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1 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' Apostila PIC Direito Administrativo 2020 2 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' Índice Conceito de Direito Administrativo ................................................................ Origem do Direito Administrativo ................................................................. Fontes do Direito Administrativo ................................................................... Regime jurídico administrativo .................................................................... Princípios administrativos ........................................................................... Acepções do conceito de “Administração Pública” ........................................ Organização da Administração Pública ........................................................ Administração Pública Direta e Indireta ....................................................... Teoria do Órgão / Imputação ...................................................................... Classificação dos órgãos públicos ................................................................. Poderes da Administração ........................................................................... Atos administrativos .................................................................................... Licitações ................................................................................................... Contratos Administrativos ............................................................................ Convênios e Consórcios Públicos ................................................................... Serviços Públicos ......................................................................................... Responsabilidade civil do Estado .................................................................. Bens públicos .............................................................................................. Intervenção do Estado na propriedade privada.............................................. Agentes Públicos e Agentes Políticos ............................................................. Lei de Acesso à Informação .......................................................................... 03 05 06 08 09 17 19 24 38 41 45 58 88 112 117 118 132 151 159 196 276 3 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' Direito administrativo, é o ramo do direito púbico composto pelo conjunto harmônico de princípios e regras que regem a atuação dos órgãos, dos agentes e da própria administração pública realizado de forma concreta, direta e imediata os fins almejados pelo Estado. E tem como objeto a busca pelo bem da coletividade e pelo interesse público. Função da administração pública: • Concreta • Direta • Imediata Concreta: Baseada na realidade, em casos concretos, diferentemente da função legislativa. Direta: Pois o Estado atua como parte podendo ser direta e parcial, esse interesse pode ser: a) Primário: Interesse da sociedade ou coletividade. b) Secundário: Interesse do Estado. Imediata: Pois atua de ofício, sem precisar se valer do poder judiciário. *Fins almejados pelo Estado: Objetivos constitucionais (art. 3°, CF/88). Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - Construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - Garantir o desenvolvimento nacional; 1. Conceito de Direito Administrativo 4 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' III - Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 5 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' Surgiu no século XVIII na França paralelamente com o Estado de Direito onde vigorava o império da lei (Revolução francesa) - sistema dualista. O impulso decisivo para formação do Direito Administrativo foi dado pela Teoria dos Poderes de Montesquieu, em O espírito das Leis, de 1748. No Brasil, a cadeira de Direito Administrativo foi criada em 1851, pelo Decreto nº 608 de 1851. Sistemas Administrativos Sistema Francês ou do Contencioso Administrativo: veda que a Justiça Comum, isto é, que o Poder Judiciário conheça e julgue os atos da Administração, que deverá ser feito pelos próprios órgãos administrativos. Admite, no entanto algumas exceções, isto é, o julgamento pelo Poder Judiciário, a exemplo dos litígios decorrentes de atividades públicas com caráter privado, questões de estado e capacidade das pessoas. Sistema Inglês, da Jurisdição Única ou Judiciário: estabelece que todos os litígios devam ser resolvidos pelo Poder Judiciário. O que caracteriza um ou outro sistema é a predominância da justiça comum – poder judiciário, ou especial – administrativa, e não a exclusividade. Por isso não há que se falar em um sistema misto, uma vez que a mistura ocorre naturalmente. No Brasil prevalece o Sistema Inglês, da Jurisdição Única ou Poder Judiciário, pois, em que pese a possibilidade dos órgãos administrativos apreciarem os atos da Administração Pública, sempre haverá a possibilidade do controle de legalidade pelo Poder Judiciário. 2. Origem do Direito Administrativo 6 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' São fontes do Direito administrativo: → A lei; → Doutrina; → Jurisprudência; → Costumes; → Princípios gerais do direito. • Fonte primária, imediata, direta: Lei em sentido amplo (são fontes cogentes). • Fontes secundária: Todas as demais (doutrina, jurisprudência, costumes e princípios gerais do direito). Obs. Quando se fala em lei como fonte do direito administrativo, está se falando em lei no sentido amplo, isso significa que atualmente considera-se fonte a CF/88 os tratados internacionais e até mesmo os regulamentos. ATENÇÃO: A EC n° 45 trouxe um instituto denominado "súmula vinculante" que possui força cogente, ou seja, temaptidão para determinar a função da administração pública, dessa forma a doutrina moderna considera a súmula vinculante uma fonte primária, porém a doutrina clássica não compartilha desse entendimento acreditando que apenas a lei seria uma fonte primária do direito administrativo. Em resumo: • Fonte primaria para a doutrina clássica: Apenas a lei em sentido amplo. • Fonte primária para a doutrina moderna: A lei em sentido amplo, tratados internacionais, súmula vinculante e os regulamentos. 