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Sociologia Florestan Fernandes

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Módulo 12 – Florestan 
Fernandes: o intérprete do 
Brasil
professorbruno1822@gmail.com
mailto:professorbruno1822@gmail.com
• Florestan Fernandes – Sociólogo
• Nascimento: 22 de julho de 1920, São Paulo, São Paulo
• Falecimento: 10 de agosto de 1995, São Paulo, São Paulo
Biografia
Resumo sobre Florestan Fernandes 
• Florestan Fernandes foi um sociólogo, antropólogo, escritor, 
político e professor brasileiro. 
•De origem humilde, o intelectual brasileiro trilhou os primeiros 
20 anos de sua carreira na Universidade de São Paulo até o ano 
em que foi exilado por conta da promulgação do AI-5. 
• Fernandes dedicou-se, no início de sua carreira, ao estudo 
etnológico dos índios tupinambá. 
•Após a década de 1950, o sociólogo passou a estudar os 
resquícios da escravidão, o racismo e a difícil inserção da 
população negra na sociedade altamente dominada por 
pessoas brancas.
Biografia de Florestan Fernandes 
• Florestan Fernandes nasceu na cidade de São Paulo, em 22 de julho de 1920. 
• Sua mãe era imigrante portuguesa e teve apenas Florestan como filho. Sua 
madrinha ajudou em sua criação, despertando no jovem o interesse pelos 
estudos e pela leitura. 
• Parte da sua infância e de sua juventude aconteceu nos cortiços das 
periferias de São Paulo, o que o colocou em contato direto com a sua origem.
• No terceiro ano do curso primário, que hoje equivale ao Ensino Fundamental, 
Florestan abandonou os estudos e foi trabalhar para ajudar a mãe. 
• Trabalhou como engraxate, em um restaurante e em uma padaria. 
• Com 17 anos, o jovem voltou a estudar, fazendo uma espécie de curso de 
normalização extensivo, no qual concluiu o equivalente a sete anos de estudo 
em três anos.
Biografia de Florestan Fernandes 
• Em 1941, com 21 anos de idade, Florestan Fernandes começou o seu 
bacharelado em ciências sociais na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências 
Humanas, da Universidade de São Paulo (USP). 
• Em 1943 ele obteve a graduação, e em 1944 obteve a licenciatura em ciências 
sociais. Entre 1944 e 1946, o sociólogo cursou o mestrado em antropologia pela 
Escola Livre de Sociologia e Política, instituição vinculada à Universidade de São 
Paulo, iniciando sua pesquisa etnográfica sobre os índios tupinambá.
• Em 1945 ingressou como professor no Ensino Superior, sendo professor 
assistente do professor Fernando Azevedo, seu orientador de mestrado e 
doutorado, na USP. Na mesma época, filiou-se ao extinto Partido Socialista 
Revolucionário (PSR). 
• Em 1947, Florestan defendeu sua dissertação de mestrado intitulada A 
organização social dos tupinambá. 
• Em 1951 o sociólogo defendeu sua tese de doutorado, na USP, intitulada “A 
função social da guerra na sociedade tupinambá”.
Biografia de Florestan Fernandes 
• Em 1953, Florestan Fernandes tornou-se professor titular interino da USP, 
ocupando a cadeira do sociólogo francês Roger Bastide. 
• Em 1964, Fernandes tornou-se livre docente da mesma faculdade em que se 
formou, com a defesa da tese intitulada “A inserção do negro na sociedade de 
classes”.
• Em 1964 foi preso por conta de sua atuação política e docente quando estourou 
o golpe militar brasileiro. 
• Em 1969, foi novamente preso, teve seu cargo público cassado e foi exilado, indo 
viver no Canadá e nos Estados Unidos, tendo lecionado em diversas 
universidades no exterior. 
• Em 1972, Fernandes voltou ao Brasil. 
• Em 1977, ele foi professor convidado na Universidade de Yale, e no mesmo ano 
voltou novamente ao Brasil porque foi contratado como professor titular pela 
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a PUC-SP.
Biografia de Florestan Fernandes 
• Entre 1987 e 1994, Florestan Fernandes exerceu dois mandatos 
como deputado federal eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT). 
• Sua atuação política deu-se a favor da redução da desigualdade 
social no Brasil e da melhoria da educação pública. 
