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MANUAL DA BRINQUEDOTECA Curso de Licenciatura em Pedagogia Educação a Distância NEAD Rodovia BR-470, km 71, n° 1.040, Bairro Benedito Caixa postal n° 191 - CEP: 89.130-000. lndaial-SC Home-page: www.uniasselvi.com.br Manual da Brinquedoteca Centro Universitário Leonardo da Vinci NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Reitor Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitoria de Ensino de Graduação a Distância Profª. Msc. Francieli Stano Torres Pró-Reitoria Operacional de Ensino de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Coordenadora do Curso de Pedagogia Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa Elaboração do Texto, articulação e sistematização das oficinas de trabalho Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer Projeto Gráfico Davi Schaefer Pasold Ilustrações Davi Schaefer Pasold Revisão do Texto José Roberto Rodrigues Participantes das oficinas de Trabalho que colaboraram para a elaboração deste instrumento Profª. Msc. Ana Clarisse Alencar Barbosa Profª. Lúcia Cristiane Moratelli Pianezzer Profª. Monica Conzatti Profª. Tátila Cilene Leite de Oliveira Profª. Daniela Bergamini Ern Profª. Msc. Patrícia Cesário Pereira Offial Profª. Msc. Graciele Alice Carvalho Adriano BC A SUMÁRIO APRESENTAÇÃO .............................................. 4 1 REGULAMENTO PARA A UTILIZAÇÃO DA BRINQUEDOTECA ................................... 6 2 OBJETIVOS DA BRINQUEDOTECA .............. 9 3 ORIENTAÇÕES ............................................ 10 4 PRÁTICAS .................................................... 18 1 – Disciplina: Educação Inclusiva ........... 22 2 – Disciplina: Psicologia da Educação e da Aprendizagem ............................................ 25 3 – Disciplina: Educação de Jovens e Adultos .... 29 4 – Disciplina: Pedagogia da Educação Infantil ........................................................ 39 5 – Disciplina: Lúdico e Musicalização na Educação Infantil ...................................... 45 6 – Disciplina: Metodologia e Conteúdos Básicos de Ciências Naturais e Saúde Infantil .............................................................. 49 7 – Disciplina: Literatura InfantoJuvenil .......53 8 – 8 – Disciplina: Psicomotricidade ........... 59 5 REFERÊNCIAS ............................................. 65 ANEXO A .......................................................... 67 ANEXO B ......................................................... 68 ANEXO C ......................................................... 69 ANEXO D ......................................................... 70 ANEXO E ......................................................... 71 ANEXO F ......................................................... 74 ANEXO G ......................................................... 75 4 MANUAL DA BRINQUEDOTECA APRESENTAÇÃO A Brinquedoteca, no contexto da ludicidade, trata de dar indícios de que, por meio do brincar, a criança desenvolve sua autonomia, identidade e criatividade. Nada melhor para ela do que o adulto proporcionar diversos tipos de brincadeiras e interagir para alcançar tal objetivo. O ato de brincar é uma atividade espontânea e natural da criança e é benéfico, por estar centrado no prazer e no despertar das emoções. Por meio da brincadeira, a criança se apropria da realidade, expressando de modo simbólico suas fantasias, desejos, medos, sentimentos, angústias e conflitos. Sentimentos estes que fazem parte da vida cotidiana. Conforme Bomtempo (apud AZEVEDO, 2010, p. 60) Brincar exige uma dose grande de concentração durante muito tempo e desenvolve o interesse, a imaginação e a iniciativa. É um dos processos educativos mais completos, uma vez que envolve o emocional, o corporal e o intelectual da criança. [...] enfatiza que se a brinquedoteca é o espaço da criança, esse é o melhor lugar para conhecê-la e observá-la de forma intensa. Permite desvincular o brinquedo da questão do consumo, estimulando a vivência social coletiva. De acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), brincar é fundamental para o pleno desenvolvimento da autonomia e identidade da criança. O fato do ser humano poder comunicar-se desde muito cedo por meio de sons, gestos e, logo após, poder representar um papel na brincadeira, ajuda a desenvolver sua imaginação. E ainda de acordo com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (BRASIL, 1998), por intermédio do brincar podemos observar a coordenação das experiências prévias das crianças e as reações tomadas por elas frente a diversas situações que surgem no decorrer das brincadeiras. 5MANUAL DA BRINQUEDOTECA Nesse sentido, a Brinquedoteca é um espaço que se destina à ludicidade. A partir desta proposta, a criança tem a oportunidade de iniciar a sua integração social e cultural aprendendo a conviver com os outros e posicionando-se frente a situações do mundo que a cercam. A Brinquedoteca da UNIASSELVI tem como principal objetivo o resgate e a ressignificação de brinquedos e brincadeiras que serão vivenciados por professores, acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia e crianças da comunidade. É um laboratório pedagógico que tem como intenção o aperfeiçoamento do exercício profissional dos acadêmicos, por meio da participação, observação e aplicação da dinâmica educativa da disciplina do curso, reconhecendo a intencionalidade pedagógica da atividade lúdica. Nesse contexto, buscamos a construção de um trabalho formativo de aprendizagem, pesquisa e ensino que potencializará as definições de ludicidade, jogos, brinquedos e brincadeiras na educação da criança, desenvolvendo nela a vontade de ficar na Brinquedoteca (por sentir-se bem) e de voltar outras vezes. A equipe do NEAD, composta por supervisores de disciplinas e tutoras internas do Curso de Pedagogia, elaborou este manual com o objetivo de orientar os tutores externos e articuladores sobre o uso e as práticas que serão vivenciadas pelos acadêmicos do curso de Licenciatura em Pedagogia na Brinquedoteca. 6 MANUAL DA BRINQUEDOTECA 1 REGULAMENTO PARA A UTILIZAÇÃO DA BRINQUEDOTECA CAPÍTULO I DA CONSTITUIÇÃO Art. 1º - Constitui-se em uma Brinquedoteca do Curso de Licenciatura em Pedagogia da UNIASSELVI: I – Espaço organizado de forma lúdica e que comporte os materiais descritos a seguir: l 1(uma) Almofada l 1(uma) Estante em MDF colorida l 1(uma) Mesa de Fórmica c/ 4(quatro) Cadeiras l 1(um) Quebra-cabeça - Tapete de encaixe alfabeto l 1(um) Engradado desmontável l 1(um) Fantoche Animais Selvagens l 1(um) Fantoche Família Negra l 1(um) Fantoche Família Branca l 1(um) Teatro de fantoches l 1(uma) Casinha com utensílios de cozinha l 1(um) Kit médico miniatura l 1(um) Brinquedos de sucata l 1(um) Carrinhos pedagógicos l 1(uma) Boneca Gracinha Branca l 1(uma) Boneca Gracinha Negra l 1(uma) Bola de borracha nº 3 l 1(uma) Bandinha rítmica c/ 20(vinte) instrumentos l 1(um) Kit Supermercado l 1(um) Brincando de engenheiro com 53 peças l 1(um) Tangran de E.V.A. pedagógico l 1(um) Dominó das Cores l 1(um) Dominó-Animais Domésticos l 1(um) Memória numerais l 1(um) Quebra-Cabeça – Liso l 1(um) Jogo 5 em 1, em MDF (Dominó, dama, loto, ludo e trilha) l 1(um) Alfabeto numeral Móvel - 76 peças 7MANUAL DA BRINQUEDOTECA l 1(um) Kit brinquedos (blocos de montar) l 1(um) Loto Leitura l 1(um) Ábaco Aberto 5 colunas c/ base em madeira e bolinhas em E.V.A. l 1(uma) Coleção Alfabeto em BRAILE l 1(uma) Coleção Alfabeto em LIBRAS l 1(um) Boliche pequeno l 1(um) Pinos coloridos pedagógicos l 1(um) Passa figura l 1(um) Cantinho da Leitura l Outros materiais construídos/doados pelos acadêmicos, tutores externos ou Polos de Apoio Presenciais. l Pasta de Portfólios da Brinquedoteca (providenciada/construída no Polo), para anexar as atividades desenvolvidas pelas diversas turmas de Pedagogia. l Manual da Brinquedoteca. l Regulamento da Brinquedoteca (fixado em local visível aos usuários). CAPÍTULO II DOSOBJETIVOS Art. 2º - A Brinquedoteca na UNIASSELVI tem por objetivo permitir ao acadêmico pensar, discutir, analisar e investigar o valor do brinquedo e das brincadeiras no desenvolvimento da criança, sendo um espaço para ampliar o processo de aprendizagem e desenvolver pesquisas que apontem a relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras no processo educativo. CAPÍTULO III DOS PRINCÍPIOS Art. 3º - Constituem princípios do Laboratório: I - buscar a excelência em suas áreas de atuação; II - aperfeiçoar continuamente os acadêmicos; III - proporcionar os meios necessários para o desenvolvimento de conhecimentos científicos aos acadêmicos através do exercício de suas habilidades, tais como: a criatividade, a 8 MANUAL DA BRINQUEDOTECA iniciativa, o raciocínio lógico, a síntese e os sensos de análise e crítica; IV - contribuir para a conceituação de jogo, brinquedo e brincadeira e sua importância na educação; V - formar profissionais que valorizem o lúdico; VI - desenvolver pesquisas que apontem a relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras para a educação. CAPÍTULO IV DOS USUÁRIOS Art. 4º - São usuários do Laboratório: I - Acadêmicos do Curso de Licenciatura em Pedagogia; II - Tutores externos; III - Crianças da comunidade, devidamente autorizadas. CAPÍTULO V DA ORGANIZAÇÃO E DO FUNCIONAMENTO Art. 5º - São atribuições dos tutores externos, que utilizam o Laboratório: I - definir, encaminhar, orientar e acompanhar a atividade prática; II - utilizar a Brinquedoteca mediante reserva antecipada através de formulário de reserva, com as seguintes providências: a) reservar a aula prática com