Buscar

Hemoterapia: Plasma, Hemácias, Plaquetas e Reações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIRUY
GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
HEMOTERAPIA
Plasma, Concentrado de Hemácias, Plaquetas e Reações
Transfusionais
Discentes: Adriele Amaral; Carlos Daniel Araujo; Edilene Santos;
Georgia Ferreira Silva; Railma Vitorino da Silva
Salvador
2021
1
Adriele Amaral, Carlos Daniel Araujo, Edilene Santo, Georgia
Ferreira Silva e Railma Vitorino da Silva
HEMOTERAPIA
Salvador
2021
2
3
RESUMO
O uso do sangue com fins terapêuticos tem sido empregado pelo homem por muitos
séculos. Desde a antiguidade, os povos bebiam o sangue de animais e pessoas
acreditando que poderiam ser curados de doenças ou até mesmo fortalecer o
organismo. Essa ideia era justificada pelo fato de o homem saber que a perda de
sangue provocava desânimo, fraqueza, e em muitos casos levava à morte. Assim, o
sangue era sinônimo de vida e força. O período pré-científico começa com a
descoberta da circulação sanguínea por William Harvey (1578-1657) e do papel
central do Coração nesse fenômeno, o que permitiu a prática de injeções
intravenosas. A partir daí, deu-se início à infusão de medicamentos e também de
sangue na veia dos pacientes. Aos poucos foram surgindo serviços especializados
em transfusão, já havendo vários no Brasil antes da década de 1940. Na época, a
prática de pagamento a doadores de sangue era normal. Também na ocasião,
principalmente nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a hemoterapia começou
a se caracterizar como uma especialidade médica. Em 7 de dezembro de 1942, foi
inaugurado o primeiro banco de sangue, no Instituto Fernandes Figueira (IFF), no
Rio de Janeiro, visando obter sangue para esse hospital e atender ao esforço de
guerra, mandando plasma humano para os hospitais das frentes de batalha.
4
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Transfusão braço a braço entre um doador e um receptor no século
XIX…………………………………………...……………………………………………..07
Figura 2 - Concentração e meia-vida dos fatores de coagulação presentes no
PFC...…………………………………………...…………………………………………10
Figura 3 - ilustrativa sobre reações imediatas e tardias…………………………...18
5
SUMÁRIO
Introdução………………………………………………………………..………...06
Hemoterapia no mundo………………………………………………..………….07
Hemoterapia no Brasil…………………………………………………..………...08
Hemoterapia Conceito…………………………………………………..………...09
Plasma Fresco Congelado……………………………………………..………....09
Concentrado de Hemácias……………………………………………..………....11
Plaquetas……………………………………………………………..….………....12
Reação Transfusional………………………………………………..…………....17
Cuidados de Enfermagem com Pacientes Hematológicos…………...……….20
Cuidados de Enfermagem no Perioperatório……………………………...……22
Conclusão…………………………………………………………………………..26
Referencias…………………………………………….…………………………..27
6
INTRODUÇÃO
Trabalho acadêmico sobre Hemoterapia, baseado nos tópicos de principais
“Plasma, Concentrado Hemácias, Plaqueta e Reação Transfusional”, estaremos
apresentando indicações, explicações e justificando indicações sobre o uso no
perioperatório. Aplicaremos o modo SAEP: de manutenção e prevenção de
complicações ao paciente.
Reconhecer indicação, fatores de riscos e complicações associadas ao uso de
dispositivos e terapêuticas complementares no perioperatório.
7
1. Hemoterapia no mundo
O uso do sangue com fins terapêuticos tem sido empregado pelo homem por
muitos séculos. Desde a antiguidade, os povos bebiam o sangue de animais e
pessoas acreditando que poderiam ser curados de doenças ou até mesmo
fortalecer o organismo. Essa ideia era justificada pelo fato de o homem saber que a
perda de sangue provocava desânimo, fraqueza, e em muitos casos levava à morte.
Assim, o sangue era sinônimo de vida e força .
O período pré-científico começa com a descoberta da circulação sanguínea
por William Harvey (1578-1657) e do papel central do Coração nesse fenômeno, o
que permitiu a prática de injeções intravenosas. A partir daí, deu-se início à infusão
de medicamentos e também de sangue na veia dos pacientes.
A ocorrência de transfusões diárias proporcionou a descoberta de vários
sistemas de grupos sanguíneos, e as pesquisas relacionadas a antígenos e
anticorpos foram sendo desenvolvidas para que fosse possível uma melhor
segurança transfusional.
Durante o período científico da transfusão, caracterizam-se três fases de
procedimentos trans- fusionais: a fase da transfusão braço a braço (Figura 1.1), a
fase da transfusão com frasco de vidro e a fase da transfusão com bolsas plásticas.
Essas fases revelam a evolução da transfusão desde o momento em que a infusão
era realizada diretamente do doador para um receptor, posteriormente, quando o
sangue era coletado em frascos de vidro com anticoagulante, até́ evoluir para os
dias atuais, com as transfusões feitas em bolsas plásticas especiais.
