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Sumário INTRODUÇÃO LAUDO 1: LAUDO 2: LAUDO 3: LAUDO 4: LAUDO 5: LAUDO 6: LAUDO 7: LAUDO 8: LAUDO 9: LAUDO 10: INTRODUÇÃO O objetivo do livro é trazer casos práticos de laudos técnicos conforme situações reais ocorridas em obras de engenharia. Os laudos congregam situações de ocorrência de patologias em decorrência de obras vizinhas, de obras entregues a condomínios e proprietários e situações de falta de manutenção ou em que as patologias ocorreram depois de muitos anos. Em alguns laudos o autor atuou como perito do Juiz com a finalidade de esclarecer fatos para a decisão do magistrado e em outras situações o autor foi contratado pelo condomínio com a finalidade de entrar com ação na justiça se não lograsse êxito em negociação, por exemplo, em caso de obra ocorrida na vizinhança do condomínio que lhe trouxesse prejuízo. Em outros casos o objetivo do laudo era nortear o condomínio sobre o que fazer depois de uma avaliação estrutural com a finalidade de determinar as causas de patologias, seu grau de risco e as medidas necessárias para saneá- las. O laudo em todos os casos se torna peça importante já que no caso do laudo pericial para a justiça o magistrado não é técnico na área nomeando o perito para lhe dar suporte nas questões técnicas para que possa julgar o mérito da questão. No caso da contratação por terceiros o laudo pode ser peça importante tanto para negociar com possível parte que lhe tenha prejudicado, como para ingressar na justiça, tendo como base laudo técnico assinado por profissional habilitado na área. O laudo também pode ser usado para nortear ações de manutenção com descrição do grau de prioridade norteando também as contratações dos serviços que tem no laudo sua base de execução. As situações dos laudos são reais, mas todos os nomes, datas e localizações são fictícios tendo sido substituídos. LAUDO 1: Condomínio reclama na justi ça sobr e pr oblemas que julga serem de responsabilidade da construtora. 1. Perito: Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil – CREA 94061D/MG Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 – loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2. Pr ocesso: Cautelar de antecipação de prova Requerente: Condomínio Jardim de Alá Requerido: HHG Empreendimentos Ltda. 3. Data do início dos trabalhos periciais: O Início dos trabalhos periciais se deu no dia 03/07/2000 às 10h00min. Acompanharam os trabalhos periciais o advogado da requerente Dr. J. F. R, OAB/MG 1000, a síndica do condomínio, Sra. A. G. S e a subsíndica, Sra. L.F. e pelo requerido a Engenheira S. V. A. CREA 200XD e o Engenheiro S.B.L, CREA 4444XD. 4. Objetivo Verificar possíveis vícios ou defeitos construtivos no Condomínio Jardim de Alá comercializado pela Construtora HHG empreendimentos Ltda. localizado à Alameda dos pardais, 100 - Bairro Itapeva – Curvolândia/MG. 5. Do empr eendimento O Condomínio Jardim de Alá é composto por 38 blocos geminados perfazendo um total de 76 casas autônomas. As casas são de dois pavimentos sendo que no primeiro pavimento tem-se área privativa, sala, cozinha, lavabo e duas vagas de garagem e no segundo pavimento têm-se três quartos, varanda, rouparia e dois banhos totalizando uma área real de 131,0 m². Foto 1 – Foto aérea do condomínio Jardim de Alá A área comum do Condomínio Jardim de Alá é composta por piscina adulto e infantil, área de churrasqueira, quadra de esportes, fonte, ruas internas e portaria. Foto 2 – casas e rua interna do condomínio O condomínio é dividido em quatro fileiras de casas com duas ruas internas. As redes de água, luz, esgoto, telecomunicação e interfonia são comuns a todas as unidades havendo interdependência entre elas. Foto 3 – vista de um dos blocos com duas unidades autônomas. 6. Da vistoria Iniciou-se a vistoria nas dependências do condomínio Jardim de Alá no dia 03 de julho de 2000 às 10h00min com a presença dos representantes das partes. Foto 4 – cavaletes de entrada de água de abastecimento da S.B. Água e esgoto. A entrada de água da Serviço de água no Condomínio é feita através de tubulação de 3/4(três quartos de polegada) e distribuída nas caixas d’água dos blocos. Os blocos são compostos de duas casas geminadas e são abastecidos por uma única entrada de 25 mm nas caixas d’água que distribui para as duas casas do bloco. O gasto mensal do condomínio era rateado entre as 76 unidades autônomas já que a Construtora não previu, a instalação de medidores individuais. Constatou-se que o Condomínio Jardim de Alá realizou obras para a individualização da leitura do consumo de água instalando hidrômetros para cada uma das 76 unidades. Foto 5 – hidrômetros instalados pelo condomínio na garagem das unidades. Os hidrômetros instalados pelo condomínio são de empresa particular que realiza a leitura mensalmente rateando o gasto entre os moradores de acordo com o consumo lido por ela. Foto 6 – fonte Verificou-se que a fonte se encontra em funcionamento, mas que a vazão não está sendo suficiente, havendo interrupções abruptas do funcionamento, indicando problemas na bomba que pode ser entrada de ar na tubulação devido às conexões não estarem vedadas corretamente ou o rotor e válvula de pé da bomba podem estar parcialmente entupidos ou a rotação do motor não é suficiente. Fotos 7 bomba e tubulação da fonte Foto 8 – Fonte - lado externo Observou-se uma fissura no revestimento da parede do lado externo da fonte, mas sem implicações estruturais ou estéticas. Foto 9 – iluminação da fonte A fonte encontra-se com iluminação que, de acordo com a requerente, foi executada pelo Condomínio. As caixas de passagem elétricas foram executadas cumprindo sua função técnica. “A Caixa de Passagem é destinada a passar, emendar ou terminar linhas de redes, podendo ser estas de comunicação, de alimentação elétrica, de esgoto, etc. Nela permitem-se entroncar, por exemplo, fios de rede de comunicação e/ou de telefone, facilitando a manutenção e instalação da rede, por exemplo, num edifício, residência, via pública ou fábrica, centralizando vários cabos em um único local.” Foto 10 – caixa de passagem elétrica. Algumas ligações foram realizadas sem os eletrodutos. Foto 12 – fiação sem eletroduto. O condomínio instalou sensores e realizou manutenções tendo sido verificado situações onde não se pode comprovar a responsabilidade dos serviços, como é o caso de ligação realizada através da tampa da caixa de passagem. Foto 13 – ligação passando pela tampa da caixa de passagem. Na rede elétrica, as caixas de passagem que se encontram no passeio de uma das ruas internas, encontram-se alagadas, causando corrosão nos fios e interferindo no correto funcionamento do sistema. Foto 14 – caixa de passagem elétrica alagada. Analisado o relatório de sondagem verificou-se a realização de seis furos não tendo sido alcançado o nível do lençol freático até a profundidade do limite de sondagem: SP01: 5,45 m, SP02: 5,45 m, SP04: 5,45 m, SP05: 9,45 m, SP06: 10,45 m, concluindo-se, então que a razão dos alagamentos nas caixas de passagem é vazamento da rede de abastecimento, pois não foi verificado nenhum odor ou coloração na água, tendo cor límpida. O desnível do terreno entre a Alameda dos Araras e a Alameda das Gralhas é inferior ao limite de sondagem do SP06, aproximadamente 5,70 m confirmando a conclusão. De acordo com a requerente as vagas de garagem da casa 2 e da casa 22 estão com dimensões menores. De acordo com o projeto aprovado pela Prefeitura Municipal de Curvolândia as dimensões atendem a legislação, que determina que a vaga deve ter no mínimo 4,50 m x 2,30 m. A largura medida das vagas da casa 2 foram para a vaga nº 3: 2,57 m (dois metros e cinquenta e sete centímetros) e para a vaga 4: 2,76m(dois metros e setenta e seis centímetros) e o comprimento total medido de 9,40 metros(nove metros e quarenta centímetros). As vagas da casa 22 também tem as mesmas medidas. Foto 15 - Vagasde garagem da casa 2 As dimensões de alguns veículos do mercado brasileiro são: Veiculo Comprimento (m) Largura (m) Mille 3,69 1,55 Fiesta 3,94 1,67 Celta 3,79 1,62 Uno 3,77 1,64 Gol 3,90 1,66 City 4,40 1,69 Cerato 4,53 1,77 New Fiesta 4,41 1,69 Línea 4,56 1,73 Sentra 4,56 1,79 Verifica-se que além de atender as especificações de aprovação do projeto na Prefeitura Municipal de Curvolândia as dimensões estão compatíveis com os veículos de passeio do mercado brasileiro. Foto 16 – quadra de esportes A quadra de esportes foi executada pelos moradores, pois foi entregue pela Construtora um campo gramado no local. Foto 17 – churrasqueira Na área de lazer foi entregue piscina adulto, piscina infantil, churrasqueira e banheiros masculino e feminino. Na data da vistoria a área de churrasqueira estava em obras. Foto 18 – piso cerâmico na área da piscina fissurado. Entre a piscina e a quadra de esportes existe um desnível de aproximadamente 3,0 metros que foi entregue sem guarda corpo, de acordo com os requerentes. O guarda corpo foi executado em ferro e pintado para evitar quedas devido ao perigo iminente. Foto 19 – guarda corpo entre a quadra e a piscina. Algumas falhas de rejuntamento no assentamento das piscinas puderam ser observadas. Fotos 20 - Piscinas adulto Verificou-se ainda a ocorrência de vazamentos nas tubulações da bomba da piscina. Foto 22 – bomba e filtro das piscinas. Algumas unidades tiveram problemas de vazamentos que provocaram a queda do forro de gesso da garagem. Foto 23 – forro de gesso quebrado. Não foram observados problemas nos telhados, como empenamentos ou falta de alinhamento, tendo sido verificado a execução das calhas por alguns moradores já que a Construtora entregou os blocos sem as calhas. Foto 24 – detalhe do telhado sem a calha. A falta de calhas na frente dos blocos prejudica a entrada dos moradores