antecedência; b) comunicar irregularidades ao articulador do Polo; c) manter as estantes dos jogos e brinquedos organizadas; d) responsabilizar-se pelo zelo e integridade dos materiais durante a realização das atividades. Art. 6º - Cabe aos acadêmicos em atividades de ensino/pesquisa: I - zelar pelo patrimônio da Brinquedoteca; II - comunicar irregularidades ao tutor externo; III - apresentar a autorização do articulador e do tutor para realizar atividades práticas fora dos horários preestabelecidos. IV - convidar crianças da comunidade para a dinâmica desenvolvida na Brinquedoteca, respeitando o limite máximo 9MANUAL DA BRINQUEDOTECA estipulado para cada atividade; V - conduzir as atividades da Brinquedoteca envolvendo as crianças e os demais participantes; VI - realizar as atividades previstas na dinâmica dos encontros da Brinquedoteca. Art. 7º - Cabe às crianças da comunidade: I - zelar pelo patrimônio da Brinquedoteca; II - participar das atividades propostas pelos acadêmicos durante a dinâmica da Brinquedoteca. CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 8º - O empréstimo ou a transferência de materiais deve ser feito(a) através de formulário específico, autorizado pelo articulador do Polo de Apoio Presencial. Art. 9º - O funcionamento da Brinquedoteca ocorrerá em horário reservado previamente pelo tutor externo, respeitando a disponibilidade do espaço e o horário de funcionamento do Polo de Apoio Presencial. Art. 10º Os casos omissos serão resolvidos pelo articulador do Polo de Apoio Presencial, com anuência do coordenador do curso. Art. 11º - Este Regulamento entra em vigor na data de sua aprovação. 2 OBJETIVOS DA BRINQUEDOTECA Permitir aos acadêmicos pensar, discutir, analisar e investigar o valor do brinquedo e das brincadeiras no desenvolvimento da criança, sendo um espaço para ampliar os processos de reflexão, análise, aprendizagem e desenvolvimento de pesquisas que apontem a relevância dos jogos, brinquedos e brincadeiras para a educação. 10 MANUAL DA BRINQUEDOTECA 3 ORIENTAÇÕES ü As atividades devem começar já no 2º momento do 1º encontro, quando o tutor externo deverá orientar os seus acadêmicos a planejarem em pequenos grupos o “Roteiro da Atividade” a ser aplicado no 1º momento do 2º encontro. ü As atividades práticas devem ser desenvolvidas no 1º momento do 2º encontro das disciplinas (preferencialmente com crianças ou, na falta delas, realizando simulações com os acadêmicos do próprio grupo). As disciplinas contempladas pela Brinquedoteca serão as seguintes: Educação Inclusiva; Psicologia da Educação e da Aprendizagem; Educação e Diversidade; Lúdico e Musicalização na Educação Infantil; Fundamentos e Metodologia da Alfabetização e Letramento; Metodologia e Conteúdos Básicos de Ciências Naturais e Saúde Infantil; Metodologia e Conteúdos Básicos de História. ü É importante o tutor externo incentivar a busca por Referências Bibliográficas que servirão de consulta nos grupos que serão formados para a construção do texto fundamentado “Roteiro da Atividade”, bem como, das atividades que serão escolhidas pelos acadêmicos. O tutor externo deverá solicitar este material de pesquisa aos acadêmicos no encontro anterior ao início das disciplinas escolhidas para as dinâmicas a serem desenvolvidas na Brinquedoteca. 11MANUAL DA BRINQUEDOTECA ü O tutor externo deverá sortear um dos grupos para a apresentação da prática aos demais acadêmicos, no 2º momento do 1º encontro (após a escrita dos roteiros), utilizando o espaço da Brinquedoteca. A presença de crianças é fundamental e, para tanto, faz-se necessária a autorização obrigatória dos pais ou responsáveis legais pelas mesmas. (Anexo G). ü Independentemente de apresentarem a prática aos demais acadêmicos, todos deverão estar munidos de seus “Roteiros de Atividade” desenvolvidos nos grupos, previamente preenchidos e posteriormente de seu “Relatório da Atividade”, feito individualmente, em que deverão aparecer descritos os objetivos alcançados (ou não) e os conceitos relacionados com a prática em questão (desenvolvida na Brinquedoteca), quer seja do ponto de vista do grupo que aplicou, quanto dos grupos que apenas observaram. OBS.: Tutor externo, sugerimos que haja uma espécie de revezamento entre os grupos em cada disciplina, para que, ao final, todos tenham a oportunidade de vivenciar na prática a aplicação das atividades da Brinquedoteca. ü Nestas disciplinas, a nota da 1ª avaliação será o “Relatório da Atividade” (Anexo B) escrito individualmente, a partir da dinâmica desenvolvida na Brinquedoteca e dos conceitos já estudados nos grupos durante a construção do “Roteiro da Atividade” (Anexo A), ou seja, o relatório substituirá a primeira avaliação ATENÇÃO! A criança deverá ser levada ao espaço da Brinquedoteca pela pessoa responsável por ela, que obrigatoriamente permanecerá no local durante todo o período em que será realizada a atividade. É importante enfatizar que a criança não poderá sair da Brinquedoteca sem a companhia do responsável legal. 12 MANUAL DA BRINQUEDOTECA (tema de redação) realizada no 2º momento do 2º encontro. OBS.: O “Relatório da Atividade” deverá ser feito a partir dos tópicos solicitados no modelo (Anexo B). ü A nota dos acadêmicos que apresentarem a dinâmica da Brinque- doteca será cumulativa, respeitando todos os critérios descritos no gabarito de correção (Anexo C). ü Acadêmicos que somente observarem a dinâmica desenvolvida na Brinquedoteca serão avaliados conforme critérios descritos no gabarito de correção (Anexo D). ATENÇÃO! Se o acadêmico faltar no segundo encontro da disciplina, no dia da 1ª avaliação (redação), que refere-se ao “Relatório da Atividade” de- senvolvida na brinquedoteca, poderá solicitar a “Reposição de Avaliação” via requerimento, conforme regulamento disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Neste caso, se o requerimento for deferido, ao invés de realizar o Relatório da Atividade da Brinque- doteca, irá realizar a 1ª avaliação da disciplina (on-line). 13MANUAL DA BRINQUEDOTECA ü Nas demais disciplinas, a Brinquedoteca pode e deve ser utilizada, mas não haverá nota vinculada à atividade com exceção do Seminário Interdisciplinar VII, “Oficinas Pedagógicas”, que também lhe conferirá nota, caso opte pela brinquedoteca. ü Os modelos de “Roteiroe Relatório da Atividade” encontram-se em anexo nesse manual e, também, disponíveis no AVA (Trilhas de Aprendizagem) das disciplinas. ü Ao término da apresentação da dinâmica desenvolvida na Brinquedoteca, o tutor externo deverá: - avaliar os acadêmicos conforme os critérios de avaliação que compõem o gabarito de correção (Anexos C e D); - lançar a nota no AVA (1ª avaliação); - encaminhar para o e-mail da coordenadora do curso: ana.alencar@uniasselvi.com.br, o “Portfólio - Dinâmica da Brinquedoteca” (Anexo E), relatando as atividades Caro tutor externo! Você deverá realizar um registro das atividades desenvolvidas pela sua turma na Brinquedoteca, em forma de portfólio (Anexo E), construindo a memória histórica das atividades realizadas na Brinquedoteca. Este portfólio irá compor o registro das atividades desenvolvidas no Curso de Pedagogia, e deverá ser enviado para ana.alencar@uniasselvi.com.br, com anexos, fotos e registro de frequência, conforme Anexos E e F. Este mesmo material deverá ser impresso e anexado à pasta de Portfólios da Brinquedoteca, a fim de tornar-se fonte de pesquisa aos demais acadêmicos do curso, permanecendo na Brinquedoteca para o livre manuseio. 14 MANUAL DA BRINQUEDOTECA desenvolvidas pela turma durante a dinâmica, com fotos, anexos e Registro de Frequência (Anexo F). - disponibilizar cópia impressa do portfólio das atividades desenvolvidas pela turma, para anexar à pasta de Portfólios da Brinquedoteca. ü Antes de realizar a avaliação (2º momento do 2º encontro), é fundamental fazer um feedback das atividades e discutir, com os acadêmicos, questões relativas às dinâmicas: envolvimento e participação das crianças, interação (entre as crianças e os acadêmicos ou entre os próprios acadêmicos), conceitos, resultados obtidos, etc. ü Para facilitar a compreensão destas orientações e da dinâmica/ divisão envolvendo as aulas, criamos uma síntese dos encontros referentes à Brinquedoteca: 15MANUAL DA BRINQUEDOTECA SÍNTESE DA DINÂMICA DOS ENCONTROS COM A ATIVIDADE DA BRINQUEDOTECA HORÁ- RIO PRIMEIRO ENCONTRO SEGUNDO ENCONTRO TERCEIRO ENCONTRO QUARTO ENCONTRO 1º MO- MENTO AULA Apresentação da Disciplina (DVD). Apresentação do Plano de Ensino (Ementa, Estrutura, Atividades). Explicações gerais referentes aos conteúdos da Unidade 1. Apresentação da Brinquedoteca aos acadêmicos. AULA Explicações ge- rais referentes à autoatividade da Unidade 1. Início das explicações referentes aos conteúdos da Unidade 2. Apresentação da dinâmica do grupo sorteado na Brinquedo- teca. Discussão e eventuais es- clarecimentos sobre a prática realizada. AULA Discussão e explicações gerais referentes ao conteúdo da Unidade 2, correção das autoatividades referentes à Unidade 2 e es- clarecimento de eventuais dúvi- das. Explicações gerais referentes aos conteúdos da Unidade 3. AULA Discussão e correção das auto- atividades referentes à Unidade 3 e esclare- cimento de eventuais dúvidas. Revisão geral dos conteúdos da disciplina. INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO 2º MO- MENTO Explicações e orien- tações aos acadêmi- cos sobre a dinâmica a ser desenvolvida na Brinquedoteca, conforme Manual. Socialização do conteúdo abordado na disciplina. Divisão da turma em grupos para a construção do “Roteiro da Atividade” e sorteio do grupo que irá apresentar a dinâmica no 2º en- contro (1º momento). (ANEXO A) AVALIAÇÃO “Relatório da Atividade” feito no lugar da redação. (ANEXO B) AVALIAÇÃO (Avaliação Individual sem consulta – Uni- dade 2). AVALIAÇÃO FINAL (Avaliação Individual sem consulta – todas as unidades). 