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Análise psicológica do filme “Cobaias” (Miss Ever´s Boys), à luz da Bioética. Em uma rápida introdução o filme se passa em uma cidade do Estados Unidos, em uma cidade que possuía 80% da população negra, população está de pouca instrução. Em 1932, a sífilis tinha se tornado uma epidemia entre brancos e negros. O governo preocupado com a rapidez que a doença se espalhava por todo o país, decidiu criar programas de tratamento no único hospital que era 100% voltado para os negros, inicialmente o tratamento objetivava a cura, porém com a crise o tratamento perdeu o apoio financeiro. Devido isso, vemos uma das maiores atrocidades cometidas por médicos com a justificativa que se almejavam um bem maior. Um grupo de médicos da início um estudo que fingia está estudando e buscando o tratamento para sífilis em um grupo de 412 homens negros, com a intensão de verificar as diferencias ou se são biologicamente iguais a brancos. Durante anos esses homens foram submetidos a placebos, vitaminas e outros engodos, para que a pesquisa continuasse e um bem maior fosse alcançado, enquanto esses homens esperavam por uma melhora e uma cura que nunca viria. Diante desse filme e de fatos extremamente chocantes, somos indagados a reflexão sobre o juramento que esses profissionais fazem, e sobre como a ética em pesquisas com humanos deve ser o fator primordial. Ao estudarmos a bioética na cadeira de saúde pública e comunitária, vimos a fundo vários de seus conceitos e sua importância quando se propõe o trabalho com humanos. Como estudado na definição de André Comte-Sponville, “Bioética nada mais é do que os deveres do ser humano para com o outro ser humano e de todos para com a humanidade”, deveres esse que durante toda a história relatada no filme não vemos. O filme do começo ao fim mostra a falta de ética, respeito, e até mesmo compaixão para com os homens do estudo. Todos os conceitos da bioética são ignorados nesse estudo como, a falta da autonomia, já que as pessoas foram privadas de liberdade quando não sabia do real motivo do estudo, e que não estavam sendo tratados com o medicamento, a falta de respeito a essas pessoas para saberem que tinham sífilis e não “sangue-ruim”, a não maleficência que deveria os proteger do mal, mas foi o contrário os expulsaram a falta do tratamento e os agravos da doença, e beneficência que seria o bem maior para com o paciente, mas, foi depositada em uma causa que eles vinham como maior a 412 vidas.
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