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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 05 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 05 
Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ 
SEFAZ GO 
Professor: Feliphe Araújo 
 
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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 05 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 2 de 137 
www.exponencialconcursos.com.br 
 
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 3 
2 – Passivo .......................................................................................... 4 
2.1 – Resultado de Exercícios Futuros ............................................................................................ 7 
2.2 – Critérios de avaliação do Passivo .......................................................................................... 7 
2.2.1 –Ajuste a Valor Presente ................................................................................................... 8 
2.3 – Principais contas do Passivo ................................................................................................ 10 
3 - Debêntures ................................................................................... 23 
3.1 – Reconhecimento inicial ....................................................................................................... 23 
3.2 – Prêmio na Emissão de Debêntures ..................................................................................... 25 
3.3 – Deságio na Emissão de Debêntures .................................................................................... 28 
3.4 – Conversão de Debêntures em Ações .................................................................................. 29 
4 – Depósitos Judiciais ...................................................................... 30 
5 – Patrimônio Líquido ....................................................................... 30 
5.1 – Capital Social ....................................................................................................................... 31 
5.1.1 – Ações ............................................................................................................................ 34 
5.1.2 – Gastos na Emissão de Ações ........................................................................................ 34 
5.1.3 – Adiantamento para Aumento de Capital Social ........................................................... 35 
5.2 – Reserva de Capital ............................................................................................................... 36 
5.2.1 – Ágio na Emissão de Ações ............................................................................................ 37 
5.2.2 – Alienação de Partes Beneficiárias ................................................................................ 39 
5.2.3 – Alienação de Bônus de Subscrição ............................................................................... 40 
5.3 – Ajuste de Avaliação Patrimonial .......................................................................................... 40 
5.4 – Reserva de Reavaliação (extinta) ........................................................................................ 42 
5.5 – Ações em Tesouraria ........................................................................................................... 43 
5.6 – Reserva de Lucros ................................................................................................................ 46 
5.6.1 – Reserva Legal ................................................................................................................ 48 
5.6.2 – Reservas Estatutárias ................................................................................................... 54 
5.6.3 – Reserva para Contingências ......................................................................................... 54 
5.6.4 – Reserva de Incentivos Fiscais ....................................................................................... 56 
5.6.5 – Reserva de Lucros a Realizar ........................................................................................ 59 
5.6.6 – Reserva Especial p/ Dividendo Obrigatório Não Distribuídos ...................................... 60 
5.6.7 – Reserva Específica de Prêmio na Emissão de Debêntures ........................................... 61 
Aula 05 – Balanço patrimonial - Parte 2. Passivo e Patrimônio Líquido. 
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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 05 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 3 de 137 
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5.6.8 – Reserva de Retenção de Lucro ..................................................................................... 62 
5.7 – Lucros ou Prejuízos Acumulados ......................................................................................... 62 
6 – Resumo da Aula ........................................................................... 64 
7 – Mapa Mental da Aula .................................................................... 75 
8 – Questões comentadas .................................................................. 76 
9 – Lista de exercícios ..................................................................... 121 
10 - GABARITO ................................................................................ 137 
11 – REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................ 137 
 
 
 
 
 
 
Olá queridos alunos, tudo bem? 
Sejam bem-vindos à aula 05 do curso de Contabilidade Geral e Avançada 
para os futuros Auditores Fiscais da SEFAZ GO. 
Hoje, vamos concluir nosso estudo sobre o Balanço Patrimonial, 
abordando o Passivo Exigível e o Patrimônio Líquido. 
Segue uma frase que sintetiza o seu caminho rumo a aprovação: 
“A persistência é o caminho do êxito”. (Charles Chaplin). 
 
Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. 
Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o 
nosso curso. 
 Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para 
aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. 
Treinar é preciso. 
Cheios de alegria e bem motivados, vamos começar a nossa aula! 
Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! 
Um forte abraço, Feliphe Araújo. 
 
 
 
1 - INTRODUÇÃO 
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Curso: Contabilidade Geral e Avançada 
Teoria e Questões comentadas 
Prof. Feliphe Araújo - Aula 05 
 
 
Prof. Feliphe Araújo 4 de 137 
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Segundo a Lei 6.404/76, no passivo, as contas serão classificadas nos 
seguintes grupos: 
a) passivo circulante; 
b) passivo não circulante; 
c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. 
 
Vejamos que, nesse ponto, a Lei trata o passivo como passivo total. 
No entanto, o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis 
– considera que o passivo é composto apenas pelas obrigações. Ou seja, o 
passivo exigível ou apenas passivo representam as obrigações (exigibilidadesou dívidas) da entidade com terceiros. Assim, vamos estudar o passivo 
exigível que, nesse tópico, está sendo utilizado como sinônimo de passivo. 
De acordo com Estrutura Conceitual Básica (CPC 00), Passivo é uma 
obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja 
liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar 
benefícios econômicos. 
Em outras palavras, o passivo exigível da entidade se refere a 
obrigações existentes no presente, cujos fatos geradores ocorreram no passado 
e, no momento da liquidação, se espera que ocorra a saída de recursos. 
Por exemplo, a obrigação por uma conta a pagar é decorrente da 
aquisição de algum bem a prazo, no passado. O mesmo pode-se dizer em 
relação às dívidas contraídas (a entidade contrata o empréstimo e, só então, 
registra a obrigação). A saída de recursos para a liquidação das obrigações pode 
dar-se na forma de saída de dinheiro, de bens ou de direitos. 
O passivo exigível divide-se em passivo circulante (obrigações de 
curto prazo) e passivo não circulante (obrigações de longo prazo), 
conforme determinação legal da Lei nº 6.404/76, artigo 180: 
Art. 180. As obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição 
de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, 
quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, 
se tiverem vencimento em prazo maior, observado o disposto no parágrafo 
único do art. 179 desta Lei. 
 
Vimos na aula 03 que, segundo o parágrafo único do artigo 179 da 
Lei 6.404/76: “Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver 
2 – Passivo 
 
Passivo Exigível 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
 
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duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo 
prazo terá por base o prazo desse ciclo”. 
O disposto no parágrafo único do artigo 179 vale tanto para o passivo 
quanto para o ativo. 
O ciclo operacional de uma empresa industrial é o prazo que a empresa 
leva para comprar matéria-prima, produzir, vender e receber. Para uma 
empresa comercial, é o prazo médio entre a aquisição de mercadorias, venda e 
recebimento dos clientes. 
Exemplo: Se a empresa possui um ciclo operacional de 2 anos, serão 
classificadas no passivo circulante (curto prazo) as obrigações com 
vencimento em até 2 anos e serão classificadas no passivo não circulante 
(longo prazo) as obrigações com vencimento após 2 anos. 
 
Complementando a Lei das S/A, o CPC 26 (R1), no item 69, apresenta a 
distinção clara entre passivo circulante e passivo não circulante: 
 
O passivo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos 
seguintes critérios: 
(a) espera-se que seja liquidado durante o ciclo operacional normal da entidade; 
(b) está mantido essencialmente para a finalidade de ser negociado; 
(c) deve ser liquidado no período de até doze meses após a data do balanço; ou 
(d) a entidade não tem direito incondicional de diferir a liquidação do passivo 
durante pelo menos doze meses após a data do balanço. 
 
Todos os outros passivos devem ser classificados como não circulantes. 
 
Portanto, as regras para classificação em passivo circulante (curto 
prazo) e não circulante (longo prazo) são as mesmas adotadas para o ativo 
circulante e ativo não circulante: 
Passivo Circulante: obrigações com vencimento até o término do 
exercício seguinte ou até 12 meses. 
Passivo Não Circulante: obrigações com vencimento após o término 
do exercício seguinte ou após 12 meses. 
 