16 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Tutor externo, incentive os acadêmicos a acessarem o AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem), clicando na Trilha de Aprendizagem das disciplinas selecionadas para a dinâmica da Brinquedoteca, a fim de obterem maiores informações sobre as temáticas que serão abordadas neste manual, bem como, ter acesso a outros materiais vinculados ao uso da Brinquedoteca e sua relevância na Educação. Neste ambiente, os acadêmicos encontrarão material teórico, sugestões de sites, livros, dvd’s, artigos, reportagens, etc. Para tanto, cabe aos acadêmicos atenção especial no que diz respeito a: ü Possuir um bom conhecimento do material técnico, psicológico, pedagógico, histórico, cultural dos jogos e brinquedos e atualizar esses conhecimentos; ü Propor material lúdico condizente às normas de segurança; ü Ter jogos e brinquedos em bom estado, completos, bem condicionados e limpos; ü Preparar a utilização dos jogos e brinquedos; ü Utilizar um método para arrumar os jogos e brinquedos; ü Estimular a acessibilidade; ü Organizar a sala da Brinquedoteca de acordo com a criatividade e a necessidade de cada grupo. ü Construir materiais e deixá-los no acervo da Brinquedoteca. 17MANUAL DA BRINQUEDOTECA QUADRO 1 – SUGESTÕES DE ATIVIDADES Estante de Brinquedos O canto do “Faz de Conta” O canto da Leitura O canto das Invenções A sucateca Teatrinho Mesa de atividades Brinquedos de fácil acesso e livre manu- seio, sepa- rados por “espécies”. - casinha; - cozinha; - hospital; - supermer- cado; - cama- rim com fantasias e espelho; - escolinha; - bonecas/ carrinhos. - com tapetes, almofadas e muitos livros de qualidade, em estan- tes acessí- veis. - Onde as crianças inventam coisas, constroem brinquedos e/ou instru- mentos de sucata. Estante onde ficam os materiais alterna- tivos (re- ciclados) e em contínua coleta. - Espaço em madei- ra com ja- nela para apresen- tação de fantoches. - fatoches diversos e máscaras. - para as atividades escritas e jogos de mesa. FONTE: Azevedo (2010, p. 71-72) Aqui, apresentamos algumas sugestões de atividades, que podem ser ampliadas por você, tutor externo, e pelos acadêmicos. Segundo Azevedo (2010, p. 52), “A brinquedoteca é um espaço para favorecer a brincadeira. É um espaço onde as crianças (e os adultos) vão para brincar livremente, com todo o estímulo e manifestação de suas potencialidades e necessidades lúdicas. Muitos brinquedos e materiais permitem a expressão da criatividade. Embora os brinquedos sejam a atração principal de uma brinquedoteca, ela pode existir, até mesmo, sem brinquedos, desde que outros estímulos às atividades lúdicas sejam proporcionados.” 18 MANUAL DA BRINQUEDOTECA 1 – Disciplina: Educação Inclusiva Tendo em vista o processo de igualdade social e o direito de cidadão, hoje a relação da pessoa com deficiência na sociedade está em transformação, pois a palavra inclusão passou a fazer parte de vários segmentos, da educação, desde a inserção no mercado de trabalho ou na discussão da acessibilidade em geral. INTRODUÇÃO Dentro do processo histórico da Educação Inclusiva, as pessoas com necessidades educacionais especiais foram consideradas inúteis, incapazes, ou melhor, sem função alguma durante muitos anos. A sociedade restringia essas pessoas e atribuía à deficiência um problema de ordem divina e como se estivesse ligado a algum tipo de punição. Reportando-nos a Esparta, onde a força física era de grande valia, os imaturos, os fracos e os defeituosos eram propositalmente eliminados. Os romanos descartavam as crianças deformadas e indesejadas em esgotos (ARANHA, 2007). Além disso, outros eram presos em clausuras na forma de hospício, durante anos. PRÁTICAS 19MANUAL DA BRINQUEDOTECA De acordo com Oliveira (2010, p. 71), “[...] a educação inclusiva é muito mais do que somente incluir as pessoas com necessidades especiais no ensino regular, mas, também, promover estratégias para que elas permaneçam como também progridam no processo de aprendizagem e desenvolvimento.” Uma dessas estratégias é a Brinquedoteca, recurso este que possibilitará a inclusão de todas as crianças, com ou sem deficiência, no processo de ensino e aprendizagem, eliminando assimobstáculos que impedem as escolas de se abrirem às diferenças. OBJETIVOS Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verificando se eles foram capazes de: • Despertar nas crianças a percepção e o respeito em relação às pessoas com necessidades especiais que encontrarão em suas vidas; • Estimular o diálogo e o entendimento em torno dessa discussão; • Sensibilizar as crianças através da brincadeira para um agir mais humano em relação ao outro. Caro tutor externo! Conduza seus acadêmicos à seguinte reflexão: Ensinar é marcar um encontro com o outro e a inclusão escolar provoca, basicamente, uma mudança de atitude diante do outro, esse que não é mais um indivíduo qualquer, com o qual topamos simplesmente na nossa existência e/ou com o qual convivemos certo tempo de nossas vidas. Mas é alguém que é essencial para a nossa constituição como pessoa e como profissional, que nos mostra os nossos limites e nos faz ir além. (MANTOAN, 2003, p. 28). 20 MANUAL DA BRINQUEDOTECA INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Bonecas desmontáveis. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE • Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro da disciplina. • Escolher 6 (seis) crianças para este dia (autorização). • Desencaixar a perna de uma ou duas bonecas, o braço de outras duas e vendar os olhos do restante. Caro tutor externo! Explique aos acadêmicos que as crianças precisam encontrar as bonecas desta forma ao chegarem à Brinquedoteca, sendo importante guardar as peças retiradas para que sejam remontadas antes de serem guardadas. • As bonecas são deixadas no meio da Brinquedoteca, juntamente com outros acessórios (roupinhas, sapatinhos, etc.) e convidam-se as crianças para brincar com elas. • No momento em que as crianças notarem a falta do membro e a venda nos olhos, deve-se estimulá-las a falar sobre essas diferen- ças, fazendo com que expliquem como brincar com essas bonecas. • Buscar dinamizar a discussão para a vida real, ressaltando o pro- cesso de inclusão e respeitando as diferenças. • Ao término da discussão, deixar um tempo livre para que elas façam uso de outros brinquedos. 21MANUAL DA BRINQUEDOTECA Caro tutor externo! Incentive os aca- dêmicos a registrarem com fotos es- ses momentos de interação. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D). • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da dinâmica. • A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; o envolvimento das crianças/participantes no debate, contribuições, casos etc). • OBS: Neste item, tutor externo, um feedback, envolvendo os acadêmicos, é bem importante. Tutor, você também poderá optar pela seguinte prática: 22 MANUAL DA BRINQUEDOTECA 1 – Disciplina: Educação Inclusiva INTRODUÇÃO Num processo de aprendizagem temos que entender que o outro não está no momento que eu estou; entender que o passo do outro não está no passo que eu quero; aprender a olhar o outro com um olhar diferenciado. Neste sentido, precisamos perceber o outro, dar-lhe a im- portância que lhe é merecida e, a partir disto, começar a construir o processo de inclusão. Para incluir este sujeito temos que acreditar que ele tem capacidade de aprender, respeitando sempre o momento e a caminhada percorrida por ele. Muitas vezes temos ainda que reorganizar o tempo e o espaço para a aprendizagem deste sujeito. Para isso, precisamos refl etir sobre nossas próprias ações. .. . . .. Somos todo s iguais na difere nça Somos todo s iguais na difere nça 23MANUAL DA BRINQUEDOTECA Mantoan (1997, p. 19) nos faz pensar: Mas por que temos que ser iguais? Não sabemos. Talvez porque ficaria mais fácil ou acessível conviver com o igual, não me incomodaria e não haveria necessidade de me autorreconhecer perante a diversidade. “Na verdade, o que o homem vê e teme é a sua própria fragilidade perante a vida, a sua própria finitude. O conflito originado do confronto do que ele é com o que ele pode vir a ser provoca no homem toda repulsa em relação à diferença” Partindo deste pressuposto, não podemos olhar o outro pela diversidade (diferença), que ele nos traz, ou seja, precisamos enxergá- -lo enfatizando sempre as suas qualidades e competências para que assim possamos reconhecê-lo no sujeito que foi e no que poderá vir a ser. Portanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instrumento de integração do eu e do outro, favorecendo a diversidade, a inclusão. OBJETIVOS Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican- do se eles foram capazes de: • Despertar nas crianças o respeito à diversidade. • Promover a integração entre as crianças. • Trabalhar a conscientização da inclusão e a importância do olhar diferenciado em relação ao outro. