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Moldagem anatômica/preliminar: Após realizar o exame clínico no paciente, o profissional deverá realizar a moldagem anatômica que pode ser feita com: hidrocolóide irreversível (alginato), godiva em placa e o silicone de condensação e silicone de adição, no caso clínico analisado, o paciente possui rebordo flácido na região ântero-superior, então o material indicado é o alginato. O profissional deve selecionar a moldeira perfurada e ver qual tamanho será melhor para ser utilizado, seguidamente, deve ser manipulado o alginato, adicionando na moldeira e introduzi-la na boca do paciente. A moldagem superior deve ser realizada primeiro do que a inferior. Na moldagem superior: → O paciente deve estar sentado e o cirurgião-dentista deve estar atrás da cadeira odontológica. → Ao abrir a boca, a moldeira é introduzida de um lado e o dedo indicador do profissional afastará a comissura labial do lado oposto. → A moldeira deve ser centralizada e comprimida, além de tracionar a musculatura para representar o funcionamento da musculatura do fundo de vestíbulo. → Depois da remoção da moldeira, é fundamental efetivar a desinfecção e vazar o gesso. Na moldagem inferior: → O paciente permanece sentado, mas o cirurgião dentista fica na frente do paciente. → A moldeira deve ser tracionada também, realizando movimentos da língua. → Os procedimentos se repetem como foi feito na moldagem superior, para então obter o modelo anatômico. Confecção das moldeiras individuais Técnica de confecção: A moldeira individual é feita com resina acrílica que são confeccionadas especialmente para o paciente, utilizando o modelo preliminar. • Para realizar a moldagem superior o cirurgião dentista deve demarcar a área chapeável do modelo anatômico utilizando lápis cópia. • Utilizar a cera 7 para realizar o alívio nas regiões retentivas, rugosas e pregas palatinas. • Aplicar isolante para a resina acrílica por todo o modelo, inclusive nas placas de vidro, além disso, utilizar duas ceras 7 para colocar nas extremidades das placas de vidro. • Realizar a manipulação da resina acrílica, armazená-la em um pote de vidro com tampa até que alcançar a fase plástica entre as placas e depois ser adaptada no modelo. • Os excessos de resina devem ser recortados com lecron, seguindo sempre as delimitações da área chapeável. • O cabo da moldeira superior deverá ser confeccionado em um ângulo de aproximadamente de 45º para que esse não interfira com o lábio nem com a arcada inferior durante o manuseio da moldeira. • Remover a moldeira (movimento alavanca), realizar o desgaste até os limites da área delimitada, além de regularizar as bordas da moldeira. • Para realizar a moldagem inferior, é indispensável a realização do alívio nas regiões retentivas do modelo, região de forame mentoniano, fossa retroalveolar e papila retromolar, com a cera 7. • Aplicar o isolante para resina acrílica no modelo e nas placas de vidro, depois duas fitas de cera 7 devem ser colocadas nas laterais da placa. • Realizar a manipulação da resina e deixá-la reservada em um pote dappen até atingir a fase plástica. • Acertar a resina acerca do modelo e recortar os excessos usando o lecron. • O cabo inferior é igual ao superior, com ângulo de 45°. • Remover a moldeira (movimento alavanca), realizar o desgaste até os limites da área delimitada, além de regularizar as bordas da moldeira. Moldagem funcional: Antes de executar a manobra de moldagem, é necessário realizar toda e qualquer correção da moldeira individual como o alívio de 1 a 2 mm aquém dos limites da área chapeável tanto da maxila quanto da mandíbula. Técnica da moldagem funcional: • Posição do paciente e do operador: As posições, tanto do paciente quanto do operador, na moldagem da maxila e da mandíbula, são as mesmas da moldagem anatômica. • Realizar retenções na borda da moldeira individual com o disco de carburundum e mandril, aplicar o adesivo em toda a moldeira na borda e na parte interna e realizar a moldagem do selado periférico seguindo as regiões e as técnicas. • A técnica de moldagem funcional é dividida em duas fases distintas que se complementam: moldagem do selamento periférico e moldagem funcional. Moldagem superior: 1° etapa - Como o paciente possui rebordo flácido, o material indicado é o silicone de condensação denso. Deve ser realizado na 1° região - fundo de fórnix labial, bucal, freio labial e freios laterais de um