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EXERCÍCIOS 2 ETAPA - POSTAR NO PASSEI

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Parte 2 – Pessoas Jurídicas
1-Conceitue Fundações.
 Fundação pode ser entendida como um conjunto de bens dotado de personalidade jurídica própria.
2-Quais são os atos constitutivos aptos de uma fundação?
São dois os atos constitutivos possíveis para uma fundação, a escritura pública ou o testamento.
3-Conceitue: escritura pública.
Escritura pública é um instrumento formal redigido em cartório que tem como finalidade a transferência dos bens para a fundação, ou seja, corporifica a doação dos bens para a fundação.
4-Uma fundação pode ser constituída com finalidade lucrativa? Justifique.
Não, pois as fundações possuem um rol taxativo pré-estabelecido no art. 62 p.u no qual estabelece as únicas finalidades pelas quais uma fundação pode ser constituída e a obtenção de lucro não é uma delas. 
5-É correto dizer que a fundação se rege por um contrato social? Justifique.
Não. Dizer que a fundação é regida por contrato social é uma falácia uma vez que ela é regida por um estatuto. Apenas as Sociedades (que fazem parte das corporações), possuem contrato social pois possuem a finalidade lucrativa diferentemente das fundações. 
6-Qual é o papel do Ministério Público em relação às fundações?
O Ministério Público possui um papel fundamental na fiscalização das fundações de forma intensa e contínua. 
7-O que acontece com o patrimônio de uma fundação caso seja extinta?
Uma vez extinta, o patrimônio da fundação será incorporado a outra fundação que possua fim igual ou semelhante da que foi extinta, salvo situações nas quais o estatuto preveja o contrário. 
8-O que são Organizações Religiosas?
Organizações religiosas são entidades criadas para a institucionalização de religiões (manifestações espirituais humanas).
9-É correto dizer que as Organizações Religiosas sofrem uma intensa regulamentação do Poder Público?
Tal afirmativa está incorreta uma vez que o artigo 44 do código civil disserta exatamente o oposto apontando que é vedado ao poder público negar o reconhecimento ou o registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento. 
10-Conceitue Partidos Políticos.
Partidos políticos são entidades com fim político que buscam ocupar o Estado ou ao menos fazer oposição.
11-Qual a razão do Código Civil para classificar os Partidos Políticos como pessoas jurídicas de direito privado?
Os partidos políticos possuem a prerrogativa da liberdade de organização interna logo o código civil os classificou como pessoas jurídicas de direito privado justamente para que o Estado não pudesse interferir nessas organizações e elas pudessem ser o mais livres possíveis. 
12-Explique o que é uma Eireli e o porquê essa figura foi criada na ordem jurídica brasileira.
Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada) é uma “sociedade” constituída por apenas uma pessoa. Essa forma de constituição empresarial foi admitida através do artigo 980-A do código civil e teve como objetivo principal eliminar os “sócios fantasmas”, pois antes disso, era preciso ao menos duas pessoas para a criação de uma empresa. Dessa forma, quando um indivíduo queria criar uma empresa própria utilizava dessa brecha jurídica para conseguir efetivar a criação colocando 99% da empresa em seu nome e 1% em nome de um “laranja”. A criação da Eireli visou findar esse tipo de situação permitindo que uma única pessoa constituísse empresa, desde que atendesse os requisitos necessários. 
13-Conceitue: desconsideração da personalidade jurídica.
Desconsideração da personalidade jurídica é o fenômeno pelo qual a personalidade jurídica da empresa é desconsiderada e os patrimônios pessoais dos sócios/administradores podem ser atingidos pelas dívidas da empresa. 
14-Para quê serve a desconsideração da personalidade jurídica?
Serve para pagar as dívidas da empresa quando esta não conseguir, por si só, arcar com seus débitos. No Brasil é admitido que as dívidas sejam de algumas naturezas, seja por motivo relevante (fraude, desvio de finalidade), por dívidas trabalhistas, por lesão à direitos do consumidor ou por dano ambiental. 
15-Diferencie a «teoria maior» da «teoria menor» da desconsideração da personalidade jurídica.
A Teoria Maior é aquela que gera maior grau de proteção à pessoa física e diz que sempre que houver motivo relevante (fraude ou desvio de finalidade) o patrimônio do sócio pode ser comprometido pelas dívidas da empresa. Já a Teoria Menor visa uma menor proteção da pessoa física pois garante que sempre que o patrimônio da pessoa jurídica não for suficiente para o pagamento de suas dívidas, o patrimônio dos sócios poderá ser atingido e foi adotada no Brasil apenas em 3 casos específicos. Tratamento de dívidas trabalhistas, lesão à direitos do consumidor e danos ambientais. 