(FIGURA1.1) Transfusão braço a braço entre um doador e um receptor no século XIX.
8
2. Hemoterapia no Brasil
A década de 1940 representou significativamente o início da hemoterapia no
Brasil, embora na década anterior vários serviços de transfusão estivessem em
funcionamento, destacando-se o Serviço de Transfusão de Sangue do Rio de
Janeiro, fundado por médicos liderados por Nestor Rosa Martins, Heraldo Maciel e
Affonso Cruvinel Ratto.
Aos poucos foram surgindo serviços especializados em transfusão, já
havendo vários no Brasil antes da década de 1940. Na época, a prática de
pagamento a doadores de sangue era normal. Também na ocasião, principalmente
nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo, a hemoterapia começou a se
caracterizar como uma especialidade médica. Em 7 de dezembro de 1942, foi
inaugurado o primeiro banco de sangue, no Instituto Fernandes Figueira (IFF), no
Rio de Janeiro, visando obter sangue para esse hospital e atender ao esforço de
guerra, mandando plasma humano para os hospitais das frentes de batalha.
Também em 1942, foram fundados o Banco de Sangue da Santa Casa de
Misericórdia de Porto Alegre e o Banco de Sangue do Pronto-Socorro de Recife. No
ano seguinte, 1943, a Universidade de São Paulo criou o Banco de Sangue do
Hospital das Clínicas. No Rio de Janeiro, em 1944, foi inaugurado o Banco de
Sangue do Distrito Federal. De fato, a hemoterapia brasileira somente veio a
caracterizar-se como especialidade médica na década de 1940.
Em 1949 foi criada a Associação dos Doadores Voluntários de Sangue
(ADVS), no Rio de Janeiro, que posteriormente se transformou em uma entidade
nacional. A associação era contrária à remuneração dos doadores de sangue, uma
prática adotada pelos bancos de sangue existentes na época, por acreditarem que o
sangue doado de forma altruísta (solidária) e não como uma fonte de lucro garantiria
maior segurança aos receptores de sangue.
A promulgação da Lei Federal nº 1.075 de 27 de março de 1950 fez com que
a questão do sangue fosse tratada pelo governo. Com o intuito de estimular a
voluntariedade da doação de sangue, ela abonava um dia de trabalho ao funcionário
público que doasse de forma voluntária o seu sangue a qualquer instituição estatal
ou paraestatal. Doadores de sangue que não eram servidores públicos tinham como
reconhecimento a sua inclusão entre aqueles brasileiros que prestavam serviços
relevantes à nação.
9
A partir dos anos 1950, um dos fatos mais importantes para a hemoterapia
brasileira foi a organização dos médicos em grupos que visavam ao
desenvolvimento científico e social da especialidade. A fundação da Sociedade
Brasileira de Hematologia e Hemoterapia (SBHH), em 1950, e, em 1965, do Colégio
Brasileiro de Hematologia (CBH), possibilitou a consolidação da hematologia e da
hemoterapia.
3. Hemoterapia Conceito
É um tratamento que se desenvolveu baseado no preceito racional de
transfundir-se somente o componente que o paciente necessita, baseado na
avaliação clínica e/ou laboratorial, não havendo a indicação de sangue total.
3.1. As indicações básicas para transfusões são restaurar ou manter:
● A capacidade de transporte de oxigênio;
● O volume sanguíneo;
● E a hemostasia.
3.2. Plasma Fresco CongeladoConsiste na porção acelular do sangue e é constituído por água, proteínas
(albumina, globulinas, fatores de coagulação, etc.), carboidratos e lipídios.
Obtido através da separação de uma unidade de sangue total por
centrifugação e totalmente congelado em até 8 horas após a coleta
Deve ser armazenado em temperatura abaixo de, no mínimo, -20°C e
apresenta validade de 12 meses. Se mantido em temperaturas abaixo de -30°C a
validade aumenta para 24 meses.
Cada unidade de plasma deve conter volume superior a 180 ml para fins
transfusionais.
Após o descongelamento, deve ser utilizado imediatamente sempre que
possível; porém, pode ser usado em até 24 horas se conservado entre 2 e 6°C.
3.3. Indicações
Prevenção de sangramento em pacientes com hepatopatia, quando necessária a
realização de cirurgia ou procedimento invasivo, inclusive transplante hepático;
10
Nos casos de Transfusão maciça, o plasma pode ser liberado precocemente;
3.4. Contraindicação
● Sepse;
● Hemorragias sem distúrbio de coagulação
● Imunodeficiências;
● Grandes queimados;
● Acelerar o processo de cicatrização;
● Tratamento de desnutrição.
4. Dose
● Doses de 10 a 15 ml/kg de peso, EV em infusão rápidas 30 a 60
minutos;
● Não permanecer à temperatura ambiente por mais de 2 horas.
