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É uma síndrome clínica caracterizada por disfunção circulatória aguda, resultando no desequilíbrio entre a oferta de nutrientes e oxigênio e a demanda metabólica dos tecidos. Em condições normais o consumo de o2 é ¼ da oferta. Quando há uma oferta diminuída, o consumo permanece constante, tendo uma maior extração celular de oxigênio. A oferta de o2 depende do volume circulante efetivo, do tônus vascular, bomba cardíaca → taquicardia, função celular adequada. Na falha de um desses mecanismos haverá uma resposta compensatória dos demais. As crianças possuem reserva de frequência cardíaca limitada em virtude da frequência basal já elevada e menor massa muscular ventricular, o que limita o aumento da contratilidade cardíaca. A falha dos mecanismos resulta em redução do DC e oferta de o2 e hipóxia tecidual. Em situações de diminuição significante do debito cardíaco, o aumento da resistência vascular sistêmica mantém, inicialmente, a pressão arterial normal. Pressão arterial = DB X RVS Choque distributivo (vasodilatação): diminuição da RVS e da pré carga Choque hipovolêmico (diminuição do volume sanguíneo): diminuição da pré carga Choque cardiogênico (falha na bomba cardíaca): diminuição da bomba e aumento do pós-carga Choque obstrutivo (obstrução mecânica ao fluxo ventricular): aumento da pré-carga. Choque dissociativo não liberação de O2 aos tecidos Reconhecimento precoce de sinais de alteração cardiocirculatória: aparência (consciência/tônus), respiração, circulação (cor). A PA é uma das últimos coisas q se alteram. Atentar para FC, características dos pulsos (amplos, filiformes, finos, palpáveis), alteração da perfusão tecidual e renal. O choque compensado possui má perfusão com PA adequada. Já o choque descompensado ou hipotensivo possui á perfusão tecidual e hipotensão. RN → PAS < 60mmHg Até 1 ano → PAS = 70 mmHg 1-10 anos → PAS = 70 + (2x idade em anos) >10 anos → PAS > igual 90mmHg Tratamento Exames inicias: hemograma, PCR e culturas (sepse), eletrólitos, glicemia, lactato, gasometria arterial e venosa central, coagulograma, avaliação da função orgânica, ECO (avaliação hemodinâmica). Metas do tratamento: restabelecimento eficaz da perfusão e da oxigenação tecidual, evidenciada por: Tempo de enchimento capilar menor ou igual a 2 segundos Pulsos normais Extremidades aquecidas Diurese > 1ml/kg/h ou > 12/ml/m2/h Nível de consciência normal Pressão arterial normal para a idade Saturação venosa central de oxigênio maior ou igual a 70% Índice cardíaco entre 3.3 e 6L/min/m2 Tratamento inicial: M (monitorização), O (o2 100%), V (veia – IV ou TO), E (ECG). Avaliação → ação → reavaliação A – vias aéreas B – respiração C – circulação – expansão – SF 20ml/kg D – neurológico E – exposição Choque hipovolêmico: não traumático → bolus de 20 ml/kg em 20 min → max 3 em 1 hora. Em RN → 10ml/kg por hora. Reavalie e considere vasopressores, se persistir a hipoperfusão. Hemorrágico → 2 boulus de 20ml/kg + tipagem sanguínea, concentrado de hemácias. Choque cardiogênico → pequenos bolus fluidos (5 – 10 ml/kg por hora). Reavalie e pondere inotrópico (dobutamina ou milrinona) para aumentar o DC. Tratar arritmias. Choque obstrutivo: pneumotórax hipertensivo → toracocentese; tamponamento cardíaco → pericardiocentese Distributivo: anafilaxia → remover o agente, fazer epinefrina (0,01mg/kg – IM) e repetir 15min. Fazer 1-2 bolus de 20ml/kg (SF ou RL) + corticoide, difenidramina IV, IM, VO. Considerar broncodilatador. Neurogênico → faça 1-2 bolus de 20ml/kg (SF ou RL), reavaliar e considerar vasopressor. Choque séptico: na dúvida, iniciar tratamento. Reanimação agressiva com fluidos (20ml/kg/hr) + uso de antibióticos de amplo espectro + correção de hipoglicemia e hipocalcemia + verificação oximetria de pulso.
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