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Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL Conceitos básicos farmacodinâmica © Estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismo de ação © Receptores ou alvos terapêuticos são moléculas cuja função é reconhecer os sinais químicos endógenos e responder a eles © O fármaco é especifico a seu receptor © Reação adversa se dá quando ele se liga ao receptor errado Considerando um dado medicamento: © Sua ação biológica depende exclusivamente da sua estrutura química © Ligam-se aos receptores formando um complexo (fármaco- receptor) → alteração do funcionamento celular Sitio de ligação © Local de ligação do fármaco com o receptor © Modelo chave-fechadura © Fator que influenciam a reação: hidrofobicidade, hidrofilicidade, pH dos aminoácidos e a estereoquímica dos fármacos © Os fármacos atuam como sinais e seus receptores atuam como detectores de sinais. Os receptores transduzem o reconhecimento de um fármaco ligado iniciando uma série de reações que resultam em uma resposta intracelular específica © TRANSDUÇÃO DE SINAL DO RECP PARA A CELULA = RESPOSTA BIOLOGICA 1. Os receptores não ocupados não influenciam os processos intracelulares 2. Os receptores ligados com agonista são ativados. Eles tem propriedades físicas e químicas alteradas, as quais levam as interações com moléculas celulares a produzir a resposta biológica Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL © Fármaco → receptor → receptor ativado → transdução de sinal → resposta biológica Quando o receptor estiver dentro da célula e o fármaco fora © Difusão passiva → difusão passiva de fármaco hidrossolúvel através de um canal ou poro aquoso → difusão passiva de um fármaco lipossolúvel dissolvido na membrana © Difusão facilitada → facilitado por um transportador, sem gasto de energia, geralmente uma proteína © Transporte ativo → também com um transportador mas com gasto de ATP © Endocitose → fármaco com molécula grande é englobado pela membrana Características da transdução de sinais 1. Especificidade – a molécula sinalizadora se encaixa no sitio de ligação do receptor complementar, outros sinais não se encaixam (modelo chave-fechadura) 2. Amplificação – é uma cascata onde uma molécula passa uma mensagem pra outra até que tome grande proporção e a célula assuma seu potencial terapêutico. Quando enzimas ativam enzimas, o número de moléculas afetadas aumenta geometricamente na cascata enzimática 3. Dessensibilização/adaptação – quando o fármaco já assumiu seu papel mas continua agindo sobre o receptor, há a ativação do receptor disparando um circuito de retroalimentação que desliga o receptor ou o remove da superfície celular 4. Integração – quando utilizamos dois ou mais fármacos e os dois sinais apresentam efeitos opostos sobre uma característica metabólica. Um se sobressai e controla o outro. Exemplo: a concentração de um segundo mensageiro X ou o potencial de membrana Vm, a regulação é consequência da ativação integrada de dois receptores Obs.: Quando é utilizado tratamento monoteraptico, só há especificidade, amplificação e adaptação; NÃO há integração Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL © A intensidade da resposta é proporcional ao numero de complexo fármaco-receptor Alvos 1. Proteínas 2. Transportadores 3. Enzimas 4. Membrana celular 5. Genes (gestantes devem ter cuidado – teratogenia) Principais famílias de receptores 1. Canis iônicos disparados por ligantes Canais iônicos transmembrana (ionotrópicos) Exemplo: receptores colinérgicos nicotínicos 2. Receptores acoplados à proteína G Metabotrópicos Exemplo: adrenoceptores alfa e beta 3. Receptores ligados a enzimas Exemplo: receptores de insulina 4. Receptores intracelulares ou intranucleares Exemplo: receptores esteroides Conceitos Potencia © é uma medida de quantidade de fármaco necessária para produzir um efeito de determinada intensidade © a concentração de fármaco que produz 50% do efeito máximo (CE50) em geral é usada para determinar a potencia Eficácia © é o tamanho da resposta que o fármaco causa quando interage com um receptor © a eficácia depende do número de complexos farmacorreceptores formados e da atividade intrínseca do fármaco Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL Atividade intrínseca © Um fármaco liga-se a um receptor e produz uma resposta biológica baseada na sua concentração e na fração de receptores ativados © A atividade intrínseca de um fármaco determina sua capacidade de ativar total ou parcialmente os receptores Agonistas (3 tipos) 1. Totais – se um fármaco se liga a um receptor e produz a resposta biológica máxima que mimetiza a resposta do ligante endógeno, ele é um agonista total. Provoca a ativação total do receptor nas concentrações elevadas do fármaco 2. Parciais – os agonistas parciais tem atividade intrínseca maior do que zero, mas menor do que um. Os agonistas parciais não conseguem produzir o mesmo Emáx que o agonista total, mesmo ocupando todos os receptores. Resulta na ativação de menos de 100%, mesmo em concentrações muito elevadas 3. Inversos – não são estudados na farmacologia, muitos pesquisadores acreditam que não existem – faz com que o receptor pare de responder a um fármaco já ligado (gera uma resposta inversa) – geram controle na exarcebação da resposta. Provoca uma resposta aquém da linha de base mensurada na ausência de fármaco Antagonistas © Ligam-se ao receptor com alta afinidade, mas tem atividade intrínseca nula © Um antagonista não tem efeito na ausência de agonistas, mas pode diminuir o efeito do agonista quando estiver presente © Pode ocorrer antagonismo pelo bloqueio da ligação do fármaco ao receptor ou da capacidade de ativar o receptor © Anula a ação terapêutica do agonista (ligação antagonista competitivo) © Altera a estrutura do receptor e o agonista não consegue se ligar tendo a resposta anulada (ligação antagonista não competitivo) Índice terapêutico © O índice terapêutico (IT) de um fármaco é a relação entre a dose que produz toxicidade em metade da população (DT50) e a dose que produz o efeito eficaz ou clinicamente desejado em metade da população (DE50) Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL Maria Eduarda Alencar Santos 3 período – UNL © IT = DT50/DE50 © O IT é uma medida de segurança do fármaco, pois um valor elevado indica uma ampla margem entre a dose que é efetiva e a que é tóxica Exemplo: varfalina = índice terapêutico pequeno, janela terapêutica pequena Penicilina = índice terapêutico amplo, janela terapêutica maior
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