5. Manutenção
Quando utilizado na correção de deficiência de múltiplos fatores, a reposição
deverá ser monitorada laboratorialmente. TP e TTPA acima de 1,5x o valor pode ser
usado como parâmetro;
Quando utilizado para correção de deficiência de fatores isolados (V ou XI,
por exemplo), considerar o objetivo da reposição da meia-vida do fator reposto e o
nível basal do fator do paciente para definir o intervalo entre as doses (conforme
tabela abaixo). Normalização dos testes ou controle do sangramento devem ser
considerados como parâmetros;
Figura 2. Concentração e meia-vida dos fatores de coagulação presentes no PFC.
11
6. Crioprecipitado
● É a fração insolúvel em frio do plasma fresco congelado;
● Cada unidade contém fator VIII (80UI), fibrinogênio (pelo menos 150
mg), pequenas quantidades de fator XIII (50-75U) e fator de von
WiLLebrand (100-150U).
● É a principal fonte de fibrinogênio concentrado.
● Cada unidade aumentará o fibrinogênio em 5-10mg/dl em um adulto
médio, na ausência de grandes sangramentos ou de consumo
excessivo de fibrinogênio;
● Cada unidade contèm de 10 a 15 ml de plasma e deve ser
armazenada congelada em temperatura abaixo de -20°C;
● Para ser utilizada deve ser descongelada em banho-maria a 37°C,
procedimento que leva em média 30 a 40 minutos;
● Uma vez descongelado, deve ser transfundido imediatamente.
7. Indicações
As indicações deste do CRIO são restritas e devem sempre ser
norteadas pela quantificação do fibrinogênio plasmático ou realização de
Tromboelastografia (ROTEM).
Pode ser útil em sangramento ou procedimentos invasivos em
pacientes urêmicos;
Repor fibrinogênio em pacientes com coagulopatia intravascular
disseminada (CID) e graves hipofibrinogenemias adquiridas ou por consumo
(inferiores a 100 - 150mg%)
8. Dose
● Recomenda-se de 01 a 1.5UI a cada 10 Kg de peso, dose diária.
● O tempo de infusão deve estar prescrito e ser de 30 a 60 minutos
● Administrar em até 2 horas após o descongelamento.
9. Concentrado de Hemácias
A transfusão do concentrado de hemácias tem como objetivo
restabelecer a capacidade de transporte de oxigênio e a massa eritrocitária,
12
sendo assim, sua indicação está relacionada com o comprometimento da
oferta de oxigênio aos tecidos, causada pelos níveis reduzidos de
hemoglobina.
O concentrado de hemácias (CH) é obtido por meio da centrifugação
de uma bolsa de sangue total (ST) e da remoção da maior parte do plasma.
O CH também pode ser obtido por aférese, coletado de doador único.
10. Indicação:
Nas anemias, pois a capacidade de transporte de oxigênio é reduzida
e compensada por:
● aumento no débito cardíaco
● aumento na qualidade de 2,3 difosfoglicerato das hemácias que leva a
um desvio da curva dissociação de oxigênio da hemoglobina. Em
consequência desse aumento, observamos uma maior oferta de
oxigênio em nível tecidual (Ministério da Saúde, 2013).
11. Nas hemorragias agudas
O uso de concentrado de hemácias fica reservado para perdas
sanguíneas estimadas superiores a 30-50% da volemia (aproximadamente
1.500mL). Em consequência desse aumento, observamos uma maior oferta
de oxigênio em nível tecidual (Ministério da Saúde, 2013).
12. Portadores de Miocardiopatia Isquêmica
Ht ≤ 25% ou Hb ≤ 8,5 g/dl* em pacientes portadores de miocardiopatia
isquêmica no período pós-operatório imediato de cirurgia de
revascularização.
Apesar dessas alterações compensatórias, há casos em que elas são
insuficientes. Nesses casos, está indicada a reposição da massa eritrocitária
por meio da transfusão de CH (Ministério da Saúde, 2013)
13
13. Plaquetas
As plaquetas não têm núcleos, são fragmentos de citoplasma derivados de
megacariócitos da medula óssea que entram na circulação sanguínea.
Exibem forma arredondada ou oval, são pequenas, com diâmetro de 2 a 4
μm e, normalmente, apresentam-se separadas umas das outras em análise de
lâmina corada porque a coleta de sangue é realizada com anticoagulante (EDTA).
Em média, observa-se, no microscópio, uma plaqueta a cada 10–30
hemácias.
As plaquetas contêm grânulos finos cor púrpura, que, usualmente,
preenchem seu citoplasma. Podem ser observadas plaquetas maiores,
denominadas macroplaquetas.
13.1. Funções e características das plaquetas
As plaquetas são importantes no mecanismo de coagulação sanguínea.
Quando um vaso capilar é lesado, desencadeia-se um mecanismo de coagulação.
