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7° PERIODO - VIGILANCIA EM SAÚDE

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Vigilância em Saúde 
AULA 1 – HISTÓRICO DO CONCEITO 
SAÚDE 
 
 
HISTÓRICO NO MUNDO 
• Antigos Hebreus: 
o Deus é o grande médico 
o Leprosário (isolamento social) 
• Gregos 
o Mitologia (deuses) 
o Hipócrates (pai da medicina); teoria dos 
humores 
• Gregos 
o Aristóteles (4 humores: Bile amarela, bile 
negra fleuma e sangue) 
o Galeno: doença: causa endógena, física e 
hábitos de vida 
• Oriente: pensamento hipocrático; desarmonia: 
doença, acupuntura e yoga 
• Idade média: cristianismo (doença = pecado); 
cuidado de doentes. 
• Idade média: paracelsus (melhores remédios 
são químicos, como mercúrio usado na sífilis) 
 
Século XIX 
• Pasteur: microorganismos causadores de 
doenças; microscópio; soros e vacinas 
• Surgimento da medicina tropical, 
endemias e epidemias 
• Jhon Snow: cólera, estudos 
epidemiológicos, indicadores. 
 
 
 
Após a 1° Guerra mundial: liga das nações sem 
consenso do que seria saúde 
 
Após a 2° GM: ONU OMS 
 
1978 (alma ata): protocolos internacionais de 
saúde. 
• Cuidados essenciais 
• Cuidados primários 
 
Entre 1828 e 1840, o rio de janeiro foi assolado por 
varias epidemias de febre amarela, febre tifoide, 
varíola e sarampo, entre outras 
 
em 1850 houve a criação de um órgão (comissão 
central de saúde pública) para dirigir as ações de 
controle da saúde 
 
no período colonial, a tuberculose chamou a 
atenção das autoridades públicas, mas nenhuma 
ação concreta foi tomada para impedir sua 
disseminação 
 
as santas Casas de misericórdia foram os únicos 
refúgios que os tuberculosos pobres tiveram para 
hospitalização até o final do século XIX 
 
no começo do século XX foi iniciado o combate 
efetivo à febre amarela com Oswaldo cruz no rio de 
janeiro e Emílio Ribas, entre outros, em são Paulo. 
O governo federal conseguiu conter o avanço da 
febre amarela, da varíola, da febre tifoide e da “peste 
do oriente”, entre outras. 
 
Carlos chagas, sucedeu a Oswaldo cruz e, em 1920 
criou um órgão especifico para luta contra 
tuberculose, lepra e as doenças venéreas. 
 
Nos anos 50, implantação doo IEC no controle 
das arboviroses. 
 
Governo Getúlio Vargas (1951-1954): criação do 
ministério da saúde 
 
Em 1970, o governo criou a SUCAM 
(superintendência de campanhas de saúde pública) 
com a atribuição de executar as atividades de 
erradicação e controle de endemias 
 
 
 
 
Em 1988, foi promulgada a nova constituição do 
Brasil, em 1990, o governo editou as leis 8.080 
• Art 196. A saúde é direito de todos e dever do 
estado, garantindo mediante políticas sociais e 
econômicas que visem à redução do risco de 
doenças e de outros agravos ao acesso 
universal e igualitário as ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação. 
 
LEI N° 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990 
• Art. 3° a saúde tem como fatores 
determinantes e condicionantes, entre 
outros, alimentação, a moradia, o saneamento 
básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a 
educação, a atividade física¸ o transporte, o 
lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais. 
• Art. 2° a saúde é um direito fundamental do 
ser humano, devendo o estado prover as 
condições indispensáveis ao seu pleno 
exercício 
• Art. 5° são objetivos do sistema único de 
saúde: 
I. A identificação e divulgação dos fatores 
condicionantes e determinantes da saúde 
II. A formulação de política de saúde destinada 
a promover, nos campos econômico e 
social, a observância dos dispostos no §1°do 
art. 2° desta lei. 
III. A assistências Às pessoas por intermédio de 
ações de promoção, proteção e recuperação 
da saúde, com a realização integrada das 
ações assistenciais e das atividades 
preventivas. 
 
 
PACTO PELA VIDA 
As prioridades atuais do PACTO PELA VIDA são: 
I. Atenção à saúde do idoso 
II. Controle do câncer de colo uterino e de mama 
III. Redução da mortalidade infantil e materna 
IV. Fortalecimento da capacidade de respostas às 
doenças emergentes e endemias, com ênfase na 
dengue, hanseníase, tuberculose, malária, 
influenza, hepatite, aids. 
V. Promoção da saúde 
VI. Fortalecimento da atenção básica 
VII. Saúde do trabalhador 
VIII. Saúde mental 
IX. Fortalecimento da capacidade de resposta do 
sistema de saúde às pessoas com deficiência 
X. Atenção integral às pessoas em situação ou risco 
de violência 
XI. Saúde do homem 
 
PACTO EM DEFESA DO SUS 
O pacto em defesa do SUS pressupõe: 
• Discutir nos conselhos municipais e 
estaduais as ações e estratégias para 
concretização desta proposta 
• Priorizar espaços com a sociedade civil para 
realizar as ações previstas 
• Lutar por adequado financiamento. 
 
PACTO DA GESTÃO DO SUS 
O pacto de gestão pressupõe: 
• Assumir de maneira efetiva as 
responsabilidades sanitárias inerentes de 
cada esfera de gestão 
• Reforçar a territorialização da saúde como 
base para a organização dos sistemas, 
estruturando-se as regiões sanitárias 
• Instituir colegiados de gestão regional 
• Buscar critérios de alocação equitativa dos 
recursos financeiros 
• Reforçar os mecanismos de transferências 
fundo-a fundo entre gestores. 
 
 
 
 
 
 
 
INTEGRAÇÃO AB X VS 
2017 – Integração do processo de trabalho da 
atenção básica e vigilância em saúde, ações de 
vigilância inseridas nas atribuições de todos os 
profissionais da AB, definidas atribuições comuns 
dos ACS e ACE (PNAB – portaria GM/MS 2.436, de 
21 de setembro) 
 
A integração entre vigilância em saúde e atenção 
básica é condição essencial para o alcance de 
resultados que atendem as necessidades de 
saúde da população, na ótica da integralidade da 
atenção à saúde visa estabelecer processos de 
trabalho que considerem os determinantes, os 
riscos e danos à saúde, na perspectiva da intra e 
intersetorialidade 
 
O QUE SERIA VIGILÂNCIA EM SAÚDE? 
VGILÂNCIA EM SAÚDE 
Tem por objetivo a observação e análise 
permanentes da situação de saúde da população, 
articulando-se em um conjunto de ações 
destinadas a controlar determinantes, riscos e 
danos à saúde de populações que vivem em 
determinados territórios, garantindo-se a 
integralidade da atenção, o que inclui tanto a 
abordagem individual como coletiva dos 
problemas de saúde. 
 
RESOLUÇÃO N° 588, DE 12 DE JULHO DE 2018 
Resolve 
• Art. 1° fica instituída a política nacional de 
vigilância em saúde (PNVS), aprovada por 
meio desta resolução. 
• Art. 2° a política nacional de vigilância em saúde 
é uma política publica de estado e função 
essencial do SUS, tendo caráter universal, 
transversal e orientador do modelo de atenção 
nos territórios, sendo a sua gestão 
responsabilidade exclusiva do poder público. 
 
 
 
 
Atuação da vigilância em saúde: 
• Epidemiológica 
• Ambiental 
• Saúde do trabalhador 
• Imunização 
• Sanitária 
• Infraestrutura 
 
Responsável pela informação para ação e 
intervenção que reduzam riscos e promovam a 
saúde nos territórios, articulando-se às redes de 
atenção à saúde 
 
Função essencial do SUS 
 
Sua ação considera os complexos fenômenos 
econômicos, ambientais, sociais e biológicos que 
determinam o nível e a qualidade da saúde das 
brasileiras e dos brasileiros, em todas as idades, 
visando controlar e reduzir riscos. 
• Vigilância epidemiológica 
• Vigilância sanitária 
• Vigilância em saúde do trabalhador 
• Vigilância em saúde ambiental 
 
Na constituição federal de 1988: 
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete[...] 
II – executar as ações de vigilância sanitária e 
epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador. 
 
Na lei 8.080/90 
Art. 6° esta incluídas ainda no campo de atuação do 
sistema unico de saúde – SUS: 
I – Execução de ações: 
a) De vigilância sanitária 
b) De vigilância epidemiológica 
c) De saúde do trabalhador 
d) De assistência integral, inclusive 
farmacêutica. 
 
VIGILÂNCIA SANITÁRIAConjunto de ações capazes de eliminar, diminuir 
ou prevenir riscos à saúde, e de intervir nos 
problemas sanitários de correntes do ambiente, da 
produção e circulação de bens, e da prestação de 
serviços do interesse da saúde 
 
 
 
 
 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
Conjunto de ações que proporcionam: 
conhecimento, detecção ou prevenção de qualquer 
mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou coletiva, 
com a finalidade de recomendar e adotar as 
medidas de prevenção e controle das doenças ou 
agravos. 
 
 
VIGILÂNCIA EM SAÚDE DO TRABALHADOR 
Conjunto de ações que visam: promoção da saúde, 
prevenção da morbimortalidade e redução de riscos, 
e vulnerabilidades na população trabalhadora por 
meio da integração de ações que intervenham nas 
doenças e agravos e seus determinantes, 
decorrentes dos modelos de desenvolvimento, de 
processos produtivos e de trabalho. 
 
VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
Conjunto de ações e serviços que propiciam: 
O conhecimento e da detecção e mudança nos 
fatores determinantes e condicionantes do meio 
ambiente que interferem na saúde humana, com 
finalidade de recomendar e adotar medidas de 
promoção à saúde, prevenção e monitoramento 
dos fatores de riscos relacionados às doenças ou 
agravos à saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NÍVEIS DE PREVENÇÃO DE DOENÇAS 
Processo saúde doença 
 
 
PREVENÇÃO PRIMÁRIA 
Promoção da saúde 
• Moradia adequada 
• Escolas 
• Área de lazer 
• Alimentação adequada 
• Educação em todos os níveis 
• Educação em saúde 
• Atividade física regular 
• Saneamento básico. 
 
