Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FARMACOLOGIA GERAL FÁRMACOS QUE ATUAM NO SN AUTÔNOMO Sistema Nervoso autônomo trabalha independente da nossa vontade. - Vasoconstrição, vasodilatação, midriase, miose, aumento/diminuição da respiração, batimentos cardíacos. Todos os neurônios pré-ganglionares são n. colinérgicos. Liberação acetilcolina. O neurotransmissor secretado pelos neurônios pós- ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual esses neurônios são chamados colinérgicos. Pós-ganglionares – noradrenérgicos. Nas glândulas sudoríparas, o n. pós-ganglionar libera acetilcolina. O SNA, também denominado visceral, vegetativo ou involuntário, conduz todos os impulsos do sistema nervoso central (SNC) e apresenta ação integradora sobre a homeostase corporal, regulando a atividade de estruturas fisiológicas que não estão sob controle voluntário como o sistema musculoesquelético. Assim, a respiração, a circulação, a digestão, a temperatura corporal, o metabolismo, a sudorese e as secreções de determinadas glândulas endócrinas são reguladas em parte ou totalmente pelo SNA. O SNA é composto por centros de controle localizados dentro do SNC e por uma rede periférica de fibras aferentes e eferentes. O hipotálamo é o principal núcleo de integração desse sistema, mas existem outros centros de controle importantes, como, por exemplo, o bulbo. Estrutural e funcionalmente, o SNA é dividido em dois sistemas: simpático ou adrenérgico e parassimpático ou colinérgico. Sistema Nervoso Simpático – Toracolombar Os neurônios pré ganglionares simpáticos têm seus corpos celulares localizados no corno lateral da substância cinzenta dos segmentos torácico e lombar da medula, e as fibras deixam a medula nos nervos espinais toracolombares na altura da primeira vértebra torácica até a terceira vértebra lombar (T1 até L3). Os axônios dessas células atingem as raízes nervosas anteriores e fazem sinapse com neurônios situados nos gânglios simpáticos fora do eixo cerebroespinal. Os gânglios simpáticos são encontrados em três locais: paravertebral, pré vertebral e terminal; consistem em pares que se localizam em ambos os lados da coluna vertebral, formando as cadeias laterais. Pela localização das saídas das fibras simpáticas, este sistema também é chamado toracolombar. Pré ganglionar – curto. Pós ganglionar – longo. 1 pré-ganglionar pode fazer sinapse com vários pós. No sistema nervoso autônomo simpático o neurotransmissor entre as fibras pré e pósganglionar é a acetilcolina, enquanto que a neurotransmissão entre as fibras nervosas pós-ganglionares e os órgãos efetores é adrenérgica. Sistema Nervoso Parassimpático – Craniossacral A divisão parassimpática do SNA compreende os neurônios pré ganglionares que se originam em três áreas do SNC e suas conexões pós ganglionares. As regiões de origem central são o mesencéfalo, o bulbo e a porção sacral da medula espinal. As fibras pré- ganglionares de origem cranial estão contidas nos nervos cranianos oculomotor (III), facial (VII), glossofaríngeo (IX), vago (X) e espinal (XI), estando o maior contingente dessas fibras contido no nervo vago. Este contém fibras pré ganglionares que vão inervar coração, brônquios, pulmões, esôfago, estômago, intestino delgado, parte inicial do cólon, fígado e pâncreas. As fibras parassimpáticas destinadas às vísceras pélvicas e abdominais emergem na saída sacral da medula em um feixe de nervos conhecidos como os nervos eretores (pois a estimulação desses nervos provoca ereção de órgãos genitais – de importância relevante para a inseminação artificial em animais). Tais fibras fazem sinapse em um grupo de gânglios pélvicos dispersos, de onde as fibras pós ganglionares se projetam para os tecidos alvo como a bexiga, o reto e a genitália. Pela localização das saídas das fibras parassimpáticas, este sistema também é chamado “craniossacral”. Em contraste com o sistema simpático, no parassimpático a sinapse ganglionar ocorre muito próxima ou mesmo no interior do órgão alvo, liberando acetilcolina, sendo os neurônios pós ganglionares muito curtos em comparação àqueles do simpático. Pós ganglionares – curtos. Pré ganglionares – longos. Neste sistema a acetilcolina é o neurotransmissor responsável pela transmissão do impulso nervoso tanto entre as fibras pré e pós ganglionares, como entre as fibras pós-ganglionares e o órgão efetor A ativação do sistema simpático, após situações de estresse, raiva ou medo, torna-se elevada e prepara o organismo para um estado de pronta ativação, característica de respostas tipo “luta ou fuga”. Nestas situações, o sistema simpático da adrenal também pode ser ativado. Deste modo, os batimentos cardíacos são acelerados, a pressão sanguínea é aumentada como resultado do redirecionamento do fluxo sanguíneo, contrário à pele e à região esplâncnica, a glicose sanguínea é elevada, bronquíolos e pupilas se dilatam, além da piloereção. Estes efeitos resultam principalmente das ações da epinefrina secretada pela medula adrenal. Por outro lado, o sistema nervoso parassimpático, devido a sua organização menos difusa, produz descargas discretas e localizadas e, está associado a manutenção da energia e função orgânica durante períodos de atividade mínima. Assim, a ativação do fluxo parassimpático produz uma redução nos batimentos cardíacos e pressão sanguínea, ativação de movimentos peristálticos e esvaziamento da bexiga urinária e do reto. Além disso, glândulas lacrimais, salivares e células mucosas são ativadas; também ocorre constrição bronquiolar. De acordo com estas respostas, torna-se evidente que a ativação contínua do sistema nervoso parassimpático também não é benéfica. Agonista adrenérgico - Se liga nos receptores adrenérgicos e os ativa. Alfa1, alfa2, beta1, beta2, beta3. Todos os adrenérgicos são do tipo metabotrópicos (ligados a proteína G). - Receptores da noradrenalina – alfa e beta. Tendo mais afinidade pelo alfa. Atua em b1 de forma mais proeminente e pouco efeito no b2. A noradrenalina após liberada atua nos receptores alfa e beta, depois é metabolizada ou recaptada. *Receptores pré-sinápticos (alfa2): toda a vez que a noradrenalina é liberada, se acumula nesse espaço, fenda sináptica, e se liga nesse receptor, ela ativa o mecanismo de feedback negativo. Proteína Gi (inibitória). - Agonista alfa2, como a xilazina: atividade e afinidade intrínseca, ativa esse alfa2, diminuindo a liberação de noradrenalina. Essa diminuição de noradrenalina lá no SNC, vai causar uma tranquilização/sonolência. Também atua nos alfa2 periféricos: a diminuição de noradrenalina diminui a pressão arterial (alfa1 dos vasos promove vasoconstrição). Menos resistência periférica total. Diminuição pressão arterial. Efeito colateral dos agonistas alfa2: hipotensão. Antagonista do alfa2 pré-sináptico: impede mecanismo de feedback negativo. Liberação maior de noradrenalina. Utilizados geralmente para reverter efeito dos agonistas. Essa noradrenalina, após se ligar aos receptores, cerca de 80% dela volta para dentro da terminação nervosa (recaptação neuronal). Se ela não voltar para dentro da terminação nervosa e depois voltar para dentro da vesícula, ela acaba sendo metabolizada. No espaço sináptico, a metabolização ocorre através da MAO (monoaminooxidase) e COMT (capecol O-metil transferase). Se ela não for para dentro da vesícula, a MAO presente também degrada ela. Se ela for totalmente metabolizada, quando despolarizar esse neurônio não irá ter noradrenalina para ser liberada. A adrenalina, que é liberada lá na medula da adrenal, age em todos os receptores alfa e beta. Acetilcolina liberada por todos os neurônios pré- ganglionares e pelos n.pós-ganglionares parassimpáticos. Formada a partir da colina, vem da periferia. Ação da colina-acetil-transferase. Também tem que ficar dentro da vesícula e quem leva a acetilcolina do citoplasma do neurônio para dentro também é o transportador. Muita acetilcolina - Vesículas vão sofrer exocitose – liberação acetilcolina. Se inibir esse transportador, a acetilcolina não consegue entrar dentro da vesícula – vesícula vazia – quando ocorre a despolarização, não tem nada a liberar (aumenta os níveis de acetilcolina na fenda sináptica). Age em Receptores muscarínicos: M1, M2, M3, M4, M5. Fármacos anti-colinesterásicos – aumenta dispolinibilidade acetilcolina. Degrada em colina e acetado – colina que sobrou sofre recaptação através de proteína transportadora na terminação nervosa, e vai ser reutilizada na síntese de acetilcolina. Nicotínicos – medula da adrenal e presente nos gânglios onde ocorre a sinapse do n. pré-ganglionar com o pós- ganglionar. Coração + b1. Aumento AMPc dentro das células cardíacas. Ativa quinases que estão envolvidas na contração do m. cardíaco. Vasoconstrição alfa1 Efeito Inotrópico Positivo significa que aumenta a força de contração do coração, geralmente aumentando o nível de cálcio intracelular do miocárdio. Efeito Inotrópico Negativo significa que diminui a força de contração, diminuindo o débito cardíaco. Fármacos adrenérgicos – simpaticomiméticos ou agonistas adrenérgicos Imitam os efeitos (do sistema nervoso simpático) das catecolaminas (adrenalina, noradrenalina e dopamina) endógenas sobre os órgãos efetores. - Vasoconstrição, vasodilatação, aumento força, frequência e automatismo do coração, bronquiodilatação, midríase, inibem motilidade trato digestório e secreções, contração dos esfíncters Existem fármacos seletivos para