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Relatório de química - GLICEMIA

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRASÍLIA
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO E SAÚDE – FACES
CURSO DE BIOMEDICINA
GLICEMIA
Ana Luiza Alves
Bruna Birbeire
Rebeca Boaventura
2019
INTRODUÇÃO
A glicose é um composto energético muito importante, já que para os humanos e outros
mamíferos, é o composto utilizado pelo cérebro em condições fora de jejum. O pâncreas produz o
hormônio da insulina, que é responsável por permitir a entrada da glicose nas células, quando elas
não necessitam mais da glicose para fins energéticos e nem para a síntese de glicogênio (forma de
armazenamento dela), ela é deixada no sangue. O fígado controla os níveis da glicose no sangue,
quando está elevado, o fígado a armazena na forma de glicogênio, e quando está baixo, ele a libera
na corrente sanguínea (STRYER, 2017).
A glicemia é a concentração da glicose no plasma sanguíneo, e ela pode ser medida e
monitorada para ajudar no diagnóstico e monitoramento de doenças, como a diabetes. Ela pode
sofrer influência de diversos fatores como o estado de jejum e desjejum, o tempo em que o paciente
se encontra nesses estados, a realização de exercícios físicos, que podem aumentar a captação da
glicose pelo músculo, por exemplo, e o índice glicêmico, que é a velocidade na qual o carboidrato é
absorvido, do alimento consumido ( FARIA, 2011).
O objetivo do trabalho foi de analisar a relação do jejum, do desjejum, da prática de exercício
e dos índices glicêmicos com os valores glicêmicos apresentados.
MATERIAIS E MÉTODOS
Para a realização do experimento, os alunos precisaram estar em jejum. Ao decorrer, foram
utilizados alguns alimentos e bebidas como: Kit Kat, pão de queijo, suco de uva e café com adoçante.
Antes de alguns alunos consumirem os alimentos, outros alunos aferiram a glicemia dos mesmos.
Para este processo, os alunos primeiramente limparam o dedo com álcool, logo após inseriram a fita
de dosagem no glicosímetro e furaram o dedo com a lanceta, descartando-a no Descarpak. Após a
eliminação da primeira gota de sangue, a segunda foi colocada na fita de dosagem e esperaram o
resultado.
Para dar continuação, os alunos começaram a ingerir os alimentos e após 20 minutos, foi
medida novamente a glicemia. Alguns deles fizeram exercício físico por 5 minutos e uma desses
participantes mediu outra vez. Depois de 40 minutos de experimento, todos os alunos mediram sua
glicemia novamente.
RESULTADOS
ALUNOS
JEJUM (0
MIN)
20 MIN 30 MIN 40 MIN COMEU EXERCÍCIO ÚLTIMA
REFEIÇÃO
Heliara P. 93 mg/dL 112
mg/dL
160
mg/dL
95 mg/dL Suco de uva SIM Risoto e
lagosta
22h30
Valéria 85 mg/dL 102
mg/dL
- 118 mg/dL Kit Kat NÃO Leite 21h30
Kathleen 99 mg/dL 90
mg/dL
- 108 mg/dL Pão de queijo
+ suco
SIM Açaí 14h30
Mateus 85 mg/dL 93
mg/dL
- 86 mg/dL Kit Kat SIM Cuscuz com
ovo 19h30
Luísa 95 mg/dL 100
mg/dL
- 122 mg/dL Pão de queijo
+ suco
NÃO Chá 22h
Bruna B. 99 mg/dL 106
mg/dL
- 112mg/dL Pão de queijo
+ café com
adoçante
NÃO Mc Donald´s
23h
DISCUSSÃO
O pâncreas é formado por um conjunto de células responsáveis pela secreção de insulina e
glucagon. Sendo uma responsável por diminuir o teor de glicose e a outra aumentar,
respectivamente. Conforme a necessidade do organismo, o pâncreas é solicitado a secretar glucagon
ou insulina, dependendo da atividade metabólica a ser desenvolvida, utilizando energia das ligações
químicas liberadas pelo catabolismo da glicose durante o processo de fermentação lática ou a
respiração celular (LIMA; MOREIRA, 2010).
