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VIGILÂNCIA SANITÁRIA, AMBIETAL, DA SAÚDE DO TRABALHADOR E PROMOÇÃO DA SAÚDE BPPM II - Mônica VIGILÂNCIA E SUAS ATRIBUIÇÕES O Sistema Nacional de Vigilância em Saúde é integrado pelos subsistemas Subsistema Nacional de Vigilância Epidemiológico (doenças transmissíveis e agravos e doenças não transmissíveis) e Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (incluindo ambiente de trabalho) e é coordenado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). VIGILÂNCIA SANITÁRIA “Entende-se por Vigilância Sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, relacionam-se com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde.” O SNVS está organizado e estruturado nos 3 níveis: 1. Nível federal: ANVISA e o Instituo Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS/Fiocruz) 2. Nível estadual: o órgão de vigilância sanitária e o Laboratório Central (Lacen) 3. Nível municipal: a execução de todas as ações de VS. Cabe aos municípios a execução de todas as Visa, respeitadas as leis federais e estaduais. Ao Estado e a União cabem atuar em caráter complementar, quando houve risco epidemiológico, necessidade profissional e tecnológica. MISSÃO Promover e proteger a saúde da população por meio de ações integradas e articuladas de coordenação, normatização, capacitação, educação, informação, apoio técnico, fiscalização, supervisão e avaliação em VS. FISCALIZAÇÃO É o poder de polícia executado nas fiscalizações, aplicação de intimação e infração, interdição de estabelecimentos, apreensão de produtos e equipamentos etc. LOCAIS DE ATUAÇÃO 1. Produção, transporte e comercialização de alimentos; 2. Produção, distribuição de medicamentos e produtos de interesse para a saúde; 3. Locais de serviços de saúde; 4. Meio ambiente (qualidade do ar, água, solo, saneamento básico, calamidades públicas, transporte de produtos perigosos, monitora ambientes que causam danos à saúde etc); 5. Ambientes e processos do trabalho/saúde do trabalhador; 6. Pós-comercialização (medicamentos, sangue e produtos para a saúde, intoxicação etc); 7. Projetos de arquitetura; 8. Locais públicos Fiscalização e orientação. Devido à importância e complexidade do seu campo de atuação, a Visa necessita de equipes multidisciplinares. VIGILÂNCIA AMBIENTAL A Vigilância em Saúde Ambiental (VSA) consiste em um conjunto de ações que proporcionam o conhecimento e a detecção de mudanças nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle dos fatores de risco ambientais relacionados às doenças ou a agravos à saúde. É composta por: · Vigiágua – Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (ações adotadas continuamente pelas autoridades de saúde pública para garantir à população o acesso à água em quantidade suficiente e qualidade compatível com o padrão de potabilidade); · Vigiar – Vigilância em Saúde de Populações Expostas à Poluição Atmosférica (identificação e priorização dos municípios de risco de exposição humana a poluentes atmosféricos, definição de áreas de atenção ambiental atmosférica de interesse para a saúde e identificação dos efeitos agudos e crônicos da exposição a poluentes atmosféricos para a caracterização da situação de saúde); · Vigipeq – Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (trabalha com os contaminantes químicos que interferem na saúde humana e nas inter-relações entre o homem e o ambiente). Atua em solo, ar e químicos; · Vigidesastres – Vigilância em Saúde Ambiental dos Riscos Associados aos Desastres (atuam em desastres naturais, acidentes com produtos químicos e a emergência radiológica e nuclear). Sua organização propõe uma atuação baseada na gestão dos riscos, comtemplando ações de redução de risco, manejo dos desastres e recuperação dos seus efeitos. Ademais, atua na articulação das agendas de mudanças climáticas e seus efeitos à saúde humana; · Vigifis – Vigilância em Saúde Ambiental Associada aos Fatores Físicos (proteção da saúde da população exposta às radiações ionizantes e não ionizantes). obs.: o Vigidesastres engloba desastres de origem natural, mudanças climáticas, o Vigifis e o Vigiapp (acidentes com produtos químicos perigosos). VIGILÂNCIA DA SAÚDE DO TRABALHADOR A VISAT compreende uma atuação contínua e sistemática, ao longo do tempo, no sentido de detectar, conhecer, pesquisar e analisar os fatores determinantes e condicionantes dos agravos à saúde relacionados aos processos e ambientes de trabalho, em seus aspectos tecnológico, social, organizacional e epidemiológico, com a finalidade de planejar, executar e avaliar intervenções sobre esses aspectos, de forma a eliminá-los ou controla-los. As ações contemplam: 1. Elaborar o mapeamento do processo produtivo; 2. Analisar dados e informações nos prontuários de usuários e trabalhadores dos serviços de saúde; 3. Efetuar inspeções sanitárias nos ambientes de trabalho, analisando riscos e propondo medidas de intervenção; 4. Analisar, avaliar e intervir, pronunciando-se sobre situações de risco à saúde dos trabalhadores; 5. Verificar a ocorrência de anormalidades, irregularidades e a procedência de denúncias de inadequação dos ambientes e processos de trabalho; 6. Estabelecer estratégias de negociação para a promoção da saúde do trabalhador; 7. Identificar e analisar a situação de saúde dos trabalhadores, junto ao CEREST (Centro de Referências em Saúde do Trabalhador); 8. Realizar atividades de educação em saúde do trabalhador; 9. Propor acordos e acompanhar a sua implementação para proteção da saúde dos trabalhadores; 10. Garantir a participação dos representantes dos trabalhadores; 11. Elaborar materiais didáticos sobre práticas da VISAT, de forma a estimular a participação social e promoção de saúde das comunidades. VIGILÂNCIA E CONTROLE DE VETORES O Controle de Vetores em Saúde Pública engloba uma série de metodologias para limitar ou eliminar insetos ou outros animais que transmitem patógenos causadores de doenças. Pode ser dividido em: · Controle biológico – uso de parasitas, patógenos ou predadores naturais para o controle de populações do vetor; · Controle mecânico/ambiental – utilizam-se métodos como a remoção de água estagnada, a destruição de pneus velhos e latas, que servem como criadouros de mosquito, ou métodos que limitam o contato homem-vetor, como mosquiteiros, telas nas janelas das casas ou roupas de proteção; · Controle químico – uso de inseticidas para controlar as diferentes fases dos insetos. PROMOÇÃO DA SAÚDE CARTA DE OTAWA – 1986 – “é o nome dado ao processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle desse processo. Para atingir um Estado de completo bem-estar físico, mental e social, os indivíduos devem saber identificar aspirações, satisfazer necessidades e modificar favoravelmente o meio ambiente. Assim a promoção da saúde não é uma responsabilidade exclusiva do setor da saúde e vai além de um estilo de vida saudável, na direção de um bem-estar global.” O conceito e a importância da saúde é algo individual e o profissional deve buscar estratégias para melhorar a saúde, dentro do que ela vê como importante.
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