Proteção especifica 
• Imunização 
• Saúde o trabalhador 
• Higiene pessoal e do lar 
• Proteção contra acidentes 
• Aconselhamento genético 
• Controle de vetores e de reservatórios 
• Uso de preservativos e seringas descartáveis 
 
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA 
Diagnóstico precoce 
• Descoberta de casos na comunidade 
• Exame periódicos 
• Isolamento para evitar propagação de 
doenças 
• Tratamento para evitar progressão da 
doença 
 
Limitação da incapacidade 
• Evitar futuras complicações 
• Evitar sequelas 
• Reduzir risco de transmissão da doença 
 
PREVENÇÃO TERCEÁRIA 
• Reabilitação 
• fisioterapia 
• Terapia ocupacional 
• Emprego para o reabilitado 
• Redução da dependência familiar e social 
• Melhoria da qualidade de vida 
MEDIDAS DE CONTROLE DE DOENÇA 
MEDIDAS EM SAÚDE 
• Índice: refere-se a todos os descritores da vida e 
da saúde (nascimento, doenças, óbitos) 
• Indicadores: é o índice crítico capaz de orientar 
a tomada de decisão 
• Coeficiente: descreve fenômenos observados 
(número de habitantes) 
• Taxas: medidas auxiliares nos cálculos de 
estimativas e projeção (coeficiente de 
natalidade) 
 
MEDIDAS DE CONTROLE DE DOENÇAS 
Primeiramente, o controle da doença nas pessoas, 
através de serviços de saúde. No segundo caso, o 
controle da doença na população, através de ações 
estratégicas de saúde. 
 
Controle: é um conjunto de ações, programas ou 
operações contínuas voltadas à redução da 
incidência e/ou prevalência de um dano à saúde tais 
que deixem de constituir um problema de saúde 
pública. 
 
 
 CENÁRIO EPIDÊMICO 
 
CONTROLE 
 
 CENÁRIO NÃO-EPIDEMICO 
• Curto prazo 
• Longo prazo 
 
MEDIDAS DE ALCANCE POPULACIONAL 
Controle da doença: refere-se à redução da 
incidência da doença em níveis nos quais ela deixe 
de ser um problema de saúde pública. Ex: 
tuberculose 
 
Eliminação da doença: medidas voltadas a casos 
inexistentes de doenças, embora persistam as 
causas que pode potencialmente produzi-la. Ex: 
dengue, febre amarela, sarampo. 
 
Erradicação da doença: medidas voltadas a 
eliminação dos casos, as causas da doença, em 
especial, o agente. Ex: poliomielite, varíola. 
 
 
 
 
 
AÇÕES ESTRATÉGICAS 
CAMPANHAS 
• Controle de vetores 
• Controle sanitário 
• Desinfecção recorrente 
• Promoção e uso de preservativos 
• Quimioprofilaxia 
• Tratamento farmacológico massivo 
• Tratamento de casos 
• Vacinação 
o Prevenção 
o Surto 
 
EXERCÍCIO 
1. Explique brevemente o conceito de controle de 
doença na população. 
 
2. Indique três medidas de controle aplicadas a 
nível comunitário com base na sua experiência e 
destaque os objetivos de cada uma. 
 
3. Explique a diferença entre eliminação e 
erradicação de uma doença, em sentido clássico. 
Dê algum exemplo de uma doença que tenha 
sido eliminada em sua área de trabalho. 
 
4. A aceitação das medidas de controle por parte 
da comunidade tem uma importância 
fundamental para o desenvolvimento do 
programa e a obtenção de resultados favoráveis. 
Com base na sua experiência pessoal, dê algum 
exemplo no qual isso tenha ocorrido ou não. 
 
5. Dê exemplos de ações voltadas a prevenção 
primária, que: 
a. Sejam para a promoção a saúde 
b. Proteção específica contra patógenos 
 
 
 
Vigilância em Saúde 
AULA 2 – ESTRUTURA EPIDEMIOLOGICA E 
CAUSALIDADE 
Epidemiologia 
• O principal objetivo da epidemiologia é 
prevenir doenças e promover saúde 
• Para que isso seja possível, é necessário 
conhecer as causas das doenças e agravos à 
saúde e as maneiras pelas quais podem ser 
modificados. 
 
VARIAVEIS EPIDEMIOLÓGICAS 
Indicadores de saúde 
• Mortalidade/sobrevivência 
• Morbidade/gravidade/incapacidade 
funcional 
• Indicadores nutricionais 
• Indicadores demográficos 
• Indicadores sociais 
• Indicadores ambientais 
• Serviços de saúde 
• Indicadores positivos de saúde 
 
Indicadores demográficos 
• Esperança de vida 
• Níveis de fecundidade 
• Níveis de natalidade 
• Sexo 
• Idade 
 
Indicadores sociais 
• Renda per capita 
• Distribuição de renda 
• Taxa de analfabetismo 
• Crianças em idade escolar fora da escola 
• IDH 
 
Indicadores ambientais 
• Abastecimento de água e esgoto 
• Coleta de lixo 
• Condições de moradia 
 
ESTRUTURA EPIDEMIOLOGICA 
Produção de conhecimento: causa, situação 
doença (onde, quando, como), impacto econômico 
 
Intervenções: controle e prevenção, avaliação. 
 
 
 
CAUSA DA DOENÇA 
Evento, condição, característica ou uma combinação 
de fatores que desempenham papel importante no 
desenvolvimento de um desfecho em saúde. 
• Fatores genéticos 
• Fatores ambientais 
• Múltiplos fatores 
 
 
 
Cadeia de causas: na qual um fator leva a outro ate 
que eventualmente, o agente patogênico especifico 
torna-se presente no organismo, causando danos. 
Isto pode, também ser chamado de hierarquia de 
causas. 
 
FATORES NA CAUSALIDADE 
Fatores predisponentes: idade, sexo, herança 
genética 
 
Fatores capacitantes ou incapacitantes: pobreza, 
dieta insuficiente, condições de moradia 
inadequadas, atendimento médico precário. 
 
Fatores precipitantes: exposição a um agente 
especifico ou agente nocivo 
 
Fatores reforçadores: exposição repetida, 
condições ambientais e de trabalho inadequadas. 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLOGICA: 
ORGANIZAÇÃO, FUNCIONAMENTO E 
IMPORTÂNCIA 
Histórico: 
• Lições da varíola 
o Matou quase 500 milhões de pessoas 
somente no século XX 
o Uma das enfermidades mais devastadoras 
da história da humanidade 
o Considerada erradicada pela organização 
mundial de saúde (OMS) em 1980 
o Erradicação: somente seres humanos 
hospedeiros, só há um sorotipo, vacina 
eficaz e por ter sido adotada uma estratégia 
para erradicação 
 
CAMPANHA DE ERRADICAÇÃO DA 
VARÍOLA 
DÉCADA DE 60/70 
• Busca ativa de casos de varíola 
• Detecção precoce de surtos 
• Bloqueio imediato de transmissão da doença 
• Fundamental para erradicação da varíola em 
escala mundial 
• Base para organização de sistemas de vigilância 
epidemiológica 
 
CONCEITO DE VIGILÂNCIA 
EPIDEMIOLÓGICA 
Processo de adoecimento 
• Vigilância epidemiológicao Doenças transmissíveis 
 
LEI 6.259/75 
Art. 2° a ação de vigilância epidemiologia 
compreende as informações, investigações e 
levantamento necessário à programação e à 
avaliação das medidas de controle de doenças e 
situações de agravos à saúde. 
 
Vigilância epidemiológica no Brasil 
A lei n° 6.259, de 1975, que criou o SNVE, definiu 
epidemiologia como o conjunto de atividades que 
permite reunir a informação indispensável para 
conhecer, em todo momento, o comportamento ou 
história natural da doença, detectar ou prever 
mudança que possa ocorrer por alterações dos 
fatores condicionantes, com o fim de recomendar 
oportunidade, sobre bases firmes, as medidas 
indicadas eficientes, que levam à prevenção e ao 
controle de doença. 
 
1990: sistema de informação de agravos de 
notificação – SINAN 
 
LEI 8.080/90. Art. 6° 
§2°entende-se por vigilância epidemiológica um 
conjunto de ações que proporcionam o 
conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e 
condicionantes de saúde individual ou coletiva, com 
a finalidade de recomendar e adotar as medidas de 
prevenção e controle das doenças e agravos. 
DECRETO. 78.231/7 
Art. 5°- As ações de vigilância epidemiológica serão 
da responsabilidade imediata de uma rede especial 
de serviços de saúde, de complexidade crescente, 
cujas unidades disporão do meio para: 
I. Coleta das informações básicas necessárias 
ao controle de doenças 
II. Diagnóstico das doenças que estejam sob 
notificação compulsória 
III. Averiguação da disseminação de doença e 
determinação da população de risco 
IV. Proposição e execução das medidas de 
controle pertinentes 
V. Adoção de mecanismos de comunicação e 
coordenação do sistema. 
 
Vigilância epidemiológica: IMPORTÂNCIA 
• Monitorar tendencias 
• Monitorar o progresso em direção ao controle 
dos objetivos 
• Estimar o tamanho do problema de saúde 
(magnitude) 
• Detectar surtos, epidemias de doenças 
• Avaliar intervenções e programas de controle e 
preventivos 
• identi 
 
Organização da VE: as leis orgânicas da saúde 
(8.080/90 e 8.142/90) trataram a descentralização 
como uma prioridade para consolidação do SUS. 
Para que os estados e municípios se tornaram 
autônomos por meio de descentralização da gestão 
das ações e decisões de saúde 
 
• nacional: ministério da saúde, conselho nacional 
de saúde. 
• Central estadual: secretaria estadual de saúde, 
conselho estadual de saúde 
• Municipal: secretaria municipal de saúde, 
conselho municipal de saúde 
• Local: centro de saúde unidade mista, posto de 
saúde, hospital, ambulatório, consultório 
médico, laboratório, escola, extensão rural. 
 
