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ENSAIO CIENTÍFICO - A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA

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1 
 
A CRIMINALIZAÇÃO DA POBREZA 
 A situação de pobreza e miséria da maioria da população brasileira é uma questão 
estrutural, histórica, inserida no contexto em que os grupos hegemônicos, as elites dominantes, 
detentoras do poder econômico, político, de consumo, procuram manter essa imensa maioria 
sob controle estatal, principalmente por meio de seus órgãos de repressão, de julgamento e de 
encarceramento. Neste sentido, o indivíduo pobre passa a ser marginalizado e estigmatizado, 
sob a alegação de vulnerabilidade socioeconômica, identifica-se aos olhos da sociedade como 
elementos propensos a cometer infrações penais, ou seja, é mais provável que o pobre seja o 
criminoso, o suspeito, o culpado, o condenado, o apenado, enquanto os mais favorecidos pouco 
ou quase nunca se enquadram nessas características. 
 Este ensaio acadêmico pretende conceituar e fazer uma análise crítica sobre a 
criminalização da pobreza no Brasil. 
No Brasil a criminalização da pobreza é um processo histórico de construção e 
enraizamento em nossa cultura de que o pobre brasileiro carrega o estigma de criminoso, da 
vadiagem. Esse movimento se potencializa quando a pessoa é negra e pobre, gerando 
preconceitos e maximizando o seu nível de periculosidade. 
 A dominação de classe e a criminalização da pobreza subjuga os pobres, negros, pessoas 
com baixa escolaridade e empregos precários, com práticas e políticas de repressão e controle 
social seletivo, adicionando efeitos ainda mais negativos a já tão restrita existência dos 
marginalizados. 
 O estigma da situação de vulnerabilidade socioeconômica contribui para a 
criminalização da pobreza e a construção social do delinquente. Assim, os excluídos são os 
mais temidos, os mais acusados e os mais oprimidos pelo sistema. 
 Nesse sentido, a discriminação duradoura é baseada sempre em informações 
equivocadas, estigmatizando grupos considerados perigosos pela tradição criminosa associada 
ora pela etnia, ora pelo local de moradia, ora pela condição financeira. São as clássicas 
afirmações de que negros e pobres são mais propensos ao crime. No caso da violência criminal 
percebe-se que os grupos sociais mais vitimizados são aqueles socialmente excluídos, 
desprovidos dos símbolos que caracterizam o ‘cidadão de bem’ e revestidos pelos signos da 
marginalidade (pobreza, juventude, cor negra, morador da periferia da cidade etc.) (PASTANA, 
p.183-198, 2005). 
2 
 
 A família desestruturada, o desemprego, o uso de drogas, são aspectos que sugerem a 
naturalização da prática de ato infracional. No entanto, sabe-se que esse conjunto de 
circunstâncias e particularidades não são exclusivas da classe baixa. Por exemplo, um grande 
número de pessoas da classe média e alta usa drogas, naturais e/ou sintéticas, com fins 
recreativo, medicinal e mesmo religioso, e a elas não se associam drogas com a potencial prática 
de delitos. Por outro lado, quando jovens e adultos da classe baixa usam drogas, independente 
se para recreação ou destruição própria, são demonizados e tratados como criminosos, 
disseminando-se rótulos e estigmas, que, no fundo, desmascaram uma discriminação de classes 
arraigada na sociedade (ANDRADE, p. 86-102, 2012). 
 Em relação ao tratamento diferenciado promovido pelo Sistema Penal Brasileiro, por 
meio de suas normas, como a Lei de Drogas, Lei nº 11.343/2006, vale mencionar a concepção 
de Jailson de Souza e Silva (2016) segundo a qual os menores das classes mais baixas são 
acautelados pelo cometimento de infração da Lei de Drogas, porque para aqueles que têm mais 
renda, mais conhecimento, informação, respaldo familiar, a repreensão e censura da abordagem 
policial, a admoestação é menos depreciativa. Enquanto os pobres são criminalizados e 
violentados por policiais, os mais ricos são acobertados pela condição social e raramente 
acabam punidos. 
 O tratamento distinto de acordo com a classe, cor e condição social, apesar da identidade 
de condutas, denota que “jovem rico erra. Menor pobre comete crime” (SAKAMOTO, 2011). 
À vista disto, torna-se perceptível que o estigma de “jovem delinquente” se associa à valoração 
negativa de sua família, o grau de vulnerabilidade, a baixa renda, baixa escolaridade, o lar 
desestruturado, com trabalho precário, moradia na periferia ou favela, e sua incriminação não 
decorre apenas do cometimento de um crime, mas ao pertencimento de certa classe social, 
sobretudo, porque não existem indicações que pobres cometam mais crimes que ricos, apenas 
que aos primeiros é mais fácil aplicar estereótipos e rotulá-los como criminosos (ANDRADE, 
2012). 
 A forma sensacionalista como a violência é tratada e discutida pelos meios de 
comunicação, que têm como função central - vender - a formação de opinião, cria um clima 
generalizado de medo e insegurança, alimentado pela fala diária do crime, independente da 
possibilidade real dele vir acontecer ou de ter sido vivenciado (BAIERL, p. 143, 2008). 
Essa cultura do medo provoca o estado de alarme social e relaciona crime e violência à 
segregação social, quando valoriza a desigualdade e a separação e estigmatiza grupos 
3 
 