• Florestan Fernandes participou das primeiras discussões e da 
formulação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira 
(LDB), que foi promulgada em 1996 e registrada como Lei 
9.394/96.
• Em 1994, Florestan Fernandes precisou ser submetido a um 
transplante de fígado e não obteve sucesso, falecendo em 10 de 
Agosto de 1995, aos 75 anos de idade.
Jornal do Brasil, edição de 10/08/1995
Ideias de Florestan Fernandes
“Afirmo que iniciei a minha aprendizagem 
sociológica aos seis anos de idade, quando 
precisei ganhar a vida como se fosse um 
adulto e penetrei, pelas vias da experiência 
concreta, no conhecimento do que é a 
convivência humana e a sociedade.”
Florestan Fernandes
Ideias de Florestan Fernandes
• Florestan Fernandes foi um estudioso das relações étnico-
raciais no Brasil, tendo estudado primeiro os índios tupinambá 
e depois os negros, sempre na perspectiva da dificuldade da 
integração democrática desses povos não brancos na cultura 
brasileira branca. 
• Em um Brasil que visava a industrialização e a modernidade, e 
que havia deixado para trás o colonialismo e a escravidão, 
fazia-se necessário buscar um modo de compreender a 
exclusão social e as estruturas que permitem a exclusão, 
sobretudo de pobres e negros, para buscar algum modo de 
alcançar essa situação.
Para Florestan Fernandes, a escravidão deixou 
um legado de exclusão da população negra.
• A maior parte da obra de Florestan Fernandes 
tem como objetivo entender a situação do negro 
na sociedade brasileira.
• A partir da teoria marxista, Fernandes analisa a 
inserção do negro quando este passou de ser 
propriedade para um ser dotado de liberdade.
• Do ponto de vista de Fernandes, o negro não 
teria sido integrado dentro da sociedade 
capitalista, pois este grupo era o mais 
desfavorecido se comparado aos brancos.
• Para Florestan Fernandes o grau de integração 
do negro na sociedade brasileira poderia ser um 
parâmetro para a democracia brasileira.
Desigualdade social
• Florestan Fernandes viveu a desigualdade 
contra os pobres e moradores da 
periferia. 
• O sociólogo chegou a contar que, mesmo 
com a influência de sua madrinha, os 
empregos que conseguiu quando jovem 
eram estigmatizados e nada melhor era 
oferecido a quem morava nos guetos de 
São Paulo. 
• Havia uma desconfiança daquela gente. 
• A desigualdade social marcou a sua 
infância, e, na sua visão, superar essa 
desigualdade era a única possibilidade da 
nossa sociedade progredir moralmente.
Foram mais de 55 mil curtidas e 16 mil compartilhamentos 
no Facebook. Isso só no post original, sem contar as muitas 
entrevistas que concedeu posteriormente. A história do 
estudante Thiago Torres, de Ciências Sociais, ficou famosa 
dentro e fora da USP. Seu relato de como é crescer em 
periferia e estudar na maior universidade do país, 
mantendo o estilo “chavoso”, caracterizado, entre outros 
acessórios, por meia na canela, óculos juliet e boné, 
viralizou pelas redes sociais e alcançou milhares de pessoas.
Educação
• O único modo de conseguir-se uma sociedade justa e livre da desigualdade social 
era, segundo Fernandes, por meio da educação pública e de qualidade. 
• Fernandes foi amigo e colega profissional do também sociólogo e antropólogo 
Darcy Ribeiro. 
• Juntos, os dois elaboraram projetos de valorização da educação básica e 
contribuíram com a formulação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Brasileira (LDB).
Florestan Fernandes participa de uma manifestação em defesa 
do ensino público
A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição Federal. 
Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em relação à educação 
escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime de colaboração, entre a União, 
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a educação básica 
e o ensino superior.
Educação básica:
1. Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas (de 4 e 5 anos) – É gratuita 
mas não obrigatória. É de competência dos municípios.
2. EnsinoFundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos finais (do 6º ao 9º ano) –
É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, gradativamente, os municípios serão os 
responsáveis por todo o ensino fundamental. Na prática os municípios estão 
atendendo aos anos iniciais e os Estados os anos finais.
3. Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de responsabilidade dos Estados. 
