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Organização da Justiça Eleitoral

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Organização da Justiça Eleitoral
DIREITO ELEITORAL, HISTÓRIA E ATUALIDADES
Porto Velho - RO
2021.1
Thierry Braga da Silva 
1-101344@sou.faro.edu.br
Trabalho sobre A Organização da Justiça Eleitoral entregue ao professor Péricles José Queiroz na Disciplina de Direito Eleitoral, História e Atualidades, como requisito parcial avaliativo para a nota da N1 da disciplina no semestre 2021.1
Porto Velho – RO
2021.1
ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. Tribunal Superior Eleitoral
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o órgão de cúpula da Justiça Eleitoral. Sua jurisdição estende-se a todo o território nacional. Reza o artigo 119 da Constituição que ele se compõe, no mínimo, de sete membros, assim escolhidos:
“I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.”
O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal são escolhidos entre os Ministros do Supremo Tribunal Federal.
O Corregedor Eleitoral é escolhido entre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4o grau, excluindo-se nesse caso o que tiver sido escolhido por último (CE, art. 16, § 1o).
Ademais, a nomeação de advogado não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a Administração Pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal (CE, art. 16, § 2o).
Pela dicção constitucional, os membros do TSE são denominados juízes, não ministros. Na prática, porém, recebem esse último tratamento, o que é mais condizente com o status de integrantes de tribunal superior.
A Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral é exercida por um dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). 
Vinculada à Presidência da Corte estão a Secretaria-Geral da Presidência - que conta com a Secretaria Judiciária, a Ouvidoria e oito assessorias -, e a Secretaria do Tribunal - que dispõe de três assessorias e sete secretarias.".
Há também a Escola Judiciária Eleitoral, cujo objetivo é realizar a formação, a atualização e a especialização continuada ou eventual de magistrados da Justiça Eleitoral e de interessados em Direito Eleitoral, que são indicados por órgãos públicos e entidades públicas e privadas.
	MINISTROS EFETIVOS
	ORIGEM
	INÍCIO
	TÉRMINO
	BIÊNIO
	Luís Roberto Barroso (Presidente)
	STF
	28.2.2020
	28.2.2022
	2º
	Luiz Edson Fachin (Vice-Presidente)
	STF
	17.8.2020
	17.8.2022
	2º
	Alexandre de Moraes
	STF
	2.6.2020
	2.6.2022
	1º
	Luis Felipe Salomão (Corregedor)
	STJ
	1.9.2020
	1.9.2021
	1º
	Mauro Luiz Campbell Marques
	STJ
	1.9.2020
	1.9.2022
	1º
	Tarcisio Vieira de Carvalho Neto
	JURI
	10.5.2019
	10.5.2021
	2º
	Sérgio Silveira Banhos
	JURI
	16.5.2019
	16.5.2021
	1º
	MINISTROS SUBSTITUTOS
	ORIGEM
	INÍCIO
	TÉRMINO
	BIÊNIO
	Marco Aurélio Mendes de Farias Mello
	STF
	27.6.2020
	27.6.2022
	2º
	Enrique Ricardo Lewandowski
	STF
	26.9.2020
	26.9.2022
	2º
	Cármen Lúcia Antunes Rocha
	STF
	4.8.2020
	4.8.2022
	1º
	Benedito Gonçalves
	STJ
	26.11.2019 
	26.11.2021 
	1º
	Raul Araújo Filho
	STJ
	1.9.2020
	1.9.2022
	1º
	Carlos Mário da Silva Velloso Filho
	JURI
	1º.8.2019
	1º.8.2021
	1º
	Carlos Bastide Horbach
	JURI
	18.12.2019
	18.12.2021
	2º
1.2 Composição atual do TSE
TSE,2021.
2. Os Tribunais Regionais Eleitorais
Os Tribunais Regionais Eleitorais – TRE representam a segunda instância da Justiça Eleitoral, detendo, ainda, competência originária para diversas matérias. Há um tribunal instalado na capital de cada Estado da Federação e no Distrito Federal. Sua jurisdição estende-se a todo o território do Estado.
Nos termos do artigo 120, § 1o, da Constituição, ele é composto de sete membros assim escolhidos:
“I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.”
Os desembargadores e juízes estaduais são escolhidos pelo Tribunal de Justiça, enquanto os desembargadores e juízes federais são escolhidos pelo Tribunal Regional Federal a que se encontrarem vinculados. A escolha é feita mediante eleição por voto secreto.
