Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SERGIPE CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA WILIAGNO OLIVEIRA SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM BIOMEDICINA ARACAJU 2021 2 WILIAGNO OLIVEIRA SANTOS RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM BIOMEDICINA Relatório de estágio curricular supervisionado apresentado ao Centro Universitário Estácio de Sergipe, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Biomedicina. Local de estágio: HOSPITAL JOÃO ALVES FILHO - HUSE Supervisor no local de estágio: Prof. Gessiane de Oliveira Brito; Biomédica. Coordenadora do curso de Biomedicina: Prof. Dr., Lorena da Conceição Xavier; Biomédica. Aracaju 2021 3 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Parte externa do Hospital Governador João Alves Filho................................. .5 Figura 2 – Parte externa do laboratório do Hospital Governador João Alves Filho.............7 Figura 3 – Coleta Sanguinea, sala de coleta do laboratório...............................................7 Figura 4 – Coleta Sanguinea em leito; Usando EPIs.........................................................8 Figura 5 – Saça de Triagem de Amostras.........................................................................8 Figura 6 –Centrifuga..........................................................................................................8 Figura 7 – Equipamentos do laboratorio............................................................................9 Figura 8 – Tubo, EDTA.....................................................................................................11 Figura 9 – Kit Corantes.....................................................................................................11 Figura 10 – Distenção sanguínea.......................................................................................11 Figura 11 – Lâmina (Hemacias, hemácias em alvo, plaquetas, eosinófilo, neutrófilo, linfócito reativo)........ 11 Figura 12 –Equipamento hematologico............................................................................. 11 Figura 13 –T ela de resultados........................................................................................... 11 Figura 14 –Equipamento Bioquimica................................................................................ 12 Figura 15 –.Seleção de exames.......................................................................................... 13 Figura 16 – Centrifuga....................................................................................................... 14 Figura 17 – Tubo Bioquimica.............................................................................................14 Figura 18 – Rack com tubos.............................................................................................. 14 Figura 19 –Equipamento Coagulograma............................................................................14 Figura 20 – Tubo hemolisado............................................................................................ 15 Figura 21 – Amostra adeuqada para análise; Soro e concentrad ode hemácias ...................................... 15 Figura 22 – Setor de Urinálise...........................................................................................16 Figura 23 –Análise urina................................................................................................... 18 Figura 24 – Preparo da Amostra de urina.......................................................................... 18 Figura 25 – Lâmina............................................................................................................ 18 4 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4 2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO................................................................ 5 3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES .................................................................... 6 4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ................................................................................. 