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M. Lúcia Silva Anatomia da Cavidade Oral e da Faringe Cavidade oral: ✓ onde dá-se início ao processo de digestão, mastigação e salivação. Essa saliva também possui a amilase salivar, que degrada amido transformando-o parte desse amido em maltose. ✓ pH neutro. ✓ Divisão e limites: - vestíbulo da boca: espaço que fica entre bochechas, lábios e dentes, ou seja, espaço entre as mucosas do lábio e das bochechas e os dentes. Espaço no qual durante a mastigação o alimento é jogado... - cavidade própria da boca: toda a região que é delimitada pelas arcadas dentárias da maxila e da mandíbula. - limite anterior: fissura dos lábios, que é a abertura dos lábios. - limite superior: palato duro. - limite posterosuperior: palato mole. - limite mais posterior: região de orofaringe. - limite inferior: região de assoalho e a língua. - nas laterais: a mucosa que chamamos de bochecha. Lábios: Estruturas musculofibrosas móveis, circundam a região de rima da boca que é a região de abertura dela. Lateralmente os lábios são delimitados por uma depressão que vai da asa do nariz até a comissura do lábio, chamada de sulco nasolabial, conhecido popularmente como bigode chinês, sulco que acontece naturalmente a medida que envelhecemos. Temos o sulco mentolabial, depressão na região do limite mais inferior. E no limite mais superior temos as próprias narinas. Cobertos externamente por pele e internamente por túnica mucosa. Controlam a rima da boca: abertura. Apreender os alimentos, sugar líquidos, manter o alimento fora do vestíbulo da boca, produzir a fala e osculação. O músculo orbicular da boca mantém a boca fechada. ✓ Vascularização: Os lábios são muito irrigados e a estrutura de epitélio que recobre eles é fina. 4 grupos de artérias irrigam os lábios: • Artéria labial superior, proveniente da facial. • Artéria labial inferior, proveniente da facial. Essas são as principais. Porém, esses lábios possuem vias de anastomose provenientes de outros ramos: • O lábio superior recebe ramos provenientes da infra-orbital, que é ramo da artéria maxilar. • O lábio inferior recebe ramos provenientes da artéria mentual, que é um ramo terminal da artéria alveolar inferior, que vem por dentro do canal da mandíbula, proveniente também da artéria maxilar. OBS: lábio também faz anastomose bilateral, ou seja, comunica um lado com o outro. Ferimento em lábio muito sangrante, uma das medidas a serem feitas é a compressão da artéria facial, de preferência do lado que está sangrando bastante, para conseguir controlar melhor e facilitar uma sutura. Bochechas: Estão posteriormente aos lábios. São limites laterais da cavidade oral. Continuidade dos lábios. - possui como limites: anterior: região de comissura dos lábios, que é o canto da boca. Superiormente: região zigomática. Inferiormente: corpo da mandíbula e posteriormente: área delimitada pela parótida e masseter. Está presente o músculo chamado de bucinador: faz os movimentos da bochecha, delimita a bochecha internamente. Internamente a esse músculo temos uma mucosa rica em glândulas salivares menores. Além disso, nessa região de bochecha também se encontra a passagem do ducto da glândula parótida. Passa por dentro do bucinador até chegar a cavidade oral. Superficialmente, externamente a esse músculo estão os corpos adiposos, com grande importância principalmente em lactentes. No bebê, esse corpo adiposo vai impedir a colabação das bochechas. Mas na fase adulta pode se tornar uma queixa: bola de bichat. Gengiva: Formada por um tecido fibroso, recobre a região dos processos alveolares. Protege tanto o osso alveolar como o dente em si. Temos a gengiva lingual, que é voltada para a língua e a gengiva labial, também chamada de vestibular. São 2 tipos de gengiva: uma gengiva mais queratinizada, mais próxima aos dentes e a túnica mucosa, mais avermelhada. Dentes: São estruturas rígidas, inseridas nos processos alveolares tanto da maxila como da mandíbula. - incisivos: incisar, cortar o alimento. - caninos: apreender. - pré-molares e molares: triturar o alimento. Trituração na mastigação, desenvolvimento e proteção, fonação. Dentes decíduos: 20, são os de leite. Dentes permanentes: faixa de 32. Cronologia de erupção: faixa etária mais ou menos que os dentes devem nascer. No hipotireoidismo, a criança possui um retardo no metabolismo e consequentemente na dentição. Componentes do dente: - coroa, colo e raiz: essa raiz possui um ápice que é por onde entram os vasos e nervos que vão manter o dente vivo. O dente é formado por 3 tipos de materiais básicos: - esmalte: altamente mineralizado, é considerado o material mais duro do corpo, não tem sensibilidade pois não possui terminação nervosa. -dentina: possui sensibilidade. - cemento: o envolvimento da raiz é feito pelo cemento. - polpa: porção mais interna: não é mineralizada, é uma porção viva do dente, popularmente conhecida como canal. Encontro nervos, vasos... Esses processos alveolares entre um dente e outro apresentam uma crista chamada de septo interalveolar. Esses dentes são articulados no processo alveolar por meio de uma articulação chamada de sindesmose dentoalveolar. Todos os dentes são amortecidos por esse ligamento. Anatomia clínica: cárie dental, pulpite e abscessos: doença infecciosa mais comum na população, a medida que a infecção avança chega a polpa. ✓ Vascularização: são vascularizados pelas artérias alveolares, e todas elas de uma forma ou de outra vem da artéria maxilar. • Alveolares superiores: divididas em anteriores, médias e posteriores. • Alveolares inferiores. A drenagem venosa é a mesma coisa, faz o mesmo sentido só que voltando, mas tem um porém: essa drenagem venosa dos dentes, principalmente da região maxilar, além de drenar para veia maxilar, também fazem um caminho de drenagem pelo seio cavernoso. ✓ Inervação: os nervos dos dentes são todos provenientes do trigêmeo, lembrando que ele possui 3 divisões: oftálmica, que é puramente sensitiva, a maxilar que também é puramente sensitiva, que aí vai formar nervos alveolares: superiores: anterior, médio e posterior. A divisão mandibular vai formar o nervo alveolar inferior. OBS: Na cirurgia do siso, uma das complicações é o rompimento desse nervo alveolar inferior, o paciente pode desenvolver o quadro de parestesia. OBS: Neuralgia do trigêmeo. Palato duro: Compõe o teto da cavidade oral, é formado por uma parte esquelética, onde temos o processo palatino da maxila nos 2/3 mais anteriores e a lâmina horizontal do processo palatino. Apresenta 4 forames laterais posteriores, chamados de palatinos maiores e palatinos menores, onde passam por eles artérias e nervos do mesmo nome: - artéria palatina maior, veia palatina maior, nervo palatino maior e os palatinos menores também. Possui também uma fossa mais anterior, é chamada assim porque nesse local tem a abertura de 2 forames juntos, a fossa incisiva, por onde partem também inervações importantes que vem do nariz, nervo nasopalatino. Essa região de palato duro é recoberta por tecido mucoso queratinizado onde são formadas pregas palatinas chamadas de rugas, que são as pregas palatinas transversas, na região mais anterior, e são separadas ao meio por uma grande prega chamada rafe palato. Na sua porção mais anterior a rafe apresenta uma elevação chamada de papila incisiva, que coincide com a fossa, região de grande sensibilidade. Palato mole: Continuidade do palato duro, músculos envolvidos por tecido mucoso. Participa da deglutição, esse palato se eleva e desce, mecanismos esses que estão envolvidos na respiração e deglutição. 