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Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 1 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Aula 10 Curso: Contabilidade Geral e Avançada p/ SEFAZ GO Professor: Feliphe Araújo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 2 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 1 - INTRODUÇÃO ................................................................................. 2 2 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) .......... 3 2.1 – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) ......................... 4 2.2 – Forma de Apresentação da DMPL ............................................................11 3 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA) ................................... 15 3.1 – Modelo de Demonstração do Valor Adicionado...........................................17 3.2 – Casos especiais – alguns exemplos ..........................................................25 4 – Resumo da Aula ........................................................................... 27 5 – Mapas Mentais da Aula ................................................................ 34 6 – Questões comentadas .................................................................. 36 7 – Lista de exercícios ....................................................................... 76 8 - GABARITO .................................................................................... 95 Olá queridos alunos, tudo bem? Sejam bem-vindos a mais uma aula do curso de Contabilidade Geral e Avançada para os futuros Auditores Fiscais da SEFAZ GO. Nesta aula falaremos sobre três demonstrativos contábeis: a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA), a Demonstração de Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), e a Demonstração do Valor Adicionado (DVA). Os assuntos dessa aula podem ser cobrados na sua prova. Estamos perto de terminar o nosso curso. Espero que vocês estejam conseguindo absorver os conteúdos de forma satisfatória e, consequentemente, isso reflita em um bom rendimento nos exercícios. Qualquer dúvida, crítica, sugestões e/ou esclarecimentos, estou à disposição no Fórum tira-dúvidas. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Como de praxe, colocamos uma lista de exercícios ao final da aula para aqueles que queiram tentar resolver as questões, antes de ver os comentários. Treinar é preciso. Vamos começar a nossa aula! Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Um forte abraço, Feliphe Araújo. Aula 10 – Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 1 - INTRODUÇÃO D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 3 de 95 www.exponencialconcursos.com.br A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é uma demonstração contábil que tem por finalidade expor as variações (ou mutações) ocorridas, durante um exercício, em todas as contas que compõem o patrimônio líquido de uma empresa. De acordo com o CPC 26 (R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis, a DMPL integra o conjunto completo de demonstrações contábeis a serem elaboradas ao final do período. Ainda, o CPC 26 (R1) foi aprovado pelo CFC, por meio da Resolução CFC nº 1.185/2009, e pela CVM, por meio da Deliberação CVM nº 676/2011. Assim, a CVM, com base no CPC 26 (R1), determina que as companhias abertas devem elaborar e publicar a DMPL. Porém, nos termos da Lei 6.404/76, a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), se elaborada e publicada pela companhia. Ou seja, a Lei das Sociedades por Ações faculta a elaboração e publicação da DMPL. A DLPA demonstra as variações ocorridas, durante um exercício, na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, que é classificada no patrimônio líquido. Conforme a Lei 6.404/76, a DLPA é obrigatória, seja apresentada de forma isolada, seja incluída na DMPL em uma de suas colunas. A DMPL é uma demonstração mais completa que a DLPA, porque demonstra as variações ocorridas, durante um exercício, em todas as contas que compõem o patrimônio líquido de uma empresa, inclusive a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Esquematizando: Norma Legal Demonstração obrigatória Lei das S/A DLPA* CVM - Cia. Aberta DMPL CPC 26 (R1) DMPL * DMPL facultativa (CESPE/Analista Contábil – STM/2011) A demonstração de lucros e prejuízos acumulados é complementar à demonstração de mutações do patrimônio líquido. ( ) Certo ou ( ) Errado. Resolução: 2 - Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 4 de 95 www.exponencialconcursos.com.br A demonstração de lucros e prejuízos acumulados é parte integrante da demonstração de mutações do patrimônio líquido, e não um complemento desta. Também não é correto afirmar que a DLPA pode ser substituída pela DMPL, pois a Lei da S/A determina que a DLPA poderá ser incluída na DMPL. Gabarito: errado. Continuando a nossa aula, antes de estudarmos a forma de apresentação da DMPL, vamos abordar a DLPA, uma vez que todas as variações da DLPA estarão presente na DMPL. A Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) apresenta tudo o que aconteceu com a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. A DLPA irá apresentar, de maneira sintética e ordenada, todos os débitos e créditos efetuados na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados. A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados é uma conta só, variando sua denominação de acordo com a natureza do saldo. Se o saldo da conta é devedor, ela é denominada Prejuízos Acumulados; se credor, Lucros Acumulados. Representação gráfica da conta no livro razão: Lucros ou Prejuízos Acumulados Prejuízo Lucro Saldo devedor Saldo credor A DLPA é uma demonstração obrigatória para todas as companhias, nos termos do artigo 176, II, da Lei nº 6.404/76. De acordo com a Lei nº 6.404/76, artigo 186, § 2º, a demonstração de lucros ou prejuízos acumulados deverá indicar o montante do dividendo por ação do capital social e poderá ser incluída na demonstração das mutações do patrimônio líquido, se elaborada e publicada pela companhia. Podemos separar o parágrafo mencionado em dois pontos. 1. A DLPA demonstra o dividendo por ação do capital social. Diferentemente, a DRE demonstra o lucro ou prejuízo por ação do capital. CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR. 2. A Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), se elaborada e publicada pela companhia. 2.1 – Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 610/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 5 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Esquematizando: A estrutura da DLPA é determinada no artigo 186 da Lei das S/A, transcrito abaixo: Art. 186. A demonstração de lucros ou prejuízos acumulados discriminará: I - o saldo do início do período, os ajustes de exercícios anteriores e a correção monetária do saldo inicial; II - as reversões de reservas e o lucro líquido do exercício; III - as transferências para reservas, os dividendos, a parcela dos lucros incorporada ao capital e o saldo ao fim do período. Assim, as informações extraídas da conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, referente às variações ocorridas no exercício, são organizadas de acordo com o mandamento legal acima. Segue a Estrutura da DLPA conforme previsto na Lei das S.A.: Saldo do início do período Valor (R$) + ou (-) Ajustes de exercícios anteriores + Reversões de reservas de lucros do período + ou (-) Lucro ou prejuízo líquido do exercício (-) transferências para reservas de lucros a) reserva legal b) reservas estatutárias c) reservas para contingências d) reservas de incentivos fiscais Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é uma demonstração obrigatória, nos termos do artigo 176, II, da Lei nº 6.404/76; demonstra o dividendo por ação do capital social; poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), se elaborada e publicada pela companhia; Não pode ser substituída pela DMPL, pois a Lei da S/A determina que a DLPA poderá ser incluída na DMPL. