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Desenvolvimento embriológico do sistema cardiovascular

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1 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
Embriologia – Prof. Emerson – Aula 03 e 04 
Desenvolvimento do sistema cardiovascular 
Primeiro sistema principal a funcionar 
Início do desenvolvimento – meio da 3ª 
semana 
• Devido ao rápido desenvolvimento 
que necessita de mais oxigênio e 
nutrientes – alta demanda 
metabólica 
Células originadas do mesoderma 
• Campo cardíaco primário 
• Segundo campo cardíaco 
 
Coração vem do mesoderma lateral 
esplâncnico 
• Após tubo neural e notocorda 
• Células do sangue, sistema 
cardiovascular, tecido conjuntivo, 
músculo, vísceras, membranas 
serosas da pleura, pericárdio e 
peritônio 
• 18 dias 
• Tubos cardíacos pareados 
Fusão dos tubos cardíacos endocárdicos 
forma o coração, que começa a bater 
com 22 a 23 dias 
Na medida em que o embrião se dobra, 
o coração se invagina para o interior da 
cavidade pericárdica 
• Ventralmente 
• Dobramento do embrião – união 
dos tubos cardíacos 
• Cranial para caudal 
Inicialmente a circulação é do tipo fluxo e 
refluxo 
ORIGEM DOS TECIDOS 
Endocárdio – mesoderma lateral 
esplâncnico 
• Tubo endotelial 
Subendocárdio – mesoderma lateral 
esplâncnico e endocárdio 
• Geleia cardíaca 
Miocárdio – mesoderma esplâncnico ao 
redor da cavidade pericárdica 
• Miocárdio primitivo 
Epicárdio – células mesoteliais do seio 
venoso que se espalham sobre o 
miocárdio 
Desenvolvidos dentro da cavidade 
pericárdica 
18º dia – formação de 2 cordões 
angioblásticos laterais 
• Se aproximam e se fundem com o 
dobramento do embrião = tubo 
cardíaco = coração primitivo 
tubular 
Divide-se em 5 partes: 
• Tronco arterioso 
• Bulbo cardíaco → ventrículo direito 
 
2 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
• Ventrículo primitivo → ventrículo 
esquerdo 
• Átrio primitivo → átrios direito e 
esquerdo 
• Seio venoso → desloca-se para 
direita e sofre atrofia do seu lado 
esquerdo 
8ª semana – 56 dias 
• Coração completamente formado 
Aortas – ventrais e dorsais se formam 
contínuas ao tubo cardíaco 
• Aortas dorsais fusionam formando 
um vaso único que fica entre a 4ª 
vértebra torácica e a 4ª lombar 
• Aorta dorsal se ramifica nas artérias 
intersegmentares 
VEIAS 
3 veias drenam o coração embrionário 
1.Veias vitelinas – entram no coração pelo 
seio venoso com sangue pobre em 
oxigênio da vesícula umbilical 
• Acompanha o ducto 
onfaloentérico 
• Esquerda – regride 
• Direita – forma o sistema porta 
hepático e parte da veia cava 
inferior 
2.Veias umbilicais – do lado de cada 
fígado transportando sangue bem 
oxigenado da placenta para o seio 
venoso 
• Direita – desaparece na 7ª semana 
• Esquerda – persiste somente a sua 
parte caudal, tornando-se a veia 
umbilical única, com comunicação 
com a veia cava inferior, que 
permite que o sangue atravesse o 
coração sem passar pelos capilares 
hepáticos 
Ducto venoso – conecta (comunicação) 
a veia umbilical na veia cava inferior 
3.Veias cardinais comuns – principal 
sistema de drenagem venosa – retorno do 
sangue pobre em oxigênio do corpo do 
embrião 
• Anteriores – drena parte cranial, 
que irão se anastomosar para 
formar a – veia braquiocefálica 
• Posteriores – drena parte caudal, 
sendo inicialmente vasos dos 
mesonefrons e posteriormente 
deriva a raiz da veia ázigo e veias 
ilíacas comuns 
 