nas casas na época de chuvas. A pavimentação das ruas internas foi executada em pedra portuguesa e concreto. Considerando a área das ruas internas e a movimentação de veículos foram observados poucos pontos com patologias, mas a manutenção onde foi necessária foi executada de forma incorreta. Embora esteticamente e estruturalmente o piso das ruas internas esteja em bom estado verifica-se que em algumas áreas o rejuntamento entre as peças de pedra portuguesa está se soltando ou foi executado com falhas o que provoca o destacamento de algumas peças. O destacamento de peças é perigoso devido ao trânsito de veículos que podem lançar as peças soltas ao passar sobre elas. Foto 25 – rua interna do Condomínio Jardim de Alá e detalhe da drenagem Detalhe da drenagem da rua interna. O pavimento não apresenta falhas estruturais como afundamentos ou buracos provocados pelo trânsito de veículos e verificou-se que o sistema de drenagem de águas pluviais foi executado conforme o projeto não havendo a ocorrência de empoçamentos ou alagamentos. Foto 26 – manutenção incorreta e falhas no rejuntamento entre as peças. A rede de esgoto do Condomínio tem três linhas principais dividindo-se assim: 1ª linha serve os blocos 1 a 10 2ª linha serve os blocos 11 a 28 3ª linha serve os blocos 29 a 38 As linhas chegam à rede pública na Alameda dos Gansos. As três linhas são independentes entre si, mas não entre unidades autônomas, ou seja, as casas pertencentes aos blocos de cada linha têm interdependência. A ocorrência de problemas em uma construtora ou bloco de uma linha pode afetar as demais casas desta linha. Nas garagens existem caixas de passagem para acesso as tubulações comuns a cada linha. As garagens são consideradas áreas comuns do condomínio. Como existe desnível entre a Alameda das Araras e a Alameda dos Curiós de cerca de 5,70 metros os terrenos foram nivelados para a construção das casas sendo necessário a execução de muros de contenção nos diversos desníveis. A construtora optou por drenar a água atrás dos muros através de tubos de dreno quando o ideal seria a implantação de mantas geotêxtis. A água drenada é lançada na área privativa das casas em desnível. Fotos 27 – dreno no muro de contenção da área privativa As casas construídas junto a Alameda dos Curiós estão em nível acima da rua e em toda a extensão do terreno foi executado muro de contenção com altura variável desde a Alameda das Garças, na entrada do Condomínio, até a Alameda dos Gansos. Foto 29 – desnível entre o terreno e a Alameda dos Curiós. Para drenar o terreno foram executados tubos de dreno no muro de contenção. O muro da Alameda dos Curiós encontra-se com diversas áreas com destacamento da pintura e em alguns pontos o reboco também se encontra arenoso e sem resistência. Verifica-se que a área privativa das casas com a fachada de fundos para a Alameda dos Curiós faz divisa com a rua. A área privativa originalmente foi entregue descoberta, como aprovado o projeto na Prefeitura Municipal de Curvolândia, mas em algumas unidades os proprietários optaram por cobrir esta área. Foto 30 – bloco com duas áreas privativas cobertas. Ocorre que devido a falhas de execução de calhas, dutos ou até mesmo a ausência deles, as águas pluviais advindas do telhado das coberturas das áreas privativas estão danificando a pintura e reboco do muro externamente. Foto 31 – cobertura de área privativa em uma casa. Na foto 31 observa-se que a cobertura da área privativa se encontra sem calhas. Foto 32 – duto lançando água pluvial no muro. A pintura escurecida é devido ao lançamento de água pluvial diretamente no muro alterando as características de cor e resistência da pintura. Foto 33 – junta de dilatação do muro sem vedação. Embora executada para evitar fissuras no muro a junta de dilatação não está vedada em alguns pontos facilitando a penetração de águas pluviais que colabora para danificar o reboco e a pintura. Na Alameda dos Gansos observou-se ausência na execução dos drenos do muro de contenção que causou o escurecimento da parte inferior referente a contenção. Foto 34 – ausência de drenos na Alameda dos Gansos. A árvore plantada não é adequada por causa das raízes e de seu porte provocando trincas no muro da Alameda dos Gansos. Foto 35 – raiz de árvore junto ao muro. Na Alameda das Araras há diversas trincas no muro que foram provocadas por uma conjunção de fatores: árvores de porte inadequado plantadas no passeio, plantações na área privativa inadequadas e caimento do passeio negativo ou com barreiras. Foto 36 – plantação na área privativa. As raízes de algumas plantas podem provocar fissuras no muro. As raízes das árvores no passeio da Alameda das Araras estão estourando o passeio e provocando trincas no muro, sendo a principal causa do aparecimento de trincas no muro. Foto 37 – árvores na Alameda das Araras Foto 38 – caimento do passeio em direção ao muro e com obstáculo. O caimento do passeio em direção ao muro provoca um excesso de infiltração de águas pluviais junto à fundação, principalmente em virtude do jardim existente junto a ele. Foto 39 – fissura no muro da Alameda das Araras Havia a previsão de um projeto luminotécnico nas proximidades da fonte onde deveria ser construído um espaço para ginástica e playground. Estavam previstas luminárias de embutir no piso, postes para iluminação com globo branco, luminárias na parede do lago, luminárias aquáticas no piso do lago e iluminação tipo projetor conforme planta luminotécnica. Foto 40 – espaço destinado à área de lazer, ginástica e playground. O espaço destinado à área fitness fica ao lado da fonte, na entrada do condomínio e apresenta fissuras no piso. Foto 41 – fonte e área de lazer na entrada do condomínio Foto 42 - Telhas trincadas, mal assentadas e com vazamentos De acordo com o prestador de serviços, Sr. A.A.O., as telhas não foram amarradas, encontrando-se soltas. Ainda foram declarados problemas como buraco na laje da construtora 62 e má fixação do encanamento que sai da caixa d’água. Com relaçãoao buraco na laje da casa 62, na data da vistoria também não foi indicado como problema ao perito. As lajes das casas são pré-fabricadas e o enchimento entre vigotas é feito através de tijolos cerâmicos para este fim. A função do tijolo cerâmico é apenas estética, não havendo nenhuma função estrutural. Observaram-se alguns tijolos quebrados, mas que são cobertos pelo forro de gesso na garagem. (Foto 23) 7. DOCUMENT OS EXAMINADOS Foram examinados os seguintes documentos para a elaboração do laudo pericial: Autos do processo Certidões de Habite-se Convenção de condomínio Memorial descritivo Sondagem do terreno Projeto topográfico Projeto de fundação Projeto arquitetônico Projeto luminotécnico Projeto elétrico Projeto hidrosanitário Normas técnicas aplicáveis Notificação extrajudicial Contra notificação extrajudicial 8. ENCERRAMENT O Este laudo possui 26 páginas e foi realizado em conformidade com as normas da ABNT vigentes e a vistoria mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos necessários ao atendimento do objetivo da perícia. Faz parte integrante do laudo pericial a resposta aos quesitos das partes. Belo Horizonte, 20 de julho de 2000. Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil/Perito do Juízo CREA 94061D/MG LAUDO 2: Condomínio reclama na just iça sobr e obra vizinha que lhe causou pr ejuízo LAUDO TÉCNICO 1.Contratado: LDO avaliações e perícias Ltda. Responsável técnico: Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil – CREA 94061D/MG Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 – loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2.Contratante: Condomínio do Edifício Amélia Rua Travessa, 308 - Bairro Ametista Belo Horizonte/MG 3.Data de r eferência da vistoria: Vistoriado: 06/02/0000 4. HISTÓRICO Em dezembro de 2012 foi realizada vistoria no Edifício Amélia, localizado à rua Travessa, 308 no bairro Ametista em Belo Horizonte/MG onde foram constatadas algumas patologias que foram registradas em laudo técnico e enviadas ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais em março de 2013. Os procedimentos periciais foram realizados para se verificar os riscos e condições estruturais no Condomínio do Edifício Amélia em virtude da obra da Construtora Padrão na esquina das ruas Diamante e Travessa no bairro Ametista em Belo Horizonte/MG. Depois de um acordo no Ministério Público a Construtora Padrão se propôs a realizar algumas modificações no projeto estrutural que não foram suficientes para impedir que o muro de contenção paralelo à rua Travessa viesse a ruir no dia 23 de dezembro de 2013. Em decorrência do processo de erosão o solo sob o passeio na entrada do Edifício Amélia foi carreado e agravou-se o problema de reacomodação do solo. Finalmente em janeiro de 2014 a Construtora Padrão iniciou obras para realizar a contenção da rua Travessa. No laudo enviado ao Ministério Público Estadual já se observavam os problemas que agora estão se agravando. Trecho do laudo enviado ao Ministério Público: “Deve-se considerar a possibilidade de que as escavações e cravações de estaca possam ultrapassar a base da fundação dos edifícios vizinhos, pois na profundidade de 9,0 metros, que será a profundidade estimada mínima dos três níveis do subsolo da obra, é possível se atingir a base da fundação dos edifícios vizinhos, em primeira análise e na falta dos projetos de fundação e estrutura destes edifícios” Verificou-se na vistoria que as escavações estão acontecendo antes do processo de contenção o que já gerou trincas na rua Travessa e no Edifício Amélia. Escavações antes da contenção A fundação das construções vizinhas é afetada diretamente pela execução das escavações antes da contenção do terreno, pois realizada a escavação inicia-se um processo de reacomodação