7 4.1 COLETA SANGUINEA....................................................................................................7 4..1.1 MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA............8 4.2 HEMATOLOGIA..............................................................................................................9 4.3 BIOQUIMICA..................................................................................................................12 4.4 COAGULOGRAMA........................................................................................................14 4.5 URINÁLISE.....................................................................................................................16 4.5.1 ALTERAÇÕES MAIS ENCONTRADAS NA SEDIMENTOSCOPIA...................16 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 19 6 REFERÊNCIAS .............................................................................................................. 20 4 1 INTRODUÇÃO Este relatório irá abordar as atividades desenvolvidas na disciplina de Estágio Supervisionado I, pelo acadêmico Wiliagno Oliveira Santos, demonstrando suas competências e aptidões na aquisição de conhecimento em analises clínicas nos setores de: Bioquímica, Coagulograma, Coleta, Hematologia e Urinálise. O presente estágio foi realizado no Hospital Governador João Alves Filho, popularmente conhecido como Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE). As atividades desenvolvidas ocorreram no setor de laboratório, no período de 16 de Novembro de 2020 a 26 de Fevereiro de 2021, sob a supervisão e orientação da professora e biomédica Gessiane de Oliveira Brito. A formação do profissional biomédico, quanto ao seu processo, ocorre dentro de seu âmbito profissional, devendo estar apto a desenvolver ações que busquem a prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto em nível individual quanto coletivo. Devendo assegurar que sua prática seja realizada de forma íntegra e continua com as demais instâncias do sistema de saúde. Devendo realizar seu serviço dentro dos mais altos padrões de qualidade e dos princípios da ética e bioética, tendo em conta que a responsabilidade da atenção à saúde não se encerra com o ato técnico, mas sim, com a resolução do problema de saúde, tanto a nível individual como coletivo; Deve estar fundamentada na capacidade de tomar decisões visando o uso apropriado, a eficácia e o custo-efetividade, da força de trabalho, de equipamentos, de procedimentos e de práticas. Para este fim, os mesmos devem possuir habilidades para avaliar, sistematizar e decidir a conduta mais apropriada. Durante a formação, o biomédico aprende a desenvolver posições, tais como: Comunicação, liderança, Administração e gerenciamento, que são importantes na construção da formação, quanto a sua prática. Desta forma, o profissional deve aprender a aprender a ter responsabilidade e compromisso com a educação e o treinamento das futuras gerações de profissionais, não apenas transmitindo conhecimentos, mas proporcionando condições para que haja beneficio mútuo entre os futuros profissionais e os profissionais dos serviços. O campo de estagio foi escolhido por ofertar atendimento dos mais variados níveis de complexidade, sendo a maior unidade hospitalar pública do estado de Sergipe, ofertando serviços a uma população extensa que abrange não só a cidade de Aracaju como também a populações oriundas de estados vizinhos. 5 2 CONTEXTUALIZAÇÃODA INSTITUIÇÃO O Hospital Governador João Alves Filho, conhecido como Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), maior hospital público do estado de Sergipe, está localizado na Avenida Presidente Tancredo Neves,7501, bairro Capucho, zona oeste de Aracaju. Inaugurado em 7 de novembro de 1986, presta atendimentos de urgências e emergências de média e alta complexidade. O hospital possui hoje 596 leitos: unidades de leitos críticos, duas UTIs adultas, uma CTI pediátrica, atendimento de urgência em várias áreas, mas a especialidade desta unidade hospitalar é atendimento em trauma. Atende urgência adulta e pediátrica e possui um serviço ambulatorial de oncologia. O HUSE é porta aberta, o que muitas vezes dificulta a prestação de atendimento satisfatório. Presta atendimento à população de Aracaju, além de atender a pacientes da Bahia, Alagoas e até Pernambuco. Hoje é administrado pela Fundação Hospitalar de Sergipe (FHS) que uma Fundação Pública de direito privado, mas congrega em seu corpo profissional: celetistas, estatutários, contratos temporários, prestadores de serviço em várias áreas. O estagio foi realizado no período de 16 de Novembro de 2020 a 26 de Fevereiro de 2021, 4 horas/dia, segunda e quarta com supervisão da professora e biomédica Gessiane de Oliveira Brito, no âmbito laboratorial, nos setores de Bioquimica, Coagulograma, Coleta, Hematologia e Urinálise. Foto 01: Parte externa do Hospital Governador João Alves Filho https://pt.wikipedia.org/wiki/Hospital