 
 
Funções da vigilância epidemiológica: reunir a 
informação necessária, e atualizada (busca e coleta 
de dados) processar, analisar e interpretar dados 
(processamento de dados e análise de informações). 
Recomendar a realização de ações, medidas de 
controle que possam ser imediatas, a média e a 
longo prazo (divulgação de informação e indicação 
de medidas adequadas de controle). Avaliação; 
 
Principais fontes de dados 
• Notificação compulsória de dados [de acordo 
com a lista de doenças de notificação 
compulsória] 
• Prontuários médicos 
• Atestados de óbito e registro de anatomia 
patológica 
• Resultados de laboratório 
• Registro de banco de sangue 
• Investigação de casos, surtos/epidemias 
[investigação epidemiológica] 
• Inquérito comunitário 
• Distribuição de vetores e reservatórios 
• Uso de produtos biológicos 
• Noticias veiculadas na imprensa (jornais e outros 
meios de comunicação) 
 
Notificação 
• Notificação é a comunicação, pelos meios 
adequados e disponíveis, de doenças ou agravos 
às autoridades sanitárias. 
• Notificação compulsória, que é caracterizada 
por uma lista nacional de doenças e agravos que 
devem ser notificados obrigatoriamente 
• Todos os profissionais de saúde e os 
responsáveis por organizações e 
estabelecimentos públicos e particulares de 
saúde e de ensino tem obrigação legal de 
notificar as doenças e agravos de notificação 
compulsória 
• Conter dados fidedignos (formulários 
apropriados) 
• Realizar em intervalos regulares (notificação 
dentro do prazo) 
 
Fontes de notificação 
Serviços públicos de saúde (SUS), que também é 
responsável pela V.E e pelos programas de saúde 
(PNI, PSF, ACS, etc...) 
Unidades “sentinelas”> essas podem ser: médicos, 
hospitais, clínicas ou mesmo indivíduos que, por 
apresentarem a maior probabilidade de contato 
com a maioria dos casos, com designados pelo 
sistema para servir como pronto alarme para 
detecção de casos e surtos. 
 
Critérios para que uma doença ou agravo seja 
incluído na lista de notificação compulsória: 
• Magnitude: aplica-se para os casos de doenças 
que aparecem com alta frequência. Ex: dengue 
• Potencial de disseminação: característica de 
algumas doenças transmitidas por vetores com 
elevado poder de transmissão. Ex: dengue, Zika. 
• Transcendência: relevância conferida pela 
severidade (medida por taxas de letalidade, de 
hospitalização e de sequelas), relevância social 
(avaliação subjetiva pelo valor dado pela 
população) Ex: raiva 
• Compromissos internacionais: há agravos ou 
doenças que podem ser incluídos na lista de 
notificação compulsória por causa de metas 
estabelecidas pelo governo com organismos 
internacionais. 
 
Armazenamento das informações: 
• Utilização dos dados para: 
o Qualidade (aferição do evento) 
o Representividade (subnotificação) 
o Série histórica (todos os eventos 
disponíveis) 
 
Dados utilizados pela VE 
Dados demográficos (população total e 
população compreendida pelo programa) 
• Grupo de idade 
• Zona geográfica 
 
Dados morbidade 
• Unidade notificadora 
• Dados de identificação (nome, idade, sexo, 
residência, profissão) 
• Datas do inicio da doença, notificação e da 
investigação 
• Antecedentes e data de vacinação 
• Lista de comunicantes (contatos) 
 
Dados de mortalidade 
• Fontes de informação 
• Unidade notificadora 
• Dados de identificação 
• Local da residência e do óbito 
• Antecedentes de vacinação 
• Lista de comunicantes (contatos) 
 
 
 
Dados do programa de controle de doenças 
• Numero de doses de vacinas 
• Cobertura vacinal 
• Percentual de unidades com notificação 
regular 
• Retroalimentação 
• Apoio laboratorial 
 
TIPOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
• Passiva 
• Ativa 
• Especializada 
• Sindrômica 
 
Vigilância epidemiológica passiva 
• Histórias clínicas de hospitais, ambulatórios, 
policlínicas e consultórios 
• Informes de consultas externas e serviços de 
urgência 
• Informes de consultas em hospitais privados 
• Registro de notificação de doenças 
transmissíveis de notificação obrigatória 
• Certificados de óbitos 
• Anuários de estatísticas vitais 
• Anuários demográficos 
• Protocolos de necropsia e de medicina legal 
 
Vigilância epidemiologia ativo 
• Os sistemas ativos de V.E requerem contato, 
a intervalos regulares, entre os 
departamentos de saúde e as fontes de 
informação, geralmente constituídas por 
clínicas publicas e privadas, laboratórios e 
hospitais, ou ainda por meio de visitas 
domiciliares e comunitárias 
• os sistemas ativos de coleta de informação 
permitem um melhor conhecimento do 
comportamento dos agravos à saúde na 
comunidade, tanto em seus aspectos 
quantitativos como qualitativos. 
 
Vigilância especializado 
• Refere-se a vigilância de doenças e outros 
problemas de saúde em forma particular, 
devido à compromissos internacionais ou 
prioridades nacionais, como programa de 
erradicação, eliminação e controle 
• Este tipo de V.E geralmente utiliza 
articuladamente a V.E ativa e passiva 
 
 
 
 
Vigilância epidemiológica sindrômica 
• utiliza dados que não são diagnósticosda 
doença mais podem indicar estagio precoce de 
um surto 
• a vigilância sindrômica para a detecção precoce 
de um surto é uma abordagem investigativa 
onde o pessoal dos serviços de saúde, apoiados 
por dados adquiridos e automatizados e que 
geram sinais estatísticos, monitoram 
continuamente (em tempo real) ou pelo menos 
diariamente (próximo do tempo real) para 
detectar surtos de doenças cedo [precoce] e o 
mais completo do que tem sido possível através 
dos métodos tradicionais da saúde pública. 
 
Investigação epidemiológica 
• doença de notificação compulsória 
• numero de casos maior que a frequência 
habitual 
• fonte comum de infecção 
• evolução severa 
• doença conhecida na região 
• informações inadequadas ou insuficientes 
 
as investigações obtidas, analisando os dados 
colhidos em investigação, necessárias para o 
controle de surtos são: 
1. distribuição dos casos por faixa etária 
2. distribuição espacial dos casos [residência, 
baixo, município]; 
3. grupo populacionais de maior risco 
4. medidas de controle na área 
5. distribuição dos casos no tempo 
6. situação das medidas tomadas sobre o caso 
[Ex: situação vacinal dos casos] 
 
avaliação 
a avaliação deve estar presente em todos os níveis 
dos sistemas e levar em consideração: 
1. a importância em saúde publica de 
determinado evento 
2. a utilidade e custos do sistema de V.E 
3. a qualidade do sistema de V.E medida 
através da sensibilidade, representatividade, 
oportunidade, simplicidade, flexibilidade e 
aceitabilidade. 
 
Questões que servem para avaliar a utilidade do 
sistema de V.E: 
1. detecta tendencias ou situações de risco? 
2. Detecta surtos/epidemias: 
3. Fornece estimativas quantitativas da 
morbidade e mortalidade? 
4. Identificar os fatores de risco envolvidos na 
ocorrência da doença? 
5. Permite a avaliação dos efeitos das medidas 
de controle? 
6. Estimula a investigação epidemiológica para 
auxiliar no controle da prevenção? 
 
Estratégias: controle de vetores 
• Programa nacional de apoio ao combate às 
doenças transmitidas pelo Aedes (pronaedes) 
• Foi instituído em 2016, pela lei 13.301, em 
substituição ao programa nacional de controle 
de dengue (PNCD) 
• Entretanto, com a emergência de chicungunha e 
Zika no brasil, foi necessário criar um programa 
que previsse, de forma geral, o controle das 
doenças transmitidas pelo mosquito Aedes 
aegypti 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO 
1. Qual os critérios da investigação epidemiológica 
2. Qual o papel dos profissionais da saúde em 
relação a notificação compulsória? 
3. Qual a diferença entre vigilância epidemiológica 
ativa e passiva? 
4. Ressalte o papel da enfermagem sobre os dados 
relacionados a morbidade, investigados na 
vigilância epidemiológica 
5. Qual a relação entre as unidades sentinelas e o 
SINAN? 
6. Discorra sobre a necessidade de criação do SNVE 
 
Vigilância em Saúde 
AULA 3 – VIGILÂNCIA SANITÁRIA: 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL 
“entende-se por vigilância sanitária um conjunto de 
ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir 
riscos à saúde e intervir nos problemas sanitário 
decorrentes do meio ambiente, da produção e 
circulação de bens e da prestação de serviços de 
interesse da saúde, abrangendo: 
I. O controle de bens de consumo que, direta 
ou indiretamente, se relacionem com a 
saúde, compreendidas todas as etapas e 
processos, da produção ao consumo. 
II. O controle da prestação de serviços que 
relacionam direta ou indiretamente com a 
saúde” 
 
 
 
O HISTÓRICO DA VIGILANCIA SANITÁRIA 
NO BRASIL 
• Chegada da família real ao brasil: Sec. XVIII 
(1808) 
• Brasil império: medidas de intervenções 
sanitárias e contenção de epidemias. 
• 1897: criada a diretoria geral da saúde pública – 
decreto n° 2.449 
• 1920: criado o departamento nacional de saúde 
pública – decreto-lei 3.987 
• 1923: regulamento sanitário federal – decreto n° 
16.300 
• 1930: criação do ministério da educação e saúde 
pública. 
• 1942: criado o serviço especial de saúde pública 
(SESP) – decreto n° 4.275 
• 1953: criação do ministério da saúde – lei n° 
1.920 
• 1961: código nacional de saúde – separou a 
vigilância sanitária e vigilância epidemiológica – 
decreto n° 49.974 
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) do 
consumidor, instalada em 1975, que teve como 
principal objetivo investigar as práticas comerciais 
abusivas por parte das indústrias farmacêuticas e 
suas políticas de introdução de novos produtos no 
mercado. 
 
A repercussão dos trabalhos dessa CPI foi 
considerável e, provavelmente, como uma tentativa 
de minimizar sua consequência, o governo propôs 
uma nova legislação, apresentando ao congresso 
nacional um anteprojeto da lei que veio a constituir 
a lei n° 6.360. promulgada em setembro de 1976, a 
chamada lei de vigilância sanitária. 
 
1976: lei da vigilância sanitária – lei 6.630 dispôs 
sobre a vigilância sanitária de medicamentos, 
drogas, insumos farmacêuticos, cosméticos, 
saneantes, entre outros produtos. 
 
Ate meados da década de 1970, a área de vigilância 
sanitária apresentava escassa visibilidade no setor 
saúde, com suas atividades desenvolvidas pelo 
serviço nacional de fiscalização da medicina e 
farmácia, criado em 1957, a partir da ampliação do 
serviço nacional de fiscalização da medicina, que 
havia sido criado em 1941 
 
As atividades voltavam-se sobretudo para 
regulamentação e registro de medicamentos, assim 
como para o controle de importação e circulação de 
produtos farmacêuticos e correlatos. 
 
