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DIRETRIZES NACIONAIS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE

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DIRETRIZES NACIONAIS DA VIGILÂNCIA EM SAÚDE – CAPÍTULO I
O SUS
O SUS orienta os sistemas de saúde a se organizarem em bases territoriais, a fim de refletir a riqueza e complexidade da população desse território e distribuir os serviços de saúde, facilitando o acesso das pessoas a tais serviços e desenvolvendo uma responsabilização sanitária, por parte dos gestores, pela população local.
A participação da sociedade organizada ressignifica a gestão local, municipal e distrital, propondo uma articulação de políticas intersetoriais voltadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas.
A territorialização é a base do trabalho das equipes de atenção básica para a prática da vigilância em saúde, caracterizando-se por um conjunto de ações, no âmbito individual e coletivo, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
PACTO PELA SAÚDE (2006)
Define prioridades articuladas e integradas em 3 componentes: Pacto pela Vida, Pacto em Defesa do SUS e Pacto de Gestão do SUS.
1. PACTO PELA VIDA
Conjunto de compromissos sanitários, traduzidos em objetivos de processos e resultados, derivados da análise da situação de saúde do país e das prioridades definidas pelos governos federal, estadual e municipal;
O Pacto pela Vida pressupõe:
· definir e pactuar as metas locais;
· definir estratégias para alcançar as metas;
· instituir um processo de monitoramento.
2. PACTO EM DEFESA DO SUS
Mobilização social vinculada ao processo de instituição da saúde como direito de cidadania, tendo o financiamento público da saúde como um de seus pontos centrais.
O Pacto em Defesa do SUS pressupõe:
· discutir nos conselhos municipais e estaduais as ações e estratégias para a concretização desta proposta;
· priorizar espaços com a sociedade civil para realizar as ações previstas;
· lutar por um adequado financiamento.
3. PACTO DE GESTÃO
Estabelece as responsabilidades de cada ente federado, de forma a tornar mais claro quem deve fazer o quê, contribuindo, assim, para o fortalecimento da gestão compartilhada e solidária do SUS. Propõe, ainda, avançar na regionalização e descentralização do SUS, respeitando-se as especificidades regionais.
O Pacto de Gestão pressupõe:
· assumir de maneira efetiva as responsabilidades sanitárias inerente a cada esfera de gestão;
· reforçar a territorialização da saúde como base para a organização dos sistemas, estruturando-se as regiões sanitárias;
· instituir colegiados de gestão regional;
· buscar critérios de alocação equitativa dos recursos financeiros;
· reforçar os mecanismos de transferência fundo-a-fundo entre gestores.
VIGILÂNCIA EM SAÚDE (VS)
A vigilância em saúde tem por objetivo a observação e análise permanentes da situação de saúde da população, articulando-se em um conjunto de ações destinadas a controlar determinantes, riscos e danos à saúde de populações que vivem em determinados territórios, garantindo-se a integralidade da atenção, o que inclui tanto a abordagem individual como coletiva dos problemas de saúde.
Os componentes da VS são as ações de vigilância, promoção, prevenção e controle de doenças e agravos à saúde, devendo-se constituir em espaço de articulação de conhecimentos e técnicas.
O conceito de VS inclui: a vigilância e o controle das doenças transmissíveis; a vigilância das doenças e agravos não-transmissíveis; a vigilância da situação de saúde, vigilância ambiental em saúde, vigilância da saúde do trabalhador e a vigilância sanitária.
A vigilância em saúde deve estar cotidianamente inserida em todos os níveis de atenção da saúde. A partir de suas específicas ferramentas as equipes de saúde da atenção primária podem desenvolver habilidades de programação e planejamento, de maneira a organizar os serviços com ações programadas de atenção à saúde das pessoas, aumentando-se o acesso da população a diferentes atividades e ações de saúde.
