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Cavidade oral e glândulas salivares, parte oral da faringe e deglutição - Anatomia de Cabeça e Pescoço

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Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
1 
 
Cavidade oral e 
glândulas salivares, 
parte oral da faringe e 
deglutição 
 
INTRODUÇÃO 
REGIÃO ORAL 
Faz limites com a região da bochecha e com a região 
nasal. Os limites são marcados pelos: 
• SULCO NASOLABIAL ou nasolabiogeniano 
(superiormente, limite com a cavidade nasal) 
• SULCO MENTOLABIAL (inferiormente, 
delimita a parte inferior do lábio inferior) 
Os lábios são pregas musculocutâneas, estrutura 
muscular revestido por pele e mucosa. Em sua 
superfície externa possui, além dos sulcos, umas 
dobras cutâneas, as localizadas inferiormente ao 
septo nasal são chamadas de 
• FILTRO: formado pela fixação e inserção de 
fibras do músculo orbicular da boca, na 
extremidade do filtro, existe uma elevação, 
também de fixação muscular, denominada de 
TUBÉRCULO (o filtro termina no tubérculo 
que é a elevação mediana do lábio superior) 
Existe uma transição no lábio, externamente ele é 
revestido por pele, a medida que ele vai se 
continuando na cavidade oral, a pele vai sofrendo 
uma modificação, ela passa a ter uma MENOR 
QUANTIDADE DE QUERATINA. Nessa região, aonde 
temos a MARGEM DO LÁBIO, temos uma região de 
transição entre o que é pele, uma camada de 
queratina bem espessa, da mucosa de revestimento 
interna, que não tem essa camada de revestimento, 
ou seja, não tem queratina. Portanto, existe uma 
área de transição que adquire uma coloração mais 
avermelhada devido a vascularização presente nessa 
região, por isso chamamos de MARGEM VERMELHA 
DOS LÁBIOS ou BORDA VERMELHA ou MARGEM 
MUCOSA VERMELHA DOS LÁBIOS ou VERMELHÃO 
DOS LÁBIOS, como essa borda da transição entre 
pele e mucosa. 
Os lábios se encontram no canto da boca ou no 
ângulo da boca, formando uma prega aonde essa 
margem vermelha é contínua entre o lábio superior 
e o inferior chamada de COMISSURA DOS LÁBIOS, 
comissura quer dizer intercruzamento. (quando você 
tem fibras de uma estrutura para outra, pode-se 
chamar de comissura. 
É importante abordar a margem vermelha dos lábios 
e a comissura devido à: 
• MARGEM VERMELHA DOS LÁBIOS 
Por ser uma pele modificada, com menor 
proteção, ela está mais suscetível aos raios 
UV, principalmente no lábio inferior, devido 
a direção da incidência dos raios. Então, o 
lábio inferior é um sítio de desenvolvimento 
do CARCINOMA (tumor de origem epitelial) 
 
• COMISSURA DOS LÁBIOS 
No ângulo da boca, próximo a comissura, é 
onde se desenvolve o SAPINHO, devido ao 
acumulo de saliva que favorece o 
desenvolvimento de algum tipo de fungo ou 
bactéria que pode promover uma lesão no 
ângulo da boca 
Quando afastamos os lábios, no abaixamento da 
mandíbula, a gente abre a boca e afasta os lábios, 
esse afastamento de lábio delimita a abertura da 
cavidade oral, chamada de RIMA DA BOCA (abertura 
anterior, vai dar acesso a cavidade oral, demarcada 
por duas pregas musculares, o lábio superior e o 
lábio inferior). 
A cavidade oral se estende posteriormente até um 
par de pregas localizados no fundo, na parte 
posterior da boca, chamado de ARCO 
PALATOGLOSSO 
Duas pregas na parte posterior da cavidade oral: 
• PREGA PALATOGLOSSA: mais anterior, sai 
do palato mole até a parte lateral da língua. 
Quando unimos uma prega palatoglossa 
com outra, passando pelo palato mole, 
chama-se ARCO PALATOGLOSSO 
• PREGA PALATOFARÍNGEA: mais posterior, 
sai do palato mole e vai até a faringe 
À medida que se caminha posteriormente, a região 
vai ficando mais estreita, esse estreitamento é 
chamado de ISTMO DAS FAUCES, delimitado pelo 
arco palatoglosso. 
 
 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
2 
 
ANATOMIA DA BOCA 
Atravessando o lábio entramos na cavidade da boca. 
Anteriormente a boca é delimitada pelos lábios 
superior e inferior, superiormente pelo palato, 
dividido em duas partes de acordo com a sua 
constituição: 
➢ PALATO DURO: esqueleto ósseo 
➢ PALATO MOLE: estrutura muscular 
O assoalho, limite inferior é marcado pela presença 
do MÚSCULO MILO-HIÓIDEO, que forma o diafragma 
oral, o limite mais inferior da boca. 
➢ MÚSCULO MILO-HIÓIDEO 
Músculo par com fibras no sentido TRANSVERSAL, 
latero-lateral. 
A cavidade da boca é subdividida em duas partes 
pela presença dos ARCOS DENTAIS, superior e 
inferior. A presença desses dois arcos separa a boca 
em duas cavidades, uma de entrada, chamada de 
VESTÍBULO DA BOCA, e internamente aos arcos 
dentais, chama-se CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA. 
Lateralmente o limite é o MÚSCULO BUCINADOR 
➢ VESTÍBULO DA BOCA 
Formato de ferradura, acompanha os arcos 
alveolares 
ESTRUTURA DOS LÁBIOS 
 ESTRATIMERIA 
1. PELE (com as características básicas do 
órgão: pelo, glândulas sebáceas e 
sudoríparas) 
2. CAMADA MUSCULAR (formada, 
principalmente, pelo MÚSCULO ORBICULAR 
DA BOCA, mais algumas fibras dos músculos 
levantadores e abaixadores dos lábios, que 
se intercruzam com esse músculo) 
3. CAMADA SUBMUCOSA (com glândulas 
salivares menores que produzem saliva e 
lançam dentro da cavidade oral, então as 
glândulas salivares chamadas de 
GLÂNDULAS LABIAIS estão localizadas na 
submucosa, ou seja, profundamente a 
camada muscular dos lábios para mantê-los 
úmidos e os RAMOS LABIAIS DA ARTÉRIA 
FACIAL) 
4. CAMADA MUCOSA (mais profunda) 
IRRIGAÇÃO 
• Artérias labiais 
• Artéria mentual (ramo da artéria alveolar 
inferior, quando emerge na face, dá ramos 
para o mento e para o lábio inferior) 
• Artéria infraorbital (quando essa artéria 
emerge pelo forame infraorbital ela dá ramos 
para o nariz, para a pálpebra e para o lábio 
superior) 
OBS.: a mucosa labial é bastante vascularizada! 
No lábio inferior é possível sentir e ver as glândulas 
labiais passando os dentes nelas. 
CASO CLÍNIC0 – MUCOCELE E CARCINOMA 
o MUCOCELE 
Quando passamos os dentes de mais ou 
mordemos as glândulas labiais, os ductos 
podem ser destruídos, rompidos, causando 
uma LESÃO CÍSTICA e levando a 
OBSTRUÇÃO DE UM DUCTO da glândula 
salivar menor. A glândula continua 
produzindo saliva, mas não consegue lançar 
isso para a cavidade própria da boca, ficando 
acumulado na tela submucosa. Nessas 
submucosas, o líquido acumulado forma 
essa elevação. 
Tratamento: incisão cirúrgica para remoção 
da glândula. 
 
o CARCINOMA 
É uma lesão mais agressiva, formando uma 
ferida, sangra, e tem um crescimento 
bastante exagerado, no caso do lábio 
inferior. 
 