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Retalhos de tecidos • Botões • Pedras • Quilicas • Moedas • Esponja de louça • Esponja de aço • Tecidos com texturas diferenciadas • Lixa • Cola quente 24 MANUAL DA BRINQUEDOTECA • Linha e agulha • Tesoura DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE • Escolher 6 crianças, dentre elas, crianças com alguma necessidade especial, se possível (autorização). • Deixar à disposição das crianças os livros confeccionados. Mínimo: 2 livros (de pano). • O material desenvolvido é deixado na brinquedoteca e as crianças são convidadas a manusear os livros confeccionados pelos acadêmi- cos, de olhos vendados (livros dos sentidos), explorando os diferentes sons e texturas. • Durante a dinâmica, fotografar as crianças e suas expressões/sen- sações. • Após algum tempo, trocar os livros entre as crianças, incentivando a exploração sensorial. • Ao final deste processo, elevar a discussão para o dia a dia delas, enfatizando a inclusão e o respeito pelas diferenças, e deixando-as falar sobre o que acharam da experiência. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D). • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da dinâmica. • A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida (manuseio e exploração dos livros e na conversa sobre o que sentiram/ acharam da experiência. 25MANUAL DA BRINQUEDOTECA INTRODUÇÃO Percebemos dentro da história da educação que o educador tem assumido involuntariamente diversos papéis no ambiente escolar, desde orientador, supervisor, gestor e, muitas vezes, até psicólogo. Seguindo este viés e pensando nas áreas de atuação do psicólogo educacional nesse processo, o educador necessita ter como norte o conhecimento e a orientação destes profissionais para uma melhor atuação e, automaticamente, melhoria nos relacionamentos interpessoais entre aluno/aluno e professor/aluno. Nesse sentido, A psicologia da educação tem proporcionado, a serviço dos professores e da educação em geral, ajuda na hora de tratar desses problemas. Ás vezes, a ajuda que a psicologia da educação proporciona é a maneira direta à solução de um problema; na maioria das vezes, é somente parte da base para a solução do problema. Em outras palavras, a psicologia da educação serve como uma disciplina de base na educação, da mesma maneira que as ciências físicas servem à engenharia. O engenheiro que projeta uma ponte ou 2 – Disciplina: Psicologia da Educação e da Aprendizagem 26 MANUAL DA BRINQUEDOTECA OBJETIVOS • Despertar nas crianças a sensibilidade e o respeito em relação às pessoas, animais e toda a diversidade na qual estão inseridos. • Estimular o diálogo e o entendimento em tornodessa discussão. • Sensibilizar as crianças através de um dos instrumentos de ludicidade, a consciência de que na prática cotidiana precisamos resgatar valores como o respeito ao próximo, a não violência, a diversidade, buscando um agir mais humano em relação ao outro. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Filmes. • Livros (contos, fábulas etc.). • Fantoches. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE uma refinaria necessita de alguns conhecimentos de física e de química, é claro, mas também deve ter conhecimentos de estética, de economia e de política. De maneira similar, os professores deverão combinar contribuições da psicologia da educação com o raciocínio filosófico sobre o que é melhor para os adultos e para a sociedade, com a consciência sociológica da dinâmica coletiva [...]. (GAGE; BERLINER apud SALVADOR et al., 1999, p. 47-48). Portanto, é interessante que os educadores se utilizem de atividades que irão contribuir para essa consciência sociológica da dinâmica coletiva, favorecendo essa relação humana e participativa. • Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro da disciplina. • Escolher de 6 a 8 crianças para este dia (autorização). 27MANUAL DA BRINQUEDOTECA • Abordar um assunto que tenha como foco trabalhar “os valores éticos”, percebendo o outro como parte integrante de sua história. • Incentivar uma roda de conversa, logo após a socialização do instrumento de ludicidade. Citamos um exemplo, em relação ao tema, para contribuir pedagogicamente com esta atividade: O filme “Lucas um intruso no formigueiro”. Sinopse Disponível em: <http://www.assistironlinefilmes.com.br>. Acesso em: 16 abr. 2013. Deixado nas mãos da irmã mais velha e da avó obcecada por Óvnis, o pequeno Lucas enfrenta maus bocados durante a viagem de férias dos pais. Tudo porque não aguenta mais um garoto da vizinhança. Para descontar a raiva, ele inunda um formigueiro no jardim de sua casa com a mangueira, além de judiar dos animais. O estrago feito na casa das formigas causa revolta nesses animais, que tentam encontrar uma maneira de se vingar do garoto. “O Destruidor”, como as formigas o chamam, acaba sendo alvo dos planos dessas formigas, que encontram uma maneira de deter o seu inimigo. Uma das formigas, conhecida como Zoc, é o mago dessa comunidade, este cria uma poção capaz de fazer o garoto ficar do tamanho de uma formiga. Ele é então sequestrado e levado até à rainha, que condena Lucas, 28 MANUAL DA BRINQUEDOTECA um Intruso no formigueiro, a prestar serviços para a comunidade. No formigueiro, Lucas não aprende somente sobre trabalho em equipe, amizade, coragem e o valor da comunidade, mas também sobre abuso de poder. Quando olhava para as formigas e as menosprezava por serem pequenas e aparentemente insignificantes, ele achava que tinha o direito de fazer o que quisesse com elas. Somente quando vê os desdobramentos de suas ações é que começa a pensar que talvez essa não seja a melhor atitude a tomar. Portanto, o fato de ter o poder ou de estar em situação vantajosa não lhe dá o direito de fazer uso dessas condições, ressalta o diretor do filme. Adaptado de: Disponível em: <http://wagnerstematutinoescolaarapua.blogspot. com/2010/04/filme-lucas-um-intruso-no-formigueiro.html>; <http://www.cinekids.net78.net/lucas-um-intruso-no-formigueiro/>. Acesso em: 20 maio 2011. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D). • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvida nos grupos, onde estão descritas todas as etapas do processo. • O tema utilizado e os recursos disponibilizados (livros, DVDs ou outros). • A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, conduziram e concluíram as atividades, bem como, o envolvimento das crianças/participantes em relação ao tema). 29MANUAL DA BRINQUEDOTECA 3 – Disciplina: Educação de Jovens e Adultos A E I O U INTRODUÇÃO De acordo com a Declaração de Hamburgo, documento elabo- rado a partir das discussões tecidas na 5ª Conferência Internacional de Educação de Adultos (CONFINTEA), realizada em Hamburgo, na Alemanha, em 1997, a EJA deve ser entendida além da escolaridade. Para tanto, uma proposta com “Círculo de Cultura”, apresentada pelo educador Paulo Freire, tem se revelado uma forma alternativa de prática educativa que auxilia a integração flexibilização e conscienti- zação dos conteúdos estudados. No contexto dessa proposta é importante enfatizar discussões com os alunos, o universo em que vivem, o lugar de trabalho, suas vivências, para depois construir a alfabetização a partir de suas rea- lidades. (...) Ao ler palavras, a escola se torna um lugar especial que nos 30 MANUAL DA BRINQUEDOTECA ensina a ler apenas as “palavras da escola”, e não as “palavras da realidade”. O outro mundo, o mundo dos fatos, o mundo da vida, o mundo no qual os eventos estão muito vivos, o mundo das lutas, o mundo da discriminação e da crise econômica (todas essas coisas estão aí), não tem contato algum com os alunos na escola através das palavras que a escola exige que eles leiam. Você pode pensar nessa dicotomia como uma espécie de “cultura do silêncio” imposta aos es- tudantes. A leitura da escola mantém silêncio a respeito do mundo da experiência, e o mundo da experiência é silenciado sem seus textos críticos próprios. (FREIRE, 1986, p.164) Na busca de novas palavras com os alfabetizandos surge o processo de conscientização e compreensão do mundo. Este méto- do dirigido pelo alfabetizador dentro do “círculo de cultura” tem por finalidade levar a participação de todos os envolvidos em um debate sobre suas vivências culturais. Esta prática transcende o ensinar a ler-escrever, pois lida com a coletividade, solidariedade, numa perspectiva de educação inclusiva. Aproxima alunos e professores integrando os contextos relacionados a cada realidade, estreitando laços afetivos, favorecendo assim o caminho para aprendizagem. OBJETIVOS Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican- do se eles foram capazes de: • Promover momentos de diálogos e reflexões relacionados a temas atuais. • Desenvolver habilidades no incentivo a comunicação e postura crítica frente às discussões. • Conhecer as palavras mais presentes, as mais usuais, 31MANUAL DA BRINQUEDOTECA que integram o cotidiano dos alunos. • Trabalhar as capacidades de reconhecimento da escrita por meio de situações lúdicas de aprendizagem. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Confecção de Cartaz a partir das palavras chaves • Sílabas sonoras • Bingos das sílabas • Papel cartão • Feijão ou milho • Canetinha DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE: • Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro da disciplina. • Escolher no mínimo 5 (cinco) jovens ou adultos para a atividade com devida autorização. Caso não consigam o acesso aos alunos de EJA para a atividade, articule com os colegas acadêmicos a simulação da prática. • A atividade poderá ser fotografada ou filmada. 32 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Bingo das sílabas a partir do "Círculo de Cultura” 1- Etapa de Investigação: Sentados em círculo para que se apresen- tem ao grupo olhando um ao outro. Iniciar a discussão propondo um tema relacionado à cultura, a sociedade. Este tema poderá partir dos alunos ou você poderá conduzir. Sugestões de temas: a) Manifes- tações Políticas. b) Preconceito Racial. c) Intolerância religiosa. d) Liberdade de expressão e mídia. e) Maternidade. f) Trabalho e família. Neste círculo, conforme a proposta de Paulo Freire, você será apenas um mediador das discussões. Fará o levantamento das palavras chaves que forem surgindo no decorrer da conversa, para tanto tenha em mãos lápis e papel para anotar. 