5 músculos compõem essa região: - músculo levantador do véu palatino: um pouco mais medial. - músculo tensor do véu palatino: um pouco mais lateral. Esses músculos são importantes durante o movimentoda deglutição, pois vão elevar o palato. - músculo palatofaríngeo: vai do palato para a faringe. - músculo palatoglosso: vai do palato para a língua. - músculo da úvula: o que forma a projeção chamada de ‘’pinguelo’’. Lembrando que esses músculos estão internamente recobertos por mucosa. Esses músculos formam os arcos, também chamados de pregas na região do palato. - arco palatoglosso, arco palatofaríngeo: eles são importantes, seguem uma classificação na anestesiologia, chamada classificação de Mallampati: leva em consideração a distância entre o palato mole e a língua, e diz respeito ao grau de dificuldade durante a intubação orotraqueal. Língua: Importante na deglutição, faz a função de jogar o alimento em direção ao palato e consequentemente esse alimento vai escoar para região de orofaringe e em seguida para região de laringofaringe e esôfago. Quando a língua faz a projeção para trás, ela abaixa a epiglote, que fecha a laringe, impedindo uma broncoaspiração. Deglutição, fonação, mastigação, limpeza, paladar. A língua é dividida em corpo e raiz, esse corpo apresenta ápice, o ventre, que é a região da face inferior da língua e o dorso, que é a região de cima da língua. Apresenta papilas: 4 tipos: filiformes, fungiformes, circunvaladas e folhadas. Na região mais posterior da língua temos os nódulos linfoides, também conhecidos coletivamente como tonsila lingual: importante na defesa do organismo. Anatomia clínica: carcinoma da língua. Na região inferior da língua temos o assoalho da boca, e se encontra também o frênulo da língua. Na base desse frênulo temos a saída dos ductos da glândula submandibular, chamada de carúnculo submandibular, e a carúncula sublingual, que é a saída da glândula sublingual. Esse frênulo quando aumentado é chamado popularmente como língua presa. Possui 8 músculos: 4 são músculos intrínsecos, que modificam o formato da língua, são eles: - longitudinal superior, uma camada dupla de verticais e transversos, e longitudinal inferior. 4 são extrínsecos, são responsáveis pelos movimentos da língua, são eles: - palatoglosso, estiloglosso, hioglosso, genioglosso. Todos eles divididos ao meio por um septo da língua fibroso mediano que separa os músculos D e E. O único músculo que está prendendo a língua na porção anterior da mandíbula é o genioglosso, o único que puxa a língua pra frente. ✓ Vascularização: Artéria lingual, que é ramo da carótida externa, vai formar o ramo dorsal da língua, e a artéria profunda, que vai irrigar a região de corpo da língua; além das sublinguais, que vão irrigar a região de assoalho. Veias sublinguais se destacam pois são via de administração medicamentosa. Anatomia clínica: absorção sublingual de fármacos: para a rápida absorção de um fármaco como, por exemplo, o uso de nitroglicerina como vasodilatador na angina pectoris, administra-se sob a língua o comprimido ou spray, que se dissolve e chega às veias profundas da língua em menos de 1 minuto. ✓ Inervação: 4 nervos e 3 funções diferentes: - hipoglosso: inervação motora, principalmente nos músculos extrínsecos da língua. - lingual: é uma divisão do mandibular, que é ramo do trigêmeo, faz inervação tátil e de temperatura na região da língua. - nervo corda do tímpano: responsável pelo paladar, principalmente nas regiões mais anteriores. - glossofaríngeo: responsável pelo paladar mais na região posterior. Glândula submandibular: Localizada entre a região da cavidade oral e a região cervical, ela atravessa o músculo chamado de milo-hioideo. Glândula sublingual: Lobo abaixo da língua. Glândula parótida: É a maior glândula salivar, e também a mais importante para clínica, pois ela é a mais acometida por doenças. OBS: caxumba: parotidite: causada por um vírus. O nervo facial passa por dentro da parótida. Faringe: Parte oral e laríngea: ✓ Orofaringe: Limites: superior: palato mole, inferior: base da língua, laterais: arcos palatoglosso e palatofaríngeo. Participa da segunda etapa da deglutição: nossa deglutição é dividida em 3 etapas fisiológicas: 1- voluntária, fase oral, que é quando a língua encosta no palato para jogar o alimento em direção a orofaringe. 