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 6 de 95 www.exponencialconcursos.com.br e) reservas de retenção de lucros f) reservas de lucros a realizar g) reserva especial de dividendo obrigatório não distribuído (-) dividendos propostos (a distribuir) (-) parcela dos lucros incorporadas ao capital (-) dividendos intermediários (ou antecipados) = saldo no fim do período (atualmente, nulo ou prejuízo) Pela própria estrutura da DLPA, nós podemos concluir o seguinte: a demonstração (ou, a DMPL em que estiver incluída) deve ser preparada após a conclusão da DRE, pois depende do lucro ou prejuízo líquido do exercício para a destinação dos lucros. Agora, iremos estudar cada um de seus itens com tranquilidade. 2.1.1. Saldo do início do período O saldo do início do exercício corresponde ao saldo existente na conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados do patrimônio líquido. É o primeiro item da DLPA. Cumpre observar que, para atender as exigências da Lei 11.638/07, nas sociedades por ações não pode haver lucros acumulados no balanço. Por isso, hoje em dia, o saldo inicial da DLPA é negativo, em decorrência da conta de Prejuízos Acumulados (saldo devedor), ou é nulo. Caso ocorra lucro remanescente no período, mesmo após as destinações, o lucro deve ser distribuído como dividendo complementar. 2.1.2. Ajustes de exercícios anteriores Os ajustes de exercícios anteriores se referem a receitas e despesas que, pelo princípio da competência, deveriam ter sido reconhecidas em exercícios anteriores, mas não o foram. Se não houve apropriação de algumas receitas e despesas, por consequência, ocorreu distorção do resultado apurado em algum exercício anterior. Sabendo disso, a lei autoriza que a entidade faça ajustes, diretamente na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, destas receitas e despesas de exercícios anteriores não apropriadas quando deveriam. Estas receitas e despesas não são lançadas na Demonstração do Resultado do Exercício pois, segundo a Lei das S.A., a DRE cuida, apenas, de apurar as receitas e despesas do exercício em questão, de acordo com o regime de competência. Segundo a Lei nº 6.404/76, artigo 186, § 1º, temos o seguinte: D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 7 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Portanto, ao adotar esse procedimento, o resultado do exercício não é afetado por receitas e despesas de exercícios anteriores que não tenham sido lançadas no período ao qual pertencem em virtude do critério contábil adotado ou de erro. O assunto sobre mudança de critério contábil e retificação de erros é tratado no CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro. Vamos estudar de forma bem sucinta este assunto. 2.1.2.1. Retificação de erro Os ajustes decorrentes de erros cometidos no registro de receitas e despesas de exercícios anteriores devem ser lançados diretamente na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. A retificação de erros pode ser realizada por meio do estorno, da transferência ou, ainda, da complementação. Por exemplo, digamos que a empresa Aprovados Ltda., no exercício de 20X0, tenha registrado uma venda à vista de R$ 10.000,00 incorretamente, lançando apenas R$ 3.000,00 como receita. Lançamento com erro em 20X0: D - Caixa C - Receita de Vendas ................... 3.000,00 O erro de R$ 7.000,00 a menos só foi percebido em 20X1. A receita lançada a menor no ano 20X0 não pode ser registrada no resultado do ano 20X1, pois contraria o princípio da competência. Assim, para retificar o lançamento “a menor” das receitas, a empresa deve, em 20X1, complementar o lançamento de R$ 3.000,00, reconhecendo outros R$ 7.000,00 como ajustes de exercício anteriores na conta Lucros ou Prejuízo Acumulados (alcançando o valor de R$ 10.000,00 da venda). Lançamento de complementação em 20X1 que corrige o anterior: D - Caixa C – Lucros ou Prejuízos Acumulados (ajustes de exercícios anteriores) 7.000,00 Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes: de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 8 de 95 www.exponencialconcursos.com.br O mesmo raciocínio é válido para o reconhecimento de despesas. Em vez de debitarmos uma conta de despesa específica, o débito deverá ser realizado diretamente à conta de Lucros e Prejuízos Acumulados. Quando contabilizamos uma receita ou despesa, o valor correspondente é utilizado na apuração do resultado do exercício, que, ao final do período, é transferido para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Logo, embora não transitem pelo resultado, os valores reconhecidos como ajustes de exercícios anteriores possuem destino igual ao das receitas e despesas: a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. 2.1.2.2. Mudança de critério contábil Ajustes decorrentes da mudança de critérios contábeis podem ser necessários, uma vez que poderá ocorrer o reconhecimento de receitasou despesas de exercícios anteriores com base nestes novos critérios. A adaptação de exercícios anteriores é necessária para preservar a uniformidade dos critérios contábeis utilizados nas demonstrações contábeis e, em última análise, a comparabilidade das demonstrações. Por exemplo, se uma entidade vem, ao longo dos exercícios, reconhecendo suas participações societárias pelo método do custo e, por qualquer motivo, passe a ter que avaliar estas mesmas participações pelo Método de Equivalência Patrimonial, ela deverá avaliar seus investimentos pelo MEP no exercício atual e anteriores. Isto implicaria em reavaliação dos investimentos, não apenas no exercício de implemento da mudança, como também em exercícios anteriores. Desta mudança, possivelmente resultariam receitas ou despesas de equivalência patrimonial que superariam as decorrentes do método do custo, devendo a diferença ser “ajustada” no exercício atual, diretamente a débito ou a crédito (dependendo se despesa ou receita) na conta de lucros ou prejuízos acumulados. 2.1.3. Reversões de reservas de lucros Quando da constituição de uma reserva de lucros, o lançamento é: D – Lucros ou Prejuízos Acumulados C – Reservas de Lucros A reversão pode ser realizada por meio da absorção dos prejuízos pelas reservas, ou quando a finalidade pela qual a reserva de lucros foi constituída deixar de existir, ou não for suficiente para consumir toda a reserva. Assim, a reversão consiste em devolução dos recursos das reservas para a conta de D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 9 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Lucros ou Prejuízos Acumulados. O lançamento para qualquer reversão é o seguinte: D - Reserva de Lucros C - Lucros ou Prejuízos Acumulados 2.1.4. Lucro ou prejuízo líquido do exercício Embora a Lei nº 6.404/76 faça menção apenas ao lucro líquido do exercício na estrutura da DRE, devemos considerar o “lucro líquido do exercício” como “resultado do exercício”, afinal, mesmo o prejuízo do exercício deve ser apresentado na DLPA. O lançamento para transferência do resultado do exercício (lucro ou prejuízo) para a conta de Lucros ou Prejuízos Acumulados é o seguinte: a. Lançamento da transferência do lucro do exercício: D - Apuração do Resultado do Exercício C - Lucros ou Prejuízos Acumulados b. Lançamento da transferência do prejuízo do exercício: D - Lucros ou Prejuízos Acumulados C - Apuração do Resultado do Exercício 2.1.5. Transferência para reservas de lucros A conta Lucros Acumulados sofre redução na constituição das reservas de lucros, conforme lançamento abaixo: D - Lucros ou Prejuízos Acumulados C - Reservas de Lucros As reservas de lucros são reconhecidas apenas nos exercícios em que há lucros. Assim, quando há prejuízos acumulados no balanço, os lucros devem ser compensados antes do reconhecimento das reservas de lucros. 