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Artigo Emergências Psiquiátricas ( PROVA N2)

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Portuguese 
ReonFacema. 2018 Jan-Mar; 4(1):867-873. 
 
 
 
 
Main psychiatric disorders found / attended in the emergency 
and emergency health services: an integrative literature 
review 
Principais distúrbios psiquiátricos encontrados/atendidos nos serviços de urgência e emergência em 
saúde: uma revisão integrativa de literatura 
Principales disturbios psiquiátricos encontrados / atendidos en los servicios de urgencia y emergencia 
en salud: una revisión integrativa de literatura 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
Objective: To identify the main psychiatric disorders found / attended in the emergency 
and emergency health services, through the literature. Methodology: Descriptive, 
exploratory, literature review type study. Results: The sample consisted of 23 documents, 
published between the years of 2000 and 2017. It was detected that among the diagnoses 
of metal disorders that most affect the population stand out in psychiatric emergencies, 
psychomotor agitation, suicide attempt, anxiety and deliruim. Conclusion: Therefore, the 
psychiatric disorders found and treated in the emergency and emergency health services 
are emergencies that may represent a significant and imminent risk of death or serious 
injury. 
 
RESUMO 
Objetivo: Identificar os principais distúrbios psiquiátricos encontrados/atendidos nos 
serviços de urgência e emergência emsaúde, por meio da literatura. Metodologia: Estudo 
descritivo, exploratório, do tipo revisão de literatura. Resultados: A amostra foi composta 
por 23 documentos, publicados entre os anos de 2000 a 2017. Detectou-se que dentre os 
diagnósticos de transtornos metais que mais acometem a população destacam-se nas 
emergências psiquiátricas, a agitação psicomotora, tentativa de suicídio, ansiedade e 
deliruim. Conclusão: Portanto os distúrbios psiquiátricos encontrados e atendidos nos 
serviços de urgência e emergência em saúde são emergências que podem representar risco 
significativo e iminente de morte ou de lesão grave. 
 
RESUMEN 
Objetivo: Identificar los principales trastornos psiquiátricos encontrados / atendidos en los 
servicios de urgencia y emergencia en la salud, por medio de la literatura. Metodología: 
Estudio descriptivo, exploratorio, del tipo revisión de literatura. Resultados: La muestra 
fue compuesta por 23 documentos, publicados entre los años 2000 a 2017. Detectó que 
entre los diagnósticos de trastornos metales que más afectan a la población se destacan en 
las emergencias psiquiátricas, la agitación psicomotora, intento de suicidio, ansiedad y 
deliruim. Conclusión: Por lo tanto, los disturbios psiquiátricos encontrados y atendidos en 
los servicios de urgencia y emergencia en salud son emergencias que pueden representar un 
riesgo significativo e inminente de muerte o de lesión grave. 
 
 
 
 
 
 
Mariane Carvalho da Costa¹ 
Juliane Danielly Santos Cunha³ 
Raysa Emanuela Beleza da Silva² 
 
ISSN: 2447-2301 
 
¹Enfermeira. Especialista em Urgência e Emergência pela Universidade Católica Dom Bosco - UCDB/ 
Teresina-PI. E-mail: maricarvalhocosta@gmail.com 
²Enfermeira. Especialista em oncologia pela Universidade Estadual do Piauí - UESPI/Teresina-PI. E-
mail: raysabeleza@hotmail.com 
³Enfermeira. Mestranda em Saúde e Comunidade pela Universidade Federal do Piauí – UFPI/Teresina-
PI. E-mail: juliane_enfer@hotmail.com 
 
Descriptors 
Psychiatric emergency. Psychiatric 
crisis. Urgency and emergency. 
 
Descritores 
Emergência psiquiátrica. Crise 
psiquiátrica. Urgência e 
Emergência. 
 
Descriptores 
Emergencia psiquiátrica. Crisis 
psiquiátrica. Urgencia y 
Emergencia. 
 
