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INSUFICIENCIA RESPIRATÓRIA PMII Definição: Condição clínica na qual os pulmões não conseguem desempenhar adequadamente sua principal função, a troca gasosa, ou seja, a captação de oxigênio e a liberação de CO2 está prejudicada Por algum motivo, ou não está chegando O2 suficiente ou o CO2 não está sendo eliminado de forma eficiente, ou os dois É através da membrana alveolar que o O2 consegue passar para o sangue Se o ar não chega no alvéolo, não adianta o sangue chegar e virse-versa Equilíbrio ventilação/perfusão Cadeia da Respiração: Ambiental: pressão parcial de O2 Pulmão: ventilação, perfusão, hematose Circulação: fluxo, transporte Celular: hemácia precisa ser capaz de se ligar ao oxigênio e uma vez que ela se liga, precisa ser capaz de entrega-lo aos tecidos Conceitos Importantes: A inspiração leva ar atmosférico para os alvéolos O ar atmosférico é uma mistura de gases A concentração de cada um desses gases pode ser descrita em termos de frações gasosas ou pressões parciais A soma das frações de todos os componentes deve ser 1 A soma das pressões parciais dos gases deve ser igual à pressão total da mistura Em nível do mar: pressão atmosférica (Pb) = 760mmHg A pressão parcial de um gás em mistura gasosa é a pressão que o gás exerceria se ocupasse sozinho o volume total da mistura A pressão parcial é a pressão que ele exerceria se ele ocupasse o “recipiente” inteiro A pressão parcial de um gás (Pgás) é igual à fração desse gás (Fgás) na mistura gasosa X a pressão total – Pbo2 = FiO2 X Pb PbO2 – pressão ambiente do oxigênio ao nível do mar Fi – fração inspirada de oxigênio A concentração de um gás dissolvido em líquido é proporcional à sua pressão parcial – lei de Henry Sistema Ambiental: PbO2 = Pb x FiO2 Pressão parcial de O2 no ar atmosférico = pressão barométrica x fração de O2 no ar A nível do mar = FiO2 = 21% PbO2 = 0,21 x 760 ~= 159 Altitudes: pressão barométrica menor, reduz a PbO2 pela lei de henry, vai reduzir a concentração de O2 no sangue ✓ diz que a pressão de um gás, dissolvido em um líquido é proporcional à sua pressão parcial ✓ no caso, o líquido é o sangue se o paciente está com hipoxemia, é necessário aumentar a pressão parcial do oxigênio, para que a concentração do mesmo aumente ✓ isso pode ser alcançado, a partir do aumento da fração inspirada de oxigênio se a pressão barométrica/atm cai, a pressão de oxigênio também vai cair, o que faz com que a saturação de oxigênio no sangue também caia Pressão Parcial de O2 Duas maneiras de aumentar a PO2 e por consequência a saturação de O2 no sangue Aumentar a pressão barométrica ✓ Câmara hiperbárica Aumentar a FiO2 ✓ Facilmente obtido através de dispositivos de suplementação de O2 Sistema Pulmonar Relação adequada ventilação/perfusão (V/Q) Principal determinante da troca gasosa normal Alvéolo ventilado, não perfundido = espaço morto Isso pode ocorrer por uma embolia Pode ocorrer por insuficiência cardíaca Alvéolo perfundido, não ventilado = shunt Shunt, pois o sangue chega venoso e sai venoso. É como se fosse um desvio de sangue da direita para a esquerda Sangue chega na circulação sistêmica sendo venoso DPOC, obstrução de vias aéreas Se a caixa torácica não expande, se os músculos da respiração não atuam de forma efetiva, não haverá troca gasosa, a ventilação estará comprometida Se a membrana alvéolo-capilar está comprometida, o sangue pode chegar, mas a membrana não permite a troca gasosa de forma efetiva, a exemplo do que ocorre na pneumonia, quando o espaço alvéolo-capilar está preenchido por líquido, pode haver secreção dentro do alvéolo No final da inspiração, a pressão dentro do alvéolo se equipara com a atm. Contudo