São as plaquetas que iniciam esse processo, sendo importante, portanto, tê-las nas
quantidades adequadas no sangue. As plaquetas se agregam ao redor da lesão
endotelial do vaso e estimulam os fatores da coagulação; dentre eles, o fibrinogênio,
que é uma das proteínas sanguíneas responsáveis pela coagulação e que se
transforma em fibrina, desencadeando a formação de um coágulo para que,
futuramente, ocorra a cicatrização.
As plaquetas sanguíneas também chamadas de trombócitos são fragmentos
citoplasmáticos e nucleares presentes no sangue, originados na medula óssea. Sua
principal função está relacionada ao processo de coagulação sanguínea.
13.1.1. Indicação concentrado de plaquetas: Indicação
terapêutica
É utilizado para pacientes com sangramentos com contagens de plaquetas
inferiores a 50.000 / mm3 ou portadores de disfunção plaquetária. Também poderá
14
ser utilizado como medida preventiva de sangramento em casos de procedimentos
invasivos para pacientes com baixa contagem ou disfunção plaquetária.
13.1.2. Validade
● A sua validade é em torno de 5 dias
● Plaquetas por aférese
● Tipo de concentrado de plaquetas especial obtido através de coleta por
máquina de aférese. A bolsa coletada equivale a 6-8 unidades de
concentrado de plaquetas comuns ou 1 bolsa de pólo de concentrado de
plaquetas. É um concentrado de plaquetas de melhor qualidade, pois na
maioria das vezes já vem desleucocitado, é proveniente de 1 único doador
(menor risco de eventos adversos transfusionais) e pode ter volume de
infusão final menor, em uma transfusão para adultos.
13.1.3. Indicação terapêutica
O concentrado de plaquetas por aférese tem indicação idêntica aos demais
tipos de concentrados de plaquetas. Devido a oferta limitada deste tipo de
hemocomponente devemos priorizar alguns tipos de pacientes, em caso de baixo
estoque, como candidatos a politransfusão (pacientes onco hematológicos),
candidatos a transplante de medula óssea, pacientes com sorologia negativa para
Citomegalovírus (principalmente gestantes e imunossuprimidos), aqueles com
reações alérgicas a transfusão, pacientes politransfundidos e com refratariedade à
transfusão de outros tipos de concentrado de plaquetas (se possível transfusão com
bolsa de plaquetaférese de doador HLA compatível).
● Indicação plaquetária para: plaquetopeniaspor falência medular
● Contra indicação: destruição periférica ou alterações congênitas de
função plaquetária
● Plaquetopenias por falência medular :indicação a portadores de
doenças hematológicas ex: anemia linfomas e leucemia benignas ou
malignas/e ou quimioterapia e radioterapia no caso de transfusão
profilática.
● Transfusão Profilática: A dose empregada deve ser de 1 unidade (ou
5,5 X 1010 plaquetas) para cada 7-10 Kg de peso do paciente. Em
crianças com peso inferior a 7 Kg, a dose deve ser de 10 a 15 ml/Kg.
15
No entanto, doses mais baixas, de no mínimo uma unidade para cada
5 Kg de peso do paciente, podem ser aceitáveis. Na maioria das
vezes, a transfusão profilática precisa ser repetida a cada 24 a 48
horas. Transfusão Terapêutica: O objetivo da transfusão terapêutica de
plaquetas não é elevar a contagem de plaquetas acima de certo limite,
mas ajudar a corrigir o distúrbio hemostático, que pode estar
contribuindo para a hemorragia
● Em situações em que a plaquetopenia por falência medular tem um
caráter crônico (por exemplo, pacientes portadores de anemia
aplástica grave ou síndrome mielodisplásica), os pacientes devem ser
observados sem transfusão de CP. Esta estaria indicada
profilaticamente somente se contagens inferiores a 5.000/μL ou se
inferiores a 10.000/ μL, na presença de manifestações hemorrágicas.
Estudos recentes demonstraram que em situações de plaquetopenias
por falência medular associada ao transplante autólogo de célula
hematopoiética é seguro não transfundir CP mesmo se contagens
inferiores a 10.000/μL na ausência de sangramento se for possível
manter um controle rigoroso do paciente com disponibilidade imediata
de transfusão se surgirem manifestações hemorrágicas menores. Esta
conduta diminui o risco de refratariedade plaquetária, o custo
hospitalar relacionado ao procedimento e o consumo de CP, sem
comprometer a segurança do paciente
● Pacientes portadores de alterações da função plaquetária raramente
necessitam de transfusões de CP. Nas situações de disfunções congênitas
como trombastenia de Glanzmann (deficiência congênita da GPIIb/IIIa),
síndrome de Bernard‑Soulier (deficiência da GPIb/IX), síndrome da plaqueta
cinza (deficiência dos grânulos alfa) etc., a ocorrência de sangramentos
graves é pouco frequente. A recomendação terapêutica é de transfusão de
CP pré‑procedimentos cirúrgicos ou invasivos e no caso de sangramentos
após utilização, sem resultados, de outros métodos como agentes
antifibrinolíticos e DDAVP (1‑dea‑mino‑8‑D‑arginina vasopressina).