considerados perigosos em referência à etnia, ao local de moradia, à condição financeira e 
presume que negros e pobres são mais propensos ao crime, considerando pobreza, juventude, 
raça, moradia em periferia da cidade, prenunciação de marginalidade (PASTANA, 183-198, 
2005). 
O medo generalizado também gera impacto nos modos de vida da sociedade 
contemporânea, em todos os grupos sociais e em quase todas as famílias, e provoca 
transformações urbanas provenientes do alarme social, gerando novas estratégias de proteção, 
como a construção de espaços de segregação, que passam a ser fechados, fortificados e 
monitorados, criados para separarem pessoas, contradizendo ideais de igualdade. 
Podem ser shopping centers, conjuntos comerciais e empresariais ou condomínios 
residenciais. Eles atraem aqueles que temem a heterogeneidade social dos bairros urbanos mais 
antigos e preferem abandoná-los para os pobres, os ‘marginais’, os sem teto. Por serem espaços 
fechados cujo acesso é controlado privadamente, ainda que tenham um uso coletivo e 
semipúblico, eles transformam profundamente o caráter do espaço público (PASTANA, 2005). 
Processos de interdito proibitório foram realmente judicializados para afastarem o 
jovem estereotipado delinquente, o suposto inconveniente, e separarem esses baderneiros dos 
ordeiros, os diferentes dos iguais, os da periferia dos centrais e em alguns estados foram 
concedidas liminares a essas ações racistas e classistas com alegação da preservação da “paz 
social” (MACHADO, p. 13-14, 2015). 
Com a disseminação da cultura do medo, grande parte da sociedade não se importa com 
as barbáries cometidas àqueles que ela considera ameaça, mas as entende como uma 
necessidade “higienista” do social. Assim, percebe-se que o medo e a insegurança não têm 
raízes diretas na criminalidade, mas, ao contrário, crescem de uma construção política e 
ideológica, que projetando caos e perigo, estimulam conflitos (PASTANA, p. 183-198, 2005). 
Os signos da marginalidade são históricos, estruturais e contextualizáveis a depender do 
processo histórico de construção da nação. São vários os signos, estereótipos, estigmas que 
contribuem para a caracterização do indivíduo enquanto suspeito de autoria de um determinado 
crime, e de outro como vítima, bem como são várias as combinações possíveis entre eles a gerar 
reações diversas. Gênero, idade, classe social, vestimentas, cor/raça etc. Dentre estes signos 
alguns são estruturais, a saber, gênero e raça/cor. Velada, mascarada e negada, a categoria 
estrutural raça vai embasando as elaborações de práticas preventivas, constituindo nas 
4 
 
relações o lado pejorativo, sendo os sujeitos possuidores de suas características marcados e 
constantemente alvos de violência (FORMIGA, 2010). 
ZygmuntBauman, um dos grandes teóricos da pós-modernidade, aborda o intenso 
processo de criminalização da pobreza como uma das mais preocupantes consequências 
humanas da globalização, que ilustra de forma determinante o paradoxo globalização/exclusão. 
Tal paradoxo traduz-se em binômios como unir e separar, libertar e aprisionar, incluir e 
excluir. Binômios apenas aparentemente antagônicos, pois servem, em um perfeito conjunto, 
ao ordenamento do capitalismo global e neoliberal, o que nos leva a apreender a criminalização 
da pobreza não como um processo isolado e muito menos antagônico, mas inerente à sociedade 
de consumo delineada pela globalização. 
Excluídos, consumidores falhos ou vagabundos, essa categoria de pessoas é lançada em 
um processo desumano de luta pela sobrevivência e recuperação da dignidade perdida pelos 
maus tratos da miséria e segregação. No cotidiano dessa luta, muitos adentram no universo do 
processo de criminalização da pobreza. Processo que deve ser compreendido em dois sentidos: 
primeiro, no sentido de encarar e tratar como criminosos os consumidores falhos, os inaptos a 
jogar o jogo do consumo, os vagabundos; segundo, no sentido da produção de criminosos de 
fato, aqueles que acabam se enquadrando nos diversos artigos do Código Penal, muitas vezes 
devido à situação de marginalidade e exclusão em que foram destinados a viver. 
Na visão de Bauman criminalizar a pobreza não é só mais um meio, ou pretexto, para 
banir, excluir, encarcerar os pobres. É também uma forma de culpa-los pela sua condição de 
excluído, de consumidor falho, de vagabundo e, especialmente, de agente poluidor do belo 
mundo globalizado. É um modo de tirar dos ombros das elites móveis e das relações de poder 
estabelecidas pelo mercado e pela política neoliberal toda e qualquer responsabilidade pelo 
fracasso daqueles que representam o estereótipo de tudo o que não se deve ser na sociedade de 
consumo da pós-modernidade. 
Portanto, ser pobre no Brasil é carregar vários estigmas, que são ocultos por discursos 
de igualdade, de inconstitucionalidade, defesa de direitos humanos, que na prática se mostram 
ineficazes, uma vez que no imaginário coletivo, criado pelo processo de exclusão histórica e 
social, o indivíduo pobre é o mais propenso ao cometimento de infrações penais, pois mora na 
periferia, muitos são desempregados, com suas famílias desestruturadas, como se a condição 
de pobreza fosse a chave para a porta da criminalidade. 
5 
 
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