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Anatomia da cavidade oral, faringe, esôfago e estômago

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M. Lúcia Silva
Anatomia da Cavidade Oral e 
da Faringe 
Cavidade oral:
✓ onde dá-se início ao processo de digestão, 
mastigação e salivação. Essa saliva também 
possui a amilase salivar, que degrada amido 
transformando-o parte desse amido em 
maltose. 
✓ pH neutro. 
✓ Divisão e limites: 
 - vestíbulo da boca: espaço que fica entre 
bochechas, lábios e dentes, ou seja, espaço 
entre as mucosas do lábio e das bochechas 
e os dentes. Espaço no qual durante a 
mastigação o alimento é jogado... 
- cavidade própria da boca: toda a região 
que é delimitada pelas arcadas dentárias da 
maxila e da mandíbula. 
- limite anterior: fissura dos lábios, que é a 
abertura dos lábios. 
- limite superior: palato duro. 
- limite posterosuperior: palato mole. 
- limite mais posterior: região de 
orofaringe. 
- limite inferior: região de assoalho e a 
língua. 
- nas laterais: a mucosa que chamamos de 
bochecha. 
 
Lábios: 
Estruturas musculofibrosas móveis, circundam a 
região de rima da boca que é a região de abertura 
dela. 
Lateralmente os lábios são delimitados por uma 
depressão que vai da asa do nariz até a comissura 
do lábio, chamada de sulco nasolabial, conhecido 
popularmente como bigode chinês, sulco que 
acontece naturalmente a medida que 
envelhecemos. Temos o sulco mentolabial, 
depressão na região do limite mais inferior. E no 
limite mais superior temos as próprias narinas. 
Cobertos externamente por pele e internamente 
por túnica mucosa. 
Controlam a rima da boca: abertura. 
Apreender os alimentos, sugar líquidos, manter o 
alimento fora do vestíbulo da boca, produzir a fala 
e osculação. 
O músculo orbicular da boca mantém a boca 
fechada. 
✓ Vascularização: 
Os lábios são muito irrigados e a estrutura de 
epitélio que recobre eles é fina. 
4 grupos de artérias irrigam os lábios: 
• Artéria labial superior, proveniente da 
facial. 
• Artéria labial inferior, proveniente da facial. 
Essas são as principais. Porém, esses lábios 
possuem vias de anastomose provenientes de 
outros ramos: 
• O lábio superior recebe ramos provenientes 
da infra-orbital, que é ramo da artéria 
maxilar. 
• O lábio inferior recebe ramos provenientes 
da artéria mentual, que é um ramo terminal 
da artéria alveolar inferior, que vem por 
dentro do canal da mandíbula, proveniente 
também da artéria maxilar. 
OBS: lábio também faz anastomose bilateral, ou 
seja, comunica um lado com o outro. 
Ferimento em lábio muito sangrante, uma das 
medidas a serem feitas é a compressão da artéria 
facial, de preferência do lado que está sangrando 
bastante, para conseguir controlar melhor e 
facilitar uma sutura. 
 
Bochechas: 
Estão posteriormente aos lábios. São limites 
laterais da cavidade oral. 
Continuidade dos lábios. 
- possui como limites: anterior: região de 
comissura dos lábios, que é o canto da boca. 
Superiormente: região zigomática. Inferiormente: 
corpo da mandíbula e posteriormente: área 
delimitada pela parótida e masseter. 
Está presente o músculo chamado de bucinador: 
faz os movimentos da bochecha, delimita a 
bochecha internamente. Internamente a esse 
músculo temos uma mucosa rica em glândulas 
salivares menores. 
Além disso, nessa região de bochecha também se 
encontra a passagem do ducto da glândula 
parótida. Passa por dentro do bucinador até chegar 
a cavidade oral. 
Superficialmente, externamente a esse músculo 
estão os corpos adiposos, com grande importância 
principalmente em lactentes. No bebê, esse corpo 
adiposo vai impedir a colabação das bochechas. 