Frequentemente, em pacientes submetidos a procedimentos cardíacos
cirúrgicos, com utilização de circulação extracorpórea por tempos superiores
a 90‑120min, a função plaquetária pode estar comprometida, por
16
mecanismos associados à ativação plaquetária, desencadeando
sangramento difuso intraoperatório. Nesta situação, mesmo com contagens
superiores a 50.000/μL, está indicada a transfusão de CP
● Plaquetopenias por diluição ou destruição periférica
● Quatro situações importantes podem ser caracterizadas neste grupo, no qual
temos uma diluição da concentração das plaquetas ou um consumo
aumentado e/ou destruição por mecanismos imunes:
● Transfusão maciça: espera-se uma contagem de plaquetas inferior a
50.000/μL se aproximadamente duas volemias sanguíneas foram trocadas do
paciente. Nesta situação, recomenda‑se a transfusão de CP se a contagem
for inferior a 50.000/μL e se inferior a 100.000/μL na presença de alterações
graves da hemostasia, trauma múltiplo ou de sistema nervoso central;
● Coagulopatia intravascular disseminada (CID): nesta situação, a
reposição de plaquetas e fatores de coagulação é desencorajada, pois não
há evidências de efeitos benéficos profilaticamente, porém, em presença de
sangramentos, mesmo que sem gravidade no momento, deve‑se iniciar a
reposição de fatores de coagulação (PFC) e de CP objetivando contagens
superiores a 20.000/μL;
● Plaquetopenias imunes: a mais frequente forma de plaquetopenia imune é
a púrpura trombocitopênica imune (PTI), associada à presença de
autoanticorpos antiplaquetas. Nesta situação, a transfusão de CP37 é restrita
a situações de sangramentos graves que coloquem em risco a vida dos
pacientes. A terapêutica de reposição deve ser agressiva e sempre
associada a formas de tratamento específico como altas doses de corticóides
e imunoglobulina.Dengue Hemorrágica:a trombocitopenia que acompanha os
casos de dengue hemorrágica é causada pela presença de anticorpos que,
dirigidos contra proteínas virais, apresentam reação cruzada contra antígenos
plaquetários. Na prática, esta plaquetopenia se comporta como a da PTI,
portanto não há indicação para a transfusão profilática de CP
independentemente da contagem de plaquetas no sangue periférico. A
transfusão profilática de CP também não está indicada nas trombocitopenias
que podem acompanhar a Leptospirose e as Riquetsioses.d)
17
Procedimentos cirúrgicos ou invasivos em pacientes plaquetopênicos.
Existe uma grande variedade de dados associados a indicações de
transfusão de CP em pacientes plaquetopênicos submetidos a procedimentos
cirúrgicos ou invasivos, porém a dificuldade de comparação entre os
trabalhos leva a uma dificuldade de definição de critérios conclusivos. Existe
um consenso que contagens superiores a 50.000/μL são suficientes para a
maioria dos casos, exceto para procedimentos neurocirúrgicos e
oftalmológicos para os quais níveis mais elevados são exigidos (superiores a
80.000 a 100.000/μL).O Quadro 4, a seguir, demonstra diferentes critérios de
indicação para transfusão de CP em situações cirúrgicas específicas que
podem ser utilizados como orientação de conduta. Cabe ainda ressaltar que,
nestes procedimentos, a habilidade do profissional que os executa é rele.
13.1.4. Reação Transfusional
● Definição: A reação transfusional é um evento ou resposta indesejável que
ocorre no paciente associada temporalmente com a administração de sangue
ou hemocomponente.
Conforme o tempo de aparecimento do quadro clínico ou laboratorial, a
reação transfusional é classificada em:
● Imediata – quando ocorre durante a transfusão ou até 24h (vinte e quatro
horas) após o seu início.
● Tardia – quando ocorre após 24h (vinte e quatro horas) do início da
transfusão (dias, semanas, meses ou anos).
13.1.5. Quanto à gravidade, a reação transfusional é classificada
em:
● Grau 1 – Leve: Ausência de risco à vida. Pode ser requerida intervenção
médica, mas a falta desta não resulta em danos permanentes ou em
comprometimento de um órgão ou função.
● Grau 2 – Moderada: Morbidade em longo prazo. Em consequência da reação
transfusional houve necessidade de hospitalização ou prolongamento desta
e/ou deficiência ou incapacidade persistente ou significativa ou necessidade
18
de intervenção médica ou cirúrgica para evitar danos permanentes ou
comprometimento de um órgão ou função.
● Grau 3 – Grave: Ameaça imediata à vida, em consequência da reação
transfusional, sem óbito atribuído à transfusão. Intervenção médica exigida
para evitar a morte.