do terreno que provoca fissuras tanto nas fundações como em pisos e paredes. A contenção do terreno está ocorrendo posteriormente às escavações possibilitando a movimentação do terreno cortado. Cabe ressaltar que a estrutura do Edifício Amélia faz divisa com a obra. A garagem do edifício, e a área privativa do apartamento 01 fazem divisa com a obra aumentando assim os riscos provenientes da cravação de estacas, principalmente na divisa. Vigas do Edifício Amélia na divisa da obra. A garagem do Edifício Amélia encontra-se em nível acima da obra tendo um muro de contenção construído na divisa. Verifica-se também que algumas vigas da estrutura do prédio apoiam-se junto a divisa da obra. Passeio na entrada do Edifício Amélia com trincas. Embora a obra esteja em estágio inicial já se observa um grande número de patologias provocadas pelas escavações e cravação de estacas atingindo inclusive a estrutura do Edifício Amélia. A portaria do Edifício sofreu com as acomodações do terreno tendo apresentado trincas e deslocamentos da cobertura e acabamentos. A portaria apresenta rachaduras na parede de divisa com a obra devido às escavações. Peças de revestimento quebradas na portaria. Revestimento quebrado e peças de acabamento deslocadas provocando infiltrações na portaria. Danos causados na jardineira de entrada O hall de entrada do Edifício está totalmente comprometido e aspectos funcionais também estão causando desconforto aos moradores como o portão que foi danificado e a cobertura no hall de entrada que está sofrendo infiltrações devido as patologias. Os moradores tiveram que arcar com os custos para fazerem manutenção paliativa no portão por causa da segurança do Edifício. Infiltrações na cobertura no hall de entrada. A fresta foi provocada pelo acomodamento do solo depois de escavações realizadas na obra. As frestas causadas entre peças de acabamento podem, em médio prazo, provocar danos no piso do hall de entrada do Edifício Santa Amélia. Além da portaria do Edifício, na garagem também estão ocorrendo patologias mais graves que atingem a estrutura do edifício. Verificou-se trincas na laje, viga, pilar e parede da garagem na divisa com a obra. As trincas que foram verificadas na garagem continuam até o pavimento acima, no apartamento 01. Laje, viga e pilar foram atingidos. Observou-se trinca na parede da garagem que foi monitorada e tem aumentado sua espessura de acordo com o andamento da obra. Trinca em toda a extensão da parede da garagem na divisa com a obra. Pode-se verificar que a parede tem função importante, ainda que indireta na estabilidade do Edifício, já que se observou que vigas estão chegando até ela. Por este motivo as trincas ocorridas têm grande importância já que indicam um possível acidente. Trinca na parede da garagem. Rachaduras na parede do apartamento 01. Trinca no box da garagem. O box tem parede de divisa com a obra. Fissura na fachada lateral do apartamento 01. Detalhe da fissura da fachada lateral do apartamento 01. 5.VISTORIA ATUAL A vistoria foi realizada no dia 06 de fevereiro de 2014 onde foram constatados agravamentos aos danos estruturais no Edifício Amélia. Verificou-se que o hall de entrada do Edifício Amélia está cedendo devido ao processo erosivo sob o passeio na divisa com a obra da Construtora Padrão. Passeio na entrada do Edifício Amélia. Não foram tomadas medidas para conter o processo erosivo que vem se agravando provocando recalques devido a reacomodação do terreno. Detalhe das patologias no hall de entrada do edifício. As fissuras caminham em linha reta atravessando a parede do hall de entrada e atingindo o apartamento 01onde se localiza um dos pilares do Edifício Amélia. Parede comum do hall de entrada e apartamento 01 visto do hall. Parede comum do hall de entrada e apartamento 01 vista do apartamento. Tanto no hall de entrada quanto na área interna do apartamento 01 a trinca foi tratada para impedir a entrada de águas pluviais, o que vinha ocorrendo, mas a trinca voltou a aparecer. Verifica-se que a trinca vertical no apartamento 01 desce atingindo o pilar no nívelda garagem e que a trinca horizontal iniciada no hall de entrada também continua até o apartamento 01 provocando o levantamento do piso da área de serviço e trincas na viga e laje da garagem. Cabe frisar que o processo já havia se iniciado em dezembro de 2012 e que a vistoria atual constatou o agravamento. Forro de gesso no apartamento 01. O forro de gesso da área de serviço do apartamento 01 que foi consertado voltou a apresentar trincas. Constata-se que o conjunto arquitetônico e estrutural do edifício está sofrendo torções que desencadeiam fissuras e trincas em suas partes mais frágeis não tendo provocado ainda danos estruturais irreversíveis, embora, caiba frisar que a estrutura está trabalhando sob tensão. O pilar atingido na garagem teve grande aumento de tensão como se pode comparar com o laudo realizado em dezembro de 2012. Verifica-se que as fissuras caminham nos elementos estruturais, embora não se tenha atingido, pelo menos visualmente, o concreto e armaduras. As trincas aumentaram consideravelmente desde a vistoria em dezembro de 2012. Considerando-se a soma dos eventos e que atualmente o muro de contenção na divisa com o Edifício Amélia encontra-se com alívio de tensões em virtude do maciço de terra recolocado no terreno pode-se concluir que está ocorrendo um recalque na fundação do Edifício Amélia. As trincas se iniciam no hall de entrada e atravessam a laje chegando ao piso do apartamento 01. De acordo com sondagem realizada pela empresa SDG Geotecnia e fundações o lençol freático no terreno é alto com altura de 1,80 metros no furo SP-02 somando-se ao fato do terreno ter perfil em argila mole e silte mole até uma profundidade de 18,0 metros onde se inicia o solo residual. A argila mole é considerada um solo compressível e por este motivo muito suscetível a recalques de fundação. As características dos solos compressíveis são: Baixa resistência Fração Argila Argilas moles ou areias argilosas De acordo com a classificação da tabela de Veloso e Lopes os danos observados são considerados severos a muito severos, pois já extrapolaram as aberturas mínimas para este nível tendendo a atingir o nível de danos muito severos a perigosos. Ressalte-se que o muro de contenção se encontra apoiado no terreno recolocado, inclusive para este fim, embora não se tenha pensado no Edifício Amélia devido a gravidade do ocorrido com o desmoronamento do muro de contenção da rua Travessa. Com relação a facilidade de reparação dos danos a categoria de dano classifica-se em nível 5, pois a reparação requer um serviço de reparação importante, já envolvendo reforço estrutural parcial ou completo, exigindo escoramento, problemas com nivelamento, falta de prumo e perigo de instabilidade. Pelo conjunto de fissuras nos elementos estruturais observa-se que existe uma tensão que é suportada pela armadura destes elementos embora não tenham sido calculados para isto. Fissuras no revestimento da viga e laje da garagem. Fissura importante na viga da garagem A importância das fissuras são por causa da não estabilização do processo de erosão e acomodação do solo, da localização das fissuras, do conjunto de fissuras e do alinhamento em que ocorrem. As fissuras se iniciam no hall de entrada do prédio passam pela área de serviço do apartamento 01 com o aparecimento de fissuras e estufamento do revestimento do piso e o aparecimento de fissuras na viga da garagem culminando no piso da garagem que teve um recalque de 2,0 cm. O fissuramento ocorre em linha reta dividindo o prédio em 2 blocos. Existe a possibilidade de que a fundação no trecho que está ocorrendo o recalque seja menos profunda do que o restante do prédio ou que seja uma fundação rasa, embora se verifique que elementos estruturais, como vigas, se apoiem na parede, divisa com obra, onde a contenção não foi devidamente cunhada. Outro fator importante é que devido a urgência da contenção da Rua Travessa o muro na divisa com o Edifício Amélia não foi finalizado e existem diversos pontos vulneráveis, facilitando o recalque. Constatando-se pela sondagem que o solo é argila ou silte mole, que o lençol freático é alto e sabendo-se das propriedades da argila mole como solo compressível verifica-se a existência de um conjunto de fatores que colaboram para o acontecimento do recalque de fundação. 6.COMP ARATIVO Para facilitar a análise do processo fez-se um comparativo do desenvolvimento da fissuração do laudo de dezembro de 2012 com o laudo desta data de 06 de fevereiro de 2014. Trinca no pilar garagem atualmente Trinca junto à viga na garagem atualmente 7. CONCLUSÕES O Edifício Amélia está sofrendo claro processo de recalque de fundação em sua divisa devido as características da fundação na divisa. O muro de contenção entre o Edifício Amélia e a obra encontrava-se inacabado quando foi aterrado e tem as mesmas características do muro que desabou não sendo suficiente para suportar a sobrecarga a ele imposta. Não se sabe a dimensão da erosão sob o passeio do Edifício Amélia. O Edifício Amélia está dividido claramente em dois blocos: um bloco mais próximo da divisa com a obra que sofre os efeitos da erosão, carreamento do solo por causa da percolação de águas do lençol freático e recalque de fundação e outro bloco com possíveis características de fundação diferente, com profundidade maior, e que não sofre ainda estes efeitos. A retirada do maciço terroso sem considerar os recalques e trincas que vêm ocorrendo coloca em risco a estabilidade do Edifício Amélia, pois sua estrutura é interligada. A estrutura do Edifício Amélia já está afetada em virtude das tensões que vem sofrendo. 