2- involuntária: fase faríngea, e 2-: fase esofágica: quando o alimento toca o esôfago e inicia o movimento de peristalse. A orofaringe é delimitada superiormente pelo palato mole onde se encontra a úvula e inferiormente pela base da língua onde se encontra a ponta da cartilagem epiglótica. Nessa região de limites também se encontra os arcos, lembrando que internamente a esses arcos temos os músculos, e também temos a tonsila palatina conhecida popularmente como amígdala. Essa tonsila, é tecido linfoide entre os arcos palatinos, fica alojada dentro de uma fossa chamada de tonsilar, e existe um pequeno espaço nessa região, esse espaço é importante porque a medida que se acumula células mortas, restos de bactérias, restos alimentares, começam a se formar concreções amigdalianas, e essas podem sofrer processos de mineralização, uma calcificação, e aí ficar lá como se fosse um cálculo. A orofaringe é formada pelo músculo constritor superior da faringe e pela fáscia faringobasilar. Na verdade, são 3 músculos que ocorrem na faringe, o constritor superior, o médio, e o inferior. A parte da oro pega um pouquinho do superior e um pouquinho do médio. Esses 3 músculos estão ligados um ao outro e ambos estão ligados a base do crânio por meio da fáscia faringobasilar: articula músculo com a base do crânio. Anatomia clínica: tonsilectomia: remoção da tonsila palatina. Laringofaringe: Posteriormente à laringe, estendendo-se da margem superior da epiglote até a margem inferior da cartilagem cricóidea. A partir daí, termina laringofaringe e começa o esôfago. Formada pelos músculos constritores médio e inferior da faringe, e internamente possui ainda outros músculos chamados de longitudinais. Internamente a parede é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. Possui o recesso piriforme, ponto mais importante dessa região. A elevação linear dessa região é o local por onde passa o nervo laríngeo recorrente. Quando o paciente possui alguma obstrução, quando o alimento fica preso na laringe e gera compressão mecânica desse nervo, o paciente mesmo depois da desobstrução pode ficar rouco. Músculos da faringe: 3 músculos laminares: constritor superior, médio e inferior. Na região da laringofaringe ficam basicamente o médio e o inferior nessa altura e mais em cima o superior. Possui ainda 3 músculos longitudinais: vão ter como função elevar ou encurtar a laringe durante a deglutição, respiração: palatofaríngeo, temos o salpingofaríngeo, e o estilofaríngeo. ✓ Vascularização: Artéria tonsilar, ramo da facial. Temos também artérias provenientes da própria maxilar, temos ainda a faríngea ascendente, que é um ramo direto da carótida externa. ✓ Inervação: Temos o plexo faríngeo, que é formado por pequenas terminações nervosas de várias regiões, dentre elas o nervo vago. Temos ainda o nervo glossofaríngeo, que vai ser responsável pela região de orofaringe, inervação sensorial. Anatomia clínica: reflexo faríngeo (do vômito): é possível tocar a parte anterior da língua sem sentir desconforto; entretanto, ao tocar a parte posterior, o indivíduo tem ânsia de vômito. Os nervos vago e glossofaríngeo são responsáveis pela contração muscular de cada lado da faringe. Os ramos glossofaríngeo são o ramo aferente do reflexo do vômito. Anatomia do esôfago e estômago: Esôfago: Tudo muscular, aproxi. 25 cm de comprimento e 2 de diâmetro. Dividido em 3 partes: - região cervical, região torácica, e região abdominal. Conduz o bolo alimentar por meio de movimento peristáltico, que vai da região faríngea até o estômago. Como não tem esqueleto, sofre influência de algumas estruturas próximas a ele. No esôfagoexistem 3 regiões de compressão: áreas onde ele é comprimido, regiões onde ele é mais estreito: - constrição cervical: na região superior do esôfago, ele é comprimido por uma parte do músculo da faringe, o constritor inferior possui uma pequena porção muscular chamada parte cricofaríngea. Essa parte acaba apertando o esôfago. - constrição broncoáortica: quando o esôfago passa colado com o arco da aorta e com o brônquio esquerdo ele sofre uma segunda