Mas na fase adulta pode se tornar uma queixa: 
bola de bichat. 
Gengiva: 
Formada por um tecido fibroso, recobre a região 
dos processos alveolares. Protege tanto o osso 
alveolar como o dente em si. 
Temos a gengiva lingual, que é voltada para a 
língua e a gengiva labial, também chamada de 
vestibular. 
São 2 tipos de gengiva: uma gengiva mais 
queratinizada, mais próxima aos dentes e a túnica 
mucosa, mais avermelhada. 
Dentes: 
São estruturas rígidas, inseridas nos processos 
alveolares tanto da maxila como da mandíbula. 
- incisivos: incisar, cortar o alimento. 
- caninos: apreender. 
- pré-molares e molares: triturar o alimento. 
Trituração na mastigação, desenvolvimento e 
proteção, fonação. 
Dentes decíduos: 20, são os de leite. Dentes 
permanentes: faixa de 32. 
Cronologia de erupção: faixa etária mais ou menos 
que os dentes devem nascer. No hipotireoidismo, 
a criança possui um retardo no metabolismo e 
consequentemente na dentição. 
Componentes do dente: 
- coroa, colo e raiz: essa raiz possui um ápice que 
é por onde entram os vasos e nervos que vão 
manter o dente vivo. 
O dente é formado por 3 tipos de materiais 
básicos: 
- esmalte: altamente mineralizado, é considerado 
o material mais duro do corpo, não tem 
sensibilidade pois não possui terminação nervosa. 
-dentina: possui sensibilidade. 
- cemento: o envolvimento da raiz é feito pelo 
cemento. 
- polpa: porção mais interna: não é mineralizada, 
é uma porção viva do dente, popularmente 
conhecida como canal. Encontro nervos, vasos... 
Esses processos alveolares entre um dente e outro 
apresentam uma crista chamada de septo 
interalveolar. Esses dentes são articulados no 
processo alveolar por meio de uma articulação 
chamada de sindesmose dentoalveolar. Todos os 
dentes são amortecidos por esse ligamento. 
Anatomia clínica: cárie dental, pulpite e abscessos: 
doença infecciosa mais comum na população, a 
medida que a infecção avança chega a polpa. 
✓ Vascularização: são vascularizados pelas 
artérias alveolares, e todas elas de uma 
forma ou de outra vem da artéria maxilar. 
 
• Alveolares superiores: divididas em 
anteriores, médias e posteriores. 
• Alveolares inferiores. 
A drenagem venosa é a mesma coisa, faz o mesmo 
sentido só que voltando, mas tem um porém: essa 
drenagem venosa dos dentes, principalmente da 
região maxilar, além de drenar para veia maxilar, 
também fazem um caminho de drenagem pelo seio 
cavernoso. 
✓ Inervação: os nervos dos dentes são todos 
provenientes do trigêmeo, lembrando que 
ele possui 3 divisões: oftálmica, que é 
puramente sensitiva, a maxilar que também 
é puramente sensitiva, que aí vai formar 
nervos alveolares: superiores: anterior, 
médio e posterior. 
A divisão mandibular vai formar o nervo 
alveolar inferior. 
OBS: Na cirurgia do siso, uma das complicações é 
o rompimento desse nervo alveolar inferior, o 
paciente pode desenvolver o quadro de parestesia. 
OBS: Neuralgia do trigêmeo. 
 
Palato duro: 
Compõe o teto da cavidade oral, é formado por 
uma parte esquelética, onde temos o processo 
palatino da maxila nos 2/3 mais anteriores e a 
lâmina horizontal do processo palatino. Apresenta 
4 forames laterais posteriores, chamados de 
palatinos maiores e palatinos menores, onde 
passam por eles artérias e nervos do mesmo nome: 
- artéria palatina maior, veia palatina maior, nervo 
palatino maior e os palatinos menores também. 
