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Contabilização das Operações

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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
Contabilização das Operações
Licenciatura em Gestão Portuária
Nacala-Porto, Novembro de 2020
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
EXTENSÃO DE NACALA-PORTO
Contabilização das Operações
Licenciatura em Gestão Portuária 
	Trabalho de caráter avaliativo, será entregue na UCM – Extensão de Nacala-Porto, na disciplina: Contabilidade Financeira, no curso de Lic. em Gestão Portuária, 1º ano, II Semestre, Diurno.
Nacala-Porto, Novembro de 2020.
Índice
Introdução	4
Objectivos	5
Geral	5
Específicos	5
Contabilização Das Operações	6
Depósitos	6
Modalidades De Depósitos	7
Reservas Legais E Multiplicador Monetário	8
Transferências	10
Levantamentos	10
Compensação De Cheques	10
Cheque	10
Cheques Cruzados E Endosso, Aval E Pagamento De Cheques	12
Contabilização	13
Juros De Depósitos	14
Contabilização	14
Calculo De Juros Ao Custo Amortizado	15
Casos Práticos	16
Operações Em Divisas	18
Contabilização	18
Créditos Documentários	19
Garantias	19
Conclusão	21
Referencias Bibliografia	22
Introdução
Em um mundo extremamente competitivo, as empresas estão recorrendo cada vez mais aos mecanismos de proteção contra os riscos, sejam estes quais forem. Dessa forma o presente trabalho abordara a cerca da contabilização das operações, onde Ira se dar a conhecer como a contabilização é feita e os cálculos necessário para chegar a um resultado ou valor a ser pago, ou seja, para que as empresas possam se proteger de variações desfavoráveis ocorridas em seus ativos ou passivos, ao longo do tempo. A contabilização das operações é um mecanismo de proteção contra os riscos, sejam estes quais forem. São realizadas pelas empresas com o objetivo de gerar recursos financeiros.
Objectivos
Geral
· Falar da contabilização das operações.
Específicos
· Como são feitas as contabilizações das operações;
· Como são feitos os cálculos dos juros;
· Como são feitos os lançamentos no diário;
· Como é feito o balanço.
Contabilização Das Operações 
A contabilização de operações financeiras é feita por etapas, onde cada tipo de lançamento deve ser feito em um momento específico. São operações realizadas pelas empresas com o objetivo de gerar recursos financeiros (Caiado, 2019).
Depósitos
O depósito é um contrato entre uma instituição de crédito e o depositante, pelo qual a primeira se compromete a restituir a este o valor que lhe confiou previamente em depósito e, caso assim seja acordado, a pagar-lhe juros a uma determinada taxa, fixa ou variável (Caiado, 2019).
Os depósitos constituem a fonte de fundos dos bancos mais importante, tal como o credito a clientes é a sua principal aplicação. Daí que as autoridades monetárias estejam atentas à sua evolução, uma vez que contribuem significativamente apuramento da massa monetária e dos agregados monetários (Caiado, 2019).
Os depósitos constituídos nos bancos, e noutras instituições monetárias, revestem as modalidades de depósitos à ordem, com pré-aviso, a prazo, a prazo não mobilizáveis antecipadamente, constituídos em regime especial e constituídos ao abrigo de legislação especial.
Para efeitos de registo contabilístico, os depósitos estão classificados em residentes e não residentes. A seguir são distribuídos por depósitos do setor público administrativo, depósitos de emigrantes e depósitos de outros residentes. Finalmente, estes últimos compreendem as modalidades de depósitos à ordem, depósitos com pré-aviso, depósitos a prazo, depósitos de poupança, depósitos obrigatórios e outros (Caiado, 2019).
As operações sobre depósitos envolvem a constituição junto de uma instituição monetária, a transferência de modalidades, o levantamento no fim do prazo estabelecido, ou antecipado, o que dá origem a penalizações nos juros. (Caiado, 2019). 
Modalidades De Depósitos
Os depósitos nos bancos, e noutras instituições monetárias, revestem as modalidades de depósitos à ordem, com pré-aviso, a prazo, a prazo não mobilizáveis antecipadamente, constituídos em regime especial e constituídos ao abrigo de legislação especial (Caiado, 2019).
Depósitos À Ordem
Nesta modalidade, a entidade está obrigada a restituir ao depositante em qualquer momento o dinheiro que este lhe confiou, a troco de uma remuneração ou não, podendo ser mobilizado por cheque, ordem de pagamento, transferência ou cartão de pagamento (Caiado, 2019).
Depósitos Com Pré-Aviso
O depositante assume o compromisso de não efetuar levantamento sem primeiro avisar por escrito o banco depositário, o qual, na altura de reembolso, restitui o capital depositado e os respetivos juros (Caiado, 2019).