Ao longo de sua existência, o órgão federal também 
incorporou o laboratório central de controle de 
drogas, medicamentos e alimentos (LCCDMA) e 
passou a efetuar registros e controle sanitário de 
alimentos, exceto daqueles de origem animal, que 
até hoje mantêm sobre a agricultura. 
 
No mesmo período outras legislações foram 
importantes: 
• A lei n° 5.991/73 voltada à comercialização 
dos produtos da área farmacêutica e 
similares. 
• O decreto-lei n° 986/69, que estabelece as 
normas básicas de alimentos 
• 6.437/76, que dispõe sobre as infrações 
sanitárias, as penalidades e os ritos do 
processo administrativo-sanitário. 
 
 
 
A reorganização administrativa do ministério da 
saúde, ocorrida no final de 1976, abrangeu a criação 
de um novo espaço institucional para a vigilância 
sanitária e formalizou um novo status para a área 
que assumiu a categoria de secretaria ministerial. 
 
A SNVS foi organizada em divisões de: alimentos; 
medicamentos; cosméticos; saneantes; portos; 
aeroportos e fronteiras e administrativa, atendendo 
a diversas áreas de atuação. 
 
A constituição desse órgãos central e específicos 
estava alinhada com a tendencia mundial e em 
consonância com as necessidades de modernização 
do aparelho de estado 
 
1977 – lei 6.437 – dispôs sobre infrações à 
legislação sanitária federal 
 
1980 (meados): consolidação do movimento da 
reforma sanitária 
 
1985: encontro de vigilância sanitária de Goiânia. 
Resultou no documento denominado “carta de 
Goiânia”. Este documento expunha um conjunto de 
problemas específicos da área e reivindicava a 
definição de uma política nacional de vigilância 
sanitária como parte da política nacional de saúde 
 
8° conferencia nacional de saúde (CNS) – a ser 
realizada no período de 17 a 21 de março de 1986, 
elaborou o documento básico sobre uma política 
democrática e nacional de vigilância sanitária, no 
qual o objeto essencial da área foi definido como a 
proteção da saúde da população. 
 
Movimento da reforma sanitária, debatidas na 8° 
CNS- cujo tema principal era “democracia é saúde” 
18 – encaminhadas à formulação do sistema único 
de saúde (SUS). 
 
Grande parte das proposições a 8° CNS foi 
incorporada à constituição de 1988 que proclamou 
a saúde como um direito social de todos e um dever 
do estado,criou o sistema único de saúde (SUS) e 
conferiu destaque as ações de vigilância sanitária 
que integram, em grande parte, o atual conceito 
jurídico de saúde. 
 
1988: constituição estabelecendo o sistema único 
de saúde (SUS) 
 
 
1990 – Lei 8.080 sistema único de saúde 
• Art. 2° a saúde é um direito fundamental do 
ser humano, devendo o estado prover as 
condições indispensáveis ao sei pleno 
exercício. 
• § 1° o dever do estado de garantir a saúde 
consiste da formulação e execução de 
políticas econômicas e sociais que visem à 
redução de riscos de doenças e de outros 
agravos e no estabelecimento de condições 
que assegurem acesso universal e igualitário 
as ações e os serviços para sua promoção, 
proteção e recuperação. 
• Art. 4° 0 conjunto de ações e serviços de 
saúde, prestados por órgãos e instituições 
públicas federais, estaduais e municipais, da 
administração direta e indireta e das 
fundações mantidas pelo poder público, 
constitui sistema único de saúde 
 
Acontecimentos anteriores a criação da ANVISA 
• Acidente com Césio – 137 em Goiânia – 1987 
• Óbitos de idosos na Clínica Santa Genoveva 
no Rio de Janeiro – 1996 
• Contaminação em clínicas de hemodiálise 
(71 mortes), em Caruaru (PE) – 1996 
• Acidentes tromboembólicos pela 
contaminação de soro do laboratório 
Endomed (1997) 
• Caso da “pílula de farinha”, com o 
anticoncepcional Microvlar®, da Schering 
(1998) 
 
1999 – Criação da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária- Lei 9.782/99. 
 
2000 – Instituída a sigla ANVISA pela MP 2.134-29. 
 
O modelo de agencia, como autarquia especial, foi 
aplicado em vários setores, inclusive na área da 
saúde, organizando-se inicialmente a agencia 
nacional de vigilância sanitária (Anvisa) e logo 
depois a agencia nacional de saúde (ANS) 
 
Sistema nacional de vigilância sanitária: o 
sistema engloba unidades nos três níveis de 
governo – federal, estadual e municipal -, cm 
responsabilidades compartilhadas. No nível federal, 
estão a agencia nacional de vigilância sanitária 
(Anvisa) e o instituto nacional de controle de 
qualidade em saúde (INCQS/Fiocruz) 
 
 
Portaria 687 de 30 de março de 2006 aprova a PNPS 
• Politica nacional da promoção à saúde tem 
como objetivo: promover a qualidade de vida e 
reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde 
relacionados aos seus determinantes e 
condicionantes – modos de viver, condições de 
trabalho, habitação, ambiente, lazer, cultura, 
acesso a bens e serviços essenciais. 
 
A criação da Anvisa dinamizou a área de vigilância 
sanitária, dado que o modo de agencia implica no 
estabelecimento de um contrato de gestão com 
metas especificas 
 
Esses arranjos se articulam com o processo de 
implementação do SUS que tem a descentralização 
entre suas diretrizes 
 
As necessidades atuais no âmbito da regulação e 
vigilância sanitária denotam ainda maiores 
exigências técnico-cientificas e politicas no contexto 
globalização econômica 
 
Criação de especialização em vigilância sanitária 
pela universidade de Brasília, a faculdade de saúde 
publica da universidade de são Paulo e a escola 
nacional de saúde pública/Fiocruz 
 
Curso de mestrado profissional e mestrado e 
doutorado acadêmico no instituto nacional de 
controle da qualidade em saúde (INCQS-Fiocruz) 
 
Demandas atuais 
A demanda por especialização de recursos humanos 
se defrontava com a incipiente expertise acadêmica 
na área e ate mesmo com a falta de sistematização 
das práticas realizadas nos âmbitos da vigilância e 
regulação sanitária. 
A criação de centros colaboradores constitui um 
elemento dinamizador do desenvolvimento da área, 
beneficiando o âmbito acadêmico e os serviços 
 
Política nacional de vigilância em saúde 
• Aprovada pela resolução n° 588/20018 do 
conselho nacional de saúde (CNS) 
• a PNVS é um documento norteador do 
planejamento das ações de vigilância em saúde 
nas três esferas de gestão do SUS, caracterizado 
pela definição das responsabilidades, princípios, 
diretrizes e estratégias dessa vigilância 
• Art. 2° a política nacional de vigilância em saúde 
é uma política pública de estado e função 
essencial do SUS, tendo caráter universal, 
transversal e orientado do modelo de gestão de 
responsabilidade exclusiva do poder público. 
 
Política nacional de vigilância em saúde 
• Art. 2º - Parágrafo 1. Entende-se por vigilância 
em saúde o processo contínuo e sistemático de 
coleta, consolidação, analise de dados e 
disseminação de informações sobre eventos 
relacionados à saúde, visando o planejamento e 
a implementação de medidas de saúde pública, 
incluindo a regulação, intervenção e atuação em 
condicionantes e determinantes da saúde, para 
a proteção e promoção da saúde da população 
prevenção e controle de riscos, agravos e 
doenças. 
 
 
 
 
Vigilância em Saúde 
AULA 4 – VIGILÂNCIA SANITÁRIA: 
FUNÇÕES E OBJETIVOS 
O que é vigilância sanitária? É uma área da saúde 
pública, uma prática de saúde coletiva. Como 
atividade de saúde, a VISA integra o sistema único 
de saúde (SUS) e como tem poder de polícia só pode 
ser exercida pelo estado. 
 
Missão e objetivo 
A missão da VISA, portanto, é promover e proteger 
a saúde da população, garantindo os direitos 
constitucionais do cidadão e defendendo a vida. 
Seu objetivo é proteger e promover a saúde, 
evitando incapacidades e doenças. 
 
Instrumentos usados pela VISA para realizar seu 
papel 
O principal instrumento de ação da VISA é a norma 
sanitária, ou seja, a legislação que especifica o que 
está certo e errado, o que pode e o que não pode 
ser feito pelo setor regulado. Nesse sentido, a VISA 
desenvolve uma função normativa e regulatória, e 
uma função educativa. 
 
Função: 
Em sua função normativa e regulatória, a VISA: 
• Cria normas e padrões sanitários para: 
o a produção, fabricação, transporte, 
armazenagem, distribuição e 
comercialização de produtos 
o o funcionamento de serviços 
• fiscaliza o cumprimento dessas normas e pune 
os infratores quando necessário 
 
em sua função educativa, a VISA 
• informa e orienta: o setor regulador, para que 
eles cumpram os padrões sanitários 
estabelecidos, e os cidadãos, para que eles 
possam exigir o seu direito de consumir 
produtos e serviços seguros e de qualidade e 
para que tenham mais informações em suas 
possíveis escolhas. 
 
COMPETÊNCIAS DA VIGILÂNCIA 
SANITÁRIA 
a vigilância sanitária desempenha um papel 
fundamental no monitoramento de bens de 
consumo e serviços que influenciam na saúde 
sua atuação é direcionada para a regulação de 
produtos e serviços de interesse da saúde, com 
ênfase na fiscalização de boas práticas destes 
estabelecimentos. 
 
O objetivo é reduzir riscos associados a falhas ou 
problemas de fabricação de produtos, assim como 
de prestação de serviço 
 
O poder de polícia da vigilância sanitária é exercido 
para o cumprimento de leis e normas. Lei 6.437/1977 
é a lei que configura infrações à legislação sanitária 
federal e estabelece as respectivas sanções ao seu 
descumprimento 
 
Vale destacar que estados e municípios também 
podem ter leis sobre infrações sanitárias e podem 
editar normas técnicas que oriente os 
estabelecimentos sobre como eles devem funcionar, 
desde que não contrarie uma norma federal. 
 