DRENAGEM LINFÁTICA 
▪ LÁBIO SUPERIOR 
A linfa drenada do lábio superior é 
direcionada para os LINFONODOS 
SUBMANDIBULARES (grupos de linfonodos 
localizados inferior à margem da mandíbula) 
 
▪ LÁBIO INFERIOR 
1. Região mediana: a linfa drena para os 
LINFONODOS SUBMENTUAIS 
2. Parte lateral: drena para os LINFONODOS 
SUBMANDIBULARES 
 
OBS.: temos que observar qual é a posição 
do tumor, se próximo a linha mediana terá o 
envolvimento de linfonodos submentuais. 
Essas lesões que ocorrem muito próximas a 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
3 
 
linha mediana pode ter um cruzamento, 
então mesmo que a lesão predomine no 
lábio inferior do lado esquerdo, a linfa 
também pode drenar para o lado direito. 
 
VESTÍBULO DA BOCA 
Limitado internamente pelo arco alveolar superior 
ou arco dental superior e inferiormente pelo arco 
alveolar inferior. 
O lábio, tanto o superior quanto o inferior, estão 
fixados aos processos alveolares da maxila e da 
mandíbula por uma prega dessa mucosa chamada 
de FRÊNULO DO LÁBIO SUPERIOR e FRÊNULO DO 
LÁBIO INFERIOR (dobras cutâneas com tecido 
conjuntivo profundo a eles, que fixa o lábio próximo 
aos processos alveolares, tanto o superior quanto o 
inferior. 
Ao longo do vestíbulo, vamos encontrar outras 
pregas, só que laterais, também fazendo essa 
fixação da mucosa próximo a região da bochecha, 
isso é chamado de BRIDAS, bridas do lábio superior 
e bridas do lábio inferior. 
MUCOSA DE REVESTIMENTO➢ LÁBIO E PARTE SUPERIOR DO VESTÍBULO 
(também chamada de fundo do vestíbulo ou 
fórnice do vestíbulo): a mucosa deixa de 
revestir o lábio, se dobra e passa a revestir a 
superfície óssea, maxila e mandíbula, esse 
fundo de vestíbulo mantem a mesma 
característica de mucosa 
Quando aproximamos dos dentes (processo 
alveolar) observamos uma MUDANÇA DE 
COLORAÇÃO, a mucosa passa a ficar mais 
espessa, com uma camada de queratina, e 
essa mucosa que reveste o processo 
alveolar, próximo a corona dos dentes, 
recebe o nome de GENGIVA. 
GENGIVA 
-Rosa claro 
-Não é tão vermelha como a mucosa oral 
porque ela já tem uma camada de queratina 
-Ela é classificada como uma MUCOSA 
MASTIGATÓRIA, quando mastigamos, o 
atrito do alimento sobre a gengiva dá a ela 
essa característica queratinizada, logo ela 
possui essa característica para resistir a esse 
atrito durante a alimentação 
JUNÇÃO MUCOGENGIVAL: linha que marca a 
junção da mucosa de revestimento com a 
mucosa mastigatória 
CC: quando a gengiva perde a característica 
rosa indica doença (casca de laranja), e 
quando tiver um vermelho brilhante, ela está 
inflamada. 
CASO CLÍNICO – FRENECTOMIA LABIAL 
Frênulo hipertrófico, se estende entre os dois 
incisivos centrais (dentes maiores na parte inferior). 
Isso provoca um afastamento dos dentes chamado 
de DIESTEMA (fenda, afastamento, provocado pelo 
frênulo hipertrófico). 
REGIÃO DA BOCHECHA 
❖ MÚSCULO BUCINADOR 
1. dá a estrutura da bochecha 
2. forma o limite lateral da cavidade da 
boca (vestíbulo) 
3. FUNÇÃO: MANTEM A MUCOSA 
AFASTADA DA SUPERFÍCIE OCLUSAL 
DOS DENTES, ou seja, quando a gente 
mastiga a presença do músculo 
bucinador dá suporte a mucosa e evita 
que ela entre sobre a superfície 
mastigatória. 
AJUDA A LEVAR O ALIMENTO QUE ESTÁ 
NO VESTÍBULO PARA A SUPERFÍCIE 
MASTIGATÓRIA 
❖ CORPO ADIPOSO DA BOCHECHA: é 
superficial ao bucinador 
❖ O bucinador é atravessado pelo DUCTO 
PAROTÍDEO, trazendo a saliva da glândula 
parótida. Ele sai da glândula parótida, passa 
superficialmente ao masseter, contorna, 
perfura o corpo adiposo da bochecha e o 
músculo bucinador. Depois, ele se abre no 
vestíbulo da boca, na região da bochecha, na 
PAPILA PAROTÍDEA, na altura da coroa do 
2º molar superior. 
❖ GLÂNDULAS BUCAIS, ou glândulas da 
bochecha, internamente ao músculo 
bucinador 
❖ ATÉ ONDE SE ESTENDE A REGIÃO DA 
BOCHECHA: deve-se lembrar das inserções 
do bucinador, que é no processo alveolar da 
maxila e da mandíbula superior e 
inferiormente, e posteriormente ela se 
estende até a RAFE PTERIGOMANDIBULAR 
❖ RAFE PTERIGOMANDIBULAR 
Estrutura fibrosa que se estende do ângulo 
pterigóideo até o trígono retromolar 
Anterior a rafe pterigomandibular, temos o 
músculo bucinador, posterior a ele, o 
MÚSCULO CONSTRICTOR SUPERIOR DA 
FARINGE 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
4 
 
A rafe ajuda a delimitar até onde vai a 
musculatura da boca e onde começa a 
musculatura da faringe. 
Quando o paciente está em oclusão, boca 
fechada, a única comunicação que existe 
entre o vestíbulo da boca e a cavidade 
própria da boca é posterior aos dentes, 
passando no trígono retromolar, então, atrás 
do último dente na arcada, 2º ou 3º 
retromolar, existe um espaço que comunica 
essas duas regiões. 
 
CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA 
TETO DA BOCA 
• 2 maxilas 
• 2 lâminas horizontais do palatino 
Eles se encontram em uma estrutura em forma de 
cruz, chamada de CRUCIFORME 
Cada maxila tem seu processo alveolar, direito e 
esquerdo, no encontro das duas maxilas temos a 
FOSSA INCISIVA, que dá acesso a dois canais, o 
canal incisivo de uma maxila e de outra. 
OBS.: PELO CANAL INCISIVO EMERGE A ARTÉRIA 
ESFENOPALATINA E NERVO NASOLPATINO 
Na parte posterior, na altura da coroa do 3º molar 
superior, encontramos os FORAMES PALATINOS 
MAIORES E MENORES, onde sai a artéria e nervo 
palatinos maiores e artéria e nervo palatinos 
menores 
ATENÇÃO: É IMPORTANTE LEMBRAR DA ANATOMIA 
DA MAXILA! 
PALATO 
• Palato duro: palato ósseo 
• Palato mole: estrutura muscular 
 
 ESTRATIMERIA DO PALATO DURO 
1. MUCOSA (é queratinizada, considerada uma 
mucosa mastigatória e está firmemente 
aderida ao periósteo, cirurgicamente 
consideramos um muco periósteo, 
principalmente em alguns locais que não 
existe submucosa) 
2. SUBMUCOSA (CAMADA GLANDULAR, tecido 
conjuntivo de preenchimento + camada de 
células glandulares, glândulas salivares 
menores no palato, chamadas de 
GLÂNDULAS PALATINAS, se estendem para 
o palato mole também) 
3. PERIÓSTEO 
4. OSSO 
5. SUBMUCOSA NASAL 
6. MUCOSA NASAL 
Obs.: em alguns lugares, a submucosa não está 
presente, chamamos de MUCOPERIÓSTEO. 
Na parte posterior, palato mole, não tem estrutura 
óssea, vamos observar uma estrutura muscular que 
está fixada a margem posterior do palato ósseo por 
uma aponeurose, APONEUROSE PALATINA, que dá 
fixação a todos os músculos do palato. A 
aponeurose palatina está fixada a margem posterior 
do palato ósseo (use essa!) ou margem posterior da 
lâmina horizontal do palatino, de um lado e de outro, 
incluindo a espinha nasal posterior. 
 ESTRATIMERIA DO PALATO MOLE 
1. CAMADA MUCOSA (não queratinizada) 
2. CAMADA SUBMUCOSA GLANDULAR (COM 
GLÂNDULAS SALIVARES) 
3. CAMADA MUSCULAR 
4. MUCOSA DE REVESTIMENTO (relacionada a 
faringe já) 
RELEMBRANDO – CÓANOS 
Estão delimitados pela LÂMINA MEDIAL DO 
PROCESSO PTERIGÓIDEO e MARGEM POSTERIOR 
DOS PROCESSOS PALATINOS 
IRRIGAÇÃO DO PALATO 
✓ ARTÉRIA PALATINA DESCENDENTE 
Na fossa pterigopalatina. 
TRAJETO: 
Desce pelo canal palatino maior e depois se 
bifurca em ARTÉRIA PALATINA MAIOR 
(PALATO DURO) e ARTÉRIA PALATINA 
MENOR (PALATO MOLE). 
Lembrando que, quem ajuda a irrigar essa 
área, a artéria palatina maior, quando ela 
chega no canal incisivo ela entra e vai em 
direção ao septo nasal, na região do septo 
ela faz uma anastomose com o ramo septal 
da esfenopalatina. 
OBS.: as glândulas palatinas se abrem, através de 
pequenos óstios na mucosa do palato, tanto no 
palato duro quanto no palato mole. 
ONDE TERMINA O PALATO DURO E COMEÇA O 
PALATO MOLE 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
5 
 
Na parte anterior, temos uma mucosa mais rosa 
claro, característica da mucosa mastigatória do 
palato, que é contínua com a gengiva. 
Na parte posterior, o palato mole, a mucosa já é de 
revestimento, então ela tem uma coloração mais 
avermelhada, é uma mucosa mais delgada, com isso 
é possível ver, por transparência, alguns vasos 
sanguíneos. 
PREGAS PALATINAS 
Estruturas que dão maior aderência, principalmente 
na movimentação do alimento, durante a 
mastigação. Existem duas: 
• PREGA PALATINA MEDIANA: na linha 
mediana 
• PREGAS PALATINAS TRANSVERSAS: são 
transversais 
PAPILA INCISIVA 
Elevação mais anterior do palato duro, na região 
mediana, que marca a posição do canal incisivo. 
Embaixo da papila tem: 
• Artéria palatina maior 
• Nervo nasopalatino 
CASO CLÍNICO – ANESTESIA NO PALATO 
A mucosa é aderida ao periósteo, muito firme, o 
anestésico causa a distensão do tecido gerando uma 
pressão, desconforto e dor. 
TORUS PALATINO 
Elevação na região mediana. É uma variação 
anatômica onde ocorre o acumulo de osso, uma 
difusão dos dois processos palatinos da maxila. Não 
oferece nenhum risco a vida, em alguns casos pode 
ser removido sem problemas, caso haja dor no 
paciente. 
MÚSCULOS DO PALATO MOLE 
➢ MÚSCULO LEVANTADOR DO VÉU PALATINO 
(MEDIAL) 
Tem um trajeto inferior a tuba auditiva, 
formando uma elevação. 
• ORIGEM: parte petrosa do temporal e 
cartilagem da tuba auditiva 
• INSERÇÃO: aponeurose palatina (lâmina 
fibrosa presa a margem posterior do palato) 
• TRAJETO: inferior e medial, é mais oblíquo 
• FUNÇÃO: elevar o palato mole 
 
➢ MÚSCULO TENSOR DO VÉU PALATINO 
(LATERAL) 
• ORIGEM: base do crânio 
• INSERÇÃO: na fossa escafoide (fica no ossoesfenóide, próximo a fossa pterigóidea), na 
crista até a espinha do esfenóide e na tuba 
auditiva (a inserção na tuba auditiva é a mais 
importante, TEM QUE LEMBRAR!) 
• TRAJETO: posição mais vertical e lateral, 
desce em direção ao hámulo pterigóideo, 
aonde seu tendão contorna esse hámulo e 
se abre para constituir a APONEUROSE 
PALATINA (confirmada pela expansão do 
tendão do tensor do véu palatino, do lado 
direito e do lado esquerdo, as fibras se 
intercruzam e fixam-se na parte posterior do 
palato, formando a aponeurose 
• FUNÇÃO: tensionar o palato, auxiliando na 
elevação do palato mole 
 
➢ MÚSCULO DA ÚVULA 
A úvula, conhecida popularmente como 
campainha, é um apêndice na parte posterior 
do palato mole essencialmente muscular. Sua 
função é obstruir a passagem entre a 
nasofaringe e a orofaringe durante a 
deglutição. Na deglutição, o palato mole eleva, 
a úvula encurta, aumentando sua espessura e 
isso acaba fechando a passagem para o 
alimento não ir para a cavidade nasal. 
• ORIGEM: espinha nasal posterior 
• ISERÇÃO: na mucosa da úvula 
• FUNÇÃO: quando ele contrai, encurta a úvula 
e deixa ela mais espessa (esse encurtamento 
e espessamento é essencial durante a 
deglutição) 
 
➢ MÚSCULO PALATOFARÍNGEO 
Ele é mais definido como um músculo da 
faringe. 
• ORIGEM: palato 
• INSERÇÃO: faringe 
 