Depósitos A Prazo
Os fundos mantem-se imobilizados durante o prazo fixado na constituição do deposito, o qual são restituídos ao depositante acrescido do juro acordado, embora em certas situações esses fundos possam ser reembolsados antes do prazo com as competentes penalizações (Caiado, 2019).
 Depósitos A Prazo Não Mobilizáveis Antecipadamente
Os fundos depositados são apenas exigíveis no fim do prazo contratado, não podendo ser reembolsáveis antes do decurso desse mesmo prazo (Caiado, 2019).
Depósitos Constituídos Em Regime Especial
Trata-se de depósitos criados livremente pelas instituições de crédito, devendo ser dado conhecimento das suas caraterísticas, com antecedência mínima de 30dias (Caiado, 2019).
Depósitos Constituídos Por Legislação Especial
São aqueles que são constituídos de acordo com a legislação publicada para determinadas finalidades, como acontece com os depósitos da conta poupança-reforma e da conta poupança-habitação (Caiado, 2019).
Reservas Legais E Multiplicador Monetário
A constituição de reservas legais, ou reservas mínimas obrigatórias, constitui um dos instrumentos da política monetária, tal como a emissão de papel-moeda, a fixação da taxa de desconto pelo banco central, a compra e venda de títulos de dívida pública pelo banco central, o controlo da liquidez, o controlo do crédito e a fixação de taxas de juro (Caiado, 2019).
Assim, caso haja necessidade de dinamizar a atividade económica, a autoridade monetária cria condições para a expansão da massa monetária através de medidas, tais como a diminuição das taxas de redesconto e de reservas legais, a par de incentivos ao investimento e à remuneração da poupança (Caiado, 2019).
Em relação às reservas legais, as outras instituições monetárias (OIM), têm a faculdade de receber depósitos, também possuem meios para criar moeda.
Com efeito, as notas emitidas pelo banco central estão em poder dos agentes económicos não monetários (empresas não financeiras, particulares e entidades públicas) ou então estão na posse das OIM. 
Estes agentes económicos podem simplificadamente, ter três atitudes:
· Retém toda a moeda que possuem;
· Depositam toda a moeda nas OIM; e
· Mantêm uma parte da moeda em seu poder para fazer face as necessidades quotidianas e depositam a parte restante nas instituições monetárias (Caiado, 2019).
Esta última atitude é a mais habitual, apesar de se verificar que isso depende vários fatores, como a evolução da inflação, do desemprego, das taxas de juro, da conjuntura política, económica e social e do grau de liquidez da economia (Caiado, 2019).
Por exemplo, no caso de o coeficiente de reservas ser de 1%, que é a situação atual na zona euro, após 2% até ao início de 2012, é possível emprestar 99% do total dos depósitos e, se for 10%, apenas se pode emprestar 90%. Na etapa seguinte, considerando o coeficiente de 10%, admitindo que os agentes económicos depositam nos bancos a moeda de que dispõem, 90%, como estes têm de criar 10% de reservas legais, apenas podem emprestar 81% (90% - 9%) (Caiado, 2019).
Nas etapas seguintes, mercê da obrigatoriedade de constituir reservas legais, o caudal monetário vai-se enfraquecendo pouco a pouco até ficar extinto. Isto resulta de um processo expedito, deduzido por via matemática, para medir a expansão da massa monetária, já que os circuitos da moeda são naturalmente inúmeros e complexos (Caiado, 2019).
Assim, na hipótese de a constituição de reservas serúnica fuga ao circuito monetário, o multiplicador obtém-se através do calculo do inverso do coeficiente de reservas legais, isto é, sendo K o multiplicador e Rl o coeficiente, M a massa monetária, Re as reservas excedentárias, e AM o aumento da massa monetária (Caiado, 2019).
No caso de a moeda não voltar toda aos bancos, ficando parte na posse do setor não financeiro e designando essa percentagem por c, igual a C/M, denominado coeficiente de preferência pela liquidez, resulta um maior afrouxamento do caudal monetário (Caiado, 2019).
Considere-se, ainda, que a base monetária, BM, sofre um aumento, igual a ABM. Designando por c' o coeficiente de circulação em relação aos depósitos totais , o acréscimo da massa monetária (Caiado, 2019).
Transferências
Na movimentação de contas de depósitos, surgem com frequência transferências entre modalidades de depósitos e também entre entidades depositantes. São frequentes transferências de depósitos à ordem para depósitos a prazo e vice-versa, assim como de outras transferências de contas (Caiado, 2019).
