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PROCESSO DO TRABALHO

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PROCESSO DO TRABALHO
11 de fevereiro de 2021
2° AULA – A PRIMEIRA FOI APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Segue roteiro e após, a aula do caderno:
TEORIA GERAL DO PROCESSO DO TRABALHO
1.1) CONCEITO:
1.2) AUTONOMIA: científica, didática, doutrinária, legislativa e justiça especializada
- CORRENTES: art 769, CLT; art 889, CLT
1) Dualista: majoritária
2) Monista: minoritária
3) Autonomia Relativa: Wilson batalha
1.3) FONTES: NASCE + EXTERIOZA (tornar conhecida)
a) Materiais: político, jurídico, social ou econômico
b) Formais:
-Conceito
-Classificação:
Diretas: LEI ex. (CF; CLT; CPC; LEI 7347/85; LEI 5584/70; LEI 7701/88 ; CDC; CPP; LEI 12016/09; REG INTERNO DOS TST E TRT´S; DEC 779/69; SUM VINCULANTES)
+ COSTUMES JUDICIALIZADOS: CONTESTAÇÃO ESCRITA (ART 847 CLT); PROTESTO NOS AUTOS (art. 893, §1ª, CLT)
PROCESSO DO TRABALHO
15 de fevereiro de 2021
Segue roteiro e após, a aula do caderno:
AULA 3 - FONTES DO DIREITO PROCESSUAL DO DPT (CONTINUAÇÃO) 
à Indiretas: DOUTRINA + JURISPRUDÊNCIA CONVERTIDA EM SUMULAS E OJ´S (ART. 702, I, “F”, CLT)
à De explicitação: ANALOGIA, PRINCÍPIOS E EQUIDADE (ART. 4º, LINDB) – ART. 140, P.U, CPC/15
EX. ART. 852- I, §1º, CLT; ART. 766, CLT
4) HERMENÊUTICA
- Conceito
- Interpretação: origem; métodos; resultados
-Integração: lacuna normativa; axiológica (+JUSTA); ontológica (+EFETIVA)
 Art 15, CPC/15; art 769, CLT; art. 889, CLT (LEI 6830/80); ART 1º, IN 39/16 TST
-Aplicação:
PROCESSO DO TRABALHO
18 de fevereiro de 2021
Aplicação
5. Eficácia da lei = Validade da lei 
Pode ser:
5.1 No tempo: A partir de que momento a lei passa a ser obrigatória no curso do processo trabalhista. Lembrando que a lei passa a ser obrigatória a partir da sua entrada em vigor (art. 6º da LINDB), e a lei processual trabalhista não retroage em hipótese alguma, nem para beneficiar o trabalhador. Existem Duas teorias, que buscam analisar a vigência da lei nos processos que estão em curso ou irão iniciar. 
A) Unidade processual (minoritária) – O processo é um ato único. Vai iniciar, se manter e se extinguir com a mesma lei que estava em vigor quando a ação foi ajuizado. 
B) Isolamento dos atos processuais (majoritária) – O processo é dividido em atos processuais/etapas. A cada ato processual a ser praticado, deve-se observar a lei que está em vigor no momento que tenho a obrigação de praticá-lo.
Ex.: art. 912, CLT; art. 915, CLT; art. 1046, CPC/15.
	Outro exemplo é a reforma trabalhista, que entrou em vigor e atinge os processos que vão ser ajuizados e aqueles em curso de acordo com o isolamento dos atos processuais. Mas cuidado, o TST meio que misturou as duas teses.
Exceção a teoria majoritária do isolamento (aplicando-se a teoria da unidade processual): Lei 1367/2017 – IN 41/2018 TST (art. 6º e art. 12°) – Esse informativo restringe as condenações em honorários advocatícios sucumbenciais apenas aos novos processos, após a reforma. Utilizando em parte a teoria da Unidade processual e em parte a teoria do isolamento dos atos processuais. É errado porque o juiz tem que fixar os honorários no momento da sentença, e não no momento do ajuizamento da ação. 
5.2 No espaço: Em que território vale a lei processual trabalhista? É só no Brasil? Sim! Porque a lei processual trabalhista só se aplica no Brasil, por conta de critério territorial. Diferente do que ocorre com o aspecto material, onde caso seja (contratada no brasil para prestar serviço no exterior, ou for transferida para o exterior. Nesse caso a regra brasileira pode ser aplicada no meu contrato, claro, se a ação for ajuizada aqui. – art. 3° da Lei 7064/82)
Ela disse para nesse caso do aspecto material, lembrarmos da:
TEORIA DO CONGLOBAMENTO MITIGADO. NORMA MAIS BENÉFICA. Existindo conflito entre convenção coletiva de trabalho e acordo coletivo de trabalho, devem prevalecer as normas do instrumento que, como um todo e sobre cada matéria, mostram-se mais benéficas para os trabalhadores.
5.3 Processos trazidos pela EC 45/04: (ampliação da competência da justiça do trabalho) Quando essa emenda entrou em vigor, alterou-se a competência em razão da matéria, e quando isso ocorre, tem que mudar o órgão julgador. (Princípio da perpetuação da jurisdição – a competência é fixada na distribuição da ação)
Art. 43. Determina-se a competência no momento do registro ou da distribuição da petição inicial, sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a competência absoluta.
	Considerando que era uma competência em razão da pessoa e agora é em razão da matéria, é uma competência absoluta, logo esses processos deveriam ir para a justiça do trabalho, mas eles foram? Não! O STF e o STF, por questões políticas modularam esse princípio da perpetuação da jurisdição, então mesmo havendo alteração de competência em razão da matéria, portanto absoluta, nem todos os processos foram para a justiça do trabalho.
	Foi aplicada uma regra temporal de transição dos processos, ou seja: Os processos que tinham sentença de 1° grau permaneceram na justiça que eles estavam, e os que não tinham sido julgados foram para a Justiça do trabalho. 
	Logo, em relação aos processos após a EC 45/04, não se aplica a teoria do isolamento dos atos, pois o STF e o STJ por questões políticas e de eficiência, modularam os efeitos e foram para a Justiça do trabalho apenas os processos ainda não sentenciados.
Art. 43 do CPC - (Súm. 367 do STJ e a Súm. Vinc. 22 do STF)
Súmula 367: A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos já sentenciados. Súmula: 368 Compete à Justiça comum estadual processar e julgar os pedidos de retificação de dados cadastrais da Justiça Eleitoral.
Súmula Vinculante 22: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004.
Instrução Normativa 27/2005 do TST
PROCESSO DO TRABALHO
22 de fevereiro de 2021
6. Princípios:
Princípios Constitucionais:
	São de suma importância para o sistema jurídico, servem para auxiliar na elaboração, interpretação e na aplicação das normas jurídicas. São o início, meio e fim do processo do trabalho.
DEVIDO PROCESSO LEGAL: Ninguém será privado da sua liberdade e de seus bens sem o devido processo legal. (art. 5º, LIV, CF) É dar as partes a garantia de que elas tenham um tratamento igualitário através de normas previstas na legislação. Seria em suma, a garantia de estar em juízo, com a observância de normas legais preexistentes utilizadas pelo órgão julgador. 
JUIZ NATURAL: Esse princípio está presente quando o juiz é previamente investido de jurisdição, imparcial e competente para julgar a causa. (tripé). Na Constituição é assegurado que “Ninguém será processado, nem sentenciado, se não pela autoridade competente” (art. 5°, XXXVII, CF; art. 5º, LIII, CF/88).
Art. 5º - XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
PROMOTOR NATURAL: As parte no processo do trabalho tem a garantia de serem julgados por um procurador do trabalho competente para o julgamento. Pela interpretação sistemática, entende-se que o procurador do trabalho, deve ser previamente investido para poder atuar. (art. 5°, LIII c/c art. 127 e art. 129, I, CF/88)
IGUALDADE/ISONOMIA: É assegurado a todos na sociedade, num aspecto formal e material, sendo tratados os iguais de forma igual e os desiguais de forma desigual, na medida da sua desigualdades. (art. 5º, caput, CF; art. 139, CPC/2015). No processo do trabalho, ao tratar o trabalhador de forma desigual, vou criar normas para equilibrar as relações. 
ACESSO À JUSTIÇA: Nenhuma disposição infra legal, pode criar barreiras para o ingresso ao judiciário. Art. 5º - XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
EXCEÇÃO A ESSA PRIORIDADE DE ACESSO À JUSTIÇA.
	art. 217, §1°, CF -Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados: § 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
Temos dois dispositivos importantes de discussão
“Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. (Incluído pela Lei nº 9.958, de 12.1.2000)”
Art. 625-D, CLT – Comissão de conciliação prévia, que seria um meio alternativo de solução de conflitos. O que ocorre é que estavam aliciando trabalhadores a aceitar os acordos, com a justificativa de que se não aceitassem, não iriam receber. Foram ajuizadas duas ADI’s para resolver isso. O STF para não deixar a norma morta, fez uma interpretação conforme a Constituição, dizendo que a norma submeter o conflito a comissão seria uma faculdade.
“Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392) (Vide ADIN 3432)
§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.
§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito.”
Art. 114, §2º, CF – Em suma seria o seguinte, para o sindicato dos empregados entrar com uma ação contra o sindicato patronal, ele teria que autorizar. Foram ajuizadas algumas ADI’s por essa violação ao acesso à justiça. O STF entendeu que, por ser dissídio coletivo, não há lesão/ameaça a direito, e desta forma, não há nada de errado em pedir a concordância da outra parte, porque não há lesão a direito, e isso inclusão de novos direitos. (Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 2139, 2160 e 2237, ajuizadas por quatro partidos políticos (PCdoB, PSB, PT e PDT) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC).
CONTRADITÓRIO/AMPLA DEFESA: O contraditório é o meu direito de contradizer, de descontruir tudo que foi falado em meu desfavor (é o que fazemos na contestação). Já a ampla defesa é o meio de efetivar o contraditório. É ter o direito de usar todos os meios legais para refutar o que foi falado, usar todas as provas permitidas. (art. 5º, LV, CF; art. 9º e art. 10°, CPC/15)
DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO: É o meu direito de ter uma decisão dada pelo juízo ad quo, ser reapreciada pelo juízo ad quem. Aqui no processo do trabalho não é considerado um princípio, e sim uma regra de julgamento, porque nem sempre vai ser aplicado, a exemplo das ações ajuizadas no rito sumário (aquelas até dois salários mínimos. Nesse rito não cabe recurso da sentença, apenas se violar a Constituição, cabendo então Recurso Ordinário, em 8 dias úteis)
(art. 2º, §3° e §4°, da Lei 5584/70).
MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS: O juiz não pode entregar uma decisão, sem dizer em que parâmetros e provas ele se pautou para dizer se defere ou não o direito. (art. 93, IX, CF; art. 11 c/c art. 489, CPC/15; art. 832, CLT). A motivação dizer com base nas provas que foram produzidas, quais foram suficientes para formas o convencimento do juiz. 
As sentenças trabalhistas também precisam ser motivadas, caso contrário, é passível de nulidade.
PUBLICIDADE: (art. 5º, LX, CF; art. 189, CPC/15)
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem;
VEDAÇÃO A PROVA ILÍCITA: (art. 5º, LVI, CF)
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
1. Admite-se em exceção a utilização de provas ilícitas.
2. Dificuldade de provar o fato alegado
3. Único meio de provar 
Mesmo sendo obtido de forma ilegal, a prova era licita.
DURAÇÃO RAZOÁVEL DO PROCESSO: (art. 5°, LXXVIII, CF)
LXXVIII, CF – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação
Não, pois esse princípio diz respeito a tutela jurisdicional de forma adequada e em tempo hábil.
PROCESSO DO TRABALHO
25 de fevereiro de 2021
Princípios do Processo Civil:
	
PRINCÍPIO DA AÇÃO, DEMANDA OU INÉRCIA: Quem deve buscar o poder Judiciário são as partes, o Judiciário não pode atuar de ofício. 
Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. (CPC)
	Essa é a regra, mas temos duas exceções:
	A primeira é em caso de reclamação trabalhista ajuizada pela Justiça do Trabalho, pela falta de anotação na carteira. (Lembrando que é só no caso de falta de anotação na carteira e nenhum outro.)
Art. 36 - Recusando-se a empresa fazer às anotações a que se refere o art. 29 ou a devolver a Carteira de Trabalho e Previdência Social recebida, poderá o empregado comparecer, pessoalmente ou intermédio de seu sindicato perante a Delegacia Regional ou órgão autorizado, para apresentar reclamação. 
Art. 39 - Verificando-se que as alegações feitas pelo reclamado versam sôbre a não existência de relação de emprego ou sendo impossível verificar essa condição pelos meios administrativos, será o processo encaminhado à Justiça do Trabalho ficando, nesse caso, sobrestado o julgamento do auto de infração que houver sido lavrado. (CLT)
	O outro caso é sobre a execução trabalhista, em caso de sentença que condena sobre reclamação trabalhista, a respeito de verbas salarias, onde o juiz pode executar de ofício (se a parte estiver sem advogado). Na legislação, aparenta que o processo de conhecimento e o processo de execução, mesmo sendo um processo sincrético. 
Art. 878. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. 
Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. 
	Como tem a palavra citação, entende-se que é um processo autônomo ao processo de conhecimento.
	Depois que eu entro com a ação, a justiça que tem que dar andamento ao processo, com um impulso oficial.
PRINCÍPIO DO IMPULSO OFICIAL: O processo começa com a parte saindo da inércia, mas prossegue com o impulso oficial da justiça. (art. 2º, CPC)
PRINCÍPIO DA ESTABILIDADE DA LIDE: Está relacionado com o comportamento das partes, não se pode permitir que as partes alterem a qualquer tempo o contexto do processo. 
Art. 329. O autor poderá:
I - até a citação, aditar ou alterar o pedido ou a causa de pedir, independentemente de consentimento do réu;
II - até o saneamento do processo, aditar ou alterar o pedido e a causa de pedir, com consentimento do réu, assegurado o contraditório mediante a possibilidade de manifestação deste no prazo mínimo de 15 (quinze) dias, facultado o requerimento de prova suplementar.
	Não se aplica aqui diretamente, porque não há citação válida e nem saneamento processual, porque a audiência é um ato continuo. O que acontece é que temos que adapta-lo ao processo do trabalho. Até a abertura da audiência eu posso promover alterações sem anuência da outra parte, após abertura, só com a anuência da outra parte. (Exemplo de alteração: retirada de um pedido).
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarentae oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§ 3° Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. 
	Como regra, das razões finais (parte final a instrução processual, onde o juiz pergunta se a parte não tem nada mais a dizer) em diante, não se pode fazer alterações. Mas há exceções, a primeira é a prescrição. 
	A prescrição da ação de conhecimento não pode ser conhecida de oficio, a parte contrária tem que alegar na contestação, se não o fizer, pode fazer nas razões finais e até nas instancias ordinárias. (súm. 153 TST). Apenas a prescrição intercorrente pode ser decretada de ofício (art. 11 da CLT).
	A outra exceção é matéria de ordem pública, que pode ser alegada (art. 337 do CPC).
PRINCÍPIO DA PERPETUAÇÃO DA JURISDIÇÃO: Se houver extinção ou alterar competência absoluta (terminar porque ela correu bem aqui) (art. 43, CPC)
PRINCÍPIO DA CONGRUÊNCIA/ADSTRIÇÃO AO PEDIDO: O juiz tem que decidir nos limites do que foi pedido. Mas tem exceções, casos em que ele pode decidir fora do que foi pedido (princípio da extra petição), e isso não gera nulidade. (art. 141, CPC; art. 492 CPC)
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito à lei exige iniciativa da parte
PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO: Questão estritamente processual, onde se perde a possibilidade de praticar um ato processual. Temporal, quando se perde o prazo para praticá-lo. Consumativa, quando já se praticou um ato. Lógica, quando se quer praticar um ato contrário ao que já foi praticado. (art. 507 CPC; art. 879, §2º e §3º, CLT; art. 806, CLT)
PRINCÍPIO DA ORALIDADE: Prevalecer o procedimento oral sobre o escrito, aqui isso é privilegiado em todo o contexto do processo. Para que ela esteja presente, é necessário a presença de quatro subprincípios, quais sejam:
1. Identidade física do juiz: Por muito tempo esse princípio não era cabível, porque tínhamos as varas de conciliação e julgamento na Justiça do trabalho, quem julgava não era um juiz, e sim três. O legislador entende que o juiz que instrui não precisa ser o mesmo juiz que julga. Agora é uma mera diretriz. (súm. 136 TST (cancelada)
JUIZ. IDENTIDADE FÍSICA (cancelada) - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012
Não se aplica às Varas do Trabalho o princípio da identidade física do juiz (ex-Prejulgado nº 7).
2. Concentração: Os atos processuais se concentram em um só momento, na audiência. Na pratica não existe mais audiência UNA por causa do CEJUSC (art. 849, CLT; art. 852-C, CLT)
3. Imediatidade: O juiz deve colher pessoalmente as provas, a não ser que seja estritamente necessário. 
4. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: Decisão interlocutória é aquela que resolve um problema do processo principal. Aqui no processo trabalho, essa decisão não é atacada por agravo de instrumento. Devo esperar o juiz sentenciar e ai entrar com ação interlocutória. As exceções foram criadas pela jurisprudência do TST, sendo criadas com a intenção de não prejudicar o acesso à justiça, então em algumas situações é possível recorrer de imediato de decisões interlocutórias. (art. 893, 1º, CLT; art. 800 da CLT, exceção: sum 214, 414 do TST)
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO/COLABORAÇÃO: (art. 6º, CPC)
Art. 6º Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.