 
 
 
 
 
Sources of funding: No 
Conflict of interest: No 
Date of first submission: 2017-12-28 
Accepted: 2018-01-10 
Publishing: 2018-03-20 
 
 
 
 
Corresponding Address 
 
Mariane Carvalho da Costa 
Rua Paissandu, 1627 – Centro CEP: 
64001120 Teresina 
Teresina – PI. Telefone: (99) 
81626572 
Email: 
maricarvalhocosta@gmail.com 
 
REVISÃO / REVIEW / REVISIÓN 
 
867 
mailto:maricarvalhocosta@gmail.com
mailto:raysabeleza@hotmail.com
mailto:juliane_enfer@hotmail.com
mailto:maricarvalhocosta@gmail.com
ISSN: 2447-2301 
Costa, MC; Cunha, JDS; Silva, REB Main psychiatric disorders found / attended in the emergency... 
Portuguese 
ReonFacema. 2018 Jan-Mar; 4(1):867-873. 
 
INTRODUÇÃO 
 
A saúde mental é o estado de funcionamento 
harmônico que os indivíduos desenvolvem para viver em 
constante interação com a sociedade. É a capacidade de 
conduzir a própria vida, sendo capazes de reconhecer suas 
limitações. Já a doença mental é considerada quando as 
pessoas não conseguem desenvolver ou manter-se em 
estado harmônico para viver com a sociedade ( 
STEFANELLI; FUNKUDA; ARANTES, 2008). 
Segundo Towsend (2002) definir o conceito de 
doença mental não é fácil, pois vários fatores devem ser 
considerados em tal definição, porém acrescenta que a 
doença mental pode caracterizar-se por um desajuste no 
ambiente interno ou externo de um individuo que são 
demonstrados por pensamentos, sentimentos e 
comportamentos que não são habituais para a sociedade. 
Vários conflitos ocorrem no decorrer da vida e 
ficam marcados em cada individuo. De acordo com Espinosa 
(2000), a existência de patologias mentais é tão remota 
quanto à vida, porém a sua identificação e a terapêutica 
aplicada vêm sendo modificadas com o transcorrer do 
tempo e de acordo com os progressos da psiquiatria. 
Considera-se crise psiquiátrica a fase da vida em 
que o sofrimento é intenso e acaba desencadeando uma 
desestruturação da vida psíquica, familiar e social de um 
individuo (SANTOS; COIMBRA; RIBEIRO,2010). 
A situação de crise caracteriza-se por uma 
condição onde existe um distúrbio de pensamento, 
emocional ou comportamental, na qual seja necessário um 
acolhimento apropriado e rápido, focalizado no paciente, 
no intuído de evitar maiores prejuízos físicos ou emocionais 
e até mesmo extinguir possíveis riscos de vida (BARROS; 
TUNG; MARI, 2010). 
Na psiquiatria o termo crise é usado para 
caracterizar as situações de urgências e emergências 
psiquiátricas, nas quais abrangem tentativas de suicídio, 
depressões, psicoses, síndromes cerebrais orgânicas. De 
acordo com a legislação e a Reforma Psiquiátrica, o 
atendimento as situações de crises, devem ser realizados 
nos Centros de Atenção Psicossocial, nas Emergências dos 
Hospitais, na Atenção Básica e pelo Serviço de Atendimento 
Móvel de Urgência (BRASIL, 2002). 
Em 2003, foi aprovada a Portaria nº1864/GM, que 
instituiu o componente pré- hospitalar móvel da política de 
urgência, por intermédio da implantação de Serviços de 
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). O SAMU tem como 