Pode ser técnico profissionalizante, ou não.
Democracia
• Defensor de um ensino democrático, de 
uma democracia das relações sociais e do 
acesso aos serviços básicos garantidos a 
todos os cidadãos, Fernandes era um 
democrata. 
• Sobretudo foi defensor de relações 
democráticas entre negros e brancos no 
Brasil. 
• A teoria de Gilberto Freyre de convívio 
harmonioso entre negros e brancos no 
Brasil, chamada por Fernandes de “mito da 
democracia racial”, nunca existiu em um 
país como o Brasil, que não conseguiu 
incluir o negro em sua sociedade capitalista.
Em 1933, quando o escritor pernambucano 
Gilberto Freyre publica a obra "Casa Grande & 
Senzala", a ideia de que negros e brancos 
conviviam harmonicamente começa a se 
espalhar pela sociedade brasileira -- e muito por 
causa do que o autor julgava ser uma grande 
"intimidade" entre seres das duas raças, o que, 
na realidade, tratava-se da relação de poder 
entre o branco dono de escravizados e de 
negras escravizadas, ou seja, entre proprietário 
e propriedade.
A concepção de Freyre de equidade entre as 
raças nunca se provou real, foi apenas uma 
espécie de máscara para encobrir as violências 
do racismo cotidiano enquanto pregamos que 
todos somos iguais.
Ao contrário de Gilberto Freyre que defendeu a inclusão do negro no 
Brasil através da miscigenação entre o índio, o branco e o negro, 
Florestan Fernandes se afastou dessa linha de pensamento -> “mito da 
democracia racial”.
Democracia racial é um 
conceito que nega a existência 
do racismo no Brasil. É tratada 
como mito e ideologia por 
buscar exprimir a vigência de 
uma suposta democracia 
plena que se estenderia às 
pessoas de todas as raças.
https://g1.globo.com/economia/n
oticia/negros-ganham-r-12-mil-a-
menos-que-brancos-em-media-no-
brasil-trabalhadores-relatam-
dificuldades-e-racismo-
velado.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/negros-ganham-r-12-mil-a-menos-que-brancos-em-media-no-brasil-trabalhadores-relatam-dificuldades-e-racismo-velado.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/brancos-sao-maioria-
em-empregos-de-elite-e-negros-ocupam-vagas-sem-
qualificacao.ghtml
https://g1.globo.com/economia/noticia/brancos-sao-maioria-em-empregos-de-elite-e-negros-ocupam-vagas-sem-qualificacao.ghtml
“A população negra possui os piores indicadores sociais, os menores índices de escolarização, de rendimentos e de 
acesso a bens e serviços, assim como os maiores índices de mortalidade precoce, quando comparados com a 
população branca. Esses dados do MTE apontam para uma das faces da desigualdade social brasileira: a divisão 
racial do trabalho altamente resiliente”, afirma o pesquisador Antônio Teixeira, coordenador de gênero, raça e 
estudos geracionais do Ipea.
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-
12/estudo-expoe-diferenca-de-salarios-entre-negros-e-
brancos-em-ongs
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-12/estudo-expoe-diferenca-de-salarios-entre-negros-e-brancos-em-ongs
6.jan.2020 às 2h00
A diferença salarial entre brancos e negros, de 45%, de acordo 
com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 
2019, não pode ser atribuída apenas à falta de oportunidade 
de formação para pessoas negras. Segundo cálculo do Instituto 
Locomotiva, a diferença salarial ainda é significativa, de 31%, 
quando comparados os salários de brancos e negros com 
ensino superior, isoladas todas as demais variáveis. 
Sobra apenas a cor da pele.