● Grau 4 – Óbito: Óbito atribuído à transfusão. O sistema nacional de
hemovigilância adota as seguintes categorias de correlação do quadro clínico
e/ou laboratorial e/ou vínculo temporal com a transfusão: confirmada
(definitiva/certa); provável; possível; improvável; descartada; inconclusiva.
13.1.6. Incidentes Transfusionais Notificáveis
(Figura 3) ilustrativa sobre reações imediatas e tardias.
13.1.7. Procedimentos Gerais, independente do tipo de Reação –
Equipe de Enfermagem
19
● Interromper a transfusão, manter a extremidade do equipamento protegida
para não haver contaminação e manter a veia permeável com a solução de
hidratação da prescrição.
● Comunicar ao Médico Plantonista imediatamente.
● Verificar e registrar na prescrição médica os sinais vitais do paciente
(pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura
axilar).
● Providenciar todos os medicamentos,materiais e equipamentos necessários
para o atendimento emergencial, no caso de reação moderada ou grave.
● Registrar a reação no mapa transfusional e no livro de ocorrências da
enfermagem.
● Encaminhar todas as amostras, bolsas e pedidos de exames solicitados pelo
Médico.
● Como o procedimento transfusional apresenta risco potencial, a decisão deve
ser compartilhada com o paciente ou seus familiares e os benefícios
esperados com a transfusão bem como seus riscos potenciais devem ser
claramente explicados, discutidos, todas as dúvidas do paciente ou seus
familiares devem ser esclarecidas e preferencialmente documentadas através
de termo de consentimento assinado antes receber a transfusão. Nas
situações de urgência e emergência, quando não houver tempo para discutir
a necessidade de transfusão com o paciente ou seus familiares o médico
deverá registrar em prontuário a condição clínica que o motivou a indicar a
transfusão e a impossibilidade da obtenção do consentimento do paciente.
Em situações relacionadas com a recusa terapêutica, por motivos religiosos,
pessoais ou de qualquer outra natureza, o médico assistente deve sempre
manter os registros da recusa bem documentados em prontuário.
13.1.8. Benefícios
A transfusão sanguínea é fundamental para o tratamento da anemia aguda
consequente a sangramentos importantes. Principalmente em grandes cirurgias, nas
quais os mecanismos compensatórios do organismo não estão sendo suficientes
para manter a oxigenação adequada dos tecidos, ou seja, quando a demanda de
oxigênio é maior do que a oferta desse gás. Assim, a necessidade premente de
transfusão de sangue e derivados é inevitável em casos de anemia aguda, como em
sangramentos intraoperatórios.
20
13.1.9. Malefícios
No entanto, transfusões sanguíneas podem apresentar complicações
infrequentes, mas algumas vezes letais. Dividem-se essas complicações em dois
tipos: infecciosas e não infecciosas.
A transmissão de microrganismos é rara, mas tomou notoriedade imensa na
mídia principalmente quando a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)
surgiu em meados dos anos 80 e o risco potencial de transmissão via transfusão de
sangue. Muitos outros microrganismos podem ser transmitidos, como os vírus das
hepatites B e C, o Trypanosoma cruzi da doença de Chagas, os vírus HIV 1 e 2, o
vírus HTLV e o Treponema pallidum, que transmite a sífilis.
Outros agentes infecciosos que se acredita serem transmissíveis são os
príons, outro tipo de agente infectante que transmite a doença de Creutzfeldt-Jakob,
mais conhecida como doença da vaca louca, o vírus Epstein-Barr, o Herpesvírus 8 e
até mesmo parasitas, como é o caso da malária. Mas todos os testes necessários
para identificação desses agentes são realizados antes do sangue ou derivados
serem utilizados.
● As complicações não infecciosas são mais frequentes. As principais
complicações não infecciosas são:
➢ A reação febril não hemolítica associada à transfusão, ou seja, febre
ocasionada pela transfusão do sangue.
➢ As reações transfusionais alérgicas, em outras palavras, alergia ao
sangue.
➢ A imunomodulação está relacionada à transfusão, que pode diminuir a sua
imunidade contra determinadas doenças.
➢ A sobrecarga circulatória associada à transfusão, que seria um excesso de
volume e que pode trazer consequências para o coração e para os
pulmões.
14. Cuidados de Enfermagem com Pacientes Hematológicos
Os pacientes portadores de doenças hematológicas apresentam, além dos
sintomas clássicos da doença e de sua evolução, outros sintomas e eventos
relacionados ao tratamento. Esses distúrbios são de natureza variada, tais como os
do sistema de coagulação e defesa do organismo, que podem ocasionar fadiga,
debilidade física, perda de peso, febre, lesões em mucosas, dores, infecções e
21
outros, a depender do diagnóstico, órgãos ou estruturas afetados, estadiamento e
forma de apresentação da doença (aguda ou crônica).