2.1.6. Dividendos Propostos Dividendos representam a parcela do lucro líquido do exercício que é distribuída aos sócios e acionistas das entidades. É uma forma de remunerar o capital investido pelos acionistas. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 10 de 95 www.exponencialconcursos.com.br O reconhecimento dos dividendos propostos diminui o saldo da conta Lucros Acumulados, representando um fato modificativo diminutivo, conforme abaixo: D - Lucros ou Prejuízos Acumulados C - Dividendos Propostos a pagar 2.1.7. Parcela dos lucros incorporadas ao capital No caso de aprovação pela assembleia geral de acionistas, parte do lucro líquido do exercício pode ser destinada a aumento de capital: D - Lucros ou Prejuízos Acumulados C – Capital Social Observem que a DLPA informa a parcela do lucro que for incorporada ao capital social, porém, isso não significa que a DLPA apresente informações relativas ao “aumento do capital social” de forma genérica. Isto porque, se o aumento do capital social for decorrente de novo aporte de capital por parte dos sócios, esta informação constará da DMPL, mas não da DPLA. Esta última apresenta apenas a incorporação de lucros ao capital social. Vamos praticar! (CESPE/Auditor Governamental – CGE – PI/2015) De acordo com a Lei n.º 6.404/1976, julgue o próximo item, a respeito da elaboração e apresentação das principais demonstrações contábeis. Os ajustes de exercícios anteriores devem ser evidenciados na demonstração de lucros ou prejuízos acumulados quando motivados por mudança de critério contábil ou por retificação de erro atribuível a um exercício anterior, e não puderem ser atribuídos a fatos subsequentes. ( ) Certo ou ( ) Errado. Resolução: Segundo a Lei nº 6.404/76, artigo 186, § 1º, temos o seguinte: Gabarito: certo. Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes: de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 11 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Relembrando conceitos já vistos por meio de um esquema: Passamos agora a examinar as determinações do Pronunciamento CPC 26 sobre a DMPL. Este Pronunciamento apresenta as instruções e modelos mais recentes sobre tal demonstração. Nos termos do item 106 do CPC 26, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido inclui as seguintes informações: (a) o resultado abrangente do período, apresentando separadamente o montante total atribuível aos proprietários da entidade controladora e o montante correspondente à participação de não controladores; (b) para cada componente do patrimônio líquido, os efeitos da aplicação retrospectiva ou da reapresentação retrospectiva, reconhecidos de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro; (d) para cada componente do patrimônio líquido, a conciliação do saldo no início e no final do período, demonstrando-se separadamente (no mínimo) as mutações decorrentes: (i) do resultado líquido; (ii) de cada item dos outros resultados abrangentes; e (iii) de transações com os proprietários realizadas na condição de proprietário, demonstrando separadamente suas integralizações e as distribuições realizadas, bem como modificações nas participações em controladas que não implicaram perda do controle. O patrimônio líquido deve apresentar o capital social, as reservas de capital, os ajustes de avaliação patrimonial, as reservas de lucros, as ações ou quotas em tesouraria, os prejuízos acumulados, se legalmente admitidos os Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) A Lei nº 6.404/76 faculta a elaboração e publicação da DMPL; É obrigatória a elaboração e publicação da DMPL, nos termos do CPC 26; De acordo com disposição legal da CVM, a elaboração e publicação da DMPL é obrigatória, no caso das companhias abertas; Não substituia DLPA, pois a Lei da S/A determina que a DLPA poderá ser incluída na DMPL. 2.2 – Forma de Apresentação da DMPL D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 12 de 95 www.exponencialconcursos.com.br lucros acumulados e as demais contas exigidas pelos Pronunciamentos Técnicos emitidos pelo CPC. A entidade deve apresentar, na demonstração das mutações do patrimônio líquido ou nas notas explicativas, o montante de dividendos reconhecidos como distribuição aos proprietários durante o período e o respectivo montante dos dividendos por ação. De acordo com o CPC 26 (R1), é vedada a apresentação da Demonstração do Resultado Abrangente apenas (ou exclusivamente) na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido. Essa possibilidade de incluir a DRA na DMPL foi eliminada pela Revisão (R1). A DRA deve ser uma demonstração separada. Porém, ela também entra na DMPL, pois as contas do resultado abrangente ficam no PL. O CPC 26 fornece um modelo de apresentação da DMPL, que apresentamos de maneira resumida, do qual excluímos algumas colunas (relativas a consolidação) e algumas linhas (relativas a tributos), e com as devidas adaptações para a realidade de prova de concursos: Capital Social Integralizado Reservas de Capital Ações em Tesouraria Reservas de Lucros (1) Ajuste de Avaliação Patrimonial Lucros ou Prejuízo Acumulados Total do PL Saldo Inicial 100.000 30.000 - 70.000 300.000 125.000 0 485.000 Aumento de Capital 50.000 50.000 Ações em Tesouraria Vendidas 60.000 60.000 Lucro líquido do Período 150.000 150.000 Ajustes de Instrumentos Financeiros (2) - 60.000 - 60.000 Constituição de Reservas Reserva Legal 7.500 - 7.500 0 Reserva de Incentivos Fiscais 52.500 - 52.500 0 Dividendos Propostos - 90.000 - 90.000 Saldo Final do Período 150.000 30.000 - 10.000 360.000 65.000 0 595.000 (1) Soma dos saldos iniciais das reservas de lucros. (2) Valor incluído nos outros resultados abrangentes. A elaboração da DMPL começa com os saldos iniciais. Depois, incluímos os aumentos de capital (com reservas e com integralização de capital), as operações com ações em tesouraria, o lucro do exercício (que vai para a conta Lucros Acumulados), os ajustes na avaliação de instrumentos financeiros e, por último, a destinação para reservas de lucros e dividendos propostos. O saldo inicial, acrescido ou reduzido às movimentações (entradas e saídas), deve bater com o saldo final do PL. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 13 de 95 www.exponencialconcursos.com.br O exemplo acima é sucinto e não contém, apenas por simplicidade, muitas das demais informações obrigatórias na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, como dividendo por classe e espécie de ação, informações comparativas, etc. É hora de praticar! (FCC/Contabilidade – TRT 3ª Região/2015) Considere os dados, a seguir, extraídos da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido da empresa Tudo Certo S.A referente ao exercício financeiro de X1 (valores em milhares de reais): Descrição R$ (mil) AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL Com Reservas de Lucros .............................................. 20.000,00 Com integralização em dinheiro..................................... 37.000,00 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL (credora) .............. 4.000,00 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ................................... 40.000,00 DISTRIBUIÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO: Transferências para reservas Reserva Legal ........................................................... 2.000,00 Reserva Estatutária ................................................... 14.000,00 Reserva para Contingências ........................................ 5.000,00 Dividendos distribuídos .............................................. 