PRINCÍPIO DA LEALDADE PROCESSUAL: (art. 793-A e seguintes da CLT; art. 32, EOAB)
Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente. (CLT)
Art. 32. O advogado é responsável pelos atos que, no exercício profissional, praticar com dolo ou culpa.
Parágrafo único. Em caso de lide temerária, o advogado será solidariamente responsável com seu cliente, desde que coligado com este para lesar a parte contrária, o que será apurado em ação própria. (CLT)
PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE/IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA: (art. 336, CPC; art. 341, CPC)
Art. 336. Incumbe ao réu alegar, na contestação, toda a matéria de defesa, expondo as razões de fato e de direito com que impugna o pedido do autor e especificando as provas que pretende produzir.
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao advogado dativo e ao curador especial.
PRINCÍPIO DA OBSERVAÇÃO DA ORDEM CRONOLÓGICA DAS DECISÕES: (art. 12 CPC) – ler parágrafos e incisos. 
Art. 12. Os juízes e os tribunais atenderão, preferencialmente, à ordem cronológica de conclusão para proferir sentença ou acórdão. 
PROCESSO DO TRABALHO
01 de março de 2021
GRUPO 1 – Apresentar até às 19:15
QUAIS SÃO OS PRINCÍPIOS RELACIONADOS A CADA PERGUNTA?
CASO: Martina foi admitida na função de serviços gerais na empresa MILOR Ltda. em 01/03/2020. Tinha salário de R$1.000,00 (hum mil reais) e jornada de 8h/d e 44h/s. Foi demitida em 15/02/2021 e afirmou que até hoje não recebeu o 13º salário de 2020 e nem 100 horas extras que realizou. A soma total dos seus pedidos caso venha entrar na justiça fica em R$20.000,00 (vinte mil reais). Com base nos princípios do processo civil aplicáveis ao processo do trabalho e nos princípios próprios do processo do trabalho, responda justificando o princípio aplicado em cada caso.
a) Caso ela procure um juiz do trabalho, amigo de infância, relate os fatos, ele pode iniciar a reclamação trabalhista de ofício?
Princípio da Ação/Demanda ou Inércia – Suspeição – afasta a competência – NAYENE
	Como regra, a parte deve procurar o judiciário. Exceção: pessoa que não tem sua carteira de trabalho assinada (art. 39, da CLT) e a outra exceção é o processo de execução. Isso é novidade da reforma, a restrição de Jus Postulandi (art. 878). Relacionado também o princípio do impulso oficial.
b) Se ela esquecer de acrescentar o pedido de danos morais e já estiver em sede de razões finais, é possível fazer isso neste momento?
Princípio da estabilidade da lide. – MAYARA. 
	Poderia se relacionar também o princípio da Preclusão temporal. Nas razões finais o juiz não vai mais abrir para a instrução, então por não poder haver o contraditório, não pode haver alteração.
	
c) O juiz do trabalho ao analisar a reclamação trabalhista poderia conceder direito que não foi requerido na petição inicial? 
Princípio da congruência/ Processo Civil – JOÃO 
Princípio da extra petição/ Processo do Trabalho – JOÃO
	O juiz tem que julgar nos limites do que foi pedido, não pode ser (extra petita, citra petita nem ultra petita). Mas há situações em que o juiz pode julgar fora do que foi pedido e não haver nulidade, isso está na jurisprudência, como o caso da garantia de emprego. (Sum. 392, inc. II do TST). Além desse caso, outras situações são validadas pela jurisprudência, como o caso da terceirização (sum. 331 do TST). Ou o caso do (art. 467 da CLT) onde não sendo pagas as verbas incontroversas, deve-se pagar com multa. E se a pessoa não pedir, o juiz pode dar de oficio, porque é uma matéria de ordem pública.
d) Se por acaso o juiz negasse a oitiva de uma testemunha e a reclamada não concordasse com essa decisão interlocutória, poderia recorrer de imediato?
Princípio da oralidade – subprincípio da irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias – GUSTAVO
É normal a parte ter que protestar nos autos, para poder “recorrer”. Recurso que ataca sentença é o Recurso Ordinário, que tem prazo de 8 diasúteis. Pra entrar com esse recurso, é necessário Preliminar de irresignação, deve ter protestado nos autos (art. 893 da CLT)
Aqui no processo trabalho, essa decisão não é atacada por agravo de instrumento. Devo esperar o juiz sentenciar e ai entrar com ação interlocutória. As exceções foram criadas pela jurisprudência do TST, sendo criadas com a intenção de não prejudicar o acesso à justiça, então em algumas situações é possível recorrer de imediato de decisões interlocutórias. (art. 893, 1º, CLT; art. 800 da CLT, exceção: sum 214, 414 do TST)
Súmula nº 214 do TST
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; - Decisões interlocutória monocrática. (Agravo regimental tem o mesmo prazo dos outros – 8 dias úteis)
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
Súmula nº 414 do TST
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC de 2015) - Res.  217/2017 - DEJT  divulgado em 20, 24 e 25.04.2017
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio.
Em tese não caberia recurso, mas o TST entende que pode ser atacado por MS.
e) Caso o advogado solicitasse verba indevida, o juiz do trabalho poderia condenar ele e o reclamante por litigância de má fé?
Princípio da Lealdade e Boa fé processual. (art. 793-C da CLT)
	Art. 32 do EOAB – o advogado será processado em ação própria. 
Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
f) A reclamada pode fazer contestação genérica dos pedidos requeridos na petição inicial da RT? E se esquecer de impugnar na contestação ocorre alguma penalidade?
Princípio da eventualidade ou impugnação especifica (art. 341 do CPC e art. 769 da CLT) e Princípio da Preclusão
	Na contestação, ele tem que contestar tudo e de forma específica, sob pena de presumir-se verdadeiro os fatos alegados pelo reclamado. A pena que surge dessa impugnação genérica é a presunção de veracidade dos argumentos do reclamado. Quando a parte estiver no uso do Jus Postulande, o juiz antes de presumir verdadeiros os fatos alegados pelo autor, o juiz tem que alertar a parte que ele tem que alegar tudo e de forma específica. Se ele não advertir a parte, não poderá aplicar a pena (segundo a jurisprudência)
g) O juiz pode ouvir outras testemunhas ainda que não requerido pelas partes para formar sua convicção?
Princípio da Verdade Real (art. 765 da CLT) – Pode o juiz chamar outras testemunhas para formar sua convicção.
	(Art. 361 do CPC – quando uma testemunha fizer referência a outra testemunha que seja importante, ele pode intimar de oficio)
h) A conciliação deverá ser sempre proposta pelo juiz do trabalho???
Princípio da Conciliação –
Art. 764 da CLT. É uma obrigação do juiz, propor 
OJ 376 SDI-1 TST
Art. 846 e 850 da CLT – Se ele não oferecer essa proposta de conciliação no início e antes das razões finais, poderá ser considerada nula a sentença.
Reforma trabalhista – homologação do acordo extrajudicial – existem alguns requisitos para evitar fraude (petição escrita, assinada pelas duas partes e feito apenas por advogado; e advogados distintos, o reclamante com um advogado e o reclamado com outro; o juiz não pode homologar parcialmente o acordo e nem dar pitaco, se estiver incorreto ele deve indeferir; durante o período de análise do acordo, suspende o prazo prescricional da ação do direito nela peticionado; e o acordo pode ser desconstituído com ação rescisória, de acordo com as hipóteses do CPC. (art. 855-B e seguintes)
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO (em tese, estudamos ao ler o texto para responder as perguntas acima, mas aula que é bom não teve kkk)
Princípio da Proteção: Ex: art. 844, CLT; art. 791, CLT; art. 765, CLT
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas.
Princípio da finalidade social do processo: atuação pro ativa do magistrado trabalhista (art. 5º, LINDB)
Art. 5° Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.
Princípio da conciliação: art. 764, CLT; art. 846 c/c art.850, CLT; Sum. 418 TST; Cejusc-JT(resolução 174/2016)
Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. (CLT)
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento
§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo. 
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.
Princípio da Extrapetição: Sum 396 TST; art. 467, CLT; art. 137, §2º, CLT; Sum 211 TST
Súmula nº 396 do TST
ESTABILIDADE PROVISÓRIA. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO. CONCESSÃO DO SALÁRIO RELATIVO AO PERÍODO DE ESTABILIDADE JÁ EXAURIDO. INEXISTÊNCIA DE JULGAMENTO "EXTRA PETITA" (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 106 e 116 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
I - Exaurido o período de estabilidade, são devidos ao empregado apenas os salários do período compreendido entre a data da despedida e o final do período de estabilidade, não lhe sendo assegurada a reintegração no emprego. (ex-OJ nº 116 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997)
II - Não há nulidade por julgamento “extra petita” da decisão que deferir salário quando o pedido for de reintegração, dados os termos do art. 496 da CLT. (ex-OJ nº 106 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)
Art. 137 - Sempre que as férias forem concedidas após o prazo de que trata o art. 134, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. 