➢ MÚSCULO PALATOGLOSSO (mais anterior) 
Revestido por uma membrana mucosa, 
formando a PREGA PALATOGLOSSA (que 
forma o limite posterior da cavidade oral) 
• ORIGEM: aponeurose palatina 
• INSERÇÃO: margem da língua 
RELEMBRANDO – TUBA AUDITIVA 
Sua função é equilibrar a pressão da orelha média 
com a nasofaringe. 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
6 
 
Quando subimos ou descemos a serra, a pressão 
atmosférica é alterada, com isso temos a sensação 
de OUVIDO ENTUPIDO: 
Quando você está lá em cima (pressão atmosférica 
mais baixa) e desce (aumento da pressão 
atmosférica), o ar pressiona a membrana timpânica 
para dentro da cavidade, então ela não fica mais 
móvel, a pressão já não é mais equilibrada na 
membrana timpânica, se a pressão é mais forte do 
lado de fora ela abaúla, diminuindo sua capacidade 
de vibrar, com isso temos a sensação de surdez. 
Para equilibrar essa pressão, o ar tem que entrar na 
outra parede, dentro da cavidade timpânica. Ele 
entra na cavidade timpânica pela tuba auditiva, que 
é a comunicação da nasolaringe com a cavidade 
timpânica ou orelha média que é a mesma coisa e 
essa cavidade timpânica recebe o ar, a pressão 
atmosférica vai ser aumentada, porque está em 
contato com o meio externo através da narina e aí a 
gente recupera a audição. 
Para melhorar essa situação: 
a) Mascar chiclete 
b) Fechar o nariz, para aumentar a pressão, 
mas se estiver subindo não vai adiantar 
porque tem que baixar a pressão 
c) Bocejar 
d) Deglutição 
Os dois últimos ajudam mais. Na deglutição e no 
bocejo, contraímos o MÚSCULO TENSOR DO VÉU 
PALATINO, sua contração ajuda a abrir a tuba 
auditiva, permitindo a passagem do ar. 
CASO CLÍNICO – FENDA PALATINA 
A fenda palatina pode ser unilateral, bilateral, 
completa e incompleta. 
É causada pela falta de fusão do palato. Alguns 
chamam de prateleiras palatinas, outros de 
processos palatinos laterais. 
O maior problema disso é que as crianças começam 
a aspirar o leite durante a amamentação. 
Queiloplastia: fechamento da fenda labial 
ASSOALHO DA BOCA 
❖ MÚSCULO MILO-HIÓIDEO 
Músculo par com as fibras transversais. 
• ORIGEM: linha milo-hióidea da mandíbula 
• INSERÇÃO: altura da parte posterior do 
processo alveolar, onde terminam os dentes 
do arco alveolar e também termina a linha 
milo-hióidea 
• TRAJETO: as fibras musculares se prendem 
na linha milo-hióidea, segue um trajeto 
medial e, na parte mais anterior, elas se 
intercruzam com o músculo do lado oposto, 
formando a RAFE MILO-HIÓDEA. As fibras 
mais posteriores também se prendem ao 
corpo do osso hioide (ossinho do pescoço), 
por isso que é milo-hióideo. 
• RAFE MILO-HIÓIDEA: intercruzamento das 
fibras musculares dos dois músculos milo-
hióideos 
• AÇÃO: avança o osso hioide e encurta o 
assoalho da boca 
 
❖ MÚSCULO DIGÁSTRICO 
É um músculo do pescoço, inferior ao músculo 
milo-hióideo, superior ao músculo da cavidade 
da boca 
 
❖ MÚSCULO GÊNIO-HIÓIDEO 
• ORIGEM: espinhas genianas inferiores 
• INSERÇÃO: corpo do hióide 
• AÇÃO: avança o osso hioide e encurta o 
assoalho da boca 
Esses dois movimentos são importantes para 
a passagem do bolo alimentar pela 
orofaringe 
Incluído no assoalho da boca, entre a mucosa do 
assoalho e o músculo milo-hióideo, encontramos 
algumas estruturas que compõem o assoalho da 
boca: 
✓ GLÂNDULA SUBLINGUAL 
• É a menor das três glândulas sublinguais 
(parótida, submandibular e sublingual, 
formam um grupo chamado de glândulas 
salivares maiores) 
• Única que está contida inteiramente dentro 
da boca 
• Possui vários ductos de secreção que se 
abrem ao longo de uma linha no assoalho da 
boca chamada de PREGA SUBLINGUAL 
• Superior ao músculo milo-hióideo 
• Faz uma impressão na mandíbula chamada 
de fóvea sublingual 
• Se abre numa prega no assoalho de boca 
 
✓ PROCESSO PROFUNDO DA GLÂNDULA 
SUBMANDIBULAR 
A glândula submandibular é uma glândula 
salivar revestida pelo músculo platisma, 
apresenta duas partes, o corpo e o processo 
profundo. 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
7 
 
• O corpo está localizado no pescoço, inferior 
ao músculo milo-hióideo, apoiado na 
mandíbula numa depressão chamada de 
fóvea submandibular. Além da relação com o 
milo-hióideo, tem uma relação muito íntima 
com a artéria e veia facial, sendo a veia 
superficial ao corpo e a artéria profunda, 
passa profundamente entre a glândula e a 
mandíbula, para depois contornar 
• A partir do corpo da glândula 
submandibular, ela se continua e contorna a 
margem posterior do músculo milo-hióideo, 
dessa forma, ela sai do pescoço e adentra o 
assoalho da boca, então o assoalho da boca 
tem uma comunicação com o pescoço. Essa 
comunicação ocorre posterior a margem 
posterior do músculo milo-hióideo. O 
músculo ele tem um limite, que é marcado 
pelo último dente na arcada, posterior ao 
músculo milo-hióideo, temos uma 
comunicação entre as estruturas do assoalho 
de boca com as estruturas localizadas no 
pescoço. A glândula submandibular usa 
dessa morfologia para entrar na boca, 
através do seu processo profundo, que 
contém o ducto, que caminha em direção 
anterior para se abrir na mucosa oral. O 
processo é profundo porque ele está 
localizado medial ao músculo milo-hióideo 
• Portanto, vamos ter o CORPO DA 
GLÂNDULA LATERAL AO MÚSCULO e o 
PROCESSO PROFUNDO MEDIAL AO 
MÚSCULO 
 
✓ DUCTO DA GLÂNDULA SUBMANDIBULAR 
• Do processo profundo, sai o DUCTO DA 
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR, caminha no 
sentido anterior, medial a glândula 
sublingual. A PRINCIPAL RELAÇÃO 
ANATÔMICA DESSE DUCTO: ELE É 
CRUZADO PELO NERVO LINGUAL 
• TRAJETO: passa medial a glândula sublingual 
e vai se abrir numa elevação do assoalho da 
boca chamada de CARÚNCULA SUBLINGUAL 
ATENÇÃO! Tem uma pegadinha no nome, o 
nome da elevação é carúncula sublingual, 
mas se abre o ducto da glândula 
submandibular. 
 