No nível federal, as normas técnicas são emitidas 
pela ANVISA e se chamam resoluções de diretoria 
colegiada (RDC) 
 
O componente estadual do sistema nacional de 
vigilância sanitária, é constituído pelos órgãos de 
vigilância sanitária das secretarias estaduais de 
saúde, autarquias estudais e laboratórios centrais e 
estaduais (LACEN) 
 
O componente municipal do sistema nacional de 
vigilância sanitária, é constituído pelos órgãos de 
vigilância sanitária das secretarias municipais de 
saúde. 
 
O componente laboratorial do SNVS é constituído 
pelos LACENs dosestados e o INCQS. Eles 
complementam as ações da vigilância sanitária na 
produção de análises laboratoriais para controle de 
qualidade e verificação da conformidade dos 
produtos. 
 
Risco sanitário 
São os perigos que podem ameaçar nossa saúde no 
dia-a-dia, quando consumimos um produto ou 
quando utilizamos um determinado serviço. Os 
riscos à saúde são classificados em cinco tipos – 
ambientais, ocupacionais, iatrogênicos, 
institucionais e sociais. Essa classificação, no 
entanto, não é rígida. Muitas um risco ambiental, 
como a falta de saneamento básico (água e esgoto) 
está relacionado à questões sociais. 
Prevenção de riscos 
• avaliação do risco: possui natureza cientifica; 
busca definir os efeitos de uma exposição; afere 
o risco associado 
• gerenciamento do risco: possui natureza 
administrativa; normatiza procedimentos com o 
risco avaliado e ação regulatória; pondera as 
preocupações sociais, econômicas e politicas 
• comunicação do risco: a comunicação do risco 
aumenta a capacidade de os cidadãos 
escolherem, dentre as opções existentes, aquela 
que oferece menos riscos; exigem seus direitos; 
e atuarem como parceiros do poder público no 
âmbito da VISA 
• riscos ambientais: se refere à ações do homem 
no meio-ambiente que pode desencadear 
muitos fatores de risco à saúde e inclui 
componentes como a água, tanto de consumo 
quanto a proteção de mananciais; o esgoto; o 
lixo, incluindo o hospitalar; a poluição do ar; da 
água e do solo. 
• Risco ocupacionais: são relacionados ao 
ambiente de trabalho, como o processo, o local 
de produção, as substanciais manuseadas e a 
intensidade no ritmo de trabalho. 
• Riscos sociais: estão relacionados ao transporte, 
alimentos e substancias terapeuticas. Podem 
estar relacionados também a violência e a 
grupos vulneráveis. 
• Riscos iatrogênicos: são os riscos decorrentes 
de tratamentos médico ou do uso de 
medicamentos, como efeito colaterais, infecções 
hospitalares, contato com substancias, etc. pode 
ser definido como um efeito adverso, doença ou 
complicação causada por procedimento médico 
ou uso de remédios. 
• Risco institucionais: são decorrentes de 
serviços de instituições diversas como creches, 
escolas, clubes, asilos, hotéis, shoppings, 
academias e outros. 
 
Atuação: a lei n°8.080 de 190 atribuiu a vigilância 
sanitária um conjunto amplo de ações, direcionadas 
a prevenção, diminuição e eliminação de riscos à 
saúde, além dos problemas sanitários que decorrem 
da produção e circulação de produtos e serviços de 
interesse da saúde 
As ações de vigilância sanitária podem ser 
organizadas de acordo com a lei 8.080/90: 
• Produtos: alimentos, medicamentos, 
cosméticos, saneantes e outros de interesse 
da saúde 
• Serviços: de saúde, e de interesse à saúde 
• Ambientes: incluído o do trabalho 
 
Produtos: alimentos, bebidas e água minerais 
O controle sanitário da produção de alimentos de 
origem animal e de bebidas de origem vegetal é 
competência do ministério da agricultura. Contudo, 
o comercio destes produtos é responsabilidade da 
vigilância sanitária 
O controle sanitário de alimentos é realizado através 
de ações em todas as etapas de sua produção, 
como: 
• Inspeção de industrias ou unidades de 
produção, manipulação e comercialização de 
alimentos. 
 
Atuação: 
• Concessão de licenças de funcionamento 
• Registro de produtos ou dispensa de registro 
• Monitoramento da qualidade do produto com o 
objetivo de verificar a conformidade e 
orientações aos produtores e manipuladores de 
alimento, 
 
Atuação 
• Produtos: medicamentos, drogas, insumos 
farmacêuticos e correlatos 
Fazem parte deste grupo medicamentos, os insumos 
farmacêuticos, os soros e as vacina. São 
considerados correlatos os equipamentos e artigos 
médicos, odontológicos e hospitalares e os kits de 
diagnostico destinados à atenção à saúde. 
 
Também são alvo de atuação os produtos de 
higiene, produtos de limpeza, os cosméticos e 
perfumes. 
 
Há alguns produtos quem antes de poderem ser 
comercializados, precisam de aprovação da ANVISA. 
Essa aprovação se dá por meio do registro destes 
produtos junto à agencia. Fabricar ou comercializar 
produtos sem registro é crime. 
 
Atuação 
Produtos: serviços 
Nos serviços, a VISA tem por função verificar as 
condições de funcionamento e identificar os 
possíveis riscos e danos à saúde dos pacientes, dos 
trabalhadores e ao meio ambiente dos serviços de 
saúde e de interesse da saúde 
Objetiva também a verificação da adesão às normas 
e aos regulamentos técnicos vigentes de tais 
serviços. 
 
Atuação: Do meio ambiente, incluindo o do 
trabalho. 
Também é preocupação da vigilância sanitária a 
poluição do ar, da água e do solo, assim como os 
desastres provocados por produtos perigosos. 
Portanto, o objetivo é desenvolver um conjunto de 
medidas capazes de proteger o meio ambiente bem 
como evitar ações predatórias. 
 
Atribuições: 
• O controle sanitário de portos, aeroportos, 
fronteiras e recintos alfandegados 
• As ações afeitas à área de relações internacionais 
• A promoção de estudos e manifestações sobre a 
concessão de patentes 
• De produtos e processos farmacêuticos 
previamente à anuência pelo instituto nacional 
de propriedade industrial (INPI) 
 
ORGANIZAÇÃO DA VISA 
Estrutura da VISA no Brasil 
• No nível federal, estão a agencia nacional de 
vigilância sanitária (ANVISA) e o instituto 
nacional de controle de qualidade em saúde da 
fundação Oswaldo cruz (INCQS/Fiocruz) 
• No nível estadual, estão o órgão de VISA e o 
laboratório central (Lacen) de cada uma das 27 
unidades de federação (26 estados e o distrito 
federal) 
• No nível municipal, estão os serviços de 
vigilância sanitária de cada um dos 5561 
municípios brasileiros ou, pelo menos, daqueles 
que já organizaram seus serviços de vigilância 
sanitária. 
 
DESCENTRALIZAÇÃO: RESPONSABILIDADES 
DA UNIÃO 
• Responder, solidariamente com os municípios, o 
distrito federal e os estados, pela integralidade 
da atenção à saúde da população 
• Desenvolver, a partir da identificação de 
necessidades, um processo de planejamento, 
regulação, programação pactuada e integrada 
da atenção à saúde, monitoramento e avaliação 
• Participar do financiamento tripartite do sistema 
único de saúde 
• Coordenar, nacionalmente, as ações de 
prevenção e controle da vigilância em saúde que 
exigem ação articulada e simultânea entre os 
estados, distritos federal e municípios. 
• Formular e implementar políticas para áreas 
prioritárias, conforme definido nas diferentes 
instancias de pactuação 
• Elaborar, pactuar e implementar a politica de 
promoção da saúde 
PORTARIA N° 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006 
 
DESCENTRALIZAÇÃO: RESPONSABILIDADES 
DOS ESTADOS 
• Responder, solidariamente com municípios, 
distrito federal e união pela integridade da 
atenção à saúde da população 
• Participar do financiamento tripartite do sistema 
único de saúde 
• Formular e implementar políticas para área 
prioritárias, conforme definido nas diferentes 
instancias de pactuação 
• Desenvolver, a partir da identificação das 
necessidades, um processo de planejamento, 
regulação, programação pactuada e integrada 
da atenção à saúde, monitoramento e avaliação 
• Coordenar e executar e as ações de vigilância em 
saúde compreendendo as ações de media e alta 
complexidade desta área, de acordo com as 
normas vigentes e pactuações estabelecidas. 
• Elaborar, pactuar e implantar a politica de 
promoção da saúde, considerando as diretrizes 
estabelecidas no âmbito nacional 
 
O PDR deverá expressar o desenho final do processo 
de identificação e reconhecimento das regiões de 
saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e 
no distrito federal, objetivando a garantia do acesso, 
a promoção da equidade, a garantia da 
integralidadeda atenção, a qualificação do processo 
de descentralização e a racionalização de gastos e 
otimização de recursos. 
 
O PDI deve expressar os recursos de investimentos 
para entender as necessidades pactuadas no 
processo de planejamento regional e estadual. No 
âmbito regional deve refletir as necessidades para se 
alcançar a suficiência na atenção básica regional e na 
macrorregião no que se refere à alta complexidade. 
 
REGIONALIZAÇÃO 
• O planejamento regional deve considerar os 
parâmetros de incorporação tecnológica que 
compatibilizem economia de escala com 
equidade no acesso; 
• Para garantir a atenção na alta complexidade e 
em parte da média, as regiões devem pactuar 
entre si arranjos inter-regionais, com agregação 
de mais de uma região em uma macrorregião. 
 
As regiões podem ter os seguintes formatos: 
• Regiões intraestaduais, compostas por mais 
de um município, dentro de um mesmo 
estado; 
• Regiões Intramunicipais, organizadas dentro 
de um mesmo município de grande extensão 
territorial e densidade populacional; 
• Regiões Interestaduais, conformadas a partir 
de municípios limítrofes em diferentes 
estados; 
• Regiões Fronteiriças, conformadas a partir de 
municípios limítrofes com países vizinhos. 
 
DESCENTRALIZAÇÃO: RESPONSABILIDADES 
DO DISTRITO FEDERAL 
Responder, solidariamente com a união, pela 
integralidade da atenção à saúde da população; 
 
Garantir a integralidade das ações de saúde 
prestadas de forma interdisciplinar, por meio da 
abordagem integral e contínua do indivíduo no seu 
contexto familiar, social e do trabalho; englobando 
atividades de promoção da saúde, prevenção de 
riscos, danos e agravos; ações de assistência 
assegurando o acesso ao atendimento às urgências. 
 