§ 2º - A sentença cominará pena diária de 5% (cinco por cento) do salário mínimo da região, devida ao empregado até que seja cumprida. 
Súmula nº 211 do TST
JUROS DE MORA E CORREÇÃO MONETÁRIA. INDEPENDÊNCIA DO PEDIDO INICIAL E DO TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
Os juros de mora e a correção monetária incluem-se na liquidação,ainda que omisso o pedido inicial ou a condenação.
Princípio da Busca da Verdade Real: art. 765 CLT
Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. 
Princípio Simplicidade + P. da informalidade: ex. art 841, CLT; art. 899, CLT
Art. 841 - Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
Art. 899 - Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução provisória até a penhora. 
Princípio da normatização coletiva
Possibilidade de a justiça do trabalho estabelecer o seu poder normativo, de proferir a chamada sentença normativa de cunho obrigatório para os sindicatos dos trabalhadores e sindicatos patronais, caso não haja o acordo entre eles. Art. 114, § 1º da CF/88.
PROCESSO DO TRABALHO
04 de março de 2021
ARBITRAGEM – LEI 9307/96; art. 507-A, CLT
	É uma solução alternativa para os conflitos. Foi criada com a finalidade de desafogar o poder judiciário, então sempre foi possível utilizá-la na esfera comum, no entanto a sua regulamentação na esfera comum é dada por lei especifica, a qual estabelecia que a arbitragem se aplicava a direitos patrimoniais disponíveis (ou seja, só era cabível em dissídios coletivos – art. 114 da CF).
	No entanto, mesmo sendo pacifico que não se aplica arbitragem a dissídios individuais, a reforma trabalhista trouxe uma alteração desse entendimento no art. 507-A da CLT, o qual permitiu que pessoas que ganham mais que o dobro do teto, pode, se concordar com o seu contrato, submete-lo a arbitragem. (Alguns consideram inconstitucional, pois não se deve diferenciar o funcionário pelo quanto ele ganha – no entanto, majoritariamente o artigo é válido) e podemos dizer que passa a partir da reforma a ser possível arbitragem em dissídios coletivos e individuais (para trabalhadores que ganham o dobro do teto). 
FIM DA UNIDADE I 
UNIDADE II – COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO
CONCEITO – Competência e jurisdição não são sinônimos, a jurisdição é o poder-dever do Estado de julgar, é una e indivisível. Ocorre se essa jurisdição não for dividida ela não se torna efetiva (entre os tribunais). Já a competência é a medida de jurisdição que cada órgão possui. 
COMPETÊNCIA
JURISDIÇÃO
	O juiz trabalhista tem jurisdição, mas não é para todo caso que ele é competente. Competência é a parcela de jurisdição que cada órgão do poder judiciário possui, e serve para efetivar a jurisdição para que ela possa atingir o seu fim. Lembrando que a jurisdição trabalhista é de natureza federal, vale em todo território nacional através do TRT.
MODOS DE FIXAÇÃO DA COMPETENCIA
Em razão da matéria
Em razão da função
Em razão da pessoa
Em razão do território
Em razão do valor da causa (não se aplica na justiça do trabalho)
Ela explicou esses tipos de fixação mas foi bem rápido, porque segundo ela já sabemos mais ou menos como é.
Competência Material Trabalhista (art. 114, CF + art. 652, CLT)
	Fixada pela matéria que consta na petição inicial, especificamente pela causa de pedir e pedido. Então eu tenho uma competência fixada na justiça do trabalho, quando em um processo, a causa de pedir e o pedido é relacionada a uma lesão trabalhista.
	Termo “relação de trabalho” – art. 114, I, CF; Ec 45/2004 (ampliou a competência da justiça de trabalho) – então não importa quem é o autor da ação, o que importa é que a lesão seja oriunda de uma relação de trabalho, para que seja fixada a competência material da justiça do trabalho. 
	O art. 652, CLT foi recepcionado pela emenda 45, pois já tratava da competência material da justiça do trabalho. Quando o termo relação de trabalho foi colocado no art. 114, inc. I, três correntes nasceram para discutir o que significaria esse termo:
Correntes – 
· Restritiva (MINORITÁRIA): Ao colocar o termo relação de trabalho, o legislador só quis unificar termo, mas que a competência não tinha mudado, continuava a ser majoritariamente em razão da pessoa. Relação de trabalho é um gênero que tem como uma de suas espécies a relação de emprego, então não se pode confundir;
· Intermediária: Defende que o art. 114, inc. I foi sim uma ampliação de competência, passando a ser predominantemente em razão da matéria. Mas ela concorda também que estas relações de trabalho são aquelas que tem o aspecto econômico e social similares a relação de emprego. Então não foram todas as relações, apenas algumas e desde que a pessoa que preste trabalho seja pessoa física. (Súm. 363, STJ – Estágio, Prestação de serviços civil, Empreitada e CT de Mandato) (não confunda competência com questão de matéria, então o juiz vai julgar a relação de estagio com base na lei de estagio e não na CLT – Pois está só se aplica a empregados)
	Eu poderia entender que o consumidor, se não receber adequadamente o serviço contrato pode ser julgado pela justiça do trabalho? Não, é muito parecido, mas a proteção é para pessoas diferentes, porque a justiça do trabalho protege quem presta o serviço e a consumerista protege quem recebe o serviço. Então se a justiça do trabalho passasse a julgar os serviços consumeristas, estaria entrando em contrariedade. 
	Como eu diferencio a prestação de serviço consumerista e a prestação de serviço civil? A relação entre profissionais liberais e seus clientes geralmente é consumerista, pois o cliente não repassa para terceiros. Já o prestador de serviços puramente civil, ele vende seu serviço e a pessoa que compra vende para um terceiro. 
· Ampliativa: (MINORITÁRIA) A justiça do trabalho é competente para julgar toda e qualquer tipo de relação de trabalho.
PROCESSO DO TRABALHO
09 de março de 2021
	O art. 114 foi ampliado pela Emenda Complementar 45, ampliando também a competência da Justiça do Trabalho, criando três correntes, a restritiva, a ampliativa e a intermediária (majoritária).
HIPOTESES DE COMPETENCIA MATERIAL DA JUSTIÇA DO TRABALHO
	A base da competência material da justiça do trabalho é o art. 144 da CF e art. 652 da CLT. Sempre fomos competentes para julgar ações de dano moral ou material, decorrente da relação de emprego, sendo estipulada essa competência por uma OJ. Com a ampliação da competência, passamos a ter essa competência material positivada (art. 114, inc. VI, da CF) e por isso, agora temos a Súm. 392 do TST – Nos termos do art. 114, VI, da CF/88, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido.	Lembrando que, ao longe de vários anos, a ação ajuizada era fundamentada na Constituição e no Código civil, em relação ao pedido. Mas a reforma trabalhista positivou o dano moral na CLT, chamando de dano extrapatrimonial. (art. 223-A da CLT). Um dos pontos importantes é o art. 223-G da CLT, que fala da extensão e critérios para o dano extra patrimonial, sendo fulcral o parágrafo primeiro, porque diz que a indenização será com base no salário do empregado. (CRITICA – pois esse critério do salário gera uma desigualdade enorme. Pois a exemplo, a vida de quem ganha mais, vale mais do que a vida de quem ganha menos. MP 808 tentou solucionar esse problema, mas foi revogada)
	Então por concluso, nós somos competentes para julgar dano moral e material na relação de trabalho, está positivada no art. 114 da CF e na Súm. 392 do TST.
Súm. 392 do TST – Nos termos do art. 114, VI, da CF/88, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusiveas oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido
	O acidente de trabalho é uma situação que pode ocorrer dentro do trabalho, ou fora dele, mas em sua decorrência. A CLT não regulamenta essas situações, mas a Lei 8.213/91 traz esse conceito. (art. 19 e 20) 
Súmula 15 do STJ - COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR OS LITIGIOS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO. (Foi parcialmente revogada pela EC/45. Se for contra o INSS, permanece sendo competência da justiça estadual) Se for pra discutir benefício previdenciário por força do acidente de trabalho contra o INSS, a competência é da justiça comum estadual
Súmula Vinculante 22 do STF - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional 45/2004.
	Responsabilidade civil do empregador é subjetiva (art. 7°, inc. XXVIII, CC), ou seja, tem que se provar o dolo ou a culpa. Mas a jurisprudência do TST vem construindo um entendimento no caso de situações de risco, onde a responsabilidade deixa de ser subjetiva e passa a ser objetiva, onde o empregado deve provar apenas o dano e o nexo causal. (art. 927, CC)
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
	Lembrando que o conceito de acidente do trabalho não se concentra na definição de sinistro, ele é amplo, engloba tanto o acidente típico, quanto o acidente atípico, aquele por acidentes ocupacionais. Temos também a doença do trabalho, que é aquela que surge de uma atuação errada no trabalho, ou já existia e é agravada pelo trabalho. 