https://pt.wikipedia.org/wiki/Sergipe https://pt.wikipedia.org/wiki/Capucho_(Aracaju) https://pt.wikipedia.org/wiki/Aracaju https://pt.wikipedia.org/wiki/7_de_novembro https://pt.wikipedia.org/wiki/1986 6 3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES Acompanhar a coleta de material biológico para exames; Acompanhar a separação dos componentes sanguíneos (glóbulos, plasma e soro) para análises; Observar o preparo de lâminas para exames hematológicos; Acompanhar as análises automáticas bioquímicas e hematológicas; Acompanhar a impressão e a emissão de resultados; Observar a rotina laboratorial nos diversos setores; Acompanhar e auxiliar na coleta de material biológico para exames (preparo de material para coleta: seringas, tubos a vácuo, lâminas de vidro, outros) Acompanhar a separação, através da centrifugação, os componentes sanguíneos (glóbulos, plasma e soro) para análises; Observar, em nível de microscopia, lâminas de descarte com preparações hematológicas;. Limpar e esterilizar material de descarte; Observar a impressão e a emissão de resultados; Acompanhar a rotina laboratorial nos diversos setores. 7 4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 4.1 COLETA SANGUINEA A punção venosa objetiva identificar doenças, bem como avaliar o estado de saúde geral de um paciente. Além disso, com os resultados dos exames de sangue é possível traçar estratégias para um melhor tratamento de um paciente. Além disso, também é possível identificar outras complicações de saúde antes mesmo que elas se manifestem. Assim, os exames de sangue acabam sendo grandes aliados da medicina diagnóstica, sobretudo por conta do grande nível de segurança que oferecem. Foto 02: Parte externa do laboratório do Hospital Governador João Alves Filho Foto 03: Coleta Sanguinea, sala de coleta do laboratório 8 4.1.1 MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA: Álcool à 70%, quando não houver clorexidina alcoólica; Bolas de algodão/gazes; Agulha apropriada ao calibre da veia e rede venosa do; Luvas de procedimento; Dispositivo/Tubo apropriado ao tipo de exame Jaleco Através de metodologias que são padronizadas em todos os laboratórios, é possível avaliar com precisão os resultados de uma análise clínica. Esse nível de segurança é o que faz com que esse tipo de exame seja essencial para que possamos cuidar de nossa saúde. Foi possível a realização desse procedimento dentro do âmbito de urgência e emergência nos mais variados setores da unidade hospitalar. Sala de colete da unidade, ala azul trauma, ala verde, ala vermelha, UAC, UTIs, CTI, UTC oncologia, e pediatria. As amostras biológicas coletadas nos leitos, são levadas ao setor/sala de triagem do laboratório, onde são devidamente separas, preparadas e destinadas para serem analisadas. Foto 04: Coleta Sanguinea em leito; Usando EPIs Foto 05: Sala de Triagem de amostras Foto 06: Centrifuga https://www.mobiloc.com.br/blog/equipamentos-laboratorio-analises-clinicas/ 9 4.2 Hematologia Hematologia é o ramo da biologia e especialidade clínica que estuda o sangue do sistema circulatório. Estuda os elementos figurados do sangue, sendo eles as hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas. Estuda também a produção desses elementos e os órgãos onde eles são produzidos (órgãos hematopoiéticos) pela medula óssea, baço e linfonodos. 4.2.1 As alterações hematológicas são causadas por anormalidades plaquetárias ou dos fatores de coagulação. Tais como: O tempo de protrombina (TP) avalia a eficácia da via extrínseca na mediação da formação do coágulo de fibrina. Um TP normal indica níveis normais de fator VI e Foto 07: Equipamentos do laboratório 10 dos fatores comuns às vias intrínsecas e extrínsecas (protrombina e fibrinogênio). Seu valor normal é de 11 a 15 segundos. O tempo de tromboplastina parcial (TTP) avalia a eficiência da via intrínseca na mediação da formação do coágulo de fibrina e, portanto todos os fatores da cascata de coagulação, exceto o fator VII. O TTP normal é geralmente 25 a 40 segundos. Uma diminuição no número de plaquetas pode levar a um sangramento significativo. Este sangramento geralmente envolve pequenos vasos superficiais e produz petéquias na pele ou nas mucosas. A trombocitopenia pode ser resultado de um aumento da destruição plaquetária (drogas citotóxicas - ex: metildopa), diminuição na produção de plaquetas (pode ocorrer na deficiência de Vitamina B ou folato) ou aumento da sequestração esplênica (ex: pacientes com cirrose). Hemofilia: A hemofilia A ou hemofilia clássica é uma alteração hematológica hereditária