Seio coronário + veia cava superior → 
desembocam no átrio direito 
Veias cardinais anteriores → veias 
jugulares internas 
Veias cardinais posteriores → veia cava 
inferior 
Veia cava superior = veia cardinal anterior 
direita + veia cardinal comum 
Veia cava inferior possui 4 segmentos: 
1. Segmento hepático – veia 
hepática 
2. Segmento pré-renal – veia 
subcardinal direita 
3. Segmento renal – anastomose 
subcardinal-supracardinal 
 
3 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
4. Segmento pós-renal – veia 
supracardinal direita 
Veis subcardinais – formam o tronco da 
veia renal esquerda, veias suprarrenais, 
veias gonadais e um segmento da veia 
cava inferior 
Veias supracardinais – formam com sua 
porção cranial a veia ázigo e hemiázigo, 
com a porção caudal direta a veia cava 
inferior infra-renal e caudal esquerda 
involui 
ARTERIAS 
Artérias dos arcos faríngeos – surgem do 
saco aórtico e terminam na aorta dorsal 
• A aorta dorsal direita regride e a 
esquerda se torna a aorta primitiva 
Artérias intersegmentares – irriga os 
somitos e seus derivados 
• No pescoço se unem para formar a 
– artéria vertebral 
• No tórax formam as – artérias 
intercostais 
• No abdome tornam-se as – artérias 
lombares 
• O 5º par das lombares – artérias 
ilíacas comuns 
• Na região sacral formam as – 
artérias sacrais laterais 
Vesícula umbilical, alantoide e córion – 
irrigados pelos ramos laterais não 
pareados da aorta dorsal 
3 derivados das artérias vitelinas 
permanecem: 
1. Tronco arterial celíaco – para o 
intestino anterior 
2. Artéria mesentérica superior – para 
o intestino médio 
3. Artéria mesentérica posterior – para 
o intestino posterior 
Artérias umbilicais – transportam sangue 
pobre em oxigênio para a placenta 
• Porção proximal forma – artérias 
ilíacas internas e vesicais superiores 
• Porção distal forma – ligamentos 
umbilicais médios 
DESENVOLVIMENTO DO CORAÇÃO 
Miocárdio primitivo – camada externa do 
tubo cardíaco, com origem no 
mesoderma esplâncnico 
• Desenvolvimento dentro da 
cavidade pericárdica 
Inicialmente o 
coração é 
composto por 2 
tubos 
independentes 
• Separados 
pela matriz 
gelatinosa 
de tecido conjuntivo – geleia 
cardíaca 
• Revestimento interno – tubo 
endotelial fino – formará o 
endocárdio 
Células progenitoras do segundo campo 
cardíaco originam as extremidades 
arterial e venosa 
• Extremidade arterial fixada pelos 
arcos faríngeos 
• Extremidade venosa fixada pelo 
septo transverso 
Conforme ocorre o dobramento da 
região da cabeça, o coração e 
cavidade pericárdica se tornam ventrais 
ao intestino anterior e caudais a 
membrana bucofaríngea 
• O átrio e o seio venoso ficam dorsais 
ao tronco arterioso 
 
4 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
O coração que era tubular se alonga e 
sofre dilatações e constrições alternadas 
• Adição de cardiomiócitos 
• Forma-se o bulbo cardíaco (tronco 
arterioso, cone arterioso e cone 
cardíaco), ventrículo, átrio e seio 
venoso 
 
Tronco arterioso – cranialmente contínuo 
com o saco aórtico (artérias dos arcos 
faríngeos) 
Seio venoso – recebe as veias umbilicais, 
vitelina e cardinal comum do córion 
• Posterior e desemboca no átrio 
primitivo 
O coração sofre um giro para a direita 
entre 23-28 dias: 
• Forma a alça bulboventricular 
• O ápice aponta para a esquerdo 
 