Quanto maior é a carga glicêmica do alimento, maior é a demanda do pâncreas para liberar
insulina e, consequentemente, gerar uma queda na glicemia. A glicemia de Heliara deu alta em
pouco intervalo de tempo pois ela tomou suco de uva que é um carboidrato simples e de alto índice
glicêmico e depois diminuiu pois realizou exercício físico. Valéria comeu Kit Kat, que é um carboidrato
de alto índice glicêmico e isso fez com que sua glicemia aumentasse. O índice glicêmico de Kathleen
aumentou lentamente pois a voluntária alegou que tem o metabolismo lento e comeu pão de queijo
e tomando suco de uva que gerou este aumento. Mateus comeu Kit Kat que fez com que sua
glicemia aumentasse e praticou exercício que fez com que diminuísse. O índice glicêmico de Luísa
aumentou pois ela comeu pão de queijo e tomou suco de uva que ambos apresentam alta carga
glicêmica. Bruna comeu pão de queijo e tomou café com adoçante que fez com que seu índice
glicêmico aumentasse pois estes alimentos também têm alta carga glicêmica (FARIA, 2014).
O consumo de carboidratos com grande índice glicêmico no intervalo de 1 hora precedente ao
exercício aumenta rapidamente a concentração de glicose no sangue, induzindo uma excessiva
liberação de insulina e consequente queda da glicemia sanguínea, que gera uma hipoglicemia de
rebote, em nenhum dos voluntários ocorreu esse efeito rebote pois o tempo do intervalo foi menor
do que 1 hora, não podendo observar certamente (COCADE, 2005).
Nenhum dos voluntários demonstrou estar estressado, mas caso alguém estivesse, o hormônio
hiperglicemiante poderia ter sido ativado. Hormônio hiperglicemiante, como por exemplo, o
glucagon, tem um efeito contrário ao hormônio hipoglicemiante (insulina), ou seja, leva à liberação
de glicose para o sangue. Sendo assim, hormônios de ação antagônica. Adicionalmente, o cortisol
também estimula a liberação de glucagon e, quando em concentração considerável, eleva os níveis
plasmáticos de glicose, antagonizando as ações da insulina, por oposição de vias intracelulares, mas
os efeitos hiperglicemiantes do cortisol, lipolíticos e cetogênicos só são manifestos quando a sua
secreção está aumentada, por situações de estresse marcado e prolongado. Nestas situações, tem
também marcadas ações catabólicas com diminuição da massa muscular (PAIVA, 2011).
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que a prática de atividade física influencia diretamente nos níveis de glicose
na corrente sanguínea, assim como o jejum e o índice glicêmico dos alimentos. A alimentação
aumenta a glicemia e o jejum e os exercícios a diminuem.
BIBLIOGRAFIA
COCADE, Paula Guedes et al. Ingestão pré-exercício de um" café da manhã": efeito na glicemia
sanguínea durante um exercício de baixa intensidade. Fitness & Performance Journal, v. 4, n. 5, p.
261-273, 2005.
FARIA, Valéria Cristina de et al. Índice glicémico de la comida pre-ejercicio y metabolismo de la
glucosa en la actividad aeróbica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 20, n. 2, p. 156-160,
2014.
LIMA, Claudio Andre Araujo; MOREIRA, Ramon Missias. A ação dos hormônios GH, catecolaminas,
insulina, glucagon e cortisol nos níveis de glicose no corpo em exercício. EFDeportes, v. 15, p. 1,
2010.
FARIA, Valéria Cristina et al. Influência do índice glicêmico na glicemia em exercício físico aeróbico.
Motriz, v. 17, n. 3, 2011.
PAIVA, Cibele. CORTISOL E EXERCÍCIO: EFEITOS, SECREÇÃO E METABOLISMO. Revista Brasileira de
Prescrição e Fisiologia do Exercício. São Paulo, v.5, n.29, p.435-445, 2011.
STRYER, L. Bioquímica . 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

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