obrigação realizar os acolhimentos psiquiátricos, com a 
finalidade de acompanhar os sujeitos em crise até a rede 
de atendimento de urgência (BRASIL, 2003). 
De acordo com Santos, Coimbra & Ribeiro (2010), 
na crise psiquiátrica o paciente deve ser encaminhado ao 
hospital psiquiátrico, porém quando apresenta algum tipo 
de ferimento ou alguma alteração clinica, deve ser 
encaminhado ao pronto socorro. 
Os indivíduos que se encontram em crise, sentem-
se ineficazes para conseguir mudanças, a ansiedade 
encontra-se elevada, tornando o sujeito disfuncional. Os 
pensamentos podem tornar-se obsessivos, transformando 
assim comportamentos. E os sentimentos podem afetar 
tanto físico como emocionalmente de forma diferente cada 
pessoa (TOWNSEND, 2002). 
As urgências e emergências psiquiátricas podem 
ser definidas como quaisquer alterações agudas de origem 
psiquiátrica em que ocorram mudanças do estado mental 
de um individuo, as quais implicam em risco atual e 
significativo de morte ou injúria grave, para o paciente ou 
para terceiros, necessitando de intervenção terapêutica 
imediata (VEDANA, 2016). 
Os serviços de urgência e emergência surgem 
como um dos pilares assistências do contextoda atenção 
assistencial ao doente mental, provido de uma rede de 
atenção diversificada, descentralizada e integrada à rede 
se serviços de saúde (CAMPOS& TEIXEIRA, 2001). 
A emergência psiquiátrica é conflituosa, diante 
disso, é imprescindível uma intervenção imediata de uma 
equipe de profissionais que estejam bem treinados, com 
oobjetivo de evitar maiores danos à saúde do paciente ou 
de extinguir possíveis riscos asua vida e de terceiros 
(DELBEN& TENG, 2013). 
De acordo com Fontana (2005), os atendimentos 
prestados aos doentes mentais devem ser realizados por 
uma equipe interdisciplinar, onde compreenda ações 
fundamentais de observação associada a avaliações 
rápidas, contenções em situações para segurança aos 
envolvidos e encaminhado adequado posteriormente. 
A maioria dos casos autolesivos são atendidos em 
algum tipo de serviço de saúde, principalmente na 
emergência, antes da tentativa fatal de suicídio. O inicio 
de contato é uma excelente oportunidade para que os 
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profissionais de saúde identifiquem o possível nível de risco 
e possam intervir para reduzi-lo (VIDAL & GONTIJO, 2013). 
No entanto, nem sempre essa oportunidade é 
aproveitada pela equipe de saúde, seja pelas 
características do serviço/atendimento de emergência ou 
por despreparo e dificuldade para lidar com pacientes 
suicidas (VIDAL & GONTIJO, 2013). 
Dentro desta conceituação ampla de atendimento 
psiquiátrico emergencial, são várias as condições médicas 
que podem levar à necessidade de avaliação e intervenção 
psiquiátrica de emergência Neste estudo, propomos 
identificar e analisar por meio de publicações cientifica, 
quais os principais distúrbios psiquiátricos 
encontrados/atendidos nos serviços de urgência e 
emergência em saúde. 
 