	Antes da EC 45, as causas relativas a acidente de trabalho eram de competência residual da justiça estadual, tanto se a ação fosse ajuizada contra o empregador quanto se fosse contra o INSS para situação de enquadramento. Ocorre que, atualmente, o STF por fim decidiu que a Justiça do trabalho é sim competente, pois se não houvesse trabalho, não haveria acidente de trabalho.
	Mas se o empregado morre? A família vai cobrar esse dano aonde? Nesse caso, o parente não tinha relação de emprego com a empresa, mas o dano dele foi causado indiretamente pela relação do filho com a empresa. Então nesse caso a Justiça do Trabalho também vai julgar a ação. (Súm. 392 do TST)
(*) SÚMULA N. 366 (CANCELADA) Compete à Justiça estadual processar e julgar ação indenizatória proposta por viúva e filhos de empregado falecido em acidente de trabalho.
	Cadastramento do PIS/PASEP – O PIS está previsto no art. 239 da CF. O que tem a ver com a Justiça do Trabalho? Porque antes, o cadastramento do empregado no PIS tinha que ser feito pelo empregador. (só se fosse o primeiro emprego do trabalhador, porque esse número serve pra vida inteira). Só que muitas vezes o empregador não cadastrava o empregado, não fazia o recolhimento previdenciário e etc, gerando vários danos ao trabalhador. 
SÚMULA Nº 300 - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. CADASTRAMENTO NO PIS - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS).
	Isso já era competência da justiça do trabalho, e atualmente não é mais muito utilizado, porque o empregador não precisa mais cadastrar o empregado no PIS, porque esse cadastro já vem na carteira de trabalho, 
	Outra questão relevante, é a competência para julgar o meio ambiente de trabalho. Devendo ter uma proteção ampla e irrestrita. O meio ambiente de trabalho é onde o empregado exerce sua função laboral, então, cabe ao empregador o devido cuidado com esse meio ambiente de trabalho. Então qualquer dano por ausência de salubridade, o trabalhador pode entrar com uma ação em respeito à saúde e segurança. 
Súmula 736 - Compete à justiça do trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores.
	Aqui não importa quem é o autor ou o réu, só importa que a causa e o pedido esteja vinculado ao descumprimento de normas relativas à segurança, higiene e saúde, por isso nesse caso se aplica também aos servidores públicos estatutários (que em regra não é de competência da Justiça do Trabalho julgar ações em que estes sejam parte)
	No que diz respeito ao FGTS, que é um direito de todo trabalhador (art. 20 da lei 8.036/90). Nesse contexto, a justiça do trabalho tem competência, quando o empregado entra com ação contra o trabalhador. Quando são os familiares que querem sacar o FGTS do empregado falecido, quem vai julgar é a justiça comum estadual, especificamente na vara de sucessões. A mesma coisa se o trabalhador tem direito ao abono do PIS, também é justiça comum estadual.
SÚMULA 161 do STJ - E DA COMPETENCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL AUTORIZAR O LEVANTAMENTO DOS VALORES RELATIVOS AO PIS / PASEP E FGTS, EM DECORRENCIA DO FALECIMENTO DO TITULAR DA CONTA.
	Quadro de carreira é uma matéria específica da relação de emprego. Onde o empregado vai se qualificando e sendo promovido. Ocorre muitas vezes de a empresa promover o empregado e não aumentar o salário, ou promover alguém mais novo antes dele, e por óbvio, quem vai julgar essa ação é a Justiça do Trabalho. (Súm. 19 do TST – A JUSTIÇA DO TRABALHO JÁ TINHA ESSA COMPETÊNCIA, APENAS SE MANTEVE)
	A relação do direito do trabalho com o previdenciário é muito próxima, porque quando o trabalhador trabalha de carteira assinada, ele passa a ser segurado obrigatório da previdência. Lembrando que o vínculo empregatício é entre o empregado e o empregador, e o previdenciário é entre o empregado e o INSS. O que tem a ver com a competência da Justiça do trabalho? Se a empresa me contratar e não recolher a previdência? Se o empregado entrar com uma ação para cobrar questões previdenciárias, seja contra o empregador ou o INSS, a justiça do trabalho não é competente, pois só é competente quando o FGTS for parcela acessória das verbas trabalhistas cobrada numa ação pelo reclamante. Se for pra cobrar ausência de recolhimento, cabe falar que o reclamante primeiramente não é parte legitima, porque ele não é o gestor e sim o INSS, e por fim, é competente a justiça comum federal. (art. 114, VIII, CF; art. 876, parágrafo único, CLT; Sum. Vinculante 53 do STF; Sum. 368, I, TST)
SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO
PROCESSO DO TRABALHO
11 de março de 2021
7. Descontos Previdenciários e Fiscais: art. 114, VIII, CF; ar//t. 876, parágrafo único, CLT; Sum. Vinculante 53 TST; Sum 368, I, TST; Seguro acidente de trabalho: SUM 454 TST; Previdência complementar (art. 202, §2º, CF; RE 586453)
	Eu não posso entrar com uma ação na justiça do trabalho para que o empregador recolha o FGTS, apenas se este benefício for parte acessória de alguma verba salarial. Ademais, o empregado não é parte legitima para propor essa ação e sim o INSS.
	SEGURO ACIDENTE DE TRABALHO – existem empresas que exercem atividade de risco, e devido a isso, devem pagar um seguro ao INSS, podendo os empregados sacar esse seguro. (art. 7°, XXVIII, CF) é uma alíquota que existe na lei e depende do grau do risco da atividade da empresa. Então se a empresa não recolhe gera um ônus pra ela, e já que ela é devedora, se ela não recolhe, o INSS pode executar essa empresa. E quem será competente parajulgar? Em tese, seria a justiça federal, pois o INSS é uma autarquia federal previdenciária. Mas pasmem, a justiça competente é a Justiça do Trabalho, segundo a sum. 454 do TST.
Súm. 454 do TST - Compete à Justiça do Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de contribuição para a seguridade social (arts.114, VIII, e 195, I, “a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios relativos à incapacidade do empregado decorrente de infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).
	A natureza nesse caso é de contribuição previdenciária, então não há nenhuma relação de trabalho ai, por isso a crítica a essa sumula, mas é o que a jurisprudência vem decidindo.
	PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR – O teto da previdência é baixo, então se você na ativa ganha um valor acima do teto, para ganhar esse padrão de salário na aposentadoria, tem que fazer a previdência complementar. Ocorre, que tem empresas multinacionais que tem um plano de previdência fechado (montado para os trabalhadores da empresa, para que eles juntem com a aposentadoria do INSS e possam ter o valor de aposentadoria parecido com aquilo que eles ganhavam). Esses planos tem uma contribuição muito parecida com a do INSS, então da mesma forma que no INSS o empregado contribui com uma alíquota, da mesma forma nessa previdência fechada há uma contribuição (dual, parte pelo funcionário e parte pela empresa). 	No entanto, ocorre que em algum momento o trabalhador pode ser demitido, e logicamente ele vai querer de volta esse dinheiro que ele contribuiu e quer receber de forma correta. Cabe questionar, qual justiça é competente para julgar essa causa? (a professora disse que acha que deveria ser a justiça do trabalho, porque esse dano é advindo de um vínculo trabalhista – apesar de ser um contrato autônomo, ele só existe por conta da relação de trabalho com a empresa). 
	Acontece que essa competência foi questionada no STF, por uma empresa X, que questionou a competência da Justiça do Trabalho, pela interpretação do art. 202, §2º da CF (RE 586453). Na época o STF concordou que a competência não seria da justiça do trabalho e sim da justiça comum estadual, porque o contrato nesse caso seria autônomo e não teria relação com o contrato de trabalho.
	Mas e os processos que já tramitavam na justiça do trabalho? Aplica-se o mesmo que ocorreu com os processos após a emenda complementar 45. Os que já tinham sentença de 1° grau ficavam na justiça do trabalho, os que não tinham, foram enviados para a justiça comum estadual, (a professor anão concorda, porque se não for competente pra isso, não seria também para julgar ação de familiares contra empresas em favor do empregado falecido.)
	Em relação a previdência complementar, mesmo que ela nasça de uma previdência fechada, a competência é da justiça estadual (a relação é diversa da empresa que vai gerir o contrato de trabalho.
8.     Seguro – desemprego: Lei 7798/90; Sum 389 TST
	Benefício pago pelo poder executivo, para o trabalhador que está desempregado contra sua vontade. O primeiro requisito para o seguro é estar desempregado contra sua vontade, o segundo é estar desempregado, o terceiro é ter um período de 18 meses de carteira assinada. Lembrando que o valor é com base no salário que o trabalhador recebia na ativa. 