de caráter recessivo causada pela deficiência do Fator VIII da cascata de coagulação. Já a hemofilia B é secundária à deficiência do fator IX. Ambas por serem ligadas ao sexo afetam mais os homens. Mesmo os casos de hemofilia leve sofrem um sangramento significativo ao mínimo traumatismo e correm elevados riscos de hemorragia após procedimentos cirúrgicos. Diabetes melito: A insuficiência absoluta ou relativa de insulina causa o diabete melito. Esta insuficiência é causada tanto pele baixa produção de insulina pelo pâncreas como pela falta de resposta dos tecidos periféricos à insulina. Hipertireodismo e hipotireoidismo: Uma produção excessiva do hormônio tireoidiano tiroxina resulta em hipertireoidismo. E uma produção insuficiente em hipotireodismo. A tioxina atua no metabolismo dos carboidratos, proteínas e lipídios e também potencializa a ação de outros hormônios como as catecolaminas e os hormônios do crescimento. Hipotireoidismo o paciente queixa-se de fadiga, intolerância ao frio, fraqueza e aumento de peso. Ao exame apresenta-se com face inchada e aumento do volume da língua. 11 Foto 12: Equipamento Hematológico Foto 08: Tubo para análise, EDTA. Foto 11: Lâmina hematológica; Hemácias; Hemácias em alvo; Plaquetas, Eosinófilo, Neutrofilo elinfótico reativo. Foto 13: Tela com resultados Foto 09: Kit corantes Foto 10: Lâminas (Distensão sanguínea) 12 4.3 BIOQUIMICA Os examesbioquímicos são exames complementares que possibilitam averiguar a individualidade bioquímica de cada indivíduo, em conjunto com os sinais clínicos e avaliação dietética. A utilização da avaliação de exames laboratoriais na pratica clínica possibilita a detecção de deficiências nutricionais. É muito importante que uma equipe multidisciplinar esteja por trás da leitura. Medico Clinico Esportivo, nutricionista, endócrino e nutrólogo, sempre trabalhando em conjunto têm mais resultados. 4.3.1 ALGUNS DOS EXAMES BIOQUÍMICOS MAIS SOLICITADOS DENTRO DA UNIDADE DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA SÃO: Albumina sérica: Indicado para detectar má absorção intestinal de proteínas. Os valores de referência para esse exame, para uma pessoa nutrida é maior que mg/dl. Para uma pessoa levemente desnutrida, de 3 a 3,5mg/dl. Nos casos de pessoas moderadamente desnutridas, de 2,4 a 2,9mg/dl e para gravemente desnutridos a variável é menor que 2,4mg/dl Colesterol total sérico: Esse exame pode apresentar várias indicações para sua solicitação, como avaliação da função hepática, colesterol total, fatores de risco associados, entre outros. Seus valores de referências são classificados em 3 tipos: Ótimo, quando apresenta valor menor que 200mg/dl; limítrofe, quando no intervalo de 200 a 239 mg/dl e alto, quando maior Figura 14: Equipamento Bioquimica 13 que 240mg/dl. Em se tratando de falha nutricional, ela acontece quando os valores estão abaixo, tratando-se assim de uma anemia crônica. Ferritina sérica: A indicação para esse exame seria a detecção e monitoramento de doença do ferro e a determinação da resposta ao tratamento da deficiência de ferro e anemia de doença crônica. Os valores de referência apresentam diferenças para os homens e mulheres. No caso de homens, a variável é de 30 a 300ng/dl e das mulheres, de 100 a 200ng/dl. Ferro sérico: Utilizado para diagnóstico de diferentes tipos de anemias. Os valores de referência vão de 300 a 160ug/dl. Sódio sérico: Seu objetivo é o diagnóstico e tratamento de hidratação e desidratação, onde as variáveis vão de 135 a145 mEq/l. Potássio: É usado para medir o nível da substância no sangue. Alterações nele podem prejudicar o funcionamento dos músculos, do sistema nervoso e até dos batimentos cardíacos. Sódio: No sangue é usado para detectar concentrações anormais de sódio, denominadas hiponatremia (baixo sódio) e hipernatremia(sódio elevado). O médico pode solicitar o exame em conjunto com outroseletrolitos para identificar um desequilíbrio eletrolítico. Creatinina e Ureia: São duas substâncias presentes na corrente sanguínea, que podem ser dosadas através de exames de sangue quando se pretende fazer uma avaliação da função dos rins. PCR: Uma proteína produzida no fígado, cuja concentração sanguínea se eleva radicalmente quando há um processo inflamatório em curso, situação que pode ser provocada por infecções, neoplasias, doenças reumáticas ou traumatismos. CPK ou CK: É uma enzima que atua principalmente nos tecidos musculares, no cérebro e no coração, sendo solicitada a sua dosagem para investigar possíveis danos a esses órgãos. Glicemia: É aquele que mede o nível de