 
 
 
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Explicando de forma gráfica: 
 
 Exercício seguinte 
 Após o exercício seguinte 
 
 31/12/2013 31/12/2014 Passivo Não Circulante 
 
 Passivo Circulante 
 
Data do balanço patrimonial 
 
No exemplo da figura, o balanço foi elaborado em 31/12/2013. Portanto, 
todas as obrigações que esperamos liquidar até 31/12/2014 são débitos (ou 
dívidas) de curto prazo. A partir de 01/01/2015, as obrigações a pagar são 
de longo prazo. 
Exemplo de obrigações: Impostos a pagar, dividendos a pagar, provisão 
para contingências, salários a pagar, ICMS a recolher, provisão para IR, FGTS a 
recolher, duplicatas a pagar, adiantamento de clientes, fornecedores, etc. 
É hora de praticar! 
 (Professor Feliphe Araújo/Inédita/2016) Segundo a 
norma legal, no passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
a) passivo exigível e passivo temporário. 
b) passivo circulante, passivo não circulante e patrimônio líquido; 
c) passivo circulante, passivo exigível a longo prazo e patrimônio líquido; 
d) passivo circulante, passivo não circulante e capital social; 
e) passivo circulante, exigível a longo prazo, resultado de exercícios futuros e 
patrimônio líquido; 
Resolução: 
Vimos que a Lei das Sociedades Anônimas divide o Passivo em Passivo Exigível 
e Patrimônio Líquido. O Passivo Exigível engloba o Passivo Circulante e o Passivo 
Não Circulante. 
Segundo a Lei 6.404/76, no passivo, as contas serão classificadas nos seguintes 
grupos: 
a) passivo circulante; 
b) passivo não circulante; 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
 
Exercício imediatamente posterior a data do balanço atual 
Passivo Exigível 
 
Valores realizáveis 
em 2012 (200,00 
+ 150,00) 
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c) patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, 
ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros,ações em tesouraria e 
prejuízos acumulados. 
Gabarito: Letra B. 
 
 
O grupo resultado de exercícios futuros foi extinto com a edição da MP 
449/08, convertida na Lei 11.941/2009. 
O saldo existente no resultado de exercício futuro em 31 de dezembro 
de 2008 deverá ser reclassificado para o passivo não circulante em conta 
representativa de receita diferida. 
O exemplo mais comum cobrado pelas bancas é o aluguel recebido 
antecipadamente, sem hipótese de reembolso. Agora, esta operação deve 
ser classificada no passivo não circulante, receita diferida, no lugar de 
resultado de exercícios futuros. 
Devemos lembrar que caso haja a possibilidade de devolução dos 
valores recebidos antecipadamente, estes serão receitas antecipadas, 
classificadas no passivo circulante ou não circulante, de acordo com o prazo 
de vencimento. Assim, a receita diferida e a receita antecipada são 
contabilizadas de forma diferente. 
 
 
De acordo com a Lei das S/A, art. 184: 
 
 
As obrigações do passivo não circulante devem ser ajustadas a valor 
presente. As obrigações do passivo circulante só serão ajustadas a valor 
presente se houver efeito relevante. 
Critérios de
Avaliação dos
elementos do
Passivo
as obrigações, encargos e riscos, conhecidos ou 
calculáveis, inclusive Imposto sobre a Renda a pagar 
com base no resultado do exercício, serão computados 
pelo valor atualizado até a data do balanço;
as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula 
de paridade cambial, serão convertidas em moeda 
nacional à taxa de câmbio em vigor na data do 
balanço;
as obrigações, os encargos e os riscos classificados 
no passivo não circulante serão ajustados ao seu valor 
presente, sendo os demais ajustados quando houver 
efeito relevante.
2.1 – Resultado de Exercícios Futuros 
 
2.2 – Critérios de avaliação do Passivo 
 
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Vimos na aula 03 que o Ajuste a valor presente deve ser aplicado no 
reconhecimento inicial de ativos e passivos. 
Ajuste a valor presente significa trazer para data atual um valor 
referente a uma série de pagamentos futuros somados a um custo inicial. Para 
isso, é necessário utilizar uma taxa de desconto que reflita os juros 
compatíveis com a natureza, prazo e riscos da operação, ajustando o 
valor contábil da obrigação ao seu valor presente. O ajuste a valor presente se 
aplica já no momento do registro original da transação. 
Exemplo: A empresa Aprovados S/A, em 31 de dezembro de 2015, 
adquiriu uma máquina a prazo, da empresa Dedicados Ltda., com as seguintes 
informações: 
- Preço à vista: R$ 100.000,00. 
- Preço a prazo de venda: R$ 121.000,00. 
- Taxa de Juros implícita: 10% ao ano. 
- Data do pagamento: 31/12/2017. 
- Desconsidere os impostos incidentes. 
 
Visão do comprador: Empresa Aprovados S/A 
1. Registro da compra a prazo em 31/12/15: 
Máquina 
(1) 100.000 
 
Juros a apropriar* 
(1) 21.000 
 
Financiamentos 
 121.000 (1) 
 
* Encargos financeiros a transcorrer ou juros a apropriar (juros passivos a 
apropriar). 
1.1. Cálculo do ajuste que deve ser feito pelo método exponencial: 
a) Valor da máquina à vista = 121.000 / (1,10)² = R$ 100.000,00 
b) Juros passivos a apropriar = 121.000,00 - 100.000,00= R$ 21.000,00 
 
- O Balanço Patrimonial, em 31/12/2015, tem a seguinte estrutura no Passivo: 
PASSIVO 
Passivo Não Circulante 100.000,00 
 Financiamentos 121.000,00 
(-) Juros a apropriar (21.000,00) 
2.2.1 –Ajuste a Valor Presente 
 
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2. Apropriação da despesa financeira em 31/12/16: 
 2.1. Despesa financeira = 100.000 x 10% = R$ 10.000,00 
D – Despesa financeira (Resultado) 
C – Juros a apropriar (Retificadora do Passivo) ................ 10.000,00 
 
2.2. Registro do lançamento 2 no livro razão: 
Juros a apropriar 
(1) 21.000 10.000 (2) 
 
 11.000 
Despesa financeira 
(2) 10.000 
 
 
 
2.3. Pessoal, em 31/12/2016, as contas financiamentos e juros a 
apropriar passam a ser de curto prazo. Assim, precisamos transferir o saldo 
para o ativo circulante, conforme abaixo: 
D – Financiamentos (Passivo Não Circulante) .......................... 121.000,00 
C – Financiamentos (Passivo Circulante) ................................ 121.000,00 
 
D – Juros a apropriar (Retificadora do PC) .................... 11.000,00 
C – Juros a apropriar (Retificadora do PÑC) .................. 11.000,00 
 
2.4. O Balanço Patrimonial, em 31/12/2016, tem a seguinte estrutura: 
PASSIVO 
Passivo Circulante 110.000,00 
 Financiamentos 121.000,00 
(-) Juros a apropriar (11.000,00) 
 
3. Apropriação da despesa financeira em 31/12/17: 
3.1. Despesa = 110.000,00 (100.000 + 10.000) x 10% = 11.000,00 
D – Despesa financeira (Resultado) 
C – Juros a apropriar (Retificadora do Passivo) ........... 11.000,00 
 
3.2. Registro do lançamento 3 no livro razão: 
 
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Juros a apropriar 
 11.000 11.000 (3) 
 0 
Despesa financeira 
(3) 11.000 
 
 
3.3. Em 31/12/17, o lançamento do pagamento é: 
D – Financiamentos 
C – Caixa ou Bancos ................................. 121.000,00 
 
Apresentamos o quadro completo de controle dos juros: 
Ano Valor inicial Taxa juros Valor juros Total 
1 100.000,00 10% 10.000,00 110.000,00 
2 110.000,00 10% 11.000,00 121.000,00 
Total 21.000,00 
 
Na prova, a questão deverá fornecer o quadro acima ou cobrar um 
valor fácil de calcular, como os juros dos primeiros meses. Algumas 
bancas podem, para facilitar, cobrar juros simples, embora o mais correto 
seja o método exponencial, que usa juros compostos. 
 
Observem que a máquina foi registrada no ativo pelo valor presente, 
sem a inclusão dos encargos financeiros. 
Os valores do Passivo e de Encargos a transcorrer devem ser 
classificados em circulante e não circulante, de acordo com o prazo de 
vencimento. 
 