	Quem vai julgar essa ação? Não entendi a resposta dela 
	Geralmente os juízes condenam logo no valor, com base no tempo de serviço do trabalhador, para que o empregador pague logo como indenização. A competência é da justiça do trabalho, já era nossa e se manteve com a EC/45. Tanto que a súm. 389 do TST trata exatamente disso. (não existe mais guias, apenas termo de rescisão contratual)
9.     Ações Possessórias
	São aquelas que discutem posse e propriedade, sendo uma ação civil. Essa questão apesar de puramente civil, pode estar relacionado ao direito do trabalho. A exemplo de um caseiro que mora a anos em uma residência e reclama como sendo sua. Se houver uma situação como essa de ameaça a posse do empregador pelo empregado e o empregador venha a entrar com uma ação de interdito proibitório ou de reintegração de posse, quem vai julgar essa ação, sendo que é uma ação civil? 
	Apesar de ser uma ação possessória, essa situação só existiu por causa da relação de emprego entre as partes, por isso o STF, com base na EC/45, passou a entender que nesses casos (interdito proibitório, ação de reintegração ou esbulho) a competência passa a ser da justiça do trabalho (Súm. Vinc. 23). O juiz do trabalho vai julgar com base no CPC e no CC. (art. 114, inc. I da CF/88). Antes disso, o STJ sempre entendia ser competência da justiça comum, mas o STF entendeu ser da Justiça do trabalho.
Súmula Vinculante 23 - A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.
10.  Competência Criminal: art; 114, I, IV, e IX, CF; ADI 3684.0
	Nós nunca tivemos competência criminal, sempre pertenceu a justiça comum. No entanto, a EC/45 fez o favor de colocar no inc. VI do art. 114 da CF que poderíamos julgar habeas corpus, e como o inc. I não excepcionou essa competência, nós teríamos competência criminal. Ocorre que, não foi nesse sentido que o legislador quis dizer. 
	Só que a confusão foi tão grande, que foi criada uma ADI 3684.0, onde o Supremo ratificou que a Justiça do Trabalho não tem competência criminal. NÃO TEM COMPETENCIA PARA JULGAR NENHUM TIPO DE CRIME, NEM QUE A LESÃO TENHA SURGIDO DA RELAÇÃO DE TRABALHO. Quem vai julgar é a justiça comum estadual. 
11.  Servidores Públicos: art. 114, I, CF; ADI 3395-6; Estatutário – Celetista – Temporários; sum 363 TST
	São aqueles que prestam serviços para administração pública direta e indireta. É uma relação jurídica administrativa e não trabalhista, por isso não compete a justiça do trabalho. Só que, de aquela corrente ampliativa se baseia no (art. 114, inc. I da CF) para dizer que a Justiça do trabalho possui essa competência, porque ele fala que nós julgamos os entes da administração pública direta e indireta. E por isso, a AJUF, ajuizou a ADI 3395-6 e o STF deu a interpretação de que a competência não é, não era e até então não será da justiça de trabalho. 	Porque a justiça do trabalho é competente para julgar relação de trabalho, e essas são relações jurídico administrativas. Então no caso de servidores públicos estatutários, são julgadas pela justiça comum.
	E os celetistas, quem julga? A justiça do trabalho. E como eu sei que ele é celetista ou estatutário? O edital do concurso público que vai dizer. E qual a diferença do servidor estatutário e do celetista? O estatutário é regido pela (Lei n°8.112/90) e o celetista pelo edital do concurso. Ocorre que atualmente, a maioria dos servidores são estatutários (art. 39 da CF – discussão de inconstitucionalidade formal, porque a emenda que instituiu esse artigo não atingiu o quórum de 3/5, por isso a redação do art. 39 foi anulada e agora só poderá haver servidor estatutário. Frisa-se que essa decisão é ex-nunc, então só aplica-se para frente)
SEGUNDA – ANALISE DO ACÓRDÃO NO CLASSROOM
PROCESSO DO TRABALHO
15 de março de 2021
12.  Competência material decorrente (art. 114, IX, CF)
	O legislador teve o cuidado de descriminar tudo aquilo que é da competência da justiça do trabalho no art. 114. E por isso, essa competência material decorrente foi bastante criticada, porque consideraram desnecessário, porque o legislador quis frisar as competências que ele quis trazer para a justiça do trabalho. Só que, como a norma foi editada, para não se tornar invalida, se deu a interpretação de que nós temos essa competência material ampliada pela EC/45, mas ela pode ainda ser mais ampliada a depender dos casos que venham para a Justiça do Trabalho.
	Logo, essa competência material decorrente seriam novas competências materiais que poderemos passar a ter, se forem criadas leis trazendo essas competências para a justiça do trabalho.(art. 652 da CLT).
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. 
 
13.  Competência normativa: Greve (art. 114, II, VF; art. 7º, Lei 7783/89; sum 189 TST); Sindicatos (art. 114, III, CF; sum 222 STJ; sum 4 STJ; OJ 290 SDI-1 TST (CANCELADA)
	
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
II as ações que envolvam exercício do direito de greve; 
	Relacionada a direitos coletivos, como a greve e o trabalho. O direito de greve é um direito fundamental previsto pela constituição e regulado por lei especifica, sendo instrumento coletivo para forçar a empresa a negociar. Antes da EC/45 a nossa competência se limitava a apreciar a legalidade u ilegalidade do movimento grevista. O que mudou com a inserção desse inciso II da EC? A positivação constitucional da nossa competência pata apreciar o direito de greve. Ademais, passamos a ter uma competência além de apreciar ou não a legalidade, temos competência para julgar questões que podem surgir em decorrência da greve, a exemplo de questões possessórias (Sum. Vinc. 23 do STF), questões relativas a responsabilidade civil em decorrência da greve (danos morais e materiais) e etc. 
OBS.: Nós não julgamos greve de servidores públicos, porque não somos competentes para julgar questões de servidores estatutários (não somos competentes para atuar no setor público, mas tão somente no privado)
	Antes dessa emenda, só julgávamos ações em que o sindicato entrava buscando direitos dos empregados/direitos da categoria. Mas com a inserção do inciso III do art. 114 da CF/88, a justiça do trabalho passou a ser competente para julgar também ação do sindicato em que ele venha a pleitear direito próprio. Logo, isso é uma exceção a regra geral, porque como regra, quem cobra direitos/ajuíza ação é uma pessoa física, mas a CF permitiu que o sindicato possa vindicar direitos próprios e da categoria. Mas o sindicato pode pleitear qualquer direito? Não! É um misto de competência material e em razão da pessoa, a causa de pedir deve estar relacionada a representação sindical e a parte interessada deve ser o sindicato, a exemplo da cobrança de contribuição sindical. 
	De quem era essa competência antes? Da Justiça Comum (sum. 4 e 222 do STJ – que foram tacitamente “canceladas” pela EC/45). 
	
14.  MANDADO DE SEGURANÇA (art. 5º, LXIX, CF; art. 114, IV, CF; sum 629 e 630 STF; arts. 678, 3) e 679, CLT); HABEAS CORPUS (art. 5º, LXVIII, CF; art. 114, IV, CF; OJ 89 e 143, SDI – 2, TST; art. 647 e seguintes CPP); HABEAS DATA (art. 5º, LXXII, CF; lei 9507/97)
	Uma outra competência dessa normativa, é a competência para julgar algumas ações constitucionais. O mandado de segurança é um remédio constitucional, existe do ponto de vista individual e coletivo, e o seu procedimento é regulamentado por lei especifica (Lei n° 12.016/2009). O mandado de segurança é um instrumento para resguardar direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus e habeas data. Sempre fomos competentes para julgar esse remédio, mas estava limitada a algumas relações, além de não ser um mecanismo utilizado em primeiro grau. (Art. 678 e 679 da CLT)
	Mudou que nós positivamos essa competência e ampliamos o leque de utilização dessa competência, pois passamos a julgar lesões oriundas da relação de trabalho. Isso fez com que fosse ampliada a quantidade de pessoas que podem ser enquadradas como entidade coatora. Em que contexto eu posso enquadrar o oficial de registro por exemplo? Se a associação profissional tiver o registro negado sem justificativa, ela pode enquadrar o oficial de registro como entidade coatora. 
	Amplia-se também a competência funcional, porque nesses casos passa a ser competente a vara do trabalho, e antes só quem julgava era o TST e TRT. Então o que mudou foi a positivação do mandado de segurança e a possibilidade de enquadrar outras autoridades coatoras. 
	Aqui não pode exercer jus postulande (ajuizar ação sem advogado (sum. 425 do TST) no caso de mandado de segurança nesse caso. (Mandado de segurança, rescisória e cautelar só podem entrar com advogado, lembrem-se)
	O sindicato quando esta ajuizando mandado coletivo está atuando como substituto processual, pois está atuando em nome próprio para resguardar interesse alheio.
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
	O habeas corpus é uma ação constitucional que tutela a liberdade de ir e vir. O que tem a ver com a justiça do trabalho, é porque temos a possibilidade de prisão civil. A nossa competência para essa medida continua a mesma, e é pouco utilizada, porque não existe mais a prisão civil por dívida. (Súm. Vinc. 25 do STF). Lembrando que não temos normas sobre habeas corpus, usamos por analogia o CPP.