8. MEDIDAS MITIGADORAS Demolição do passeio em frente ao Edifício Amélia para se verificar o alcance do processo de erosão e obtenção de informações relevantes. Reforço do muro de contenção entre o Edifício Amélia e a obra. Reforço dos elementos estruturais afetados: pilar e viga da garagem, principalmente. As medidas aqui elencadas são em caráter de urgência, não tendo sido observados no laudo outros aspectos que necessitam de reparos o que será feito posteriormente. 9. ENCERRAMENT O Existe risco à estabilidade do Edifício Amélia, devido a não estabilização do processo de fissuração e recalque. A retirada do maciço terroso sem reforço estrutural do muro de contenção entre o Edifício Amélia e a obra põe em risco a vida dos moradores e trabalhadores da obra. Este laudo possui 32 páginas e foi realizado em conformidade com as normas da ABNT vigentes e a vistoria mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos necessários ao atendimento do objetivo do laudo. Belo Horizonte, 00 de fevereiro de 201X. Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil CREA 94061D/MG LAUDO 3: Condomínio reclama na just iça sobr e obra vizinha que lhe causou pr ejuízo. LAUDO TÉCNICO 1.Contratado: LDO avaliações e perícias Ltda. Responsável técnico: Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil – CREA 94061D/MG Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 - loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2.Contratante: Condomínio do Edifício Alberto Oliveira Junior Rua Diamante, 198 - Bairro América Belo Horizonte/MG 3.Data de r eferência da vistoria: Vistoriado: De 10/12/2012 a 17/12/2012. 4. OBJETIV O Trata-se de perícia para se verificar os riscos, condições estruturais e patologias apresentadas no Condomínio do Edifício Alberto Oliveira Junior em virtude da obra da Construtora Padrão na esquina das ruas Diamante e Travessa no bairro América em Belo Horizonte/MG. 5. LOCALIZAÇÃO O imóvel periciado localiza-se à Rua Diamante, 198 no bairro América em Belo Horizonte/MG. Vista aérea da localização da obra 6. DA VISTORIA Fachada do Edifício Alberto OliveiraJunior Contenção Verificou-se na vistoria que a Construtora Padrão optou por fazer a contenção dos terrenos vizinhos a sua obra pelo método de estaqueamento com estacas de perfis metálicos laminados. Para a cravação das estacas está sendo utilizado equipamento que crava as estacas no terreno através da queda de um martelo denominado bate- estacas. Vista geral do terreno com o bate-estacas e algumas estacas cravadas. O projeto aprovado na Prefeitura Municipal de Belo Horizonte prevê um edifício misto com 7 pavimentos, sendo 2 unidades residenciais, 3 unidades não residenciais e 75 vagas de garagem totalizando 3868,66 m² de área construída. Verifica-se que haverá a construção de 3 níveis no subsolo e que as estacas, então, terão que resistir a pelo menos 9,0 metros abaixo do nível da rua. Como não se tem o projeto de fundação e nem mesmo o estrutural dos prédios vizinhos à obra deve-se fazer uma análise criteriosa sobre os efeitos da cravação de estacas nas divisas. Deve-se considerar a possibilidade de que as escavações e cravações de estaca possam ultrapassar a base da fundação dos edifícios vizinhos, pois na profundidade de 9,0 metros que será a profundidade estimada mínima dos três níveis do subsolo da obra, é possível se atingir a base da fundação dos edifícios vizinhos, em primeira análise e na falta dos projetos de fundação e estrutura destes edifícios. Sendo a cravação de estacas um método que libera muita energia, principalmente no caso das estacas metálicas por causa de sua alta resistência, havendo a possibilidade de se atingir o sistema de fundação dos edifícios vizinhos, não é tecnicamente viável a utilização deste método. Ainda que a estaca não atinja diretamente o sistema de fundação dos edifícios a simples cravação provoca tensões que podem danificá-lo, pois neste método não há a retirada de solo. O solo é comprimido através da cravação das estacas e a simples proximidade com a linha de cravação afeta significativamente o sistema de fundação dos edifícios vizinhos podendo surgir fissuras e trincas que ficarão invisíveis. Note-se que não estamos falando da cravação de uma estaca, mas de diversas estacas que provocarão uma soma de tensões no solo e nas fundações vizinhas a obra. Além disto deve-se prever também o fato de que alguma estaca ou mais de uma não seja cravada totalmente vertical agravando ainda mais a situação. O método em questão provoca tensões tais no solo, que existe a possibilidade real de que ao se cravar uma estaca as estacas do lado sejam expulsas do solo, exatamente pelo já citado motivo, de que o solo não é retirado ele é comprimido pela cravação das estacas e neste caso as estacas expulsas são novamente cravadas gerando novas tensões no solo e nas fundações das construções vizinhas. Somando-se ao fato das tensões no solo provenientes da cravação das estacas propriamente dito existe ainda a geração de vibrações que podem provocar fissuras que só vão gerar malefícios as construções vizinhas a médio prazo não se podendo mensurar de imediato. E finalmente ainda existe o desconforto auditivo, pois o método gera um barulho constante e repetitivo podendo trazer, inclusive problemas de saúde aos vizinhos da obra. Em relação ao método executivo do conjunto contenção e escavação executado pela Construtora Padrão cabe ressaltar que a ordem de execução é fundamental para garantir a integridade estrutural das construções vizinhas, pois se as escavações são realizadas antes da contenção do terreno este cede e se acomoda provocando fissuras em pisos e paredes podendo atingir a estrutura das Construções. Verificou-se na vistoria que as escavações estão acontecendo antes do processo de contenção o que já gerou trincas na rua Travessa e no Edifício Amélia. Escavações antes da contenção A fundação das construções vizinhas é afetada diretamente pela execução das escavações antes da contenção do terreno, pois realizada a escavação inicia-se um processo de reacomodação do terreno que provoca fissuras tanto nas fundações como em pisos e paredes. A contenção do terreno está ocorrendo posteriormente às escavações possibilitando a movimentação do terreno cortado. Cabe ressaltar que a estrutura do Edifício Alberto Oliveira Junior faz divisa com a obra. A garagem do edifício, a central de gás e uma parede do apartamento 01 fazem divisa com a obra aumentando assim os riscos provenientes da cravação de estacas, principalmente na divisa. Vigas e central de gás do Edifício Alberto Oliveira Junior na divisa da obra. A garagem do Edifício Alberto Oliveira Junior encontra-se em nível abaixo da obra tendo um muro de contenção construído na divisa onde se encontra a central de gás do edifício. Verifica-se também que algumas vigas da estrutura do prédio apoiam-se ou na contenção ou bem próximas a ela junto a divisa da obra. A cravação de estacas na divisa do edifício põe em risco a estrutura do Edifício Alberto Oliveira Junior e a central de gás não sendo uma solução técnica adequada para a contenção por causa destes riscos mensuráveis. Evidentemente qualquer tipo de sistema de contenção terá alguma limitação técnica cabendo aos engenheiros responsáveis a escolha da melhor metodologia. Uma questão que gera conflitos na escolha do sistema é a questão econômica que em muitos casos faz com que se escolha um método inicialmente mais barato em detrimento de critérios técnicos. 6.2. Patologias Constatou-se que por causa das escavações a tubulação de drenagem de águas pluviais ora existente no terreno da obra se rompeu e ocorreram infiltrações nas paredes do apto 01 e da garagem que estão em nível abaixo da obra e encontram-se na divisa. Lama advinda da obra por causa do rompimento da tubulação As paredes da sala do apartamento 01 sofreram forte infiltração que entraram nos conduítes de fiação elétrica e danificaram a pintura da parede. As águas pluviais ficaram empoçadas provocando infiltrações. Parede da sala do apartamento 01 onde ocorreram infiltrações. Estrutura de Edifício Amélia atingida pela obra. 7. DOS RISCOS Quanto ao método executivo escolhido pela Construtora Padrão que é a cravação de estacas de perfis metálicos laminados os riscos foram classificados em: Risco de grau leve – Não existe risco de afetação da estrutura das Construções adjacentes, apenas a ocorrência de aparecimento de patologias superficiais. Risco de grau médio – Existe risco de afetação da estrutura das Construções adjacentes a médio prazo e podem ocorrer o aparecimento de fissuras e trincas. Risco de grau grave – Existe risco de afetação estrutural iminente e podem ocorrer o aparecimento de trincas e rachaduras. Não há como se prever uma data específica de um desabamento ou colapso de estrutura. Pode-se sim e foi feito no laudo é identificar o grau de risco que se está correndo ao se optar por um sistema de contenção e escavação não condizente com o contexto onde se insere a obra. 7.1. Cravação de estacas metálicas e escavações na divisa Grau grave Justificativa: ao adotar este sistema a Construtora Padrão através de seu corpo técnico escolhe correr os riscos já elencados no corpo do laudo como a possibilidade de provocar fissuras, trincas ou rachaduras nas paredes da garagem, apto 01, estrutura do prédio na divisa com a obra, fundação do prédio na divisa com a obra e central de gás na divisa com a obra e por em risco a vida dos moradores. 