O portador de alterações hematológicas deve ser compreendido como um
“ser total”. Pois pode advir conflitos emocionais significativos ligados a ameaças de
alterações na imagem corporal e na auto imagem, perda de identidade, sentimentos
de angústia, medo, depressão ou raiva, mudanças de papéis, isolamento social,
dependência física e psicológica, dentre outros, que geram desequilíbrios e
dificuldades de adaptações.
A assistência de enfermagem é de fundamental importância em todo o
processo, e engloba a prevenção, a identificação, a detecção e o acompanhamento
das complicações associadas e advindas das diferentes doenças e seus
tratamentos.
De modo geral, as intervenções de enfermagem que devem ser adotadas
para prevenir a exposição dos pacientes aos riscos são pertinentes a todas as
doenças hematológicas e são apresentadas em conjunto.
14.1. Higienização
Para prevenir as infecções cruzadas, deve-se instituir um protocolo rigoroso
de higienização das mãos, antes e após o cuidado ou contato com o paciente, para
toda a equipe que assiste o paciente, familiares e visitantes.
14.2. Avaliações clínicas da Enfermagem
Deve-se monitorar os resultados laboratoriais do paciente assim como
também sinais vitais, minimizando o risco de infecções,
14.3. Cuidados com acessos vasculares
14.4.
Antes de instalar as drogas deve-se avaliar a integridade do acesso vascular:
verificar o retorno venoso e fluxo de infusão (com soro fisiológico a 0,9%),
questionar o paciente sobre queixas de dor ou desconforto, inspecionar o sítio de
inserção em busca de sinais de inflamação, extravasamento ou infiltração.
● rede venosa de difícil visualização em função das condições de hidratação;
idade (crianças ou idosos); esclerose ou fibrose venosa fragilidade capilar,
tipo e freqüência das soluções e produtos infundidos (quimioterápicos,
antibióticos, contrastes, transfusões); múltiplas punções e coletas de
22
amostras de sangue; trombocitopenias, deficiências nutricionais, reações
alérgicas à solução administrada.
15. Cuidados de Enfermagem no Perioperatório
● Antes da transfusão:
-Garantir a assinatura do termo de consentimento pelo paciente ou responsável;
-Verificar a permeabilidade da função, do calibre do cateter, presença de infiltração e
sinais de infecção;
-Confirmar a identificação do receptor, do rótulo da bolsa, dos dados da etiqueta de
liberação, a validade do produto;
- Fazer a inspeção visual da bolsa e a temperatura por meio de dupla checagem
para segurança do receptor;
-Sempre aferir e anotar os sinais vitais do paciente.
● Durante a transfusão
Procedimentos que devem ser adotados:
-Confirmar identificação do receptor, comparando com a identificação na pulseira e
o rótulo do insumo a ser infundido;
-Verificar 2x o rótulo da bolsa de sangue ou derivados sanguíneo, para ter certeza
que o grupo e o fator Rh estão de acordo com o registro de compatibilidade;
-Examinar o número, o tipo de hemoderivado e conferir se o mesmo corresponde ao
prontuário do paciente, lembrando sempre de chamar em voz alta, pelo nome
completo do paciente;
-Verificar se não há bolhas de ar na bolsa ou qualquer aspecto de alteração na cor
ou temperatura;
23
-A transfusão deve iniciar 30 minutos após a remoção da bolsa do refrigerador do
banco de sangue. É importante que seja verificado o exato momento e o tempo em
que essa remoção ocorreu;
-Sempre monitorar a transfusão durante todo o processo e lembrar, que o tempo
máximo do processo não pode ultrapassar um total de 4 horas;
-Permanecer ao lado do leito do paciente durante os 10 primeiros minutos de
transfusão;
-Observar o paciente, em relação a reações adversas durante a transfusão, sempre
monitorando os sinais vitais em intervalos regulares e comparando-os com medidas
anteriores;
-Trocar o equipo a cada duas horas das unidades transfundidas para minimizar
riscos de contaminação bacteriana.
● Reações Adversas: durante a transfusão sanguínea
- Caso o paciente apresente-se inquieto, com dor, urticária, febre, calafrios, vômitos,
faltade ar, a transfusão deve ser imediatamente encerrada e o fato deve ser
comunicado ao médico;
- Nesse caso, a bolsa deve ser encaminhada com o laudo da intercorrência ao
banco de sangue para a análise.
● Cuidados de Enfermagem após a transfusão
-Aferir os sinais vitais e compará-los com as medidas anteriores;
-Descarte de maneira adequada todo o material descartável utilizado, para
assegurar que não haja contaminação cruzada em relação a outros funcionários,
como da higienização, por exemplo.
-A desinfecção e gerenciamento de resíduos deve ser feito sempre seguindo as
normas de boas práticas da instituição de saúde e sempre documentados;
-Sempre registrar as atividades desenvolvidas pelo setor de hemoterapia de forma a
garantir possível rastreabilidade, se necessário.