A Vigilância em Saúde, visando a integralidade do cuidado, deve inserir-se na construção das redes de atenção à saúde, coordenadas pela Atenção Primária à Saúde. Tal integração entre VS e APS possui diretrizes:
I – compatibilização dos territórios de atuação das equipes, com a gradativa inserção das ações de vigilância em saúde nas práticas das equipes da Saúde da Família;
II – planejamento e programação integrados das ações individuais e coletivas;
III – monitoramento e avaliação integrada;
IV – reestruturação dos processos de trabalho com a utilização de dispositivos e metodologias que favoreçam a integração da vigilância, prevenção, proteção, promoção e atenção à saúde, tais como linhas de cuidado, clinica ampliada, apoio matricial, projetos terapêuticos e protocolos, entre outros;
V – educação permanente dos profissionais de saúde, com abordagem integrada nos eixos da clínica, vigilância, promoção e gestão.
obs.: ACE (Agente de Combate às Endemias) – controle ambiental, endemias, zoonoses e controle de riscos e danos à saúde.
1. V. EPIDEMIOLÓGICA
“Conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com a finalidade de se recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos”.
Seu propósito é fornecer orientação técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos.
Tem como funções, dentre outras: coleta e processamento de dados; análise e interpretação dos dados processados; divulgação das informações; investigação epidemiológica de casos e surtos; análise dos resultados obtidos; e recomendações e promoção das medidas de controle indicadas.
2. V. DA SITUAÇÃO DE SAÚDE
Desenvolve ações de monitoramento contínuo do país/estado/região/município/território, por meio de estudos e análises que revelem o comportamento dos principais indicadores de saúde, priorizando questões relevantes e contribuindo para um planejamento de saúde mais abrangente.
3. V. EM SAÚDE AMBIENTAL
Visa ao conhecimento e à detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do ambiente que interferiram na saúde humana; recomendar e adotar medidas de prevenção e controle dos fatores de risco, relacionados às doenças e outros agravos à saúde, prioritariamente a vigilância da qualidade da água para consumo humano, ar e solo; desastres de origem natural, substâncias químicas, acidentes com produtos perigosos, fatores físicos, e ambiente de trabalho.
4. V. EM SAÚDE DO TRABALHADOR
Conjunto de atividades destinadas à promoção e proteção, recuperação e reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho.
5. V. SANITÁRIA
Conjunto de ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, na produção e circulação de bens e na prestação de serviços de interesse da saúde. Abrange o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e o controle da prestação de serviços que, direta ou indiretamente, se relacionam com a saúde.
6. PROMOÇÃO DA SAÚDE
Promover a qualidade de vida, empoderando a população para reduzir a vulnerabilidade e os riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura e acesso a bens e serviços essenciais.
ENFRENTAMENTO DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA PELO SUS
Conta com uma rede integrada de unidades de alerta e resposta, denominada Rede de Alerta e Resposta às Emergências em Saúde Pública (Rede Cievs), e tem como objetivo a detecção das emergências, a avaliação contínua de problemas que possam constituir emergências de saúde pública e o gerenciamento, coordenação e apoio às respostas desenvolvidas nas situações de emergência.
VS E O PLANEJAMENTO
A VS detém conhecimentos e metodologias que auxiliam a gestão parao conhecimento da realidade, identificação de problemas, estabelecimento de prioridades de atuação e melhor utilização dos recursos em busca de resultados efetivos, fundamentais para a elaboração do planejamento.
A análise da situação de saúde permite a identificação, descrição, priorização e explicação dos problemas de saúde da população, por intermédio da: caracterização da população, das condições de vida, do perfil epidemiológico e descrição dos problemas.
Planejamento é um processo contínuo e dinâmico que consiste em um conjunto de ações intencionais, integradas, coordenadas e orientadas para tornar realidade um objetivo futuro, de forma a possibilitar a tomada de decisões antecipadamente.
O Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde pressupõe a atuação contínua, articulada, integrada e solidária das áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. Define elementos e características que visam a dotar os gestores – de forma oportuna, e segundo as especificidades de cada esfera de direção – do planejamento de que necessitam para a oferta de ações e serviços capazes de promover, proteger e recuperar a saúde da população. Tal forma de atuação deve possibilitar a consolidação da cultura de planejamento de forma transversal às demais ações desenvolvidas no SUS. Deve ser desenvolvido de forma ascendente, articulada, integrada e solidária entre as esferas de gestão. Cada esfera deve realizar o seu próprio planejamento, fortalecendo os objetivos e diretrizes do SUS, contemplando as necessidades e realidades de saúde locais e regionais. Além disso, deve buscar o monitoramento e avaliação do SUS, bem como promover a participação social e a integração intra e intersetorial, considerando-se os determinantes e condicionantes de saúde.