19.000,00 Com base nestas informações, o aumento no saldo do Patrimônio Líquido em X1 foi, em milhares de reais, a) 62.000,00 b) 54.000,00 c) 41.000,00 d) 82.000,00 e) 81.000,00 Resolução: Para encontrar o aumento no saldo do PL, precisamos identificar quais das operações acima alteraram o PL. 1. AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL com Reservas de Lucros: este fato contábil não altera o PL, porque ocorre permuta entre contas do PL. Lançamento: D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 14 de 95 www.exponencialconcursos.com.br D – Reservas de Lucros (diminui o PL) C – Capital Social (aumenta o PL) .......20.000,00 2. AUMENTO DE CAPITAL SOCIAL com integralização em dinheiro: este fato contábil aumenta o PL pelo valor integralizado. Lançamento: D – Caixa (aumenta o ativo) C – Capital Social (aumenta o PL) .......37.000,00 3. AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL (credora): O ajuste de avaliação patrimonial credor também aumenta o PL. Por exemplo, caso tenhamos uma ação disponível para venda futura que tenha variação positiva para a empresa, o lançamento é o seguinte: D – Ações disponíveis para venda futura (aumenta o ativo) C – Ajuste de avaliação patrimonial (aumenta o PL) ..........4.000,00 4. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO: aumenta o PL, conforme lançamento: D – Resultado do Exercício (encerra a conta de resultado) C – Lucros Acumulados (aumenta o PL) .......40.000,00 5. Reserva Legal: todas as constituições de reservas de lucros são fatos permutativos, por isso, não precisamos retirar uma a uma, pois, ao mesmo tempo, diminuem e aumentam o PL. Por exemplo, o lançamento para a reserva legal é: D – Lucros acumulados (diminui o PL) C – Reserva legal (aumenta o PL) ...................2.000,00 As duas contas são do PL. Portanto, não há alteração no valor total do PL. Esse procedimento é válido para todas as constituições de reservas de lucros, inclusive a Reserva Estatutária e a Reserva para Contingências. 6. Dividendos distribuídos: os dividendos propostos diminuem o PL, por conta do seguinte lançamento contábil: D – Lucros acumulados (diminui o PL) C – Dividendos a pagar (aumenta o passivo) .......19.000,00 D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 15 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Concluindo, o aumento no saldo do PL foi de: 37.000 + 4.000 + 40.000 – 19.000 = 62.000,00. Gabarito: Letra A. Método para resolução no dia da prova: Para encontrar o aumento do valor do PL basta analisar os fatos que provocam variações quantitativas. Logo, devemos descartar fatos permutativos entre elementos do PL, tais como aumento do capital social com reservas de lucros e distribuição do lucro para reservas. Assim, a variação ocorrida no Patrimônio Líquido da entidadeserá de: Aumento do Capital Social em dinheiro..........37.000,00 + Ajuste de Avaliação Patrimonial (credor) ......4.000,00 + Lucro Líquido do Exercício.........................40.000,00 (–) Dividendos distribuídos.........................(19.000,00) = Variação do Patrimônio Líquido..................62.000,00 Gabarito: Letra A. A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) representa um dos elementos componentes do Balanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período. A DVA é preparada com base no Regime de Competência, que norteia a preparação do Balanço Patrimonial e da DRE. Os dados para elaboração da DVA são, em sua grande maioria, obtidos principalmente a partir da Demonstração do Resultado do Exercício. Todavia, a distribuição da riqueza na DVA é parecida à destinação do resultado, evidenciada na DLPA. A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores que representam dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período. Existem, todavia, diferenças temporais entre os modelos contábil e econômico no cálculo do valor adicionado. A ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, enquanto a contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, isto é, baseia-se no regime contábil de competência. Como os momentos de realização da produção e das vendas são normalmente diferentes, os valores calculados para o PIB por meio dos 3 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA) D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 16 de 95 www.exponencialconcursos.com.br conceitos oriundos da Economia e os da Contabilidade são naturalmente diferentes em cada período. Essas diferenças serão tanto menores quanto menores forem as diferenças entre os estoques inicial e final para o período considerado. Em outras palavras, admitindo-se a inexistência de estoques inicial e final, os valores encontrados com a utilização de conceitos econômicos e contábeis convergirão. A Demonstração do Valor Adicionado é uma demonstração obrigatória para as companhias abertas, conforme determina a Lei nº 6.404/76. As companhias fechadas estão dispensadas da elaboração da DVA. Nos termos dos Pronunciamentos Técnicos, a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) é uma demonstração integrante do conjunto completo de demonstrações a serem apresentadas pelas companhias de capital aberto. Professor, o que vem a ser valor adicionado? Essa resposta é dada pelo CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, que transcrevo literalmente: A Lei 6.404/76 não estabelece um modelo exato de demonstração do valor adicionado a ser seguida, apenas explica que: Art. 188. As demonstrações referidas nos incisos IV e V do caput do art. 176 desta Lei indicarão, no mínimo: (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) (...) II – demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. (Redação dada pela Lei nº 11.638, de 2007) Todos esses conceitos acima servem para que entendamos o que vem a ser a demonstração do valor adicionado. Contudo, para concursos, é muito importante conhecer a sua estrutura, que iremos ver no tópico seguinte. É hora de treinar!!!! (FCC/Analista – Metrô – SP/2012) O objetivo da elaboração da Demonstração do Valor Adicionado é evidenciar Valor Adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 17 de 95 www.exponencialconcursos.com.br a) a variação do capital circulante líquido da entidade de um exercício em relação ao antecedente. b) as receitas auferidas e as despesas incorridas pela entidade no exercício em curso que provocaram alterações em seus recursos financeiros. c) as mutações ocorridas no patrimônio líquido da entidade no exercício em curso, inclusive a aquisição ou alienação de ações mantidas em tesouraria pelas companhias. d) a riqueza criada pela entidade no ano em curso e sua distribuição aos agentes econômicos que contribuíram para produzi-la. e) as mutações ocorridas nos ativos e passivos da entidade no exercício em curso. Resolução: A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) representa um dos elementos componentes do Balanço Social e tem por finalidade (ou objetivo) evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período. Em outras palavras, o objetivo da elaboração da DVA é evidenciar a riqueza criada pela entidade no ano em curso e sua distribuição aos agentes econômicos que contribuíram para produzi-la. Gabarito: Letra D. A Lei nº 6.404/76 não trouxe um modelo de Demonstração do Valor Adicionado a ser seguido. Entretanto, o CPC 09 sugere modelos de DVA aplicáveis a diversas atividades. Segundo o CPC 09, a distribuição da riqueza criada deve ser detalhada, minimamente, da seguinte forma: (a) pessoal e encargos; (b) impostos, taxas e contribuições; (c) juros e aluguéis; (d) juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos; (e) lucros retidos/prejuízos do exercício. Segue o modelo básico, aplicável as empresas em geral, proposto pelo CPC 09: Modelo I - Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL 3.1 – Modelo de Demonstração do Valor Adicionado D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 18 de 95 www.exponencialconcursos.com.br DESCRIÇÃO Em milhares de reais 20X1 Em milhares de reais 20X0 1 – RECEITAS 1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2) Outras receitas 