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QUESTÕES CONTEMPORÂNEAS DE DIREITO CIVIL E DIREITO PROCESSUAL CIVIL

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Para a eficácia prática da tutela provisória o juiz pode determinar medidas coercitivas 
destinas a alcançar o respectivo resultado. Quais medidas são estas? Fundamente sua 
resposta. 
As providências variam em função da espécie de tutela provisória, caso o pedido seja a 
respeito a tutela cautelar as providências conservativas são simples ( bloqueio, 
indisponibilidade, depoimento, perícia, imposição de multa, busca e apreensão, remoção de 
pessoas e coisas, desfazimento de obras, impedimento de atividade nociva e caso necessário 
requisitar o auxílio de força policial). Caso seja referente a antecipação de efeitos da tutela final 
(antecipada), ocorre a necessidade de medidas aptas a proporcionar a satisfação podendo a 
exigir atos mais complicados, quando há casos em que ocorra a obrigação de fazer. 
Artigos 294 a 299, 513,519,536,773,805 e 814 do CPC/2015. 
 
 
2- O rol dos direitos da personalidade, constantes do art. 11 ao 21 do CC constituem um 
rol exemplificativo ou taxativo? Fundamente o seu argumento. 
Os direitos da personalidade constados no Capítulo II do C.C são o conjunto de caracteres e 
atributos da pessoa humana, referentes ao seu desenvolvimento físico, moral, espiritual e 
intelectual. Estão atrelados à ideia de direitos existenciais (extrapatrimoniais), tais direitos 
englobam integridade física (direito à vida, à saúde) a integridade intelectual (abrange a 
liberdade de pensamento e os direitos morais do autor, e a integridade moral (abrange a 
proteção à honra, ao recato e à identidade pessoal). Todo e qualquer rol de direitos da 
personalidade é meramente exemplificativo, porque os direitos da personalidade têm como 
cláusula geral o princípio da dignidade da pessoa humana . 
Art. 1º, inc. III,CF 
Art 5° caput, CF 
Art. 24 da Lei nº 9.610/1998 
1ª parte do Enunciado nº 274 do CJF. 
Súmula 37 STJ 
 
3- As tutelas provisórias de urgência podem ser deferidas de ofício? Fundamente o seu 
argumento. 
De acordo com o art. 302 do CPC, há uma responsabilidade objetiva do requerente se a tutela 
de urgência for revogada. A parte pode não querer se submeter a essa responsabilidade 
objetiva e, nesta hipótese, não irá requerer a tutela de urgência. A responsabilidade objetiva 
impede a concessão de ofício de tutela de urgência. No Entanto os juízes concederão tutela 
cautelar de oficio e não concederão tutela antecipada de oficio. No NCPC não há previsão 
específica a respeito da concessão da tutela de urgência de ofício. A requisição da tutela de 
urgência (antecipada e cautelar) pode ser formulado: Pelo autor; Pelo réu (em ações dúplices 
ou na reconvenção),Pelo Ministério Público. Segundo a doutrina: No sentido contrário de que 
não é possível a concessão da tutela provisória de ofício pelo magistrado, se justificando no 
fato de que, “a efetivação da tutela provisória dá-se sob responsabilidade objetiva do 
beneficiário da tutela, que deverá arcar com os prejuízos causados ao adversário, se for 
cassada ou reformada a decisão.” (DIDIER JUNIOR, 2015) 
E segundo a jurisprudência, a hipótese de deferimento por ofício fica resguardada, a princípio, 
às situações ligadas ao Direito Previdenciário e ao Direito de Família. 
 
Lei 13.105/2015, artigos 294 a 311 do CPC e 932, II do CPC. 
 
 
 
4 Significa que em casos de repersussão nacional que apresentem problemas crônicos da 
sociedade que estejam em evidência e sejam relevantes para discussão nos mais diversos 
setores da sociedade, não devem e não podem cair em esquecimento visto que são noticiados, 
relatados ou divulgados de forma lícita. No entanto demonstra que como afeta diretamente a 
honra, boa fama, o direito ao esquecimento não deve prevalecer sobre o direito a 
personalidade que é protegido pela constituição federal. O direito ao esquecimento infere que 
um fato ruim seja esquecido em função do tempo, porém afeta a os direitos da personalidade, 
visto que mesmo fatos negativos servem para contribuição positiva evolução e aprendizado da 
sociedade como um todo. Não se pode dar esquecimento a um fato que venha futuramente a 
construir discussões positivas acerca da evolução das relações sociais e pessoais. Por isto 
esta tese dá prevalência aos direitos de personalidade em relação ao direito ao esquecimento. 
 
 
5 Sim, visto que o terceito poderá entrar como polo ativo na demanda e reclamar um direito lhe 
concedido nos termos contratuais que representa, poderá em função de algum ônus e criando 
um dever jurídico que extrapola os limites contratuais caso os contratantes não respeitem o 
negócio celebrado. O princípio da relatividade do contrato não é absoluto. Pois está submetido 
princípio da função social do contrato, pois o contrato possui um papel social e não pode ser 
ignorado por terceiros. Nesse sentido, pode até mesmo ser invocado contra terceiros que 
violem as cláusulas contratuais. 
Desta maneira se expressa a doutrina: 
No exemplo em que , BARROS (2005, p. 223) afirma que “as exceções do princípio da 
relatividade são: a estipulação em favor de terceiro; a responsabilidade dos herdeiros quanto 
ao cumprimento do contrato do de cujus, até as forças da herança; e o poder do consumidor 
acionar judicialmente o fabricante, produtor, construtor ou importador, mesmo não tendo 
contratado diretamente com eles, na hipótese de reparação de danos causados por defeitos ou 
informações insuficientes do produto”. 
E tambem, GAGLIANO e PAMPLONA FILHO (2006, p. 40/41) “retiram-se ainda outras 
exceções ao princípio da relatividade, quais sejam: o contrato com pessoa a declarar, e ainda 
os casos onde é necessária a “relativização do princípio da relatividade subjetiva”, por 
exemplo, quando se constata a violação de regras de ordem pública e interesse social”. 
Ou seja, quando o contrato é afetado em sua execução e o interesse é geral em função de que 
venha atingir "terceiros" estes poderão alegar o devido interesse como meio de minimizar os 
efeitos, no caso quase sempre negativos para o bom andamento do contrato.

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