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TECNOLOGIAS DIGITAIS DE COMUNICAÇÃO E INFORMAÇÃO: uma ferramenta para o ensino no Brasil durante a Pandemia da Covid-19 Frederico José Santos Bispo1 Maicon Matos de Oliveira1 Marcos Anjos de Moura 1 Resumo: Nesse período de pandemia da Covid-19 que toda a sociedade está vivendo, as tecnologias digitais de informação e comunicação têm contribuído enormemente para a mudança do planejamento educacional brasileiro. Essas tecnologias vêm sendo utilizadas diferentes abordagens de educação presencial que se tornou remoto e têm contribuído para a implantação das metodologias ativas de ensino e de aprendizagem. Este trabalho objetiva realizar um levantamento bibliográfico de como as instituições de ensino estão se adequando a nova realidade nesse período de pandemia com as tecnologias digitais, redes sociais, aplicativos de comunicações e audiovisuais. Através de um levantamento bibliográfico de artigos poderá se verificar a evolução da educação brasileira com a modernização das ferramentas de ensino, além do livro didático e a comunidade escolar. Palavras-chave: Pandemia; Covid 19; Ensino remoto; Ciberespaço. Introdução Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) com a chegada da pandemia do Covid-19, prejudicou a eduçação, causando o encerramento das aulas presenciais nas escolas e universidades. Dias e Pinto (2020) válidam que os professores precisam de atualização para uso de plataformas digitais desde formular suas atividades até para gravações de conteúdos didáticos. Por sua vez, a maioria dos alunos, não possuem acesso à computador, celular e internet de qualidade. Maia e Dias (2020) relatam que é preciso pensar na saúde física e mental dos profissionais docentes que estão fragilizados com o novo cenário de caos na educação de esgotamento e exaustidão física e mental, pois se não conseguem se ajudar, não conseguiram auxiliar os discentes. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) incentiva o desenvolvimento de competências e habilidades para uso das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) de forma tranversal abordadas em todas as áreas de conhecimento para aprendizado múltiplos direcionado para o uso das tecnologias, aprender a linguagem digital e explorar seus recursos (BRASIL, 2018). 1 Pós-Graduando em Ensino de Ciências da Natureza e Matemática, pelo Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia Baiano, Campus de Itapetinga). maicon.matos@outlook.com, marcosmoura89@hotmail.com. mailto:maicon.matos@outlook.com mailto:marcosmoura89@hotmail.com Com a evolução das tecnologias digitais de informação e comunicação, as barreiras começaram a ser rompidas. A interação on-line desenvolveram situações do professor e os alunos trocar ideias em chats ou aplicativos de comunicação, surgindo o novo espaço chamado de “ciberespaço” (CRUZ et al., 2013; VALENTE, 2019). Com a disseminação das tecnologias móveis sem fio, como os tablets e os smartphones, foram criandos novos modelos de cursos e atividades educacionais acessados por esses dispositivos móveis, causando o desenvolvimento de diferentes estratégias de ensino e de aprendizagem, uma vez conectadas à internet, permitirem o acesso à informação a qualquer momento e em qualquer lugar (DA SILVA REIS, LEITE e LEÃO, 2017; VALENTE, 2019). A pandemia veio para mostrar que toda ferramenta que acrescenta para a melhoria e qualidade de ensino no Brasil é bem vinda e viável, quando se sabe o que faz e como se faz. Cursos de pós graduações já existem para trabalhar a educação com as novas tecnologias e podem ter a certeza que a educação passa por mudanças que ficará e integrará todos para a evolução da educação brasileira. Nesse contexto, as novas tecnologias são essenciais, mais precisam adotar meios de chegar aos mais vulneráveis e ainda, fortalecer políticas públicas que precisam ser reformuladas traçando meios para garantir a saúde física e mental de toda escola, professores e alunos. O objetivo desse artigo é discutir como as tecnologias digitais