 
Nesse tópico, vamos detalhar as principais contas que se classificam no 
Passivo, que compreende os valores que a empresa deve a terceiros, ou seja, 
as suas dívidas ou obrigações (exigibilidades). Em regra, as contas do Passivo 
vêm acompanhadas das nomenclaturas a pagar ou a recolher. 
Segue lista das principais contas do Passivo. 
 
2.3.1 - Fornecedores 
É uma conta que registra as obrigações com fornecedores da entidade. 
Além do termo “Fornecedores”, tais obrigações também podem ser 
denominadas “duplicatas a pagar” ou, ainda, “contas a pagar”. 
2.3 – Principais contas do Passivo 
 
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A conta Fornecedores é creditada sempre que a entidade adquirir 
mercadorias a prazo, e debitada quando forem liquidadas as obrigações com 
fornecedores. 
a.1) Lançamento da compra a prazo de mercadorias com fornecedores: 
D – Mercadorias (Ativo Circulante) 
C – Fornecedores 
 
a.2) Lançamento do pagamento dos fornecedores: 
D – Fornecedores 
C – Caixa ou Bancos 
 
Observação: a conta Fornecedores (como a maioria das demais contas 
do passivo) pode ser desdobrada em Fornecedores – Curto Prazo (classificada 
no passivo circulante) e Fornecedores – Longo prazo (classificada no passivo 
não circulante). Os saldos a pagar aos fornecedores deverão ser classificados 
no curto prazo, se vencerem até o término do exercício seguinte, ou no longo 
prazo, se vencerem após o término do exercício seguinte. 
 
2.3.2 – Obrigações fiscais 
São contas que registram as obrigações tributárias da companhia. As 
contas mais comuns são: ICMS a recolher, IPI a recolher, Imposto de Renda a 
pagar (Provisão para IR, ainda utilizado por algumas bancas), Contribuição 
Social a pagar, PIS a recolher, entre outros. 
Sempre que surgir para a entidade a obrigação de recolher tributos, ela 
deverá registrar esta obrigação na conta respectiva, a ser baixada quando de 
seu recolhimento ou compensação. 
 
2.3.3 – Salários, encargos sociais e FGTS a pagar 
A folha de pagamentos mensal da entidade resulta em diversas 
obrigações, segregadas de acordo com sua natureza: salários dos funcionários, 
encargos sociais sobre a folha de pagamentos, retenção dos salários dos 
funcionários para repasse aos cofres públicos, entre outros. Como estes 
pagamentos e recolhimentos representam obrigações para a entidade, são 
registrados no passivo. 
Trabalhamos detalhadamente a conceituação e lançamentos a serem 
realizados em relação a folha de pagamentos em aula anterior. 
 
 
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2.3.4 – Dividendos a Pagar 
É a conta que registra a obrigação de distribuir dividendos aos sócios, 
decorrente do lucro apurado no exercício. Os cálculos para encontrar o valor a 
ser distribuído serão vistos em aula futura. 
Nos termos do art. 176, § 3º, as companhias deverão, à data de 
encerramento do exercício, “registrar a destinação dos lucros segundo a 
proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela 
assembleia-geral”. 
Ou seja, no encerramento do exercício, a entidade irá apurar o seu 
resultado e, em caso de lucro, será proposta pelos órgãos da administração a 
distribuição de uma parcela destes lucros na forma de dividendos. 
A companhia, então, irá registrar esta proposta da administração como 
uma obrigação. A contabilização pela proposição de R$ 10.000,00 de 
dividendos a pagar é a seguinte: 
D - Lucros Acumulados 
C - Dividendos a pagar (passivo circulante) ........... 10.000 
 
Como os dividendos se referem a uma parcela do lucro a ser distribuída 
aos acionistas, a conta contrapartida de Dividendos Propostos a Pagar é a conta 
Lucros Acumulados, que registra o lucro apurado no exercício, bem como todas 
as destinações efetuadas pela companhia (incluídos os dividendos). 
Outras destinações podem ser realizadas, como para a constituição de 
reserva de lucros ou, ainda, para incorporação ao capital social. Estes outros 
detalhes veremos detalhadamente no tópico sobre o Patrimônio Líquido. 
Finalmente, quando for realizado o pagamento dos dividendos, a conta 
Dividendos a Pagar será debitada e a de Disponibilidades creditada. 
Lançamento do pagamento dos dividendos: 
D – Dividendos a pagar (passivo circulante) 
C – Caixa ou Bancos ................... 10.000 
 
2.3.5 – Duplicatas Descontadas 
Caros alunos, as Duplicatas Descontadas, como já estudamos no nosso 
curso, têm a essência de um empréstimo bancário de curto prazo e, por isso, 
atualmente, o valor descontado é apresentado diretamente no Passivo 
Circulante da companhia (antigamente, era conta retificadora de ativo). 
Os custos de transação diretamente associados à operação de desconto 
devem ser apresentados em conta retificadora de passivo denominada 
“Encargos a Transcorrer”. 
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Nestes custos estão incluídos: taxas bancárias, juros cobrados no 
momento da operação, despesas administrativas, entre outros. Tais custos 
deverão ser apropriados como despesa de acordo com o regime de competência. 
 
2.3.6 – Outras contas a pagar 
Pessoal, existem outras contas que representam obrigações da entidade, 
em regra, acompanhadas do termo “a pagar”. 
Por exemplo: aluguéis a pagar, títulos a pagar, juros a pagar, comissões 
a pagar, etc. 
Todas estas, por representarem obrigações, classificam-se no passivo 
circulante ou não circulante, a depender dos seus prazos de vencimentos. 
 
2.3.7 – Adiantamento de Clientes 
Registra os valores antecipados pelos clientes da entidade. Tais 
adiantamentos são obrigações, pois, no momento em que a entidade recebe o 
adiantamento dos recursos, surge para ela o dever de produzir os bens ou os 
serviços aos quais eles se referem ou devolver os valores adiantados. 
Na prática, adiantamentos de clientes são Receitas Antecipadas e, por 
este motivo, devem ser registrados no Passivo. As Despesas Antecipadas, como 
já estudamos, são registradas no Ativo. 
Exemplo: A empresa Aprovados Ltda. recebe o valor de R$ 10.000,00 
do cliente X, em maio/14, referente ao adiantamento para aquisição de 
mercadorias que serão entregues em agosto/14. Quando o cliente efetua o 
pagamento, gera uma obrigação para a empresa e um direito para o cliente 
de receber o bem. Lançamento do recebimento do dinheiro é: 
D – Caixa (Ativo circulante) 
C - Adiantamento de clientes (Passivo circulante) ....................... 10.000,00 
 
Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa recebe adiantamento de clientes ocorre um 
aumento da conta Adiantamento de Clientes (obrigação) e um aumento de 
caixa (entrada de bens numerários). O cliente passa a ser credor da empresa 
Aprovados, por isso, creditamos a conta Adiantamento de Clientes. 
Ativo → Natureza Devedora → Entrada de Bens (Dinheiro) → Debita 
Passivo → Natureza Credora → Aumento de Obrigações → Credita 
 
Em agosto de 2014, quando a mercadoria for entregue, devemos 
reconhecer a receita, pelo lançamento abaixo: 
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D – Adiantamento de clientes (Passivo circulante) 
C – Receita de vendas (Resultado) 10.000,00 
 
Explicação do lançamento: 
Quando uma empresa entrega as mercadorias que já tinham sido pagas 
pelo clienteocorre uma saída de obrigações (Adiantamento de Clientes) e um 
aumento de receita (realização da receita por meio da entrega das 
mercadorias). 
Passivo → Natureza Credora → Saída de Obrigações → Debita 
Receita → Natureza Credora → Aumento de receita (Venda) → Credita 
 
2.3.8 – Empréstimos e Financiamentos 
São contas classificadas no passivo e registram as obrigações da 
companhia com as instituições financeiras. Podem ser classificados no passivo 
circulante e no passivo não circulante, a depender do prazo de vencimento da 
obrigação. 
O registro da obrigação é efetuado no momento em que a entidade recebe 
os recursos emprestados ou financiados, que, em geral, coincide com a data do 
contrato. 
Diferença entre empréstimos e financiamentos: 
 
