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Coluna cervical torácica

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CINESIOLOGIA
PROFA. DÉBORA ALMEIDA GALDINO ALVES
CURSO DE FISIOTERAPIA
UNILAVRAS
2016
A COLUNA CERVICAL E 
TORÁCICA
Coluna Vertebral
Função:
– Estabilidade ao tronco e ao pescoço
– Protegem a medula espinal
– Protegem a saída nos nervos espinais
Consiste em 33 segmentos vertebrais divididos em 5 
regiões:
– Cervical (7)
– Torácica (12)
– Lombar (5)
– Sacral (5)
– Coccígea (4)
Cada região possui morfologia diferente e 
conseqüentemente funções diferentes
COLUNA CERVICAL
Se desenvolve a medida que o bebê começa a levantar a 
cabeça.
A junção na qual termina uma curvatura e termina a outra 
apresenta maior mobilidade e também mais vulnerável à 
lesões
COLUNA CERVICAL
• Movimenta-se por ela mesma, ou seja, sem 
muitas relações com estruturas anatômicas e 
viscerais quando se movimenta, diferentemente dos 
outros segmentos da coluna vertebral: torácica 
(caixa torácica) e lombar (vísceras e parede 
abdominal)
COLUNA CERVICAL
• Suporte, estabilidade, órgãos do sentido, plexo cervical e 
braquial 
• Estabilidade sacrificada em favor da mobilidade 
• Vulnerabilidade 
• Cervical superior: atlas + axis + occipital: 3 graus de 
liberdade (rot, inclin, flex/ext)
• Cervical inferior: C3 a T1: flex-ext, rotinclinação
ANATOMIA
• Sete vértebras formando uma lordose fisiológica;
• C1 e C2 são vértebras atípicas que proporcionam 
maior mobilidade rotatória; 
• C1 (atlas): apóia a cabeça, forma de um anel ósseo, 
processos transversos laterais longos, e recebe o 
dente do áxis na parte interior;
• C2 (axis): Corpo pequeno, dente, pedículos curtos e 
espessos lateralmente, processo espinhoso bífido 
(maior que nos demais segmentos).
ATLANTO-OCCIPTAL
• C0 e C1: 
• Articulações atlantooccipitais ( 2 facetas articulam-se com 
dois côndilos occipitais (convexos); 
• Flexão e extensão de 15 a 20º – principal movimento. 
• Flexão lateral de 10°
• Rotação desprezível. 
• Movimentos no plano sagital
ATLANTO-OCCIPITAL
ATLANTO-AXIAL
• C1-C2 - Atlas + Áxis Art. Atlantoaxiais
• Articulação mais móvel da coluna 
• Flexão-extensão de 10 graus 
• Flexão lateral de 5 graus 
• Rotação de 50 graus. 
ATLANTO-AXIAL
C4
C7
COLUNA CERVICAL
• As facetas ficam em ângulo de 45º com o plano 
transverso e paralelo ao plano frontal.
• Os discos vertebrais são mais espessos ventralmente e 
dorsalmente produzindo o formato de cunha (contribuindo 
para o lordose)
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS
• Inclinação típica das facetas: altera sua
inclinação conforme vai descendo para cervical
inferior e se aproxima da coluna torácica.
• Quanto mais vertical a inclinação das facetas:
< rotação "funcional" e > associação com
inclinação mais alta (especialmente C1 e C2).
• Quanto mais horizontal a inclinação (próxima C1 e 
C2): > rotação "funcional".
• Portanto, ao se imobilizar e/ ou exercícios, deve-se
levar isso em conta: mais funcional.
COLUNA CERVICAL
• Devido aos processos espinhosos curtos, à forma dos 
discos e à orientação das facetas apontando para trás e 
para baixo, o movimento é maior que em qualquer outra 
região da coluna vertebral.
• Rotação máxima: C1-C2
• Flexão lateral máxima: C2-C4
• Flexão-extensão máxima: C1-C3 e C7-T1
ADM
FACETAS ARTICULARES
• Sinoviais; 
• Superiores : faces voltadas para cima , para trás e para o 
meio; 
• Inferiores : Faces voltadas para baixo , para a frente e 
para o lado facilitam flex/ ext. 