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/01/racismo-
gera-diferenca-salarial-de-31-entre-negros-e-brancos-diz-
pesquisa.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/11/brancos-tem-renda-74-superior-a-de-pretos-e-pardos-diz-ibge.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/cida-bento/2019/10/discurso-da-meritocracia-ignora-bolha-branca-e-discriminacao-no-mercado-de-trabalho.shtml
https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2020/01/racismo-gera-diferenca-salarial-de-31-entre-negros-e-brancos-diz-pesquisa.shtml
https://g1.globo.com/df/distrito-
federal/noticia/2020/11/16/brancos-recebem-
salarios-61percent-maiores-do-que-negros-ou-
pardos-no-df-aponta-ibge.ghtml
https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2020/11/16/brancos-recebem-salarios-61percent-maiores-do-que-negros-ou-pardos-no-df-aponta-ibge.ghtml
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-
emprego/noticia/2020/09/24/menos-de-5percent-dos-
trabalhadores-negros-tem-cargos-de-gerencia-ou-diretoria-
aponta-pesquisa.ghtml
https://g1.globo.com/economia/concursos-e-emprego/noticia/2020/09/24/menos-de-5percent-dos-trabalhadores-negros-tem-cargos-de-gerencia-ou-diretoria-aponta-pesquisa.ghtml
1) os negros são representados através de 
estereótipos negativos; 
2) existe uma total invisibilidade da ação positiva 
dos negros; 
3) a cultura negra é vista como folclore, e não 
como parte da cultura popular e da constituição 
do imaginário e das preferências do povo 
brasileiro; 
4) o negro como elemento de diversão para os 
brancos, e não para si mesmo e seu grupo 
étnico; 
5) a apresentação do negro como pobre e favelado 
está na estrutura rotineira dos noticiários.
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-
disciplinas/atualidades/representacao-do-negro-
na-tv-antigos-estereotipos-e-busca-contextos-
positivos.htm?cmpid=copiaecola
https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/representacao-do-negro-na-tv-antigos-estereotipos-e-busca-contextos-positivos.htm?cmpid=copiaecola
O Negro Mágico
Exemplos: À Espera de um Milagre, Lendas da Vida, Um Maluco no Golfe, Endiabrado, Todo Poderoso e sequências. Basicamente, 
se o Morgan Freeman estiver no filme, são grandes as chances de você estar assistindo a um Negro Mágico.
Cunhado por Spike Lee em uma discussão sobre o filme À Espera de um Milagre, o termo Negro Mágico é usado para denominar 
aquele personagem sábio e místico que sempre aparece para salvar o dia do protagonista branco. Cheio de sabedoria e 
espiritualidade – e poderes sobrenaturais, em alguns casos – ele costuma ser de origem muito humilde (um zelador, um 
prisioneiro, um mendigo), mas pouco se preocupa com a própria condição. Não, o único objetivo de vida desse personagem é 
resolver os problemas do protagonista branco. Variações do Negro Mágico incluem a Empregada Benevolente (babá, cozinheira, 
faxineira) e o Melhor Amigo Conselheiro. Nenhum deles têm história própria – ou, pelo menos, nenhum deles tem história 
própria que tenha valor suficiente para aparecer no filme.
Tia Nastácia Tio Barnabé
https://iconografiadahistoria.com.br/2020/10/25/uma-analise-
sobre-a-baba-negra-na-historia-do-brasil/
https://iconografiadahistoria.com.br/2020/10/25/uma-analise-sobre-a-baba-negra-na-historia-do-brasil/
https://www.gazetadopovo.co
m.br/vida-publica/baba-
negra-cuidando-de-bebes-em-
protesto-causa-polemica-
2h74sdosebc8evn8jknfjraqr/
https://www.gazetadopovo.com.br/vida-publica/baba-negra-cuidando-de-bebes-em-protesto-causa-polemica-2h74sdosebc8evn8jknfjraqr/
https://g1.globo.com/po
p-
arte/cinema/noticia/pan
tera-negra-provoca-
onda-de-rolezinhos-nos-
cinemas-do-rio.ghtml
https://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/pantera-negra-provoca-onda-de-rolezinhos-nos-cinemas-do-rio.ghtml
https://gauchazh.
clicrbs.com.br/co
mportamento/not
icia/2018/02/apos
-campanha-
criancas-negras-
vao-ao-cinema-
para-ver-pantera-
negra-
cje6aspms02f501
qxgg1ouv4u.html
https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/noticia/2018/02/apos-campanha-criancas-negras-vao-ao-cinema-para-ver-pantera-negra-cje6aspms02f501qxgg1ouv4u.html
https://vejasp.abril.c
om.br/cultura-
lazer/maju-coutinho-
faz-homenagem-a-
chadwick-boseman-wakanda-forever/
https://vejasp.abril.com.br/cultura-lazer/maju-coutinho-faz-homenagem-a-chadwick-boseman-wakanda-forever/
Livro: A revolução burguesa no Brasil: ensaio de 
interpretação sociológica
• Esse livro de Florestan Fernandes foi publicado 
em 1975 e lança uma tese que vai na 
contramão de muitas teorias sociológicas 
existentes até então. 