Noutras situações, assiste-se à transferências de contas em nome de depositantes para outros depositantes de natureza diferente. Por vezes, também sucede a transferência de fundo de contas ordem de um agente residente para outro agente não residente ou outros tipos de depositantes não residentes (Caiado, 2019).
Levantamentos
Os agentes econômicos que constituem depósitos à ordem nos bancos e outras instituições de credito podem efetuar, obviamente, o seu levantamento em qualquer momento (Caiado, 2019).
A definição refere que são instituições de credito esta associada à resseção e ao reembolso de depósitos, conforme o estabelece o Regime Geral de Instituições de Credito e Sociedades Financeiras (Caiado, 2019).
Tal definição refere que são instituições de credito as empresas cuja atividade consiste em receber do publico, depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de aplicarem, por conta própria, mediante a concessão de credito (Caiado, 2019).
Compensação De Cheques
Cheque
A Lei Uniforme Relativa ao Cheque, estabelecida pela convenção assinada em Genebra em 13 de maio de 1931, foi DL n.o 23.721, de 29 de março de 1934.
O cheque é o escrito pela qual uma pessoa ordena a um seu deposito de valores monetários que lhe pague a si, ou outra pessoa que nomeia ou não, uma determinada quantia em dinheiro (Caiado, 2019).
A pessoa que passa o cheque denomina-se sacador, que paga essa quantia chame-se sacado e a pessoa a favor de quem é passado designa-se beneficiário (Caiado, 2019).
Quando no cheque se indica o nome do beneficiário, o cheque diz-se nominativo e , quando tal não acontece, o cheque diz-se ao portador (Caiado, 2019).
O cheque contem:
1. A palavra “Cheque” inserta no próprio texto de titulo e expressa na língua empregada para a redação desse titulo.
2. O mandato puro e simples de pagar uma quantia determinada.
3. O nome de quem deve pagar (sacado).
4. A indicação do lugar em que o pagamento se deve efetuar.
5. A indicação da date em que e do lugar onde o cheque é passado, e
6. A assinatura de quem passa o cheque (sacador). (Caiado, 2019).
Este titulo de credito só pode ser emitido sobre um banqueiro que tenha fundos, ou uma provisão, à disposição do sacador. A lei considera criminosa e pune a emissão de cheques sem provisão ou cobertura pra o seu pagamento (Caiado, 2019).
O cheque pode ser feito pagável:
a) A uma determinada pessoa, com ou sem clausula expressão “à ordem”;
b) A uma determinada pessoa, com a clausula “não à ordem”, ou outra equivalente;
c) E ao portador (Caiado, 2019).
O cheque passado a favor de uma determinada pessoa, mas que contenha a menção “ou ao portador”, ou outra equivalente, é considerado como cheque ao portador e o cheque sem identificação do beneficiário é considerado também como sendo ao portador. O cheque pode ser passado à ordem do sacador, que é o que acontece quando uma pessoa com conta ordem no banco passa um cheque para ela própria proceder ao levantamento parcial, ou total, dos fundos nela depositados (Caiado, 2019).
Cheques Cruzados E Endosso, Aval E Pagamento De Cheques
Cheques Cruzados
Os cheques cruzados contem na frente duas linhas ou barras paralelas traçadas. Os seus detentores tem de os depositar numa conta bancaria. O banco depositaria procede depois à sua cobrança junto da conta sacada (Caiado, 2019).
O cruzamento dos cheques é geral quando consiste apenas nos dois traços paralelos, ou entre eles esta escrita a palavra “banqueiro” ou outra equivalente.
O cruzamento é especial quando tem escrito entre os dois traços o nome de um banqueiro. Um cheque com cruzamento geral só pode ser pago pelo sacado a um banqueiro ou a um cliente do sacado. Um cheque com cruzamento especial só pode ser pago a um banqueiro designado ou, se este é o sacado, ao seu cliente (Caiado, 2019).
Endosso
O cheque nominativo, como tem a natureza de titulo à ordem, é transmissível por meio de endosso. No entanto, tal não acontece quando contem clausula “não à ordem”, ou outra equivalente, sendo, neste caso, apenas transmissível pela forma e com os efeitos de uma cessão ordinária (Caiado, 2019).
O endosso ao portador vale como endosso em banco, sendo nulo o endosso parcial e o endosso feito pelo sacado. O endosso deve ser escrito no próprio cheque ou numa folha ligada a este (anexo) e deve ser assinado pelo endossante (Caiado, 2019).
Aval
O pagamento do cheque pode ser garantido no todo ou em parte do seu valor por aval. O aval é dado sobre o cheque ou sobre a folha anexo e exprime-se pelas palavras “bom para aval”, ou por qualquer outra forma equivalente, sendo assinado pelo avalista. Este deve ter sempre o cuidado de indicar pessoa por quem se responsabiliza, mas, na falta desta indicação, o aval considera-se como sendo prestado ao sacador (Caiado, 2019).