16-Diferencie «desvio de finalidade» e «confusão patrimonial».
Desvio de finalidade é a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos lícitos de qualquer natureza. Já a confusão patrimonial é a ausência de separação de fato entre os patrimônios, caracterizada por: (art.50)
I-cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador ou vice versa.
II-transferência de ativos ou passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificantes; e
III-outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial.
17-Cite e explique os casos em que a teoria menor da desconsideração é aplicada.
A teoria menor é aplicada no Brasil em apenas 3 casos desde que seja provada a insolvência da pessoa jurídica. Nos débitos decorrentes de dívidas trabalhistas, de lesão à direitos do consumidor e de danos ambientais. Havendo motivo plausível, a lesão aos direitos do consumidor deve ser reparada independentemente de haver dolo ou culpa por parte do agente causador do dano, conforme disposto no § 5° do artigo 28, do Código de Defesa do Consumidor. Tal redação é praticamente replicada no artigo 4° da Lei n° 9.605/98 (Lei de crimes ambientais) reconhecendo, dessa forma, a desconsideração sempre que esta for obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. Por fim, a teoria menor é adotada no Direito do Trabalho também, entretanto muitas doutrinas divergem sobre a origem da fundamentação desta aplicação. Fato é que se utiliza a desconsideração pois é visada a proteção à parte mais fraca das legislação, no caso, o empregado, por isso usando uma aproximação ideológica e principiológica com o ramo do Direito do Consumidor, a jurisprudência brasileira têm adotado a teoria menor da desconsideração nos casos do Direito do Trabalho.
18-Explique o que é desconsideração inversa da personalidade jurídica.
A desconsideração inversa da personalidade jurídica é o fenômeno no qual as dívidas dos sócios podem atingir o patrimônio das pessoas jurídicas que os mesmos são titulares, desde que não ultrapasse a cota parte pertencente àquele sócio.
19-Quais são as modalidades de extinção da pessoa jurídica? Explique cada um.
A dissolução de uma pessoa jurídica se dá por 5 formas:
1-Convencional – os sócios deliberam a sua extinção.
2-Administrativa – existem irregularidades e o poder público declara extinta a PJ.
3-Judicial – ocorre com a declaração de insolvência/decretação de falência.
4-Impossibilidade Administrativa – ocorre quando se torna impossível a gestão da empresa.
5-Fim do prazo/ Esgotamento do objeto – algumas pessoas jurídicas são construídas com prazo pré-definido para acabar. 
20-Uma pessoa jurídica pode sofrer dano moral? fundamente sua resposta.
Sim, uma vez que objetos, lugares e seres inanimados passam a ser reconhecidas como pessoas jurídicas, dotados de personalidade própria, eles possuem a proteção do direito à personalidade, no que couber, conforme disposto pelo artigo 52 do código civil. Dessa forma, se uma pessoa posta um vídeo na internet falando mal de uma empresa e utiliza o nome da empresa ou uma foto do lugar, os donos podem recorrer ao judiciário e pedir que essa pessoa seja processada pois a empresa foi vítima de agressões morais, logo possui direito a dano moral. Incabívelseria, por exemplo, o direito à vida no caso de uma sociedade simples, entretanto dano moral é possível e muito presente no cenário jurídico brasileiro. 
Domicílio
(artigos 70 a 78 do código civil)
1-Conceitue domicílio.
Domicílio é onde a pessoa exerce a sua residência (moradia/atos da vida civil) com ânimus definitivo. 
2-Diferencie domicílio de residência.
Residência refere-se a qualquer local onde sejam praticados os atos da vida civil, ao passo que domicílio diz respeito ao lugar onde a residência é exercida com caráter permanente/definitivo. 
3-Explique o que é domicílio voluntário.
O domicílio voluntário é aquele que decorre do ato da vontade, ou seja, do fato do indivíduo estabelecer sua residência com caráter definitivo em determinado lugar por vontade própria. (art. 70, CC)
4-Explique o que é domicílio profissional.
O domicílio profissional refere-se ao lugar no qual a pessoa exerce relações concernentes à profissão, ou seja, o lugar onde esta é exercida. (art. 72, CC)
5-Se uma pessoa não tem domicílio fixo, qual lugar o direito considera como sendo seu domicílio?