Possui também uma fossa mais anterior, é 
chamada assim porque nesse local tem a abertura 
de 2 forames juntos, a fossa incisiva, por onde 
partem também inervações importantes que vem 
do nariz, nervo nasopalatino. 
Essa região de palato duro é recoberta por tecido 
mucoso queratinizado onde são formadas pregas 
palatinas chamadas de rugas, que são as pregas 
palatinas transversas, na região mais anterior, e 
são separadas ao meio por uma grande prega 
chamada rafe palato. Na sua porção mais anterior 
a rafe apresenta uma elevação chamada de papila 
incisiva, que coincide com a fossa, região de 
grande sensibilidade. 
Palato mole: 
Continuidade do palato duro, músculos envolvidos 
por tecido mucoso. Participa da deglutição, esse 
palato se eleva e desce, mecanismos esses que 
estão envolvidos na respiração e deglutição. 
5 músculos compõem essa região: 
- músculo levantador do véu palatino: um pouco 
mais medial. 
- músculo tensor do véu palatino: um pouco mais 
lateral. 
Esses músculos são importantes durante o 
movimentoda deglutição, pois vão elevar o palato. 
- músculo palatofaríngeo: vai do palato para a 
faringe. 
- músculo palatoglosso: vai do palato para a língua. 
- músculo da úvula: o que forma a projeção 
chamada de ‘’pinguelo’’. 
Lembrando que esses músculos estão 
internamente recobertos por mucosa. 
Esses músculos formam os arcos, também 
chamados de pregas na região do palato. 
- arco palatoglosso, arco palatofaríngeo: eles são 
importantes, seguem uma classificação na 
anestesiologia, chamada classificação de 
Mallampati: leva em consideração a distância entre 
o palato mole e a língua, e diz respeito ao grau de 
dificuldade durante a intubação orotraqueal. 
 
Língua: 
Importante na deglutição, faz a função de jogar o 
alimento em direção ao palato e 
consequentemente esse alimento vai escoar para 
região de orofaringe e em seguida para região de 
laringofaringe e esôfago. 
Quando a língua faz a projeção para trás, ela abaixa 
a epiglote, que fecha a laringe, impedindo uma 
broncoaspiração. 
Deglutição, fonação, mastigação, limpeza, paladar. 
A língua é dividida em corpo e raiz, esse corpo 
apresenta ápice, o ventre, que é a região da face 
inferior da língua e o dorso, que é a região de cima 
da língua. 
Apresenta papilas: 4 tipos: filiformes, fungiformes, 
circunvaladas e folhadas. 
Na região mais posterior da língua temos os 
nódulos linfoides, também conhecidos 
coletivamente como tonsila lingual: importante na 
defesa do organismo. 
Anatomia clínica: carcinoma da língua. 
Na região inferior da língua temos o assoalho da 
boca, e se encontra também o frênulo da língua. 
Na base desse frênulo temos a saída dos ductos 
da glândula submandibular, chamada de carúnculo 
submandibular, e a carúncula sublingual, que é a 
saída da glândula sublingual. 
Esse frênulo quando aumentado é chamado 
popularmente como língua presa. 
Possui 8 músculos: 
 4 são músculos intrínsecos, que modificam o 
formato da língua, são eles: 
- longitudinal superior, uma camada dupla de 
verticais e transversos, e longitudinal inferior. 
4 são extrínsecos, são responsáveis pelos 
movimentos da língua, são eles: 
- palatoglosso, estiloglosso, hioglosso, 
genioglosso. 
Todos eles divididos ao meio por um septo da 
língua fibroso mediano que separa os músculos D 
e E. 
O único músculo que está prendendo a língua na 
porção anterior da mandíbula é o genioglosso, o 
único que puxa a língua pra frente. 
✓ Vascularização: 
Artéria lingual, que é ramo da carótida externa, vai 
formar o ramo dorsal da língua, e a artéria 
profunda, que vai irrigar a região de corpo da 
língua; além das sublinguais, que vão irrigar a 
região de assoalho. 