O avalista é responsável da mesma forma que a pessoa que ele garante e, desde que pague o cheque, o avalista adquire os direitos resultantes dele contra o garantido e contra os obrigados para com este em virtude do cheque (Caiado, 2019).
Pagamento
O cheque é pagável logo que seja apresentado ao sacado. O cheque passado num país diferente daquele onde é pagável apresentar-se-á a pagamento no prazo de 20 dias a contar do dia de emissão se os dois países estiverem situados na mesma parte do mundo (Europa, Ásia, África, América e Oceania) e, no prazo de 70 dias, em partes diferentes (Caiado, 2019).
Contabilização
Diariamente, cada banco recebe ao balcão uma serie de cheques, uns sacados sobre contas da sua carteira de depósitos (cheques emitidos pelo banco) e outros sacados sobre contas abertas noutros bancos (cheques emitidos por estes bancos). (Caiado, 2019).
No grupo dos cheques emitidos pelo banco, alguns são para serem pagos de imediato e os restantes destinam-se a debitar as respetivas contas por credito de outras contas abertas no próprio banco ( transferências entre contas do banco). (Caiado, 2019).
No grupo dos cheques emitidos por outros bancos, os cheques recebidos tem de ser cobrados nos bancos onde estão domiciliadas as contas à ordem a que respeitam. São os chamados cheques favoráveis. Constituem transferências de fundos dos bancos emitentes para o banco receptor.
Entretanto, este banco vê-se confrontado com cheques que são depositados noutros bancos e sacados sobre s contas da sua carteira. São os cheques desfavoráveis. Este caso assiste-se à transferência de fundos do banco par os outros bancos onde os cheques foram apresentados (Caiado, 2019).
Juros De Depósitos
Como já se referiu, os depósitos constituídos junto das instituições bancarias vencem juros segundo uma taxa acordada entre o depositante e a entidade depositaria. No entanto, tal não sucede em geral com os depósitos à ordem, os quais estão ainda sujeitos determinados custos para os depositantes, como comissões de gesto e despesas de manutenção (Caiado, 2019).
A taxa de juros pode ser fixa ou variável, sendo esta normalmente indexada à taxa euribor (european interbank offered rate). Isso não abstém a quetaxa do deposito seja indexada a outras taxas, como a Libor ( London interbank offered rate), a Nibor (New York interbank offered rate) e muitas outras publicadas diariamente em boletins oficias (Caiado, 2019).
Os juros dos depósitos constituem um encargo para o banco depositaria e um proveito para os depositantes. Sendo assim, os bancos têm de proceder à imputação dos encargos de acordo com o período em que o deposito esta em seu poder, quer pelo sistema tradicional, quer pelo método do custo amortizado (Caiado, 2019).
Ora, sendo habitual os juros serem pagos no fim de cada período que foi objeto do contrato assinado entre o depositante e o banco depositário, é necessário imputar parte dos juros que respeita a cada mês, designada minusculização, ou, como é mais desejável e mesmo praticável, a parte dos juros referente a cada dia.
Contabilização
O Plano de Contas para o Sistema Bancário (PCSB), aplicável às instituições de crédito e às sociedades financeiras sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, permite a desagregação das rubricas da Situação Analítica, instituída na sequência da adoção das normas internacionais de contabilidade por parte das entidades competentes da União Europeia (Caiado, 2019).
Para facilitar a identificação dos depósitos em carteira por modalidades, adicionaram-se os algarismos 0, 1, 2, 3, 4 e 8, respetivamente para as modalidades a ordem, com pré-aviso, a prazo, de poupança, obrigatórios e outros depósitos: 
Antes dos lançamentos no diário, indicam-se algumas abreviaturas, se compreender a designação das rubricas envolvidas (Caiado, 2019).
· JES - Juros e encargos similares. 
· EP - Encargos a pagar. 
· RC- Recursos de clientes. 
· COR - Credores e outros recursos. 
· SPA - Setor público administrativo.
Calculo De Juros Ao Custo Amortizado
Em 1 de maio do no N, o BANCO fez um contrato com o Sr. Américo relativo a um deposito a prazo de 3 messes, no valor de 10 mil euros, vencendo juros à taxa anual de 4%. (Caiado, 2019).
a) Calcular o valor dos juros a imputar em cada mês pelo BANCO pelo método do custo amortizado.
b) Comparar os juros efetivos com os obtidos pelo sistema tradicional (imputação proporcional).
Resolução
a) Calculo dos juros a imputar em cada mês pelo método do custo amortizado.
Para mensualizar os custos, há que calcular taxa efetiva do deposito para o mês, recorrendo à formula: .
Quadro dos juros mensais- custo amortizado (CA)
	Meses
	CA inicial
	Juros imput.
	Fluxos caixa
	CA final
	