 
Quando adquiridos, os empréstimos e financiamentos sujeitam a entidade 
a assumir alguns encargos diretamente atribuíveis à operação de captação, que 
reduzem o valor recebido pela entidade, como taxas bancárias, gastos com 
consultores, etc. 
Os valores pagos quando da aquisição de empréstimo ou financiamento 
serão apropriados como custos de transação (regido pelo Pronunciamento 
Técnico CPC 08), e apropriados como encargos financeiros ao longo do prazo do 
empréstimo. 
Os custos de transação, quando amortizados, são lançados como despesa 
do período, assim como os Juros Passivos decorrentes da operação de 
empréstimos, de acordo com o regime de competência. 
Empréstimos
• Obrigações derivadas do 
recebimento de numerários
Financiamentos
• obrigações que derivam da 
aquisição de bens a prazo 
(máquinas, equipamentos, etc.)
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Conceitos do CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios na Emissão de 
Títulos e Valores Mobiliários: 
1. Encargos financeiros são a soma das despesas financeiras, dos 
custos de transação, prêmios, descontos, ágios, deságios e assemelhados, 
a qual representa a diferença entre os valores recebidos e os valores 
pagos (ou a pagar) a terceiros. 
2. Custos de transação são somente aqueles incorridos e diretamente 
atribuíveis às atividades necessárias exclusivamente à consecução das 
transações de captação de recursos incorridas na: 
• Distribuição primária de ações ou bônus de subscrição; 
• Aquisição e alienação de ações próprias; 
• Captação de recursos por meio da contratação de empréstimos 
ou financiamentos ou pela emissão de títulos de dívida, bem 
como dos prêmios na emissão de debêntures e outros 
instrumentos de dívida ou de patrimônio líquido (frequentemente 
referidos como títulos e valores mobiliários – TVM). 
 
São, por natureza, gastos incrementais, já que não existiriam ou teriam sido 
evitados se essas transações não ocorressem. Exemplos de custos de 
transação são: 
i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios; 
ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, 
contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, 
corretores etc.); 
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-
shows); 
iv) taxas e comissões; 
v) custos de transferência; 
vi) custos de registro etc. 
 
Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos e 
valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou 
custos de carregamento. 
3. Despesas financeiras são os custos ou as despesas que representam o 
ônus pago ou a pagar como remuneração direta do recurso tomado 
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emprestado do financiador derivado dos fatores tempo, risco, inflação, 
câmbio, índice específico de variação de preços e assemelhados; incluem, 
portanto, os juros, a atualização monetária, a variação cambial etc., mas não 
incluem taxas, descontos, prêmios, despesas administrativas, honorários etc. 
 
Os custos de transação incorridos na captação de recursos por meio da 
contratação de instrumento de dívida (empréstimos, financiamentos ou 
títulos de dívida tais como debêntures, notas comerciais ou outros 
valores mobiliários) devem ser contabilizados como redução do valor justo 
inicialmente reconhecido do instrumento financeiro emitido, para 
evidenciação do valor líquido recebido. 
Os valores gastos quando da aquisição de empréstimo ou financiamento serão 
apropriados como custos de transação (regido pelo Pronunciamento Técnico 
CPC 08), e apropriados como encargos financeiros ao longo do prazo do 
empréstimo. 
Os custos de transação, quando amortizados, são lançados como despesa do 
período, assim como as Despesas de Juros (ou Juros Passivos) decorrentes 
da operação de empréstimos, de acordo com o regime de competência. 
O registro contábil deve ser efetuado quando a empresa recebe os recursos, 
o que muitas vezes coincide com a data do contrato. No caso dos contratos 
em que a liberação dos recursos ocorrer em várias parcelas, o registro 
será efetuado à medida dos recebimentos das parcelas. 
 
 
A empresa Aprovados Ltda., ao final de 2015, contratou um empréstimo 
no valor de R$ 100.000,00, incorrendo em taxas bancárias no valor de R$ 
10.000,00, além da taxa de juros contratual de 10% ao ano (juros simples). O 
pagamento será único e ao final de 2 anos. 
Para facilitar o entendimento, neste exemplo, vamos utilizar juros simples 
e a amortização dos custos será dividida de forma igualitária entre os anos. 
1. Lançamento inicial para registro da operação: 
D - Caixa .............................................. 90.000 
D - Custos de Transação a Amortizar ........ 10.000 
C - Empréstimos a pagar ....................... 100.000 
 
No final de 2016, a empresa Aprovados Ltda. precisa reconhecer os 
encargos financeiros incorridos no exercício, pelos seguintes lançamentos: 
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2. Lançamento da amortização dos custos no final de 2016: 
D - Encargos financeiros – amortização de custos 
C - Custos de Transação a Amortizar ........... 5.000 
 
3. Lançamento da despesa de juros no final de 2016: 
D - Despesas de juros 
C - Empréstimos a pagar ......................... 10.000 (10% x 100.000) 
 
No final de 2017, a empresa Aprovados Ltda. precisará reconhecer os 
encargos financeiros incorridos no exercício, pelos seguintes lançamentos: 
4. Lançamento da amortização dos custos no final de 2017: 
D - Encargos financeiros – amortização de custos 
C - Custos de Transação a Amortizar ........... 5.000 
 
5. Lançamento da despesa de juros no final de 2017: 
D - Despesas de juros 
C - Empréstimos a pagar ......................... 10.000 (10% x 100.000) 
 
Ainda, ao final de 2017, quando a empresa Aprovados Ltda. liquidar a 
obrigação, ela deverá reconhecer o pagamento de R$ 120.000,00 referente à 
soma dos R$ 100.000,00 tomados emprestados e dos R$ 20.000,00 pelos juros 
incorridos nos anos de 2016 e 2017. 
6. Lançamento do pagamento do empréstimo:D – Empréstimos a pagar 
C – Bancos conta movimento .......................... 120.000 
 
Percebam que os encargos financeiros totais foram de R$ 30.000,00, 
sendo R$ 10.000,00 pelos custos de transação e R$ 20.000,00 pelos juros 
passivos incorridos ao longo dos dois anos. 
Vamos ver como este assunto é cobrado em provas. 
 (ESAF/Contador – FUNAI/2016) A Cia. Endividada obteve, 
em 01/12/2015, um empréstimo bancário para financiar suas atividades. 
O valor do empréstimo obtido foi R$ 10.000.000,00, para pagamento integral 
(principal e juros) em 01/12/2016 e a taxa de juros compostos contratada foi 
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15% ao ano. Os custos de transação incorridos e pagos, em 01/12/2015, para 
a obtenção deste empréstimo, foram R$180.000,00. Ao reconhecer este 
empréstimo, em 01/12/2015, a Cia. Endividada aumentou, em reais, o 
a) passivo total em 9.820.000,00. 
b) passivo total em 10.000.000,00. 
c) ativo total em 10.000.000,00. 
d) passivo total em 10.000.000,00 e reconheceu despesa financeira de 
180.000,00. 
e) ativo total em 9.820.000,00 e reconheceu despesa financeira de 180.000,00. 
Resolução: 
O reconhecimento inicial do empréstimo deverá ser realizado no sentido de 
reconhecer os valores tomados (líquidos) pela empresa, os custos de transação 
incorridos (diretamente atribuíveis à operação de captação) e a obrigação 
surgida. 
Empréstimos a pagar (passivo) = R$ 10.000.000,00 
Custos de transação (redutora do passivo) = R$ 180.000,00 
Dinheiro recebido pela Companhia = Empréstimo – custos 
Dinheiro recebido (ativo) = 10.000.000 – 180.000 = R$ 9.820.000,00 
 
Assim, o ativo total aumentou R$ 9.820.000,00 referente ao dinheiro que entrou 
em caixa. O passivo aumentou R$ 10.000.000 pela obrigação de pagar o 
empréstimo, mas, ao mesmo tempo, reduziu R$ 180.000,00 pelos custos de 
transação a apropriar. Portanto, o passivo teve um aumento líquido de R$ 
9.820.000,00. Gabarito: Letra A. 
O lançamento, portanto, em 01/12/2015, seria: 
D – Bancos (Ativo Circulante) ................................................ 9.820.000,00 
D – Custos de Transação a Amortizar (Retificadora do Passivo) ....... 180.000,00 
C – Empréstimos a pagar (Passivo) ........................................ 10.000.000,00 
 
Passivo em 01/12/2015 
Empréstimos a Pagar .................. 10.000.000,00 
(-) Custos de Transação a Amortizar (180.000,00) 
= Aumento do Passivo Total .......... 9.820.000,00 
 
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Vejam que os custos de transação não devem ser levados ao resultado do 
período no reconhecimento inicial. Eles serão reconhecidos ao longo do prazo 
de duração do empréstimo, em obediência ao regime de competência. 
Gabarito: Letra A. 
 