Veias sublinguais se destacam pois são via de 
administração medicamentosa. 
Anatomia clínica: absorção sublingual de fármacos: 
para a rápida absorção de um fármaco como, por 
exemplo, o uso de nitroglicerina como 
vasodilatador na angina pectoris, administra-se 
sob a língua o comprimido ou spray, que se 
dissolve e chega às veias profundas da língua em 
menos de 1 minuto. 
✓ Inervação: 
4 nervos e 3 funções diferentes: 
- hipoglosso: inervação motora, principalmente nos 
músculos extrínsecos da língua. 
- lingual: é uma divisão do mandibular, que é ramo 
do trigêmeo, faz inervação tátil e de temperatura 
na região da língua. 
- nervo corda do tímpano: responsável pelo 
paladar, principalmente nas regiões mais 
anteriores. 
- glossofaríngeo: responsável pelo paladar mais na 
região posterior. 
Glândula submandibular: 
Localizada entre a região da cavidade oral e a 
região cervical, ela atravessa o músculo chamado 
de milo-hioideo. 
Glândula sublingual: 
Lobo abaixo da língua. 
Glândula parótida: 
É a maior glândula salivar, e também a mais 
importante para clínica, pois ela é a mais 
acometida por doenças. 
OBS: caxumba: parotidite: causada por um vírus. 
O nervo facial passa por dentro da parótida. 
 
Faringe: 
Parte oral e laríngea: 
✓ Orofaringe: 
Limites: superior: palato mole, inferior: base da 
língua, laterais: arcos palatoglosso e 
palatofaríngeo. 
Participa da segunda etapa da deglutição: nossa 
deglutição é dividida em 3 etapas fisiológicas: 1- 
voluntária, fase oral, que é quando a língua encosta 
no palato para jogar o alimento em direção a 
orofaringe. 2- involuntária: fase faríngea, e 2-: 
fase esofágica: quando o alimento toca o esôfago 
e inicia o movimento de peristalse. 
A orofaringe é delimitada superiormente pelo 
palato mole onde se encontra a úvula e 
inferiormente pela base da língua onde se encontra 
a ponta da cartilagem epiglótica. Nessa região de 
limites também se encontra os arcos, lembrando 
que internamente a esses arcos temos os 
músculos, e também temos a tonsila palatina 
conhecida popularmente como amígdala. 
Essa tonsila, é tecido linfoide entre os arcos 
palatinos, fica alojada dentro de uma fossa 
chamada de tonsilar, e existe um pequeno espaço 
nessa região, esse espaço é importante porque a 
medida que se acumula células mortas, restos de 
bactérias, restos alimentares, começam a se 
formar concreções amigdalianas, e essas podem 
sofrer processos de mineralização, uma 
calcificação, e aí ficar lá como se fosse um cálculo. 
A orofaringe é formada pelo músculo constritor 
superior da faringe e pela fáscia faringobasilar. Na 
verdade, são 3 músculos que ocorrem na faringe, 
o constritor superior, o médio, e o inferior. A parte 
da oro pega um pouquinho do superior e um 
pouquinho do médio. Esses 3 músculos estão 
ligados um ao outro e ambos estão ligados a base 
do crânio por meio da fáscia faringobasilar: articula 
músculo com a base do crânio. 
Anatomia clínica: tonsilectomia: remoção da tonsila 
palatina. 
 
Laringofaringe: 
Posteriormente à laringe, estendendo-se da 
margem superior da epiglote até a margem inferior 
da cartilagem cricóidea. A partir daí, termina 
laringofaringe e começa o esôfago. 
Formada pelos músculos constritores médio e 
inferior da faringe, e internamente possui ainda 
outros músculos chamados de longitudinais. 
Internamente a parede é formada pelos músculos 
palatofaríngeo e estilofaríngeo. 