os 4 subtipos de receptores: a1, a2, B1, B2. Fármacos não seletivos como a adrenalina age em todos os receptores. Vantagem de fármacos mais seletivos: mais especificidade, menos efeitos adversos Simpaticomiméticos de ação direta: Catecolaminérgicos Adrenalina – potente agonista de todos os receptores adrenérgicos. Liberada pela medula adrenal. Mais B. - Efeitos vasculares (alfa-1 vasoconstrição – aumento da pressão arterial; vasos também tem B2 – principalmente m. esquelética - vasodilatação), cardíacos (b1, b2, aumento da FC, força, automotismo, consumo de O2) sobre a pressão arterial e nos bronquíolos (b2 nos brônquios, bronquiodilatação). Usos terapêuticos: redução de broncoespasmo, choque anafilático (nesse choque há liberação de histamina, que causa vasoilatação e extravasamento de líquido, causando queda brusca da PA, bronquioespasmos, edema de glote – antagonismo fisiológico entre histamina e adrenalina), controle de hemorraias de pele e mucosas (podendo ocorrer taquifilaxia e sangrar até mais se usada com frequência), associação com anestésico local (que entra nos canais de sódio dos neurônios impedindo a despolarização; adrenalina – vasoconstrição, reduzindo a perda do anestésico em vasos próximos) e hipotensão aguda e parada cardíaca. Efeitos adversos: ansiedade, medo e intranqüilidade, palpitações, hemorragia cerebral e arritmias cardíacas. Contraindicações: durante anestesia por halotano (anestésico inalatório que sensibiliza o miocárdio às catecolaminas), durante parto (alfa-1 contrair, beta-2 relaxar, pode atrapalhar o parto relaxando o útero), insuficiência cardíaca, pacientes hipertireoideos não tratados (coração susceptível as catecolaminas), hipertensos. Dopamina – agonista B1 (coração), a1 (vasos) - Ativação de D1 causa: vasodilatação de vasos mesentéricos e renais. - Ativação de D2 no SNC causa diminuição da pressão sanguínea e frequência cardíaca, vasodilatação e leitos vasculares renais e mesentérico. - Ativação de B1: inotropismo positivo – aumento força contração coração. - Ativação de a1: vasoconstrição Usos terapêuticos: choque cardiogênico, choque séptico e insuficiência cardíaca congestiva. Uso IV em infusão até reverter o quadro. Meia-vida muito curta. Dobutamina – agonista B1 - Meia vida curta, uso IV. Uso em ICC e descompensação cardíaca. Efeitos adversos: aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio, arritmias. Isoproterenol – agonista B1 e B2 não seletivo Uso: constrição brônquica aguda, bloqueio atrioventricular completo. Quanto maior a dose, maior o efeito sob coração. Efeitos adversos: taquicardia e arritmias. Agonista alfa-1 e alfa-2 não seletivos Fenilpropanolamina Estimula alfa-adrenoceptores da musculatura lisa do esfíncter da bexiga e da uretra pélvica. Usada no tratamento da incontinência urinária da cadela. Efeitos adversos: agressividade, anorexia, arritmia cardíaca, hipertensão. Contraindicado em fêmeas prenhes e lactentes. Agonista Alfa1 mais seletivos Felinefrina Uso: descongestionante nasal, induzir midríase, controle da hipotensão, uso com anestésicos locais. Metoxamina Uso: reestabelecer pressão sanguínea, descongestionante. Efeitos adversos: arritmia e diarréia. Agonistas alfa-2 (pré-sinápticos) Efeito de retroalimentação negativa. Fármacos: XILAZINA, detomidina, medetomidina, romifidina. Usos clínicos: tranqüilizante, analgésico, miorrelaxante, medicação pré-anestésica. Efeitos adversos: - Doses baixas elevam limiar convulsivo (anticonvulsionante) e doses altas baixam o limiar. - Hipotermia (diminui vasoconstrição) - Bradicardia – frequência cardíaca cai em 50% ou mais com doses sedativas. - Arritmia sinusal e bloqueios sinoatriais - Vasoconstrição e vasodilatação – inicialmente hipertensão (IV e altas doses), seguida por queda da pressão (diminuição noradrenalina) - Hipoxemia em ovinos. Ruminantes edema (raro). - Xilazina IM em gatos induz vômitos. Diminui motilidade TGI e prolonga o tempo do transito GI. Agonistas beta-2 adrenérgicos Fármacos: Salbutamol, salmeterol, terbutalina, ritodrina, clembuterol, fenoterol, formoterol. Uso: tratamento de asma, bronquites, retardamento do parto. Efeitos adversos: tremor muscular, taquicardia, tolerância. Clembuterol: uso em eqüinos como broncodilatador. Tratamento de DPOC; aumenta desempenho físico e peso corporal. Resposta anabólica. Simpaticomiméticos de ação indireta Efedrina agente de ação mista (alfa1 e b2 principalmente) Entra na corrente sanguínea e promove a liberação de noradrenalina. Longa duração taquifilaxia. Aumenta pressão sanguínea, broncodilatação b2, causa constrição do esfíncter da bexiga. Usos: asma, midriático, tratar complacência do esfíncter da bexiga. Efeitos adversos: hipertensão, arritmias cardíacas, insônia, nervosismo e agitação. Fármacos simpaticolíticos ou antagonistas adrenérgicos Antagonistas alfa não seletivos Fenoxibenzamina/fentolamina Usos: redução hipertônus do esfíncter uretral Hipertensão associada com feocromocitoma (tumor da medula adrenal – aumento adrenalina circulante). Hipertensão associada a toxicidade por ixodes holocyclus Efeitos adversos: hipotensão, taquicardia, miose, aumento da pressão intraocular, náusea e inibição da ejaculação. Bloqueia-se receptores alfa, nora não consegue se ligar, mantendo a vasodilatação. Se liga nos beta – coração taquicardia. Antagonistas alfa-1 Prazosin, terazosina, doxasosina, trimazosina. Uso clínico do prazosin: tratamento de ICC, hipertensão. Vasodilatação - hipotensão Antagonistas alfa-2 Ioimbina, Atipamezole Uso: reversão dos efeitos da xilazina Efeitos adversos: - Pode aumentar os níveis séricos de insulina em animais com diabetes pois os receptores a2 inibem a liberação de insulina. - Pode causar estimulação do SNC, aumentar frequência cardíaca e pressão arterial. A tolazolina é umantagonista não competitivo dos agonistas de receptores α-2 adrenérgicos utilizado na reversão dos efeitos indesejáveis destes fármacos. Antagonistas B-adrenérgicos - Inibem a contração do coração (B1): diminuição frequência e força de contração. - Diminuição liberação renina das células justaglomerulares dos rins, inibindo a atividade simpática central. Uso terapêuticos (VO): hipertensão, ansiedade, cardiomiopatia hipertrófica em gatos, atenuar os sinais de hipertireoidismo, angina, IAM e arritmias. Antagonistas beta não seletivo - Propranolol, nadolol, timolol, pindolol, oxprenolol Antagonista B1 - Atenolol, esmolol, metoprolol Propranolol Diminui a frequência cardíaca sinusal e deprime a condução átrio-ventrículo. Diminui o débito cardíaco, diminui a demenda de oxigênio pelo miocárdio, diminui a automaticidade, aumenta a resistência das vias aéreas. Uso: tratamento da hipertensão associado com tirotoxicose e feocromocitoma. Tratamento de arritmias. Efeitos adversos: sensibilização (up-regulation) de receptores beta com terapia de longa duração. Suspensão súbita propranolol pode exacerbar os sintomas. Pode causar broncoespasmo em animais asmáticos. Contra-indicado em animais com insuficiência cardíaca ou bradicardia sinusal. Atenolol – antagonista seletivo beta-1 Diminui a frequência cardíaca, débito cardíaco e a pressão arterial. Uso: tratamento de arritmias supraventriculares, hipertensão, cardiomiopatia hipertrófica em gatos. Efeitos adversos: usado com cautela em animais com asma. ______________________________________________ Classificação dos fármacos simpaticomiméticos: A dopamina causa liberação de norepinefrina de neurônios adrenérgicos. Em doses intermediárias ativa adrenoceptores, podendo resultar em vasoconstrição. A dopamina ativa receptores específicos de dopamina. Receptores D1 estão presentes na circulação coronariana, mesentérica e renal e são ativados por baixas concentrações de dopamina. A ativação produz vasodilatação. Receptores D2 estão presentes em gânglios, córtex da adrenal e certas áreas do SNC. As catecolaminas são pobremente absorvidas após administração oral, parte porque as drogas são rapidamente conjugadas e oxidadas. Elas são absorvidas do trato respiratório quando nebulizadas e inaladas. A absorção subcutânea é lenta devido a vasoconstrição. As catecolaminas não atravessam facilmente a barreira sangue-cérebro. ______________________________________________ Parassimpático: neurotransmissor liberado – acetilcolina. Neurônios pós ganglionares. Receptores muscarínicos. No coração: acetilcolina diminui frequência, força e automatismo. Trato digestório: aumenta motilidade, secreções, relaxa esfíncter. Broncoconstrição, miose. Essa acetilcolina ficará no interior de vesículas, e quando esse neurônio despolarizar (entrada de Cálcio), fundem- se essas vesículas e ocorre exocitose. Libera-se acetilcolina que vai se ligar nos receptores colinérgicos, na periferia – receptores muscarínicos. Depois que ela se ligou nos receptores, na fenda sináptica existe a enzima acetilcolinesterase que quebra, degrada, biotransforma (cessa) a acetilcolina. Nessa quebra, irá liberar a colina que volta para dentro da terminação nervosa para ser reciclada e acetato. *Anticonesterásicos RECEPTORES COLINÉRGICOS MUSCARÍNICOS -------------------- NICOTÍNICOS Nicotínicos se encontram somente na medula da adrenal. Muscarínicos são acoplados a proteína G. Nicotínicos são acoplados a canais iônicos – envolvem um canal iônico de sódio e quando a acetilcolina se liga, vai abrir esse canal e entrar sódio. RECEPTORES MUSCARÍNICOS Subdivididos em M1, M2, M3, M4, M5. M1, M3 e M5 – acoplados a