de informação e comunicação estão auxiliando no desenvolvimento das metodologias de ensino e de aprendizagem no período de pandemia do Covid-19. Metodologia Para alcançar o objetivo proposta nessa pesquisa foi ultilizada uma Revisão Sistemática da Literatura (RSL), que visa levantar e identificar evidências de um problema específico de pesquisa de acordo sua área de conhecimento, dando ênfase as ideias, opiniões e posicionamneto dos autores (GARZA-REYERS, 2015). A RSL são categorizadas e sistematizadas em fases consecutivas: a) formulação da questão a ser investigada, b) localização dos estudos ou base de dados, c) avaliação e critérios de inclusão/exclusão das caracterícas e seleção dos estudos, d) análise crítica e síntese e validação dos estudos selecionados, e) relatar evidências e usar os resultados. Após selecionar a amostra utilizada foram definidos parâmetros de a) inclusão: Artigos disponíveis no Google Acadêmico, Periódicos Capes e Scielo; estudos empiricos; texto completo disponibilizado para leitura, (c) periodo de publicacao entre 2019 e 2021, (d) retrato de acões de formacão para o uso de tecnologias nas práticas docentes, os seus efeitos e desafios, focando na realidade das escolas brasileiras. Foram definidos os seguintes criterios de exclusão para análise: Artigos sem enfoque no ensino ou na aprendizagem e que não tenham como objetivo serem aplicados na educação básica no período de pandemia, ou seja, apenas embasamento teórico. Para base de dados documentais de artigos amostrados nesse estudo foi realizada uma busca sistemática nas ferramentas de busca Periódicos Capes, Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Google Acadêmico. Foram utilizados os descritores: novas tecnologias da informação, ensino remoto em tempos de pandemia. A pesquisa gerou 52 artigos, após excluir as duplicatas e os parãmtros de exclusão, totalizaram 18 artigos que passarm por uma análise de conteúdo temática, no sentido de buscar a compreensão critica das comunicacões e de suas significacões. Os mesmos foram transferidos para o programa de computador ATLAS.ti Scientific Software Development GmbH que é utilizado em pesquisas de análises quantitativa de dados, mas essa não é sua função exclusiva. Resultados e Discursão As fronteiras entre educação e as tecnologias têm se estreitado cada vez mais e na sala de aula não é diferente. Seja com o professor ou com o aluno, as tecnologias têm contribuído para a construção do conhecimento (DA SILVA REIS, LEITE e LEÃO, 2017). Muitos trabalhos mostraram que as tecnologias estão ganham cada vez mais espaço na vida da população, embora ainda sejam encontradas disparidades no acesso e no uso da rede, quando verificamos os dados sobre a banda larga nos domicílios de baixa renda (BARBOSA, 2015). Compilando os artigos no software ATLAS.ti identificamos as principais tecnologias utilizadas na educação (Tabela 1). Tabela 1: Tecnologias utilizadas na educação Celulares e smartfones (45%) Computadores com acesso a internet (32%) Televisor conectado a internet (18%) Tablets (5 %) Fonte: Dados da Pesquisa, 2021. A UNESCO, (2014) recomenda um olhar sobre a formação docente e fornecer apoio aos profissionais, quanto ao uso das tecnologias e a criação de conteúdos educacionais para serem usados em celulares conectados em redes móveis. São esses os dispositivos mais utilizados para promover aulas, seguidos de computadores e televisores, enfatizamos que esses aparelhos são sempre usados para explanação de conceitos em aulas e para exibição de vídeos. Para Bedi (2014), o papel do professor no processo de ensino e aprendizado é muito mais amplo que apenas buscar tecnologias a serem aplicadas na educação, outros pontos precisam ser explicitados como tempo para identificar a ferramenta certapara abordagem do tema trabalhado. Que recaí sobre um currículo rígido que precisa ser respeitado, inviabilizando inovações no ambiente escolar. As tecnologias já estão nas escolas e conhecer a capacidade que as tecnologias têm para contribuir com o processo de ensino e