glicose (taxa de açúcares) na corrente sanguínea, feito a partir de uma coleta do sangue venoso e de um período de 8 horas de jejum sem alimentos ou bebidas, exceto água Figura 15: Selecionando o tipo de exames 14 4.4 Coagulograma Coagulograma é um conjunto de provas, que podem ser solicitadas por médicos, veterinários e dentistas para analisar e detectar alterações no tempo de coagulação do sangue. O conjunto de exames podem ser solicitados como um todo ou individualmente de acordo com a necessidade médica. O tempo de protrombina (TP) e o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPA) são utilizados para avaliar a atividade geral da coagulação. Realizados em equipamento automatizado, garante maior segurança e precisão nos resultados, necessitando que a coleta seja realizado no laboratório. Figura 16: Centrifuga Figura 17: Tubo Bioquimica Figura 18: Rack com tubos Figura 19: Equipamento Coagulograma 15 Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada. Enquanto tivemos o TP para avaliar a via extrínseca, o TTPa é o que nos permite a avaliação do funcionamento da via intrínseca da coagulação. A realização do exame ocorre de forma parecida com o TP, porém a via intrínseca é que é induzida na amostra de sangue dessa vez! Figura 20: Tubo hemolisado Figura 21: Amostra adequada para anáslise Soro e concentrado de hemacias 16 4.5 URINÁLISE A uranálise é a análise da urina com fins de diagnóstico ou prognóstico de estados fisiológicos ou patológicos. Consiste em uma subespecialidade da Patologia clínica. A análise da urina é um dos métodos mais comuns de diagnóstico médico. um recurso de triagem ou de diagnóstico porque detecta anormalidades de substâncias e de células associadas a distúrbios renais ou metabólicos e infecções urinárias. Pode ser pedida também em intervalos, para acompanhar a evolução de um problema antes e após o tratamento. 4.5.1 ALTERAÇÕES MAIS ENCONTRADAS NA SEDIMENTOSCOPIA Sedimento urinário é um aspecto muito importante na avaliação dos pacientes. O exame de urina pode oferecer informações não apenas sobre os rins e bexiga, mas sobre o fígado, pâncreas e outros órgãos, analisando uma ampla gama de distúrbios. Uma pequena amostra indica a situação em que o organismo se encontra de uma forma generalista. A urina possui vários elementos sólidos microscópicos, insolúveis em suspensão. Esses elementos incluem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, células epiteliais, cristais, bactérias e parasitas. Quando em repouso, ou após centrifugação, esses elementos se estabelecem e sedimentam no fundo do recipiente. Eles são conhecidos como depósitos urinários ou sedimentos urinários, por essa razão a análise desses sedimentos é chamada de sedimentoscopia. Figura 22: Setor urinálise 17 Através da urina é possível descobrir muitas patologias, além de auxiliar o diagnóstico de infecções e doenças renais até casos de doenças crônicas, como hipertensão ou diabetes. É útil ainda para realizar o acompanhamento da doença e a resposta aos tratamentos. Células epiteliais: É comum o achado de algumas células epiteliais. Podem ser de três tipos distintos: células escamosas, transacionais e dos túbulos renais. A maioria não tem significado clínico, representando uma descamação de células do revestimento epitelial do trato urinário. O achado de células com atipias nucleares ou morfológicas pode indicar a presença de processos neoplásicos. A presença de fragmentos epiteliais e de células de origem tubular pode estar ligada a processos de necrose tubular aguda e a lesões isquêmicas renais. Hemacias: A presença de um número aumentado de eritrócitos na urina é denominada hematúria (sangue na urina). Pode ser microscópica ou macroscópica, dependendo de sua intensidade. As hematúrias podem ser transitórias e benignas, mas também podem indicar lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas dos rins ou vias urinárias. A morfologia dos eritrócitos é útil para ajudar a localizar a origem da lesão, seja uma doença nos rins ou em qualquer outro lugar no sistema ou vias urinárias. Leucócitos: Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal. Porém em quantidade elevada é denominada piúria. Os neutrófilos são o tipo mais comum, mas também podem ser observados eosinófilos e linfócitos. Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas em qualquer nível do trato urinário. Também pode ser um indicativo de contaminação da amostra. Por isso,deve-se sempre excluir contaminação por via genital. É preciso observar qual tipo de célula branca está aumentada para buscar a causa sistêmica ou local correspondente. Cristais: Os cristais são formados a partir da precipitação de sais presentes na urina por diversos fatores, como o pH e a concentração. São um achado frequente na análise do sedimento urinário normal. Há cristais cuja presença na urina pode estar associada a algumas doenças metabólicas ou infecciosas, sendo considerados cristais patológicos. Um mesmo cristal, na dependência da 18 quantidade, forma de apresentação e condições do meio ambiente urinário, pode ter diferentes significados clínicos. Alguns cristais representam um sinal de distúrbios físico-químicos na urina ou têm significado clínico específico, como os de cistina, leucina, tirosina e fosfato amoníaco magnesiano. Podem também ser observados cristais de origem medicamentosa e de componentes de contrastes urológicos. - Cilindros: São elementos exclusivamente renais compostos por proteínas e moldados principalmente nos túbulos distais dos rins. Por essa razão todas as partículas que estiverem contidas em seu interior são provenientes dos rins. Indivíduos saudáveis, principalmente após exercícios extenuantes, febre ou uso de diuréticos, podem apresentar pequena quantidade de cilindros, geralmente hialinos. - Bactérias: A suspeita de infecção urinária pode acontecer se bactérias estiverem presentes em amostras recentemente obtidas por coleta de jato médio, particularmente se numerosos leucócitos estiverem também presentes. - Parasitas: O Trichomonas vaginalis é o parasita encontrado com maior frequência em amostras de urina. Por ser um protozoário flagelado é facilmente identificado pela sua movimentação rápida e irregular pela lâmina. Porém quando não se move é muito difícil de distingui-lo de um leucócito. O achado na urina geralmente indica contaminação por secreções genitais, sendo uma frequente causa de vaginites e uretrites. Alguns outros parasitas também podem ser encontrados, normalmente resultado de uma contaminação fecal. Figura 23: Análise Figura 24: Preparo da amostra Figura 25: Lâmina 19 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio curricular é uma atribuição essencial para prática profissional e contribuiu para um melhor desempenho da graduação enquanto futuros profissionais, e que tenham íntimo vínculo com as ocupações nelas praticadas objetivando, assim, a solidificação dos conhecimentos teóricos na realização prática da formação biomédica. As atividades foram desenvolvidas no campo das análises clínicas, no setor de laboratório e foram executadas primordialmente nas principais áreas de atuação de agravo. A inclusão da professora e biomédica Gessiane de Oliveira Brito para cargo de supervisão dos discentes concebeu excelente experiência. Além disso, a instituição, Hospital Governador João Alves Filho, juntamente com seu corpo de técnicos e biomédicos no turno atuante, onde os mesmos prestaram serviços em qualidade e atenção aos estagiários, desde a coleta do material biológico, triagem do material, análise a resultado dos exames, focando na urgência e emergência, na missão de assegurar o acesso igualitário, universal e humanitário para a comunidade. Concluo, que o estudo em questão possibilitou uma instrução inovadora que facilita as mudanças, estimulando a criatividade pessoal e interpessoal e proporcionando maior transformação à conduta do aprendizado prático junto ao teórico, ressaltando a importância da inclusão do acadêmico em estágio supervisionado, na qual oportuniza o contato direto com a realidade de seu curso permitindo ainda vislumbrar os principais problemas enfrentados pelo sistema. 20 REFERÊNCIAS Curso de graduação em biomedicina proposta de diretrizes curriculares, http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Bio.pdf Huse completa 30 anos cuidando da saúde dos sergipanos, https://www.saude.se.gov.br/huse- completa-30-anos-cuidando-da-saude-dos-sergipanos/ Hematologia, https://www.rededorsaoluiz.com.br/especialidades/hematologia Alterações Hematológicas, https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/odontologia/alteracoes-hematologicas/18008 Análise Microscópica de Sedimento de Urina, https://kasvi.com.br/sedimentoscopia-analise- urina/ http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/Bio.pdf https://www.rededorsaoluiz.com.br/especialidades/hematologia https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/odontologia/alteracoes-hematologicas/18008 1 INTRODUÇÃO 2 CONTEXTUALIZAÇÃO da instituição 3 OBJETIVOS E plano de atividades 4 atividades desenvolvidas 4.5 uRINÁLISE 5 cONSIDERAÇÕES FINAIS
Compartilhar