✓ NERVO LINGUAL 
• Vem de lateral para medial e cruza, 
inferiormente, o ducto da glândula 
submandibular 
• Os acessos cirúrgicos no assoalho de boca 
têm que levar em consideração a relação do 
ducto com o nervo 
ATRAVESSANDO A LINHA MILO-HIÓIDEA 
Chega-se a estruturas localizadas no assoalho da 
boca: glândula sublingual, ducto da glândula 
submandibular, nervo lingual passando 
inferiormente ao ducto, uma veia e o nervo 
hipoglosso 
MUCOSA DO ASSOALHO DE BOCA 
Mucosa de revestimento, não queratinizada, você 
consegue ver os vasos sanguíneos por transparência 
PREGA SUBLINGUAL: onde tem os ductos de 
secreção da glândulasublingual 
CASO CLÍNICO – MEDICAÇÃO SUBLINGUAL 
O assoalho de boca e a superfície inferior da língua 
são bem vascularizadas, isso justifica a medicação 
sublingual. A mucosa não queratinizada e delgada 
tem uma absorção muito rápida da medicação. 
CASO CLÍNICO – SIALOLITO 
Sialolito é a obstrução do ducto da glândula 
submandibular. A pedra está localizada no assoalho 
de boca e pode ser facilmente removida. Na glândula 
sublingual não, porque os ductos são muito 
curtinhos e são vários. 
DENTES 
• É um órgão mineralizado, mas que possui na 
sua parte interna a polpa. No tratamento de 
canal, a poupa, parte mole, é removida. 
• Revestido por esmalte rígido, dá a 
resistência maior ao dente. Reveste a coroa 
do dente, que dá a característica 
esbranquiçada 
• Implantado ao processo alveolar pelo 
ligamento periodontal (gonfose), que são 
fibras de conjuntivo que mantem o dente 
inserido no osso 
• Internamente é formado pela dentina que é 
contínua na raiz e na coroa. Na coroa, a 
dentina é revestida pelo esmalte. Na raiz, a 
dentina é revestida pelo semento (bem 
semelhante ao osso), de forma que a dentina 
não fique descoberta. 
• Todo dente tem esmalte, dentina e semento, 
que são tecidos mineralizados. 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
8 
 
• Internamente a dentina, poupa dentária, 
onde tem os vasos, nervos e o tecido da 
parte celular do dente. 
• Ação de corte: quando são laminados 
• Ação de moer: molares, possuem uma 
superfície mastigatória 
CLASSIFICAÇÃO DOS DENTES FUNCIONALMENTE 
ANTERIORES 
• Os 4 primeiros são chamados de incisivos, 
dois de casa lado 
• Os 2 mais próximos da linha mediana: 
incisivos centrais, o mais afastado é o 
incisivo lateral. A função deles é 
incisar|cortar. 
• Caninos: tem formado de lança. Sua função 
é dilacerar. 
• 2 primeiros após os caninos: pré-molares, 
anteriores aos molares. Apresentam duas 
pontas de dentes, cúspides. Função: moer o 
alimento 
• Os outros 3 são os molares: função de moer 
é mais desenvolvida e melhor executada. 
No total, nós temos 16 dentes superiores e 16 
inferiores, divididos em 4 quadrante, 8 dentes por 
quadrante: incisivo central, incisivo lateral, canino, 
primeiro pré-molar, segundo pré-molar, primeiro 
molar, segundo molar e terceiro molar (siso). 
Superior direito, superior esquerdo, inferior direito e 
inferior esquerdo. 
Os dentes anteriores têm uma raiz. Os posteriores, 
molares, se superior 3, se inferior 2. 
DENTES DE LEITE 
Dentes de leites, dentição decídua, primeira 
dentição, total de 20 (os permanentes são 32): 
incisivo central e lateral, caninos e molares (1º e 2º), 
não tem pré-molar. A raiz vai sendo reabsorvida até 
o dente ficar mole e cair. 
CASO CLÍNICO – PROTRUSÃO DOS DENTES 
Quem respira pela boca, chupa dedo ou tem algum 
outro hábito, a musculatura do lábio fica hipotônica, 
ou seja, caída, e isso favorece a protrusão dos 
dentes, os dentes ficam jogado para frente. 
ANATOMIA DOS DENTES 
• Canal radicular: cavidade preenchida pela 
poupa (parte não mineralizada do dente, 
localizada no interior do dente) 
• O canal se relaciona com as cavidades 
vizinhas, superior se relaciona com a 
cavidade nasal e com o seio maxilar 
• A sinusite provoca dor dos dentes 
superiores 
CASO CLÍNICO – INFECÇÃO DE CANINO 
➢ Drena na face 
➢ O levantador da asa do nariz e do lábio 
superior e levantador do lábio superior formam 
um canal muscular por onde a infecção vai 
passar e vai drenar perto do olho, no sulco 
nasolabiogeniano 
CASO CLÍNICO – INFECÇÃO DO DENTE INFERIOR 
➢ Pode ir para a face ou para o pescoço 
LÍNGUA 
É um órgão muscular, localizada no assoalho da 
boca e tem as seguintes partes: 
❖ Ápice 
❖ Margens laterais 
❖ Dorso 
o Forame cego: resquício do ducto tireoglosso 
(que dá origem a tireoide), desse forame sai 
o sulco terminal 
o Sulco terminal: sulco em forma de ‘v’ que se 
abre a partir da linha mediana em direção 
lateral 
o Parte oral da língua: dois terços anteriores 
ao sulco terminal [REVESTIDO POR UMA 
MUCOSA MASTIGATÓRIA] que apresenta 
papilas, projeções da própria lâmina própria 
da mucosa, que forma um aspecto 
aveludado que são classificadas de acordo 
com a forma que apresentam: 
a) PAPILAS PIRIFORMES: afiladas, 
numerosas e se espalham ao longo de 
todo dorso da língua. Não participam 
da gustação. A função delas é ajudar na 
movimentação do alimento para a 
superfície mastigatória dos dentes 
b) PAPILAS FUNGIFORMES: aspecto de 
cogumelos, já apresenta alguns botões 
gustatórios ou calículos gustatórios. 
Espalhadas no dorso da língua, só que 
em menor número. Normalmente, 
possuem uma coloração mais 
avermelhada. 
c) PAPILAS FOLHADAS: na margem 
lateral da língua. Como se fossem 
folhas justapostas uma a outra. 
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d) PAPILAS CIRCUNVALADAS: estão 
localizadas a frente do sulco terminal. 
Recebem esse nome porque ao redor 
delas existe uma vala, aonde a 
substância química penetra e vão 
sensibilizar os calículos gustatórios 
localizados nessas papilas 
o Parte faríngea da língua (base): o terço 
posterior 
 