2- Etapa de Tematização: Selecionar a partir da discussão, em torno de 15 palavras, aproximadamente. Compor um cartazdenominado de palavras chaves, elas irão fazer parte do bingo das sílabas res- significadas da realidade daquela turma. 33MANUAL DA BRINQUEDOTECA 3- Etapa de Problematização: Apresentar as sílabas das palavras em cartaz utilizando elementos sonoros para marcar o fonema de cada sílaba (pode ser batida de palmas). Exemplo: • Convidar cada aluno a circular no cartaz a sílaba explorada, encon- trada nas diferentes palavras. • Confeccionar com os alunos utilizando papel cartão as sílabas re- tiradas das palavras chaves. Sentados em círculo, iniciar o bingo utilizando feijão ou milho para marcar cada sílaba, sorteada por um dos integrantes do grupo. • Finalizar a atividade com o comentário de cada aluno sobre a dinâ- mica. VAS- SOU- RA CA- DEI-RA CAR-RO BI-CI-CLE-TA 34 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Sugestão de outra atividade: OBJETIVOS Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican- do se eles foram capazes de: • Promover debate sobre a questão social de gênero: desigualdades entre homens e mulheres. • Incentivar a comparação entre diferentes contextos por meio de figuras. • Estimular a criação, expontaneidade e desenvoltura. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Figuras • Construção de Paródia • Materiais alternativos 35MANUAL DA BRINQUEDOTECA DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE: • Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro da disciplina. • Escolher no mínimo 5 (cinco) jovens ou adultos para a atividade com devida autorização. Caso não consigam o acesso aos alunos de EJA para a atividade, articule com os colegas acadêmicos a simulação da prática. • A atividade poderá ser fotografada ou filmada. • Mostre a primeira figura abaixo a esquerda ao grupo, e peça que comentem sobre o que ela representa. Em seguida apresente a outra figura ao lado. Deixe que cada aluno exponha sua opinião. • Após todos os comentários apresentar a origem das figuras. (con- forme abaixo) 36 MANUAL DA BRINQUEDOTECA NÓS PODEMOS FAZER ISSO! Cartaz publicado pelo governo norte-americano durante a Segunda Guerra Mundial. ELE PODE FAZER ISSO! Paródia publicada anos de- pois Fonte:https://www.dropbox.com/sh/0gvdsoef3m9kmlz/ CglklLoF9O?preview=EJA_cap02_030a045.pdf A figura feminina que aparece no cartaz da página ao lado foi utilizada pelo governo dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, na década de 1940, para convencer as mulheres de que elas também poderiam trabalhar fora de casa. A figura do homem foi criada recentemente, cerca de 70 anos depois, como uma paródia. 37MANUAL DA BRINQUEDOTECA PARÓDIA: recriação de uma obra mantendo características da original. Costuma ser crítica ou engraçada 1-Tutor converse sobre essas figuras com o grupo, explorando: a) O que foi mantido da imagem original? O que foi alterado? b) Como as imagens podem ser lidas? Elas fazem sentido nos dias de hoje? Após as discussões solicitar que cada aluno construa a sua própria paródia, partindo do tema, qual meu papel na sociedade? Po- dem utlilizar materiais alternativos como: revista, tecidos, tinta, argila. É importante o tutor explicar a ideia da paródia anteriormente. c) Apresentar a sua paródia ao grande grupo, contando um pouco de sua vida. Tutor, anote as palavras chaves (as mais significa- tivas de cada aluno) para a construção do mural. d) Construir um mural artístico contendo as paródias e palavras- -chaves que compõe o contexto do tema. (Tutor, leia para o gran- de grupo as palavras chaves.). e) Por fim, deixe que cada aluno expresse sua opinião sobre a vivência desta dinâmica. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D). • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da dinâmica. 38 MANUAL DA BRINQUEDOTECA • A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; o envolvimento dos jovens/participantes na atividade desenvolvida (manuseio e exploração dos livros e na conversa sobre o que senti- ram/ acharam da experiência. 39MANUAL DA BRINQUEDOTECA 4 – Disciplina: Pedagogia da Educação Infantil INTRODUÇÃO Na Educação Infantil, a organização dos espaços físicos, também chamados de “ambientes facilitadores” ou simplesmente “cantinhos”, é de fundamental importância, pois eles possibilitam interações e aprendizagens, que auxiliarão em todas as linguagens, nas mais diferentes faixas etárias. Conforme Brasil (2006a, p.8), “O espaço físico não apenas contribui para a realização da educação, mas é em si uma forma silenciosa de educar”. Entendemos que este educar de forma silen- ciosa, vem acompanhado de muita ludicidade, alegria e prazer, por ensinar e aprender. Para tanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instru- mento de integração e educação, servindo como estímulo e elo en- tre as linguagens e os ambientes facilitadores de aprendizagens. 40 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Dentre os ambientes facilitadores de aprendizagem na Edu- cação Infantil podemos citar: sala de repouso, sala para atividades, fraldário, lactário e solário (para crianças de 0 a 1 ano de idade). Sala de atividades (cantinho da fantasia, cantinho da leitura, cantinho dos brinquedos, cantinho dos jogos, cantinho das artes, cantinho das ativi- dades domésticas, cantinho do salão de beleza, cantinho do mercado, entre outros...), sala multiuso, refeitório, banheiro, pátio coberto e área externa (para crianças de 1 a 6 anos). Como sugestão, traremos o CANTINHO DA FANTASIA, para a realização desta prática, pois ele é um dos cantinhos preferidos das crianças, mas os acadêmicos poderão optar por outro espaço, sem problema algum. Lembrem-se apenas de que estes espaços, precisam ser pla- nejados pensando na idade das crianças e nos objetivos pedagógicos do educador. Bom trabalho! OBJETIVOS Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, Fonte: Disponível em: http://maetamorfose.ne10.uol.com.br/decore-saltea- do-brinquedoteca-em-casa/. Acesso em 16/11/2016. 41MANUAL DA BRINQUEDOTECA verificando se eles foram capazes de: • Despertar nas crianças o interesse pelo manuseio e utilização das roupas e objetos deixados à disposição; • Promover a participação efetiva de todas as crianças com disposição e alegria; • Incentivar a troca de ideias na construção das histórias ou composição dos looks, favorecendo um ambiente de cooperação e entreajuda; • Trabalhar a criatividade e a ludicidade das crianças como uma ex- periência desafiadora e libertadora. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Roupas, trajes ou fantasias de diferentes tamanhos e cores (para ambos os sexos); • Perucas e bolsas; • Chapéus, bonés, óculos; • Maquiagem ou pintura facial; • Um espelho grande; • Uma arara com cabides para a disposição das roupas; • Uma mesinha para os demais acessórios; • Sapatos de homens e mulheres para a composição dos looks. 42 MANUAL DA BRINQUEDOTECA FONTE: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=toda+crian% C3%A7a+quer&espv=2&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa= X&ved=0ahUKEwjL_tj1 2016.7_QAhXSqZAKHcSNBjIQ_AUICSgE#tbm=is ch&q=cantinho+da+fantasia&imgrc=EmurpuRR216HwM%3ª>. Acesso em: 23 de nov. 2016. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE • Reunir pelo menos 8 crianças para esta prática (não esqueçam da autorização). Se não conseguirem as crianças, escolham alguns acadêmicos do próprio grupo para a simulação da prática. • Em seguida, por meio deste cantinho, diferentes linguagens serão trabalhadas: música, arte, movimento, oralidade, criatividade, imaginação, teatro, dramatização, entre outras. • Sentar em roda com todas as crianças, deixando no centro a arara com as fantasias (roupas) e a mesinha com todos os demais acessórios (em número suficiente para que cada criança escolha várias roupas e acessórios), devidamente limpos e em bom estado de conservação. • Depoisque cada criança escolheu seu look, perguntar a elas por que escolheram vestir-se daquele jeito, deixando-as falar à vontade. Vale à pena incentivar a criatividade delas e estar preparado para registrar por escrito o que elas disserem, além de bater fotos ou fazer pequenos vídeos (é necessário pedir autorização de imagem, neste caso). • Assim que todas contarem o porquê da escolha de suas fantasias, deve-se convidá-las para o desfile de moda, onde cada uma será apresentada conforme a descrição que fez de sua fantasia. Por exemplo: se alguma criança disser que quer 43MANUAL DA BRINQUEDOTECA Fonte: Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=toda+crian%C3 %A7a+quer&espv=2&biw=1600&bih=770&source=lnms&tbm=isch&sa=X&v ed=0ahUKEwjL_tj1-7_QAhXSqZAKHcSNBjIQ_AUICSgE#imgrc=BrMUYCD_ erJJnM%3A Acesso em: 23 de nov. 2016. ser uma princesa, apresente-a desta forma: Na passarela a Princesa Júlia, que escolheu “sua roupa rosa porque adora essa cor e acha os vestidos muito bonitos”. Na passarela o doutor João, “todo vestido de branco por que é um médico e quer cuidar de pessoas, porque acha este trabalho muito importante”. E assim por diante. Enquanto desfilam pode- se colocar a música de fundo: Toda criança quer (Palavra Cantada). • Se as crianças forem maiores, elas mesmas poderão se maquiar para o desfile, caso contrário os acadêmicos poderão auxiliar na maquiagem e pintura facial. • Depois do desfile de moda, sugerimos que sejam formados 2 grupos de 4 crianças (o ideal é separá-las por idade) para que criem uma história ou um teatro em que os 4 personagens criados por eles, apareçam. Todos deverão construir a história juntos, por escrito (um deles será o escriba desde que esteja alfabetizado) ou de forma oral (se forem menores), favorecendo um ambiente de cooperação. Depois de criarem a história, eles deverão apresentá-la. • Por fim, cada criança será convidada a olhar-se no espelho, falando sobre a pessoa ou personagem que criou, em sua imaginação, como se realmente FOSSE essa pessoa ou personagem. Ela pode lhe dar um nome, mencionar suas características 44 MANUAL DA BRINQUEDOTECA físicas e psicológicas, dizer onde mora, com quem, o que gosta de fazer, etc... (para facilitar, os acadêmicos podem elaborar um roteiro de perguntas, como se fosse uma entrevista para os personagens, que sem retirar os olhos do espelho, vão criando as respostas na hora). • Ao final deste processo, fotografar todas as crianças juntas. Depois convidá-las a ir retirando cada peça de roupa ou acessório, enquanto falam sobre o que acharam da experiência vivenciada na Brinque- doteca. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D). • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da dinâmica. • A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida (manuseio e exploração das roupas e acessórios e na conversa sobre o que sentiram/ acharam da experiência. 45MANUAL DA BRINQUEDOTECA 5 – Disciplina: Lúdico e Musicalização na Educação Infantil Chegou a hora de cantar e dançar, pessoal! OBA! INTRODUÇÃO Para Bréscia (2003), a musicalização é um processo de construção do conhecimento, que tem como objetivo despertar e desenvolver o gosto musical, procurando o despertar da sensibilidade, criatividade, senso rítmico, do prazer de ouvir música, da imaginação, memória, concentração, atenção, autodisciplina, do respeito ao próximo, da socialização e afetividade, também contribuindo para uma efetiva consciência corporal e de movimentação. As atividades de musicalização permitem que a criança conheça melhor a si mesma, desenvolvendo sua noção de esquema corporal, e também permitem a comunicação com o outro. Barreto (2000) afirma que atividades podem contribuir de maneira indelével como reforço no desenvolvimento cognitivo/linguístico, psicomotor e socioafetivo da criança. A disciplina de “Lúdico e Musicalização na Educação Infantil” tem como objetivo evidenciar a musicalização como estratégia pedagógica e ferramenta educativa no estímulo às múltiplas inteligências. Sendo assim, de maneira lúdica, vamos vivenciá-las na Brinquedoteca. 46 MANUAL DA BRINQUEDOTECA OBJETIVOS • Motivar os acadêmicos a trazerem temas que tenham a música como elemento da aprendizagem. • Incentivar os acadêmicos a criarem com as crianças diferentes ritmos musicais, com instrumentos de sucata. • Realizar, com os acadêmicos, pesquisas (fundamentação teórica) nas mais diversas fontes bibliográficas. • Favorecer a percepção dos acadêmicos em relação à música e à musicalização, como um recurso pedagógico para sua atuação em sala de aula. • Levar os acadêmicos a perceberem como a musicalização pode contribuir com a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento cognitivo/ linguístico, psicomotor e socioafetivo da criança. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE - Utilizar a Brinquedoteca e os recursos que ela dispõe. - Materiais alternativos (reciclados). - Instrumentos musicais. - Livros e internet para pesquisa. - Cds e Dvds (sugestão: palavra cantada). DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE • Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro da disciplina. • Escolher no mínimo 10 (dez) crianças para este dia (autorização). • Utilizar como recurso a Brinquedoteca e seus mobiliários: bandinha, tapetes, bolas etc. 47MANUAL DA BRINQUEDOTECA • Trazer cantigas populares da região, se possível, para serem socializadas com as crianças convidadas. • Realizar brincadeiras cantadas para favorecer a socialização. • Confeccionar instrumentos musicais, com material alternativo, procurando valorizar a cultura local, onde estes poderão ser manipulados na Brinquedoteca, pelo grupo de crianças convidadas (conforme o espaço do ambiente). Citaremos alguns exemplos para contribuir pedagogicamente com esta atividade. Nesse sentido, caro tutor externo, incentive os acadêmicos a: • Explorar sons e movimentos diversos com as crianças. • Provocar sons com o próprio corpo: soprar, estalar a língua, estalar os dedos, bater os pés no chão, bater um pé no outro, bater as mãos no próprio corpo ou em objetos, etc. • Manipular objetos que provoquem ruídos, batendo, sacudindo, raspando, amassando, apertando. Utilizar objetos tais como: latinhas contendo pedrinhas ou grãos, reco-reco, língua-de-sogra, folha de papel etc. • Bater palmas ao som de uma canção. Parar assim que ela termina. • Fazer movimentos como andar e saltar, ao som de um estímulo sonoro. Quando este cessar, as crianças param o movimento. • Dançar e parar sucessivamente, seguindo um estímulo sonoro (músicas e cantos). Variação: dançar seguindo ritmos lentos e rápidos. 48 MANUAL DA BRINQUEDOTECA ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D). • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido em sala nos grupos e apresentado previamente ao tutor externo. • A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade”. Como os acadêmicos iniciaram a abordagem sobre musicalização; como conduziram e concluíram a dinâmica; a percepção de aprendizagem das crianças/participantes envolvidos no processo, verificando se conseguiram identificar e utilizar os diferentes instrumentos musicais, bem como, participar das músicas e brincadeiras cantadas. • Este registro deverá ficar arquivado na Brinquedoteca para futuras pesquisas. Caro tutor externo! Incentive os acadêmicos a fazerem uma pequena apresentação com as crianças, trazendo a filmagem em vídeo, para posteriormente socializá-lo em sala de aula. É necessário que os acadêmicos que apresentaram a dinâmica daBrinquedoteca façam o Relatório da Atividade, realizada no 2º momento do 2º encontro. Além disso, você deverá fazer o registro das atividades realizadas pela sua turma na Brinquedoteca, o Portfólio (Anexo E), e enviá-lo para o e-mail: ana.alencar@uniasselvi.com.br, com anexos, fotos e registro de frequência (Anexos E e F). É interessante manter um arquivo destes registros com fotos, para futuras consultas, na Brinquedoteca. 49MANUAL DA BRINQUEDOTECA INTRODUÇÃO A necessidade de se estimular ações de preservação da saúde tanto pessoal, quanto coletiva, permite discutir temas tão presentes na realidade de nossas crianças e, ao mesmo tempo, tão distantes. Neste sentido, os Temas Transversais têm como objetivo contribuir para a reflexão destes assuntos que afetam diretamente a sociedade e formar cidadãos mais conscientes e críticos em relação à realidade em que vivem. Segundo o Ministério da Educação (MEC), “[...] por tratarem de questões sociais, os Temas Transversais têm natureza diferente das áreas convencionais. Sua complexidade faz com que nenhuma das áreas, isoladamente, seja suficiente para abordá-los. Ao contrário, a problemática dos Temas Transversais atravessa os diferentes campos do conhecimento”. (2001, p. 36). 6 – Disciplina: Metodologia e Conteúdos Básicos de Ciências Naturais e Saúde Infantil SAÚDE AMB IENT EME IO 50 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Para tanto, os Temas Transversais correspondem a questões importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana. O currículo escolar ganha uma dimensão mais flexível e aberta a novos temas, priorizando-os e contextualizando-os de acordo com as diferentes realidades locais ou regionais. Os temas propostos são: Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural e Formação Cidadã e Ética. Assim, de acordo com Siegel (2005), “Todos estes Temas Transversais expressam conceitos e valores considerados fundamentais para o exercício da democracia e da cidadania. São temas amplos que abrangem todo o país. Ademais, os referidos Temas Transversais são objetos de muitas discussões na sociedade, podendo provocar o dissenso e o confronto de ideias”. OBJETIVOS • Incentivar os acadêmicos a utilizarem os recursos da Brinquedoteca para trabalhar um Tema Transversal. • Avaliar a criatividade e a dinâmica utilizada pelos acadêmicos para abordar o tema, com as crianças, de forma lúdica e criativa. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Livros de literatura infantil. • Filmes. • Outros materiais que possam vir a ser utilizados. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE • Atividade desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro da disciplina. • Escolher no mínimo 6 (seis) crianças para este dia (autorização). • Eleger um assunto que condiga com os Temas Transversais 51MANUAL DA BRINQUEDOTECA (Saúde, Meio Ambiente, Pluralidade Cultural, Formação Cidadã e Ética). Citaremos alguns exemplos, em relação ao tema Saúde, para contribuir pedagogicamente com esta atividade. Nesse sentido, tutor externo, incentive os acadêmicos para que alertem os alunos sobre os alimentos e hábitos prejudiciais à saúde. De que forma? • Brincando de casinha na escolha e preparo de alimentos. • Brincando de médico e envolvendo a saúde e/ou doença, como consequência dos maus hábitos alimentares. • Criando um mercadinho e auxiliando na compra consciente dos alimentos. • Abordando a obesidade infantil. • Realizando um piquenique saudável com as crianças. • Preparando receitas. • Valorizando a Saúde Individual e Coletiva. • Construindo cartazes com figuras de alimentos, classificando- os em industrializados, naturais, grãos, vegetais, etc. Criando cartazes/regras de alimentos que podem comer sempre (frutas, verduras, pães), numa sinalização VERDE; só de vez em quando, com atenção (balas, chocolates, sorvetes) em AMARELO; e não deveríamos comer (frituras e gorduras), em VERMELHO – como um “semáforo”. Pode-se fazer também teatro de fantoches para este último exemplo que sugerimos. • Identificando diferentes ações humanas prejudiciais à saúde e ao ambiente. • Conhecendo ações alternativas menos danosas. • Compreendendo a importância das atividades individuais e coletivas para a preservação, conservação e o uso racional dos recursos do planeta. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D). 52 MANUAL DA BRINQUEDOTECA • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvida nos grupos, onde estão descritas todas as etapas do processo. • O tema utilizado e os recursos disponibilizados (livros, DVDs, fantoches, desenhos, recortes etc.). • A conduta da dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, conduziram e concluíram as atividades, bem como, o envolvimento das crianças/participantes nas brincadeiras, teatros, contribuições, casos específicos etc.). 53MANUAL DA BRINQUEDOTECA 7 – Disciplina: Disciplina: Literatura InfantoJuvenil INTRODUÇÃO A leitura de histórias, sejam elas contadas pelos adultos ou simplesmente lidas pelas crianças e adolescentes, faz parte das práticas desenvolvidas atualmente, no ambiente escolar. No passado, mais precisamente no século XVII, na Europa, a literatura infantil surge como uma proposta de educação moral. Na época, o período que atualmente conhecemos como infância, estava em plena reorganização, ou seja, a sociedade passou a atribuir à criança características específicas, desvinculando-a da posição de pequeno adulto outrora designado (ARIÈS, 1981). No Brasil, no final do século XIX, a educação nacional priorizou a divulgação de obras literárias nas escolas para a organização de projetos educativos como incentivo para a leitura, contação de histórias e outros. Atualmente, 54 MANUAL DA BRINQUEDOTECA encontra-se a prática de ler histórias de forma coletiva mais precisamente voltada a instituições de ensino, uma delas a escola. Também ocorrem de forma individual, quando a criança ou adolescente escolhe uma obra e debruça-se no ato de ler. Durante a leitura a criança ou adolescente passa por um processo de envolvimento com a obra, desenvolvendo aprendizagens significativas quanto a escrita e a leitura e nos aspectos emocionais e criativos. De acordo com Abramovich (1994), as crianças ou adolescentes ao se envolverem na história lida ou contada emergem no mundo imaginário, transformando ou reelaborando pensamentos e sentimentos. Por meio das histórias se consegue mudanças em problemas existenciais próprios do mundo infantil como medo, inveja, carinho, curiosidade, dor, perda, solidariedade e outros. Aborda também situações diferenciadas que podem servir de exemplos de conduta futura, baseando-se nas reações de personagens que leu nos livros. Segundo Abramovich (1994, p.16); [...] a importância de ouvir muitas, muitas histórias [...] Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo. O professor, ao contar histórias para sua turma, possibilita o desenvolvimento criativo e emocional, o conhecimento de novas palavras e ainda a contemplação no imaginário das aventuras que os personagens irão viver. Vigotski (2010) em seus estudos afirmou que a criança ou adolescente aprende valores, hábitos e formas de pensar observando os indivíduos com maior experiência. Nesse processo de aprendizagem, primeiramente os imitam para depois, mais tarde, assim que conseguem interiorizar as ações, agirem por si mesmos. Nesse sentido, a ação do professor como 55MANUAL DA BRINQUEDOTECA um contador de histórias e agente divulgador da leitura, poderá desenvolver nos alunos a vontade de ler os livros, de frequentar a biblioteca e conversar sobre o que aprenderam. Ainda, contribuirá no desenvolvimento da criatividade, ampliação do vocabulário e forma correta da escrita,proporcionando momentos de viagens a mundos diferentes. OBJETIVOS: • Propor atividades que possibilitem o desenvolvimento criativo e imaginário nas crianças. • Incentivar a vontade nas crianças de apreciar a leitura de livros infanto juvenis. • Motivar as crianças para que desenvolvam um trabalho em equipe socializando opiniões e decisões. • Desenvolver nas crianças a expressão oral no decorrer das atividades propostas. INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE: • Livros infanto juvenis - escolher antecipadamente uma obra • Folhas grandes de papel pardo (texto coletivo para turmas em processo de alfabetização) • Folhas de ofício brancas ou coloridas • Materiais para desenhar e colorir (lápis de escrever, lápis de cor, canetinhas e outros) DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE: • Atividade para ser desenvolvida ou socializada no 1º momento do 2º encontro da disciplina. • Escolher no mínimo 5 (cinco) crianças para a atividade com devida autorização. Procurar trazer crianças que estejam em idade escolar próxima. Caso não consigam 56 MANUAL DA BRINQUEDOTECA o acesso das crianças para a atividade, articule com os colegas acadêmicos a simulação da prática. Outra alternativa seria desenvolver a prática em turmas do ensino regular de uma escola ou em espaços não escolares a escolher. Lembre-se de enviar a autorização aos responsáveis para o ensejo. Procure fotografar ou filmar a prática, peça a ajuda para algum conhecido que poderá filmar até com a câmera do celular. Depois, apresente a prática no formato de filmagem para a sua turma de pedagogia, com certeza enriquecerá o aprendizado de todos. • Dispor as crianças sentadas nas almofadas ou tapete na brinquedoteca. Contar a história selecionada observando algumas especificidades condizentes à oralidade no momento de ler a obra. Leia com antecedência a história, procure dar ênfase nas expressões dos personagens ao ler em voz alta, treine gritos, risadas, expressões de surpresas e outras que puder incorporar a história. Utilize de expressões faciais para ressaltar aspectos importantes da história, faça breves paradas antes de revelar uma expressão que ache necessário para maior ênfase em uma ou outra ação. • Combine antes de iniciar a contação de história, com as crianças, como será a apresentação: ler e mostrar as gravuras ao mesmo tempo; ler o texto e depois mostrar as gravuras; ou somente ler e as crianças podem imaginar livremente as imagens, podendo estar de olhos fechados, sentados ou até deitados. Avisando antes sobre como será a contação, propicia um clima de organização e acalma a ansiedade nas crianças. Geralmente, elas esperam e seguem o combinado, extinguindo solicitações no meio da história no estilo: mostra o desenho! Quero ver a figura! • Conversar com as crianças sobre as partes da história, recapitulando cada etapa e ações dos personagens. Nesse momento, deixar as crianças expressarem opiniões de como os personagens agiram, mediando por meio de perguntas sobre algumas noções de moral e ética. Foi certo? Foi errado? Por quê? Por que não podemos agir dessa ou de outra forma? Por que o personagem fez assim e não de outra forma (talvez sugerida por alguma criança)? 57MANUAL DA BRINQUEDOTECA • Após a retomada oral da história realizar o registro escrito que pode variar de acordo com o processo do nível de alfabetização das crianças. Caso o grupo se encontre em processo de alfabetização, o adulto será o escrivão, no papel pardo das falas das crianças, orientando a construção textual. Mas, se o grupo de crianças já se encontram alfabetizadas escreverão em folhas de ofício que podem se dobradas no estilo livreto ou no formato retrato/paisagem grampeadas. • Na recontagem da história, as crianças podem propor um novo final sobre a história que ouviram. Podem incorporar novos personagens que acharem necessário ou somente modificarem o final para a forma como acharem que seria melhor. • Ao terminarem a atividade, o grupo de crianças apresenta a história realizando a contação que pode ter a participação dos colegas encenando os fatos. Caso o grupo de crianças esteja em processo de alfabetização, o adulto lê o texto produzido coletivamente e algumas crianças que queiram, participam da encenação. ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO: • O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexos C e D). • O "Roteiro da Atividade" a ser desenvolvido em sala nos grupos e apresentado previamente ao tutor externo. • A conduta da dinâmica dos grupos deverá ser descrita no "Relatório da Atividade" sobre aspectos como: início da abordagem sobre literatura infanto juvenil; em como conduziram e concluíram a dinâmica; percepção das reações e do processo de aprendizagem das crianças no decorrer da conversa sobre a história, mais precisamente sobre as considerações, opiniões e o desenvolvimento da recontagem da história. • Este registro deverá ser arquivado na Brinquedoteca para futuras pesquisas. 