lado e na 2° região - fundo de fórnix labial, bucal, e freio laterais de outro lado, uma moldagem dinâmica da musculatura do paciente, tracionando a musculatura paraprotética dos lábios e borracha durante a moldagem. Na 3° região - na região entre o palato duro e mole, pedindo para o paciente fechar e abrir um pouco a boca para movimentação da região do palato mole. Moldagem inferior: 1° etapa: realizar os mesmos procedimentos da moldagem superior. Deve ser realizado na 1° região - fundo de fórnix labial, bucal, freio labial e freios laterais de um lado e na 2° região - fundo de fórnix labial, bucal, e freio laterais de outro lado, uma moldagem dinâmica tracionando a musculatura paraprotética do lábio e da bochecha, já na 3° região - região do assoalho da boca em sua posição mais alta (selamento periférico lingual), pedir ao paciente que movimente a língua colocando-a continuamente, para fora em toda a sua extensão, para fora e para a direita, para fora e para a esquerda, e finalmente a ponta da língua tocando o palato em sua porção mais posterior e término posterior atrás da papila piriforme. Posteriormente, recortar os excessos do material de moldagem que tenham escoado para zona secundária de suporte, ou seja, parte interna da moldeira, utilizando o lecron. Moldagem propriamente dita - 2° etapa. Nesse caso clínico, o material indicado é o silicone de condensação fluído ou leve, então o cirurgião dentista deve reaplicar o adesivo novamente no interior da moldeira, efetivar a manipulação do material, aplicando na área interna da moldeira e no vedamento periférico, depois levar até a boca do paciente, onde após a introdução e centralização, procede-se ao aprofundamento da moldeira, executando uma suave pressão. Na maxila e mandíbula, é feita uma moldagem dinâmica, realizando toda a manipulação da musculatura do paciente, tracionando a musculatura paraprotética dos lábios e bochecha durante a moldagem. Na mandíbula, é necessário tracionar na região do assoalho da boca em sua posição mais alta, pedindo ao paciente que movimente a língua. Depois da completa reação de presa do material, realiza-se a remoção da moldeira da boca do paciente, em um único movimento, tracionando a moldeira de trás para frente, deslocando primeiro a região o selado posterior. Realizar o teste de retenção e estabilidade, posicionando mais uma vez a moldeira na boca do paciente, e finalmente efetuar a desinfecção do molde com Hipoclorito de Sódio a 1% e o vazamento do molde com gesso pedra. Quando o gesso tomar presa, realizar a desmoldagem. Confecção das bases de prova e planos de cera Primeiramente, é indispensável a realização a delimitação da área chapeável nos modelos superior e inferior. Base de prova - técnica de confecção - modelo superior: → Realizar os alívios nas áreas retentivas com cera 7 na face vestibular da região de canino e das tuberosidades alveolares. Aplicar o isolante para resina acrílica (Cel-lac) no modelo e na placa de vidro, colocar uma tira de cera 7 em cada extremidade e realizar o preparo da manipulação da resina acrílica aguardando ela atingir a fase plástica. Apertar a resina em formato arredondado entre as placas de vidro e adaptá-la sobre o modelo de gesso. Em seguida, remover os excessos com o auxílio do Lecron e esperar a polimerização da resina, depois remover a base de prova do modelo para realização dos acabamentos finais. Base de prova - técnica de confecção - modeloinferior: → Também deve ser realizado os alívios nas áreas retentivas utilizando cera 7 na face vestibular e lingual na região de canino a canino e na lingual na região da fossa alveolar. Os procedimentos vão ser os mesmos do modelo superior, porém na hora de prensar a resina tem que ser no formato de ferradura. Técnica de confecção: Plano de cera Superior e inferior O plano de cera é confeccionado com lâminas de cera 7 dobradas em formato de bastão e acomodadas sobre a base de prova na crista do rebordo. Então, uma faixa de cera é aquecida e dobrada em forma de sanfona, o profissional deve continuar aquecendo e dobrando até formar um rolete de cera. Em seguida, é necessário dobrar o rolete de cera ao meio para elevar a sua altura e prepará-lo para que fique na forma do arco dental. Depois de ajustar na base de prova é preciso “colar” bem com cera fundida. Orientação dos planos de cera: O cirurgião dentista deve colocar a base de prova e o plano de cera na boca do paciente, posicionando bem. Se