8.CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS Com relação a contenção e escavação do terreno existem diversos métodos que podem substituir com maior vantagem técnica a cravação de estacas metálicas como a execução de retangulões, estacas escavadas, hélice contínua e estaca raiz. A questão econômica sempre deve ser levada em conta, evidentemente, quando não se põe a vida e nem o patrimônio de terceiros em risco. Por vezes a escolha de um método esbarra em alguma dificuldade como critérios econômicos, tamanho do equipamento, mobilidade do equipamento, mão de obra, dentre outrosfatores, mas isto não significa o abandono deste método e sim em mais trabalho, reuniões, discussões, pesquisas para adaptá-lo a situação existente. Muitos métodos atualmente usados nasceram justamente da não desistência e da perspicácia de engenheiros que buscavam não realizar seu trabalho de forma mecânica, mas que pensavam em aperfeiçoar os métodos de acordo com cada situação. Não se justifica colocar em risco o patrimônio e a vida das pessoas por causa de questões técnicas ou econômicas. Alguns erros anteriores podem ter colaborado para as dificuldades técnicas encontradas como a escolha do terreno, a escolha do empreendimento e a escolha do projeto. 9.CONCLUSÃO Tecnicamente a cravação de estacas na divisa põe em risco a estrutura do Edifício Alberto Oliveira Junior. Existe risco iminente de aparecimento de fissuras, trincas e rachaduras na fundação, estrutura, pisos e paredes. Existe risco com relação a central de gás do Edifício Alberto Oliveira Junior. As escavações apenas se iniciaram e já foram verificadas trincas na rua Travessa, trincas na estrutura do Edifício Amélia, trincas no apartamento 01 do Edifício Amélia, Infiltrações no apartamento 01 do Edifício Alberto Oliveira Junior, Infiltrações na garagem do Edifício Alberto Oliveira Junior. 10. ENCERRAMENT O Este laudo possui 20 páginas e foi realizado em conformidade com as normas da ABNT vigentes e a vistoria mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos necessários ao atendimento do objetivo do laudo. Belo Horizonte, 26 de dezembro de 2012. Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil CREA 94061D/MG LAUDO 4: Condomínio contrata para avaliação estrutural e laudo para nortear contratação e obras de manutenção. LAUDO TÉCNICO 1.Contratado: LDO avaliações e perícias Ltda. Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 – loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2.Perícia: Condomínio do Edifício Maria de Fátima Gomes Endereço: Rua Ricardo Alves, 45 Bairro São Cristóvão Belo Horizonte/MG 3.Data da vistoria: Início dos trabalhos de vistoria: 29/03/2012. 4. OBJET O Trata-se de vistoria para se verificar as causas das patologias ocorridas no Condomínio do Edifício Maria de Fátima Gomes localizado à rua Ricardo Alves, 45 – São Cristóvão – Belo Horizonte/MG. Fachada do Edifício Maria de Fátima Gomes 5. DA VISTORIA O prédio possui 3 pavimentos, salão de festas e garagem no pilotis e sua estrutura é em concreto armado. As patologias analisadas encontram-se na garagem, pilotis, que tem nível abaixo da rua Ricardo Alves. Foram verificadas fissuras e oxidação de armaduras de pilares e vigas. Os pilares foram numerados de P1 a P13 conforme numeração já feita pela Defesa Civil. Verificou-se também alguns pontos de infiltração em vigas e paredes. Pilares da garagem do Edifício Maria de Fátima 6. DAS PATOLOGIAS Os pilares apresentam fissuras que sofreram infiltrações que provocaram a oxidação das armaduras fazendo com que o volume da ferragem aumentasse empurrando o concreto e aumentando as fissuras em um círculo vicioso. A área útil das armaduras de alguns pilares diminuiu e o concreto sofreu perda de resistência devido a carbonatação. As fissuras possibilitaram a infiltração e oxidação das armaduras longitudinais e transversais afetando a resistência dos pilares ocasionando, inclusive o desaprumo de alguns deles. Neste pilar verifica-se o rompimento da armadura transversal e desnivelamento vertical além da perda de área de concreto e de área útil da armadura longitudinal e transversal. A fissura vertical indica a separação do pilar da coluna de tubulação. Verificou-se que a área de concreto útil de alguns pilares está encoberta devido a tubulações junto a eles trazendo a impressão de que eles têm maior seção. A tubulação junto aos pilares traz efeito ilusório da real dimensão dos pilares. Mesmo nos pilares que não estão sofrendo com as patologias verificaram-se desaprumos verticais devido a problemas de execução. Em apenas uma viga verificou-se anomalias devido a infiltração de tubulação advinda de apartamento. Ocorreu perda da camada superficial do concreto e aprofundamento do efeito de carbonatação havendo necessidade de reparo da viga. Não se verificou perda significativa da área útil da armadura da viga. 7. MEDIDAS MITIGADORAS As patologias observadas classificam-se no grau gravíssimo e exigem manutenção urgente e imediata. Os pilares P1, P2, P7 e P8 encontram-se em situação crítica devendo haver escoramento imediato para aliviar a sobrecarga sobre eles. Os pilares P3, P4, P5, P6 e P11 e a viga próxima ao P9 necessitam de reparos, pois já indicam processo avançado de anomalia. A execução da obra deve seguir o estrito padrão indicado neste laudo para se evitar acidentes. A ordem de execução de manutenção dos pilares deve seguir o seguinte cronograma: Recuperação dos pilares P1, P3, P6 e V1 Recuperação dos pilares P2, P7 e P11 Recuperação dos pilares P8, P5 Não se deve passar de uma etapa para a seguinte em menos de 00 dias para se garantir a resistência mínima do concreto e consequentemente dos pilares, já que a resistência máxima considerada em cálculo é alcançada em 28 dias. A ordem de execução visa não sobrecarregar os pilares não afetados que podem não suportar a carga advinda dos pilares em manutenção ainda que escorados e os próprios pilares em recuperação. 7.1. Escopo de r ecuperação dos pilar es P1, P2, P7 e P8 Retirada da camada de concreto que sofreu carbonatação Limpeza da armadura longitudinal Aumento do pilar em 5,0 cm com colocação de armadura longitudinal de reforço de 12,5 mm Recolocação de nova armadura transversal de 5,0 mm Concretagem com concreto de alta resistência tipo graute 7.2. Escopo de r ecuperação dos pilar es P3, P4, P5, P6, P1 1 e viga Retirada da camada de concreto que sofreu carbonatação Limpeza da armadura longitudinal Concretagem com concreto de alta resistência tipo graute Croqui de pilares da garagem 8. ESCORAMENT O 8.1. Orientações gerais Fôrmas e escoramentos devem ser removidos de acordo com o plano de desforma previamente estabelecido pelo responsável pela obra e de maneira a não comprometer a segurança e o desempenho em serviço da estrutura. Na retirada do escoramento devem ser considerados os seguintes aspectos: a) nenhuma carga deve ser imposta e nenhum escoramento removido de qualquer parte da estrutura, enquanto não houver certeza de que os elementos estruturais e o novo sistema de escoramento têm resistência suficiente para suportar com segurança as ações a que estarão sujeitos; b) nenhuma ação adicional não prevista nas especificações do projeto ou na programação da execução da estrutura de concreto deve ser imposta à estrutura ou ao sistema de escoramento sem que se comprove que o conjunto tem resistência suficiente para suportar com segurança as ações a que estará sujeito; c) a análise estrutural e os dados de deformabilidade e resistência do concreto, usados no planejamento do reescoramento, devem ser fornecidos pelo responsável pelo projeto estrutural ou pelo responsável pela obra, conforme acordado entre as partes; d) verificação de que a estrutura de concreto suporta as ações previstas, considerando a capacidade de suporte do sistema de escoramento e os dados de resistência e deformabilidade do concreto. A retirada do escoramento e das fôrmas deve ser efetuada sem choques e obedecendo a um programa elaborado de acordo com o tipo da estrutura. Durante o procedimento de retirada do escoramento, a aplicação de esforços na estrutura deve ser lenta e gradual. Deve ser dada especial atenção ao tempo especificado para a retirada dos escoramentos e das fôrmas, que possa impedir a livre movimentação de juntas de retração ou dilatação, bem como de articulações. Se a fôrma for parte integrante do sistema de cura, como no caso de pilares e lateraisde vigas, o tempo de remoção deve considerar os requisitos específicos. Para o atendimento dessas condições, o projetista da estrutura deve informar ao responsável pela execução da obra os valores mínimos de resistência à compressão e módulo de elasticidade que devem ser obedecidos concomitantemente para a retirada das fôrmas e do escoramento, tendo o responsável técnico pela obra que garantir que o fcj (resistência do concreto) e o Ec (módulo de elasticidade do concreto) especificados no projeto estrutural, estejam atendidos na idade da remoção do escoramento. O Responsável técnico pela obra deve acompanhar o comportamento da estrutura, no que concerne às flechas, comparando-as com a especificação do plano de desforma, e reportando ao projetista da estrutura, as eventuais diferenças. O ciclo de remoção (ou remanejamento) deve ser de no mínimo quatorze dias. Quando da utilização de concretos cujas características de resistência e deformação possam ser alcançadas mais rapidamente, análise e planejamento do sistema de escoras podem ser feitos e o ciclo pode ser reduzido, desde que asseguradas as condições dos itens acima. 8.2. Especificações para escoramento do prédio Carga nos pilares – 40 toneladas Por questão de segurança foi adotada a maior carga dos pilares a serem recuperados tendo sido considerado também o alcance da anomalia. Deve-se observar a carga máxima suportada por escora, diâmetro do tubo interno, diâmetro do tubo externo, espessura dos tubos e altura do pilar considerando-se escora metálica. 8.3. Descimbramento A retirada do escoramento deve ser efetuada sem choques e obedecendo ao um programa elaborado. O descimbramento deve ser feito obedecendo-se, neste caso específico, a retirada das escoras mais distantes do pilar em primeiro lugar até chegar às escoras mais próximas do pilar. O objetivo é fazer com que o pilar volte a trabalhar com sua carga máxima aos poucos sem solavancos ou trancos. 