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DDooeennççaa AArrtteerriiaall CCoorroonnaarriiaannaa ((DDAACC)) @mayaravnutri Processo patológico caracterizado pelo acúmulo de placas ateroscleróticas nas artérias do epicárdio (membrana externa que reveste o coração) sejam elas obstrutivas ou não. - Pode ser modificada por mudanças no estilo de vida, medicamentos e intervenções estabilizadores ou de regressão da doença. Pode ter períodos longos e estáveis, mas também se tornar instável subitamente, geralmente devido a eventos aterotrombóticos agudos causados pela ruptura/erosão da placa. A DAC crônica tem caráter progressivo e é grave mesmo nesses momentos de estabilidade. Progressão das síndromes coronárias crônicas: Avaliação de pacientes com suspeita de DAC (6 passos): Avaliação dos sinais e sintomas para identificação de angina instável - Desconforto (angina) devido a isquemia miocárdica no tórax, próximo ao esterno (podendo se estender desde o epigástrio até a mandíbula e dentes, entre omoplatas ou nos braços), que pode ser do tipo pressão, aperto/peso ou queimação. Pode haver sensação de falta de ar, assim como fadiga, desmaio, náusea, inquietação e sensação de morte iminente. A angina pode durar de segundos a dias. Fatores desencadeantes: esforço físico, atividade sexual, posição, alimentação, respiração, componente emocional e espontânea. Fatores de alívio: repouso, nitrato sublingual, analgésico, alimentação, antiácido, posição e apneia. Os sintomas costumam aparecer ou agravar com o aumento do nível de esforço ou em climas muito frios (quando esses fatores diminuem, os sintomas também reduzem). Também pode haver intensificação dos sintomas após refeições pesadas ou ao acordar. Usualmente acomete portadores de DAC com comprometimento de, pelo menos, uma artéria epicárdica. A maioria dos pacientes com suspeita de DAC apresenta dor torácica atípica ou não anginosa, com apenas 10 a 15% apresentando angina típica. Importante investigar presença de doenças artérias não coronarianas e outras comorbidades (doenças da tireoide, renal ou diabetes). Hipertireoidismo, com sua taquicardia associada e índice metabólico elevado, aumenta o consumo de oxigênio e pode também reduzir a sua oferta, causando uma isquemia miocárdica pela redução de oxigênio para o miocárdio. No caso de angina instável: pode se apresentar de 3 maneiras: angina de repouso (dor de natureza e localização características ocorrendo em repouso e por períodos prolongados – > 20 @mayaravnutri min); angina de início recente (início recente – 2 meses de angina moderada a grave); ou angina crescente (angina que aumenta progressivamente em gravidade e intensidade em um curto período de tempo). Achados de aterosclerose em outros territórios, como pulsos de membros inferiores diminuídos, endurecimento arterial e aneurisma abdominal, aumentam a probabilidade de DAC. Outros achados, como pressão arterial elevada, xantomas e exsudatos retinianos, apontam para a presença de fatores de risco da DAC. Caso não identifique sinais: avaliar comorbidades e estilo de vida e outras causas dos sintomas - Comorbidades podem influenciar a conduta. - No caso de dor não anginosa, deve-se realizar testes para identificar causas gastrintestinais, pulmonares ou musculoesqueléticas da dor. Exames laboratoriais, ECG, raio-x do tórax, para avaliação da função ventricular esquerda (VE) - Dosagem de hemoglobina (se baixa, significa baixo transporte de oxigênio = isquemia) e hormônio da tireoide fornecem informações sobre possíves causas da isquemia. - Glicose e HbA1c devem ser dosadas em todos os pacientes suspeitos (se os 2 forem inconclusivos, deve-se fazer teste oral de tolerância a glicose, devido a associação entre diabetes e desfechos CV) - Perfil lipídico deve ser feito para determinar o perfil de risco e determinar o tratamento - Função renal (com taxa de filtração glomerular) e ácido úrico devem ser dosados devido a relação entre disfunção renal e DAC. - Se houver suspeita clínica de instabilidade, deve-se dosar troponina para avaliar lesão miocárdica e risco de infarto. Avaliação da probabilidade de DAC obstrutiva e realização de testes específicos para diagnóstico de DAC. Confirmação diagnóstica Dependendo de cada paciente, faz-se a avaliação, seleção dos testes apropriados e análise da necessidade e recomendação de revascularização. Escolha da terapia adequada baseada nos sintomas e risco de eventos. A avaliação do risco de evento é recomendada em todos os pacientes sendo avaliados com suspeita de DAC ou com DAC recém- diagnosticada, pois tem grande impacto nas decisões terapêuticas. Serve para identificar pacientes com alto risco de evento que se beneficiarão