1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição) 2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS) 2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 2.4) Outras (especificar) 3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras 6.3) Outras 7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8 - DISTRIBUIÇÃODO VALOR ADICIONADO (*) 8.1) Pessoal 8.1.1 – Remuneração direta 8.1.2 – Benefícios 8.1.3 – F.G.T.S 8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.2.1 – Federais 8.2.2 – Estaduais 8.2.3 – Municipais 8.3) Remuneração de capitais de terceiros 8.3.1 – Juros 8.3.2 – Aluguéis 8.3.3 – Outras D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 19 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 8.4) Remuneração de Capitais Próprios 8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio 8.4.2 – Dividendos 8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício 8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação) (*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. A DVA, em sua primeira parte, deve apresentar de forma detalhada a riqueza criada pela entidade. Os principais componentes da riqueza criada estão apresentados a seguir nos seguintes itens: 1. Receitas 1.1. Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas. 1.2. Outras receitas - representam os valores que sejam oriundos, principalmente, de baixas por alienação de ativos não-circulantes, tais como resultados na venda de imobilizado, de investimentos, e outras transações incluídas na demonstração do resultado do exercício que não configuram reconhecimento de transferência à entidade de riqueza criada por outras entidades. Da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas. 1.3. Receitas relativas à construção de ativos próprios – a construção de ativos dentro da própria empresa para seu próprio uso é procedimento comum. Nessa construção diversos fatores de produção são utilizados, inclusive a contratação de recursos externos (por exemplo, materiais e mão-de-obra terceirizada) e a utilização de fatores internos como mão-de-obra, com os consequentes custos que essa contratação e utilização provocam. Para elaboração da DVA, essa construção equivale a produção vendida para a própria empresa, e por isso seu valor contábil integral precisa ser considerado como receita. A mão-de-obra própria alocada é considerada como distribuição dessa riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse mesmo tratamento. Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como insumos. 1.4. Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão - inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão. 2. Insumos adquiridos de terceiros D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 20 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 2.1. Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio. 2.2. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros - inclui valores relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros. ATENÇÃO: Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia etc. consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na demonstração do resultado. 2.3. Perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos, conforme aplicação do CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos (se no período o valor líquido for positivo, deve ser somado). 3. Valor Adicionado Bruto Corresponde à diferença entre os itens 1 e 2 da DVA. 4. Depreciação, amortização e exaustão Inclui a despesa ou o custo de depreciação, amortização ou exaustão contabilizados no período. 5. Valor adicionado líquido produzido pela entidade Corresponde à diferença entre os itens 3 e 4 da DVA. 6. Valor adicionado recebido em transferência - representa a riqueza que não tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, como por exemplo receitas financeiras, de equivalência patrimonial, dividendos, aluguel, royalties, etc. Precisa ficar destacado, inclusive para evitar dupla-contagem em certas agregações. 6.1. Resultado de equivalência patrimonial - o resultado da equivalência pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado como redução ou valor negativo. 6.2. Receitas financeiras - inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de sua origem. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 21 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 6.3. Outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia, etc. 7. Valor Adicionado Total a Distribuir Este campo totaliza a riqueza gerada pela entidade, somada à riqueza gerada por terceiros que foram recebidas em transferência. Corresponde ao somatório entre os itens 5 e 6 da DVA. 8. Distribuição do Valor Adicionado O item 8 corresponde à soma dos subitens 8.1 a 8.4 e esta soma deve ser exatamente igual ao valor apresentado no item 7 – Valor Adicionado Total a Distribuir. A segunda parte da DVA deve apresentar de forma detalhada como a riqueza obtida pela entidade foi distribuída. Os principais componentes dessa distribuição estão apresentados a seguir: 8.1. Pessoal – valores apropriados ao custo e ao resultado do exercício na forma de: Remuneração direta - representada pelos valores relativos a salários, 13º salário, honorários da administração (inclusive os pagamentos baseados em ações), férias, comissões, horas extras, participação de empregados nos resultados, etc. Benefícios - representados pelos valores relativos a assistência médica, alimentação, transporte, planos de aposentadoria etc. FGTS – representado pelos valores depositados em conta vinculada dos empregados. 8.2. Impostos, taxas e contribuições - valores relativos ao imposto de renda, contribuição social sobre o lucro, contribuições ao INSS (incluídos aqui os valores do Seguro de Acidentes do Trabalho) que sejam ônus do empregador, bem como os demais impostos e contribuições a que a empresa esteja sujeita. Para os impostos compensáveis, tais como ICMS, IPI, PIS e COFINS, devem ser considerados apenas os valores devidos ou já recolhidos, e representam a diferençaentre os impostos e contribuições incidentes sobre as receitas e os respectivos valores incidentes sobre os itens considerados como “insumos adquiridos de terceiros”. Federais – inclui os tributos devidos à União, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Estados, Municípios, Autarquias etc., tais como: IRPJ, CSSL, IPI, CIDE, PIS, COFINS. Inclui também a contribuição sindical patronal. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 22 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Estaduais – inclui os tributos devidos aos Estados, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte aos Municípios, Autarquias etc., tais como o ICMS e o IPVA. Municipais – inclui os tributos devidos aos Municípios, inclusive aqueles que são repassados no todo ou em parte às Autarquias, ou quaisquer outras entidades, tais como o ISS e o IPTU. 8.3. Remuneração de capitais de terceiros - valores pagos ou creditados aos financiadores externos de capital. Juros - inclui as despesas financeiras, inclusive as variações cambiais passivas, relativas a quaisquer tipos de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras, empresas do grupo ou outras formas de obtenção de recursos. Inclui os valores que tenham sido capitalizados no período. Aluguéis - inclui os aluguéis (inclusive as despesas com arrendamento operacional) pagos ou creditados a terceiros, inclusive os acrescidos aos ativos. Outras - inclui outras remunerações que configurem transferência de riqueza a terceiros, mesmo que originadas em capital intelectual, tais como royalties, franquia, direitos autorais, etc. 8.4. Remuneração de capitais próprios - valores relativos à remuneração atribuída aos sócios e acionistas. Juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos - inclui os valores pagos ou creditados aos sócios e acionistas por conta do