9. DOCUMENT AÇÃO FOT OGRÁFICA Aqui foram inseridas mais fotos referente a perícia. 10. ENCERRAMENT O Este laudo possui 17 páginas e foi realizado em conformidade com as normas da ABNT vigentes e a vistoria mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos necessários ao atendimento do objetivo do laudo. Belo Horizonte, 00 de abril de 201X. Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil CREA 94061D/MG LAUDO 5: Morador contrata para avalia ção estrutural e laudo para entrar com pr ocesso na Pr efeitura para tomada de pr ovidências. LAUDO TÉCNICO 1. Contratado: LDO avaliações e perícias Ltda. Responsável técnico: Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil – CREA 94061D/MG Membro ASPEJUDI Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2. Solicitante: Paulo Pereira de Souza CPF 111.111.XXX-49 C.I. M666XXX 3. Data de r eferência da vistoria: Vistoriado: 00/11/2000. 4. Objetivo: Avaliação estrutural da construtora localizada à Rua Jornalista Marília Pereira, 406 – bairro América em virtude do aparecimento de trincas. 5. Análise técnica: Realizada vistoria no imóvel localizado à Rua Jornalista Marília Pereira, 406 – bairro América – Belo Horizonte/MG verificou-se grande incidência de trincas e rachaduras no imóvel. Em análise apurada constatou-se que as trincas se localizam na parte da frente da construtora antes do muro de contenção. A construtora tem dois níveis e a parte de baixo da construtora é contida pelo muro de contenção. No jardim da casa vizinha, localizada à Rua Jornalista Marília Pereira, 416 existe uma árvore de grande porte com altura aproximada de 25,0 metros e diâmetro do tronco de 1,0 metro. Foto 1 – árvore plantada no jardim da casa As características da árvore são incompatíveis com o local onde está plantada trazendo risco de desabamento sobre os imóveis, além disto, verificou-se o surgimento de trincas e rachaduras na construtora da Rua Jornalista Marília Pereira, 406. Foto 2 – a árvore é incompatível com área urbana A altura e porte da árvore são incompatíveis para o plantio em área urbana trazendo riscos a rede elétrica, rede de abastecimento, rede de esgoto e imóveis vizinhos a ela. As raízes da árvore se desenvolveram de tal forma que já atingem um diâmetro de aproximadamente 40,0 cm se aprofundando no terreno das duas casas. Foto 3 – raízes da árvore Foto 4 – rede elétrica comprometida. Na entrada da construtora verifica-se uma elevação do piso do jardim e da varanda indicando a penetração das raízes da árvore. Foto 6 – piso do jardim elevado A árvore tem grande altura e as raízes para darem suporte ao tronco ocupam uma grande área, estimada em aproximadamente 15 metros de diâmetro, que é o diâmetro atual da copa. Foto 7 – piso da varanda trincado As raízes da árvore estão forçando o piso da varanda da casa o que provocou trincas. Foto 8 – trincas no muro de divisa com a rua A casa apresenta também trincas na sala que tem parede que divide com o jardim. Foto 9 – trinca na sala da casa. A trinca da sala atravessa a parede podendo ser vista na parte externa no lado do jardim. Foto 10 – trinca da sala vista pelo jardim O número de trincas e rachaduras na construtora preocupa e indica que devem ser tomadas providências para combater a causa e realizar a manutenção preventiva e corretiva. Foto 10 – trincas nas paredes da casa. Foto 11 – deslocamento da laje. As trincas e rachaduras na casa estão ocorrendo de forma generalizada e por suas características e localizações estão relacionadas com as raízes da árvore. Na sala de jantar ocorrem as rachaduras que mais preocupam já se configurando dano gravíssimo, pois está afetando a estrutura da construtora de forma mais enfática e prolongada. Foto 12 - Rachadura na parede da sala de jantar As rachaduras na sala de jantar se concentram principalmente na parede sobre o muro de contenção e estão em praticamente toda a sua extensão. Foto 13 – rachadura no quarto A rachadura do quarto é a mesma que pode ser vista na sala de jantar e que atravessa a parede, também atingindo a laje. Foto 14 – trincas no revestimento da cozinha. Algumas trincas que foram observadas na casa não têm relação com as raízes da árvore. Foto 15 – trinca devido a infiltrações Para dimensionar os danos as patologias mais graves foram classificadas segundo os seguintes critérios: ANOMALIA ABERTURA(mm) Fissura até 0,5 Trinca de 0,5 até 1,5 Rachadura Acima de 1,5 Como a fissuração está entre 2,0 e 25,0 mm, sendo a maioria de maiores aberturas, a classificação fica entre danos severos a muito severos com a utilização da construtora afetada, frisando que a estabilidade também está em risco se não forem tomadas providências imediatas. Com relação à facilidade de reparação da construtora a categoria de dano classifica-se em nível 5, pois a reparação requer um serviço de reparação importante, envolvendo reconstrução parcial ou completa, exigindo escoramento, problemas com nivelamento, falta de prumo e perigo de instabilidade. Além da abertura das fissuras para classificação de risco observou-se principalmente o número de trincas e rachaduras e sua distribuição na construtora. Antes da recuperação do imóvel e da realização de reforço estrutural deve- se combater a causa do problema que se concentra principalmente nas raízes da árvore devido a seu porte incompatível. 6. Medidas mitigadoras Patologia: Trincas e rachaduras no imóvel. Causa principal: Raízes da árvore de grande porte incompatível com área urbana plantada no jardim da construtora localizada na Rua Jornalista Marília Pereira, 416. Grau de risco: Grave – A quantidade de trincas e rachaduras na construtora trazem riscos a segurança e estabilidade do imóvel. Medidas mitigadoras: Reforço estrutural do imóvel. Importante: O reforço estrutural do imóvelsó pode ser realizado depois da retirada da árvore do jardim sem o que os danos tendem a aumentar o alcance e gravidade. 7. Conclusão Laudo conclusivo Existe risco à estabilidade e segurança do imóvel. Este laudo possui 14 páginas e foi realizado em conformidade com as normas da ABNT vigentes e a vistoria mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos necessários ao atendimento do objetivo do laudo. Belo Horizonte, 20 de novembro de 2000. Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil CREA 94061D/MG LAUDO 6: Construtor contrata para verificar as causas de inundação e se resguardar de possíveis ações na justiça. LAUDO TÉCNICO 1.Contratado: LDO avaliações e perícias Ltda. Responsável técnico: Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil – CREA 94061D/MG Membro ASPEJUDI Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2 Solicitante: A.Z. Negócios Imobiliários Construtora Pilar MG CNPJ 33.444.555/0001-XX Rua Raimundo Gomes, 005 Bairro: Itália Ribeirão de Cima/MG 3.Data de r eferência da vistoria: Vistoriado: 02/12/2000. 4. OBJETIV O Verificar as causas de alagamentos nas casas da Rua AC números 248, 260, 272 e 284(lotes 6, 7 8 e 9) da quadra 19 do Bairro Floresta Mágica em Sapucaia/MG. 5. LOCALIZAÇÃO As construções localizam-se nos lotes 6, 7, 8 e 9 da quadra 19 do bairro Floresta Mágica em Sapucaia/MG. Figura 1 – planta do loteamento Foto 1 – foto aérea de localização dos imóveis Os lotes foram construídos da seguinte forma: Lote 2 – duas casas Lote 3 – duas casas Lote 4 – três casas Lote 5 – duas casas Lote 6 – três casas Lote 7 – três casas Lote 8 – três casas Lote 9 – três casas Lote 10 – duas casas 6. DA VISTORIA A Construtora Pilar MG foi a construtora das casas localizadas nos lotes 6, 7, 8 e 9 da quadra 19 do bairro Floresta Mágica em Sapucaia/MG. Como a topografia dos terrenos é em declive foi executada uma rede para a coleta de águas pluviais que passa pelos quatro terrenos observando-se a vazão necessária para atender a demanda dos 12 imóveis construídos em seus terrenos. Foram executados ralos para a captação das águas pluviais de cada um de seus imóveis que é coletada pela rede executada por ela e que vai desaguar em caixa de coleta no imóvel localizado no lote 10 devidamente autorizado. Mesmo tendo sido tomadas todas as medidas técnicas, em dias onde a precipitação pluviométrica é muito intensa, vem ocorrendo o alagamento dos imóveis que foram executados pela Construtora Pilar MG nos lotes, 6, 7, 8 e 9 da quadra 19. Foto 2 – casa da Rua AC, número 272 A casa está alagada em virtude de chuva intensa Os terrenos da Rua S tem caimento para os fundos, ou seja, são em declive e os terrenos da Rua AC também são declive. Figura 2 – Croqui do sistema de drenagem Os terrenos da Rua S são em declive de aproximadamente 20%. Casa da Rua S, nº 333B Fundos da Casa da Rua S, número 333A Caixa de passagem da Casa da Rua S, número 333A As caixas de passagem da Rua S nºs 333A, 333B, 317A e 317B (lotes 2 e3) estão interligadas entre si através de tubulação de servidão devido as casas se encontrarem em nível abaixo da Rua. Estas casas foram construídas pelo mesmo construtor. O sistema então é ligado à caixa de passagem na construtora da Rua AC nº 236 C2(lote5) que recebe além das águas pluviais da própria construtora toda a água proveniente das casas da Rua S nºs 333A, 333B, 317A e 317B (lotes 2 e 3). Tubulação da caixa de passagem da casa da Rua S, número 333A Além das águas pluviais o sistema recebe sujeira como folhas e areia proveniente das caixas de passagem. Declividade dos terrenos da Rua S Toda a água pluvial dos lotes 2 e 3da Rua S citados desaguam na caixa de passagem da construtora da Rua AC nº 236C (lote 5) que por sua vez lança na rede do sistema das casas da Rua AC nºs 248, 260, 272 e 284(lotes 6, 7, 8 e 9) da Construtora Pilar