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Bases Diagnósticas

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Discente: Leia maria pereira maquine
Docente: Fabiane Rodrigues Bessa
BASES DIAGNÓSTICAS
EXAME DE URINA DE ROTINA (URINA E PARASITOLÓGICO DE FEZES)
Quando buscamos sobre a história dos exames laboratoriais, descobrimos que no início dos cuidados com a pessoa enferma, o diagnóstico médico era restrito ao exame físico e à observação do paciente. Os estudos laboratoriais estavam restritos às substâncias que eram naturalmente eliminadas pelo corpo.
As análises clínicas são um conjunto de exames com a finalidade de verificar o estado de saúde de um paciente ou investigar doenças, como os chamados exames de rotina, check-ups, dentre outros.
A realização de exames divide-se, classicamente, em:
• Fase pré-analítica: começa na coleta de material, seja ela feita pelo paciente (urina, fezes e escarro), seja feita no ambiente laboratorial.
• Fase analítica: corresponde à etapa de execução do teste propriamente dita.
• Fase pós-analítica: inicia-se no laboratório clínico e envolve os processos de validação e liberação de laudos, encerrando-se após o médico receber o resultado final, interpretá-lo e tomar sua decisão.
Da mesma forma que apresentamos as fases que envolvem a coleta de um exame laboratorial, existem também as variáveis que interferem neles, as quais serão descritas a seguir.
Variáveis biológicas - É a variabilidade de ocorrência fisiológica e própria do indivíduo, frente a diferentes estímulos. 
Variáveis de interferência - Hemólise: refere-se à ruptura da hemácia e consequente liberação da hemoglobina. Podemos perceber que houve hemólise quando notamos a aparência avermelhada no soro ou plasma.
A urinálise é um teste laboratorial simples, não invasivo e de baixo custo que pode rapidamente fornecer valiosas informações a respeito do trato urinário e de outros sistemas corporais. Uma avaliação urinária completa (incluindo análise de tiras reagentes, densidade específica e exame do sedimento urinário) deve ser realizada, mesmo que um dos componentes não mostre anormalidades.
O desenvolvimento de técnicas analíticas mais práticas e eficientes permitiu que o exame de urina de rotina se mantivesse como um dos testes mais frequentemente solicitados, seja para pacientes com diferentes queixas clínicas, seja para indivíduos saudáveis que se submetem à avaliação periódica, mesmo sem qualquer sintomatologia.
Cuidados na fase préanalítica 
Não há necessidade de preparo especial para a coleta desse exame, mas não podemos esquecer que algumas características da urina se modificam ao longo do dia A coleta de urina deve ser feita observando todas as assepsias determinadas para obtenção de um exame correto. É muito importante estar bem informado sobre a maneira adequada de se proceder à coleta da amostra de urina
O seguinte pode ser analisado:
Cor: O balanço, a dieta, as medicinas, e as doenças fluidos podem afectar este (por exemplo vitamina B, consumo de amoras-pretas e beterrabas).
Claridade: As substâncias que incluem as bactérias, o sangue, ou o esperma podem fazer a urina normal, clara nebulosa.
Odor: Algumas doenças podem causar uma mudança no odor da urina (por exemplo o diabetes pode causar um odor doce, frutado.)
Gravidade específica: Indica a produção de urina verificando a concentração de substâncias na urina contra o índice de água (por exemplo quando a entrada fluida é alta, a urina do produto dos rins com um nível elevado de água, que tem uma baixa gravidade específica.)
pH:  varia normalmente de aproximadamente 5 a 7 mas determinados tratamentos afetam o este e o tratamento pode ser necessário impedir a formação de alguns tipos de pedras de rim.
Proteína: não normalmente apresentar na urina, mas no exercício árduo, na gravidez, na febre e nas algumas doenças (por exemplo doença renal e nefrite) pode causar sua aparência.
Glicose:  normalmente há muito quase nenhuma glicose na urina. Quando os rins forem danificados e/ou nível do açúcar no sangue for muito alto (diabetes descontrolado), o nível urinário aumenta.
Nitritos: as bactérias que causam uma infecção de aparelho urinário (UTI) possuem uma enzima que converta nitratos aos nitritos. Assim, os nitritos urinários indicam um UTI.
Cetonas: A gordura é metabolizada nas cetonas, que são expelidas através da urina. As grandes quantidades de cetonas na urina podem indicar o ketoacidosis do diabético, um ponto baixo da dieta nos açúcares e hidratos de carbono ou inanição.