resultado do período, ressalvando-se os valores dos JCP transferidos para conta de reserva de lucros. Devem ser incluídos apenas os valores distribuídos com base no resultado do próprio exercício, desconsiderando-se os dividendos distribuídos com base em lucros acumulados de exercícios anteriores, uma vez que já foram tratados como “lucros retidos” no exercício em que foram gerados. Lucros retidos e prejuízos do exercício - inclui os valores relativos ao lucro do exercício destinados às reservas, inclusive os JCP quando tiverem esse tratamento; nos casos de prejuízo, esse valor deve ser incluído com sinal negativo. As quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de Juros sobre o Capital Próprio – JCP, independentemente de serem registradas como passivo (JCP a pagar) ou como reserva de lucros, devem ter o mesmo tratamento dado aos dividendos no que diz respeito ao exercício a que devem ser imputados. (ESAF/AFC - STN/2013) Os gastos com serviços de terceiros e materiais utilizados para construção de ativos para a própria empresa devem ser apropriados na Demonstração do Valor Adicionado como: D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 23 de 95 www.exponencialconcursos.com.br a) outras receitas. b) perda de valores internos. c) riqueza transferida. d) insumos adquiridos de terceiros. e) remuneração do capital de terceiros. Resolução: Pessoal, muito cuidado com a pegadinha. O enunciado nos questiona sobre a classificação dos gastos com serviços de terceiros em relação à construção de ativos próprios. Observem que a construção dos ativos próprios deve ser reconhecida como receita na DVA, porém, os gastos associados a construção destas ativos devem ser normalmente apresentados no item referente aos insumos adquiridos de terceiros. Gabarito: Letra D. (FCC/JATTE – SEFAZ – PE/2015) A Cia. Valor & Riqueza, empresa comercial, apresentou as seguintes informações referentes ao ano de 2014, com os valores expressos em reais: Receita Bruta de Vendas ................................................ 700.000,00 (-) Impostos sobre vendas............................................. (120.000,00) (=) Receita Líquida ....................................................... 580.000,00 (-) Custo das Mercadorias Vendidas ................................ (340.000,00) (=) Lucro Bruto............................................................. 240.000,00 (-) Despesas operacionais Despesa de depreciação............................................. (30.000,00) Despesa com salários ............................................ (20.000,00) (=) Lucro antes do IR e CSLL ........................................ 190.000,00 (-) IR e CSLL............................................................. ( 42.000,00) (=) Lucro Líquido......................................................... 148.000,00 O valor dos tributos recuperáveis que estavam incluídos no valor da compra dos produtos comercializados no ano de 2014 foi de R$ 35.000,00. Considerando estas informações, o valor adicionado a distribuir gerado pela Cia. Valor & Riqueza no ano de 2014 foi, em reais, a) 700.000,00. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 24 de 95 www.exponencialconcursos.com.br b) 240.000.00. c) 325.000,00. d) 330.000,00. e) 295.000,00. Resolução: Para responder, basta seguirmos a estrutura da DVA. Iremos colocar apenas os itens que possuem valor. 1 - Receitas............................................................................. 700.000,00 1.1) Venda de mercadorias, produtos e serviços............................700.000,00 2 - Insumos Adquiridos de Terceiros ........................................(375.000,00) 2.1) Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos (375.000,00) 3 – Valor Adicionado Bruto (1 – 2) ........................................... 325.000,00 4 – Depreciação, Amortização e Exaustão.................................. (30.000,00) 5 - Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade (3 – 4) ........295.000,00 6 - Valor Adicionado Recebido em Transferência ...................................0,00 7 - Valor Adicionado a Distribuir .............................................. 295.000,00 * Explicação do item 2.1) nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, devem ser incluídos o montante dos tributos pagos no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na demonstração do resultado. Assim, o valor dos custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos é igual a R$ 375.000,00, referente a soma entre o Custo das Mercadorias Vendidas (340.000,00) e os tributos recuperáveis que estavam incluídos no valor da compra dos produtos comercializados no ano de 2014 (35.000,00). Lembrem-se que o valor dos impostos recuperáveis não vai para estoque, por isso, na DVA, os impostos recuperáveis são colocados de volta. Se a questão tivesse dado o valor pago pelas mercadorias, você não precisaria fazer isso.Gabarito: Letra E. Pronto, terminaríamos a questão. Porém, vou explicar como seria a distribuição do valor adicionado: 8 - Distribuição do Valor Adicionado ...........................................295.000,00 8.1) Pessoal 8.1.1 – Remuneração direta (Salários) .........................................20.000,00 8.2) Impostos, Taxas e Contribuições D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 25 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 8.2.1 – Federais (IR e CSLL) .......................................................42.000,00 8.2.2 – Estaduais (ICMS) * ..........................................................85.000,00 8.4) – Remuneração de Capitais Próprios 8.4.3 - Lucros Retidos ...............................................................148.000,00 * O ICMS que foi pago aos cofres públicos estaduais corresponde à diferença entre o ICMS sobre Vendas e o ICMS a Recuperar. Quando calculamos o valor pago em impostos na distribuição do valor adicionado, temos que considerar apenas os impostos líquidos, pois é o que vai ser efetivamente pago. ICMS a Recolher = ICMS sobre Vendas – ICMS a Recuperar ICMS a Recolher = 120.000 – 35.000 = R$ 85.000,00 Gabarito: Letra E. Pessoal, existem algumas situações que precisamos conhecer por se tratarem de casos especiais que recebem um tratamento diferenciado na DVA. Seguem dois exemplos: Ajustes de exercícios anteriores Os ajustes de exercícios anteriores, decorrentes de efeitos provocados por erro imputável a exercício anterior ou da mudança de critérios contábeis que vinham sendo utilizados pela entidade, devem ser adaptados na demonstração de valor adicionado relativa ao período mais antigo apresentado para fins de comparação, bem como os demais valores comparativos apresentados, como se a nova prática contábil estivesse sempre em uso ou o erro fosse corrigido. Distribuição de lucros relativos a exercícios anteriores A Demonstração do Valor Adicionado está estruturada para ser elaborada a partir da Demonstração do Resultado do período. Assim, há uma estreita vinculação entre essas duas demonstrações e essa vinculação deve servir para sustentação da consistência entre elas. Mas ela tem também uma interface com a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados na parte em que movimentações nesta conta dizem respeito à distribuição do resultado do exercício apurado na demonstração própria. A entidade é livre, dentro dos limites legais, para distribuir seus lucros acumulados, sejam eles oriundos do próprio exercício ou de exercícios anteriores. Porém, os dividendos que compõem a riqueza distribuída pela 3.2 – Casos especiais – alguns exemplos D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 26 de 95 www.exponencialconcursos.com.br entidade devem restringir-se exclusivamente à parcela relativa aos resultados do próprio período. Dividendos distribuídos relativos a lucros de períodos anteriores não são considerados, pois já figuraram como lucros retidos