proteina Gq – quando ativados, a resposta será excitatória. Forma segundos mensageiros IP3 (liberação de cálcio do RE) e DAG – Excitação do SNC, aumento da secreção gástrica, da motilidade gastrointestinal, da secreção glandular, contração da musculatura lisa visceral e vasodilatação (via óxido nítrico) – queda da pressão arterial. Despolarização – excitatória. M2, M4 – acoplados a proteína Gi inibitória. M2 – coração: diminui força, frequência e automatismo – inibição pré-sináptica e neuronal. Diminuição do AMPc, diminuição Ca (inibe canais Ca2+), aumento de K+ hiperpolarização. Sistema cardiovascular - Efeito inotrópico negativo –força de contração cardíaca - Efeito cronotrópico negativo – frequência cardíaca - Vasodilatação: endotélio vascular queda PA Ações sobre TGI - aumento do tônus e contrações, peristaltismo, aumento do trânsito intestinal (excesso: náuseas, vômitos, cólica, defecação), contração da vesícula biliar, aumento das secreções (glândulas salivares e gástricas). Ações sobre sistema respiratório - Broncoconstrição - Aumento das secreções Ações sobre o globo ocular - Contração do músculo ciliar (miose – visão próxima) - Facilita o escoamento do humor aquiso – diminui a pressão intraocular. Ações sobre glândulas - Aumento das secreções: glândulas sudoríparas, termorreguladoras, lacrimais, salivares, brônquicas, gástricas e intestinais. Ações sobre o sistema urinário - Contração do músculo detrusor, relaxamento dos esfíncteres: aumento da diurese. Rubor, sudorese FÁRMACOS PARASSIMPATICOMIMÉTICOS OU AGONISTAS MUSCARÍNICOS Mimetizam o efeito da acetilcolina. Ação direta – interagem com receptores nicotínicos e muscarínicos. Alcalóides naturas: pilocarpina, muscarina, arecolina, nicotina. Ésteres da colina: acetilcolina, metacolina, betanecol, carbacol *acetilcolina dura muito pouco, não existe como fármaco. Indústria criou fármacos mais resistentes à hidrólise pela acetilcolinesterase. Pilocarpina: alcalóide muscarínico derivado do pilocarpus jaborandi (planta). Amina terciária que pode atravessar a barreira hematoencefálica. Lipossolubilidade. Uso: causar miose e reduzir a pressão intraocular no glaucoma. Induzir produção de saliva. Escoamento humor aquoso. Muscarina – alcalóide do amanita muscaria (fungo). Não tem uso terapêutico. Diarreia, micção, salivação, broncorreia (secreção nasal), dificuldades respiratórias. Arecolina – (semente) alcalóide usado no tratamento de Echinococus granulosus em cães. Nicotina – foi usada como anti-helmíntico e esctoparasiticida. Riscos de intoxicação. Acetilcolina – substância quaternária que estimula receptores nicotínicos e muscarínicos. Metacolina – é hidrolisada mais lentamente que a ACh. Uso em controlar taquicardia de origem atrial. Betanecol – é resistente a hidrólise pelas colinesterases. Atua nos receptores muscarínicos e é mais ativa sobre o intestino. Uso em tratamento de distensão abdominal, refluxo esofágico e distensão da bexiga. Carbacol – é resistente a hidrólise pelas colinesterases. Após administração por subcutânea ocorre salivação em ruminantes e sudorese em cavalos. Uso em tratamento de cólica em cavalos, estase ruminal em bovinos e para produzir miose. *Gestação é uma contra-indicação para o uso de carbacol. *Se tiver obstrução intestinal, exemplo em equinos, esse aumento de motilidade excessivo pode causar rompimentos. TOXICIDADE DOS PARASSIMPATICOMIMÉTICOS - Náuseas, vômitos, cólicas, salivação, sudorese, broncoconstrição, queda da pressão arterial. Atropina e adrenalina são antídotos efetivos na overdose ou em efeitos adversos severos de todos os parassimpaticomiméticos. Ação indireta (anticolinesterásicos) Atuam indiretamente prevenindo a hidrólise de Acetilcolina pela acetilcolinesterase (AChE). - Aumento da Acetilcolina no organismo. Reversíveis: (se ligam à enzima por determinado período) fisostigmina, neostigmina, piridostigmina,edrofônio, ambenômio, demecário. Irreversíveis: (ligação covalente – forte que pode durar 24h) paration, malation, fention, ecotiofato, diclorvós. - Se usados como parasiticida: Inibe AChE no parasita, o acúmulo de acetilcolinesterase causa a morte deles. Dependendo da concentração, afeta o hospedeiro também. Fisostigmina – é uma amina terciária. Atravessa a barreira sangue-cérebro. Uso em tratamento de glaucoma (induzir miose, facilita escoamento do humor aquoso) e tratamento de intoxicações com atropina e outras drogas antimuscarínicos (acetilcolina aumentada consegue competir com a atropina que está bloqueando aquele receptor – antagonismo competitivo). Excesso: efeitos de intoxicação no SNC. Neostigmina – amina quaternária, não é absorvida por via oral e nem atravessa barreira sangue-cérebro. Usada para reverter o bloqueio tipo curare (usado para relaxamento muscular – neostigmina volta a ter contração do músculo esquelético), íleo paralítico, atonia bexiga urinária (não consegue esvaziar) e miastenia gravis. Ecotiofato e emecário Usados no tratamento de glaucoma. Diclorvós – anti-helmíntico de largo espectro usado em cavalos, cães, gatos e suínos. Controle de pulgas, piolhos e carrapatos em cães e gatos. Principais efeitos farmacológicos dos anticolinesterásicos - Bradicardia, vasodilatação com queda de Pressão arterial, contração do músculo liso do intestino, bexiga e brônquios, estimulação de glândulas exócrinas, constrição pupilar (miose) e contração do músculo ciliar levando à redução da pressão intraocular. Usos clínicos dos anticolinesterásicos: - Tratamento de miastenia gravis (neostigmina, piridostigmina) - Tratamento de glaucoma (demecário, ecotiofato, fisostigmina) - Reversão do bloqueio tipo curare (neostigmina) - Tratamento de íleo paralítico e atonia da bexiga (neostigmina) Toxicidade: náuseas, vômitos, cólica, diarréia, salivação, broncoconstrição, broncorréia, defecação e micção involuntárias, hipotensão, fasciculação muscular, fraqueza, paralisia dos músculos respiratórios, convulsão, coma e parada respiratória central. Tratamento da intoxicação: atropina e paralidoxima (oxima que consegue desfazer a ligação entre o anticolinesterásico e a enzima acetilcolinesterase – precisa ser administrada muito rapidamente após a intoxicação - Max 1h) *Contra indicado o uso de parassimpaticomiméticos em paciente com asma, insuficiência coronariana e úlcera péptica. Fármacos parassimpaticolíticos ou antagonistas muscarínicos São fármacos antagonistas competitivos da acetilcolina nos receptores muscarínicos pós-sinápticos. Bloqueiam os receptores muscarínicos. Classificação: Alcaloides naturais: atropina, escopolamina, homatropina. Derivados do amônio quaternário: propantelina, metonidrato de atropina, metescopolamina, glicopirrolato. Composto muscarínico seletivo: M1: Pirenzepina; Tgi - Estômago Atropina é uma amina terciária, antagonista competitiva e não seletiva da Acetilcolina nos receptores muscarínicos (bloqueia todos M1,2,3,4,5). Dependendo da concentração, também consegue bloquear os receptores nicotínicos. Uso clínico da atropina: pré-anestésico, em oftalmologia para produzir cicloplegia e midríase, tratar cólicas renais e biliares, intoxicação por organofosforados, intoxicação por fungo. Principais efeitos farmacológicos antimuscarínicos: - Inibição das secreções, taquicardia, dilatação da pupila (midríase) e paralisia de acomodação (cicloplegia). - Inibição da motilidade gástrica e das secreções. - Relaxamento do músculo liso dos brônquios, bexiga e vias biliares. - No SNC efeitos principalmente excitatórios com a atropina: depressor com hiocina. Efeito antiemético e anti-parkinsoniano. Usos clínicos: medicação pré-anestésica, tratamento de úlcera péptica (pirenzepina) e diminuição da motilidade gastrointestinal (propantelina). No auxílio do exame oftalmológico da retina e no tratamento de irite (atropina). Cinetose (hioscina) e tratamento de taquicardia sinusal, bloqueio A-V e bloqueio A-V incompleto (glicopirrolato). Efeitos adversos: xerostomia (pouca saliva), perda de acomodaçao visual, fotofobia, dificuldade de micção, pele vermelha e quente, febre e agitação. Antidepressivos: boca seca, constipação. BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES Ação no sistema nervoso somático. Os bloqueadores neuromusculares são fármacos que promovem a interrupção total ou parcial da transmissão entre a terminação nervosa motora e a placa motora. São desprovidos de efeito analgésico, anestésico e hipnótico. Promovem apenas o relaxamento muscular. Também chamados de agentes curarizantes ou relaxantes musculares de ação periférica. Empregados com a finalidade de induzir um relaxamento muscular em diversas situações: - Cirurgias de redução de fraturas, Instituição de ventilação mecânica (diafragma vai ser relaxado – uso de ventilação mecânica), procedimentos que necessitam a centralização do globo ocular (cirurgias de catarata), procedimentos cirúrgicos que necessitem a abertura/relaxamento do tórax. Curare era utilizado pelos indígenas colocado na ponta das flechas e induzia nos animais abatidos uma paralisia muscular esquelética. Bloqueia o receptor nicotínico e a acetilcolina não consegue se ligar. Placa motora é a junção entre o neurônio motor somático e o músculo esquelético. A transmissão neuromuscular se inicia com a chegada do potencial de ação na terminação nervosa, abertura dos canais de cálcio e entrada desse íon na terminação nervosa. O cálcio promove a liberação da acetilcolina das vesículas. Ela se difunde pela fenda