2.3.9 – Variações cambiais e monetárias 
As companhias podem optar por obter empréstimos que possuem 
cláusula de paridade cambial. Isto ocorre, normalmente, quando a entidade 
recorre a instituições financeiras internacionais em busca de recursos. 
Nestes casos, além de realizarmos os registros já apresentadas no tópico 
de empréstimos e financiamentos, precisaremos, também, atualizar o valor 
da dívida para a taxa de câmbio em vigor na data do balanço. 
Este procedimento consta da Lei das S.A., art. 184, II: 
Art. 184. No balanço, os elementos do passivo serão avaliados de acordo 
com os seguintes critérios: 
(...) 
II - as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade 
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor 
na data do balanço; 
 
Isto significa que a entidade manterá controle extra contábil (em 
separado) das obrigações em moeda estrangeira. Porém, para apresentação 
destas informações no balanço, será preciso convertê-las para a moeda 
nacional, observada a taxa de câmbio vigente no dia. Como resultado, a 
depender da flutuação do câmbio, a entidade deverá registrar uma despesa ou 
uma receita decorrente deste ajuste. 
Na verdade, tratando-se de obrigações pagáveis em moeda estrangeira, 
estes são atualizados pela variação cambial ocorrida entre a data do 
empréstimo ou do último saldo atualizado (por exemplo, atualização para 
pagamento de juros ou parcelas) e a data do balanço. 
Por exemplo, uma entidade contrai, em 01/01/20X1, pelo prazo de 2 
anos, um empréstimo no valor de US$ 10.000 (dólares) para pagamento em 
uma única parcela ao término do contrato. Na data da tomada do empréstimo, 
a taxa de câmbio vigente era de R$ 2,00 por dólar. A entidade deverá manter 
controle separado do valor da dívida em dólar, porém, o registro contábil deverá 
ser realizado com base na moeda nacional. A memória de cálculo para registro 
da operação será: 
 
 
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Empréstimo em moeda estrangeira = US$ 10.000 
Taxa de câmbio do dia do contrato = R$ 2,00 por cada dólar 
Conversão para moeda nacional = R$ 10.000 x 2,00 = R$ 20.000.00 
 
A entidade deverá registrar uma obrigação no valor de R$ 20.000,00 no 
momento do recebimento dos recursos. Ao final do primeiro ano, após a tomada 
do empréstimo, a companhia precisará ajustar a dívida à taxa de câmbio do dia 
do balanço e reconhecer eventuais receitas ou despesas dela decorrentes. 
Digamos que, em 31/12/20X1, a taxa de câmbio do dia seja de R$ 2,15 para 
cada dólar: 
Empréstimo em moeda estrangeira = US$ 10.000 
Taxa de câmbio em 31/12/2011 = R$ 2,15 por cada dólar 
Conversão para moeda nacional = R$ 10.000 x 2,15 = R$ 21.500.00 
 
Notem que, após a conversão da dívida a moeda nacional com base na 
taxa de câmbio em vigor na data do balanço, o montante da obrigação 
aumentou de R$ 20.000,00 (registrado inicialmente quando da tomada do 
empréstimo) para R$ 21.500,00, em razão do aumento da taxa de câmbio. 
Como consequência, a entidade precisará reconhecer uma despesa por 
variações cambiais passivas. 
Registro da variação cambial passiva de R$ 1.500,00 será: 
D - Despesas com variações cambiais passivas (resultado) 
C - Empréstimos em moeda estrangeira (passivo) 1.500 
 
Observação: o registro da variação cambial é feito, diretamente, na 
conta que registra o valor da obrigação (em R$), não sendo necessário 
contabilizá-lo em conta diversa (como fazemos com os juros a pagar). 
É hora de praticar!!! 
 (FCC/Analista – Contabilidade – CNMP/2015) No dia 
01/12/2013 a empresa Endividada S.A. obteve um empréstimo do exterior no 
valor total de US$ 1.000.000,00 (um milhão de dólares), para ser pago 
integralmente (principal e juros) em 01/12/2014. A taxa de juros contratada foi 
1% ao mês e as informações sobre as cotações da taxa de câmbio, em várias 
datas, eram as seguintes: 
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Com base nestas informações, o valor apresentado no Balanço Patrimonial da 
empresa Endividada S.A., em 31/12/2013, referente a este empréstimo foi, em 
reais, 
a) 2.650.000,00. 
b) 2.727.000,00. 
c) 2.706.800,00. 
d) 2.676.500,00. 
e) 2.929.000,00. 
Resolução: 
Para responder esta questão, é importante lembrar o que dispõe o artigo 184 
da Lei nº 6.404/76: 
Art. 184. As obrigações em moeda estrangeira, com cláusula de paridade 
cambial, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor 
na data do balanço; 
 
Como a questão solicita o valor apresentado no Balanço Patrimonial referente 
ao empréstimo em 31/12/2013, precisamos calcular os juros referente a um 
mês (01/12/2013 à 31/12/2013) antes de aplicar a taxa de câmbio para 
conversão. 
1. Cálculo dos juros: 
Juros no período = US$ 1.000.000,00 * 1% a.m. = US$ 10.000,00 
Montante da dívida em 31/12/2013 = 1.000.000 + 10.000 = US$ 1.010.000,00 
2. Data do balanço patrimonial (31/12/2014): 
Valor da dívida = US$ 1.010.000,00 
Câmbio no dia do balanço (31/12/2013) = 2,70 
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = US$ 1.010.000,00 x R$ 2,70 
Valor da dívida em R$ (31/12/2013) = R$ 2.727.000,00 
Gabarito: Letra B. 
 
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2.3.10 – Débitos e Créditos de Funcionamento e Financiamento 
Galera, antes de mais nada quero deixar claro que, em contabilidade, as 
palavras débito e crédito podem ser aplicadas em diferentes sentidos: podem 
significar lançamento a débito/crédito; podem significar, ainda, saldo 
devedor/credor das contas contábeis; ou, num terceiro sentido, podem dizer 
respeito a existência de dívidas (débitos) ou direitos (créditos) da entidade. 
Se afirmarmos que uma entidade, por exemplo, efetuou um lançamento 
a débito de duplicatas, devemos entender que houve um registro no sentido de 
aumentar o saldo da conta duplicatas a receber, que representa um direito. 
Se, porém, afirmarmos que a entidade possui um débito, em duplicatas, 
é o mesmo que dizer que a entidade possui dívidas, na forma de duplicatas com 
terceiros. É justamente neste sentido de dívidas e direitos que se aplicam os 
termos Débitos e Créditos de Funcionamento e Financiamento. 
 