• Seu autor defende a existência de uma 
revolução burguesa no Brasil, um país 
dominado por outros países no processo 
colonial. 
• Era um pensamento comum na sociologia que 
as revoluções burguesas somente teriam 
ocorrido nos países em que dominavam as 
relações coloniais e imperialistas.
Livro: A revolução burguesa no Brasil: ensaio de 
interpretação sociológica
•Nessa obra, a identidade social do Brasil formou-se com 
base em um conjunto de relações entre dominantes e 
dominados e na evolução do capitalismo brasileiro. 
•Os grandes problemas encontrados no Brasil são, para 
Fernandes, os grandes problemas do capitalismo: 
1. a exclusão, a desigualdade social; 
2. a exploração da burguesia sobre o proletariado;
3. consequências do racismo.
Livro: A revolução burguesa no Brasil: ensaio de 
interpretação sociológica
•A formação social do Brasil era a 
de um povo feito de subalterno no 
processo capitalista, sendo que o 
capitalismo aqui não se 
desenvolveu do mesmo modo 
como o foi na Europa e nos 
Estados Unidos. 
•Para Fernandes, era necessário 
entender essa complexa cadeia 
estrutural para compreender a 
formação sociológica brasileira.
Operários (1933), de Tarsila do Amaral.
Frases:
•Um povo educado não aceitaria as condições de miséria e 
desemprego como as que temos.
•Contra as ideias da força, a força das ideias!
• É muito complicada a vida de um intelectual na sociedade de 
consumo de massa.
• Sou um marxista que acha que a solução para os problemas 
dos países capitalistas está na revolução.
• Em nossa época, o cientista precisa tomar consciência da 
utilidade social e do destino prático reservado a suas 
descobertas.
Florestan Fernandes: O Mestre - Documentário de Roberto 
Stefanelli.
https://youtu.be/ncGSS2yyhNw
https://youtu.be/ncGSS2yyhNw
Roda Viva | Florestan Fernandes | 1994
https://youtu.be/MQe35fx66lU
https://youtu.be/MQe35fx66lU
Racismo
Uma pesquisa do Instituto Locomotiva encomendada pelo Carrefour com o 
objetivo mapear a situação da população negra no Brasil reforça a 
dificuldade de superar o racismo estrutural uma vez que pretos e pardos 
são 56% da população, mas constantemente minorizados pela sociedade.
(https://exame.com/negocios/no-brasil-84-percebe-racismo-mas-apenas-4-
se-considera-preconceituoso/)
https://exame.com/negocios/no-brasil-84-percebe-racismo-mas-apenas-4-se-considera-preconceituoso/
Ainda hoje existe racismo?
• Sim. Por mais que as leis garantam a igualdade entre os povos, o racismo é um processo 
histórico que modela a sociedade até hoje. 
• Uma prova disso é o contraste explícito entre o perfil da população brasileira e sua 
representatividade no Congresso. Enquanto a maior parte dos habitantes é negra 
(54%), quase todos (96%) os parlamentares são brancos. 
• Outro dado relevante da violência contra a população negra é que a cada 23 minutos 
um jovem negro é assassinado no Brasil.
https://oglobo.globo.com/brasil/no-
congresso-so-178-dos-parlamentares-
sao-negros-24091102
https://oglobo.globo.com/brasil/no-congresso-so-178-dos-parlamentares-sao-negros-24091102
Por que é importante falar sobre isso hoje?
• Por mais que o debate e o combate tenham evoluído - tanto com a criação de 
novas leis e políticas públicas quanto com a conscientização sobre como o 
racismo é um elemento que integra a organização econômica e política das 
sociedades - é discutindo e debatendo pontos de vista que caminhamos rumo à 
democracia racial.
• As manifestações que aconteceram no fim de maio de 2020 após a morte de João 
Pedro, no Rio, e George Floyd, nos EUA, assim como o caso mais recente que veio 
a público, quando o jogador Neymar, do PSG, acusou Álvaro González, do 
adversário Olympique, de tê-lo chamado de "macaco" mostram como o racismo 
e a violência, em especial a policial, precisam ser debatidos e enfrentados.