naqueles respectivos períodos. Portanto, como a DVA trata da riqueza gerada pela companhia no exercício, lucros de exercícios anteriores distribuídos no exercício de preparação da DVA não são apresentados na demonstração. Por hoje é isso. Apresento um resumo com os principais pontos vistos na nossa aula para futuras revisões. Bons estudos!!! D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 27 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Norma Legal Demonstração obrigatória Lei das S/A DLPA* CVM - Cia. Aberta DMPL CPC 26 (R1) DMPL * DMPL facultativa Segundo a Lei nº 6.404/76, artigo 186, § 1º, temos o seguinte: Estrutura da DLPA conforme previsto na Lei das S.A.: Saldo do início do período Valor (R$) + ou (-) Ajustes de exercícios anteriores + Reversões de reservas de lucros do período + ou (-) Lucro ou prejuízo líquido do exercício (-) transferências para reservas de lucros a) reserva legal b) reservas estatutárias c) reservas para contingências d) reservas de incentivos fiscais Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA) é uma demonstração obrigatória, nos termos do artigo 176, II, da Lei nº 6.404/76; demonstra o dividendo por ação do capital social; poderá ser incluída na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL), se elaborada e publicada pela companhia; Não pode ser substituída pela DMPL, pois a Lei da S/A determina que a DLPA poderá ser incluída na DMPL. Como ajustes de exercícios anteriores serão considerados apenas os decorrentes: de efeitos da mudança de critério contábil, ou da retificação de erro imputável a determinado exercício anterior, e que não possam ser atribuídos a fatos subsequentes. 4 – Resumo da Aula D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 28 de 95 www.exponencialconcursos.com.br e) reservas de retenção de lucros f) reservas de lucros a realizar g) reserva especial de dividendo obrigatório não distribuído (-) dividendos propostos (a distribuir) (-) parcela dos lucros incorporadas ao capital (-) dividendos intermediários (ou antecipados) = saldo no fim do período (atualmente, nulo ou prejuízo) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) é uma demonstração contábil que tem por finalidade expor as variações (ou mutações) ocorridas, durante um exercício, em todas as contas que compõem o patrimônio líquido de uma empresa, inclusive as modificações das quais seus sócios participem em qualidade diferente da de proprietários. Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados demonstra o dividendo por ação do capital social Demonstração do Resultado do Exercício demonstra o lucro ou prejuízo por ação do capital Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) A Lei nº 6.404/76 faculta a elaboração e publicação da DMPL; É obrigatória a elaboração e publicação da DMPL, nos termos do CPC 26; De acordo com disposição legal da CVM, a elaboração e publicação da DMPL é obrigatória, no caso das companhias abertas; Não substitui a DLPA, pois a Lei da S/A determina que a DLPA poderá ser incluída na DMPL. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 29 de 95 www.exponencialconcursos.com.br Modelo de Demonstração das Mutaçõesdo Patrimônio Líquido Capital Social Integralizado Reservas de Capital Ações em Tesouraria Reservas de Lucros (1) Ajuste de Avaliação Patrimonial Lucros ou Prejuízo Acumulados Total do PL Saldo Inicial Aumento de Capital Ações em Tesouraria Vendidas Lucro líquido do Período Ajustes de Instrumentos Financeiros (2) Constituição de Reservas Reserva Legal Reserva de Incentivos Fiscais Dividendos Propostos Saldo Final do Período (1) Soma dos saldos iniciais das reservas de lucros. (2) Valor incluído nos outros resultados abrangentes. Demonstração do Valor Adicionado Lei nº 6.404/76, art. 178, II: Demonstração do valor adicionado – o valor da riqueza gerada pela companhia, a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. A Demonstração do Valor Adicionado é uma demonstração obrigatória para as companhias abertas, conforme determina a Lei nº 6.404/76. CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado Afirmações do CPC 09 sobre a DVA: 1. Representa um dos elementos componentes do Balanço Social e tem por finalidade evidenciar a riqueza criada pela entidade e sua distribuição, durante determinado período. Valor Adicionado representa a riqueza criada pela empresa, de forma geral medida pela diferença entre o valor das vendas e os insumos adquiridos de terceiros. Inclui também o valor adicionado recebido em transferência, ou seja, produzido por terceiros e transferido à entidade. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 30 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 2. Seu detalhamento mínimo é composto por: pessoal e encargos; impostos, taxas e contribuições; juros e aluguéis; juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos; lucros retidos/prejuízos do exercício. 3. A DVA está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores que representam dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB). Existem, todavia, diferenças temporais entre os modelos contábil e econômico no cálculo do valor adicionado. A ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, enquanto a contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, isto é, baseia-se no regime contábil de competência. Como os momentos de realização da produção e das vendas são normalmente diferentes, os valores calculados para o PIB por meio dos conceitos oriundos da Economia e os da Contabilidade são naturalmente diferentes em cada período. Essas diferenças serão tanto menores quanto menores forem as diferenças entre os estoques inicial e final para o período considerado. Em outras palavras, admitindo-se a inexistência de estoques inicial e final, os valores encontrados com a utilização de conceitos econômicos e contábeis convergirão. Distribuição de lucros relativos a exercícios anteriores 4. A Demonstração do Valor Adicionado está estruturada para ser elaborada a partir da Demonstração do Resultado do período. Assim, há uma estreita vinculação entre essas duas demonstrações e essa vinculação deve servir para sustentação da consistência entre elas. Mas ela tem também uma interface com a Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados na parte em que movimentações nesta conta dizem respeito à distribuição do resultado do exercício apurado na demonstração própria. 5. A entidade é livre, dentro dos limites legais, para distribuir seus lucros acumulados, sejam eles oriundos do próprio exercício ou de exercícios anteriores. Porém, pela vinculação referida no item anterior, os dividendos que compõem a riqueza distribuída pela entidade devem restringir-se exclusivamente à parcela relativa aos resultados do próprio período. Dividendos distribuídos relativos a lucros de períodos anteriores não são considerados, pois já figuraram como lucros retidos naqueles respectivos períodos. Modelo I - Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL DESCRIÇÃO Em milhares de reais 20X1 Em milhares de reais 20X0 1 – RECEITAS D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 31 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2) Outras receitas 1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição) 2 - INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS) 2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 2.4) Outras (especificar) 3 - VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4 - DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 5 - VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 6 - VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras 6.3) Outras 7 - VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8 - DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*) 8.1) Pessoal 8.1.1 – Remuneração direta 8.1.2 – Benefícios 8.1.3 – F.G.T.S 8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.2.1 – Federais 8.2.2 – Estaduais 8.2.3 – Municipais 8.3) Remuneração de capitais de terceiros 8.3.1 – Juros 8.3.2 – Aluguéis 8.3.3 – Outras 8.4) Remuneração de Capitais Próprios 8.4.1 – Juros sobre o Capital Próprio 8.4.2 – Dividendos 8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 32 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação) (*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. Explicação resumida de alguns itens da DVA: 1. Receitas 1.1. Venda de mercadorias, produtos e serviços - inclui os valores dos tributos incidentes sobre essas receitas (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), ou seja, corresponde ao ingresso bruto ou faturamento bruto, mesmo quando na demonstração do resultado tais tributos estejam fora do cômputo dessas receitas. 