58 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Caro tutor externo! Incentive os acadêmicos na escolha de uma obra infanto juvenil, na organização prévia dos materiais e no ensaio para que a contação da história seja um sucesso! Para os acadêmicos que apresentarem a dinâmica da Brinquedoteca necessitam organizar o Relatório da Atividade que será realizada no 2º momento do 2º encontro. Além disso, você precisará fazer o registro das atividades desenvolvidas pela sua turma na Brinquedoteca, no formato de Portfólio (Anexo E) e encaminhá-lo para o e-mail: ana.alencar@uniasselvi.com.br. Lembre-se de adicionar fotos, anexos e o registro de frequência (Anexos E e F). O registro das atividades sobre sua responsabilidade é de suma importância, visto que servirá para futuras consultas na Brinquedoteca. Além de conferir um momento de contemplação pela atividade desenvolvida! 59MANUAL DA BRINQUEDOTECA 8 – Disciplina: Psicomotricidade INTRODUÇÃO A psicomotricidade pode ser desenvolvida por meio de ativida- des lúdicas, que envolvem movimentos do próprio corpo nos jogos ou brincadeiras, além do manuseio de brinquedos ou diferentes objetos. Atividades que possibilitam o desenvolvimento psicomotor, precisam ser aplicadas de acordo com a faixa etária das crianças, respeitando seu tônus muscular, sua capacidade respiratória, sua compreensão de corpo e de mundo, nos diferentes ambientes, objetos e sensações. Para Ferreira (2000), o educador deve buscar recursos e es- tratégias de ensino que propiciem desenvolver as potencialidades do educando, percebendo e lidando com suas diferenças, desenvolven- do a autonomia, a cooperação, a participação social e afirmação de valores e princípios democráticos. Para tanto, utilizaremos a brinquedoteca como um instrumento de ludicidade e integração, servindo como estímulo às atividades que envolvem manifestações corpóreas e sensoriais. 60 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Fonte: Disponível em: http://www.demoleque.com.br/gallery/maternal-ii- -psicomotricidade-4/. Acesso em 17 de nov. 2016. OBJETIVOS Avaliar como os acadêmicos conduziram a atividade, verifican- do se eles foram capazes de: • Despertar nas crianças o interesse pela atividade sugerida, quer seja uma dança, jogo, atividade artística ou brincadeira; • Promover a participação efetiva de TODAS as crianças nas ativida- des, favorecendo a inclusão; • Incentivar o contato físico e visual entre as crianças, num ambiente de união e cooperação; • Incentivar a livre expressão corporal de forma desafiadora e praze- rosa; • Encorajar as crianças a liberarem a sua criatividade, não tendo medo de experimentar a deliciosa sensação de mexer com guache. 61MANUAL DA BRINQUEDOTECA INSTRUMENTOS DA LUDICIDADE • Lenços de tecido, tipo echarpe; • Bolinhas de tênis; • Creme hidratante; • Colchonetes; • Cartolina colorida, tesoura, cola e papel Craft; • Guache, camisões ou aventais para que as crianças não sujem suas roupas. DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE• Reunir pelo menos 6 crianças para esta prática (não esqueçam da autorização). Se não conseguirem as crianças, escolham alguns acadêmicos do próprio grupo para a simulação da prática. • Em seguida, sentar em roda com todas as crianças, deixando no centro as echarpes de tecido (em número suficiente para que cada criança escolha a sua). • Depois de escolhida a echarpe (lenço), cada criança será convidada a olhar o seu lenço e dizer o que pode fazer com ele. Certamente, eles dirão uma porção de coisas (anotem ou filmem este momento). Imaginamos que será bem interessante! • Em seguida, eles ficam de pé e são convidados a dançar uma música (Sugestão: Ninguém é igual a ninguém, do CD “Olha só quem vem aí”) movimentando sua echarpe livremente, em torno de si mesmo e dos outros, estimulando o contato visual e físico entre eles, que talvez nem se conheçam. Essa música os fará refletir sobre as diferenças entre eles. • Feito isso, divide-se as seis crianças em duas fileiras. 62 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Três delas serão as massagistas e as outras três crianças serão massageadas. Os massagistas iniciarão usando uma bolinha que passará pelo corpo dos colegas (deitados em colchonetes ou de pé, como preferirem), massageando-os. Depois, eles trocam de papel e quem massageou, será massageado. Pode-se pôr uma música relaxante para este momento. • Depois da bolinha, deixa-se à disposição cremes hidratantes, para que as crianças massageiem as mãos e pés dos amigos, já que possivelmente a bolinha percorrerá outras partes do corpo, como costas, braços, pernas e barriga. • Agora que todos já interagiram e de certa forma, criaram “amizade”, convide-os para brincar de um jogo tipo twister, porém sem a utili- zação de dado, apenas com uma sequência de movimentos. Para tanto, eles terão que desenhar e recortar os contornos das mãos e dos pés de cada um, conforme imagem de nossa introdução, para que se movimentem seguindo a ordem colada pelo professor, no papel craft. • E, para finalizar, deixe potes de guache (e nada de pinceis) no meio da sala propondo o seguinte desafio: vocês poderão desenhar na cartolina o que vocês quiserem, porém, utilizarão diferentes partes do corpo para desenhar. Ex: mãos, pés, cotovelos, nariz, etc. • Ao final deste processo, elevar a discussão entre as crian- ças, deixando-as falar sobre o que acharam da experiência 63MANUAL DA BRINQUEDOTECA vivenciada na Brinquedoteca. • Não esqueçam de registrar estes momentos por meio de fotos ou vídeos (faz-se necessário pedir autorização de imagem, neste caso), para o nosso portfólio, combinado? ANÁLISE DO DESENVOLVIMENTO O tutor externo deverá observar os seguintes critérios para a avaliação, de acordo com o gabarito de correção (Anexo C e D). • O “Roteiro da Atividade” a ser desenvolvido nos grupos antes da dinâmica. • A dinâmica dos grupos, que deve estar descrita no “Relatório da Atividade” (como os acadêmicos iniciaram a abordagem do tema, conduziram as atividades, concluíram e coordenaram a discussão; o envolvimento das crianças/participantes na atividade desenvolvida (manuseio e exploração dos materiais e na conversa sobre o que sentiram/ acharam da experiência. 64 MANUAL DA BRINQUEDOTECA Até mais! Foi um prazer “estar” e “brincar” com vocês! Esperamos que tenham gostado! Um abraço, Dô e Teca. 65MANUAL DA BRINQUEDOTECA REFERÊNCIAS ABRAMOVICH, F. Literatura Infantil: Gostosuras e Bobices. 4º ed. São Paulo: Scipione, 1994. ARANHA, Maria S. F. Trabalho e emprego: instrumento de construção de identidade pessoal e social. São Paulo: SORRI-BRASIL, Brasília: CORDE, 2007. ARIÈS, P. História social da criança e da família. São Paulo: LTC, 1981. AZEVEDO, Antônia Cristina Peluso de. Brinquedoteca no diagnóstico e intervenção em dificuldades escolares. 3. ed. Campinas, SP: Editora Alínea, 2010. BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade: educação e reeducação. 2. ed. Blumenau: Acadêmica, 2000. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1. BRASIL. Parâmetros básicos de infraestrutura para instituições de edu- cação infantil: encarte 1. Brasília: MEC/SEB, 2006a. BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2001. BRÉSCIA, Vera Lúcia Pessagno. Educação Musical: bases psicológicas e ação preventiva. São Paulo: Átomo, 2003. CORDOVA, Tânia. Metodologia e Conteúdos Básicos de História. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Indaial: Grupo Uniasselvi, 2010. FERREIRA, Carlos Alberto de Mattos. Psicomotricidade: da educação infantil à gerontologia. São Paulo: Lovise, 2000. FREIRE, P.R.N.; SHOR, I. Medo e ousadia: O Cotidiano do Professor. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. MAROTE, João Teodoro D’Olim; FERRO, Gláucia D’Olim Marote. Didática da Língua Portuguesa. 9. ed. São Paulo: Ática 1998. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. A Integração de pessoas com deficiência: 66 MANUAL DA BRINQUEDOTECA contribuições para uma reflexão sobre o tema. São Paulo: Memnon. Editora SENAC, 1997. MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Uma escola de todos, para todos e com todos: o mote da inclusão. In: STOBÄUS, Claus Dieter; MOSQUERA, Juan José Mouriño (Orgs.). Educação Especial: em direção à Educação Inclusiva. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003. OLIVEIRA, Tátila Cilene Leite de. Educação Especial Inclusiva: Aspectos Históricos, Legais e Filosóficos. Centro Universitário Leonardo da Vinci. 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Sites utilizados: <http://wagnerstematutinoescolaarapua.blogspot.com/2010/04/filme-lucas- um-intruso-no-formigueiro.html>. Acesso em: 9 maio 2011. <http://www.cinekids.net78.net/lucas-um-intruso-no- formigueiro/>. Acesso em: 4 abr. 2011. 67MANUAL DA BRINQUEDOTECA ANEXO A (ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) MODELO DO ROTEIRO DA ATIVIDADE: Disciplina Data Tema Escolhido com justificativa Atividades que serão desenvolvidas Tempo necessário Material utilizado Expectativas em relação às atividades (Objetivos) Quantidade de alunos e faixa etária Construção de um texto (fundamentado teoricamente) na atividade que foi escolhida, dentro de cada disciplina. Referências utilizadas: 68 MANUAL DA BRINQUEDOTECA ANEXO B (ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) MODELO DO RELATÓRIO DA ATIVIDADE (Tópicos que precisam ser abordados em forma de redação no relatório). Acadêmico: Turma: Matrícula: Disciplina: A data da aplicação e/ou observação: O Tema escolhido: A relação entre os conceitos vistos na teoria (Roteiro da Atividade) com a prática (Desenvolvimento/Socialização): Os objetivos foram alcançados? (justificativa da resposta): Considerações finais: aspectos positivos e negativos da prática. 69MANUAL DA BRINQUEDOTECA ANEXO C (ATIVIDADES 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7) GABARITO DE CORREÇÃO (Para os acadêmicos que apresenta- ram a dinâmica da
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