Possui o recesso piriforme, ponto mais importante 
dessa região. A elevação linear dessa região é o 
local por onde passa o nervo laríngeo recorrente. 
Quando o paciente possui alguma obstrução, 
quando o alimento fica preso na laringe e gera 
compressão mecânica desse nervo, o paciente 
mesmo depois da desobstrução pode ficar rouco. 
Músculos da faringe: 
3 músculos laminares: constritor superior, médio e 
inferior. Na região da laringofaringe ficam 
basicamente o médio e o inferior nessa altura e 
mais em cima o superior. 
Possui ainda 3 músculos longitudinais: vão ter 
como função elevar ou encurtar a laringe durante 
a deglutição, respiração: palatofaríngeo, temos o 
salpingofaríngeo, e o estilofaríngeo. 
✓ Vascularização: 
Artéria tonsilar, ramo da facial. Temos também 
artérias provenientes da própria maxilar, temos 
ainda a faríngea ascendente, que é um ramo direto 
da carótida externa. 
✓ Inervação: 
Temos o plexo faríngeo, que é formado por 
pequenas terminações nervosas de várias regiões, 
dentre elas o nervo vago. Temos ainda o nervo 
glossofaríngeo, que vai ser responsável pela região 
de orofaringe, inervação sensorial. 
Anatomia clínica: reflexo faríngeo (do vômito): é 
possível tocar a parte anterior da língua sem sentir 
desconforto; entretanto, ao tocar a parte 
posterior, o indivíduo tem ânsia de vômito. Os 
nervos vago e glossofaríngeo são responsáveis pela 
contração muscular de cada lado da faringe. Os 
ramos glossofaríngeo são o ramo aferente do 
reflexo do vômito. 
 
Anatomia do esôfago e estômago: 
Esôfago: 
Tudo muscular, aproxi. 25 cm de comprimento e 
2 de diâmetro. Dividido em 3 partes: - região 
cervical, região torácica, e região abdominal. 
Conduz o bolo alimentar por meio de movimento 
peristáltico, que vai da região faríngea até o 
estômago. Como não tem esqueleto, sofre 
influência de algumas estruturas próximas a ele. 
No esôfagoexistem 3 regiões de compressão: 
áreas onde ele é comprimido, regiões onde ele é 
mais estreito: 
- constrição cervical: na região superior do 
esôfago, ele é comprimido por uma parte do 
músculo da faringe, o constritor inferior possui 
uma pequena porção muscular chamada parte 
cricofaríngea. Essa parte acaba apertando o 
esôfago. 
- constrição broncoáortica: quando o esôfago 
passa colado com o arco da aorta e com o 
brônquio esquerdo ele sofre uma segunda 
constrição. 
- constrição diafragmática: quando o esôfago 
passa pelo hiato diafragmático, é o orifício que 
está presente no diafragma para a passagem do 
esôfago. 
As regiões de constrição são as com maiores 
chances de captação alimentar. 
Anatomia clínica: divertículo de zenker: falsa bolsa 
onde o paciente começa a acumular comida. Parte 
cricofaríngea presente no m. constritor inferior. 
Parte abdominal: fica abaixo do diafragma, vai do 
hiato esofágico até a cárdia, início do estômago. 
Região fixada ao diafragma por meio de ligamento 
frenicoesofágico. 
A margem direita do esôfago é contínua com a 
curvatura menor do estômago, e a margem 
esquerda vai até a região chamada de incisura 
cárdica, uma depressão mais intensa, mais aguda, 
entre o esôfago e o estômago. 
Se o diafragma não tivesse fixação no esôfago, a 
cada respiração ele faria um movimento de vai e 
vem no esôfago. 
Anatomia clínica: atresia de esôfago e fístula. 