O processo de planejamento do SUS é pautado pela análise da situação de saúde na identificação das condições; dos determinantes e dos condicionantes de saúde da população; dos riscos sanitários na organização de serviços e na gestão em saúde; e estabelece as condições para a integração entre vigilância, promoção e assistência.
1. PLANO DE SAÚDE - apresenta as intenções e os resultados a serem perseguidos no período de quatro anos, expressos em objetivos, diretrizes e metas. É a definição das políticas de saúde em determinada esfera de gestão. É a base para a execução, acompanhamento, avaliação e gestão do sistema de saúde. Deve ser feito de forma participativa, tomando como subsídio privilegiado as proposições das Conferências de Saúde.
2. PROGRAMAÇÃO ANUAL DE SAÚDE - operacionaliza as intenções expressas no Plano de Saúde. Detalha as ações, metas e recursos financeiros para o PAS e apresenta os indicadores para avaliação (a partir dos objetivos, diretrizes e metas do plano de saúde). Contém – de forma sistematizada, agregada e segundo a sua estrutura básica – as programações das áreas específicas.
3. RELATÓRIO ANUAL DE GESTÃO - expressa os resultados alcançados, apurados com base no conjunto de indicadores definidos na programação para acompanhar o cumprimento das metas fixadas.
Os principais instrumentos de planejamento da regionalização são: o Plano Diretor de Regionalização (PDR), o Plano Diretor de Investimento (PDI), a Programação Pactuada e Integrada (PPI) da atenção à saúde, e a Programação das Ações de Vigilância em Saúde (PAVS).
O PDR, articulado com a Programação Pactuada Integrada, deve expressar o desenho final do processo de identificação e reconhecimento das regiões de saúde, em suas diferentes formas, em cada estado e no Distrito Federal.
O PDI deve expressar os recursos de investimentos para atender às necessidades pactuadas no processo de planejamento regional e estadual. Deve também contemplar as necessidades da área da vigilância em saúde e ser desenvolvido de forma articulada com o processo da PPI e do PDR.
A PPI é um processo que visa a definir a programação das ações de saúde relacionadas à assistência, em cada território, bem como norte ar a alocação dos recursos financeiros a partir de critérios e parâmetros pactuados entre os gestores.
Para a construção da integralidade em saúde exige-se que a programação das ações de VS ocorra de forma articulada com outras áreas da atenção à saúde, particularmente a Atenção Primária. As secretarias de saúde, com base nos parâmetros definidos na PAVS, elaboram a programação de suas ações, podendo acrescentar algumas de interesse sanitário municipal ou estadual.
A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde (SVS/MS), realiza o monitoramento das ações da PAVS junto às secretarias estaduais de saúde, as quais monitoram seus respectivos municípios. A SVS/MS, em conjunto com as secretarias estaduais de saúde, também pode realizar este monitoramento junto às secretarias municipais de saúde.
Assim como a SVS/MS, a Anvisa/MS desenvolve mecanismos de acompanhamento da descentralização das ações de vigilância sanitária, atendendo à sua atribuição regimental, regulamentada na Portaria n° 354/GM/MS, de 11 de agosto de 2006.
SNVS e Sistema Nacional de V. Sanitária
O Sistema Nacional de Vigilância em Saúde (SNVS) é coordenado pela SVS/MS no âmbito nacional e é integrado pelos seguintes subsistemas: i) subsistema nacional de vigilância epidemiológica, de doenças transmissíveis e de agravos e doenças não transmissíveis; ii) e subsistema nacional de vigilância em saúde ambiental, incluindo ambiente de trabalho.
O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária é coordenado pela Anvisa no âmbito nacional e integrado pela Anvisa, Vigilâncias Sanitárias Estaduais, Vigilâncias Sanitárias Municipais, Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública, no aspecto pertinente à vigilância sanitária; e sistemas de informação de vigilância sanitária.
RESPONSABILIDADES DOS ENTES FEDERATIVOS DOS SISTEMAS DE VIGILÂNCIA
Os municípios assumam a responsabilidade pela gestão e execução das ações básicas “não compartilhadas” de vigilância em saúde e que as atividades compartilhadas devem ser pactuadas entre os municípios e o Estado na Comissão Intergestores Bipartite, considerando-se o desenho de regionalização, a rede de serviços e as tecnologias disponíveis e o desenvolvimento racionalizado de ações mais complexas.