	(1)
	(2)
	(3)
	(4) = (1+2-3)
	Maio
	10.000,00
	33,22
	
	10.033,22
	Junho
	10.033,22
	33,34
	
	10.066,56
	Julho
	10.066,56
	33,44
	10.100,00
	0,00
Fonte: (Caiado, 2019).
b) Comparação com o sistema tradicional
Pelo critério do custo amortizado, os juros mensais crescem ao longo do exercício, como se verificação no quadro junto (33,22, 33,34 e 33,44 euros).
No sistema tradicional, que ainda se aplica para operações não materialmente relevantes, o valor dos juros cobráveis, 100 euros (1000 x 4% / 4), divide-se pelo numero de messes de vida do deposito, 3, e a seguir imputa-se o resultado a cada mês, 33,33 euros (imputação proporcional de juros).
Ou seja, enquanto no sistema tradicional o valor a imputar é constante, no sistema do custo amortizado os valores mensais vão aumentando durante o prazo do deposito (Caiado, 2019).
Casos Práticos
Abertura De Credito Irrevogável
O BANCO e a EMPRESA assinam, em 30 de junho, um contrato de abertura de credito firme e irrevogável, de 500 mil euros, valido por 1 mês, vencendo o credito utilizado juros à taxa Euribor +3%. Sabendo que a EMPRESA levanta, através de cheque, os 500 mil euros em 1 de julho e a liquidação ocorre em 1 de gosto (Euribor, 3%), sendo o imposto de selo sobre o contrato e os juros pagos de 0,04% e 4%, respetivamente (Caiado, 2019).
a) Calcular os juros e imposto de selo sobre o credito e os juros.
b) Registar no diário do BANCO as operações e elaborar o balanço em 1/07 e 1/08.
Resolução
a) Calculo dos juros e do imposto de selo
b) Registo no diário e elaboração do balanço
Diário
	Operações 
	Contas 
	Debito 
	Credito 
	