sináptica e se liga aos receptores nicotínicos da placa terminal. Sequência do bloqueio Após a administração do bloqueador neuromuscular há uma sequência do bloqueio muscular: 1. Face e cauda 2. Extremidades dos membros e musculatura cervical 3. Terço proximal dos membros 4. Músculos fonadores 5. Região abdominal hipogástrica 6. Músculos intercostais 7. Diafragma A reversão do bloqueio muscular se dá no sentido inverso. Classificação dos bloqueadores neuromusculares Despolarizantes: produzem seus efeitos a partir da despolarização contínua e sustentada da placa motora. Não despolarizantes/competitivos: produzem seu efeitos através da inibição competitiva com a ACh ao receptor nicotínico, impedindo a despolarização da placa motora. Despolarizantes são representados pelo fármaco succinilcolina. Ele se liga ao receptor nicotínico e provoca uma despolarização contínua e sustentada. Não existe reversão do efeito. Succinilcolina se liga ao receptor e fica tempo suficiente para dessensibilizá-lo. Nessa primeira fase, acaba agindo como agonista. Quando a acetilcolina vai se ligar, o receptor não se ativa, pois está dessensibilizado. O período de latência é curto e a duração do tempo de ação da succinilcolina pode variar nos felinos 5min e nos caninos 20-30min. É um fármaco indicado para intubação endotraqueal em humanos. É biotransformada lentamente, o que mantém a despolarização por um tempo de 5-10min (fasciculações em humanos). Pode causar bradicardia, em felinos pode reduzir a pressão arterial, causa hiperpotassemia, podendo levar à arritmias (devido a despolarização muscular generalizada). Os não-despolarizantes ou competitivos bloqueiam competitivamente os receptores nicotínicos, porém sem estimulá-los. Impedem a despolarização da membrana da célula muscular e inibem a contração muscular. A ação competitiva pode ser superada pela administração de inibidores da colinesterase, que aumentam a concentração de acetilcolina na junção neuromuscular. Neostigmina e efedrônio. Atracúrio (o mais utilizado na medicinaveterinária) Considerado um bloqueador neuromuscular de ação intermediária. Eliminação por meio da via de Hoffman. Degradação espontânea no plasma gera metabólitos laudanosina e monoacrilato. Sem efeitos cumulativos, pode ser usada por infusão contínua. Deve ser administrada por IV, tem poucos efeitos cardiovasculares, e pode ocorrer a liberação de histamina (eritema cutâneo, hipotensão arterial, taquicardia e broncoespasmos) com doses muito elevadas. A excreção da laudanosina é feita pela urina e bile independemente do funcionamento renal e hepático (sofre hidrolização por estresse). Pancurônio Considerado um BNM de ação longa e sua duração depende do tipo de anestesia e dose administrada. A duração do bloqueio neuromuscular aumenta com a administração de doses repetidas. Deve ser IV, não atravessa barreia placentária e hematoencefálica, provoca aumento da frequência cardíaca, pressão arterial e débito cardíaco, sofre biotransformação hepática (30%) e eliminação renal, sendo que o tempo de bloqueio é aumentado em nefropatas. Bloqueio neuromuscular residual (fenômenos hipóxicos e complicações pulmonares pós operatórias). VECURÔNIO Derivado do pancurônio, duração de ação intermediária, possui menos efeitos cardíacos (uso seguro em pacientes com cardiomiopatia isquêmica), sofre biotransformação hepática gerando um metabólito ativo – 3-desacetil vecurônio com propriedades miorrelaxantes. Excreção biliar (60-70%) e renal (10-25%). Não induz a liberação de histamina. ROCURÔNIO Derivado do vecurônio, possui início de ação rápido e duração de ação intermediária. Em doses elevadas, é acompanhado do prolongamento do tempo de ação. Sofre metabolização hepática, sem formação de metabólitos ativos. Cuidado ao utilizar em pacientes com disfunção hepática. Excreção hepática (60-70%) e renal (20-30%). Em felinos, mais de 50% da dose injetada é eliminada de forma inalterada pela bile. MIVACÚRIO Duração curta (15-20min), duração do efeito está relacionada com a atividade da colinesterase plasmática – enzima diminuida em pacientes pediátricos, hepatopatas e nefropatas. É hidrolisado pela colinesterase e deve-se evitar em casos de insuficiencia hepática. Tem excreção renal e é indicado para procedimentos rápidos ou ambulatoriais. Usar atropina para evitar bradicardia na reversão do bloqueio não-despolarizante. O que pode influenciar na duração e efeito dos BNM: hipercalcemia e hipermagnesemia, acidose respiratória, lesões ou condições desnervantes. ____________________________________________ ANESTÉSICOS LOCAIS Usados para dessensibilizar uma área localizada ou regional, geralmente com o objetivo de promover analgesia. Sua característica diferencial consiste na capacidade de produzir uma perda completa de todas as modalidades sensoriais como dor, calor, tato, pressão e função motora. O primeiro anestésico local desenvolvido foi a Cocaína: Isolada em 1860 da planta Erythroxylum coca. 1884 foi utilizada como anestésico local na oftalmologia. Efeito adverso é a dependência. Em 1905 foi sintetizado o primeiro anestésico local sintético, a Procaína. Os anestésicos locais interferem na condução de estímulos nervosos. Com isso conseguem causar uma insensibilidade a estímulos dolorosos locais ou regionais do organismo. Isso depende da forma como ele é aplicado. Não induzem inconsciência. Os anestésicos GERAIS induzem inconsciência, analgesia e relaxamento muscular. Os anestésicos LOCAIS produzem somente analgesia e quando aplicados em altas doses acabam bloqueando a transmissão de impulsos sensoriais somáticos, motores somáticos, impulsos do SNA e podem causar uma paralisia do músculo esquelético. Métodos de aplicação de anestésicos locais: - Tópico: spray, pomada, creme (no olho, ouvido, garganta, mucosas). - Injetável: infiltração em tecidos a serem anestesiados, próximos a nervos (que dessensibiliza toda uma região). - Espaço epidural (subaracnóideo): anestesia epidural. - Espaço intraarticular Todos os anestésicos locais possuem 3 componentes estruturais: - Um grupo aromático, uma ligação intermediária e uma amina terciária. O que os diferencia é a ligação intermediária. Ela pode ser do tipo Éster ou do tipo Amida. Éster: principal representante Procaína. Amida: Lidocaína. Isso determina algumas características: Os anestésicos do tipo Éster são metabolizados pelas esterases plasmáticas e do tipo Amida são metabolizados por enzimas microssomais hepáticas. Procaína (Ester), Lidocaína, Mepivacaína, Prilocaína, Bupivacaína, Ropivacaína (todas estas do tipo Amida). Procaína (Ester) Início de ação intermediário, duração curta de 45-60min. Lidocaína (Amida) Início de ação rápido, 60-120min. Mepivacaína (Amida) Início de ação rápido, 90-180min. Bupivacaína e Ropivacaína são de longa duração entre 240-480min. A escolha do anestésico local depende da duração do procedimento. Eles atuam bloqueando a geração do potencial de ação impedindo a condução da informação dolorosa que é conduzida por fibras aferentes do tipo C e delta. As fibras são capazes de gerar um potencial de ação em resposta a despolarização da membrana. Essa atividade depende da abertura dos canais iônicos operados por voltagem na membrana. Em repouso, o ambiente intracelular é negativo em relação ao extracelular. Durante a excitação, a despolarização da membrana abre canais de sódio operados por voltagem permitindo que os íons sódio fluam para dentro da célula que produz uma despolarização e um potencial de ação é gerado. Os anestésicos locais bloqueiam os canais de sódio impedindo a despolarização e a condução da informação dolorosa. Para isso acontecer eles devem se difundir por difusão passiva para dentro da membrana nervosa. A fração não ionizada passa para o estado ionizado na dependência do pH local e por sua vez vai se ligar num sítio específico do canal de sódio bloqueando pelo lado de dentro da membrana. Características: São bases fracas e insolúveis em água. Os produtos comerciais são preparados como Sais cloridratos solúveis que são ácidos que aumenta a estabilidade e hidrossolubilidade da solução do anestésico local. Dessa forma, no frasco do anestésico local terá a sua forma ionizada e não ionizada, principalmente ionizada (anestésico básico dentro de um solvente ácido). Nos tecidos vão ficar na forma ionizada e não ionizada. É o pH do local que vai favorecer a predominância de uma dessas formas. Isso acaba interferindo na ação. Em um tecido saudável que tem um pH básico vai predominar as formas não ionizadas. Mais lipossolúvel, atravessa barreiras e produz efeito. Se for aplicado várias vezes no mesmo local, o tecido acaba perdendo a capacidade tamponante e o anestésico local deixa de exercer seu efeito (vai diminuindo as formas não ionizadas). Se for aplicado em um tecido inflamado não haverá resposta farmacológica (pH ácido – formas ionizadas). Não lipossolúvel, não atravessa barreiras e não produz efeito. Absorção é a chegada do fármaco na corrente sanguínea. Absorção dos anestésicos locais não é desejada, pois o que queremos é que eles cheguem nas fibras nervosas. Próximo às fibras existe irrigação sanguínea e dessa forma eles acabam caindo na corrente sanguínea. A absorção sistêmica acaba sendo influenciada pela dosagem (quanto maior a dose, mais chega na corrente sanguínea), pelo local da aplicação (maior fluxo sanguíneo mais absorção), a presença de vasoconstritor que vai limitar a chegada dos