24
-O paciente deve ser monitorado por algumas horas após o procedimento de
transfusão, para garantir que o procedimento não trouxe intercorrências e seu
resultado foi positivo.
26.2 Conceitos
● Transfusão:
É um ato médico de transferir hemocomponentes, ou seja, componentes do sangue
(plasma sanguíneo, plaquetas, hemácias ou leucócitos) de um doador para o
sistema circular de outra pessoa.
● Bancos de Sangue:
É um centro onde o sangue coletado como resultado de doação, passa por diversos
cuidados como a seleção e manipulação de sangue, exigindo uma série de exames
dos doadores, onde também é testado a qualidade do material doado, para evitar a
transmissão de doenças como: HIV, hepatite, dentre outras.
● Indicações de transfusão sanguínea
-Grandes perdas de volume de sangue, relacionado a acidentes ou complicações
cirúrgicas;
-Eritroblastose fetal é uma anemia hemolítica fetal (ou neonatal) causada pela
transmissão placentária de anticorpos materno direcionados às hemácias fetal. Ex:
Fator Rh materno – , gerando filhos Rh +.
- Tratamento Oncológico
- Tratamento de reposição de células. Ex: Anemia.
● Tipos de transfusões sanguíneas
-Agendada: com dia e local marcados.
-Rotina: pacientes que estão internados em ambiente hospitalar.
-Urgência: a transfusão é feita em até 3 horas após a solicitação feita.
25
-Emergência: procedimento imediato, caso haja atraso na transfusão o paciente
pode ir a óbito.
-Aférese: quando o sangue passa por um processo e somente um componente é
retirado. Ex: plaquetas.
-Hemaférese: ocorre quando é retirado do sangue do paciente substâncias nocivas
e o sangue retorna ao paciente. Ex: Pacientes que fazem hemodiálise.
-Autóloga: quando o próprio paciente doa sangue para ele mesmo, para ser
recebido em um momento posterior. Ex: Em uma cirúrgia.
26
CONCLUSÃO
Apesar dos potenciais benefícios da transfusão, principalmente em pacientes
com sangramento expressivo e queda importante da hemoglobina e hematócrito,
devemos utilizar a transfusão sanguínea com bastante critério para que o “remédio
não se torne um veneno” , nos últimos 10 anos, estudos científicos importantes,
randomizados e controlados, questionaram a prática transfusional, demonstrando a
eficácia de um tratamento mais restritivo de transfusão. O Brasil foi pioneiro ao
demonstrar em uma pesquisa realizada no InCor, publicada no periódico JAMA
(Journal of the American Association), que em pacientes submetidos à cirurgia
cardíaca, restringir transfusões é seguro e eficaz.
27
REFERÊNCIAS
● Hajjar LA et al. JAMA. 2010;304(14):1559-1667. Hajjar LA et al. Curr Opin in
Anesthesiology. 2015;28(1):81-88. Almeida JP, Hajjar LA. Anesthesiology.
2015;122(1):29-38. Disponível em:
https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/transfusao-de-sangue-riscos-e-beneficio
s/
● Riscos e benefícios da transfusão sanguínea - Dr. Adriano Fregonesi - 12 de setembro
de 2016 - Portal da urologia – Disponível em:
https://portaldaurologia.org.br/publico/noticias/riscos-e-beneficios-da-transfusao-san
guinea/
● https://www.shhsjc.com.br/manual-pratico-de-hemoterapia/#plasma-seco
file:///C:/Users/adrie/Downloads/Manual-de-Orienta%C3%A7%C3%B5es-em-
Hemoterapia-2018%20(1).pdf
● medicinanet.com.br/conteudos/biblioteca/2220/o_uso_clinico_de_hemocomponentes.
htm
● https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes_2ed.pdf
● Livro - Hemograma Manual de Interpretação - Failace
● Manual de Hematologia - Propedêutica e Clínica
● Hematologia Básica - Grupo A
https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/transfusao-de-sangue-riscos-e-beneficios/
https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/transfusao-de-sangue-riscos-e-beneficios/
https://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/transfusao-de-sangue-riscos-e-beneficios/
https://portaldaurologia.org.br/publico/noticias/riscos-e-beneficios-da-transfusao-sanguinea/
https://portaldaurologia.org.br/publico/noticias/riscos-e-beneficios-da-transfusao-sanguinea/
https://portaldaurologia.org.br/publico/noticias/riscos-e-beneficios-da-transfusao-sanguinea/
https://www.shhsjc.com.br/manual-pratico-de-hemoterapia/#plasma-seco
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_uso_hemocomponentes_2ed.pdf
https://www.livrariaflorence.com.br/produto/livro-hemograma-manual-de-interpretacao-failace-137892
https://www.amazon.com.br/Manual-Hematologia-Proped%C3%AAutica-Therezinha-Lorenzi/dp/8527712377
https://loja.grupoa.com.br/bibliotecauniversitaria/eb-ead-hematologia-basica9788595029491-p1009868

Outros materiais