3. Fontes do Direito Administrativo 7 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' Costumes: No tocante aos costumes como fonte do direito administrativo, a doutrina se divide, para Fernanda Marinela: representa um papel importante em razão da deficiência da legislação. Embora não substitua a lei, a prática administrativa vem suprindo algumas lacunas geradas pela falta de codificação na área. No entanto, para Maria Sylvia, tem aplicação praticamente nula, devido à constitucionalização do direito administrativo e aplicação do princípio da legalidade, que obriga a Administração Pública a buscar no ordenamento jurídico o fundamento de suas decisões. Quando muito, os costumes de outros ramos do direito, a exemplo do internacional e empresarial, poderiam ser observados pela Administração Pública. 8 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' Existem 2 tipos de regimes jurídicos ▪ Regime jurídico da administração (gênero), onde as relações jurídicas da administração pública têm por base o regime privado. Ex. Locação de um imóvel, contratação de telefone, internet, etc. ▪ Regime jurídico administrativo: É composto por um conjunto de prerrogativas e sujeições (maiores vantagens e responsabilidades para a adm. pública) que possibilitam fazer valer o interesse público. Ex. Rescisão unilateral do contrato administrativo ou limitações ou sujeições (restrições impostas à adm. Pública como a licitação). 4. Regime jurídico administrativo 9 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' Como não se tem um código administrativo, os princípios, tem a função de unificar a legislação do direito administrativo. SUPRA princípios ou SUPER princípios: Terminologia criada por Celso Antônio Bandeira de Mello, são as pedras de toque do direito administrativo, pois afirma que todos os demais princípios são deles decorrentes: a) Supremacia do interesse público sobre o privado: Não se encontra expresso na Constituição, mas é considerado um princípio geral e pressuposto lógico para o convívio social. Esse princípio determina privilégios jurídicos e a superioridade do interesse público sobre o particular. Em razão desse interesse público, a Administração terá posição privilegiada em face dos administrados, além de prerrogativas e obrigações não extensíveis aos particulares. b) Indisponibilidade do interesse público: O administrador não é o detentor da vontade e assim deve atuar objetivando o interesse da coletividade. O administrador não pode dispor, livremente, do interesse público imposto por lei. Serve, portanto, para limitar a atuação do agente público. ATENÇÃO: Exceções ao princípio da indisponibilidade do interesse público: A lei n° 9099/95 autoriza a administração pública celebrar acordos judiciais. A Administração pública está autorizada a realizar a arbitragem, conforme dispõe a lei n° 8987/95, em seu art. 23-A (lei de concessões e permissões). Art. 23-A: O contrato de concessão poderá prever o emprego 5. Princípios Administrativos 5.1. Super Princípios 10 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' de mecanismos privados para resolução de disputas decorrentes ou relacionadas ao contrato, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996. A lei n° 11079/04 (PPP), em seu art. 11, III, autoriza a administração pública a realizar arbitragem. Art. 11. O instrumento convocatório conterá minuta do contrato, indicará expressamente a submissão da licitação às normas desta lei e observará, no que couber, os §§ 3° e 4° do art. 15, os art. 18, 19 e 21 da lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, podendo ainda prever: III - O emprego dos mecanismos privados de resolução de disputas, inclusive a arbitragem, a ser realizada no Brasil e em língua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, para dirimir conflitos decorrentes ou relacionados ao contrato. Parágrafo único. O edital deverá especificar, quando houver, as garantias da contraprestação do parceiro público a serem concedidas ao parceiro privado. Interesse público primário: também denominado interesse público propriamente dito, refere-se aos interesses da sociedade. Interesse público secundário: são os interesses próprios do Estado, na qualidade de pessoa jurídica que é. O Estado somente poderá perseguir esse interesse quando não colidir com o interesse primário. LEGALIDADE: É a base do Estado Democrático de Direito e garante que todos os conflitos sejam resolvidos através da lei. O princípio da legalidade é analisado sobre 2 enfoques, quais sejam, legalidade ampla e legalidade estrita: 5.2. Princípios Constitucionais – art. 37 CF/88 - LIMPE http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9307.htm 11 IMPORTANTE: Esse material foi elaborado exclusivamente para PIC - PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS – CPF: 000.000.000-00. A eventual distribuição, mesmo que gratuita, deste material sem a autorização do PIC – PROJETO INDIVIDUALIZADO PARA CONCURSOS, poderá caracterizar crime contra a propriedade material – art. 184, CP.' • Legalidade estrita: O Estado só pode fazer o que a lei autoriza, deve existir previsão legal. Critério de subordinação à lei. • Legalidade ampla: É aplicada para os particulares, aqui o particular pode fazer tudo, desde que não defeso, proibido em lei. Relação de não contradição à lei. ATENÇÃO: A doutrina moderna diz que o princípio da legalidade deve se chamar princípio da juridicidade isso porque a ação da administração pública deve ser pautada com base no ordenamento jurídico como um todo (art. 2º parágrafo único da lei 9784/99 - Processo administrativo no âmbito da administração federal). IMPESSOALIDADE: O princípio da impessoalidade é visto sobre 3 acepções: A) Regra de tratamento isonômico: A administração pública deve tratar os particulares de forma igual, com isonomia, sem discriminações benéficas ou detrimentosas, ou seja, com ausência de subjetividade. Ex. regra do concurso público. B) Vedação de autopromoção (art. 37 §1º da CF/88). § 1ºA publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. C) Para Hely Lopes Meireles o princípio da finalidade ou imparcialidade e o princípio da impessoalidade são sinônimos, pois, se a finalidade é pública, o administrador fica impedido de buscar outros objetivos ou de agir em interesse próprio ou de terceiros. No entanto, para Celso Antônio Bandeira de Mello a impessoalidade não se confunde com o princípio da finalidade, em que o administrador deve cumprir a finalidade pública definida pela lei, sendo a impessoalidade a ausência de subjetividade. MORALIDADE: É a atuação conforme os valores de ÉTICA, PROBIDADE E
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