anestésicos locais na corrente sanguínea (se reduz em até 50% a quantidade de anestésico local) e as propriedadesfísico-químicas dos fármacos. Uma vez na corrente sanguínea podem se ligar às proteínas plasmáticas de uma forma mais intensa ou menos intensa. Amidas se ligam com mais intensidade. Usos terapêuticos: - Anestesia tópica de mucosas, olho, orelha, pele, epidural, intra-articular. - Anti-arrítmico: lidocaína IV; controle de arritmias ventriculares. Efeitos adversos: - Reações de toxicidade com excesso de fármaco (ou pro injeção acidental IV) - SNC: inquietação, agitação contrações musculares, convulsões, inconsciência e parada respiratória. - Cardiovascular: diminuição da taxa de despolarização, bradicardia, diminuição da contratilidade cardíaca, vasodilatação e hipotensão. - Metahemoglobinemia por prilocaína ou benzocaína (gatos e coelhos). - Reações de Hipersensibilidade: mais comum no tipo éster. Associação de anestésicos locais com vasoconstritores (adrenalina e fenilefrina – a1) Anestésico local Não deve chegar na corrente sanguínea. Vasoconstritor Retarda a absorção. Diminui necessidade de várias reaplicações, aumenta o tempo de ação. Efeitos adversos dos vasoconstritores: agitação e taquicardia. Evitar essa associação em extremidades. ______________________________________________ Anestésicos inalatórios, injetáveis e algumas classes de tranqüilizantes (maiores e menores). Os principais neurotransmissores do SNC são: Aminoácidos inibitórios: GABA e Glicina Aminoácidos excitatórios: Glutamato e aspartato Aminas: acetilcolina, histamina, dopamina, noradrenalina e serotonina. Peptídeos: encefalinas, endorfinas, dinorfinas, substância P. GABA (Ácido gama-aminobutírico) Principal neurotransmissor inibitório. Receptores GABA A, GABA B (subtipos GB1 e GB2) e GABA C. Aumentar GABA – animal sonolento. Diminuir GABA: fica o Glutamato – agitado. Receptores GABA A: ionotrópicos, localizados na pós- sinapse. 5 subunidades. Receptores GABA B: metabotrópicos (geralmente são pré-sinápticos) Essas subunidades envolvem um canal de cloreto. Receptor acoplado a canal iônico. GABA se liga, abre esse canal de cloreto, entra cloreto no neurônio e hiperpolariza – diminui a atividade. Há sítios específicos onde os fármacos se ligam – benzodiazepínicos. GABA distribuído por todo SNC. GLICINA Neurotransmissor inibitório. Localização no tronco encefálico, medula espinal e retina. Pode promover efeito excitatório ao se ligar ao receptor NMDA (receptor do glutamato, potencializa a ação do glutamato), aumentando a sensibilidade do mesmo ao glutamato. Receptores: 5 isoformas do receptor da glicina. Estricnina e toxina tetânica: antagonistas dos receptores da glicina. Esses neurônios ficam estimulados. GLUTAMATO Principal neurotransmissor excitatório, sintetizado a partir da glutamina. Receptores: ionotrópicos: NMDA, AMPA, Cainato. NMDA: Relacionado a entrada de Ca na célula. AMPA e Cainato: associado a canais de influxo de íons Na. Na e Ca – papel excitatório – despolarização do neurônio. Metabotrópicos: I, II, III. Geralmente pré-sinápticos. Fármaco que bloqueia NMDA: neurônio não vai despolarizar. Bloqueia entrada de Na e Ca. Fica hiperpolarizado. ACETILCOLINA Receptores muscarínicos e nicotínicos. Muscarínicos (envolvidos no processo de atenção e cognição). M1: predominantes, pós-sinápticos. M2: pré-sinápticos (controlam a liberação de ACh) M3, M4, M5 ocorrem no SNC em níveis menores. Nicotínicos: receptores ionotrópicos que estão envolvidos na cognição, dor e controle de liberação de dopamina. *Há evidências que os receptores nicotínicos centrais participam de transtornos mentais, como esquizofrenia, depressão , adição e doença de Alzheimer. HISTAMINA Encontrada principalmente no hipotálamo. Receptores: H1, H2 e H3. H1 e H2 – pós sinápticos. H3 – autoreceptor pré-sináptico e inibe a liberação de histamina. Funcões no SNC: sono-vigília, inibe apetite, secreção hormonal, controle do sistema cardiovascular, termorregulação, memória-aprendizado. NOREPINEFRINA/NORADRENALINA É uma catecolamina que atua nos receptores alfa e beta. Neurônios da via adrenérgica presentes no locus cerúleo, na ponte e formação reticular. Desempenha papel nas reações de fuga-luta bem como no estresse e na vigília. Sua disfunção desempenha papel importante no transtorno da ansiedade, pânico e do humor, bem como na esquizofrenia e na demência. DOPAMINA Catecolamina envolvida no controle da atividade motora, mecanismo de recompensa, nas emoções e em funções cognitivas e endócrinas. Principais vias dopaminérgicas: - Nigroestriatal: lesão nestas células causa doença de parkinson em humanos. - Mesolimbica: modula respostas comportamentais e o sistema de recompensa. - Mesocortical: relacionada com memória, atenção, recompensas e aprendizagem. - Tuberoinfundibular: envovlida com liberação de hormônios hipofisários como prolactina – comportamento materno. Receptores: D1 (D1 e D5), D2 (D2, D3, D4) SEROTONINA Neurônios originados no núcleo da rafe, e tronco encefálico. Funções: controle do ciclo sono-vigília, regulação do comportamento alimentar, modulação do prazer, controla aliberação de alguns hormônios, também regula o ritmo circadiano, sono, apetite e imunidade. Receptores: 5-HT1 – 5-HT7. Identificados 14 subtipos – ações centrais e periféricas. Dentre eles, somente os 5HT3 são ionotrópicos. PEPTÍDEOS OPIÓIDES São as encefalinas, endorfinas e dinorfinas. Presentes na maioria das áreas cerebrais, atuam em receptores opióides que são do tipo metabotrópicos (proteína G). A ligação de agonistas acarreta na inibição da atividade neuronal. Fortemente expressos no SNC. Funções: regulando funções de resposta ao estresse, alimentação, humor, aprendizado, memória e resposta imune. OUTROS PEPTÍDEOS Presentes em concentrações muito baixas no SNC. Hormônios da hipófise (corticotropina, vasopressina) H. circulantes (angiotensina, insulina) H. intestinais (colicistocina, substância P) H. hipotalâmicos. ANESTÉSICO INALATÓRIO DIFERENTES ESTÁGIOS DE ANESTESIA ESTÁGIO1 RESPIRAÇÃO MOV. OCULAR TAMANHO PUPILA REFLEXOS OCULARES TÔNUS MUSCULAR RESP. RESPIRAT. À INCISÃO CUTÂNEA NORMAL VOLUNTÁRIO NORMAL NORMAL NORMAL NORMAL ESTÁGIO 2 RÁPIDA E IRREGULAR ERRÁTICO DILATADA PALPEBRAIS AUMENTADO -- ESTÁGIO 3 PLANO 1 AUTOMÁTICA E REGULAR -- MIOSE CORNEAL E PALPEBRAL PERDA GRADUAL DO TONUS MUSC. -- P 2 SUPERFICIAL E REGULAR AUSENTE MIOSE CORNEAL PRES. E PALPEBRAL AUS. -- SEM RESPOSTA P 3 TORÁCICA -- NORMAL PALPEBRAL E CORNEAL AUS. -- -- P 4 TORÁCICA ATÉ PARADA RESP. -- DILATADA PAPILAR SEM RESPOSTA A LUZ -- -- ESTÁGIO 4 APNEIA AUSENTE TOTALMENTE DILATADA AUSENTES FLACIDEZ AUSENTE Estágio 2: alteração da respiração, movimento ocular, pupila dilata, reflexos presentes. O ideal é que se passe o mais rápido possível do estágio 1 ao 3, pois quando o animal permanece muito durante o 2, ele fica muito agitado. Ideal do 3; plano 3. AGENTES ANESTÉSICOS INALATÓRIOS Propriedades físicas gerais: Vapores – líquido em temperatura ambiente. Gases – gasoso em temperatura ambiente e à pressão ao nível do mar. Ex: óxido nitroso (anestésico inorgânico). Os anestésicos mais usados são vapores, que devem ser transformados para o estado gasoso antes da adição do gás carreador. Há várias formas de medir a quantidade de vapor ou gás anestésico numa mistura: Concentração (volume %), pressão parcial (mmHg), Massa (mg ou g). Também podem ser descritos em termos de pressão parcial que ele exerce. Tal pressão se origina quando as moléculas de gás ou vapor movimentando-se colidem com outras moléculas ou com as paredesde um recipiente. PRESSÃO DE VAPOR As moléculas de um líquido ou gás estão em constante movimento aleatório. Na interface líquido-gás, algumas moléculas passarão de um estado líquido para o gasoso. Essa transição é dita VAPORIZAÇÃO. Num recipiente fechado e à temperatura constante, a vaporização do líquido prosseguirá até que se atinja um equilíbrio no qual não há mais movimento resultante de moléculas entre as fases. Portanto, pressão de vapor dá indicação da facilidade com a qual um anestésico inalatório LÍQUIDO evapora. Quanto maior a pressão de vapor, mais volátil é o anestésico. Maior a concentração do agente volátil que pode ser liberado para o paciente. SOLUBILIDADE As moléculas de gás e de vapor anestésico são capazes de se dissolver em líquidos e sólidos, assim as moléculas de anestésico presentes numa mistura de gases sobre um líquido (sangue) se difundirão e se dissolverão no mesmo. Este processo continuará até que se atinja um equilíbrio (não há mais movimento de moléculas entre as duas fases). Todavia, o número de moléculas anestésicas em cada compartimento não será igual. Para um gás ou vapor anestésico que seja fracamente solúvel em um solvente como o sangue, o equilíbrio será atingido quando poucas moléculas tiverem se dissolvido. A pressão parcial em que o equilíbrio ocorre será alta. COEFICIENTE DE PARTIÇÃO OU SOLUBILIDADE Influencia a captação, distribuição e eliminação. Reflete a proporção de anestésico que é encontrado em dois meios distintos após ter ocorrido o equilíbrio. COEFICIENTE SANGUE: GÁS Indica a solubilidade do anestésico no sangue. Quanto mais alto, maior o tempo de indução da anestesia. Também influencia o tempo de recuperação da anestesia. Ex: sevoflurano 0,69 – desflurano 0,42 – halotano 2,5. COEFICIENTE DE PARTIÇÃO ÓLEO: GÁS Relacionado com potência e tempo de recuperação anestésica. Alta solubilidade em gorduras – lenta liberação para a corrente sanguínea. COEFICIENTE DE PARTIÇÃO BORRACHA: GÁS Quantidade de anestésico absorvido pela borracha. O objetivo de usar anestésicos inalatórios é alcançar uma pressão parcial de anestésico no cérebro suficiente para deprimir o SNC e induzir anestesia geral. Assim, a profundidade anestésica é determinada pela pressão parcial o anestésico no cérebro. Para alcançar o cérebro, as moléculas do anestésico se difundem ao longo de uma série de gradientes de pressão parcial do: Ar inspirado ar alveolar sangue cérebro. Em cada interface, a difusão prossegue até que o equilíbrio seja atingido e as pressões parciais se igualem. As moléculas do anestésico rapidamente se equilibram entre o ar alveolar e o sangue. O equilíbrio entre o sangue e o cérebro é igualmente rápido. A pressão parcial (PP) do anestésico no cérebro segue de perto a PP do anestésico no sangue arterial, que segue de perto a PP do anestésico nos alvéolos. Isso significa que A PROFUNDIDADE ANESTÉSICA É GRANDEMENTE DETERMINADA PELA PP DO ANESTÉSICO NOS ALVÉOLOS. Fatores que alteram a profundidade anestésica Concentração inspirada: elevada concentração inpirada – rápida indução anestésica pois maior liberação de anestésico par alvéolos induz um rápido acréscimo da PP alveolar. Quanto menor a concentração inspirada mais rápida a recuperação. Ventilação pulmonar: aumento causa uma indução mais rápida da anestesia. Diminuição da frequência respiratória: menor captação do anestésico inalatório – retardo na indução quanto na recuperação da anestesia. Solubilidade no sangue: agentes fracamente solúveis (baixos coeficientes de partição sangue:gás) no sangue – indução mais rápida da anestesia. Um agente altamente solúvel no sangue, mais moléculas precisam se difundir dos alvéolos para o sangue antes que o equilíbrio seja atingido. Débito cardíaco: elevado torna mais lenta a indução. Também se torna mais lenta em animais agitados, mas ocorre mais rápida em animais com débito cardíaco reduzido (hipovolemia e choque). Solubilidade nos tecidos: anestésicos pouco solúveis nos tecidos – indução e recuperação mais rápidas. Na indução, a captação nos tecidos diminui a pressão parcial venosa e consequentemente a alveolar. Quanto maior a solubilidade nos tecidos, mais lenta a recuperação. POTÊNCIA ANESTÉSICA FATORES QUE ALTERAM A CAM Aumentam: hipertermia, hipernatremia, drogas estimulantes. Diminuem: acidose metabólica, hipotensão induzida, hipotermia, hiponatremia, gestação, velhice, fármacos depressores do SNC. BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO Eliminados primariamente pelos pulmões. Com graus variáveis de biotransformação. Alguns possuem metabolização hepática, que é mais demorada. - Pode promover recuperação da anestesia e gerar metabólitos tóxicos. EFEITOS COLATERAIS GERAIS EFEITOS NO SNC: Depressão reversível dose-dependente. Não possuem atividade analgésica específica. Maioria causa VASODILATAÇÃO cerebral: aumenta o fluxo e eleva a pressão intracraniana. Reduz a taxa metabólica e necessidade de O2. EFEITOS CARDIOVASCULARES Depressão dose-dependente do sistema cardiovascular, podem sensibilizar o miocárdio a arritmias induzidas por catecolaminas. EFEITOS RESPIRATÓRIOS Promovem depressão respiratória dose-dependente. PCO2 se eleva. EFEITOS HEPÁTICOS Disfunção hepática leve e transitória pode estar relacionada a todos os anestésicos voláteis: fluxo sanguíneo e liberação de O2 reduzido. EFEITOS RENAIS Reduzem o fluxo sanguíneo: reduzem a taxa de filtração glomerular. Nefrotoxidade: agentes que sofrem metabolismo extenso para íons fluoreto livre. EFEITOS NA MUSCULATURA ESQUELÉTICA Anestésicos voláteis halogenados podem induzir a ocorrência de hipertermia maligna: susceptibilidade é de origem genética. Ocorre uma elevação na ( ) de cálcio intracelular: contração muscular generalizada. ANESTÉSICOS INALATÓRIOS HALOTANO Usado principalmente para manutenção anestésica após a indução com um agente injetável. Pode ser utilizado para induzir se injetáveis foram considerados inadequados. Farmacocinética: • Baixa solubilidade no sangue: indução, recuperação e taxa de variação da profundidade anestésica moderadamente rápida (com baixa solubilidade - estado de equilíbrio é atingido rapidamente) • Elevada solubilidade em tecidos (animal obeso vai ter dificuldades de se recuperar da anestesia; pouco fluxo sanguíneo no tecido adiposo e quanto maior o tempo de exposição, maior o tempo que ele se redistribui e fica nos tecidos) • Baixo valor de CAM (0,9%) – concentração mínima anestésica é baixa Biotransformação e eliminação: • 75-80% do Halotano inspirado é exalado inalterado • É biotransformado pelo sistema citocromo P450 nos hepatócitos (enzimas microssomais hepáticas) • Aumento da biotransformação tem sido observado após exposição prolongada Efeitos Adversos: Sistema Nervoso Central • Induz uma depressão dose-dependente do SNC, sem uma analgesia significativa • Vasodilatador cerebral particularmente potente: aumento da pressão intracraniana • Reduz consumo metabólico de oxigênio a um menor grau Efeitos Cardiovasculares • Reduz débito cardíaco • Depressão direta da contratibilidade do miocárdio • Pressão sanguínea cai • Sensibiliza o miocárdio aos efeitos arritmogênicos das catecolaminas circulantes (usar atropina pré-anestésico – antimuscarínico – bloq. Receptores muscarínicos do coração impedindo que a acetilcolina atue, pois esta é bradicardica – diminui força freqüência e automatismo – evita a soma dos efeitos do anestésico e acetilcolina). Efeitos Hepáticos • Reduz o fluxo sanguíneo tanto na artéria hepática quando na veia porta hepática • Pode surgir uma lesão hepática leve devido hipóxia • Em humanostem sido descrita hepatite por Halotano Efeitos renais • Reduz o fluxo sanguíneo e consequentemente a taxa de filtração glomerular Efeitos na musculatura esquelética • Mais potente indutor de hipertermia maligna: nunca ser usado em indivíduos susceptíveis Contra-indicações e precauções Deve ser evitados em animais • Lesão intracraniana ou elevada pressão do líquido cerebroespinhal • Disfunção cardíaca • Doença hepática • Susceptíveis à hipertermia maligna, principalmente suínos Interações medicamentosas conhecidas: • Pode reduzir a capacidade do fígado de biotransformar fármacos administrados concomitantemente • Biotransformação pode ser aumentada por indutores enzimáticos • Agente bloqueadores dos canais de cálcio (são vasodilatadores e efeito diminuição da atividade do coração) e antagonistas B-adrenérgicos aumentam o efeito inotrópico negativo (propanolol – sinergismo de efeitos) • Potencializa a ação dos bloqueadores neuromusculares não despolarizantes (relaxamento muscular – pode demorar a passar; neostignina é reversor) ISOFLUORANO Usado principalmente para manutenção da anestesia, mas também pode ser usado para indução (não é muito adequado para indução com máscara: odor desagradável e causa apneia). Solubilidade: • CAM – Concentração alveolar mínima - maior que a do halotano (1,3% no cão) • Solubilidade em tecidos, como a gordura, é levemente menor do que a do halotano. • Taxa de biotransformação muito baixa, virtualmente todo Isofluorano é exalado inalterado Efeitos Adversos: Efeitos no Sistema Nervoso Central • Causa menos vasodilatação cerebral que o halotano – aumento da pressão intracraniana • Reduz o consumo metabólico de O2 • Não prejudica a responsividade da circulação cerebral ao dióxido de carbono Efeitos Cardiovasculares • Deprime a contratilidade miocárdica, mas em menor grau que o halotano • Frequência cardíaca aumenta moderadamente • Hipotensão arterial pela diminuição da resistência vascular • Por ser um éter halogenado está associado a uma incidência muito menor de arritmias Efeitos respiratórios • Promove depressão respiratória em maior extensão que o halotano: PCO2 tende a aumentar • Broncodilatação é um efeito colateral benéfico Efeitos hepáticos • Diminui o fluxo sanguíneo em uma magnitude menor do que o halotano. Efeitos Renais • Toxicidade renal é improvável • Assim como do halotano, o fluxo sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular é reduzida Efeitos na musculatura esquelética • Hipertermia em indivíduos susceptíveis • Produz bom relaxamento muscular Interação medicamentosas conhecidas • Potencializa os agentes os agentes bloqueadores neuromusculares não despolarizantes a uma extensão maior que o halotano. SEVOFLUORANO É um agente recém-introduzido que está ganhando popularidade na anestesia veterinária. • Não tem odor pungente: adequado para indução com máscara • Solubilidade: início rápido de ação e recuperação rápida • Biotransformação: cerca de 3% é biotransformado • Efeitos Adversos: semelhantes ao isofluorano: vasodilatação, aumento pressão intracraniana, baixa arritmogenicidade ÓXIDO NITROSO Pouco utilizado na medicina veterinária. • Usado como adjuvante na indução anestésica • Não é suficientemente potente para ser usado de forma isolada • O uso de óxido nitroso é incomum para obtenção de concentrações analgésicas. Concentrações de 50% ou mais são necessárias para produzir analgesia e anestesia. • Gás anestésico- não irritante- não inflamável • Tem coeficiente partição sangue:gás muito baixo, causando rápida indução anestésica (se dissolve pouco no sangue) • A inclusão de óxido nitroso na mistura de gás inspirado pode causar expansão dos espaços cheios de gás dentro do corpo. Pode ser um problema em ruminantes adultos