Uma região em saúde inclui a análise das necessidades da população por ações de saúde, recursos existentes e capacidade instalada de serviços respon sáveis por elas.
Considerando-se a complexidade das ações a serem desenvolvidas na região, é fundamental para o planejamento a análise da situação existente e da necessidade de profissionais, por tipo e grau de formação, bem como da infraestrutura (espaço físico, equipamentos, etc.).
FINANCIAMENTO DO SUS
· Responsabilidade das três esferas de gestão: União, estados e municípios;
· Redução das iniquidades macrorregionais, estaduais e regionais, a serem contempladas na metodologia de alocação de recursos, considerando-se as dimensões étnico-racial e social;
· Repasse fundo-a-fundo, definido como modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores;
· Financiamento de custeio com recursos federais constituídos, organizados e transferidos em blocos de recursos − o uso dos recursos fica restrito a cada bloco, atendendo-se às especificidades neles previstas, conforme regulamentação específica.
Os blocos de financiamento são:
1. AB
2. Atenção de média e alta complexidades
3. Vigilância em saúde
4. Assistência farmacêutica
5. Gestão do SUS
6. Investimentos na rede de serviços de saúde
Os recursos financeiros correspondentes às ações de vigilância em saúde compõem o limite financeiro da vigilância em saúde nos estados, municípios e Distrito Federal, e representam o agrupamento das ações das vigilâncias, epidemiológica, ambiental e sanitária; e também as ações de promoção da saúde.
Os recursos federais transferidos para estados, Distrito Federal e municípios para financiamento das ações de Vigilância em Saúde estão organizados no Bloco Financeiro de Vigilância em Saúde, e são constituídos por:
I – Componente de Vigilância e Promoção da Saúde; e
II – Componenteda Vigilância Sanitária.
Os pisos financeiros dos componentes do bloco da VS são constituídos do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde (PFVPS) e Piso Variável de Vigilância e Promoção da Saúde (PVVPS); e Piso Fixo de Vigilância Sanitária (PFVisa) e Piso Variável de Vigilância Sanitária (PVVisa).
Esses recursos, repassados do Fundo Nacional de Saúde para os fundos estaduais e municipais de saúde, destinam-se a financiar ações de vigilância em saúde, podendo ser utilizados tanto para custeio como para investimentos, desde que observados os impedimentos e adequações às legislações federal, estaduais e municipais.
PROMOÇÃO DA SAÚDE
A promoção da saúde, como uma das estratégias de produção de saúde, ou seja, como um modo de pensar e de operar articulado às demais políticas e tecnologias desenvolvidas no sistema de saúde brasileiro, contribui na construção de ações que possibilitam responder às necessidades sociais em saúde.
Nesta direção, a promoção da saúde estreita sua relação com a vigilância em saúde, numa articulação que reforça a exigência de um movimento integrador na construção de consensos e sinergias, e na execução das agendas governamentais a fim de que as políticas públicas sejam cada vez mais favoráveis à saúde e à vida, e estimulem e fortaleçam o protagonismo dos cidadãos em sua elaboração e implementação, ratificando os preceitos constitucionais de participação social.
Entende-se, portanto, que a promoção da saúde é uma estratégia de articulação transversal na qual se confere visibilidade aos fatores que colocam a saúde da população em risco e às diferenças entre necessidades, territórios e culturas presentes no nosso País, visando à criação de mecanismos que reduzam as situações de vulnerabilidade, defendam radicalmente a equidade e incorporem a participação e o controle sociais na gestão das políticas públicas.
Entende-se que a promoção da saúde apresenta-se como um mecanismo de fortalecimento e implantação de uma política transversal, integrada e intersetorial, que faça dialogar as diversas áreas do setor sanitário, os outros setores do Governo, o setor privado e não-governamental, e a sociedade, compondo redes de compromisso e co-responsabilidade quanto à qualidade de vida da população em que todos sejam partícipes na proteção e no cuidado com a vida.
Vê-se, portanto, que a promoção da saúde realiza-se na articulação sujeito/coletivo, público/privado, estado/sociedade, clínica/política, setor sanitário/outros setores, visando romper com a excessiva fragmentação na abordagem do processo saúde-adoecimento e reduzir a vulnerabilidade, os riscos e os danos que nele se produzem.

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