METODOLOGIA 
 
Trata-se de um trabalho de revisão bibliográfica. 
Para Lakatos e Marconi (2010), este tipo de pesquisa é 
indispensável para delimitação de um problema de um 
projeto de pesquisa para obter uma ideia precisa sobre o 
estado atual dos conhecimentos sobre um tema, sobre suas 
lacunas e sobre a contribuição da investigação para o 
desenvolvimento do conhecimento. 
As principais fontes consultadas para a elaboração 
da revisão bibliográfica foram artigos em periódicos 
científicos, livros, teses, dissertações e resumos de 
congressos, que estavam de acordo com o problema a ser 
pesquisado, a partir do ano de 2000, através dos bancos de 
dados: Biblioteca Virtual da Saúde, Google acadêmico, 
Scientific Eletronic Library Online (Scielo), Biblioteca 
Regional de Medicina (Bireme), disponibilizados no meio 
eletrônico.Foram encontrados 32 documentos, entre físicos 
e eletrônicos, principalmente em forma de artigos, porem 
foram considerados artigos que possuíam direto ou 
indiretamente alguma relevância com o problema 
pesquisado, dentre todos, foram selecionado 23 
documentos, publicados entre os anos de 2000 a 2017. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
O Ministério da Saúde considera que a rede de 
saúde mental deve ser formada por vários segmentos 
assistenciais de acordo com as demandas do município e 
seus critérios populacionais. A rede de atenção pode contar 
com serviços de saúde mental na atenção básica, nos 
Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Serviços 
Residenciais Terapêuticos (SRT), leitos em hospitais, 
ambulatórios, etc. (COIMBRA et al., 2005). 
Os serviços de urgência e emergência se 
estabelecem como espaços tensos e de muito estresse, 
tanto para os profissionais, como paciente e familiares. Um 
fluxo demasiado de atendimentos a pacientes em situações 
críticas, a baixa capacitação das equipes de atendimento e 
as carências estruturais do serviço e do sistema de saúde 
como um todo, levam os profissionais desses serviços a se 
posicionarem de maneira impessoal e com dificuldade de 
atuação de forma humanizada (VIDAL & GONTIJO, 2013). 
Silva (2013) destaca que a maioria dos 
profissionais de saúde apresentam dificuldades no 
atendimento dos pacientes em crise psiquiátrica , seja por 
falta de experiência e conhecimento a cerca da saúde 
mental , seja por medo de serem agredidos ou por não 
acreditarem que o usuário encontra-se em sofrimento 
mental. A abordagem do paciente deve incluir a 
identificação de fatores predisponentes e precipitantes, 
com intervenções adequadas a cada um visando à resolução 
doquadro. 
A objetividade na avaliação de urgência e 
emergência visa, fundamentalmente, odomínio da situação 
de risco que trouxe o paciente para atendimento de 
emergência e o estabelecimento do diagnóstico e a 
terapêutica adequada com a maior brevidade possível. No 
entanto, é importante realçar que avaliação com agilidade 
não significa ausência de observação do paciente (DEL-BEN 
etal., 2017). 
Um atendimento caracterizado como emergência 
psiquiátrica exige tomadas de decisões imediatas para o 
controle situacional, podendo assim, limitar um 
diagnóstico psiquiátrico no primeiro momento. De acordo 
com Sallum & Paranhos (2010), é importante estabelecer o 
diagnóstico diferencial ao atendimento as emergências 
psiquiátricas, onde envolvem os Transtornos Mentais 
Orgânicos e Transtornos Mentais Psicóticos. 
Os Transtornos Mentais Orgânicos compreendem 
as patologias que possuem etiologia demonstrável, como 
doença ou lesão cerebral ou qualquer comprometimento 
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que leva a disfunção cerebral. Os mais comuns referem-se 
devido ao uso de substancias psicoativas; intoxicação por 
álcool; estados de abstinência por álcool, etc (SOUZA, 
2013). 
Os Transtornos Psicóticos são caracterizados pela 
ocorrência aguda de sintomas psicóticos, como 
alucinações, perturbações de senso percepções e 
desencadeadas por desorganizações de comportamento, 
não havendo etiologia orgânica (SOUZA, 2013). 
Por se assemelharem a alterações decorrentes de 
transtornos mentais, os quadros orgânicos podem ser 
abordados de forma inadequada. Assim, o não 
reconhecimento dessas alterações orgânicas pode colocar 
o paciente em risco, pois se a causa fisiológica que provoca 
os sintomas pode não for o alvo da assistência há risco de 
complicação clínica (VERDANA, 2016). 
 