	De quem é a competência funcional para julgar Habeas corpus? Pode julgar originariamente o TST e TRT.
	No que tange ao Habeas data, é uma ação para obter informações do seu interesse em bando de dados públicos. O HD só é utilizado quando se tem a negativa administrativa, ai sim se justifica o acesso a justiça, é regulamentado por lei especifica e garantido no art. 5°.
	Em que contexto eu utilizo o habeas data na justiça do trabalho? Primeiro porque o legislador positivou e segundo porque julgamos ações de empregados seletivas, onde o empregado pode entrar com uma ação de habeas datas contra o ente público que ele trabalha. A competência funcional é da vara do trabalho e em sede de recurso chega ao TST e TRT.
	
15.  Penalidades administrativas: art. 114, VII, CF; Sum 66 STJ (Conselhos Profissionais)
VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; 
	Quem é o órgão que fiscaliza o cumprimento se a CLT está sendo cumprida? O antigo ministério do trabalho. E quando ele fiscaliza, ele pode estabelecer uma penalidade e essa empresa pode não concordar com essa penalidade. Após recorrer administrativamente e não conseguir, ele pode recorrer no judiciário. Como a secretária que ficou no lugar do ministério do trabalho não tem personalidade jurídica, quem vai julgar essa ação é a justiça do trabalho, segundo o inc. VII do art. 114 incluído pela EC/45.
	Só a secretária pode fiscalizar? Ela faz 99% do trabalho, mas existem algumas entidades que também fiscalizam. Quando se fala em ações, é só essa ação de conhecimento ajuizado pelo autor para desconstituir a coisa julgada? Não, também pode julgar ações da União (na pessoa da procuradoria da fazenda nacional), no caso de dívida ativa, onde a união pode executar (execução fiscal, onde se aplica a LEF) a empresa devedora. 
	Os concelhos de classe não podem ser enquadrados como órgãos fiscalizadores do trabalho, a natureza jurídica deles é de autarquia sui generis e a ação de penalidade deles será julgada pela justiça comum federal (sum. 66 do STJ).
	Observação: E no inciso VII estivesse falando dos tomadores de serviço, eu poderia entender que essa competência se aplica a eles? Sim, poderia. Mas a lei não fala isso, fala de empregadores, então no caso dos tomadores continua sendo a justiça comum federal. 
SEGUNDA PARTE DA AULA - ATIVIDADE
Leitura do art. 652 da CLT e art. 114 da CF/88
Parágrafo único do art. 652 - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado, sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. (Exceção ao princípio as isonomia)
ATIVIDADE INVERTIDA
	Quando falamos da competência em razão da pessoa, o art. 114 fala que somos competente para julgar ações em que for parte entes de direito público externo (estados estrangeiros e organismos internacionais), então tanto umcomo o outro podem ser acionados pela Justiça do trabalho. Mas o STF entendeu que deve-se excluir essa interpretação, que não somos competentes para julgar os entes de direito público externo.
(obs.: Essas ações iniciam na vara do trabalho, vai chegar ao TST como recurso de revista)
	Porque o STF fez isso se a Constituição atribuiu essa competência a Justiça do trabalho? 
https://www2.stf.jus.br/portalStfInternacional/cms/destaquesNewsletter.php?sigla=newsletterPortalInternacionalJurisprudencia&idConteudo=291606#:~:text=STF%20declara%20Justi%C3%A7a%20do%20Trabalho,figurem%20como%20parte%20organismos%20internacionais
PROCESSO DO TRABALHO
18 de março de 2021
3.2) Competência em razão da pessoa
-  Entes de direito público externo: art. 114, I, CF; Convenção de Viena; OJ 416, SDI – 1 TST;
- Cartórios extrajudiciais: art. 236 CF; Repercussão Geral
STF declara Justiça do Trabalho incompetente para julgar causas trabalhistas em que figurem como parte organismos internacionais – Porque que essa imunidade recai sobre os organismos e não sobre os estados estrangeiros?
	Os organismos internacionais não podem ser processados pela imunidade absoluta de jurisdição disposta no tratado, nãos e submetem ao processo de conhecimento nem ao processo de execução. Em relação aos estados estrangeiros, o que prevalece para eles é a imunidade relativa, eles podem ser submetidos ao processo de conhecimento, mas a jurisdição brasileira não vai poder submeter os bens do outro estado para o pagamento, logo, não se aplica a eles a execução. 
	O legislador ao editar esse art. 114, I, não observou as regras de direito internacional que existem e que o Brasil é signatário, só que isso foi um erro e chegou ao STF por meio de um linding case da ONU. A ONU nesse caso desde o primeiro grau (vara do trabalho) argumentou desde o início que os organismos internacionais tem imunidade absoluta de jurisdição, desde que exista uma convenção ou tratado, ou que haja uma renúncia. Não sendo nenhum desses casos, os organismos internacionais não estão sujeitos a processos de conhecimento e nem de execução, lembrando que eles podem renunciar só ao processo de conhecimento ou só ao processo de execução, mas não faz sentido renunciar só a um ou a outro. Essa renúncia tem que ser EXPRESSA.
	A ONU tem no caso a Convenção de Londres, então se alguém se sentir lesado e entrar com um processo contra esse organismo internacional, não será possível, pois eles possuem imunidade. (OJ 416 do TST).
	Diferentemente ocorre com os Estados, que de fato os atos de império gozam de imunidade absoluta, não podem ser questionados, já os atos de gestão (administrativos) tem uma peculiaridade de ser equiparados a atos de particulares, então gozam de imunidade relativa. E quando se contratam trabalhadores, isso é um ato de gestão, por isso ele é acobertado pela imunidade relativa. Logo, eu posso acionar o Estado estrangeiro, só que após obter a sentença, eu não posso executar, por conta da imunidade quanto a execução. Se o estado não renunciar a essa imunidade eu não poderei executar, tendo que pedir uma carta rogatória. 
	Por isso o STF entendeu por dividir os bens do Estado estrangeiro em afetados e desafetados (aqueles que não estão sendo utilizados), e nesse caso pode prosseguir a execução em reação aos bens desafetados (desocupados)
https://trt-3.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1110980395/recurso-ordinario-trabalhista-ro-100922520205030132-mg-0010092-2520205030132/inteiro-teor-1110980472
1) A QUEM PERTENCE A COMPETÊNCIA TERRITORIAL?
MINHA PESQUISA:
	Art. 651 da CLT - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.
	Desse dispositivo legal, é possível extrair-se a regra geral, segundo a qual a competência é fixada com base no local de prestação de serviços. Estando intimamente ligado ao princípio do acesso à justiça, consagrado no inciso XXXV do art. 5° da CF. Entretanto, imposta destacar, que se o local de domicilio do empregado não for próximo do local onde prestou serviço, essa regra será relativizada, posto que o art. 651 da CLT objetiva facilitar o acesso do empregado à justiça, e não facilitar a defesa da empresa. As regras de competência territorial devem ser lidas e compreendidas à luz do princípio constitucional que garante o amplo acesso à justiça. 
	São diversos os julgados que reconhecem a competência territorial da justiça do trabalho, em local diverso daquele da contratação ou da prestação de serviços. Fazendo assim, uma interpretação do art. 651 da CLT conforme a constituição, garantindo a parte hipossuficiente da relação de emprego, a tutela jurisdicional preventiva ou reparatória de um direito. (art. 5° da LINDB – interpretação teleológica - Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.) 
	Outra exceção possível a essa regra é a de trabalhadores em condições análogas a de escravo. (Não se pode aplicar de forma irrestrita)
https://www.migalhas.com.br/depeso/290680/informativo-185-do-tst-e-a-competencia-territorial-trabalhista
https://thiagoosoares.jusbrasil.com.br/artigos/308254944/trabalhador-pode-propor-acao-em-local-diverso-de-onde-foi-contratado-ou-prestou-servicos
https://www.machadomeyer.com.br/pt/inteligencia-juridica/publicacoes-ij/trabalhista-ij/reforma-trabalhista-novas-regras-da-excecao-de-incompetencia-territorial-na-justica-do-trabalho
2) QUAIS EXCEÇÕES PODEM SER APLICADAS A COMPETÊNCIA TERRITORIAL TRABALHISTA.
MINHA PESQUISA:
A competência territorial na Justiça do Trabalho, ou seja, o local onde a ação trabalhista deve ser ajuizada, é definida pelo local da prestação dos serviços, com ressalva apenas às três exceções previstas nos parágrafos 1º, 2º e 3° do artigo 651 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
Foro em que se localiza a empresa ou a filial – 1°
Aquele que trabalha junto a um empresa de grande porte e não tem condições de ir até onde se presta o serviço, nesse caso, ele pode ajuizar ação em seu domicilio. Assim como os trabalhadores em condições análogas a de escravo (legalidade e acesso a justiça)
https://www.migalhas.com.br/depeso/290680/informativo-185-do-tst-e-a-competencia-territorial-trabalhista
3) QUAL ÓRGÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO JULGARÁ A EXCEÇÃO?