MG. Não foram apresentados documentos registrados em cartório ou por qualquer outro meio particular que comprovem a autorização de utilização do sistema de drenagem da Construtora Pilar MG. Frisa-se que o sistema de drenagem da Construtora Pilar foi dimensionado para atender somente a demanda das casas construídas por ela, ou seja, as casas da Rua AC nºs 248, 260, 272 e 284(lotes 6, 7, 8 e 9). Casa da Rua S, número 317A Caixa de passagem da Rua S, número 317A Além do sistema da Construtora Pilar MG não ter sido dimensionado para receber a água pluvial da Rua S e do lote 5(Rua AC) ainda existe a agravante do entupimento da tubulação por causa de sujeira advinda das caixas de passagem. Terreno da Rua AC, número 236 Cassa 2 – lote 5 Os terrenos da Rua AC são em declive havendo a necessidade da servidão de passagem de águas pluviais entre eles. O lote 5 da Rua AC, nº 236C2 recebe a água pluvial dos lotes 2 e 3 da Rua S e as água pluviais de seu terreno e lança na rede da Construtora Pilar MG. As casas da Construtora Pilar MG estão sofrendo alagamentos por causa do incremento de águas pluviais em seu sistema de drenagem. O volume de águas pluviais acrescido no sistema equivale a 75%. O sistema foi dimensionado para atender os lotes 6, 7, 8 e 9 onde foram construídas as casas da Construtora Pilar MG tendo sido acrescentado ao sistema de drenagem os lotes 2 e 3 da Rua S e lote 5 da Rua Ac sem redimensionamento da tubulação. Rua AC, número 272, casa 3 Detalhe da rede da Casa Fácil MG na casa 3, da Rua AC, número 272 Varanda e sala alagadas da casa 3 da Ru AC, número 272 Toda a casa foi alagada depois de precipitação pluviométrica de grande intensidade. O sistema não suportou o volume de águas pluviais. A casa teve que ser abandonada. Cozinha da casa alagada Quarto alagado durante a chuva Quintal da Casa da Rua AC nº 284 - lote 3 Além da sujeira advinda das caixas de passagem da Rua S, o sistema de drenagem executado pela Construtora Pilar MG está com a vazão da tubulação diminuída devido à sujeira dos quintais dos próprios moradores. Com a vazão diminuída e na ocorrência de precipitação pluviométrica de grande intensidade somado a topografia dos terrenos em declive e ao incremento ocasionado pelas águas lançadas pelos lotes 2 e 3 da Rua S e lote 5 da Rua AC o sistema não suportou provocando alagamentos nas casas. Detalhe do ralo 7. ANÁLISE TÉCNICA A figura 2 do laudo demonstra o funcionamento do sistema de drenagem dos lotes envolvidos quais sejam: lotes 2 e 3 da Rua S, lote 5 da Rua AC, e lotes 6, 7, 8 e 9 da Rua AC. De acordo com a análise do sistema de drenagem verifica-se a dependência dos lotes 2 e 3 do sistema de drenagem do lote 5 e a dependência do lote 5 do sistema de drenagem dos lotes 6, 7, 8 e 9 da Construtora Pilar MG. Verifica-se ainda uma dependência do sistema de drenagem da Construtora Pilar MG do sistema de drenagem do lote 10. Outras dependências não foram analisadas por não ser objeto do laudo. Devido à topografia dos terrenos a servidão de passagem de águas pluviais é inevitável, mas para a sua efetivação deve-se observar a capacidade do sistema de drenagem e a necessidade de obras complementares ou de aumento do dimensionamento da tubulação. De acordo com o Código Civil as servidões também devem ser registradas em cartório. O sistema deve ser calculado para o maior volume de precipitação pluviométrica. Em dezembro de 2011 registrou-se 606,4 mm contra 319,4 esperado para o mês. Em 24 horas, o maior volume registrado foi de 91,4 mm. Considerando que o sistema da Construtora Pilar MG foi dimensionado para atender os lotes 6, 7, 8 e 9 da Rua AC e que nestes terrenos foram executados dois ramais de tubulações independentes a vazão calculada que o sistema deve suportar atendendo apenas a seus terrenos é de 11,12 litros/segundo para o ramal que está sendo compartilhado com o lote 5 da Rua AC e consequentemente lotes 2 e 3 da Rua S. A capacidade de vazão do tubo de 000 mmé de 20 litros/segundo atendendo o sistema da Construtora Pilar MG, mesmo com o carreamento de pequenas porções de areia e coeficiente de segurança. 8. CONCLUSÃO O sistema de drenagem da Construtora Pilar MG atende os lotes 6, 7, 8 e 9 da Rua AC nºs 248, 260, 272 e 284. O sistema de drenagem da Construtora Pilar não suporta o incremento de águas pluviais dos lotes 5 da Rua AC e lotes 2 e 3 da Rua S e caixas de passagem, inclusive não tendo sido autorizado o uso da rede que passa pelas casas da Rua AC nºs 248, 269, 272 e 284 pela Construtora Pilar MG. A vazão da rede pluvial está sendo diminuída por causa de sujeira lançada na rede pelos moradores. De acordo com o Código Civil a servidão deve ser registrada em cartório. 9. ENCERRAMENT O Este laudo possui 00 páginas e foi realizado em conformidade com as normas da ABNT vigentes e a vistoria mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos necessários ao atendimento do objetivo do laudo atendendo aos preceitos do Código de Ética Profissional. Belo Horizonte, 09 de dezembro de 2000. Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil CREA 94061D/MG LAUDO 7: Condomínio contrata para se verificar as causas de patologias e se determinar a r esponsabilidade. LAUDO TÉCNICO 1.Contratado: LDO avaliações e perícias Ltda. Responsável técnico: Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil – CREA 94061D/MG Membro ASPEJUDI Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2.Solicitante: Edifício Diamante Rua Diamante, 16 Bairro: Ametista Belo Horizonte/MG 3.Data de r eferência da vistoria: Vistoriado: 19/10/2000. 4. OBJETIV O Verificação estrutural do muro de divisa do Edifício Diamante localizado à Rua Diamante,16 – bairro Ametista com o Edifício Durval Batista localizado à Rua Senhora das Mercês, 00. 5. LOCALIZAÇÃO O Edifício Diamante localiza-se à Rua Diamante, 16 – bairro Ametista – Belo Horizonte/MG. Foto aérea de localização 6. DA VISTORIA Em vistoria no dia 06 de outubro de 2000 verificou no muro de divisa entre os Edifícios Diamante e Durval Batista patologias como fissuras e infiltrações na garagem do Edifício Diamante e rachaduras no muro na entrada da garagem do Edifício Durval Batista. Trinca no muro do Edifício Diamante Os edifícios têm muros independentes e contíguos, mas as fissuras nas proximidades do portão da garagem do Edifício Durval Batista aparecem em ambos os lados e muros. O portão da garagem do Edifício Durval Batista é automático e tem um braço fixado no muro do Edifício Diamante. Rachadura nas proximidades do portão. Em análise do funcionamento e fixação do portão verificou-se que sua fixação é feita no piso e viga da garagem através de rolamentos. Rolamento na parte superior do portão O portão é puxado por braço perpendicular através da força do motor ligado a ele. Realizado testes não se verificou trepidações ou a transmissão do torque do motor para o muro. O braço do portão foi fixado no muro do Edifício Diamante A laje acima do portão no Edifício Durval Batista apresenta infiltrações que estão favorecendo o aparecimento de fissuras e trincas em ambos os lados dos muros. Laje da garagem do Edifício Durval Batista com infiltrações. Ralo na laje do Edifício Durval Batista entupido. O empoçamento de águas pluviais junto ao muro, devido ao entupimento do ralo, provoca infiltrações e enfraquecimento da alvenaria facilitando o aparecimento de trincas. Outro ponto a se observar é que o muro não tem proteção através de rufo em sua parte superior facilitando também que águas pluviais se infiltrem. Verifica-se uma confluência de fatores que colaboram para o aparecimento de trincas no muro nas proximidades do portão da garagem do Edifício Durval Batista: Impermeabilização do jardim no pilotis do Edifício Diamante. Ralo entupido na laje do Edifício Durval Batista e falta de impermeabilização da laje com caimento junto ao muro. Fixação do portão na alvenaria do muro. Raiz da árvore no jardim do Edifício Diamante. Chumbamento do portão antigo do Edifício Durval Batista O portão antigo do Edifício Durval Batista era fixado diretamente no muro e o esforço de abertura era feito diretamente na alvenaria o que provocou trincas no muro. Verifica-se que o principal ponto de fragilidade do muro é exatamente onde o antigo portão foi fixado. Outro ponto de infiltração no muro são os postes da tela fixados no muro. O local da fixação e a abertura dos tubos na parte superior facilitam a infiltração de águas pluviais. Ponto de fixação de poste. No lado do Edifício Durval Batista o muro não é rebocado, apenas chapiscado sendo também ponto vulnerável a infiltrações. Verifica-se inclusive que parte do muro se encontra sem nenhuma proteção. Ponto de infiltração no muro do Edifício Durval Batista No trecho sem proteção do muro verifica-se a infiltração na garagem do Edifício Diamante. Infiltração na garagem no trecho sem reboco do Edifício Durval Batista Entre o muro e a laje da garagem do Edifício Diamante verifica-se a ocorrência de uma abertura por onde estão se infiltrando águas pluviais provenientes da quadra. Estas infiltrações estão provocando a oxidação da armadura da viga na garagem. Infiltração entre o muro e a laje da garagem. A oxidação da viga encontra-se em estágio avançado sendo necessário a sua imediata recuperação estrutural. As infiltrações estão provocando problemas estruturais Armaduras oxidadas encobertas A oxidação da armadura já provocou perda de área útil e pode comprometer a estrutura de uma forma geral. Além das infiltrações provocadas pela penetração de águas pluviais pelas frestas verifica-se também vazamento nos ralos, principalmente no ralo do chuveiro da quadra. Vazamento na área do chuveiro. Infiltração do ralo. Pelas características o vazamento também está ocorrendo na canalização de chegada de água no chuveiro. Deve-se observar que ocorrida à infiltração independentemente da causa, os tijolos que são furados ficam encharcados e lajes, vigas e pilares também absorvem a água que demora muito tempo para secar danificando o muro e estrutura lentamente. Depois de infiltrada a água e após cessada a causa da infiltração os efeitos podem durar mais de 4 meses, ou seja, para que o muro e estrutura sequem leva muito tempo corroendo a estrutura e fragilizando a alvenaria. 