O seio venoso desenvolve expansões 
laterais – cornos dos seios 
• Corno direito – ao final da 4ª 
semana é maior que o esquerdo e 
recebe todo o sangue da cabeça 
e pescoço pela VCS e da placenta 
e regiões caudais do corpo pela 
VCI – incorporado na parede 
posterior do átrio direito (sinus 
venarum) deixando uma parede 
lisa 
• Corno esquerdo - se torna o seio 
coronário 
Conforme o coração se alonga, ele se 
invagina na cavidade pericárdica 
A degeneração do mesocárdio dorsal faz 
o coração ficar fixo apenas pelas 
extremidades 
Seio pericárdico transverso – 
comunicação entre os lados direito e 
esquerdo da cavidade pericárdica 
Maior parte da parede do átrio esquerdo 
é lisa – derivada da veia pulmonar 
primitiva 
CIRCULAÇÃO 
As contrações iniciais são miogênicas 
• Iniciada no miocárdio 
• As ondas de contração começam 
no seio venoso 
• Do polo venoso ao atrial 
Ao final da 4ª semana o sangue possui 
fluxo unidirecional 
• Sangue entra no seio venoso → átrio 
primitivo → atravessa o canal 
atrioventricular→ ventrículo 
primitivo → bulbo cardíaco → tronco 
arterioso → saco aórtico → artérias 
do arco faríngeo → aorta dorsal 
• Seio venoso para o tronco arterioso 
• A entrada do sangue no átrio 
primitivo é controlada pelas 
válvulas sinoatriais 
 
5 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
 
Sistema de condução – átrio atua como 
marca-passo temporário e depois o seio 
venoso assume a função 
• Nó sinoatrial – aparece na 5ª 
semana no alto do átrio direito, 
próximo a entrada da VCS 
• Nó e feixe atrioventricular – 
originados do corno esquerdo do 
seio venoso e comunicam átrios 
com ventrículos 
• Esqueleto cardíaco – isola 
eletricamente dos ventrículos pelo 
tecido fibroso – não conduz 
estímulo 
SEPTAÇÃO 
Divisão em átrios e ventrículos 
Entre a 4ª e 8ª semana 
Evitará o refluxo de sangue 
Coxins endocárdicos – estruturas 
espessadas (células da geleia cardíaca e 
crista neural) no canal atrioventricular que 
servem como válvulas primitivas que 
auxiliam na propulsão do sangue 
• Na 5ª semana elas se fundem e 
formam o septo intermediário, entre 
o átrio e o ventrículo primitivos 
• Sofre recanalização 
• A fusão determina a formação dos 
canais direito e esquerdo 
 
Valvas septais – origem no coxim 
endocárdico 
Valvas murais – origem mesenquimal 
• Mesma origem do miocárdio 
Átrio primitivo é dividido em átrios direito e 
esquerdo pelo – septum primium e septum 
secundum 
• Septum primium – divide 
parcialmente o átrio em metades 
direita e esquerda – forma o septo 
AV primitivo 
• Septum secundum – forma uma 
divisão incompleta entre o átrio, 
sobrepondo o septum primium = 
forame oval – previne a passagem 
de sangue na direção oposta 
Septo interventricular – divide o ventrículo 
• Inicia seu desenvolvimento a partir 
do assoalho do ventrículo próximo 
ao ápice 
• Cresce de caudal para cranial 
Até a 7ª semana existe o forame 
interventricular – permite a comunicação 
entre ventrículo direito e esquerdo 
• Fechado pela porção 
membranosa – isola os ventrículos 
Após o isolamento dos ventrículos o 
tronco pulmonar está em comunicação 
com o ventrículo direito e a aorta 
ascendente com o ventrículo esquerdo 
 