Executar e coordenar as ações de vigilância em 
saúde, compreendo as ações de média e alta 
complexidade desta área, de acordo com as normas 
vigentes pactuadas estabelecidas. 
 
DESCENTRALIZAÇÃO: RESPONSABILIDADES 
DOS MUNICIPIOS 
Todo município é responsável pela integridade da 
atenção à saúde da sua população, exercendo essa 
responsabilidade de forma solidaria com o estado e 
a união 
 
Todo município deve: 
• Garantir a integralidade das ações de saúde 
prestadas de forma interdisciplinar; 
englobando atividades de promoção da 
saúde, prevenção de riscos, danos e agravos; 
ações de assistência, assegurando o acesso 
ao atendimento às urgências 
• Promover a equidade na atenção à saúde 
considerando as diferenças individuais e de 
grupos populacionais 
• participar do financiamento tripartite do 
Sistema Único de Saúde; 
• assumir a gestão e executar as ações de 
atenção básica, incluindo as ações de 
promoção e proteção, no seu território; 
• assumir a gestão e execução das ações de 
vigilância em saúde realizadas no âmbito 
local, compreendendo as ações de vigilância 
epidemiológica, sanitária e ambiental, de 
acordo com as normas vigentes e 
pactuações estabelecidas 
• elaborar, pactuar e implantar a política de 
promoção da saúde, considerando as 
diretrizes estabelecidas no âmbito nacional 
 
PORTARIA N° 399, DE 22 DE FEVEREIRO DE 2006 
Vigilância em Saúde 
AULA 5 – VIGILÂNCIA AMBIENTAL 
Vigilância ambiental em saúde 
A vigilância ambiental tem por finalidade promover 
o conhecimento, a detecção e a prevenção de 
mudanças nos fatores determinantes e 
condicionantes do meio ambiente que interferem na 
saúde humana, competindo-lhes as ações de 
vigilância, prevenção e controle das zoonoses e 
doenças transmitidas por vetores, dos acidentes por 
animais peçonhentos e venenosos, bem como a 
vigilância das populações humanas expostas aos 
fatores de risco ambientais não biológicos. 
 
Zoonoses e vigilância de fatores de risco 
biológicos 
Tem como finalidade a vigilância, prevenção e 
controle de doenças e agravos relacionados a 
vetores, hospedeiros, reservatórios, portadores, 
amplificadores ou suspeitos de alguma zoonose de 
relevância para a saúde pública, quanto à 
transmissão de agentes etiológico para humanos, 
além dos acidentes por animais peçonhentos e 
venenosos. 
 
 
Vigilância dos fatores de risco não biológicos 
Trata de coordenar as atividades de vigilância em 
saúde ambiental relacionada aos contaminantes 
ambientais na água, no ar e no solo, de importância 
e repercussão na saúde pública, bem como dos 
riscos decorrentes dos desastres naturais, acidentes 
com produtos perigosos, e outros eventos capazes 
de causar doenças e agravos à saúde humana. 
 
 
É responsável pelos seguintes programas: 
• Programa de vigilância em saúde da água 
para consumo humano (VIGIAGUA) 
• Programa de vigilância em saúde das 
populações expostas aos poluentes 
atmosféricos (VIGIAR) 
• Programa de vigilância em saúde ambiental 
relacionada aos riscos decorrentes dos 
desastres naturais (VIGIDESASTRES) 
• Programa de vigilância ambiental dos riscos 
associados aos desastres de origem 
antropogênica (VIGIAPP) 
• Programa de vigilância em saúde ambiental 
de populações expostas às áreas 
contaminadas por contaminantes químicos 
(VIGISOLO) 
• E de vigilância em saúde ambiental que 
integra a vigilância em saúde das populações 
expostas aos agrotóxicos (VSPEA) 
 
LEI 8.080/90 
Dentre os objetivos e atribuições do SUS que 
potencializam e efetivam a relação saúde e 
ambiente: 
• O saneamento básico e o meio ambiente, 
dentre os fatores determinantes e 
condicionantes da saúde 
• A colaboração na proteção do meio 
ambiente (nele compreendido o trabalho) 
como campo de atuação do SUS 
• A integralidade das ações dos serviços 
preventivos e curativos, emergindo da 
integração entre as ações de saúde, de meio 
ambiente e de saneamento básico. 
 
 
 
 
 
Atribuições da união, estados, distrito federal e 
municípios. 
• Acompanhar, avaliar e divulgar o estado de 
saúde da população e das condições ambientais 
• Propor e celebrar convênios, acordos e 
protocolos internacionais relativos à saúde, 
saneamento e meio ambiente 
• Participar da formulação e da implementação 
das políticas de controle das agressões ao meio 
ambiente 
• Participar da definição de normas e de 
mecanismos de controle de órgãos afins, de 
agravo sobre o meio ambiente e dele 
decorrentes que tenham repercussão na saúde 
humana. 
 
Vigilância em saúde ambiental 
No âmbito do ministério da saúde, diversos órgãos 
instituições desenvolvem programas e projetos e 
ações relacionados à saúde ambiental. São eles: 
• FUNASA 
• ANVISA 
• FIOCRUZ 
 
Epidemiologia ambiental 
• Epidemiologia descritiva: que utiliza o 
método cientifico para estudar a atribuição 
dos riscos e dos efeitos adversos à saúde da 
população 
• Epidemiologia analítica: que estuda a 
relação entre a exposição a um determinado 
fator e algum efeito adverso à saúde. 
 
A epidemiologia ambiental leva os fatores de riscos 
existentes (físicos, químicos, biológicos, mecânicos, 
ergonômicos ou psicossociais); as características 
especiais do ambiente que interferem no padrão de 
saúde da população; e os efeitos adversos à saúde 
relacionados à exposição a fatores de risco 
ambientais 
 
Gerenciamento de risco 
O gerenciamento de riscos consiste na seleção e 
implementação de estratégias mais apropriadas 
para o controle e prevenção de riscos, envolvendo a 
regulamentação, a utilização de tecnologias de 
controle e remediação ambiental, a análise de 
custos/benefícios, a aceitabilidade de riscos e a 
análise de seus impactos nas políticas públicas. 
 
 
 
 
Método de análise: Um dos instrumentos – 
pospostos pela OMS para os países – é a matriz de 
indicadores de saúde ambiental (matriz de corvalán), 
que permite identificar a rede de causalidade 
envolvida nos problemas de saúde ambiental e 
propor ações e indicadores para monitoramento e 
avaliação. Compõem a matriz de corvalán cinco 
categorias de análise: força motriz,pressão, situação 
ou estado, exposição e efeito. 
 
 
 
 
Indicadores de saúde e ambiente 
• Indicadores permitem uma visão abrangente e 
integrada da relação saúde e ambiente 
• Os indicadores de saúde ambiental serão 
utilizados para tomada de decisões, por 
intermédio do uso de diferentes ferramentas, 
tais como a estatística, a epidemiologia e a 
utilização destes nos sistemas de informações 
geográfica. 
 
Sistema de informação de saúde vigilância 
ambiental em saúde. 
• A vigilância ambiental em saúde utilizara como 
ferramenta fundamental georreferenciamento 
de dados 
• Possibilitando assim, a elaboração de mapas de 
risco capazes de auxiliar a tomada de decisão 
nas diversas instancias do SUS. 
 
Sistemas de informação de vigilância ambiental 
em saúde 
A vigilância ambiental em saúde deverá ser 
concebida e estruturada de forma que seja 
plenamente compatível com os sistemas de 
informação da vigilância epidemiológica e dos 
grandes bancos de dados de saúde existentes no 
país, assegurando desta forma, que não haja 
duplicidade de ação e que a partir do cruzamento 
das informações dos sistemas de informação do 
Sinvas com os demais sistemas, possibilitem a 
construção e identificação de indicadores de saúde 
ambiental. 
 
Operacionalização da vigilância em saúde 
ambiental 
• Vigilância da qualidade da água para 
consumo humano (vigiagua) 
• Vigilância em saúde de populações expostas 
a contaminantes químicos (vigipeq) 
• Vigilância em saúde ambiental de 
populações expostas à poluição atmosférica 
(vigiar) 
• Vigilância em saúde ambiental associada aos 
fatores físicos (vigifis) 
• Vigilância em saúde ambiental dos riscos 
associados aos desastres (vigidesastres) 
 
Programa nacional de vigilância da qualidade da 
água para consumo humano (vigiagua) 
• Implantado em 1999 
• Objetivo: é avaliar o risco à saúde, representado 
pela água utilizada para consumo humano no 
território 
• Ações: 
o Reduzir a morbimortalidade por doenças e 
agravos de transmissão hídrica 
o Orientação de gestores em relação ao 
abastecimento de água 
o Gerenciar o risco a saúde das condições 
sanitários das diversas formas de 
abastecimento de água 
o Informar a população sobre a qualidade da 
água a 
 
 
 
Programa nacional de vigilância em saúde de 
populações expostas e contaminantes químicos 
(vigipeq) 
O objeto das ações do vigipeq são os contaminantes 
químicos que interferem na saúde humana e nas 
inter-relações entre homem e ambiente. Tem como 
propósito articular ações de prevenção, de 
promoção, de vigilância e de assistência à saúde de 
populações expostas a contaminantes químicos. 
 
 
 
Atua a partir da identificação de área ou local de 
risco, caracterizados como foco do plano de ações, 
definidos conforme potencial de contaminação. São 
exemplos de áreas contaminadas: lixões, depósitos 
de resíduos químicos, postos de combustível, áreas 
agrícolas que utilizam agrotóxicos. 
 
 
Priorização de áreas de acordo com: 
• categorização da área: distância da 
população em relação à área contaminada, 
dados de exposição (informação de 
investigação anterior) e caracterização do 
ambiente (se existe contaminantes 
prioritários); 
• caracterização da população: numero 
estimado da população sob risco, 
instituições de alta vulnerabilidade 
(hospitais, creches, escolas, asilos), novel 
econômico (baixa, média e alta renda) 
• avaliação toxicológica do contaminante: 
toxicidade e persistência ambiental ( se o 
tempo do contaminante no ambiente é alto, 
médio ou inexistente) 
• medidas de contenção e de controle em 
relação ao ambiente: aplicação (ou não) de 
algumas medidas de contenção ou de 
controle 
• acessibilidade ao local: contínua, ocasional 
ou inexistente 
 
quanto a populações expostas a substancias 
químicas, o foco das ações do vigipeq são cinco 
substancias prioritárias: agrotóxicos, benzeno, 
mercúrio, amianto e chumbo 
 
a identificação, a investigação e a notificação de 
casos (suspeitos e confirmados) de intoxicação por 
substancias químicas são registradas no sistema de 
informação de agravos de notificação (Sinan. 
 