ALTERAÇÕES MENTAIS MAIS FREQUENTES NOS 
ATENDIMENTOS DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 
ANSIEDADE 
Ansiedade é um sentimento vago e desagradável 
de medo, apreensão, inquietação, nervosismo, 
caracterizado por tensão ou desconforto derivado de 
antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho 
(TEODORO, 2010). Segundo Castillo et al. (2000), os 
transtornos ansiosos são os quadros psiquiátricos mais 
corriqueiros tanto em crianças quanto em adultos, com 
uma prevalência estimada durante o período de vida de 9% 
e 15%respectivamente. 
DELIRIUM 
Conhecido também como o estado confusional 
agudo, é caracterizado por uma inquietação cognitiva com 
início agudo, curso flutuante, distúrbios da consciência, 
atenção, orientação, memória, pensamento, percepção e 
comportamento. 
Trata-se de emergência médica, já sendo 
evidenciadas maiores taxas de mortalidade, maior tempo 
de internação e maiores índices de institucionalização, por 
ser uma alteração multifatorial, cada vez mais frequente e 
constantemente não diagnosticada e dessa forma não 
tratada adequadamente (LOBO et al., 2010). 
AGITAÇÃO PSICOMOTORA 
Caracterizado por inquietação, aumento da 
excitabilidade psíquica, resposta aumentada aos estímulos, 
irritabilidade, atividade motora e verbal exacerbada, 
inadequada e repetitiva,podendo cursar com agressividade 
(DALGARRONDO, 2000). 
TENTATIVA DE SUICÍDIO 
O suicídio é um fenômeno complexo e representa 
um grande problema de saúde pública. As manifestações 
associadas ao comportamento autolesivo são varias e 
conceituadas dentro de um conjunto de pensamentos e 
atos que englobam categorias: 1) suicídio completo; 2) 
tentativa de suicídio; 3) atos preparatórios para o 
comportamento suicida; 4) ideação suicida; 5) 
comportamento autoagressivo sem intenção de morrer; 6) 
automutilação não intencional e 7) automutilação com 
intenção suicida desconhecida. As tentativas de suicídio 
são mais comuns em mulheres, enquanto o suicídio 
consumido é mais observado em homens (VEDANA, 2016). 
Segundo a Organização Mundial da Saúde, o 
suicídio é responsável por uma morte a cada 40 segundos 
no mundo, gerando assim, um grave problema de saúde 
pública. Mais de 800.000 pessoas morrem de suicídio por 
ano (OMS, 2017). A abordagem a pessoa portadora de 
transtorno mental em estado de emergência e, em especial 
ao paciente que tentou suicídio, deve ser realizada com 
segurança, rapidez e qualidade, já que esse procedimento 
é fator decisivo na aceitação e adesão do individuo ao 
tratamento (VIDAL& GONTIJO, 2013). 
Os profissionais de saúde, sobretudo os que 
atendem em setores de emergência, constantemente lidam 
com pacientes em situação de crise e que tentam suicídio. 
De forma semelhante aqueles que atuam na atenção 
básica, por possuírem um contato prolongado tanto com os 
pacientes como com as famílias, tendem a ter uma posição 
privilegiada na avaliação dos pacientes com risco eminente 
de suicídio (VIDAL & GONTIJO, 2013). 
De maneira geral, na avaliação e no planejamento 
terapêutico desses transtornos, é fundamental obter uma 
história detalhada sobre o início dos sintomas e possíveis 
fatores desencadeantes. A ansiedade, por exemplo, passa 
a ser reconhecida como patológica quando é demasiada, 
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desproporcional em relação ao estimulo. O modo prático 
de se distinguir ansiedade normal de ansiedade patológica 
é essencialmente avaliar se a reação ansiosa é de curta 
duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do 
momento ou não (CASTILLO et al.,2000). 
De acordo com Souza (2013) os quadros psicóticos 
podem estar associados a agitação psicomotora e 
comportamentos agressivos, assim como a intoxicação por 
substancias psicoativa e a síndrome de abstinência 
alcoólica. 
A agitação psicomotora e o comportamento 
agressivo não são particularidades de nenhuma condição 
patológica específica e, portanto, sugere uma ampla 
procura do diagnóstico diferencial. Alguns transtornos 
mentais como esquizofrenia e episódio maníaco, nos quais 
os distúrbios do pensamento e do humor implicam numa 
percepção distorcida da realidade, podem cursar com 
períodos de agitação psicomotora e/ou violência (DEL-BEN 
etal.,2017). 
Ainda que a agitação psicomotora seja 
considerada um sinal de indício ou risco de comportamento 
agressivo ela não pode ser confundida com a agressividade 
e não justifica o uso de intervenções restritivas e coercivas 
(VEDANA, 2016). 
Um dos objetivos básicos do atendimento de 
urgências e emergências psiquiátricas é o reconhecimento 
de quadros orgânicos, ou seja, situações que se manifestam 
com alterações mentais e comportamentais, mas são 
ocasionadas por alterações fisiológicas e morbidades 
orgânicas (síndromes demências, infecção, etc). O delirium 
é um exemplo de quadro orgânico que se manifesta com 
alterações do estado mental (VEDANA, 2016). 
O uso de substâncias psicoativas é uma 
comorbidade frequente com os transtornos mentais. Nem 
sempre é possível estabelecer com exatidão a relação 
temporal ente padrão de uso da substância psicoativa e 
início/evolução/remissão dos sintomas psiquiátricos, sem o 
auxilio de exames de triagem. A confusão de pensamentos 