❖ Raiz 
Onde entra e sai os músculos intrínsecos da 
língua 
OBS.: toda língua consegue captar os 4 tipos de 
sabores em toda sua superfície 
FACE INFERIOR DA LÍNGUA 
❖ É fixada ao assoalho da boca pelo FRÊNULO 
LINGUAL, lateralmente a ele, mais roxeado, é 
possível observar o trajeto da veia profunda da 
língua 
❖ A mucosa é de revestimento, diferente da 
mucosa do dorso que é mastigatória 
❖ A mucosa delgada e a proximidade da veia 
profunda da língua facilitam a absorção de 
medicamentos 
CASO CLÍNICO – ANQUILOGLOSSIA 
Língua presa é uma hipertrofia do freio lingual, que 
se estende, às vezes, até a região dos incisivos. O 
tratamento é cortar, pois é só uma dobra de 
mucosa não tendo nenhuma estrutura importante 
passando sobre ela. 
MÚSCULOS EXTRÍNSECOS DA LÍNGUA 
São 4: GÊNIOGLOSSO, ESTILOGLOSSO, HIOGLOSSO 
E PALATOGLOSSO. Eles movimentam a língua. 
Dos 4, o mais importante é o gênioglosso. 
❖ MÚSCULO GÊNIOGLOSSO 
• ORIGEM: nas espinhas genianas superiores 
Aí eles passam para conformar a língua, e a 
maior parte da estrutura da língua é 
proveniente desse músculo 
• INSERÇÃO: algumas fibras se inserem no 
osso hioide, mas a maioria se fixa na 
estrutura fibrosa presente na língua 
• FUNÇÃO: 
Dá sustentação a língua, impedindo que ela 
seja jogada posteriormente em direção a 
faringe 
CASO CLÍNICO – ATAQUE EPILÉTICO 
A língua não enrola, mas ela pode projetar 
posteriormente em alguns casos aonde a 
pessoa perde a consciência e o tônus 
muscular. 
 
❖ MÚSCULO HIOGLOSSO 
• Glosso de língua e hio de hioide 
• Tem um ponto chave no assoalho de boca, 
porque ele separa o nervo lingual e a 
glândula submandibular, que são 
superficiais, e a artéria lingual que é 
profunda a ele 
• ORIGEM: osso hioide 
• INSERÇÃO: na margem lateral da língua 
• FUNÇÃO: abaixar a margem da língua 
 TEM FORMA SEMELHANTE AO MASSETER, 
COM UMA LÂMINA QUADRILÁTERA, MAS É 
BEM MENOR 
 
❖ MÚSCULO ESTILOGLOSSO 
• ORIGEM: processo estiloide (parte mais 
anterior) 
• INSERÇÃO: na margem lateral da língua 
 O MAIOR 
 
❖ MÚSCULO PALATOGLOSSO 
• ORIGEM: aponeurose palatina 
Entra na constituição da prega palatoglossa 
• INSERÇÃO: na margem lateral da língua 
 O MENOR 
A função desses 4 músculos é dá suporte e 
movimentar a língua. 
MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA LÍNGUA 
Estão relacionados a modificação da forma. Na 
prática é difícil identificar. 
❖ MÚSCULO VERTICAL 
• Fibras que transitam no sentido vertical no 
interior da língua 
• AÇÃO: achata a língua 
❖ MÚSCULO TRANSVERSO 
• Fibras em direção latero-lateral 
• AÇÃO: estreitamento e alongamento da 
língua 
Tanto o VERTICAL quanto o TRANSVERSO estão 
ENTRELAÇADOS. 
❖ MÚSCULO LONGITUDINAL SUPERIOR 
• Está próximo ao dorso da língua 
• Abaixoda mucosa mastigatória 
 
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❖ MÚSCULO LONGITUDINAL INFERIOR 
• Na parte mais inferior, próximo a superfície 
inferior da língua, MEDIAL ao músculo 
hioglosso. 
DRENAGEM LINFÁTICA DA LÍNGUA 
• Drenar para o lado direito 
• Drenar para o lado esquerdo 
• ÁPICE DA LÍNGUA: drenam para os 
LINFONODOS SUBMENTUAIS 
• MARGENS LATERAIS: drenam para os 
LINFONODOS SUBMANDIBULARES 
• O TERÇO POSTERIOR DA LÍNGUA (parte 
faríngea): drena diretamente para os 
LINFONODOS CERVICAIS PROFUNDOS ou 
LINFONODO JUGULODIGÁSTRICO (que é um 
linfonodo da cadeia jugular profunda, em 
torno da veia jugular interna) 
Esse terço posterior é marcado pela 
presença de nódulos linfáticos que em 
conjunto constituem a TONSILA LINGUAL, 
que já é uma primeira ordem de defesa, 
então a linfa que é drenada dessa região 
passa diretamente para os linfonodos mais 
profundos como os jugulodigástricos ou 
cadeia cervical profunda ou cadeia jugular 
profunda, é tudo igual. 
OBS.: uma lesão na língua, devemos investigar os 
linfonodos dos dois lados, esquerdo e direito 
FARINGE 
A faringe e a laringe terminam no mesmo nível (C6-
C7), depois tem traqueia e esôfago. 
RELAÇÕES 
➢ Anteriores: cavidades 
➢ Posterior: com a coluna vertebral 
➢ Superior: base do crânio 
➢ Inferior: continua com o esôfago 
FÁSCIA PRÉ-VERTEBRAS: reveste a coluna vertebral 
FÁSCIA BUCOFARÍNGEA: reveste a faringe 
ESPAÇO RETROFARÍNGEO 
Como as duas fáscias entram em contato nessa 
região, ali existe um espaço facial, que permite a 
movimentação da faringe. 
• A importância funcional desse espaço é 
permitir que a faringe se movimente. 
• Na deglutição, ela sobe e desce, então ela 
precisa desse espaço com tecido frouxo para 
ela se movimentar em relação a coluna 
vertebral 
CASO CLÍNICO 
Como tem duas lâminas de fáscia, a bucofaríngea, 
que está relacionada a faringe, e a pré-vertebral em 
relação a coluna vertebral. Entre as duas o tecido é 
frouxo, então uma infecção que alcance esse espaço 
vai seguir seu trajeto inferior e alcançar o 
mediastino. 
PARTE ORAL DA FARINGE 
✓ Caracterizada por uma região chamada de 
FAUCES 
✓ REGIÃO DE FAUCES: é uma área conformada a 
cada lado por um par de pregas, PREGA 
PALATOGLOSSA e PREGA PALATOFARÍNGEA, na 
intimidade dessas pregas tem os músculos de 
mesmo nome. Então, se removermos a mucosa 
vamos ter o MÚSCULO PALATOGLOSSO e 
MÚSCULO PALATOFARÍNGEO. Entre esses 
músculos, tem uma depressão chamada de 
FOSSA TONSILAR, porque ela abriga a TONSILA 
PALATINA. Quando juntamos essas três 
estruturas de um lado, com as três estruturas do 
outro, chamamos de FAUCES 
FAUCES 
✓ As fauces também passam pelo palato mole, 
como referência, usamos a borda posterior do 
palato mole. 
✓ Ela contorna as duas pregas, a tonsila, a borda 
posterior do palato mole de um lado continua 
com a do outro 
✓ NA LÍNGUA: o limite das fauces será o sulco 
terminal 
✓ ISTMO DAS FAUCES: é a entrada das fauces 
✓ O bolo alimentar chega na cavidade oral, passa 
pelo istmo das fauces e ocupa as fauces. 
✓ As fauces já é parte da faringe 
ISTMO FARÍNGEO 
Separa a nasofaringe da orofaringe 
TONSILA LINGUAL 
• Nódulos linfáticos presentes no terço 
posterior da língua 
• Faz parte da faringe 
CARTILAGEM EPIGLÓTICA 
• Forma a epiglote 
• A epiglote é uma parte da laringe 
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11 
 