Abertura de credito 
	Em 30/06/N
	
	
	
	+92030 CPT/CI/Linhas cred. Irrevog/Res.
	500.000
	
	
Utilização 
	Em 01/07/N
	
	
	
	+92030 CPT/CI/Linhas cred. Irrevog/Res.
	
	500.000
	
	
	
	400020 RC/Depósitos/O.res/DO
	500.000
	
	
	5488 OCR/OOR/O. oper. a regularizar
	
	499.800
	
	513140 SPA/IS/U. créditos
	
	200
	
	
	
	5488 OCR/OOR/O. oper. a regularizar
	499.800
	
	
	101 CDBC/DOBC
	
	499.800
	
Reembolso 
	Em 01/08/N
	
	
	
	101 CDBC/DOBC
	502.600
	
	
	400020 RC/Depósitos/O. res/DO
	
	500.000
	
	79040003 JESJCC/Descob. em DO
	
	2.500
	
	513142 SPA/IS/J. e comissões 
	
	100
Fonte: (Caiado, 2019).
Balanço
	
	1/07
	1/08
	
	1/07
	1/08
	400020 RC/O. res/ DO
	500.000
	
	101 CDBC/DOBC
	499.800
	
	101 CDBC/DOBC
	
	2.800
	513140 SPA/IS/U. créditos
	200
	200
	
	
	
	79040003 JES/D. DO
	
	2. 500
	
	
	