Quando há uma frouxidão nos ligamentos 
frenicoesofágicos, acontecem as chamadas 
herniações: hérnia de hiato: quando esse ligamento 
é frouxo nos 2 lados, e quando se faz uma 
inspiração e o diafragma desce, o estômago sobe 
e passa a ocupar um espaço da região torácica, 
isso gera refluxo de imediato, espasmo 
diafragmático: soluço. 
Quando apenas 1 lado do ligamento que está 
danificado pode-se ter uma hérnia chamada 
paraesofágica. O fundo gástrico atravessa um dos 
lados e começa a ocupar o espaço torácico. Essa 
porção do estômago que ocupa esse espaço, 
primeiro, reduz o volume gástrico e depois começa 
a comprimir a parede esofágica, gerando mais 
disfagia ainda. 
Linha Z: linha de transição bem discreta entre o 
esôfago e o estômago. Também chamada de 
junção gastroesofágica. Fica mais ou menos na 
altura da vértebra TXI. 
Anatomia clínica: pirose: desconforto gerado pelo 
refluxo: lesiona o epitélio do esôfago. 
✓ Vascularização: 
Na região mais superior, região cervical, ele é 
irrigado por vasos provenientes das artérias da 
própria região de tireóide inferior. Na região 
torácica vai ser irrigado por ramos das artérias 
bronquiais, ou diretamente da aorta torácica. Na 
região abdominal vai ser irrigado por artérias 
provenientes das frênicas e das gástricas 
esquerdas que são as artérias que irrigam o 
estômago. 
As veias: temos veias gástricas, esofágicas e a mais 
importante delas é o plexo venoso submucoso, 
também chamadas de veias submucosas do 
esôfago. Essas veias que formam esse plexo 
possuem um esquema de drenagem para a veia 
porta, essa veia drena todas as vísceras da 
cavidade abdominal. 
Anatomia clínica: varizes esofágicas: se formam 
como consequência da hipertensão portal (uma 
complicação progressiva da cirrose). A ruptura e o 
sangrado das varizes esofágicas são complicações 
graves da hipertensão portal. 
✓ Inervação: 
É inervado por um plexo, que vem basicamente dos 
nervos vagos. O nervo vago direito vai formar 
inervações do plexo e o vago esquerdo também. 
Vai realizar a inervação mais importante: a 
parassimpática. 
A inervação simpática é feita pelos nervos 
esplâncnicos torácicos, provenientes dos troncos 
simpáticos da região torácica. 
 
Estômago: 
Órgão responsável pelo armazenamento do 
alimento, parte mais expandida do sistema 
digestivo, expandido pode conter 2 a 3 litros de 
alimento. 
Existem 2 tipos de fome: a fome fisiológica, que é 
a nutricional, aquela fome que qualquer alimento 
que é comido vai saciar e a fome psicológica. 
Partes do estômago: 
- cárdia: região inicial do estômago, porção da 
transição do esôfago para o estômago. 
- a porção mais superior, em contato com a cúpula 
diafragmática, possui uma relação íntima com o 
diafragma: fundo. 
- entre o fundo e a cárdia existe uma depressão, 
chamada incisura cardial. Inclinação maior entre o 
esôfago e fundo. 
- a grande parte do estômago é chamado de 
corpo. 
- piloro: região afunilada de saída do estômago. 
Essa região é dividida em 2 partes: a porção um 
pouco mais larga é chamada de antro pilórico. 
Como saber o começo do antro pilórico? A 
curvatura menor do estômago vai ter uma 
inclinação maior na incisura angular, e aí delimita 
o início da região pilórica, que começa no antro. 
Depois, encontro uma parte mais afunilada, 
denominada canal pilórico, e por último o esfíncter 
pilórico que delimita o orifício, também chamado 
de óstio pilórico, é justamente a região responsável 
pelo esvaziamento gástrico. 
