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UNEB FILOSOFIA/ ONTOLOGIA Prof. Luciano Santos 2021.1 PARMÊNIDES (530-460 a.C) - Proposições-chave dos Fragmentos de Parmênides: . O pensador é conduzido pelas deusas à morada da verdade. . A deusa da justiça detém as chaves da porta que se abre ao caminho que conduz à verdade. . A “justiça e o direito” colocaram o pensador no caminho da verdade, longe das “sendas mortais”. . O pensador é introduzido ao “coração inabalável da verdade bem redonda”, distinta das “opiniões (doxa) dos mortais”, em que “não há certeza”. . Da “diversidade das aparências”, o pensador é conduzido a uma “presença” que se encontra “no fundo de tudo totalmente”. . Únicos “caminhos de investigação” concebíveis: 1) O ser é e o não ser não é (caminho da “certeza”, que conduz à verdade) – “Princípio de identidade”; 2) O que não é (não ser) é (via “imperscrutável”). . “Só o ser é; o não ser nada é”.. “Pelo espírito, o ausente se torna presente”. . “Pensar e ser é o mesmo”. . Para a “massa indecisa” (“cegos e surdos”, “mentes obtusas”) ser e não ser é o mesmo. (via contraditória). . Essa questão deve ser decidida “com a razão”. . Ser: - Uno; idêntico; não gerado/ imperecível/ inabalável/ contínuo/ pleno/ homogêneo/ imóvel/ (de-)limitado. . A “necessidade” (“Moira”) mantém o ser “nos seus limites”. . Pensar é sempre pensar que “o ser é” – pensar o contrário (afirmar a “morte” e a “geração” no ser) é pronunciar meras palavras. . A “ordem do mundo” é “aparente” e sujeita à opinião dos mortais (2ª parte do Poema) – “teoria dos dois mundos” (dualidade ontológica/epistemológica): “sensível” e “inteligível”. . O “espírito” é o que “pensa” no ser humano. - De Heráclito a Parmênides: . Da sabedoria da physis à ciência além da physis. . Do logos sensível à verdade (“lógica”) inteligível. . Do ser como unidade dos contrários ao ser absoluto unívoco. . Do divino como alma da physis ao divino como fundamento meta-sensível. - Heráclito e Parmênides interpelados hoje: . “A guerra é o pai de todas as coisas” (Heráclito) – De que “guerra” estamos falando? (Heráclito interpelado a partir do giro “antropológico-crítico”). . “O ser é, o não ser não é” (Parmênides) – Falamos de ser a partir de que lugar? (Parmênides interpelado a partir do giro decolonial).
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