No que toca aos juízes oriundos da classe dos advogados, a matéria é regulada pela Res. TSE no 23.517/2017. Há uma aparente contradição entre essa norma e o citado inciso III, § 1o, artigo 120, da Constituição Federal. É que por este inciso a nomeação se dará “dentre seis advogados”, portanto a partir de lista sêxtupla, enquanto aquela Resolução determina em seu artigo 1o que a lista será tríplice. A antinomia, porém, é meramente aparente. Deve-se entender que a regra constitucional prevê lista sêxtupla para a escolha simultânea de dois advogados, enquanto a lista tríplice prevista na Resolução refere-se à escolha de apenas um. De sorte que a lista sêxtupla só tem cabimento se houver simultaneidade na escolha dos dois juízes do TRE oriundos da classe dos advogados.
Embora a lista seja organizada pelos Tribunais de Justiça, é encaminhada ao Tribunal Superior pela presidência dos respectivos Tribunais Regionais Eleitorais. Só após a aprovação da lista pelo TSE, a presidência deste a encaminha mediante ofício ao Poder Executivo, onde o presidente da República fará a escolha do nome que comporá o órgão colegiado do Tribunal Regional.
Segundo a Constituição, os requisitos para a indicação e escolha são os seguintes: (i) ser advogado, e, pois, encontrar-se no exercício da advocacia; (ii) deter notável saber jurídico; (iii) ostentar idoneidade moral. O artigo 5o da Res. TSE no 23.517/2017 acrescenta que o advogado deverá “possuir 10 anos consecutivos ou não de prática profissional”.
Não poderá ser indicado para compor lista tríplice: (i) magistrado aposentado ou membro do Ministério Público; (ii) advogado filiado a partido político; (iii) quem exerça cargo público de que possa ser exonerado ad nutum; (iv) quem seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a administração pública; (v) quem exerça mandato de caráter político. Ademais, aplica-se a disciplina atinente ao nepotismo no âmbito do Poder Judiciário, devendo o advogado indicado consignar eventual parentesco com membros do TJ ou do TRE; daí a vedação de que a lista seja integrada por quem possua relação de parentesco com membro do respectivo Tribunal de Justiça.
Não podem fazer parte do mesmo Tribunal Regional pessoas que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o 4o grau, excluindo-se nesse caso a que tiver sido escolhida por último (CE, art. 25, § 6o c.c. art. 16, § 1o).
O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal são escolhidos entre os desembargadores estaduais. Em geral, os regimentos internos atribuem a Corregedoria Eleitoral ao Vice-Presidente, que termina por acumular ambas as funções.
O mesmo que se disse quanto aos membros do TSE vale para os integrantes dos TREs. São denominados juízes, embora seja comum o uso do título desembargador eleitoral, o qual é previsto em Resolução do próprio tribunal.
Ademais, todos gozam de plenas garantias no exercício de suas funções, mas não usufruem de vitaliciedade. Assim, servem por apenas doisanos, no mínimo, e nunca por mais de dois biênios consecutivos. Permitida, pois, a recondução.
O Tribunal Regional, em regra, delibera por maioria de votos (quorum de votação), em sessão pública (CE, art. 28, caput). Todavia, em certas hipóteses, a deliberação deve ser feita pelo voto da maioria absoluta de seus membros, tal como ocorre na declaração de inconstitucionalidade de lei ou de ato do Poder Público – nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
3. Juízes Eleitorais
Os juízes eleitorais atuam na primeira instância da Justiça Eleitoral. Em seu artigo 121, § 1o, a Constituição é expressa ao dizer que devem ser juízes de direito. É também isso o que consta do artigo 11 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional – Loman (LC no 35/79). Cuida-se, pois, de juízes togados, de carreira, que gozam das prerrogativas constitucionais de vitaliciedade, inamovibilidade e irredutibilidade de subsídios. É comum, porém, que juízes de direito substitutos, ainda não vitaliciados, sejam designados para o ofício eleitoral.
Houve polêmica acerca do sentido e da extensão do termo juiz de direito, e, pois, de quem deve ser designado para o exercício das funções de juiz eleitoral: juízes estaduais ou juízes federais. Historicamente, a expressão “juiz de direito” relaciona-se a “juiz estadual”. Todavia, argumenta-se que, ao especificar os órgãos da Justiça Eleitoral, o artigo 118, III, da Constituição alude a juiz eleitoral, e este tanto pode ser o juiz estadual quanto o federal. A expressão juízes de direito usada no artigo 121, § 1o, da Lei Maior seria genérica e abrangeria as duas categorias de magistrados, pois no texto constitucional não são sinônimos os termos juiz de direito e juiz estadual, a ponto de um poder ser automaticamente substituído pelo outro. Por isso, afirma-se que também os magistrados federais deveriam ser designados para atuar na primeira instância da Justiça Eleitoral, o que ocorreria de forma supletiva, somente nos locais em que houver vara da Justiça Federal.