 
 
 
Funcionamento
▪ dívidas e direitos decorrentes das atividades 
normais da empresa, ou seja, ligadas a sua 
atividade operacional;
Financiamento
▪ dívidas e direitos originados de atividades não 
usuais;
Débitos de
Funcionamento
representam as obrigações que a entidade 
possui e que são decorrentes de suas atividades 
normais. São “débitos” vinculados ao seu 
“funcionamento”. Exemplos: obrigações com 
fornecedores, os impostos a pagar e os 
adiantamentos recebidos de clientes.
Financiamento
são as dívidas que a entidade contrai e que não 
se relacionam, diretamente, ao seu 
funcionamento. Se destinam ao “financiamento” 
da empresa, para que esta obtenha recursos e os 
aplique em sua operação. Exemplos: os 
empréstimos e financiamentos bancários, os 
descontos de duplicatas, as debêntures emitidas, 
etc.
Créditos de
Funcionamento
representam os direitos que a entidade possui 
perante terceiros e que são decorrentes de suas 
atividades normais. São “créditos” vinculados ao 
seu “funcionamento”. Exemplos: duplicatas a 
receber, clientes e os adiantamentos a 
fornecedores.
Financiamento
são os créditos que a entidade fornece a terceiros 
que não se originam das atividades normais da 
entidade. Exemplos: os empréstimos e 
financiamentos concedidos, emprétimos 
realizados a sócios e diretores, etc.
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Debêntures são títulos de créditos de longo prazo, emitidos pelas 
companhias, podendo ser negociados no mercado. Assim como as ações, as 
debêntures são emitidas com a finalidade de obtenção de recursos pelas 
companhias para financiamento de suas atividades. É uma forma de captação 
de recursos junto a terceiros, assim como os empréstimos e os financiamentos. 
Diferença entre ações e debêntures: 
 
 
As debêntures são emitidas, apenas, por sociedades anônimas. 
Quando da emissão dos títulos, a companhia emitente fixa para as 
debêntures a forma de remuneração dos recursos que lhe foram entregues 
(pelos adquirentes das debêntures), que pode ser por meio de juros fixos ou 
variáveis, pagos periodicamente, pela atualização monetária da dívida, pela 
participação nos resultados da companhia, ou até mesmo, pode prever a 
conversão das debêntures em ações, transformando os credores em acionistas 
da companhia. 
 
 
Segundo o Pronunciamento CPC 08 (R1) - Custos de Transação e Prêmios 
na Emissão de Títulos e Valores Mobiliários, o registro do montante inicial dos 
recursos captados de terceiros, entre eles as debêntures, classificáveis no 
passivo exigível, deve corresponder ao seu valor justo líquido dos custos de 
transação diretamente atribuíveis à emissão do passivo financeiro. 
Os custos de transação na emissão de debêntures devem ser 
contabilizados, de forma destacada, em conta redutora (gastos com a emissão 
de debêntures, por exemplo) do valor justo inicialmente reconhecido do 
instrumento financeiro emitido, para evidenciação do valor líquido recebido. 
Debêntures
• Títulos que dão ao seu titular
direito de crédito contra a 
companhia emitente;
• A companhia que emite a debênture 
deve quitar a dívida no 
vencimento, podendo resgatar as 
debêntures antecipadamente;
• O debenturista (titular da 
debênture) é credor da companhia.
Ações
• Títulos que dão direito ao seu 
titular uma parcela ideal do 
patrimônio da entidade;
• O Acionista (titular da ação) é 
dono de uma pequena parte da 
companhia.
3 - Debêntures 
 
3.1 – Reconhecimento inicial 
 
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Exemplos de custos de transação: 
i) gastos com elaboração de prospectos e relatórios; 
ii) remuneração de serviços profissionais de terceiros (advogados, 
contadores, auditores, consultores, profissionais de bancos de investimento, 
corretores etc.); 
iii) gastos com publicidade (inclusive os incorridos nos processos de road-
shows); 
iv) taxas e comissões; 
v) custos de transferência; 
vi) custos de registro etc. 
 
Custos de transação não incluem ágios ou deságios na emissão dos títulos 
e valores mobiliários, despesas financeiras, custos internos administrativos ou 
custos de carregamento. 
Exemplo: Uma entidade emitiu debêntures no valor de R$ 10.000,00, 
com gastos para colocação dos papéis no mercado de R$ 1.000. A empresa fixou 
para as debêntures uma taxa de juros fixos de 10% ao ano, a serem pagos ao 
término do prazo, que é de 4 anos da data da contratação. 
Valor líquido recebido = R$ 9.000,00 (10.000 – 1.000) 
1. Registro da emissão de debêntures: 
D – Bancos9.000 
D – Gastos na emissão de debêntures ou custos de transação a amortizar 1.000 
C – Debêntures a Pagar ou Debêntures a Resgatar 10.000 
 
A conta “Gastos na Emissão de Debêntures” é conta retificadora de 
Debêntures a Pagar, no passivo. Deste modo, fica evidenciado que o valor 
líquido recebido pela entidade foi de R$ 9.000,00. 
PASSIVO 
Debêntures a pagar 10.000,00 
(-) Gastos na emissão de debêntures (1.000,00) 
 
Ao final do 1º ano, a entidade precisará amortizar os custos de transação 
vinculados à emissão das debêntures, proporcionalmente ao primeiro ano. 
Assim, as despesas a serem reconhecidas pelos custos de transação serão de: 
R$ 1.000,00 / 4 anos = R$ 250,00 no primeiro ano. 
2. Lançamento - amortização dos custos 
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D - Encargos financeiros – amortização de custos 
C - Gastos na emissão de debêntures .................... 250,00 
 
O lançamento acima deve ser feito todo ano até a quitação do título. 
Além disso, ao término de cada exercício social, a entidade também 
precisará reconhecer a despesa financeira com os juros incorridos no período, 
de acordo como regime de competência, em contrapartida à conta de 
Debêntures a Pagar, no montante de 10% sobre o valor nominal do título. 
3. Lançamento - apropriação dos juros do período 
D - Despesas financeiras (juros) 
C - Debêntures a pagar (ou Juros a pagar) .............. 1.000 (10% x 10.000) 
 
Vejam que o pagamento dos juros só será realizado no término do prazo 
do título. No entanto, em obediência ao regime de competência, os encargos 
respectivos são reconhecidos a cada exercício. Observem que os juros a pagar 
são integrados ao saldo da conta de Debêntures a pagar, aumentando-o. 
Por fim, ao término do prazo da debênture, a entidade deverá liquidar a 
obrigação, desembolsando o valor nominal da debênture acrescido dos juros 
incorridos ao longo do prazo (que foram incorporados ao saldo da conta 
Debêntures a Pagar). 
4. Lançamento – resgate das debêntures emitidas após 4 anos 
Debêntures a pagar 
a Bancos (valor) 
 
 
Entende-se por prêmio o valor apurado além do nominal das debêntures. 
Por exemplo, se uma entidade lança uma série de debêntures com taxas de 
juros muito vantajosas, isto poderá estimular os investidores a buscarem esse 
título, investindo um montante superior ao valor nominal da debênture. Este 
“montante superior”, correspondente à diferença entre o valor pago pela 
debênture e seu valor nominal, é conhecido por “prêmio”. 
O Prêmio na Emissão de Debêntures era classificado como reserva de 
capital. Com o advento da Lei n° 11.638/07 e 11.941/09, ele passou a ser 
classificado como um resultado não realizado (receitas diferidas), no grupo 
passivo não circulante, para ser apropriado como receita, conforme o regime 
de competência, na mesma base em que são apropriados os juros (despesas) 
das debêntures. 
3.2 – Prêmio na Emissão de Debêntures 
 
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Exemplo: a empresa Aprovados Ltda. lançou debêntures no mercado a 
R$ 1,00, na quantidade de 10.000 debêntures, com resgate em 5 anos, 
encontrando investidores que pagassem R$ 1,20 pelo referido título. 
Lançamento: 
D - Caixa (Ativo) 12.000 (1,2 x 10.000) 
C - Debêntures a resgatar (Passivo Não Circulante) 10.000 (1,00 x 10.000) 
C - Prêmios a Apropriar (PNC - Receitas diferidas) 2.000 
 
Os prêmios na emissão de debêntures devem ser acrescidos ao valor 
justo inicialmente reconhecido na emissão desse instrumento financeiro para o 
mesmo fim: 
PASSIVO 
Debêntures a pagar 10.000,00 
Prêmios a Apropriar ou a Amortizar 2.000,00 
 
O reconhecimento da amortização do prêmio na emissão de debêntures 
deverá ser proporcional ao prazo. Para o nosso exemplo, se o resgate das 
debêntures será feito em 5 anos, devemos apropriar ao resultado R$ 400,00 
(2.000/5 anos) por ano, em atendimento ao Princípio da Competência, através 
do seguinte lançamento: 
D - Prêmios a Apropriar (PNC - Receitas diferidas) 
C - Receitas financeiras (Resultado) ............................. 400,00 
 