ou animais com pneumotórax, dilatação gástrica em volvo. Coeficiente de partição óleo:gás é muito baixo – baixa potência- CAM elevada • Não sobre nenhuma biotransformação. Efeitos adversos: SNC • Efeitos analgésicos, pelo bloqueio receptores NMDA, • Aumenta a pressão intracraniana Cardiovascular • Deprime miocárdio forma direta • Supressão medula óssea • Pode ser teratogênico- não usar em fêmeas prenhes Contraindicações: • Animais com pressão intracraniana aumentada • Pneumotórax • Dilatação gástrica e volvo • Obstrução intestinal • Patologia pulmonar • Anemia VANTAGENS DESVANTAGENS ÓXIDO NITROSO Rápida indução e recuperação, analgesia moderada Baixa potência, uso associado a outros compostos, anemia e leucopenia, distensão das vísceras/cólica, hipoxemia HALOTANO Potente, Não irritante Hipotensão, pode causar arritmias, risco de lesão hepática METOXIFLURAN O Potente analgesia Toxicidade renal, indução e recup. lentas ISOFLURANO Sem toxicidade renal e hepática, rápida indução e recup. Custo elevado ENFLURANO Indução e recup. rápidas Mioclonias, depressão resp., insuficiência renal em pacientes predispostos SEVOFLURANO Indução e recup. mais que os demais, pouco metabolizado, preço acessível Menor estabilidade na cal sodada DESFLURANO Tempo de indução semelhante ao do isoflurano, recuperação mais rápida Custo elevado Como causam depressão no SNC? teoria é que eles chegam ao SNC e agem em receptores GABA A que é inibitório (hiperpolariza os neurônios) ANESTÉSICOS INJETÁVEIS - Injetar com uma Velocidade rápida para Passar rápido pelo estágio 1 e 2 do plano anestésico. Estrutura Química: São um grupo diverso de substâncias químicas não relacionadas. Grupo dos ácidos barbitúricos Tiopental e Pentobarbital (indução anestésica) Agentes anestésicos dissociativos Cetamina e Tiletamina Grupos não relacionados Alfaxalona, propofol e etomidato Propriedades físicas gerais Barbitúricos, cetamina, tiletamina e etomidato: átomos de carbonos assimétricos resulta em isômeros com potência variável: A potência é dependente da concentração de isômeros ativos Efeitos colaterais: podem ser produzidos por qualquer forma da molécula. Uso intravenoso Produzem uma transição rápida e suave para inconsciência Rapidamente distribuídos para o cérebro e outros órgãos de alta perfusão. Biotransformados no fígado e excretados pelos rins e/ou fígado. Mecanismos de Ação Tiopental – Alfaxolona – Propofol – Etomidato Intensificação da transmissão neuronal mediada pelo GABA, principalmente nos receptores GABA A. Agonistas do GABA A. Facilitam a abertura do canal de Cloreto. Agentes anestésicos dissociativos Cetamina e Tiletamina/Zolazepan: Antagonistas do aminoácido excitatótio do glutamato nos receptores de NMDA. É um receptor acoplado a canal iônico, mas permite a entrada de Sódio e Cálcio. Sítio específico que quando o glutamato se liga favorece a abertura desses canais – Ca e Na despolarizam. Cetamina – bloqueia esse sítio do glutamato – bloqueia a abertura desse canal. Efeitos colaterais gerais No SNC: depressão reversível dose-dependente do SNC. Efeitos cardiovasculares: em geral causam depressão cardiovascular dose-dependente, com decréscimo na pressão sanguínea, na contratilidade do miocárdio e/ou resistência vascular periférica. Efeitos respiratórios: podem causar depressão respiratória de severidade variável. Efeitos hepáticos e renais: Grandes doses: hepatotoxicidade Função hepática e renal pode ficar comprometida quando ocorre um fluxo sanguíneo reduzido. Efeitos na musculatura esquelética: Exceto os dissociativos, fornecem algum grau de relaxamento muscular. Os anestésicos dissociativos, quando utilizamos como agente único, podem promover rigidez muscular. Outros efeitos: atravessam a placenta e deprimem o feto. TIOPENTALAplicações clínicas: indução da anestesia inalatória, mas pode também ser utilizado como único agente para procedimentos curtos. Muito alcalino, por isso IV. Mecanismo de ação: potencializa a inibição GABA- mediada. Altamente lipossolúvel: chega e sai rápido Redistribuição para musculatura: causa dominante para queda rápida no tiopental plasmático. No tecido adiposo – recuperação demorada. Concentração Cerebral cai abaixo do limiar efetivo: consciência retorna. Metabólito ativo: Tiopentona possui alta afinidade por proteínas plasmáticas – mais tempo no organismo circulando. Efeitos adversos: SNC: decréscimo dose-dependente no aporte cerebral de oxigênio, no fluxo sanguíneo e na pressão intracraniana. Também é um anticonvulsivante. Cardiovasculares: induz hipotensão dose-dependente. Pode ocasionar disrritmias. Sensibilização do miocárdio às catecolaminas. Respiratórios: depressão respiratória dose-dependente, redução da frequência e no volume corrente. Hepáticos: doses elevadas podem induzir disfunção hepática. Renais: hipotensão secundária a anestesia profunda ou prolongada pode prejudicar a função renal. Outros: facilmente se difunde através da placenta. Diminui a pressão intraocular. Reações anafiláticas. Contraindicações e precauções Animais hipovolêmicos e sépticos, Animais com doença cardíaca, Pacientes urêmicos, Com doença hepática, Animais debilitados. Interações medicamentosas conhecidas Dosagem de tiopental é reduzida com o uso de sedativos e opióides Tratamento com fenobarbital – efeito diminui – indutor enzimática – aumenta atividade das enzimas microssomais hepáticas – metabolizam tiopental mais rapidamente. PROPOFOL Anestésico de ação muito curta. Induzir a anestesia antes da manutenção com um agente inalatório. Uso IV em bolus intermitente ou taxa infusão variável para manutenção do plano anestésico. Indução rápida e geralmente suave Depressão fetal é mínima Possui ação anticonvulsivante. Mecanismo de ação: Parece ativar o receptor GABA A, resultando na abertura de canais cloreto causando hiperpolarização da membrana celular. Extremamente lipossolúvel: início de ação rápida Recuperação é rápida: redistribuição e biotransformação Excretado na urina Gatos: atividade glicuronidase reduzida; demora mais para eliminar Efeitos adversos: SNC Causa diminuição no fluxo sanguíneo cerebral, na necessidade metabólica cerebral de oxigênio e também na pressão intracraniana. Cardiovasculares Causa maior hipotensão que os outros anestésicos injetáveis, mas de curta duração. Bradicardia pronunciada é ocasionalmente observada. Respiratórios Causa apneia durante a indução. Ocorre um decréscimo tanto na frequência respiratória quanto no volume corrente. Contraindicações Deve ser evitado ou usado com precaução em animais hipovolêmicos ou hipotensos. Gatos que requeiram múltiplos anestésicos. ALFAXOLONA/ ALFADOLONA Aplicações clínicas: Pode ser administrada como agente único para anestesia de curto período ou para indução antes da anestesia inalatória em gatos. Indução anestésica é rápida e geralmente suave. Há um rápido retorno à consciência. Mecanismo de ação por meio da ligação ao receptor GABA A. Administração IV ou IM. Rápida biotransformação hepática e redistribuição. A acumulação é mínima e múltiplas doses podem ser administradas sem o prolongamento da duração da recuperação. Efeitos adversos: SNC: Fluxo sanguíneo, taxa metabólica e pressão intracraniana são diminuídos. Mover ou excitar um gato durante recuperação pode exultar em ataxia e contrações musculares. Outros efeitos adversos A formulação Cremophor EL (óleo de rícino polioxietilado – usado como solvente) causa liberação de histamina – reações alérgicas. Menos severa em gatos Edema e hiperemia de orelhas e patas Edema pulmonar e laríngeo – raros Atravessa a placenta, mas depressão dos filhotes de gato parece ser mínima. ETOMIDATO Aplicações clínicas Pode ser usado para induzir a anestesia antes da manutenção como um inalante. Alternativamente, pode ser usado como agente de manutenção para procedimentos não dolorosos de curta duração. Possui menos efeitos cardiovasculares adversos Transferência fetal é baixa e há menos depressão do neonato que outros agentes. Mecanismo de ação: Ativa o receptor GABA A, que abre os canais de cloreto. Moderadamente lipossolúvel Anestesia dura 5-10 min e recuperação é rápida. Término da anestesia se deve à redistribuição e à rápida hidrólise pelas enzimas microssômicas hepáticas e pelas esterases plasmáticas. Os metabólitos inativos são excretados principalmente na urina. Efeitos adversos: SNC Diminui a necessidade metabólica cerebral de oxigênio Diminui fluxo sanguíneo cerebral e pressão intracraniana Possui propriedades anticonvulsivantes. Cardiovasculares: Produz alterações mínimas Respiratórios Produz depressão respiratória mínima. Hepáticos Recomendado com agente de indução em pequenos animais com doença hepática. Endócrinos Pode inibir a síntese adrenal de esteróides. Outros efeitos Hemólise intravascular Injeção perivascular acidental não é irritante. Contraindicações e precauções Deve ser evitado ou usado com precaução: Animais sem MPA, Hipoadrenocorticismo, Com terapias de esteróides a longo prazo, Animais com sepse, choque séptico ou traumatismo grave, Animais críticos necessitando de sedação de longa duração. CETAMINA Aplicações clínicas: Induzir a anestesia antes da manutenção com um agente inalatório. Por causar rigidez muscular é associada a um alfa2- agonista como a medetomidina ou xilazina. Dissociação do ambiente com analgesia e perda sensorial. Não suprime os reflexos laríngeo e faríngeo. Uso IV, IM, SC. Mecanismo de ação: Ação antagonista no receptor