GRAUS DE LIBERDADE – FLEXÃO-EXTENSÃO
LIGAMENTOS
NOME FUNÇÃO
Lig. Flavo (Flavum) Limita a flexão
Lig. Supra e interespinal Limitam a flexão.
Lig. Intertransverso Limitam a flexão lateral 
contralateral
Lig. Longitudinal Anterior Limitam a extensão ou a 
excessiva
lordose na região cervical 
e lombar
Aumentam a estabilidade 
da coluna
vertebral
Lig. Longitudinal 
Posterior
Limitam a flexão
Aumentam a estabilidade 
vertical da
coluna vertebral
Lig. Flavum
Artrocinemática
• Uma típica articulação intervertebral
possui três partes que são associadas aos
movimentos e estabilidade:
– O processo transverso e espinhoso
– As articulações apofisárias
– As articulações intercorposvertebrais
Processo transverso e espinhoso
• Servem de alavanca para os músculos e
ligamentos com o objetivo de gerar e
restringir movimentos e estabilizar a
coluna vertebral
Articulações apofisárias
• Responsáveis por guiar os movimentos
intervertebrais.
• A geometria, tamanho e a orientação espacial das 
facetas articulares com as articulações apofisárias
possuem grande influência na direção do 
movimento.
Articulações inter-corpos vertebrais
• Absorção de choque e distribuição de
carga por toda a coluna vertebral
• Permite estabilidade intervertebral
• Funciona como um espaço deformável
entre as vértebras.
MOVIMENTOS CERVICAIS
• FLEXÃO-EXTENSÃO
MOVIMENTOS CERVICAIS
• FLEXÃO LATERAL
MOVIMENTOS CERVICAIS
• ROTAÇÃO
MOVIMENTOS CERVICAIS
• PROTUSÃO E RETRAÇÃO
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO
• Origem: processo mastóideo e linha nucal
• Inserção: manúbrio do esterno e borda anterior 
da clavícula
ESTERNOCLEIDOMASTÓIDEO
Ações: 
• Flexão lateral ipsilateral; 
• Rotação contralateral. 
Protrusão de cabeça: 
• Flete a cervical baixa; 
• Estende a cervical alta. 
ESCALENOS
Inserções: 
• Cervical baixa; 
• 2 primeiras costelas. 
Ações: 
• Elevam as costelas na inspiração forçada; 
• Flexão lateral; 
• Rotação contralateral (porção anterior). 
TRAPÉZIO SUPERIOR
• Origem: occipital e nas primeiras vértebras cervicais
• Inserção: borda posterior da clavícula
TRAPÉZIO SUPERIOR
Ações: 
• Elevação e rotação superior da 
escápula; 
• Extensão, flexão lateral ipsilateral
e rotação contralateral da cabeça; 
• Ações unilaterais dos mmss pode 
causar rotações vertebrais. 
LEVANTADOR DA ESCÁPULA
Origem: nos processos 
transversos de C1 a C4. 
Inserção: margem ântero-
medial da escápula
Ações: 
• Eleva a escápula; 
• Roda inferiormente a 
escápula; 
• Flete lateralmente o pescoço; 
• Estende o pescoço. 
MÚSCULOS PROFUNDOS ANTERIORES
Músculos estabilizadores 
cervicais; 
• Longo do pescoço e da 
cabeça: 
• Profundos e fixados nos 
corpos e processos 
transversos das vértebras 
cervicais. 
• Reto anterior e lateral da 
cabeça: 
• Processo transverso de C1 
até o occipital; 
• Flexão anterior e lateral da 
cabeça. 
MÚSCULOS NA PROTUSÃO DA CABEÇA
• Deslocamento anterior do centro de massa da 
cabeça. 
• Maior estresse no levantador da escápula e 
semiespinhal da cabeça => sustentam o peso da 
cabeça. 
INTERAÇÃO COM ESCÁPULA E OMBRO
• Os movimentos do 
complexo do ombro 
exercem esforço nas 
vértebras cervicais. 
• Movimentos assimétricos 
podem promover rotações 
vertebrais. 
• Avaliação cervical 
vinculada à avaliação do 
complexo do ombro. 
COLUNA TORÁCICA
FUNÇÕES
• Proteção da medula espinhal.