O direito considera que, se uma pessoa não possui um domicílio fixo, o seu domicílio será estabelecido no lugar onde ela for encontrada. (art. 73, CC)
6-Onde é o domicílio das pessoas jurídicas?
O domicílio das pessoas jurídicas está referenciado no artigo 75 do código civil e diz:
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
7-Quais são as pessoas físicas com domicílio necessário? Diga onde é o domicílio de cada uma delas.
As pessoas físicas com domicílio necessário são os incapazes (domiciliado junto com o seu representante ou assistente); o servidor público (domiciliado no lugar onde exercer permanentemente suas funções); o militar (domiciliado no lugar onde servir e, se for da Marinha ou Aeronáutica, será domiciliado na sede do comando em que se encontrar imediatamente subordinado); o marítimo (domiciliado onde o navio estiver matriculado) e o preso (domiciliado no lugar onde estiver cumprindo sua sentença). (art. 76, CC)
8-Onde é o domicílio do agente diplomático?
Quando o agente diplomático não alegar o seu domicílio, este poderá ser considerado o Distrito Federal ou o último ponto do território brasileiro onde ele esteve domiciliado. (art. 77, CC).
9-Explique: Domicílio por eleição.
Quando houver contratos firmados, as partes fodem eleger o domicílio onde se exercerá e cumprirá os deveres e obrigações deles resultantes. (art. 78, CC).
Bens
1-Conceitue bem, e diferencie bem de coisa.
Existem duas correntes que fazem a diferenciação entre coisa e bem. A adotada no Direito atualmente é a que considera coisa como tudo o que está no mundo, exceto as pessoas, ou seja, um conceito amplo, ao passo que é chamado de bem aquilo que possui valor economicamente apreciável ou possui relevância para o direito. 
2-Explique o que são coisas comuns.
Coisas comuns são aquelas que pertencem a todos e não são economicamente apreciáveis. 
3-Diferencie res nullis de res derelicta.
Res nullis pode ser entendido como “coisa de ninguém”, ou seja, algo que não possui dono e, portanto, pode ser apropriado, tornando-se um bem, como por exemplo animais selvagens. Já res derelicta refere-se à “coisa abandonada” e se foi deixado, pode ser apropriado por outro, como por exemplo, o lixo. 
4-É correto dizer que a res perdita é uma coisa?
Sim, porém no conceito amplo de coisa como “gênero”. Res perdita diz respeito às coisas perdidas e, por não terem sido abandonadas, ainda são da propriedade de outra pessoa e, portanto, são consideradas um bem, “espécie”. Inclusive, no ordenamento jurídico brasileiro, apropriar-se de coisa achada é crime. 
5-Diferencie “bens jurídicos” de “bens civis”.
Bens civis são todos os tipos de bens que possuem valor economicamente apreciável, como um carro, uma casa, um computador. Já bem jurídico é aquele que tem relevância para o direito e não pode ser comercializado, como a integridade, a vida, a dignidade. 
6-Diferencie bens corpóreos de bens incorpóreos.
Bens corpóreos são aqueles que possuem existência física/material ao passo que os bens incorpóreos possuem existência abstrata/ideal, como por exemplo, o direito autoral. 
7-Conceitue: Tradição e Transcrição.
Tradição (entrega) é a forma como são adquiridos os bens móveis e transcrição (registro público) é a forma como são adquiridos os bens imóveis. 
8-É correto dizer que os bens móveis são adquiridos por transcrição? Justifique.
Não. Os bens móveis não necessitam de transcrição, ou seja, de registro público para serem adquiridos, bastando apenas a entrega de fato do bem. Portanto a afirmativa está incorreta. 
9-É correto dizer que os bens imóveis são adquiridos por tradição? Justifique.
Não. Os bens imóveis necessitam de registro público (transcrição) para serem de fato adquiridos, logo, a frase está errada. 
10-Quais são os bens móveis por natureza? Explique.
Bens móveis por natureza são aqueles capazes de movimento próprio ou de serem removidos sem alteração de sua substância. Podem ser semoventes, ou seja, terem movimento próprio como os animais por exemplo ou serem móveis propriamente ditos e nesse caso irão necessitar de remoção por força alheia.
11-Existem alguns bens que a lei determina que sejam tratados como móveis. Quais são eles? 