do individuo em episódio psicótico agudo pode, por 
exemplo, influenciar na qualidade das informações 
relatadas (DEL-BEN et al., 2017). 
De acordo com Verdana (2016), é de suma 
importância que os profissionais de saúde se engajem em 
maneiras estratégicas no âmbito das políticas publicas em 
saúde mental e reabilitação dos indivíduos com transtornos 
mentais, principalmente os com ideação suicida e tentativa 
de suicídio. Não basta que o sujeito sobreviva, é necessário 
trabalhar o sofrimento do indivíduo, as motivações e 
fatores relacionados ao suicídio e a promover reconstrução 
de novos modos de subjetividade. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
De maneira unânime observou-se que a maioria 
dos quadros psicóticos podem estar acompanhado de 
agitação psicomotora e comportamento agressivo. De 
acordo com as leituras dos estudos encontrados ressalta-se 
que os quadros de emergências psiquiátricas podem estar 
centrados nos diagnósticos de confusão mental, ansiedade, 
risco de suicídio, percepção sensorial prejudicada, entre 
outros. 
As emergências psiquiátricas podem ocorrer em 
qualquer fase da vida de um individuo, podendo 
representar risco iminente de morte ou de lesão grave, 
como exemplo, os distúrbios citados anteriormente. 
Tornando assim, de grande importância que os profissionais 
de saúde tenham pleno conhecimento técnico-cientifico no 
tocante as patologias que variam de doenças crônicas a 
emergências psiquiátricas. 
Outros casos também são relatados em algumas 
pesquisas, como a esquizofrenia, etilismo e depressão, 
porém por serem doenças crônicas e com tratamento de 
controle, mas que caso não tratadas podem possuir uma 
evolução prejudicada, levando a uma emergência 
psiquiátrica com desenvolvimento de sinais e sintomas. 
O acolhimento em emergências psiquiátricas 
representa um momento crítico caracterizado pela 
fragilidade e instabilidade do cliente e grande 
responsabilidade para o profissional de saúde. Acreditamos 
que seja de grande relevância o desenvolvimento de mais 
pesquisas que envolvam o aprimoramento e 
aprofundamento dos conhecimentos em relação aos 
pacientes psiquiátricos e suas principais emergências. 
Quanto maior for a experiência da equipe no 
manejo de situações de emergência psiquiátrica, melhor 
será o desenvolvimento do atendimento prestado, pois a 
adequação do comportamento da equipe de profissionais 
de saúde é um aspecto fundamental para a prevenção de 
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comportamentos violentos. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Jesus. Serviços de emergência psiquiátrica e suas relações 
com a rede de saúde mental Brasileira. Rev. Bras. 
Psiquiatr, v. 32, out , 2010. 
2.BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2048/GM, de 05 
de novembro de 2002. Dispõe sobre o funcionamento dos 
Serviços de Urgência e Emergência. Brasília: Ministério da 
Saúde, 2002. 
3.BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº1864/GM, de 29 
de setembro de 2003. Institui o componente pré-
hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às 
Urgências, por intermédio da implantação de Serviços de 
Atendimento Móvel de Urgência em municípios e regiões de 
todo o território brasileiro: SAMU- 192. Brasilia: Ministerio 
da Saúde, 2003. 
.BRASIL. Organização Mundial da Saúde ( OMS). Grave 
problema de saúde pública, suicídio é responsável por 
uma morte a cada 40 segundos no mundo. 2017. 
5.CAMPOS, Claudinei José Gomes; TEIXEIRA, Marina Borges. 
O atendimento do doente mental em prontosocorro geral: 
sentimentos e ações dos membros da equipe de 
enfermagem.RevEscEnf USP, v. 35, jun. 2001.. Disponível 
em:<http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v35n2/v35n2a07.p
df> 
6.CASTILLO, Ana Regina GL; RECONDO, Rogéria; ASBAHR, 
Fernando R; MANFRO, Gisele G. Transtornos de ansiedade. 
Revista Brasileira de Psiquiatria.2000. Disponível em 
:<http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3791.pdf>. 
7.COIMBRA, Valéria Cristina Chistello; GUIMARÃES, 
Jacileide; SILVA, Mariluci Camargo Ferreira da; KANTORSKI, 
Luciane; SCATENA, Maria Cecília Morais – Reabilitação 
psicossocial e família: considerações sobre a 
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Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 07, 2005. 
Disponível em 
:<https://revistas.ufg.br/fen/article/view/849/1024> 
8.DEL-BEN, Cristina Marta; TUNG, TengChei. Emergências 
psiquiátricas: desafios e vicissitudes.Revista Brasileira de 
Psiquiatria. V. 32. Out 2010. Disponível em 
:<http://www.scielo.br/pdf/rbp/v32s2/v32s2a01.pdf> 
9.DEL-BEN, Cristina Marta; SPONHOLZ-JUNIOR, Alcion; 
MANTOVANI, Célia; FALEIROS, Maria Clara de Morais; 
OLIVEIRA, Gabriel Elias Correa; 10.GUAPO, Vinicius 
Guandalini; MARQUES, João Mazzoncini de Azevedo. 
Emergências psiquiátricas: manejo de agitação 
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(Ribeirão Preto, Online.). Jan-Fev. 2017. Disponivelem 
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11.DALGALARRONDO, P. “ Sindromes Volitivo-
Psicomotoras”. In: Psicopatologia e semiologia dos 
transtornos mentais. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000. 
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