• Base de suporte e mobilidade para a cabeça.
• Base estável para fixação de ossos,
mm., lig.e para as extremidades, caixa
torácica e pelve.
• Conexão entre os MMSS e MMII, transferindo e 
atenuando as cargas da cabeça e tronco para MMII.
• Mobilidade entre as diversas partes do tronco.
COLUNA VERTEBRAL
– 7 vértebras cervicais.
– 12 vértebras torácicas.
– 5 vértebras lombares.
– 5 vértebras sacrais(fundidas).
– 4 vértebras coccígeas(fundidas).
• Plano frontal : é retilínea
• Plano sagital: apresenta curvaturas, as quais são 
denominadas primárias e secundárias
• Por que a existência das curvaturas vertebrais?
⇑ da resistência da coluna vertebral aos esforços de 
compressão axial.
ANATOMIA
Vértebra típica é composta pelo:
• corpo na parte anterior
• arco vertebral na parte posterior:
– 4 processos articulares(dois pares superiores e 
dois inferiores)
– 3 processos não articulares(dois transversos e um 
espinhoso)
DISCO INTERVERTEBRAL
• Função principal: absorver as forças de
compressão axial (coxins compressíveis) ⇒
força da gravidade, tração muscular e cargas
externaou interna.
• Outras funções: união, alinhamento e certa mobilidade 
entre as vértebras.
Composição do núcleo
pulposo e annulus fibroso
As composições são similares:
–água
– colágeno (tipos I e II)
– proteoglicanos (PG)
Proporções relativas dessas substâncias e os tipos de 
colágeno que diferenciam as partes do disco.
NÚCLEO PULPOSO
• Alta concentração de fluido e PG ⇒
substância gelatinosa.
• PGs têm capacidade de atrair água ⇒ hidrófila
• Colágeno tipo II ⇒ resistente às forças
de compressão.
ANNULUS FIBROSO
• Baixa concentração de fluido e PGs.
• Colágenos tipos I e II, sendo o tipo I (resistente à tensão) 
predominante ⇒resistente à tensão e compressão.
Os discos intervertebrais aumentam
de tamanho e espessura à medida
que os observamos da cervical
(3mm) para a lombar (9mm).
Proporção entre a altura do disco
intervertebral e a altura do corpo
vertebral ⇒ mobilidade do
segmento:
• cervical: 2/5
• torácica:1/5
• lombar: 1/3
INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO
• Annulus fibroso é inervado pelos ramos dos nervo 
vertebral e sinuvertebral (cervical e lombar)
• Núcleo não é inervado nem irrigado. 
Nutrição ⇒ difusão da porção cartilaginosa do platô 
vertebral.
Movimento é fundamental para nutrição discal
Pressão exercida no eixo
da coluna
Água do núcleo pulposo
⇓
orifícios
Platô vertebral (corpo vertebral) pressão mantida todo o 
dia
⇓
Núcleo pulposo menos hidratado do que de manhã
Redução da altura do indivíduo 
através da compressão discal
Compressão diária 1cm/dia
6 km corrida 3.25 mm
25 min. treinamento de peso 5.4 mm
20 min. Sustentando halteres 40 kg 11.2 mm
DISCO INTERVERTEBRAL
Funciona hidrostáticamente
Flexibilidade com baixas cargas
Rigidez com altas cargas
Compressão
Nucleo pulposo age como um amortecedor
Disco achata-se e alarga-se
Tensiona as fibras do anel fibroso
ARTICULAÇÕES
• Articulações cartilaginosas ou intervertebrais:
– entre os corpos vertebrais e o disco
Intervertebral
• Articulações sinoviais:
– entre os processos articulares superiores e inferiores da 
vértebras adjacentes.
• Direção do movimento orientação
das facetas articulares.
Coluna torácica
Os movimentos são muito limitados:
• Ligação com costelas
• Longos processos espinhosos
Flexão-extensão: 3 a 12 graus
Flexão lateral: 2 a 9 graus
Rotação: 2 a 9 graus
Forças nas articulações vertebrais
• Extensão: 210 Nm (pp eretores)
• Flexão: 150 Nm (pp abdominais)
• Flexão lateral: 145 Nm
• Rotação: 90 Nm (pp abdominais)
Desvios posturais

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