6 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
Septo aorticopulmonar – divide o bulbo 
cardíaco e o tronco arterioso em dois 
canais arteriais – aorta ascendente e 
tronco pulmonar 
• Tronco pulmonar gira ao redor da 
aorta ascendente 
Bulbo cardíaco é incorporado às paredes 
dos ventrículos definitivos 
• Cone arterioso – no ventrículo 
direito 
• Vestíbulo aórtico – no ventrículo 
direito 
VALVAS CARDÍACAS 
Valvas semilunares – impedem o refluxo 
de sangue na aorta e tronco pulmonar 
para os ventrículos 
• Se desenvolvem no final da divisão 
do tronco arterioso 
• Aparecem como 3 brotamentos a 
partir do tecido subendocárdico e 
sofrem cavitações = 3 cúspides 
Valvas atrioventriculares – tricúspide e 
bicúspide 
• Desenvolvimento a partir de tecido 
subendocárdico dos canais 
atrioventriculares 
ARCOS FARÍNGEOS 
6 pares de artérias do arco 
Desenvolvimento das artérias em tempos 
diferentes 
Já garante o padrão fetal final na 8ª 
semana 
1º arco faríngeo – maior parte dessas 
artérias desaparecem e a pequena 
porção que sobra contribui para a 
formação das artérias maxilares e 
carótidas externas 
2º - parte dorsal formam os troncos das 
artérias estapédicas 
3º - porção proximal origina as artérias 
carótidas comuns e a porção distal se une 
a aorta dorsal para formar as artérias 
carótidas internas 
4º - esquerdo forma parte do arco da 
aorta e direito forma a parte proximal da 
artéria subclávia direita 
5º - degeneram 
6º - esquerdo em sua parte proximal forma 
a parte proximal da artéria pulmonar 
esquerda e parte distal forma o ducto 
arterioso, já o direito na sua parte proximal 
forma a parte proximal da artéria 
pulmonar direita e a parte distal 
degenera 
 
Arco da aorta – proximal originado do 
saco aórtico, média da 4ª artéria do arco 
faríngeo esquerdo e distal da aorta dorsal 
esquerda 
Artéria subclávia direita – porção proximal 
pela artéria do 4º arco e distal pela aorta 
dorsal direita e 7ª artéria intersegmentar 
direita 
Artéria subclávia esquerda – originada na 
7ª artéria intersegmentar esquerda 
MODIFICAÇÕES 
Após o nascimento, o coração sofre 5 
modificações: 
 
7 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX 
1. Fechamento do forame oval 
2. Fechamento do ducto arterioso → 
ligamento arterioso 
3. Fechamento entre artérias 
umbilicais → ligamento umbilical 
4. Fechamento nos derivados da veia 
umbilical no fígado → ligamento 
redondo do fígado 
5. Fechamento dos vasos derivados 
do ducto venoso → ligamento 
venoso 
MAL-FORMAÇÕES CONGÊNITAS DO 
CORAÇÃO 
Mais frequentes – coração e grandes 
vasos 
39,4% das mortes infantis no 1º ano de 
vida 
2-10/1000 nascidos vivos 
Fatores de risco – 
• Pais menores de 18 anos e maiores 
de 35 
• Antecedente familiar 
• Associados a fatores genéticos e 
ambientais 
• Mães com DM ou rubéola na 
gravidez 
• Etilismo, lítio e trimetadiona 
Anomalia de Ebstein – persistência do 
forame oval ou defeito do septo atrial = 
mistura de sangues arterial e venoso 
• 0,5-1% das cardiopatias congênitas 
• 1:210000 
• Mesma proporção entre os sexos 
• Mais comum em RN à termo 
• Sobrevida de 67% em menores de 1 
ano e 59% até 10 anos 
• Casos leves – assintomático e 
mínima cianose (extremidades 
azuladas) 
• Casos graves – insuficiência 
cardíaca, cianose intensa e 
cardiomegalia acentuada 
Dextrocardia – rotação anormal do tubo 
cardíaco embrionário para a esquerda 
• Deslocamento do coração e seus 
vasos para a direita 
• Pode estar associada a outras 
malformações 
Ectopia cordis – coração tem localização 
normal, fica parcialmente ou 
completamente exposto 
na superfície do tórax, 
causado pelo 
desenvolvimento defei-
tuoso do esterno e do 
pericárdio por falta de 
fusão completa da 
parede torácica 
Forame oval patente – defeito comum do 
septo atrial, com desvio do sangue da 
esquerda para a direta 
• Sinais e sintomas fariam com o 
tamanho do escape 
Tronco arterioso persistente – defeito na 
divisão do tronco arterioso na formação 
do septo aorticopulmonar 
• Formação de um único tronco 
arterial para a aorta e tronco 
pulmonar 
• Associado ao defeito do septo 
interventricular 
• Há mistura de fluxo venoso e arterial 
Tetralogia de fallot – clássicos defeitos 
cardíacos com presença de cianose 
• Estenose da artéria pulmonar 
• Defeito do septo AV 
• Dextraposição da aorta 
• Hipertrofia ventricular direita

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