Além do valor nominal do título, a companhia deve pagar aos titulares 
das debêntures juros que representam despesas, conforme vimos no 
lançamento 3 do tópico anterior. 
Vamos treinar futuros Auditores!!!! 
 (FCC/ISS – SP/2012) Em 30/12/X1, a empresa Beta, 
sociedade anônima de capital aberto, fez uma captação de recursos, via 
debêntures, cujo valor de emissão foi de R$ 2,2 milhões com taxa de juros anual 
contratada de 5,0% e com prazo de 10 anos. Para isso, incorrem em custos de 
transação no montante de R$ 100mil pagos em 30/12/X1. Todavia, dadas as 
condições vantajosas em relação ao mercado, houve prêmio na emissão das 
debêntures de R$ 200 mil. Com base nessas informações, a empresa Beta 
reconheceu, em 30/12/X1. 
a) passivo de R$ 2,3 milhões 
b) receita financeira de R$ 200 mil. 
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c) reserva de capital de R$ 200mil. 
d) ativo de R$ 2,1milhões. 
e) despesa financeira de R$ 100mil. 
Resolução: 
O registro das debêntures emitidas deverá levar em consideração: 
1. o valor nominal do título (valor da obrigação) 
2. os custos de transação incorridos (retificadora de passivo) 
3. os prêmios recebidos na emissão das debêntures 
 
Tanto os custos de transação quanto os prêmios recebidos pela emissão das 
debêntures somente poderão ser levadas ao resultado com observância ao 
regime de competência, ao longo do prazo de duração do título. 
O valor líquido recebido pela empresa Beta com a emissão das debêntures foi 
de: 
Valor nominal das debêntures R$ 2.200.000 
(-) custos de transação (R$ 100.000) 
(+) prêmio na emissão R$ 200.000 
(=) valor líquido recebido R$ 2,3 milhões 
 
Os custos de transação incorridos são apresentados como redução do passivo, 
enquanto que os prêmios recebidos devem ser acrescidos ao valor justo para 
que seja evidenciado, no passivo, o valor líquido recebido pela companhia. 
O lançamento para registro do fato contábil será: 
D – Bancos ...................................................................... 2.300.000 
D – Custos de transação (Retificadora do Passivo) ................... 100.000 
C – Prêmios a Apropriar (PNC - Receitas diferidas) .................. 200.000 
C – Debêntures a pagar .................................................... 2.200.000 
 
A apresentação desta operação no balanço seria: 
Debêntures a pagar ............................................ 2.200.00 
(-) custos de transação a amortizar ..................... (100.000) 
(+) prêmio na emissão a apropriar ........................ 200.000 
Aumento líquido do passivo ............................... 2.300.000 
 
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Vejamos as alternativas: 
a) correta. O passivo líquido reconhecido na operação foi de R$ 2.300.000,00. 
b) incorreta. Não houve reconhecimento de receita financeira. A receita, 
decorrente do prêmio na emissão de debêntures, deverá ser reconhecida de 
acordo com o regime de competência, ao longo do prazo de duração da 
obrigação, em contrapartida da conta de “Prêmio na emissão de debêntures a 
apropriar”. 
c) incorreta. O prêmio na emissão de debêntures não mais deve ser reconhecido 
como reserva de capital, após alterações trazidas pela Lei 11.638/07. 
d) incorreta. O aumento líquido do ativo foi de R$ 2,3 milhões, dado pelo 
aumento das disponibilidades (apresentada como Bancos na resolução). 
e) incorreta. Os custos de transação não são apropriados como despesa, 
devendo ser lançadas como custos a amortizar, no passivo circulante, em conta 
retificadora de debêntures a pagar. Gabarito: Letra A. 
 
 
Há deságio quando o título é negociado por preço abaixo do seu valor 
nominal. 
A conta deságio a amortizar, na prática, tem a função de uma despesa 
antecipada (geralmente apresentada no Ativo) na alienação das debêntures. 
Contudo, não deve ser classificado no ativo circulante e/ou realizável a longo 
prazo. Segundo as normas internacionais, por estar diretamente atribuído à 
operação de emissão de debêntures, a conta de “Deságio a Apropriar” deverá 
figurar como retificadora da obrigação Debêntures a Pagar, no Passivo Exigível. 
Exemplo: a empresa Aprovados Ltda. lançou debêntures no mercado a 
R$ 1,00, na quantidade de 1.000 debêntures, com resgate em 5 anos, 
encontrando investidores que pagassem R$ 0,90 pelo referido título. 
Valor nominal das debêntures = R$ 10.000,00 (1.000 x 1,00) 
Deságio = R$ 1.000,00 (10.000 – 9.000) 
Lançamento: 
D - Bancos Conta Movimento (Ativo) ................. 9.000 (0,90 x 10.000) 
D - Deságio a Amortizar .................................. 1.000 
C - Debêntures a resgatar .............................. 10.000 (1,00 x 10.000) 
 
 
 
 
3.3 – Deságio na Emissão de Debêntures 
 
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O balanço patrimonial ficaria assim: 
PASSIVO 
Debêntures a pagar 10.000,00 
(-) Deságio a Amortizar 1.000,00 
 
Ao longo do prazo de duração do título, o deságio deve ser reconhecido 
no resultado proporcionalmente ao prazo transcorrido até a data da amortização 
do deságio. 
Para o nosso exemplo, se o resgate das debêntures for feito em 5 anos, 
devemos apropriar ao resultado R$ 200,00 (1.000/5 anos) por ano, em 
atendimento ao Princípio da Competência, através do seguinte lançamento: 
D - Despesa de Deságio na Emissão de Debêntures 
C - Deságio a Amortizar ........................ 200,00 
 
Independentemente de a série de debêntures ter sido emitida com prêmio 
ou deságio, o reconhecimento das despesas financeiras (com juros passivos) e 
dos eventuais custos de transação são procedidos da mesma forma. 
 
 
Ao emitirem uma série de debêntures, as companhias podem inserir no 
título a possibilidade de serem convertidos em ações, situação que têm 
grande apelo junto ao mercado. Para isso, a companhia precisará especificar, 
antecipadamente, as bases de conversão das debêntures em ações, bem como 
o prazo ou a época para que o debenturista exerça seu direito. 
O resultado é que, ao tempo de resgate da debênture, o debenturista 
passa a ter direito a uma das duas opções: 
1) resgatar o valor do título, em dinheiro; ou 
2) receber ações da companhia, em substituição ao título. 
 
O lançamento para registro da conversão de R$ 20.000 de debêntures 
em ações é o seguinte: 
D - Debêntures a Pagar 
C - Capital Social ............................ 20.000 
 
 
3.4 – Conversão de Debêntures em Ações 
 
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A conta depósitos judiciais é uma conta do ativo circulante (AC) ou 
do ativo não circulante realizável a longo prazo (ANC - RLP). Representa 
valores depositados por ordem judicial e que estejam vinculados a uma causa 
ainda não transitada em julgado, como a concessão de liminar em mandado 
de segurança. 
O exemplo clássico é a discussão de tributos em juízo. Suponha que a 
empresa Aprovados foi autuada pelo fisco em R$ 500.000,00, levando a lide ao 
Poder Judiciário, obtendo uma liminar (ordem judicial) para não pagar o tributo, 
porém exige-se o depósito do montante devido. 
Lançamento do depósito judicial (livra-se do pagamento de juros de mora): 
D – Depósitos judiciais (AC ou ANC - RLP) 
C – Bancos conta movimento (AC) ..................................... 500.000,00 
 
Com o julgamento final, as decisões podem ser: 
1) Favorável à empresa – o valor é restituído à entidade. 
D – Bancos conta movimento 
C – Depósitos judiciais (AC ou ANC - RLP) .......................... 500.000,00 
 
2) Desfavorável à empresa – a obrigação é devida. 
D – Tributos a recolher 
C – Depósitos judiciais (AC ou ANC - RLP) ......................... 500.000,00 
 
Se a liminar for concedida sem a necessidade de depósito judicial, o 
procedimento mais prudente será registrar a dívida discutida no passivo 
contingente, já que a liminar pode ser cassada a qualquer momento. 
 