a pressão parcial de O2 não é a mesma dentro do alvéolo e do meio atm ✓ Isso ocorre, pois na medida que o ar passa pela via aérea, ele vai sendo umidificado, recebendo vapor de água ✓ Na hora que esse vapor de água entrar na mistura gasosa, ele vai começar a exercer uma certa pressão parcial, o que muda um pouco a pressão parcial do oxigênio ✓ Outra coisa que interfere na pressão parcial de oxigênio nos alvéolos é o CO2 que vai entrando no alvéolo enquanto o oxigênio vai saindo ✓ No momento em que o CO2 vai entrando, as pressões parciais dos dois vão mudando Equação dos gases alveolares: PAO2 = (Pb – PAH2O) x FiO2 – PACO2 / R PAo2 = pressão alveolar de O2 Pb = pressão barométrica PAH2O = pressão alveolar vapor d’água FiO2 = fração inspirada de O2 PACO2 = pressão alveolar de CO2 R = quociente respiratório (produção CO2/consumo de O2) ✓ Quantidade de CO2 produzido, e acordo com a quantidade de CO2 consumida ✓ Depende do metabolismo, da dieta, da massa muscular Calcular a pressão alveolar do oxigênio é mais complexo do que calcular a pressão barométrica do oxigênio É a pressão alveolar de oxigênio que vai se traduzir na pressão arterial de oxigênio e é a pressão arterial de oxigênio que vai influenciar a saturação de oxigênio no sangue Se a PACO2 aumentar, a pressão alveolar de oxigênio vai diminuir ✓ Se menor pressão alveolar de oxigênio, menor a pressão arterial de oxigênio, então, menor a saturação de oxigênio Qualquer doença pulmonar obstrutiva é capaz de aumentar a PACO2, pois o CO2 fica preso dentro do alvéolo Nosso corpo mantem o CO2 sob controle A pressão alveolar de oxigênio é, aproximadamente, 100 Normalmente, esse 100 deveria se passado para o sangue, mas isso não ocorre, uma parte desse oxigênio é perdido, o que é chamado de gradiente alveolar arterial ✓ Nem toda pressão parcial alveolar de oxigênio é transferido para o sangue Normalmente, essa perda é de 5, então, a Pa (arterial) é de 95 Hipercapnia → Hipoxemia Obstrução da via aérea = PACO2 = 65 A obstrução da via aérea faz com que a PACO2 aumente PAO2 = 150 – 65 / 0,8 = 68,8 ✓ Ou seja, a PACO2 que deveria ser 50, para que a pressão alveolar de oxigênio fosse 100, aumenta, o que faz com que essa pressão parcial de oxigênio diminua dentro dos alvéolos, o que faz muito sentido, já que em uma obstrução de vias aéreas, haverá mais CO2 no que o normal nos mesmos Mantendo o mesmo gradiente PAO2 = 68,8 – 5 = 63,8 Ou seja, uma hipercapnia (aumento do CO2) leva para uma hipoxemia (diminuição do O2) ✓ Da mesma forma, diminuições de oxigênio acabam levando a um quadro de aumento de CO2 Sistema Circulatório Bomba Cardíaca Vasos sanguíneos Hemoglobina Ferro, grupamento heme e globina Esse ferro precisa ser ferroso, pois é este que consegue se ligar ao oxigênio Se esse ferro for convertido para o ferro sérico, ela não será capaz de transportar oxigênio para os tecidos. A ligação não pode ser estável a ponto de ela não soltar o oxigênio para os tecidos Curva de dissociação da Hemoglobina Depende de fatores bioquímicos, Depende da PaO2 Depende da saturação da Hemácia É uma curva que sobre rápido e chega ao platô em, mais ou menos, 60 PO2 Para grandes variações de PO2, de 100 até 60, que a saturação de oxigênio pouco varia, pois isso não altera o nível de dissociação de oxigênio, pois a hemoglobina consegue controlar isso Na hora que a PO2 cai para menos de 60, pequenas variações da PO2 irão gerar grandes variações da saturação de oxigênio Abaixo de 60, já se considera um paciente com insuficiência respiratória Desvio para a direita: ✓ Diminuem afinidade com o O2 ✓ Maior disponibilidade para os tecidos ✓ Ex: aumento do metabolismo ✓ Ex: PCO2 aumentada – acidose Desvio para a esquerda: ✓ Aumentam