constrição. - constrição diafragmática: quando o esôfago passa pelo hiato diafragmático, é o orifício que está presente no diafragma para a passagem do esôfago. As regiões de constrição são as com maiores chances de captação alimentar. Anatomia clínica: divertículo de zenker: falsa bolsa onde o paciente começa a acumular comida. Parte cricofaríngea presente no m. constritor inferior. Parte abdominal: fica abaixo do diafragma, vai do hiato esofágico até a cárdia, início do estômago. Região fixada ao diafragma por meio de ligamento frenicoesofágico. A margem direita do esôfago é contínua com a curvatura menor do estômago, e a margem esquerda vai até a região chamada de incisura cárdica, uma depressão mais intensa, mais aguda, entre o esôfago e o estômago. Se o diafragma não tivesse fixação no esôfago, a cada respiração ele faria um movimento de vai e vem no esôfago. Anatomia clínica: atresia de esôfago e fístula. Quando há uma frouxidão nos ligamentos frenicoesofágicos, acontecem as chamadas herniações: hérnia de hiato: quando esse ligamento é frouxo nos 2 lados, e quando se faz uma inspiração e o diafragma desce, o estômago sobe e passa a ocupar um espaço da região torácica, isso gera refluxo de imediato, espasmo diafragmático: soluço. Quando apenas 1 lado do ligamento que está danificado pode-se ter uma hérnia chamada paraesofágica. O fundo gástrico atravessa um dos lados e começa a ocupar o espaço torácico. Essa porção do estômago que ocupa esse espaço, primeiro, reduz o volume gástrico e depois começa a comprimir a parede esofágica, gerando mais disfagia ainda. Linha Z: linha de transição bem discreta entre o esôfago e o estômago. Também chamada de junção gastroesofágica. Fica mais ou menos na altura da vértebra TXI. Anatomia clínica: pirose: desconforto gerado pelo refluxo: lesiona o epitélio do esôfago. ✓ Vascularização: Na região mais superior, região cervical, ele é irrigado por vasos provenientes das artérias da própria região de tireóide inferior. Na região torácica vai ser irrigado por ramos das artérias bronquiais, ou diretamente da aorta torácica. Na região abdominal vai ser irrigado por artérias provenientes das frênicas e das gástricas esquerdas que são as artérias que irrigam o estômago. As veias: temos veias gástricas, esofágicas e a mais importante delas é o plexo venoso submucoso, também chamadas de veias submucosas do esôfago. Essas veias que formam esse plexo possuem um esquema de drenagem para a veia porta, essa veia drena todas as vísceras da cavidade abdominal. Anatomia clínica: varizes esofágicas: se formam como consequência da hipertensão portal (uma complicação progressiva da cirrose). A ruptura e o sangrado das varizes esofágicas são complicações graves da hipertensão portal. ✓ Inervação: É inervado por um plexo, que vem basicamente dos nervos vagos. O nervo vago direito vai formar inervações do plexo e o vago esquerdo também. Vai realizar a inervação mais importante: a parassimpática. A inervação simpática é feita pelos nervos esplâncnicos torácicos, provenientes dos troncos simpáticos da região torácica. Estômago: Órgão responsável pelo armazenamento do alimento, parte mais expandida do sistema digestivo, expandido pode conter 2 a 3 litros de alimento. Existem 2 tipos de fome: a fome fisiológica, que é a nutricional, aquela fome que qualquer alimento que é comido vai saciar e a fome psicológica. Partes do estômago: - cárdia: região inicial do estômago, porção da transição do esôfago para o estômago. - a porção mais superior, em contato com a cúpula diafragmática, possui uma relação íntima com o diafragma: fundo. - entre o fundo e a cárdia existe uma depressão, chamada incisura cardial. Inclinação maior entre o esôfago e fundo. - a grande parte do estômago é chamado de corpo. - piloro: região afunilada de saída do estômago. Essa região é dividida em 2 partes: a porção um pouco mais larga é chamada de antro pilórico. Como saber o começo do antro pilórico? A curvatura menor do estômago vai ter uma