Programa nacional de vigilância em saúde de 
populações expostas a contaminantes químicos 
para a vigilância de agrotóxicos. 
 
Programa nacional de vigilância em saúde 
ambiental de populações expostas à poluição 
atmosférica (VIGIAR) 
Ações voltadas a: 
• identificar e priorizar municípios com risco 
de exposição humana a poluentes 
atmosféricos 
• definir áreas de atenção ambiental 
atmosférica de interesse para a saúde 
• identificar efeitos agudos e crônicos da 
exposição a poluentes atmosféricos para 
caracterização da situação e saúde 
• analisar a situação de saúde da população 
exposta à poluição atmosférica 
• fornecer elementos para orientar as políticas 
nacionais e identificar locais de proteção da 
saúde da população frente aos riscos 
decorrentes da poluição atmosférica. 
 
 
Programa nacional de vigilância em saúde 
ambiental associada aos fatores físicos (vigifis) 
o vigfis é responsável pelas ações que visam 
proteger a saúde da população exposta ou 
potencialmente exposta aos riscos das radiações 
ionizantes (RI) e das radiações não ionizantes (RNI) 
 
 
 
 
 
 
 
 
Programa nacional de vigilância em saúde 
ambiental dos riscos associados aos desastres 
(vigidesastres) 
O vigidesastres tem por objetivo propor ações para 
minimizar a exposição aos riscos de desastre 
naturais relacionados a enchentes, secas, 
deslizamentos, e reduzir doenças decorrentes de 
desastres antropogênicos, como os acidentes com 
produtos perigosos e desastres industriais. 
 
Assim, atua na gestão do risco, integrando os 
processos de planejamento, organização, de 
implementação e de controle dirigido à redução e 
ao gerenciamento do desastre bem como à 
recuperação dos seus efeitos, contemplando ações 
voltadas à prevenção e à atuação em situações de 
risco e em planos de contingência. 
 
 
 
Os desastres afetam a saúde pública, em diversos 
aspectos: 
• Aumento súbito no numero de óbitos 
• Aumento na demanda e na necessidade de 
intervenções assim como na continuidade de 
resposta dos serviços locais de saúde 
• Danificação, destruição ou interrupção dos 
serviços de saúde 
• Interrupção dos sistemas de distribuição de 
água, dos serviços de drenagem, de limpeza 
urbana e de esgotamento sanitário, 
facilitando a proliferação de vetores. 
• Aumento de doenças causadas por: 
veiculação hídrica e alimentar, infecção 
respiratórias, dermatológicas, acidentes por 
animais peçonhentos e outros animais 
 
 
Manejo do desastre: 
• Notificar o evento e convocar o COE 
• Acompanhar as ações de busca e de resgate 
• Intensificar as ações de prevenção, de 
promoção, de proteção, de educação, de 
recuperação e de reabilitação previamente 
determinadas para o setor saúde 
• Identificar e realizar atividades de promoção 
e de assistência à saúde dos atingidos. 
• Avaliar os danos às pessoas, no sistema de 
abastecimento de água, nos abrigos e na 
infraestrutura de saúde por meio dos 
formulários de avaliação de danos. 
• Identificar as necessidades em saúde 
Vigilância em Saúde 
AULA 6 – VIGILÂNCIA EM ZOONOSES 
60% das doenças infecciosas humanas existentes 
são zoonóticas. Pelo menos 75% das doenças 
infecciosas emergentes do ser humano (incluindo 
EBOLA, HIV e gripe) tem origem animal. 5 novas 
doenças humanas aparecem todos os anos, três são 
de origem animal. 120 milhões foi o total gasto em 
todo o mundo com o impacto das epidemias 
zoonóticas de 1995 a 2008, muitas delas evitáveis. 
 
Como são transmitidas as doenças zoonóticas 
• Transmissão aerógena: transferência do vírus 
• Vetores: transmitem agentes procedentes de 
animais infectados 
• Proximidade dos animais: transferência fecal 
oral / fluidos corporaisdos animais em cortes ou 
feridas 
• Contato direto com animais: mordida de 
animais infectados 
• Transmissão de doenças por consumo de 
alimentos: consumo de carne ou leite infectado 
 
Controle de zoonoses 
• Zoonoses monitoradas por programas de 
vigilância e controle do ministério da saúde 
• Zoonoses de relevância regional ou local 
• Zoonoses emergentes ou reemergentes 
 
As zoonoses monitoradas por programas 
nacionais de vigilância e controle do ministério 
da saúde 
• Peste 
• Leptospirose 
• Febre maculosa brasileira 
• Hantavirose 
• Doença de chagas 
• Febre amarela 
• Febre de Chikungunya 
• Febre do Nilo ocidental 
 
Zoonoses de relevância regional ou local 
• Toxoplasmose 
• Esporotricose 
• Ancilostomíase 
• Toxocaríase (larva migrans cutânea e 
visceral) 
• Histoplasmose 
• Criptococose 
• Equinococose – hidatidose, entre outras. 
 
Zoonoses emergentes ou reemergentes 
Doenças novas (exóticas) e aquelas que reaparecem 
após período de declínio significativo ou com risco 
de aumento no futuro próximo, promovendo 
significativo impacto sobre o ser humano, devido à 
sua gravidade e à potencialidade de deixar sequelas 
e morte 
 
Avaliação da magnitude, da transcendência, do 
potencial de disseminação, da gravidade, da 
severidade e da vulnerabilidade referente ao 
processo epidemiológico de instalação, transmissão 
e manutenção de zoonoses, considerando a 
população exposta, a espécie animal envolvida, a 
área afetada (alvo), em tempo determinado. 
 
 
 
 
Raiva 
• é uma zoonose viral que se caracteriza como 
uma encefalite progressiva aguda e letalidade de 
aproximadamente 100%, considerado casos 
raros de cura. 
• No ciclo urbano, as principais fontes de infecção 
são o cão e o gato. No brasil, o morcego é o 
principal responsável pela manutenção da 
cadeia silvestre 
• Ação de controle: diagnóstico clínico ou 
laboratorial, medidas de educação em saúde, 
realizar bloqueio de foco, vacinação antirrábica, 
em massa, de cães e gatos, recolhimento de cães 
de rua que apresentam risco à população por 
conta da disseminação do vírus na espécie. 
 
Leishmaniose visceral 
• A leishmaniose visceral (LV) é uma protozoonose 
crônica, sistêmica caracterizada em humanos por 
febre de longa duração, perda de peso, astenia, 
adinamia e anemia, entre outras manifestações. 
Quando não tratada, pode evoluir para óbito em 
mais de 90% dos casos 
• No cão, principal reservatório e fonte de infecção 
no meio urbano, a doença caracteriza-se por 
febre irregular, apatia, emagrecimento, 
descamação furfurácea e úlceras na pele – em 
geral, no focinho, nas orelhas e extremidades -, 
conjuntivite, paresia dos membros posteriores, 
fezes sanguinolentas e crescimento exagerado 
das unhas. 
• A forma de transmissão é por meio da picada 
desses vetores infectados pela leishmania (L) 
chagasi. 
• Medidas de controle: 
o Uso de mosquiteiro com malha fina, 
telagem de portas e janelas, uso de 
repelentes, não se expor nos horários de 
atividade do vetor (crepúsculo e noite) em 
ambientes onde este habitualmente pode 
ser encontrado 
o Manejo e saneamento ambiental 
o Realizar exame sorológico nos animais 
 
Chikungunya 
• Os vírus dengue (DENV?), Chikungunya (CHIKV) 
e Zica (ZIKV) são arbovírus que podem ser 
transmitidos ao homem por via vetorial, vertical 
e transfusional 
• A principal forma é a vetorial, que ocorre pela 
picada fêmeas de aedes egypti infectadas 
• Ate o momento, não há tratamento antiviral 
especifico para Chikungunya 
 
VIGILÂNCIA ATIVA 
Articulação sistemática para atualização quanto à 
ocorrência de casos humanos, sejam prevalentes ou 
incidentes, sejam no território de atuação ou em 
áreas circunvizinhas 
 
Monitoramento constante e sistemático das 
populações de animais do território de atuação. 
 
Estruturação da rotina de identificação de 
informações geradas pela mídia sobre a incidência e 
a prevalência de zoonose na área alvo 
 
Articulação sistemática com serviços e instituições 
públicas e privadas que, de alguma forma, trabalham 
com animais ou amostras biológicas de animais, tais 
como: consultórios, clinicas e hospitais veterinários, 
pet shops, órgãos ambientais, órgãos de agricultura, 
órgãos e entidades de proteção animal, laboratório, 
universidades, entre outros, de modo que se 
identifique oportuna e precocemente a introdução 
de uma zoonose em uma determinada área ou seu 
risco iminente 
Desenvolvimento de inquéritos epidemiológicos 
que envolvam determinadas populações de animais. 
 
VIGILÂNCIA PASSIVA 
Disponibilidade de avaliação e recepção de um 
animal de relevância para saúde pública. 
 
Canal de comunicação com a população para 
informações sobre animais de relevância para saúde 
pública, bem como para que a população notifique 
a área de vigilância de zoonoses, quando diante de 
um animal suspeito de zoonoses de relevância para 
saúde pública. 
 
PREVENÇÃO 
Educação em saúde: devem-se desenvolver 
atividades de educação em saúde na comunidade 
como um todo, visando à prevenção de zoonoses. 
 
