𝒊 ∙ 𝑳𝒊
A = 𝝅
𝒅𝟐
𝟒
= 𝝅
𝟎,𝟑𝟑 𝟐
𝟒
⇒ 𝑨 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟓𝟓𝟑𝒎𝟐
Ec = 28 GPa = 28 x 10
6 kPa 
𝚺 (Pi . Li) = 
𝟓𝟎𝟎+𝟒𝟎𝟏
𝟐
∙ 𝟓 +
𝟒𝟎𝟏+𝟏𝟔𝟗
𝟐
∙ 𝟓 +
𝟏𝟔𝟗+𝟔𝟑
𝟐
∙ 𝟐
𝚺 (Pi . Li) = 2252,5+ 1425+ 232 = 3909,5 kNm
𝝆𝒆 =
𝟏
𝟎, 𝟎𝟖𝟓𝟓𝟑 ∙ 𝟐𝟖𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎
∙ 𝟑𝟗𝟎𝟗, 𝟓 ⇒ 𝝆𝒆 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟔𝟑𝒎
𝛒e = 1,6 mm
236Carlos Rolim Neto 
12 – EXERCÍCIOS
A partir da cota de apoio da ponta da estaca (-13 m), vamos considerar camadas de 
espessura de 1m, para estimar o recalque de cada uma delas, até a camada de recalque 
zero ou até atingir o indeslocável. Para a estimativa do recalque de cada camada, deve-
mos obter o acréscimo de tensões (𝛥𝜎) , na linha média de cada camada.
Ex: para a camada 1, temos:
∆𝜎1 =
4𝑅𝐿𝑖
𝜋 𝐷 + ℎ +
𝐻
2
2
∆𝜎𝑝 =
4𝑃𝑝
𝜋 𝐷 + ℎ +
𝐻
2
2
∆𝜎𝑝 =
4 ∙ 63
𝜋 0,33 + 0,0 + 0,5 2
=
252
2,18
= 115,6 ≈ 116 𝑘𝑃𝑎
∆𝜎1 =
4 ∙ 99
𝜋 0,33 + 9,5 + 0,5 2
=
396
335,23
= 1,18 ≈ 1,0 𝑘𝑃𝑎
∆𝜎2 =
4 ∙ 232
𝜋 0,33 + 4,5 + 0,5 2
=
928
89,25
= 10,40 ≈ 10,0 𝑘𝑃𝑎
∆𝜎3 =
4 ∙ 106
𝜋 0,33 + 1,0 + 0,5 2
=
424
10,52
= 40,30 𝑘𝑃𝑎 ≂ 40 𝑘𝑃𝑎
𝛥𝜎 = 1,0 + 10,0 + 40,0 + 116 ⇒ 𝛥𝜎 = 167 kPa
b) Recalque devido ao solo
237Carlos Rolim Neto 
12 – EXERCÍCIOS
b) Recalque devido ao solo
Repetindo o procedimento anterior para as demais camadas, obtém-se a seguinte tabela:
Camada H (m) 𝛥𝜎1 (kPa) 𝛥𝜎2 (kPa) 𝛥𝜎3 (kPa) 𝛥𝜎p (kPa) 𝛥𝜎 (kPa)
1 1 1 10 40 116 167
2 1 1 7 17 24 49
3 1 1 5 9 10 25
4 1 1 4 6 5 16
5 1 1 3 4 3 11
6 1 1 3 3 2 9
7 1 0 2 2 2 6
8 1 0 2 2 1 5
238Carlos Rolim Neto 
12 – EXERCÍCIOS
b) Recalque devido ao solo
Em seguida, adotamos os seguintes valores do peso específico (𝜸)
para encontrar a tensão geostática (𝜎0) no meio de cada camada:
a) Até -10,0 m ➜ 𝜸 = 16 kN/m3
b) Entre -10,0 e -12,0 m ➜ 𝜸sat = 19 kN/m
3
c) Entre -12,0 m e -19,0 m ➜ 𝜸sat = 20 kN/m
3
d) Entre -19,0 m e – 24,0 m ➜ 𝜸sat = 21 kn/m
3
Cálculo do módulo de deformabilidade (ES)
𝐸𝑆 = 𝐸0
𝜎0+ Δ𝜎
𝜎0
𝑛
E0 = 6 K NSPT (para estacas cravadas) ⇒ E0 = 6 x 0,6 x 14 ⇒ E0 = 50,4 ≂ 50 MPa)
𝜎0 = 10 x 16 + 2 x 9 + 1 x 10 + 0,5 x 10 ⇒ 𝜎0 = 193 kPa
𝐸𝑆 = 50
193+167
193 0,5
⇒ Es = 68,28 ⇒ Es ≂ 68 MPa 
239Carlos Rolim Neto 
12 – EXERCÍCIOS
b) Recalque devido ao solo
Repetindo o procedimento anterior para as demais camadas, obtém-se

Continue navegando

Outros materiais