a afinidade com o O2 ✓ Menor disponibilidade para os tecidos ✓ Ex: alcalose Sistema Celular Difusão pela membrana Mitocôndrias – ex: intoxicaçãopor cianeto Centro Respiratório (SNC) Bulbo Responde muito ao nível de CO2, a partir de barorreceptores Nos pacientes com DPOC, o bulbo começa a ficar tolerante a uma PCO2 mais alta, começando a responder, apenas, a uma hipoxemia Ou seja, o que faz com que o paciente que tem DPOC continue respirando é a baixa saturação de oxigênio Se este paciente for compensado mecanicamente, o bulbo irá receber a informação de que não precisa mais fazer com que o paciente fique respirando de forma taquicárdica, o que fará com que a entrada de oxigênio diminua, fazendo com que a saturação caia ainda mais Barorreceptores Difusão de CO2 Classificação: Aguda: Instalação do quadro clínico abruptamente, de horas ou poucos dias, na qual o desenvolvimento da insuficiência é tão rápido que o organismo não consegue compensar as alterações funcionais provenientes da insuficiência. Desta forma, há o surgimento de manifestações mais intensamente. O corpo não consegue se adaptar de forma rápida o suficiente para fazer com que a homeostasia aconteça Crônica: Tem instalação lenta com poucos ou quase nenhum sintoma, pois os pulmões desenvolvem mecanismos compensatórios eficientes Tipo I (hipoxêmica) Alteração da membrana alveolocapilar, com ventilação normal Queda da PaO2 com valores normais ou reduzidos da PaCO2 Doenças que afetam primariamente vasos, alvéolos e interstício pulmonar. Músculos respiratórios funcionam de forma normal O ar está entrando, mas não é trocado, pois a membrana não está perfeita Ar não vai para o sangue Ex: pneumonias extensas, SDRA (síndrome do desconforto respiratório agudo), edema pulmonar Tipo II (hipercápnica) Diminuição da ventilação alveolar e consequente hipercapnia (aumento da PaCO2) associada à hipoxemia → insuficiência ventilatória ✓ Seja por obstrução das vias aéreas, seja por falência da musculatura respiratória, seja por um problema central (traumatismo craniano, raquimedular) Pode estar presente em pacientes com pulmão normal, na presença de depressão do sistema nervoso central e nas doenças neuro-musculares Insuficiência Ventilatória: normalmente, por hipercapnia Neuromuscular: AVC, TCE, TRM, mastenia, Guillain-Barré, Polio, Tétano, Polimiosite Restritivos: Cifoscoliose, tórax instável, síndrome compartimental abdominal, ascite (liquido na barriga) Obstrutivos: DPOC, espasmo laringe, estenose glótica Insuficiencia Alveolo-Capilar: causa insuficiência Tipo I (hipoxemica) Distributiva: Asma, DPOC (componente efisematoso), Pneumonias (liquido no alvéolo), qualquer síndrome de consolidação pode acarretar em tal problema, hemorragia alveolar Shunts Anatômicos: Tetralogia de Fallot, cardiopatias congênitas cianóticas Insuficiência Pulmonar Mista: Hipercapnia e hipoxemia acontecem concomitantemente Hipercapnia, hipoxemia e aumento do gradiente alvéolo-arterial DPOC e fases severas da asma Sintomas: Falta de ar Cansaço aos esforços (graduar) Chiado no peito Dor torácica Sinais: Dipsneia Estridor Tiragem intercostal Taquipneia Taquicardia Cianose Agitação psicomotora, irritabilidade Cefaleia Coma Exame Físico: Estado geral Dados vitais Inspeção Percussão Palpação Ausculta Diagnostico: História clínica Exames radiológicos Gasometria Arterial PaO2 é menor ou igual que 60 mmHg e a PaCO2 é maior que 45 mmHg, considerando que o individuo respira em ar ambiente e ao nível do mar Vê a concentração de bicarbonato, o pH do sangue Espirometria Idosos > 60 anos – subtrair 1 mmHg por ano de vida até o mínimo de 80 mmHg insuficiencia respiratória pmii
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