• O termo estrutural não significa dizer que o racismo é uma condição 
incontornável ou que a trilha antirracismo feita até aqui seja inútil. Muito pelo 
contrário. Mas, mais que entender que fazemos parte do sistema racista, é 
preciso que conversemos a respeito, pois o silêncio nos torna responsável por sua 
manutenção. 
Por que o racismo é estrutural?
• Essa estrutura social que possibilitou a manutenção do racismo ao longo da 
história, inclusive do Brasil, pode ser contada a partir das próprias leis do país -
algumas delas são da época em que os negros eram escravizados, é claro, mas 
outras vieram depois da abolição.
• Um exemplo disso é a própria Lei Áurea, de 1888. Além de o Brasil ser o último 
país das Américas a aderir à libertação das pessoas escravizadas, a população 
negra que vivia aqui se viu livre, porém sem opções de emprego ou educação.
• Isso se deve à legislação anterior: em 1824, a Constituição dizia que a escola era 
um direito de todos os cidadãos, o que não incluía os povos escravizados. Já em 
1850, a Lei de Terras permitiu ao Estado a venda de espaços agrários a custos 
altos. Como as pessoas negras poderiam, em condições de precariedade total, 
cultivar o próprio alimento?
Por que o racismo é estrutural?
• Para piorar a situação, a lei previu, mais tarde, subsídios do governo à vinda de 
colonos europeus para viverem e trabalharem no Brasil. O objetivo era 
"branquear" a população brasileira.
• Se, antes da abolição, a legislação parecia não ter relação direta com o racismo, 
em 1890, com as primeiras leis penais da República, isso ficou evidente. Sem 
terras, educação ou trabalho, os negros que eram encontrados na rua ou que 
praticassem a capoeira podiam ser presos. Era a chamada Lei dos Vadios e 
Capoeiras.
• A primeira vez em que a legislação contribuiu, de fato, para a democracia racial 
no Brasil ocorreu apenas em 1989, quase um século depois, quando a Lei Caó
tornou o racismo um crime inafiançável e imprescritível.
Fontes:
• PORFíRIO, Francisco. "Florestan Fernandes"; Brasil Escola. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/biografia/florestan-fernandes.htm. Acesso 
em 18 de maio de 2021.
• https://www.ebiografia.com/florestan_fernandes/
• http://www.fgv.br/Cpdoc/Acervo/dicionarios/verbete-
biografico/fernandes-florestan
• https://www.camara.leg.br/deputados/133873/biografia
• FLORESTAN FERNANDES. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: 
Wikimedia Foundation, 2021. Disponível em: 
<https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Florestan_Fernandes&oldid=6
1152912>. Acesso em: 15 mai. 2021.
https://www.ebiografia.com/florestan_fernandes/
http://www.fgv.br/Cpdoc/Acervo/dicionarios/verbete-biografico/fernandes-florestan
https://www.camara.leg.br/deputados/133873/biografia
Fontes:
• https://www.infoescola.com/educacao/lei-de-diretrizes-e-bases-da-
educacao/
• https://www.todamateria.com.br/florestan-fernandes/
• http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2019/05/a-vida-de-thiago-
torres-o-chavoso-da-usp-depois-do-post/
• https://www.uol.com.br/ecoa/listas/o-que-e-racismo-estrutural.htm
• "O que é racismo estrutural?", Silvio Almeida, Polén Livros
• "Sobre o autoritarismo brasileiro", Lilia Moritz Schwarcz, Companhia das 
Letras
• "Nem Preto Nem Branco, Muito Pelo Contrário: Cor e Raça na Sociabilidade 
Brasileira", Lilia Moritz Schwarcz, Companhia das Letras
• http://nodeoito.com/estereotipos-racistas-hollywood/
https://www.infoescola.com/educacao/lei-de-diretrizes-e-bases-da-educacao/
https://www.todamateria.com.br/florestan-fernandes/
http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2019/05/a-vida-de-thiago-torres-o-chavoso-da-usp-depois-do-post/
https://www.uol.com.br/ecoa/listas/o-que-e-racismo-estrutural.htm
http://nodeoito.com/estereotipos-racistas-hollywood/

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