aprendizagem é um passo fundamental para todos (DA SILVA REIS, LEITE e LEÃO, 2017). Essa mudança efetiva no processo de ensino e aprendizado só pode ocorrer com o profissional docente abrançando a causa e o seu potencial para associar as tecnologias com aulas didáticas e divertidas. No ensino de ciências da natrureza, que é muito abstrata, a tecnologia ter um papel essencial de auxiliar o professor na construção do conhecimento dos alunos, na aprendizagem dos conteúdos científicos e na minimização das limitações encontradas durante sua formação escolar (DA SILVA REIS, LEITE e LEÃO, 2017). É necessário a escola se apropriar das tecnologias da informação e comunicação, integrando-as ao processo de ensino e aprendizagem através de seus protagonistas, alunos e professores, reforçando seu compromisso na formação de cidadãos conscientes do seu papel transformador numa sociedade mais justa e igualitária (LEÃO, 2011). As tecnologias da informação e comunicação têm se mostrado como um instrumento que pode facilitar a compreensão dos conceitos na área de ensino das ciências, tornando-os menos abstratos, mais “visualizáveis” e compreensíveis do que são considerados pelos estudantes (DA SILVA REIS, LEITE e LEÃO, 2017). Através da tecnologia é possível realizar práticas pedagógicas diversificadas, a exemplo do uso de um jogo eletrônico, que, segundo Ignácio (2013), promove com a sua realização, um aprendizado que ultrapassa os conteúdos químicos presentes num currículo escolar, além de acontecer de forma motivadora e prazerosa. A aplicação das tecnologias digitais tem conduzido a uma ruptura das metodologias tradicionais de ensino, gerando melhor desempenho dos estudantes frente aos conteúdos escolares, tornando esses assuntos menos abstratos (LEITE, 2016; DA SILVA REIS, LEITE e LEÃO, 2017). Contudo, precisamos enfatizar que a inserção das tecnologias nas escolas não deve ser vista como uma solução para todos os problemas da educação, mas, como um recurso que deve ser somado ao processo de ensino e aprendizagem (DA SILVA REIS, LEITE e LEÃO, 2017). Conclusão A implantação de novas metodologias no ensino parece um caminho é uma realidade brasileira colocando o foco no aluno-sujeito em construção de sua aprendizagem torna-o mais responsável de sua aprendizagem, através de uma postura mais participativa e não passiva como antes, na educação tradicional. O professor sai da visão de transmissor de conteúdos e assume o papel de mediador, a sala de aula passa a ser um ambinete, onde o aluno tem a presença do professor e dos colegas auxiliando na resolução de suas tarefas, na troca de ideias e na significação da informação, o ciberespaço escolar é tratado em grupos que compartilham objetivos comuns. A inclusão das tecnologias nas metodologias criaram oportunidades para que valores, crenças e questões sobre cidadania possam ser trabalhados, preparando e desenvolvendo as competências necessárias para que esse aprendiz possa viver e usufruir da sociedade do conhecimento. Por fim, o professores, gestores, comunidade e alunos tem um papel fundamental na utilização das Tecnologias de Inforamção e Comunicação, agora se esse uso for feito de modo despreocupado, sem planejamento e para cumprir projetos educacionais, não trará grandes mudanças, a educaçaõ é informatizada e não precisa ter retrocessos e sim aliada e complentar o processo educacional. Referencias BARBOSA, Alexandre F. TIC Educação 2014: Pesquisa sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação nas escolas brasileiras. Livro eletrônico. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2015. BEDI, Krunoslav. Tablet PC & smartphone uses in education (Tablet Tours). In: 201437th International Convention on Information and Communication Technology, Electronics and Microelectronics (MIPRO). IEEE, 2014. p. 940-945. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF, 2018. Disponível em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/download-da-bncc/> Acesso em 21 março. 2021. 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