Fase pósanalítica (interpretação dos resultados)
Isto envolve a centrifugação de uma amostra de urina. Depois disto, o sedimento obtido é espalhado em uma corrediça e analisado microscopically para estudar componentes como: 
Glóbulos vermelhos ou brancos: maio está presente na urina na doença, na infecção, ou no ferimento aos rins, aos uréter, à bexiga, ou à uretra.
Moldes: A formação de tomadas dos glóbulos, das proteínas ou das outras substâncias (moldes) nos tubules renais que podem ocorrer em algumas doenças renais.
Cristais: Poucos cristais são encontrados na urina saudável e nos muitos cristais, ou determinados tipos, podem indicar a presença de pedras de rim ou de deficiência orgânica metabólica.
Bactérias, pilhas de fermento, ou parasita:  Presença na urina indicativa de uma infecção.
Considerações gerais sobre o exame parasitológico de fezes
O parasitismo é uma relação interespecífica em que um dos envolvidos é prejudicado. Nessa interação, um organismo (parasita) instala-se em outro (hospedeiro) com o objetivo de alimentar-se dele. O parasita pode instalar-se em seu hospedeiro tanto externa quanto internamente. O exame parasitológico de fezes serve para identificar parasitas responsáveis por alterações gastrointestinais, podendo ser identificados cistos, trofozoítos, ovos ou vermes adultos nas fezes, sendo este último mais raro de ser identificado.
Cuidados na fase préanalítica
A coleta de fezes não requer jejum do paciente nem restrição de alimentação. As amostras de fezes podem ser de consistências diversas, e isso não é impeditivo para a realização do exame parasitológico. Alguns pacientes procuram o profissional de saúde para dizer que foi solicitado o exame protoparasitológico de fezes (PPF), mas como as fezes estão diarreicas, esperam passar essa fase para depois coletar a amostra, o que não deve ser feito.
Fase pósanalítica
No resultado do exame, devem constar os parasitas patogênicos ou não, com seus nomes científicos, anormalidades observadas no exame micro ou macroscópico, métodos utilizados para a pesquisa parasitológica, valor de referência e outras informações que sejam importantes, como presença de interferentes no exame, amostra em quantidade inadequada ou acondicionamento inadequado do material.
Conclui que As Análises Clínicas no Brasil atualmente são regulamentadas por três Conselhos: o de Farmácia, o de Biomedicina e o de Medicina. Hoje as Análises Clínicas são regulamentadas por lei.
Acredita-se que o exame de urina foi o primeiro exame de diagnóstico laboratorial. A avaliação de urina pelos médicos sumérios e babilônios foi documentada em placas de argila que datam de 4000 a.C. Culturas hindus tinham o conhecimento de que a urina de alguns pacientes tinha sabor adocicado e atraía formigas.
Sendo o assunto bastante complexo a importância dos assuntos abordados evidencia o compromisso nos aprendizados da matéria bases diagnosticas e fundamental conhecer sobre o texto exposto analises clínica.
PROFESSORAS AUTORAS: SANDRA ZEITOUN / CLAUDIA MINAZAKI.
Sandra Zeitoun
Graduada pela Faculdade de Enfermagem São José, em 1986 (Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo). Enfermeira intensivista titulada pela Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Terapia Intensiva. Mestre em Enfermagem na Saúde do Adulto pela Universidade Federal de São Paulo, em 2001, e doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de São Paulo, em 2005. Membro do Grupo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Sistematização de Enfermagem (Gepasae/Unifesp). Revisora ad hoc do Journal of Clinical Nursing, International Journal of Nursing Knowledge e Revista Brasileirade Enfermagem. Atualmente, é docente titular do curso de Enfermagem do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Paulista. Docente convidada do curso de especialização na Assistência ao Adulto em UTI da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e do curso de especialização de Enfermagem em Unidade de Terapia Intensiva do Centro Universitário São Camilo. Tem experiência clínica na enfermagem intensivista desde sua formação, com ênfase em pneumologia, infecção hospitalar, sistematização da assistência de enfermagem, ensino e pesquisa.
Claudia Minazaki
Professora titular da Universidade Paulista, com especialização em educação a distância. Doutora em Reprodução Animal e Biotecnologia pelo Departamento de Reprodução Animal e Biotecnologia – Laboratório de Andrologia Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, em 2013. Mestre em Biologia Celular e do Desenvolvimento (ênfase em Histofisiológica e Embriologia) pelo Departamento de Biologia Celular e do Desenvolvimento – Laboratório de Citofisiologia do Trofoblasto do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo, em 2003. Formada em Medicina Veterinária pela Universidade Paulista, em 1994.
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