da revascularização além da melhora dos sintomas. A estratificação de risco de evento baseia-se nas avaliações usadas para fazer um diagnóstico de DAC. @mayaravnutri Para todos os testes não invasivos apresentados na tabela, um resultado de teste normal está associado a um baixo risco de evento. Após avaliação, a conduta escolhida baseia-se no gerenciamento do estilo de vida, terapia farmacológica e revascularização, quando necessário. Uma boa avaliação com boa anamnese é de extrema importância para a continuidade da avaliação: identificação de fatores de risco (história familiar de DCV, dislipidemia, diabetes, hipertensão, tabagismo e outros fatores de estilo de vida) e presença de DCV. Alterações no estilo de vida: Tem o objetivo de melhorar o prognóstico por meio de medicamentos e intervenções não medicamentosas, para controle dos fatores de risco e, assim, diminuir o risco de eventos CV e mortalidade. Parar de fumar: reduz o risco de mortalidade em 36%. Também deve evitar o fumo passivo. Medidas para promover a cessação do tabagismo incluem aconselhamento breve, intervenções comportamentais e terapia farmacológica, incluindo reposição de nicotina. A terapia de reposição de nicotina foi associada a eventos menores, como arritmias e angina, e a bupropiona parece ter um efeito protetor contra eventos cardiovasculares adversos maiores. Dieta e álcool: recomenda-se padrão mediterrâneo, evitando ou limitando carboidratos refinados, carne vermelha, laticínios e gordura saturada. Em relação ao álcool, ingestão > 100g por semana está associado a maior mortalidade por DCV. Gerenciamento de peso: sobrepeso e obesidade é associada a expectativa de vida mais curta, comparados aos com IMC normal, além de maior risco de desenvolvimento de DCV em idade mais precoce. A recomendação é de circunferência da cintura ≤ 94cm para homens e ≤ 80cm para mulheres. A perda de peso está associada e risco menor de resultados adversos. Dietas saudáveis com ingestão energética limitada à quantidade necessária para obtenção e manutenção de um peso saudável e aumento da atividade física são recomendadas para o controle do peso. @mayaravnutri Restrição moderada de CHO simples Corrigir níveis elevados de homocisteína com suplementação de vitaminas do complexo B Substituir gorduras saturadas (<7% VET) por mono e poliinsaturadas Incluir óleos vegetais fontes de ácido alfa- linolênico (precursor do ômega-3) Dieta hipossódica Fazer uso de fibras (17-30g/dia), preferindo fibras solúveis Incluir alimentos funcionais fontes de flavonoides Atividade física: o exercício melhora a angina por meio do aumento da oferta de oxigênio ao miocárdio, e o aumento da capacidade de exercício é um preditor independente de aumento da sobrevida. A recomendação é de 30-60 minutos de atividade aeróbica moderada no mínimo 5 dias na semana. Os exercícios resistidos mantêma massa, a força e a função musculares. Juntamente com a atividade aeróbia, trazem benefícios em relação à sensibilidade à insulina e ao controle de lipídios e pressão arterial. Manejo de fatores psicossociais: controle do estresse, depressão e ansiedade através de intervenções psicológicas. Tratamento farmacológico: PARA REDUZIR O RISCO DE INFARTO: Ácido acetilsalicílico (AAS): antiagregante plaquetário, que atua inibindo a ciclo-oxigenase-1, impedindo a formação do tromboxano A2. Derivados tienopiridínicos (ticlopidina e clopidogrel): antagonistas da ativação plaquetária mediada pela Adenosina Difosfato (importante via para agregação plaquetária). Reduzem o nível de fibrinogênio circulante e bloqueiam parcialmente os receptores de glicoproteína IIb/IIIa (impede sua ligação ao fibrinogênio e ao fator von Willebrand). Dipiridamol: é um derivado pirimidínico, com efeitos antiagregantes e vasodilatadores vindos da inibição da fosfodiesterase. Anticoagulantes (varfarina): aumenta a incidência de AVC hemorrágico (seu uso deve ser restrito aos pacientes com elevado risco trombótico – quando há episódios repetidos de AVC). Uso pode ser considerado como substituto à aspirina, quando houver total intolerância. HIPOLIPEMIANTES: Estatinas: melhor opção terapêutica para o controle dos níveis séricos da LDL-c (medicamentos de escolha). Fibratos: indicados no tratamento da hipertrigliceridemia endógena ou quando for muito elevada (> 500 mg/dL). Ezetimibe: atua inibindo a absorção do colesterol nas vilosidades intestinais, inibindo a enzima Acetil Coenzima-A, Acilcolesterol-Transferase (A-CAT). Ômega-3: apesar dos benefícios, os estudos não mostram benefício na redução de eventos clínicos, não sendo recomendados para prevenção cardiovascular. Resinas e niacinas
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