7. MEDIDAS MITIGADORAS 7.1. Trincas e rachaduras no mur o junto ao portão da garagem do Edifício Durval Batista Causas A principal causa da trinca foi o funcionamento do antigo portão que era fixado no muro que fragilizou a alvenaria. Fixação do braço do novo portão no muro do Edifício Diamante. Ralo com entupimento na laje da garagem do Edifício Durval Batista. Raiz da árvore do jardim do Edifício Diamante. Medidas mitigadoras Fixação do braço do portão do Edifício Durval Batista em coluna a ser executada no muro do próprio edifício retirando a fixação do muro do Edifício Diamante. Manutenção do ralo e tubulação de água pluvial da laje sobre a entrada da garagem do Edifício Durval Batista. Retirada da árvore do jardim do Edifício Diamante com autorização da Prefeitura, pois as raízes podem trazer risco à estabilidade do muro. Verificação da impermeabilização do jardim do Edifício Diamante. 7.2. Infiltrações nas fr estas do mur o da garagem Causas Pequeno recalque da fundação do muro, mas sem consequências estruturais. Vazamentos nos ralos, principalmente o do chuveiro. Falta de rufo nos muros de divisa. Possíveis furos nos tubos da grade da quadra. Falta de reboco no muro do Edifício Durval Batista. Medidas mitigadoras Vedar a fresta na quadra com EPS e selante PU 30 da Quartzolit. Substituir o ralo do chuveiro da quadra. Colocar rufos no muro de divisa. Verificar se os tubos da grade da quadra se encontram fechados. Rebocar o muro do Edifício Durval Batista. 7.3. Oxidaçãoda viga da garagem Causas: Infiltrações da quadra e ralos. Medidas mitigadoras: Demolir o concreto superficial danificado da viga. Limpar a ferragem com escova de aço para retirar o excesso de ferrugem. Se a perda de área da ferragem for muito grande soldar nova ferragem em trecho não oxidado. Aplicar Fundo Convertedor de Ferrugem (PCF – Quimatic) na armadura oxidada que foi limpa. Cobrir a viga com concreto estrutural de alta resistência – Graute/Weber Quartzolit. 8. ENCERRAMENT O Este laudo possui quinze páginas e foi realizado em conformidade com as normas da ABNT vigentes e a vistoria mediante exame circunstanciado e descrição minuciosa dos elementos necessários ao atendimento do objetivo do laudo atendendo aos preceitos do Código de Ética Profissional. Belo Horizonte, 13 de outubro de 2000. Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil CREA 94061D/MG LAUDO 8: Condomínio contrata para verificar as causas de patologi as e laudo para ingr essar com ação na justiça contra construtora. LAUDO TÉCNICO 1.Contratado: Lincoln Dias Oliveira Engenheiro Civil – CREA 94061D/MG Endereço: Rua Pouso Alegre, 1435 – loja 11 Bairro: Floresta Belo Horizonte – MG Fones: (31) 34818836 (31) 87871110 2.Contratante: Condomínio do Edifício Residencial São Jerônimo Rua Cláudio Martins, 173 - Bairro Bragança Belo Horizonte/MG 3.Data de r eferência da vistoria: Vistoriado: 22/02/2013. 4. OBJETIV O Trata-se de perícia para se verificar os riscos, condições estruturais e patologias apresentadas no Condomínio do Edifício São Jerônimo em virtude do aparecimento de trincas no edifício. Por se tratar de Edifício ainda no período de garantia legal, este laudo também objetiva a interrupção da mesma até sanados os problemas. 5. LOCALIZAÇÃO O imóvel periciado localiza-se à rua Cláudio Martins, 173 no bairro Bragança em Belo Horizonte/MG. Vista aérea da localização do Edifício 6. DA VISTORIA Fachada do Edifício São Jerônimo O Edifício São Jerônimo localiza-se nas esquinas das Ruas Cláudio Martins com rua setenta e um. A rua setenta e um não se encontra pavimentada. A vegetação entre os prédios é a rua Setenta e um que não se encontra pavimentada. A topografia do terreno onde se localiza o Edifício São Jerônimo é bastante acidentada tendo no seu afastamento central uma contenção de 4,00 metros e um desnível total de 25,00 metros. Vista em corte do edifício O Edifício foi construído sobre uma grelha de pilares e vigas que formam o seu sistema estrutural que se apoia na fundação. Grelha que forma o sistema estrutural do Edifício São Jerônimo O Edifício é composto por 10 apartamentos, pilotis e subsolo onde se localiza a garagem do edifício. Verificou-se na vistoria trincas no muro próximo a entrada do edifício na rua Cláudio Martins. Estas trincas já apareceram anteriormente já que foram observados sinais da sua recuperação. Trincas no muro Estas trincas apareceram no alinhamento do muro de contenção do edifício que faz a divisão entre o afastamento frontal e a estrutura principal do edifício. Além destas verificou-se também uma movimentação do muro junto a estrutura do edifício no lado oposto junto a rampa de entrada de veículos. O muro se movimentou e encontra-se fora de prumo. Ocorreu um recalque na fundação do muro que se encontra antes do muro de contenção em área aterrada. Fissura no nível do subsolo – piso da garagem Fissura entre a parede e a laje do subsolo Fissuras paralelas na laje da garagem As patologias não foram verificadas na estrutura central do edifício, mas se concentraram no muro de contenção, paredes, lajes, vigas e pilares do subsolo, nível da garagem, junto às divisas. Fissura no piso da garagem. A estrutura do subsolo foi atingida alcançando pilares e vigas importantes do subsolo. Fissura no muro de contenção no nível do subsolo-garagem. Pilar fissurado no subsolo O pilar apresenta fissuras paralelas e equidistantes em toda a sua extensão. A parede da garagem encontra-se com diversas fissuras equidistantes. A fissuração segue um padrão e atinge, como já dito, as paredes do subsolo próximas ao muro de contenção, laje, piso, pilares e vigas. As fissuras foram verificadas até o 5º pilar, contados do muro de contenção em direção aos fundos do edifício. No lado oposto verificou-se que na linha da rampa de entrada de veículos, no subsolo também apareceram fissuras. Fissura na linha da rampa de veículos no subsolo Vista geral da fissuração na rampa de veículos Desenho esquemático: as fissuras apareceram entre os pilares numerados, muro de contenção e rampa da garagem. Vista no interior da grelha, abaixo do piso da garagem, Ao fundo o muro de contenção. Divisa de fundos do terreno do Edifício Residencial San Leon. Observou-se que entre o terreno do Edifício São Jerônimo e o vizinho de fundos não existe muro divisório. Ocorre que no terreno vizinho já ocorreu terraplenagem fazendo com que os pilares de divisa do Edifício São Jerônimo fiquem desprotegidos. Com a terraplenagem criou-se um desnível com ângulo próximo a 90º facilitando o carreamento do terreno sob o Edifício São Jerônimo e prejudicando o seu sistema estrutural. Além das patologias de ordem estrutural verificou-se ainda alguns vícios construtivos os quais são detalhados a seguir: Calcinação causada por falha na impermeabilização do jardim O portão da garagem está sofrendo corrosão devido a gotejamento do jardim. Detalhe do jardim no pilotis. A falha na impermeabilização está provocando gotejamento na garagem do edifício São Jerônimo. O piso de armazenagem dos botijões de gás está inadequado e facilita a corrosão. Entre a porta do salão de festas e o jardim não há desnível o que provoca a entrada de águas pluviais. Algumas peças cerâmicas do piso estão se soltando entre a área coberta do pilotis e a quadra. Entre a parte com piso cerâmico e a quadra no pilotis está ocorrendo a quebra do concreto. 7. CONSIDERAÇÕES TÉCNICAS 7.1. Fissuras na garagem Considerando que as fissuras são perpendiculares a seção dos pilares e equidistantes entre si, considerando que as fissuras na laje da garagem são paralelas e perpendiculares ao esforço e considerando que as fissuras são transversais nas paredes conclui-se que está ocorrendo um recalque diferencial no muro de contenção e pilares já enumerados no laudo adjacentes a rua setenta e um. Risco: Não existe risco a curto prazo, no entanto se não forem tomadas as medidas corretivas a patologia não se estabiliza. Medidas mitigadoras: Reforço da fundação dos pilares citados ou inserção de novos pilares entre estes com profundidade adequada a carga e reforço na fundação do muro de contenção. 7.2. Fissuras na rampa da garagem Uma das caixas d’água do edifício São Jerônimo localiza-se abaixo da rampa. Devido a carga advinda da mesma está ocorrendo um recalque do solo. Risco: Não existe risco a estrutura do prédio. Medidas mitigadoras: é necessário reforço da fundação sob a laje onde se apoia a caixa d’água. 7.3. Recalque do mur o junto a rampa Considerando que o muro está na parte do terreno onde ocorreu aterro verificou-se que houve um recalque de sua fundação. Risco: Existe risco de desabamento do muro, já que o mesmo se encontra desaprumado. Medidas mitigadoras: reforço da fundação do muro junto a rampa. 7.4. Impermeabilização do jardim Considerando as infiltrações verificadas na laje da garagem ocorreu falha na impermeabilização do jardim. Risco: não existe risco a estrutura a curto prazo, mas a longo prazo pode ocorrer corrosão das armaduras da laje da garagem sob o jardim. Medidas mitigadoras: refazer a impermeabilização do jardim. 7.5. Mur o divisório de fundos Considerando que o desnível entre a rua Cláudio Martins e a rua Maria Cândida Soares é de aproximadamente 30,00 metros e que o terreno que faz divisa de fundos com o terreno do Edifício São
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