4. Juntas Eleitorais
O artigo 121 da Constituição prevê ainda a existência de Juntas Eleitorais. Além de um juiz eleitoral, são compostas de dois ou quatro cidadãos de notória idoneidade, nomeados pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral, após aprovação pela Corte Regional. Portanto, poderão as Juntas ser formadas por três ou cinco membros.
A Junta é sempre presidida por um magistrado, o juiz eleitoral.
Sua existência é provisória, já que constituída apenas nas eleições, sendo extinta após o término dos trabalhos de apuração de votos, exceto nas eleições municipais, em que permanece até a diplomação dos eleitos.
A competência desse órgão liga-se à apuração das eleições realizadas nas zonas eleitorais sob sua jurisdição. Nos termos do artigo 40 do Código Eleitoral, compete-lhe ainda: resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração dos votos; expedir boletins de apuração; expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Com a implantação das urnas eletrônicas pela Lei no 9.504/97 (arts. 59 ss), as funções das Juntas Eleitorais ficaram esvaziadas. No novo sistema, a contagem, a apuração e a totalização de votos são feitas automaticamente pela própria máquina. Por isso, pode-se saber dos resultados das eleições pouco tempo após o encerramento da votação.
Todavia, foi cauteloso o legislador na implementação do novo sistema, porquanto o artigo 59 da Lei no 9.504/97 prevê a possibilidade de o TSE autorizar, em caráter excepcional, a votação pelo método convencional, no qual são empregadas as tradicionais cédulas. Embora até hoje essa hipótese tenha ocorrido pouquíssimas vezes – o que depõe a favor da confiabilidade das urnas eletrônicas –, não se podem descartar ocorrências de falhas técnicas em algumas urnas, em situações de impossível substituição. Nesse caso, a votação deve ser feita pelo sistema convencional, empregando-se cédulas, sendo a apuração e a totalização dos votos realizadas pela Junta Eleitoral. Mas ainda assim as suas atividades ficaram bastante reduzidas, porquanto o TSE recomenda o procedimento denominado “voto cantado”, pelo qual a cédula de votação é lida e digitada em uma urna eletrônica substituta.
De qualquer sorte, nas eleições municipais, a diplomação dos eleitos permanece sob a competência da Junta.
5. Zonas Eleitorais
As zonas eleitorais são consideradas como uma ideal parte territorial, cuja divisão é fomentada por critérios legais, tendo ampla jurisdição nos limites que foram predeterminados e sendo integrante da circunscrição judiciária eleitoral.
Em outras palavras, são regiões geograficamente delimitada dentro de um Estado, gerenciada pelo cartório eleitoral, que centraliza e coordena os eleitores ali domiciliados. Pode ser composta por mais de um município, ou por parte dele. Normalmente, segue a divisão de comarcas da Justiça Estadual.
Para cada zona eleitoral haverá necessidade de investidura de um juiz eleitoral, sendo que a competência fica circunscrita ao local onde ocorreu o fato, ressalvando-se as questões que envolvam prerrogativas de função e aquelas atinentes ao ajuizamento de medidas judiciais disciplinadas em lei.
6. Seção Eleitoral
Seção eleitoral é uma subdivisão territorial da zona eleitoral, para fins de votação até a apuração dos votos, sendo o local destinado ao efetivo exercício do sufrágio (arts. 117 e 135 do CE).
Para cada seção funciona uma mesa receptora, sendo que para cada seção haverá uma urna eletrônica, mas a lei permite duas cabines por seção (duas urnas).
Uma zona eleitoral possui diversas seções eleitorais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMES, José Jairo. Direito eleitoral essencial. Rio de Janeiro: Método, 2018. Livro digital.. ISBN 9788530980894. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/books/9788530980894. Acesso em: 17 mar. 2021.
VASCONCELOS, Clever; SILVA, Marcos Antônio da. Direito Eleitoral. Saraiva, 2020. Livro digital. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555591064/cfi/6/2!/4/2/2@38.5:79. Acesso em: 16 mar. 2021
APRESENTAÇÃO: Composição Atual – Tribunal Superior Eleitoral. Disponível em: < https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555591064/cfi/6/2!/4/2/2@38.5:79.5>. Acesso em: 16 mar. 2021.

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