NMDA. Atravessa rapidamente a barreira hematoencefálica para induzir a anestesia. Tempo de início de ação é mais lento que o tiopental. Duração da anestesia é dose-dependente. Término da anestesia se deve à redistribuição a partir do cérebro e do plasma para outro tecido. É biotransformada no fígado, produzindo vários metabólitos excretados na urina. Efeitos adversos: SNC Aumenta o fluxo sanguíneo cerebral, elevando assim a pressão intracraniana. Pode induzir convulsões Cardiovasculares Efeito depressor direto sobre a função miocárdia e um efeito estimulatório indireto mediado por uma atividade aumentada do SNS Respiratórios Depressão resp. transitória e hipóxia é possível em animais respirando ar ambiente. Musculatura esquelética Isoladamente pode induzir um tônus muscular extremo e uma movimentação espontânea. Outros efeitos Causa hipersalivação e secreção brônquica aumentadas. Ressecamento de córnea Injeção perivascular acidental não resulta em necrose tecidual: não irritante Contraindicações Deve ser evitado: Animais com taquicardia preexistente, com tônus simpático elevado, cardiomiopatia hipertrófica, PIC elevada, epiléticos, glaucoma, e susceptíveis à hipertermia maligna. TILETAMINA – ZOLAZEPAM Aplicações clínicas: Pode ser administrada para sedação ou anestesia de duração curta a moderada ou para indução antes da anestesia inalatória. Indução suave quando administrada por qualquer via. A analgesia é adequada para procedimentos menores como suturas de feridas e castrações de gatos. Mecanismo de ação Tiletamina mesma ação da cetamina sobre receptor NMDA e o zolazepam intensifica a ação do GABA. Após administração IV o início da inconsciência vem em menos de 30-60 seg. Recuperação se deve inicialmente à redistribuição É biotransformada no fígado. Metabólitos são eliminados pela urina. Efeitos adversos: SNC Tiletamina pode aumentar a PIC,o fluxo sanguíneo cerebral e também a necessidade metabólica cerebral de oxigênio. Cardiovasculares Tiletamina aumenta o tônus do simpático, o que causa efeito estimulatório do coração. Respiratórios Tiletamina-zolazepan causa depressão respiratória dose- dependente Outros efeitos Recuperação prolongada Hipertermia Atravessa a placenta e deprime o feto. Contraindicações e precauções Deve ser evitada o uso em animais: Animais que possuam taquicardia preexistente Animais com tônus simpático elevado Com cardiomiopatia hipertrófica, com PIC elevada, Epiléticos, glaucoma, pancreatite e insuficiência renal. Animais necessitando de cesariana. FÁRMACOS SEDATIVOS Tranquilizantes: Aliviam a ansiedade, sem causar sono Sedativos: deixam paciente sonolento Hipnótico: Induzem ou facilitam o sono Para facilitar/simplificar, o termo SEDATIVO é usado para descrever os fármacos tranquilizantes, sedativos ou hipnóticos Fenotiazinas: Acepromazina, clorpromazina, promazina, prometazina e proclorperazina Conhecidas como tranquilizantes maiores, neurolépticos ou antipsicóticos. Facilita manuseio ou contenção animais. Usada como pré-medicação antes da anestesia geral. Doses baixas - calmante. Doses maiores – sedação. Não possuem atividade analgésica. Devem ser combinadas com agente analgésico, em geral opióide, se pacientes apresentarem dor. Tem efeitos anti-eméticos que são benéficos na combinação fenotiazina+ opióide. Mecanismo ação: Antagonistas de receptores D2 da dopamina. Fenotiazinas também afetam outros receptores como os muscarínicos – impede acetilcolina – diminui secreções brônquicas, xerostomia, constipação. Uso VO, IM, SC e IV. Após uso IM leva em torno de 30 minutos para aparecimento total dos efeitos tranquilizantes. Doses máximas produzem 4-6 horas de sedação. O uso VO pode ter biodisponibilidade e sedação variável. A acepromazina muito lipofílica e amplamente distribuída em todo o corpo. Alto grau de ligação as proteínas plasmáticas. São metabolizadas por enzimas microssomais hepáticas. Pacientes com lesão hepática poderão ter duração de ação prolongada. Efeitos adversos SNC: Sinais extrapiramidais - inquietação, rigidez e tremores. Diminui limiar de convulsões (convulsiona mais fácil), Hipotermia devido modificação mecanismos termorregulatórios. Efeitos cardiovasculares: Vasodilatação e queda pressão arterial (bloqueio alfa) Pacientes gravemente hipotensos apresentação colapso e taquicardia. Tratamento deve ser fluidoterapia IV agressiva e uso de simpaticomimético como fenilefrina. Doses muito altas causam bradicardia e parada sinoatrial em cães. Acepromazina - desmaios em cães boxers e outras raças braquicéfalas. Tratamento com atropina e fluidoterapia de suporte. Outros Reduz motilidade gastrointestinal, Ação anti-histamínica (prometazina; efeito paradoxal em cavalos clorpromazina), Reduz forma transitória o número de plaquetas e agregação plaquetária. Contra-indicações - Não usar em animais com Hipovolemia e choque e Histórico de convulsões. Usar com cautela e em doses reduzidas • Pacientes com disfunção cardíaca • Disfunção hepática • Jovens, idosos e debilitados • Raças braquicefálicas, especialmente boxers • Raças gigantes Interações medicamentosas Potencialização de outros agentes depressores do SNC Quando acepromazina é usada como pré-anestésico pode-se reduzir em até 30% a dose dos anestésicos gerais. Não usar adrenalina em pacientes tratados com fenotiazinas. Fenotiazinas são fracos inibidores da colinesterase (esterases plasmáticas), podendo aumentar o efeito da procaína e potencializar os efeitos tóxicos dos organosfoforados. Butirofenonas: Fluasinona, droperidol, azaperona Fluasinona e droperidol: Associação com fentanil (opioide analgésico) Causam neuroleptoanalgesia - sedação com profunda analgesia. Fluasinona-fentanil - uso em coelhos e roedores Droperidol-fentanil - uso em cães Não usar tais combinações em gatos (opioides causam excitação). Azaperona • Uso exclusivo em suínos • Sedativo/pré-anestésico • Reduzir medo e agressividade em suínos recém misturados Mecanismo de ação • Efeitos adversos • Contra- indicações = Semelhantes às fenotiazinas Benzodiazepínicos: Alprazolam, Clonazepam, Clorazepato, Diazepam, Flurazepam, Lorazepam, Midazolam, Zolapepam; Tranquilizantes menores. Ansiolíticos - sedação – hipnose - anticonvulsivante Causam relaxamento muscular e efeito anticonvulsivante (reduzindo assim efeitos indesejáveis anestésicos dissociativos) Não induzem sedação confiável em animais saudáveis Em animais jovens, velhos e criticamente doentes causam sedação efetiva com poucos efeitos adversos. Não possuem ação analgésica. Usados como pré-anestésicos- Diazepam, midazolam Podem ser usados para induzir anestesia geral em combinação com anestésicos dissociativos (tiletamina e zolazepam) Usados como anticonvulsivantes – Diazepam, clonazepam, clorazepato No tratamento de ansiedade, fobia, medo e aversão a outros cães Lorazepam e alprazolam Estimulam apetite em algumas espécies- Flurazepam - usados em gatos com anorexia. Todos os efeitos dos BDZ podem se revertidos com antagonista FLUMAZENIL MECANISMO DE AÇÃO: ATUAM COMO AGONISTAS DE RECEPTORES GABA A Os BZD tem alta biodisponibilidade oral. São muito lipofílicos e tem amplo volume de distribuição. Se ligam fortemente às proteínas plasmáticas. Metabolizados no fígado por série de vias. Alguns metabólitos formados são ativos (mais tempo no organismo). Diazepam: Insolúvel em água e as preparações contém propileno- glicol, benzoato de sódio em ácido benzoico e etanol, que são irritantes e podem causar tromboflebite após uso IV. Vias IM e SC tem absorção instável. Existe uma preparação em emulsão que é menos irritante. Se liga em superfícies plásticas. Não estocar em seringas plásticas, cateteres ou bolsas de soro. Não é miscível com outros fármacos. Midazolam: Solúvel em água. Para garantir a hidrossolubilidade as preparações são tamponadas em pH ácido (3,5). Não sendo necessários solventes irritantes e desta forma o midazolam pode ser usado por via IM e IV. Uso IM tem biodisponibilidade de 90% Efeitos adversos: • Altas doses redução na pressão sanguínea e débito cardíaco • Podem aumentar os efeitos depressores de outros fármacos administrados concomitante – depressão respiratória dos opióides • Insuficiência hepática fulminante em gatos – diazepam oral • Evitar uso no inicio da gestação • Dependência e tolerância • Tratamento de superdosagem em cães e gatos: FLUMAZENIL Contraindicações • Usar com cautela em animais com encefalopatia hepática • Pacientes em início de gestação Interações medicamentosas • Os BDZ potencializam efeitos dos barbitúricos (tiopental) e propofol • Aumentam os efeitos dos opióides no SNC, incluindo a depressão respiratória • Tratamento concomitante com fármacos que inibem as enzimas microssomais hepáticas podem dificultar a eliminação dos BDZ. Ex.; eritromicina (inibidor enzimático) prolonga a sedação por midazolam, enquanto a cimetidina pode impedir a eliminação do diazepam. AGONISTAS Α 2 – ADRENOCEPTORES – ativa feedback negativo - diminui noradrenalina. Xilazina, detomidina, romifidina, medetomidina Sedativos-hipnóticos, miorrelaxantes e analgésicos (dose máxima). Contenção química e medicação pré- anestésica em grandes e pequenos animais. Nível de sedação induzido por agonistas alfa 2 é mais previsível do que com as fenotiazinas e BDZ. Sedação pode falhar em animais assustados, com dor ou excitados em locais ruidosos. Confiáveis, porém uso deve ser limitado ao paciente jovem e saudável. • O uso como pré-anestésico reduz
Compartilhar