1.2. Outras receitas - representam os valores que sejam oriundos, principalmente, de baixas por alienação de ativos não-circulantes, tais como resultados na venda de imobilizado, de investimentos, e outras transações incluídas na demonstração do resultado do exercício que não configuram reconhecimento de transferência à entidade de riqueza criada por outras entidades. Da mesma forma que o item anterior, inclui os tributos incidentes sobre essas receitas. 1.3. Receitas relativas à construção de ativos próprios – nessa construção diversos fatores de produção são utilizados, inclusive a contratação de recursos externos(por exemplo, materiais e mão-de-obra terceirizada) e a utilização de fatores internos como mão-de-obra, com os consequentes custos que essa contratação e utilização provocam. Para elaboração da DVA, essa construção equivale a produção vendida para a própria empresa, e por isso seu valor contábil integral precisa ser considerado como receita. A mão-de-obra própria alocada é considerada como distribuição dessa riqueza criada, e eventuais juros ativados e tributos também recebem esse mesmo tratamento. Os gastos com serviços de terceiros e materiais são apropriados como insumos. 1.4. Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Constituição/Reversão - inclui os valores relativos à constituição e reversão dessa provisão. 2. Insumos adquiridos de terceiros 2.1. Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos - inclui os valores das matérias-primas adquiridas junto a terceiros e contidas no custo do produto vendido, das mercadorias e dos serviços vendidos adquiridos de terceiros; não inclui gastos com pessoal próprio. 2.2. Materiais, energia, serviços de terceiros e outros - inclui valores relativos às despesas originadas da utilização desses bens, utilidades e serviços adquiridos junto a terceiros. D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 33 de 95 www.exponencialconcursos.com.br ATENÇÃO: Nos valores dos custos dos produtos e mercadorias vendidos, materiais, serviços, energia etc. consumidos, devem ser considerados os tributos incluídos no momento das compras (por exemplo, ICMS, IPI, PIS e COFINS), recuperáveis ou não. Esse procedimento é diferente das práticas utilizadas na demonstração do resultado. 2.3. Perda e recuperação de valores ativos - inclui valores relativos a ajustes por avaliação a valor de mercado de estoques, imobilizados, investimentos, etc. Também devem ser incluídos os valores reconhecidos no resultado do período, tanto na constituição quanto na reversão de provisão para perdas por desvalorização de ativos. 4. Depreciação, amortização e exaustão Inclui a despesa ou o custo de depreciação, amortização ou exaustão contabilizados no período. 6. Valor adicionado recebido em transferência - representa a riqueza que não tenha sido criada pela própria entidade, e sim por terceiros, e que a ela é transferida, como por exemplo: 6.1. Resultado de equivalência patrimonial - o resultado da equivalência pode representar receita ou despesa; se despesa, deve ser considerado como redução ou valor negativo. 6.2. Receitas financeiras - inclui todas as receitas financeiras, inclusive as variações cambiais ativas, independentemente de sua origem. 6.3. Outras receitas - inclui os dividendos relativos a investimentos avaliados ao custo, aluguéis, direitos de franquia, etc. Ficamos por aqui!!! Vamos agora treinar o seu aprendizado por meio de exercícios de concursos anteriores. Em seguida temos dois mapas mentais, que resumimos em duas páginas os assuntos desta aula, e as questões comentadas. Se você preferir responder antes de olhar os comentários, vá direto para a lista de exercícios e depois retorne para verificar os comentários das questões. Qualquer dúvida e/ou esclarecimentos, estarei à disposição no Fórum. Não deixe de nos procurar, tirando suas dúvidas, e nos ajudando a aprimorar o nosso curso. Conte comigo e Firmeza nos Estudo (FÉ)! Feliphe Araújo D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 34 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 5 – Mapas Mentais da Aula D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 35 de 95 www.exponencialconcursos.com.br D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 36 de 95 www.exponencialconcursos.com.br 01. (FCC/Analista Judiciário – Contabilidade – TRT 23ª Região/2016) Em relação a elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, (A) a emissão de ações da empresa reflete sempre de forma diminutiva no Patrimônio Líquido. (B) o pagamento de dividendos não provisionado reflete de forma aumentativa no Patrimônio Líquido. (C) os ajustes de exercícios anteriores sempre refletem de forma aumentativa no Patrimônio Líquido. (D) a capitalização de reservas não reflete no saldo final do Patrimônio Líquido. (E) a absorção de prejuízos acumulados por reservas de lucros afeta de forma diminutiva no total do Patrimônio Líquido. Resolução: Vamos analisar cada alternativa: a) incorreta. A emissão de ações pela entidade reflete sempre de forma aumentativa no Patrimônio Líquido, conforme lançamento abaixo: D – Caixa ( Ativo) C – Capital Social ( PL) b) incorreta. O pagamento de dividendos não provisionados reflete de forma diminutiva no Patrimônio Líquido, conforme lançamento abaixo: D – Lucros Acumulados ( PL) C – Caixa ( Caixa) Como o dividendo foi pago sem provisionamento, não houve reconhecimento de dividendos a pagar no passivo. c) incorreta. Os ajustes de exercícios anteriores podem refletir tanto de forma aumentativa quanto diminutiva no Patrimônio Líquido, dependendo se está reconhecendo receita ou despesa de exercícios anteriores. d) correta. Exatamente. A capitalização de reservas não reflete no saldo final do Patrimônio Líquido, pois ocorre apenas permuta entre elementos do PL, conforme exemplo de lançamento abaixo: D – Reserva de Lucros ( PL) C – Capital Social ( PL) 6 – Questões comentadas D ire ito s au to ra is r es er va do s (L ei 9 61 0/ 98 ). P ro ib id a a re pr od uç ão , v en da o u co m pa rt ilh am en to d es te a rq ui vo . U so in di vi du al . Curso: Contabilidade Geral e Avançada Teoria e Questões comentadas Prof. Feliphe Araújo - Aula 10 Prof. Feliphe Araújo 37 de 95 www.exponencialconcursos.com.br e) incorreta. A absorção de prejuízos acumulados por reservas de lucros não afeta o total do Patrimônio Líquido, conforme lançamento abaixo: D – Reserva de Lucros ( PL) C – Prejuízos Acumulados ( PL) Gabarito: Letra D. 02. (FCC/Contador – ARSETE – Prefeitura de Teresina/2016) Durante o ano de 2015, a Cia. Rosa Branca realizou as seguintes operações: − Apurou lucro líquido no valor de R$ 300.000,00. − Destinação do Lucro do Período: constituiu Reserva Legal de R$ 15.000,00, Reserva de Incentivos Fiscais de R$ 30.000,00 e Reserva para Expansão de R$ 165.000,00 e distribuiu dividendos obrigatórios no valor de R$ 90.000,00. − Aumentou o Capital Social no valor total de R$ 50.000,00, sendo R$ 20.000,00 com reservas de lucro e R$ 30.000,00 em dinheiro. − Vendeu por R$ 80.000,00 ações em tesouraria que haviam sido adquiridas