tiver retenção deve ser utilizado os adesivos e os fixadores para ajudar na retenção da base de prova e do plano de cera. As referências que devem ser usadas pelo cirurgião dentista é a linha bi-pupilar e o plano de camper. Depois com a base de prova e o plano de cera posicionados na boca do paciente, o profissional deve realizar algumas orientações: Região anterior-superior: • Observar a condição do suporte labial para ver se a base de prova está devolvendo esse suporte labial, caso não tiver, é necessário que tire ou acrescente um pouco de cera. • Obter um ângulo de 45° entre a superfície do lábio superior e base do nariz. • Observar a altura que depende na maioria das vezes da idade do paciente. • Entre o plano de cera e a linha bi-pupilar deve existir um paralelismo. Região posterior-superior: • Na altura, deve ser observado se há um paralelismo entre o plano de cera o plano de camper. • Deve haver um espaço entre o contorno vestibular e o espaço do corredor bucal bilateralmente. Registro intermaxilares: Realizado a orientação do plano de cera, realiza-se o registro do arco facial com a base de prova e o plano de cera posicionados na boca do paciente. Em seguida, transportar o modelo superior e inferior para o articulador. Para montagem do modelo inferior no articulador é necessário o registro das relações intermaxilares, que acontece para que haja um relacionamento da mandíbula em relação à maxila. DVO (dimensão vertical de oclusão): é a distância harmônica da face entre maxila e mandíbula, quando os dentes estão em oclusão central; é a relação intermaxilar no sentido vertical. Somente pacientes dentados possuem DVO, portanto, para determinar a DVO de pacientes desdentados utiliza a DVR (dimensão vertical de repouso). DVR; posição fisiológica que independe dos dentes, relação intermaxilar no sentido horizontal. Tanto dentados como desdentados possuem DVR. EFL (espaço funcional livre): é quando a musculatura está relaxada, espaço entre um dente e seu antagonista. Utilizar um dos métodos para confirmar a DVO: → Paciente deve estar calmo e com a musculatura relaxada, sentado na cadeira formando um ângulo de 90° → Deve marcar dois pontos no paciente, um na ponta do nariz e outro no queixo. → Com a mandíbula do paciente em repouso, o profissional deve medir (compasso de Willis) a distância entre os dois pontos (essa distância será a DVR) → Remover 3mm da medida encontrada para obter a DVO → Diminuir 3mm do compasso para chegar na DVO → Coloca-se na boca do paciente a base de prova superior e inferior e pedir ao paciente para fechar lentamente a boca em relação cêntrica e, medir a DVO. → Se a DVO estiver aumentada, deve remover SEMPRE a cera do inferior, e se tiver diminuída deve acrescentar cera. Utilizar o método das proporções faciais para confirmação da DVO: → Confirmar se a distância do externo do olho até a comissura labial é igual à distância da base do nariz à base do mento. O profissional pode realizar alguns testes para confirmar a dimensão vertical de oclusão. Ocorrendo a perda total dos dentes naturais, desaparece a oclusão central e a posição da mandíbula é guiada pelo equilíbrio da musculatura, então para ser reconstruída no paciente desdentado usamos a relação central. Além disso, o paciente perde a máxima intercuspidação habitual (MIH). A relação central: posição mais anterior e posterior (que não é forçada), dos côndilos na cavidade articular. Para realizar registro dessa relação é necessário fazer uma associação dos métodos existentes. ● Paciente deve estar calmo e com a musculatura relaxada. ● Com o paciente sentado e com a cabeça levemente inclinada para trás, o cirurgião dentista deve manipular a mandíbula com o polegar e indicador da mão direita, realizando movimentos rápidos de abertura e fechamento, e com a mão esquerda ele deve segurar a base de prova superior. ● Método de registro fisiológico pela deglutição: a mandíbula durante a deglutição sai da posição de repouso e vai pra DVO. Ao forçar a saliva para trás pela ação da língua, a mandíbula vai para posição de relação central. ● Método de registro fisiológico pelo levantamento da língua: O profissional pede para o paciente erguer a ponta da língua no sentido póstero-superior, junto do fechamento da boca. É indispensável a realização de toda essa sequência de registros para que o profissional tenha excelência nas duas prótese total.
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