MINHA PESQUISA:
Em regra, quem julga é a vara. Então na mesma vara que a ação foi ajuizada é que deve ser ajuizada a exceção, é como se fosse a resposta do réu. 
A Súmula 214, alínea c, do TST possibilita o recurso ordinário em face da decisão que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, ou seja, se o Juiz do Trabalho, acolhendo a exceção de incompetência territorial, determinar a remessa dos autos para outra Vara do Trabalho vinculada a outro Tribunal Regional do Trabalho, segundo a citada Súmula há a possibilidade de interposição do Recurso Ordinário, pois a decisão é terminativa do feito junto à jurisdição do TRT em que o Juiz prolatou a Decisão.
	
PROCESSO DO TRABALHO
22 de março de 2021
Relembrou a aula passada.
- Foro de eleição: art. 63, CPC. Aplica-se as relações de trabalho?
Quando as partes tem a opção de escolher o local onde irão dirimir os seus conflitos. Nas relações de trabalhos, a regra é que seja competente o local onde se presta o serviço, logo não se aplica foro de eleição (art. 63 do CPC)
 
4 Conflito de competência
	É quando dois juízos se entendem por competentes (conflito positivo) e quando dois juízes se entendem incompetentes (conflito negativo) – art. 114, V, CF. Se forem duas varas do trabalho do mesmo regional, quem vai resolver é uma instancia superior (TRT). Mas se forem duas varas de instancias diferentes, quem vai resolver é o órgão superior a elas (TST). Da mesma forma, se houver conflito entre dois TRT’s quem julga também é o TST. Toda vez que houver um tribunal superiorem conflito com alguém, quem vai julgar é o STF. Se forem varas de justiças diversas, quem é competente é o STJ (exemplo – vara do trabalho e justiça comum). (art. 803 a art. 811, CLT e Sum. 420 do TST)
SÚMULA Nº 420 - COMPETÊNCIA FUNCIONAL. CONFLITO NEGATIVO. TRT E VARA DO TRABALHO DE IDÊNTICA REGIÃO. NÃO CONFIGURAÇÃO
Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e Vara do Trabalho a ele vinculada.
Inspiração do modelo italiano. Quando ela nasceu no Brasil, nós tínhamos um modelo administrativo, que não era justiça do trabalho, eram câmaras de conciliação, com a missão de ser uma alternativa mais especializada a resolução de conflitos. 
	Foram instaladas duas câmeras:
DI (JCJ)
DC (Comissão Mista de Conciliação)
	Eram compostas por práticos do direito do trabalho, então eles eram nomeados para conciliar, e quando havia uma conciliação, se o acordo não fosse cumprido, poderia ser executado na justiça comum. 
	Ao longo dos anos os conflitos foram aumentando e a justiça comum não conseguia analisar os conflitos de forma correta, pois tratavam os desiguais de forma igual. E ai essas comissões 
	Decreto 237/1939 ao implementar a justiça do trabalho, nasceu na nossa época, mas só passou a existir constitucionalmente a partir da Constituição de 1946. Com essa Constituição tivemos a concretização da justiça do trabalho como órgão do poder judiciário, e aquelas comissões de conciliação passaram a ser Juntas de conciliação e julgamento. Porque esse modelo conciliador foi trazido pra cá, então enquanto todas as áreas do poder judiciário tinham 1 conciliador, nós tínhamos 3. Um juiz togado, um classista (representando os empregados) e um classista (representando os empregadores, sendo os classistas cargos de indicação e o juiz togado concurso público. Esse modelo não existia só nas varas, mas também no TST e TRT.
	Esses classistas foram retirados na Constituição de 1988, onde foi questionado na necessidade da Justiça do Trabalho se manter viva. E para não acabar, algumas mudanças tiveram que ocorrer. Primeiro se extinguiram os classistas (EC 24/99), a justiça do trabalho deixou de ser paritária e passou a ser monocrática, ou seja, só restou o juiz togado e ele sentenciava. (Art. 647 a 649, CLT; art. 660 a art. 667, CLT)
	Essa emenda alterou o art. 111 da CF/88 – então são órgãos da justiça do trabalho: o juiz do trabalho, o TRT e o TST (a Vara não está positivada, mas indiscutivelmente é um órgão, atuando na base junto do Juiz do trabalho. E a vara não julga recurso, somente ações originárias (o TRT julga recursos e o TST pacifica jurisprudência e tem competência recursal e excepcionalmente originária). Lembrando que a Vara é a mesma Juntas de Conciliação e Julgamento). (Art. 644, CLT)
DEBATE SOBRE O VÍDEO
	
PROCESSO DO TRABALHO
25 de março de 2021
1) Qual a importância da justiça do trabalho no Brasil?
2) Falar sobre a estrutura da Justiça do trabalho, em especial as atribuições das Varas do trabalho e dos TRT’s, destacando sua composição e funcionamento. 
A base de criação dos TRT’s é a Constituição. Como se cria um TRT no Brasil? Através de lei federal. Temos 24 hoje no Trabalho, frisa-se que são regionais, então são por regiões e não por estados. Vara do Trabalho: criação (art. 112, CF); composição (art. 116, CF); funcionamento (art. 114) TRT: criação (art. 112, CF); funcionamento (art. 674, CLT; art. 115, CF)
ELA RESPONDEU ESSAS DUAS QUESTÕES MAIS EU NÃO ENTENDI NADINHA.
MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO
	O MP sempre teve uma controvérsia sobre sua existência. Antes da CF questionava-se se ele era do executivo ou do judiciário, mas a CF em seu art. 127 diz que ele é um órgão essencial a justiça, não pertencem a nenhum desses poderes, mas atua ao lado do Poder Judiciário. Ai temos o MP dos estados e o MP da União, onde neste último se insere o Ministério Público do Trabalho. Frisa-se que esse MPT surgiu quase que juntamente da Justiça do Trabalho, tem a função de proteger os direitos e interesses coletivos. 
	Estão revogados, porque é uma normatização anterior a CF.
	O MPT da mesma forma que a JT possui regiões, temos 24 procuradorias regionais do trabalho. A carreira começa com o cargo de procurador de trabalho, depois procurador regional e depois sub procurador geral. 
PROCESSO DO TRABALHO
29 de março de 2021
https://www.politize.com.br/ministerio-publico-do-trabalho/
https://jus.com.br/artigos/37929/ministerio-publico-do-trabalho-organizacoes-e-principais-funcoes-institucionais
https://www.educamundo.com.br/blog/ministerio-publico-do-trabalho
	O MPT sempre que não consegue resolver o problema de forma preventiva, ele tem a possibilidade de ingressar em juízo para resolver a problemática. Como o Brasil é participe da OIT, o MPT junto das coordenadorias busca atuar nesses áreas trabalhistas que mais demandam seu auxilio, como o trabalho escravo e infantil.
	O MPT tenta de todas as formas não judicializar, ele tenta um acordo, faz um TAC, convoca a empresa para um trabalho conjunto, tudo isso antes de ingressar no judiciário.
	
OUVIR A AULA PORQUE PERDI QUASE TUDO DO QUE ELA FALOU 
QUAIS ÁREAS O MPT POSSUI ATUAÇÃO NA DEFESA DA COLETIVIDADE DE TRABALHADORES? 
a) Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância)
b) Coordenadoria Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conaete)
c) Coordenadoria Nacional de Promoção de Igualdade de Oportunidades e Eliminação da Discriminação no Trabalho (Coordigualdade)
d) Coordenadoria Nacional de Combate às Fraudes nas Relações de Trabalho (Conafret)
e) Coordenadoria Nacional de Combate às Irregularidades Trabalhistas na Administração Pública (Conap)
f) Coordenadoria Nacional de Defesa do Meio Ambiente do Trabalho (Codemat)
g) Coordenadoria Nacional de Trabalho Portuário e Aquaviário (Conatpa)
h) Coordenadoria de Assuntos Internacionais (Coint)
i) Coordenadoria de Recursos Judiciais da Procuradoria-Geral do Trabalho (CRJ)
j) Coordenadoria de Dissídios Coletivos da Procuradoria-Geral do Trabalho (CDC)
E QUAIS MECANISMOS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS UTILIZADOS NESTE EMBATE??
Art. 127 - (defesa da ordem jurídica – função judicial) - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.
Quais ações que ele pode ajuizar? Ação civil pública (é tutelado o interesse difuso e coletivo) e ação civil coletiva (é tutelado o ) . Há outras, tais como, ação de dissidio coletivo de greve. Se ele constatar irregularidades em uma convenção ou acordo coletivo poderá ajuizar ação anulatória. Pode ajuizar ação rescisória, mesmo nas ações em que não foi parte, havendo interesse público. Mandado de injunção - 
Art. 129 (promoção do inquérito civil e ação civil pública – função administrativa) - São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer

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