Esses bens são chamados de bens móveis para efeitos legais. Trata-se da energia, dos direitos reais sobre os bens móveis (recais sobre um bem) e os direitos pessoais e suas ações (recaem sobre as pessoas). 
12-O que são bens móveis por antecipação?
Bens móveis por antecipação são aqueles que existirão no futuro. Por exemplo, uma safra de café. É possível firmar contrato de venda antes mesmo da colheita.
13-Quais são os bens imóveis por natureza?
Caracteriza-se como bem imóvel por natureza o solo.
14-Explique o que é acessão, e diferencie acessão natural de artificial.
Acessão é acréscimo, ou seja, tudo aquilo que é adicionado. Pode ser natural ou artificial. A acessão natural ocorre quando algo é incorporado ao solo sem esforço humano, como por exemplo, o nascimento de uma árvore. A acessão artificial, por sua vez, ocorre quando algo é incorporado ao solo com intervenção humana, ocorre por exemplo com a construção de um prédio. 
15-Explique o que é avulsão, aluvião, álveo abandonado.
Aluvião é o aumento insensível que o rio anexa às terras, tão vagarosamente que seria impossível, em dado momento, apreciar a quantidade acrescida. (art. 1250, CC). 
Ocorre avulsão quando a força súbita da corrente arranca uma parte considerável de algo, arrojando-se sobre outro. Não somente pela força da água, mas também por qualquer força natural violenta. (art. 1251, CC; art. 19, Código de Águas). 
O artigo 9° do Código de Águas dispõe que é a superfície que às águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto. Sendo assim, o álveo abandonado, o leito de um rio pode mudar de direção em função da corrente. (art. 1252, CC). 
16-Quais são os imóveis por determinação da lei?
São os direitos reais que recaem sobre os bens imóveis (hipoteca) e o direito à sucessão aberta. 
17-Diferencie bens fungíveis de bens infungíveis.
Bens fungíveis são aqueles que podem ser substituídos por outro de mesma espécie, qualidade e quantidade, como por exemplo, o dinheiro. Já bens infungíveis, são aqueles que não possuem essa prerrogativa da substituição como um animal de estimação, por exemplo. 
18-Cite um exemplo de bem infungível por vontade das partes e explique-o.
As partes podem acordar e um bem fungível irá se tornar infungível. Por exemplo, uma mesa de madeira é alugada por um casal para ser usada na decoração de sua festa de casamento e ao encerrar o contrato de locação, aquela mesma mesa deveráser devolvida, não podendo ser substituída por outra, tornando-se infungível. 
19-Explique a diferença entre bens consumíveis e inconsumíveis.
Bens inconsumíveis são aqueles que não se destinam ao consumo (material ou alienação) e sua utilização é duradoura e permanente. Os bens consumíveis são aqueles que se destinam ao consumo. 
20-Explique a diferença entre bens materialmente consumíveis e juridicamente consumíveis.
Bens materialmente consumíveis são aqueles cuja utilização implica na sua perda de substância imediata. Já os bens juridicamente consumíveis são aqueles que estão à venda (alienação); estes últimos submetem-se ao regime jurídico do direito do consumidor. 
21-Diferencie bens divisíveis e indivisíveis.
Bens divisíveis, conforme disposto no artigo 87 do código civil são aqueles que se podem fracionar sem alteração na sua substância, diminuição considerável de valor ou prejuízo do uso a que se destinam. Os bens indivisíveis não possuem essa prerrogativa. 
22-Diferencie bens indivisíveis a) por natureza, b) por determinação legal, c) por vontade das partes.
a)Bens indivisíveis por natureza são aqueles naturalmente indivisíveis. Ex.: Semoventes vivos (animais), carros. 
b)Bens indivisíveis por determinação legal são aqueles em que a lei determina que não podem ser divididos. Ex.: Tamanho mínimo de lotes. 
c)Bens indivisíveis por vontade das partes são aqueles convencionados pelas partes para receberem tratamento como se individuais fossem. Ex.: Uma padaria que só vende o bolo inteiro. 
23-Diferencie: bens singulares e bens coletivos.
Bens singulares são aqueles que, embora reunidos, são tratados independente dos demais, em si mesmos. Já os bens coletivos são aqueles conjuntos de bens reunidos e tratados como um só. 
24-Diferencie: Universalidade de Direito e Universalidade de Fato.