Manejo ambiental: realizado somente quando 
possível (diferenciando-se das ações de correção do 
ambiente, sendo esta uma articulação legal dos 
órgãos de meio ambiente), para controlar ou, 
quando viável, eliminar vetores e roedores 
 
Vacinação animal: deve-se realizar a vacinação 
antirrábica de cães e gatos, de acordo com o 
preconizado para cada região, conforme o contexto 
epidemiológico da raiva na área local e com 
preconizado no programa nacional e controle de 
raiva do ministério da saúde 
 
CONTROLE 
1. Controle do risco iminente de transmissão de 
zoonose 
2. Controle da zoonose incidente 
3. Controle da zoonose prevalente 
 
Controle do risco iminente de transmissão de 
zoonose: esse controle se caracteriza pelo 
desenvolvimento de ações, atividades e estratégias 
que visem ao alcance da redução ou da eliminação, 
quando possível, do risco iminente de transmissão 
da zoonose para população humana 
 
Controle da zoonose incidente: são medidas de 
controle para a redução ou a eliminação, quando 
possível, do numero de casos humanos da doença, 
intervindo de forma efetiva na interrupção do ciclo 
de transmissão 
Controle da zoonose prevalente: manutenção das 
medidas de vigilância, ativa e passiva, e de 
prevenção, procedendo às medidas de controle para 
redução ou eliminação, quando possível, do número 
de casos humanos da doença, intervindo de forma 
efetiva na interrupção do ciclo de transmissão 
 
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 
A avaliação deve ser constante até o alcance do 
objetivo (reduzir ou eliminar, quando possível, a 
doença ou o risco iminente) 
Vigilância em Saúde 
AULA 7 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM 
SAÚDE 
“é um mecanismo de coleta, processamento, análise 
e transmissão da informação necessária para se 
organizar, operar os serviços de saúde, investigar e 
planejar com vista ao controle de doenças” 
 
Informação em saúde 
• É um instrumento de utilização rotineira, 
especialmente na vigilância e monitoramento, 
planejamento e gestão, definição de politicas e 
outros. 
• Em todos eles, estão presentes os processos que 
sintetizam a dinâmica das atividades de 
“informação-decisão-ação, como apoio à gestão 
do sistema único de saúde (SUS) baseados em 
evidencias. 
 
DADO X INFORMAÇÃO 
 Dado: 
• Valor quantitativo referente a um fato ou 
circunstancia 
• Numero bruto que ainda não sofreu tratamento 
estatístico 
• São a base para gerarmos informações 
 
Informação 
• Conhecimento obtido a partir dos dados 
• Resultado da análise e combinação de vários 
dados 
• Instrumento essencial para tomada de decisões 
 
Tipos de dados 
Primário: 
• São levantados diretamente na população 
pesquisada 
• Ex: quantificação da pressão arterial de uma 
determinada populaçãoSecundário: 
• Já foram coletados, tabulados, ordenados e 
analisados 
• Ex: numero de casos de dengue em um 
determinado município 
 
 
 
 
 
Na informação pode ser: 
• Epidemiológica 
• Financeira 
• Orçamentaria 
• Normativa 
• Socioeconômica 
• Demográfica 
• Recursos humanos 
 
 
Essas informações são muito importantes na tomada 
de decisões, pois podem interferir no: 
• Perfil de morbimortalidade 
• Característica demografia 
• Principais fatores de risco e seus 
determinantes 
• Informações sobre os serviços 
 
A informação pode gerar: 
• Analise da situação 
• Definição de metas 
• Tomada de decisões 
• Implementação das ações 
 
 
 
“informar é um processo dinâmico e complexo, 
envolvendo componentes tecnológicos, 
econômicos, políticos, conceituais e ideológicos, 
associados a um referencial explicativo sistemático 
[...], com enfoque interdisciplinar e intersetorial 
como estratégia norteadora” 
 
Etapas: 
• Coleta 
• Registro 
• Processamento 
• Análise 
• Apresentação 
• Divulgação 
 
Dado -> informação! Decisão! Ação! 
 
Conta com requisitos técnicos e profissionais para 
execução das etapas 
Ferramentas usadas para o armazenamento: 
• Hardware (computadores) 
• Software (sistemas de informação, bancos de 
dados e aplicativos de estatística) 
 
SISTEMA DE INFORMAÇÃO EM SAÚDE – SIS 
Recolher os dados de saúde de diversas origens. Por 
exemplo, todos os nascidos precisam ter uma 
declaração de nascido vivo (DNV), que faz parte de 
um sistema chamado SINASC – sistema de 
informação sobre nascidos vivos. Também há SIS 
para as internações nos hospitais do SUS ou para 
doenças de notificação compulsória 
 
Armazenar os dados de saúde. Normalmente são 
armazenados separadamente para cada um dos SIS, 
os sistemas mais modernos armazenam os dados 
com muita segurança, em um local centralizado no 
ministério da saúde 
 
Processar os dados com base em alguma regra. Por 
exemplo, na maioria dos SIS, é obrigatório que 
algumas informações sejam preenchidas, como o 
sexo e idade do paciente. 
 
Transmitir os dados e centralizar as informações de 
forma segura e evitando as duplicidades; e 
disseminar informações obtidas 
 
Banco de dados: sobre cada um dos pacientes 
pode-se armazenar informações tais como: nome, 
sexo, RG, CPF, estado, município, logradouro, setor, 
número, CEP, etc. essas diversas características de 
cada paciente são os “atributos do paciente “, 
muitas vezes chamados de campos ou variáveis. “o 
conjunto de todos os atributos de um paciente com 
seus respectivos valores é o que compõe o chamado 
“registro do paciente” 
 
Problemas do SIS 
• Precário conhecimento sobre banco de 
dados 
• Dificuldade de acesso 
• Concepção centralizada dos bancos de 
dados 
• Sistemas compartimentalizados 
• Complexidade dos dados/estrutura dos 
bancos 
• Insuficiência de recursos 
• Subutilização dos dados para apoio 
gerencial 
 
 
Qualidade dos dados 
A qualidade do indicador de saúde gerado a partir 
de dados de um SIS depende necessariamente de 
dois componentes: 
• A robustez dos dados (frequência) e 
• A precisão dos sistemas de informação 
empregados (registro, coleta, transmissão 
dos dados, etc) 
 
DATASUS 
Disponibiliza variedade de base de dados, 
informações e indicadores relevantes para a atuação 
de profissionais de saúde 
 
Reúne e articula num único banco de dados, 
informações de diferentes sistemas, úteis para o 
planejamento e avaliação em saúde 
 
possui dados sobre a rede hospitalar e ambulatorial 
do SUS e sobre alguns dos principais sistemas de 
informação em saúde: mortalidade, internações 
hospitalares, morbidade hospitalar e produção 
ambulatorial 
 
Também disponibiliza dados do IBGE: pesquisa 
assistência médico-sanitária, população residente, 
alfabetização, abastecimento de água, esgoto e 
coleta de lixo. 
 
O DATASUS vai ter duas informações diferentes: 
• Informações de saúde (indicadores de saúde, 
assistência à saúde, informações 
epidemiológicas e de morbidade, informações 
sobre a rede de assistência à saúde, estatística 
vitais, informações demográficas e 
socioeconômicas) 
• Informações financeiras (referentes aos 
recursos do fundo nacional de saúde 
transferidos aos municípios, aos créditos aos 
prestadores de serviços de saúde, aos 
orçamentos públicos de saúde declarados pelos 
estados, pelo distrito e pelos municípios) 
 
IBGE 
• Realiza censos e organiza as informações 
obtidas nesses censos, para suprir órgãos das 
esferas governamentais federal, estadual e 
municipal, e para outras instituições e o publico 
em geral 
• Censo demográfico: conjunto de dados 
estatísticos sobre a população de um país, 
acontece de 10 em 10 anos 
• Contagem de população: realizada entre o 
intervalo de dois censos demográficos, 
geralmente cinco anos 
• Censo agropecuário: levantamento de 
informações sobre estabelecimentos 
agropecuários, florestais e/ou agrícolas de todos 
os municípios, geralmente 10 anos. 
 
e-SUS 
• Estratégia do departamento de atenção básica 
para reestruturar as informações de atenção 
básica em nível nacional 
• Reestruturação dos sistemas do SUS em busca 
de um SUS eletrônico 
• Reduzir o retrabalho de coleta de dados 
• Individualização do registro 
• Produção de informação integrada 
 
Esses dados registrados nesses sistemas são gerados 
a partir do trabalho de todos os profissionais da 
atenção básica: 
• Equipe estratégia saúde da família 
• Núcleo de apoio a saúde da família (NASF) 
• Consultório na rua (ECR) 
• Atenção à saúde prisional (EABp) 
• Atenção domiciliar (AD) 
• Profissionais que realizam ações no âmbito 
de programas como o saúde na escola (PSE) 
e a academia da saúde 
Vigilância em Saúde 
AULA 8 – SAÚDE DO TRABALHADOR 
É um campo da saúde coletiva que compreende 
práticas interdisciplinares e interinstitucionais. Sua 
abordagem busca superar a saúde ocupacional e a 
medicina do trabalho, pois além da medicina e 
engenharia de segurança, inclui outras disciplinas: a 
epidemiologia, a administração e planejamento em 
saúde e as ciências sociais em saúde. 
 
Conceito: 
1. Medicina do trabalho 
2. Saúde ocupacional 
3. Saúde do trabalhador 
 
Processo saúde-doença 
O processo saúde-doença dos trabalhadores tem 
relação direta com o seu trabalho; e não deve ser 
reduzido a uma relação monocausal e entre doenças 
e um agente especifico; ou multicausal, entre a 
doença e um grupo de fatores de risco. 
 
Competências da ST 
A execução das ações de ST, segundo a constituição 
federam, Art. 200 é competência do SUS devendo 
este: “... II – executar ações de vigilância sanitária e 
epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; e... VIII – colaborar na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do trabalho”. 
O ministério da saúde coordena a execução da 
política que dá conta dessas necessidades, conforme 
disposto no inciso V do art. 16 da lei n° 8.080/90, 
alinhando-a às demais políticas existentes e 
implementando-a em todos os níveis de atenção do 
SUS. 
 
Quem são os trabalhadores para os quais o SUS 
dirige a PNST? 
São todos os trabalhadores, independentemente de 
sua localização, urbana ou rural, de sua forma de 
inserção no mercado de trabalho formal ou informal, 
de seu vínculo empregatício, público ou privado, 
assalariado, autônomo, avulso, temporário, 
cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico 
aposentado ou desempregado; diferentemente do 
público alvo do ministério do trabalho e emprego e 
da previdência social que se ocupam dos 
trabalhadores formais 
 
 
 
Como o SUS realiza a PNST? 
Articulando ações individuais de assistência e de 
recuperação dos agravos, com ações coletivas, de 
promoção, de prevenção, de vigilância dos 
ambientes, processos e atividades de trabalho, e de 
intervenção

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