• E existem três pregas da mucosa que 
interligam a língua a epiglote 
1. PREGA GLOSSOEPIGLÓTICA MEDIANA: uma, 
na linha mediana. Na deglutição, ela funciona 
como uma quilha, que vai separar o bolo 
alimentar em duas partes que passam pelas 
valéculas e escorrega pela laringofaringe em 
dois espaços laterais 
2. PREGAS GLOSSOEPLIGLÓTICAS LATERAIS: 
são duas, laterais, uma direita e outra 
esquerda 
• Entre essas pregas sobram duas cavidades, 
chamadas de VALÉCULAS EPIGLÓTICAS 
TONSILA PALATINA 
• Está localizada entre os músculos 
palatoglosso e palatofaríngeo 
• Está apoiada sobre o MÚSCULO 
CONSTRITOR SUPERIOR DA FARINGE (que é 
o assoalho da fossa tonsilar) 
CASO CLÍNICO 
Algumas infecções que atingem a tonsila palatina, se 
não tratadas, podem atravessar o constritor superior 
da faringe e cair no espaço parafaríngeo (entre o 
pterigóideo medial e a faringe). 
As infecções da tonsila palatina são chamadas de 
amigdalite. Essa inflamação, quando bacteriana, 
formam alguns pontos de pus, tem que tomar 
antibiótico. 
ESPAÇOS DA FARINGE 
O espaço parafaríngeo é continuo posteriormente 
pelo espaço retrofaríngeo. A faringe está envolvida 
por esses espaços. O problema é se houver infecção, 
ela se difunde para o mediastino. Esses espaços são 
contínuos ao longo da faringe e depois no esôfago. 
PARTE LARINGEA 
• Localizada posteriormente a laringe 
• Vai se comunicar com a laringe através do 
ÁDIPO DA LARINGE, que deve ser fechado 
quando passa o alimento para a gente não 
engasgar. 
• Lateralmente ao ádipo da laringe existem 
duas depressões chamadas de RECESSOS 
PIRIFORMES que servem para dar passagem 
ao bolo alimentar. Nesse recesso passa um 
nervo, RAMO INTERNO DO LARÍNGEO 
SUPERIOR, ele recolhe a sensibilidade da 
laringe associado com o reflexo da tosse. 
Na deglutição, a epiglote vai abaixar, a prega 
glossoepiglótica mediana separa o bolo alimentar 
em duas metades, que vão passar lateralmente a 
epiglote, passa pelo recesso piriforme e depois na 
laringofaringe (1ª cavidade da laringe) e esôfago. 
CASO CLÍNICO 
Quando engasgamos ou tem algum corpo estranho 
retido na faringe, ele está retido nesses recessos 
piriformes. 
PAREDE INTERNA DA FARINGE 
Na parede da própria faringe existem nódulos 
linfáticos pequenos espalhados na mucosa 
(semelhante ao que acontece no íleo), esse conjunto 
de sistema linfático, formado pela tonsila palatina, 
tonsila lingual, tonsila tubária, tonsila faríngea e os 
nódulos linfáticos formam o ANEL LINFÁTICO DA 
FARINGE (anel de wandeier) 
ESTRUTURA DA FARINGE 
 ESTRATIMERIA DA FARINGE 
1. CAMADA MUCOSA: interna de revestimento. 
Túnica mucosa. Contínua com as cavidades 
vizinhas, nasal, oral e laríngea. Ainda é 
contínua com a cavidade timpânica através 
da tuba auditiva. 
CASO CLÍNICO 
Uma faringite pode se dissipar para qualquer 
uma dessas regiões ou o inverso, por 
exemplo, uma otite pode se dissipar para a 
faringe, uma rinite, também para a faringe. 
As infecções na mucosa podem se dissipar 
de uma região para outra. 
 
2. FÁSCIA FARINGOBASILAR: se fixa a base do 
crânio. Túnica fibrosa. Vai se estender ao 
longo de TODA FARINGE, ou seja, começa lá 
na base do crânio e vai até a C6. 
Revestimento interno da musculatura. 
Lembrar do tubérculo faríngeo na parte 
basilar do osso occipital, toda a superfície 
anterior a ele até os cóanos é o teto da 
faringe, o que está posterior a ele é para 
inserção dos músculos profundos da coluna 
vertebral. Dá estrutura aos espaços na 
musculatura com pontos incompletos. 
 