Universalidade de direito refere-se ao conjunto de direitos, por exemplo, a sucessão. A universalidade de fato diz respeito ao conjunto de bens materiais como uma biblioteca. 
25-Diferencie: bens principais e bens acessórios.
Bem principal é aquele que existe sobre si, abstrata ou concretamente. Acessório é aquele cuja existência supõe a do principal. (art. 92, CC).
26-Conceitue pertença e cite dois exemplos.
Pertenças são os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro conforme redação dada pelo artigo 93 do CC. Como exemplos, pode-se citar um trator que faz parte de uma fazenda e um quadro na parede de uma casa. Tanto o trator quando o quadro são pertenças dos bens principais – fazenda e casa, respectivamente. 
27-Diferencie Frutos e Produtos.
Frutos nascem e renascem periodicamente da coisa, sem desfalcar a sua substância, são renováveis. Exemplo: juros, safra. 
Produtos são retirados ao mesmo tempo em que se diminui quantitativamente a coisa, são não renováveis. Exemplo: ouro de uma mina. 
28-Explique a diferença entre frutos: 
a) Naturais = São gerados do bem principal sem necessidade da intervenção humana direta. Exemplo: laranja, manga. 
b) Industriais = São decorrentes da atividade industrial humana. Exemplo: bens manufaturados.
c) Civis = São utilidades que a coisa frugífera periodicamente produz, viabilizando a percepção de uma renda. Exemplo: juros. 
d) Pendentes = São aqueles em que o fruto ainda está ligado à coisa principal. 
e) Percebidos = São os colhidos, no momento do desligamento. 
f) Estantes = São colhidos e armazenados. 
g) Percipiendos = São pendentes já que deveriam ter sido percebidos, como o fruto que apodrece no pé. 
h) Consumidos = São os colhidos e consumidos. 
29-Conceitue benfeitorias e diferencie as benfeitorias: úteis, voluptuárias e necessárias.
Benfeitorias são os gastos feitos pelo humano para conservação, melhoria ou embelezamento de um imóvel. Benfeitorias úteis são aquelas que aumentam ou facilitam o uso do bem, por exemplo, a construção de uma vaga de garagem na casa. Benfeitorias voluptuárias são aquelas de mero recreio e que não aumentam no uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável, por exemplo, a construção de uma piscina. Benfeitorias necessárias são as que tem por finalidade conservar o bem ou evitar que ele se deteriore, por exemplo, conserto de infiltração nas paredes. Vale ressaltar que em uma ação civil as benfeitorias úteis e as necessárias devem ser restituídas. 
30-Explique o que é um “melhoramento”.
Melhoramento refere-se aos acréscimos feitos no imóvel sem que haja a vontade do proprietário. Por exemplo, um rio que aos poucos vai aumentando a propriedade de um fazendeiro rural, é considerado melhoria. Numa ação civil, este acréscimo não terá que ser restituído por nenhuma das partes uma vez que não houve intervenção humana para sua realização, ao contrário disso, se deu devido a fatores naturais. 
31-Diferencie bens privados de bens públicos.
Bens privados são aqueles que pertencem às pessoas naturais ou às pessoas jurídicas de direito privado. Bens públicos são aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de direito público. 
32-Diferencie bens públicos de:
a) uso especial = São aqueles que possuem uma destinação específica. Exemplo: prédio da prefeitura, televisão de uma creche pública. 
b) uso comum do povo = São aqueles que todas as pessoas podem usufruir. Exemplo: praça, praia, rio.
33-Explique o que são bens públicos dominicais.
Bens dominicais são aqueles de propriedade pública que não possuem destinação alguma de interesse coletivo. Exemplo: terreno baldio. 
34-Em regra, bens públicos podem ser vendidos? Há exceção?
Em regra, os bens públicos são inalienáveis, ou seja, não podem ser vendidos, conforme disposto no artigo 100 do CC. A exceção se dá para os bens públicos dominicais os quais poderão ser alienados (vendidos) necessitando para isso, passar pelo procedimento de desafetação, conforme exigência do artigo 101 do código civil. 
35-É correto dizer que todo bem público de uso comum deve ter seu uso gratuito?
Não. O artigo 103 do código civil considera que o bem público de uso comum do povo pode ter sua utilização gratuita ou retribuída, conforma for estabelecido pela entidade que administra o local. É o caso, por exemplo, de uma praça pública em que a prefeitura decide cobrar uma taxa para utilização/visitação a fim de manter o local e as instalações.

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