 
O Patrimônio Líquido, também conhecido como Capital Próprio, 
corresponde a recursos originários dos sócios e os rendimentos auferidos 
pela empresa. Somente constitui obrigação exigível da empresa em caso de 
extinção da mesma ou retirada do sócio. 
 
 
4 – Depósitos Judiciais 
 
5 – Patrimônio Líquido 
 
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De acordo com a Lei das S/A, o patrimônio líquido é dividido em: 
Capital Social 
(-) Ações em Tesouraria 
+ ou (-) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
Reservas de Capital 
(-) Prejuízos Acumulados 
 
 
O Capital Social é a conta do Patrimônio Líquido formado pelas ações 
(se for sociedade anônima) ou quotas (se for sociedade por quotas de 
responsabilidade limitada) subscritas por proprietários ou acionistas para a 
constituição da sociedade. O Capital Social também é chamado Capital Social 
Subscrito ou Capital Contábil. 
Resumidamente, o Capital Social é o montante bruto registrado no 
contrato social ou estatuto de constituição da empresa. 
Porém, nem sempre os sócios integralizam de imediato todos os recursos 
que foram acordados para serem entregues no contrato de constituição da 
empresa. Por isso, a conta do capital social discriminará o montante subscrito 
e, por dedução, a parcela ainda não realizada.(Art. 182, Lei 6.404/76) 
Assim, o Capital Social é dividido em duas partes: 
1) Capital a Realizar (ou a Integralizar ou Não Realizado): corresponde as 
ações subscritas que ainda não foram integralizadas pelos acionistas, ou seja, 
são os valores que ainda não foram entregues pelos sócios ou proprietários. 
2) Capital Realizado (ou Integralizado): corresponde as ações subscritas e 
realizadas pelos acionistas, ou seja, é o montante líquido entregue pelos 
proprietários ou sócios para iniciar as atividades de uma empresa. 
 
Caros alunos e alunas, não deixem a banca confundir vocês. Não existe 
a conta “Capital Integralizado”. O valor do Capital Integralizado é 
resultado da diferença entre o Capital Social Subscrito e a conta 
retificadora, com saldo devedor, “Capital a Integralizar”. 
 Capital Realizado = Capital Social - Capital a Integralizar. 
 
 
 
5.1 – Capital Social 
 
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No balanço patrimonial, a representação será a seguinte: 
Patrimônio Líquido: 
 Capital Social 
 (-) Capital a Realizar 
 
Nas provas, se a questão mencionar apenas “Capital Social”, sem 
qualquer indicação de capital realizado ou a realizar, iremos assumir que o 
Capital Social foi totalmente integralizado pelos sócios. 
Segundo a Lei das S/A, o capital social poderá ser formado com 
contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens suscetíveis de 
avaliação em dinheiro. 
A constituição da companhia depende do cumprimento dos seguintes 
requisitos preliminares: 
I - subscrição, pelo menos por 2 (duas) pessoas, de todas as ações em 
que se divide o capital social fixado no estatuto; 
II - realização, como entrada, de 10% (dez por cento), no mínimo, do 
preço de emissão das ações subscritas em dinheiro; 
III - depósito, no Banco do Brasil S/A., ou em outro estabelecimento 
bancário autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários, da parte do capital 
realizado em dinheiro. 
 
O capital social subscrito está definido em um documento, seja no 
contrato social (no caso da sociedade limitada) ou no estatuto social (quando 
sociedade anônima). Assim, a entidade que desejar aumentar o seu capital 
social, terá que proceder a alteração do contrato social ou do estatuto. Porém, 
existe uma exceção, o Capital Autorizado. 
Capital Autorizado é o valor previsto no Estatuto Social das empresas 
para aumento do capital social sem a necessidade de alteração estatutária. 
Assim, quando previsto, os sócios poderão subscrever capital até o limite do 
capital autorizado. Para qualquer valor acima desse, será necessário proceder à 
alteração estatutária da entidade. 
Esquematização de alguns conceitos ligados ao capital: 
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Exemplo: A sociedade Aprovados Ltda. é constituída com ações no 
montante de R$ 50.000,00, sendo depositados apenas R$ 10.000,00 pelos 
sócios para o início do negócio: 
D – Caixa (Ativo) .................................................... 10.000,00 
D – Capital Social a Realizar (retificadora do PL) ......... 40.000,00 
C – Capital Social (PL) ............................................. 50.000,00 
 
 (FCC / Analista - TRT 6ª / 2012) A conta do Capital Social 
discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. 
( ) Certo ou ( ) Errado. 
Resolução: 
Exatamente, conforme artigo 182 da Lei nº 6.404/76: 
Art. 182 A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por 
dedução, a parcela ainda não realizada. 
Lembrar que a dedução é feita mediante conta retificadora, denominada de 
Capital a Realizar. Gabarito: Certo. 
CAPITAL 
AUTORIZADO
▪ É o valor previsto no Estatuto Social das empresas 
para aumento do capital social sem a necessidade de 
alteração estatutária;
CAPITAL SOCIAL 
(SUBSCRITO OU 
CONTÁBIL)
▪ É uma conta do PL formada por ações subscritas na 
constituição da sociedade ou por aumento do capital; 
▪ A conta do capital social discriminará o montante 
subscrito e, por dedução, a parcela ainda não 
realizada;
CAPITAL A REALIZAR 
(A INTEGRALIZAR)
▪ É a parcela do capital social que os sócios ainda não 
realizaram;
▪ Capital a realizar = capital social - capital realizado;
CAPITAL 
INTEGRALIZADO 
(REALIZADO)
▪ É a parcela do capital social que os sócios já 
integralizaram;
▪ Do capital social, no mínimo 10% deve ser realizado 
em dinheiro ou bens suscetíveis a avaliação em 
dinheiro;
CAPITAL PRÓPRIO ▪ É sinônimo de patrimônio líquido;
CAPITAL DE 
TERCEIROS (ALHEIO)
▪ É sinônimo de passivo exigível; 
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As ações são títulos representativos do capital social das sociedades 
anônimas. Dividem o capital social da companhia em partes iguais. Por isso, 
a soma do valor nominal de todas as ações deve corresponder ao valor total do 
Capital Social da companhia. 
As ações podem ser ordinárias ou preferenciais, sendo que cada espécie 
de ação concede aos acionistas direitos ou vantagens específicas. 
 
1. Ações ordinárias 
São ações que conferem aos seus titulares o direito de voto em 
Assembleia. Nas assembleias, são tomadas as decisões de maiores vultos da 
companhia, de acordo com a vontade da maioria. Apesar de, aparentemente, 
as decisões serem democráticas, na verdade o que se tem é que a “maioria” 
representa a “maioria do capital” e não “maioria dos acionistas”. Por isso, se 
apenas um acionista detiver 60% do capital social, a sua opinião sempre 
representará a maioria e, por isso, ele será considerado o controlador da 
companhia. As ações ordinárias também dão direito a uma parcela ideal sobre 
o patrimônio da entidade, bem como sobre os lucros auferidos, distribuídos 
na forma de dividendos. 
 
2. Ações preferenciais 
São ações que conferem aos seus acionistas o direito a uma parcela ideal 
do patrimônio da entidade e dos lucros auferidos, distribuídos na forma de 
dividendos. No entanto, as ações preferenciais, ao contrário das ordinárias, 
em geral não dão direito a voto, mas em alguns casos, pode haver direito a 
voto, mas com restrições. Em compensação, têm a preferência na distribuição 
dos dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa, no reembolso do 
capital social. 
O artigo 15, parágrafo 2º, da Lei nº 6.404/76, estabelece que o número 
de ações preferenciais sem direito a voto, ou sujeitas a restrições no exercício 
desse direito, não pode ultrapassar 50% do total das ações emitidas pela 
companhia. 
 
 
Os gastos com emissão de ações, a partir de 2008, não são mais 
contabilizados como despesas do período. Passam a ser tratados como redução 
do valor obtido do capital social. 
5.1.1 – Ações 
 
5.1.2 – Gastos na Emissão de Ações 
 
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