Anatomia clínica: pilorospasmo: na infância, até as 
12 semanas de vida, é comum que essa região 
sofra um espasmo involuntário, chamado de piloro 
espasmo. O estômago está cheio, a criança acabou 
de se alimentar, esse estômago começa a fazer 
peristalse conduzindo o alimento até o duodeno, 
só que quando ele contrai o piloro fecha, quando 
ele fecha o estômago tem como reflexo abrir o 
esfíncter de cima, e aí ocorre a regurgitação do 
alimento. 
o estômago possui 2 curvaturas: 
- curvatura maior: vai da região da incisura cardial 
até o duodeno. 
- curvatura menor: vai da região do início da cárdia 
até a região do duodeno. Na curvatura menor 
encontra-se a incisura angular. 
Anatomia clínica: gastroplastia endoscópica: não 
envolve risco cirúrgico. Através da endoscopia o 
cirurgião faz uma sutura interna nas paredes 
gástricas que reduz até 70% do volume gástrico. 
Interior do estômago: 
Internamente o estômago é recoberto por mucosa 
que protege o estômago contra a ação do sulco 
gástrico, é um pouco castanho-avermelhada e na 
região do piloro é mais avermelhada. Também é 
formado por camadas musculares: musculatura 
longitudinal, musculatura circular e os músculos 
oblíquos. Quando essa mucosa no estômago está 
meia vazia, as mucosas formam um pregueado: 
pregas gástricas. 
Anatomia clínica: carcinoma do estômago: é um 
epitélio com muita capacidade de replicação, 
renovação contínua, favorece ele a desenvolver 
carcinoma. 
Relações do estômago: 
Bem localizado na região abdominal, é recoberto 
por peritônio, o fígado no lado direito e o estômago 
no lado esquerdo, mantém um contato muito 
próximo com o pâncreas 
✓ Vascularização: 
Total de 6 artérias irrigam o estômago. 
Na região da aorta abdominal, sai um tronco 
importante chamado de celíaco, que é quem vai 
dar irrigação para boa parte do estômago. A partir 
dele vai sair a gástrica esquerda, que vai subir para 
irrigar a curvatura menor, e também vai sair a 
hepática comum, de onde sairá a gástrica direita, 
que vai fazer anastomose com a gástrica esquerda, 
irrigando a curvatura menor. 
Do outro lado, a hepática comum forma a 
gastroduodenal, vai irrigar estômago e duodeno. 
Essa gastroduodenal vai dar origem a gastromental 
direita, que vai seguir o trajeto irrigando a região 
de curvatura maior. Enquanto que, também do 
tronco celíaco surge a artéria esplênica, que faz a 
irrigação do baço. Da esplênica vai surgir a 
gastromental esquerda e a gastromental esquerda 
faz anastomose com a gastromental direita. 
Da esplênica também vão sair as gástricas curtas, 
que vão irrigar o fundo gástrico. E por último, a 
gástrica posterior que não se vê nem no moore e 
nem no netter. 
Drenagem: todas as veias de uma forma ou de 
outra vão para a veia porta. 
A veia gástrica direita e esquerda vão drenar 
diretamente para veia porta. As veias gástricas 
curtas e gastromentais vão drenar para a esplênica 
para depois seguir para a veia porta. 
✓ Inervação: 
A inervação parassimpática, que é a mais 
importante, que vai induzir a digestão. No 
estômago vamos ter os troncos vagais:tronco 
vagal anterior: formado pelo nervo vago esquerdo 
e o tronco vagal posterior: formado pelo nervo 
vago direito. Vão se comunicar entre eles. 
Esse estômago é estimulado pela via 
parassimpática para formar o sulco gástrico. 
Anatomia clínica: úlceras gástricas, úlceras 
pépticas e vagotomia. 
Inervação simpática: nervo esplâncnico maior, 
derivado dos troncos simpáticos da região de 
segmento de T VI e TIX. 
Anatomia clínica: dor visceral referida: esses 
troncos podem ser a mesma origem de nervos que 
inervam a pele, e aí quando o paciente sente dor 
a nível visceral, essa dor pode se referir em pele.

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