	513142 SPA/IS/J. e comissões 
	
	100
	
	500.000
	2.800
	
	500.000
	2.800
Fonte: (Caiado, 2019).
Operações Em Divisas
Conceito De Operação Cambial
Uma operação cambial sobre moedas consiste num acordo entre duas entidades, no qual ambas se comprometem a trocar uma moeda por outra, numa certa data, a um determinado preço ou cotação.
A cotação de uma moeda em relação a outra moeda exprime-se por uma fração, que tem no numerador a unidade de moeda que serve de referência, e, no denominador, a quantidade da outra moeda equivalente à primeira (Caiado, 2019).
Nas grandes praças mundiais, a cotação da moeda doméstica ou nacional, ou moeda, é a que aparece no numerador da fração, que se designa por cotação ao certo. Isto significa a quantidade de moeda estrangeira, ou divisa, que se pode comprar ou vender com uma unidade de moeda nacional (Caiado, 2019).
Ao invés, nas praças de reduzida importância, em que a moeda nacional ou domestica, aparece no denominador, tem-se a cotação ao incerto, ou seja, a cotação expressa a quantidade de moeda nacional que se pode comprar ou vender com uma unidade de moeda estrangeira (Caiado, 2019).
Os câmbios de divisas podem ser à vista e a prazo, designados na terminologia inglesa, por spot e forward, respetivamente. No câmbio à vista o preço é o que vigora no dia e, caso seja feita uma operação cambial, a entrega física das moedas envolvidas concretiza-se dentro dos dois dias úteis subsequentes. No cambio a prazo, a entrega ou troca de moedas efetua-se num prazo superior a dois dias uteis subsequentes à data do contrato (Caiado, 2019).
Contabilização
· Negociação entre instituições de crédito nacionais; 
· Contas abertas no banco central das instituições intervenientes; 
· Outras contas de regularização, OCR; 
· Operações cambiais e instrumentos derivados, OCID.
- Pela entrada de moeda estrangeira
5410 OCR/Op. cambiais a liquidar/Op. cambiais à vista 
a 5400 OCR/Posição cambial/Posição cambial à vista
+ 94000 OCID/Op. cambiais à vista/Com residentes/Compra
Após 2 dias úteis,
1011 CDBC/Dep. à ordem no B. Portugal/Moeda estrangeira
 a 5410 OCR/Op. cambiais a liquidar/Op. cambiais à vista 
-94000 OCID/Op. cambiais à vista/Com residentes/Compra
- Pela saída de moeda nacional
5400 OCR/Posição cambial/Posição cambial à vista 
a 5410 OCR/Op. cambiais a liquidar/Op. Cambiais à vista
+ 94001 OCID/Op. cambiais à vista/Com residentes/Venda
Créditos Documentários
O crédito documentário consiste num acordo pelo qual um banco, agindo a pedido do seu cliente, o comprador de mercadorias, garante ao beneficiário, o vendedor, o pagamento da importância relativa à transação em causa, contra a entrega dos respetivos documentos (Caiado, 2019).
Essa transação pode ser a compra e venda de mercadorias, levada a efeito por duas pessoas situadas em duas praças, geralmente distantes, domésticas ou não, como é o caso de uma operação realizada no espaço nacional ou de uma operação de importação ou de exportação.
Garantias
As garantes prestadas e recebidas pelas instituições bancarias podem ser reais e pessoais.Nas garantias reais, ficam afetas certos bens físicos que garantem ocumprimento do contrato (penhor, hipoteca e outros), ao passo que nas garantias pessoais, responde, pelo cumprimento do contrato, o patrimônio do devedor e as outras pessoas garantes da operação garantida (Caiado, 2019).
Observe-se o caso da garantia bancaria. Trata-se de um documento emitido por um banco no qual este se responsabiliza para com terceiros pela satisfação de determinadas obrigações, dentro das condições nele estabelecidas (montante, finalidade, prazo, comissão e contra garantia), caso haja incumprimento por parte do devedor (Caiado, 2019).
O termo de garantia é o documento pelo qual o banco assume a obrigação de pagar a um terceiro a importância garantida, no caso de garantido o não fazer.
Os intervenientes do contrato são os seguintes:
· O banco, na qualidade de gerente, que assume a obrigação perante o beneficiário caso este não receba aquilo a que tem direito.
· O garantido (cliente), a pessoa em nome de quem o banco assume a obrigação de pagar.
· O contra garante (por norma é o garantido), a pessoa que no mesmo contrato assume a obrigação de reembolsar o banco (garante) dos valores que este vier a desembolsar se a garantia for executada (no caso de o contra garante ser um terceiro e se afetar todo o seu patrimônio, então chama-se fiador).
· O beneficiário, que é a entidade perante a qual o banco assume a obrigação de pagar certa quantia em dinheiro pela inexecução ou má execução da obrigação garantida (Caiado, 2019).
Ao prestarem garantias perante terceiros, os bancos cobram as respetivas comissões.
A Situação Analítica contempla as comissões recebidas pela instituição bancaria fora das comissões associadas ao custo amortizado (garantias prestadas, compromissos assumidos perante terceiros, operações sobre instrumentos financeiros, serviços prestados e operações realizadas por conta de terceiros e outras). O mesmo se passa com as comissões pagas pela instituição (Caiado, 2019).
Conclusão
De acordo com os factos mencionados no trabalho, conclui-se que a Contabilização das Operações traz uma proposta inovadora de reunir informações essenciais para as empresas industriais e equiparadas, relacionadas às operações mais comuns. Na classificação das operações não existe uma diferenciação entre a contabilização de um derivativo de acordo com a finalidade para a qual ele foi adquirido. Dessa forma, A contabilização de operações financeiras é feita por etapas, onde cada tipo de lançamento deve ser feito em um momento específico. Os depósitos constituem a fonte de fundos dos bancos mais importante, tal como o credito a clientes é a sua principal aplicação. Para que as empresas possam se proteger de variações desfavoráveis ocorridas em seus ativos ou passivos, é necessário que as mesmas façam uma Contabilização das Operações para reunir informações mais precisas sobre uma atividade que esta ou quer ser feita.
Referencias Bibliografia 
Caiado, A. C. Bancos-Normativos, Contabilidade e gestão. 2.ª ed-Lisboa, 2019.
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