3. CAMADA MUSCULAR: camada muscular 
circular e longitudinal. 
 
▪ CAMADA CIRCULAR: é externa, as fibras são 
circulares e vão formar os MÚSCULOS 
CONSTRICTORES. 
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Removendo a camada circular, vamos ter a camada 
longitudinal. 
▪ CAMADA LONGITUDINAL: é interna e 
incompleta, ou seja, não contorna toda 
parede, e é formada por três músculos: 
estilofaríngeo, palatofaríngeo e 
salpingofaríngeo. 
Obs.: do esôfago em diante isso se inverte 
4. FÁSCIA BUCOFARINGEA: reveste 
superficialmente o bucinador e depois os 
músculos da faringe. 
MÚSCULOS CONSTRICTORES (CAMADA CIRCULAR) 
São pares, todos vão se inserir na rafe mediana, que 
se estende desde o tubérculo faríngeo. Essa rafe 
mediana é o ponto de intercruzamento das fibras do 
músculo constrictor de um lado e de outro. Temos 
dois constrictores superiores e a inserção deles éna 
rafe faríngea. Dois médios que se inserem na rafe 
faríngea e dois inferiores também na rafe faríngea. 
Então, a musculatura termina nessa rafe na linha 
mediana. 
Essa musculatura se sobrepõe, esses constrictores 
ficam arranjados como se fossem três copos 
descartáveis um dentro do outro. Vão existir locais 
onde a camada circular é dupla. 
❖ MÚSCULO CONSTRICTOR SUPERIOR DA 
FARINGE 
Se prende ao longo de uma linha na parte 
anterior, principalmente relacionado a 
cavidade oral. 
• ORIGEM: no processo pterigóideo do 
ligamento pterigomandibular (que na 
verdade é uma rafe pterigomandibular, ela 
depois é contínua com o músculo bucinador) 
• INSERÇÃO: mandíbula 
• OBS.: um feixe desse músculo recebe um 
nome específico, chamado de 
ESFÍNCTERPALATOFARINGEO, clinicamente 
é chamado de CRISTA DE PASSAVAM. 
Funcionalmente ele é importante, porque é 
esse esficterpalatofaringeo que vai ajudar a 
fechar a comunicação entre nasofaringe e 
orofaringe. 
❖ MÚSCULO CONSTRICTOR MÉDIO DA FARINGE 
• ORIGEM: osso hioide, que possui um corno 
maior e um corno menor, então as fibras do 
constrictor médio se originam tanto do 
corno maior quanto do menor e um pouco 
do ligamento estilohioideo. Se expande em 
forma de leque e reveste a parede da 
faringe. 
❖ MÚSCULO CONSTRICTOR INFERIOR DA 
FARINGE 
• ORIGEM: cartilagem tireoide 
• É dividido em duas partes: 
1. PARTE TIREOFARÍNGEA (SUPERIOR) 
2. PARTE CRICOFARINGEA (INFERIOR) 
As fibras abrindo em forma de leque, a partir 
da tireoide e a partir da cartilagem cricóide, 
elas se entrecruzam para o lado oposto. As 
fibras que saem da cartilagem cricóide forma 
um anel em volta da junção faringoesofágica. 
E essas fibras do cricofaríngeo constituem o 
ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR: 
importante para evitar o retorno do 
conteúdo esofágico para a faringe e na maior 
parte do tempo ele está hipertônico, com o 
tônus aumentado, ele é tônico para impedir 
esse retorno. Ele só relaxa no momento da 
deglutição para permitir a passagem do bolo 
alimentar. Terminado a parte da deglutição 
ele aumenta novamente o seu tônus. 
DECÊNCIA DE KILLIAM OU TRIÂNGULO DE KILLIAM 
Decência é algo mais frágil. É uma área entre as 
partes do músculo constrictor inferior, a 
tireofaríngea e a cricofaríngea, que é mais delgada. 
Fica acima do esfíncter esofágico superior, pessoas 
idosas tem um aumento do tônus dessa musculatura 
esfinctérica, nisso quando faz a deglutição, a 
pressão da deglutição não consegue ultrapassar do 
esfíncter, então a mucosa da faringe acaba herniado 
por essa musculatura mais frágil, formando um 
divertículo de Zenker 
DIVERTÍCULO DE ZENKER: é um extravasamento da 
mucosa que acontece nessa região mais frágil. 
VÍDEO: incisão cirúrgica da parte cricofaríngea do 
músculo constrictor inferior da faringe, para diminuir 
o tônus desse músculo. 
IMPORTÂNCIA CLÍNICA DESSE TRIÂNGULO: na 
deglutição, o tônus do músculo é forte e não se abre 
gerando o divertículo de Zenker. 
TRÍGONO DE LIGGER 
É do esôfago. 
 
 
 
 
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CAMADA LONGITUDINAL 
São três músculos também, a cada lado: 
estilofaríngeo, palatofaríngeo e salpingofaríngeo. 
❖ MÚSCULO ESTILOFARÍNGEO 
• ORIGEM: processo estiloide 
• INSERÇÃO: parede da faringe 
• Se origina no processo estiloide e penetra 
na faringe por um espaço entre o 
constrictor superior e o médio, existe uma 
abertura por onde passam as fibras e ele 
se coloca internamente já se misturando a 
algumas fibras do palatofaríngeo. A maior 
parte das fibras dos dois músculos se 
prendem a cartilagem tireoide e na própria 
parede da faringe 
• Ao contrair, eleva a parede da faringe e 
ajuda na elevação da laringe juntamente 
 
❖ MÚSCULO PALATOFARÍNGEO 
• ORIGEM: palato 
• INSERÇÃO: parede da faringe 
• É o mais volumoso dos três músculos, e 
forma a prega palatofaríngea 
 
❖ MÚSCULO SALPINGOFARÍNGEO 
• ORIGEM: tuba auditiva 
• INSERÇÃO: parede da faringe 
A AÇÃO DE TODOS ESSES TRÊS MÚSCULOS É 
ELEVAR E ENCURTAR A FARINGE! 
Como a musculatura é incompleta em algumas 
regiões, ou seja, ela não é contínua, então sobram 
quatro espaços na parede lateral da faringe para a 
entrada e saída de estruturas: 
1. Acima do constrictor superior 
• M. levantador do véu palatino 
• Tuba auditiva 
 
2. Entre o constrictor superior e o médio 
• Ligamento estilohioideo 
• Nervo glossofaríngeo 
• M. estilofaríngeo 
 
3. Entre o constrictor médio e o inferior 
• A. e V. laríngea 
• Ramo interno do N. laríngeo 
 
4. Entre o constrictor inferior e o esôfago 
• Aa. e Vv. Laríngeas superiores 
• N. laríngeo recorrente 
DEGLUTIÇÃO (o professor vai mandar os slides) 
É dividida em quatro fases: 
➢ 1ª FASE ORAL E PREPARATÓRIA 
Envolve a mastigação e formação do bolo 
alimentar 
Músculos envolvidos: músculos da 
mastigação, bucinador, orbicular da boca e 
língua. 
➢ 2ª FASE ORAL DE TRANFERÊNCIA 
o É voluntária, ou seja, a gente inicia o 
processo de deglutição de acordo com a 
nossa vontade quando sentimos que o bolo 
alimentar está pronto para ser deglutido. 
o É feita em etapas e aqui age os músculos já 
descritos, por exemplo, envolve a passagem 
do bolo alimentar pela orofaringe, por isso 
chama-se de transferência. 
o O primeiro movimento que fazemos é elevar 
a língua, o ápice da língua ponta na papila 
incisiva (palato). 
o O palato mole começa a se elevar para abrir 
espaço 
o O assoalho da boca começa a encurtar (a 
ação do músculo gênio-hioideo e do 
músculo milo-hióideo traciona a laringe 
anteriormente, com isso, há um aumento de 
espaço para a passagem do bolo alimentar 
na região posterior). 
o A língua vai se elevando gradativamente 
como se fosse ordenhando o bolo alimentar 
em direção a orofaringe. 
 
➢ 3ª fase 
o Envolve a presença desse bolo alimentar 
dentro da faringe, na região das fauces 
o Para que esse alimento não retorne para a 
orofaringe o palato mole tem que ser 
elevado, aqui entra a ação do músculo 
tensor do véu palatino, levantador do véu 
palatino e músculo da úvula, quando esse 
contrai ele engorda o palato, aí o palato 
entra em contato com a parede posterior da 
faringe e na faringe se forma Crista de 
Passavant 
o Aumenta a contração, fechando o istmo 
faríngeo pelo constrictor superior da faringe 
e pelos músculos do palato mole 
 
➢ 4ª fase 
o O bolo alimentar desce e apoia na epiglote, 
a própria ação mecânica dele já faz a 
epiglote baixar. Além disso, temos músculos 
Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 
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na faringe que fazem a tração da epiglote. 
Isso fecha o ádipo da laringe e o bolo 
alimentar se divide em duas metades 
passando pelos recessos piriformes e vai em 
direção a junção faringoesofágica. 
o Quando chega no esôfago, deve relaxar o 
cricofaríngeo para abrir o esfíncter para dar 
entrada na fase esofágica 
o Uma onda de contração dos músculos 
constrictores que vão impulsionando o bolo 
alimentar em direção ao esôfago e aí inicia a 
fase faríngea.

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