inclinação maior na incisura angular, e aí delimita o início da região pilórica, que começa no antro. Depois, encontro uma parte mais afunilada, denominada canal pilórico, e por último o esfíncter pilórico que delimita o orifício, também chamado de óstio pilórico, é justamente a região responsável pelo esvaziamento gástrico. Anatomia clínica: pilorospasmo: na infância, até as 12 semanas de vida, é comum que essa região sofra um espasmo involuntário, chamado de piloro espasmo. O estômago está cheio, a criança acabou de se alimentar, esse estômago começa a fazer peristalse conduzindo o alimento até o duodeno, só que quando ele contrai o piloro fecha, quando ele fecha o estômago tem como reflexo abrir o esfíncter de cima, e aí ocorre a regurgitação do alimento. o estômago possui 2 curvaturas: - curvatura maior: vai da região da incisura cardial até o duodeno. - curvatura menor: vai da região do início da cárdia até a região do duodeno. Na curvatura menor encontra-se a incisura angular. Anatomia clínica: gastroplastia endoscópica: não envolve risco cirúrgico. Através da endoscopia o cirurgião faz uma sutura interna nas paredes gástricas que reduz até 70% do volume gástrico. Interior do estômago: Internamente o estômago é recoberto por mucosa que protege o estômago contra a ação do sulco gástrico, é um pouco castanho-avermelhada e na região do piloro é mais avermelhada. Também é formado por camadas musculares: musculatura longitudinal, musculatura circular e os músculos oblíquos. Quando essa mucosa no estômago está meia vazia, as mucosas formam um pregueado: pregas gástricas. Anatomia clínica: carcinoma do estômago: é um epitélio com muita capacidade de replicação, renovação contínua, favorece ele a desenvolver carcinoma. Relações do estômago: Bem localizado na região abdominal, é recoberto por peritônio, o fígado no lado direito e o estômago no lado esquerdo, mantém um contato muito próximo com o pâncreas ✓ Vascularização: Total de 6 artérias irrigam o estômago. Na região da aorta abdominal, sai um tronco importante chamado de celíaco, que é quem vai dar irrigação para boa parte do estômago. A partir dele vai sair a gástrica esquerda, que vai subir para irrigar a curvatura menor, e também vai sair a hepática comum, de onde sairá a gástrica direita, que vai fazer anastomose com a gástrica esquerda, irrigando a curvatura menor. Do outro lado, a hepática comum forma a gastroduodenal, vai irrigar estômago e duodeno. Essa gastroduodenal vai dar origem a gastromental direita, que vai seguir o trajeto irrigando a região de curvatura maior. Enquanto que, também do tronco celíaco surge a artéria esplênica, que faz a irrigação do baço. Da esplênica vai surgir a gastromental esquerda e a gastromental esquerda faz anastomose com a gastromental direita. Da esplênica também vão sair as gástricas curtas, que vão irrigar o fundo gástrico. E por último, a gástrica posterior que não se vê nem no moore e nem no netter. Drenagem: todas as veias de uma forma ou de outra vão para a veia porta. A veia gástrica direita e esquerda vão drenar diretamente para veia porta. As veias gástricas curtas e gastromentais vão drenar para a esplênica para depois seguir para a veia porta. ✓ Inervação: A inervação parassimpática, que é a mais importante, que vai induzir a digestão. No estômago vamos ter os troncos vagais:tronco vagal anterior: formado pelo nervo vago esquerdo e o tronco vagal posterior: formado pelo nervo vago direito. Vão se comunicar entre eles. Esse estômago é estimulado pela via parassimpática para formar o sulco gástrico. Anatomia clínica: úlceras gástricas, úlceras pépticas e vagotomia. Inervação simpática: nervo esplâncnico maior, derivado dos troncos simpáticos da região de segmento de T VI e TIX. Anatomia clínica: dor visceral referida: esses troncos podem ser a mesma origem de nervos que inervam a pele, e aí quando o paciente sente dor a nível visceral, essa dor pode se referir em pele.
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