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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP ALEX DOS REIS DELGADO RA: 1808285 USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO DURANTE A PANDEMIA Manicoré – AM 2021 ALEX DOS REIS DELGADO RA: 1808285 USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO DURANTE A PANDEMIA Trabalho de conclusão de curso para obtenção do título de graduação em Licenciatura em Letras – Português apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientadora: Profa. Me. Simone Gonzalez MANICORÉ 2021 ii CIP - Catalogação na Publicação Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista com os dados fornecidos pelo(a) autor(a). Delgado, Alex dos Reis Uso das tecnologias digitais de informação e comunicação na educação durante a pandemia / Alex dos Reis Delgado. - 2021. 3900 f. : il. Color Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto de Ciência Sociais e Comunicação da Universidade Paulista, Manicoré, 2021. Área de Concentração: Metodologia do Ensino de Língua Materna/Estrangeira. Orientadora: Profª. Me. Simone Camacho Gonzalez. 1. Ensino remoto. 2. Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação. 3. Pandemia. 4. Ensino Básico. I. Gonzalez, Simone Camacho (orientadora). II.Título. iii ALEX DOS REIS DELGADO RA: 1808285 USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NA EDUCAÇÃO DURANTE A PANDEMIA Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do título de Graduação em Licenciatura em Letras – Português apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Aprovado em: BANCA EXAMINADORA _________________________________________/__/___ _________________________________________/__/___ _________________________________________/__/___ iv DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a todos os profissionais de saúde que lutam incansavelmente a salvar vidas diariamente. Dedico, também, aos profissionais da educação básica que, desde o início da pandemia, buscam alternativas para que os estudantes não sejam ainda mais prejudicados na aprendizagem neste período pandêmico. v AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço à DEUS, por me dar a vida e permitir que eu chegasse até aqui; Aos meus pais que sempre me apoiaram nos meus estudos. E à minha filha Sofhia e minha esposa Maria de Fátima por serem as motivações que me levaram a ter forças para seguir na vida; A todos os meus professores e professoras que me acompanharam durante meu percurso como aluno; À professora Simone Gonzalez, pelo incentivo e colaboração no desenvolvimento do presente trabalho. vi RESUMO A pandemia do novo Coronavírus mudou a rotina de bilhões de pessoas ao redor do mundo. Diante do alto contágio pelo vírus no Brasil, instituições de educação básica tiveram suas aulas suspensas no começo de 2020. As aulas puderam funcionar, mais de modo não presencial, mediadas, ou não, por tecnologias digitais. Assim, este estudo visa compreender como a pandemia afetou as escolas de ensino básico e destacar as várias possiblidades de uso das tecnologias digitais via internet na mediação das aulas não presencias no ensino fundamental II e médio. Quanto à metodologia empregada, este é um estudo exploratório e bibliográfico. O trabalho está dividido em: Introdução, onde são apresentados o contexto do problema, a pergunta, hipóteses, objetivos e justificativas; Fundamentos teóricos, onde são apresentadas as bases teóricas que fundamentam este trabalho; Aspectos metodológicos, que apresenta a descrição do estudo, técnicas e ferramentas para coleta de dados; Resultados do estudo e discursão, capítulo em são analisados os dados obtidos e discursão sore os mesmos; Fatores limitantes e considerações finais, que finaliza destacando os limites do estudo e reforça o foi dito no desenvolvimento deste trabalho. Palavras-chave: Ensino remoto; Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação; Pandemia; Ensino Básico. vii ABSTRACT The new Coronavirus pandemic has changed the routine of billions of people around the world. In view of the high contagion by the virus in Brazil, basic education institutions had their classes suspended in the beginning of 2020. The classes were able to function, more in a non-face-to-face way, mediated, or not, by digital technologies. Thus, this study aims to understand how the pandemic affected elementary schools and highlight the various possibilities of using digital technologies via the Internet in the mediation of classes not present in elementary school II and high school. As for the methodology used, this is an exploratory and bibliographic study. The work is divided into: Introduction, where the context of the problem, the question, hypotheses, objectives and justifications are presented; Theoretical foundations, where the theoretical foundations that support this work are presented; Methodological aspects, which presents the description of the study, techniques and tools for data collection; Results of the study and discourse, chapter on which the data obtained are analyzed and discourse on the same; Limiting factors and final considerations, which ends by highlighting the limits of the study and reinforces what was said in the development of this work. Key-words: Remote education; Digital Information and Communication Technologies; Pandemic; Basic education. viii LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Percurso metodológico de seleção de publicações.............................28 ix LISTA DE TABELAS TABELA 1 - Número de publicações......................................................................28 TABELA 2 - Número de publicações selecionadas por ano....................................29 TABELA 3 - Síntese das obras................................................................................29 x SUMÁRIO 1. Introdução ........................................................................................................ 12 1.1. Descrição do problema .............................................................................. 12 1.2. A pergunta da pesquisa ............................................................................. 12 1.3. A(s) hipótese(s) ......................................................................................... 13 1.4. Objetivos do estudo .................................................................................. 13 1.4.1. Objetivo geral ...................................................................................... 13 1.4.2. Objetivos específicos .......................................................................... 13 1.5. Justificativas para a realização do estudo ................................................ 14 1.6. Organização do texto ................................................................................ 14 2. Fundamentos teóricos ...................................................................................... 16 2.1. A crise sanitária global do Novo Coronavírus ............................................ 16 2.2. Efeitos da pandemia na educação ............................................................. 16 2.3. Algumas faces da educação e o ensino remoto emergencial .................... 17 2.3.1. Ensino presencial/Educação presencial .............................................. 18 2.3.2. Ensinos Não Presenciais ....................................................................18 2.4. Portaria nº 343/2020, de 17 de março de 2020 ......................................... 21 2.5. As Tecnologias [Digitais] de Informação e Comunicação (TICs/TDICs) na Educação .......................................................................................................... 21 2.5.1. Mas afinal, do que se tratam elas?...................................................... 22 2.5.2. Transição das aulas presenciais para não presenciais por meio das Tecnologias Digitais durante a pandemia: Possibilidades, limites e desafios 23 3. Aspectos metodológicos................................................................................... 26 3.1. Descrição do estudo .................................................................................. 26 3.1.1. Do ponto de vista dos objetivos da pesquisa ...................................... 26 3.1.2. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos ................................... 26 3.1.3. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema .................... 26 xi 3.2. Coleta de dados: Técnicas e ferramentas ................................................. 27 3.2.1. Critérios de pesquisa e seleção das fontes para estudo ..................... 27 4. Resultados do estudo e discursão ................................................................... 28 4.1. Os resultados ............................................................................................. 28 4.2. Discursão ................................................................................................... 32 5. Fatores limitantes e considerações finais ......................................................... 35 6. Referências bibliográficas ................................................................................ 36 12 1. INTRODUÇÃO 1.1. Descrição do problema Em março de 2020 as aulas presenciais na educação básica foram suspensas diante da crise sanitária global causada pelo novo Coronavírus (SARS- CoV-2). Assim, o Ministério da Educação (MEC) atendeu à reivindicação da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), assim como as orientações do CNE – Conselho Nacional de Educação – e publicou a portaria nº 343, de março de 2020, a qual regulamenta e orienta as instituições de ensino a substituírem as aulas presenciais por aulas à distância por um prazo de 30 dias ou enquanto durar a pandemia (BRASIL, 2020 apud SANTOS JUNIOR; SILVA MONTEIRO, 2020). Nesse cenário, instituições e professores seguiram as orientações do MEC e suspenderam as aulas temporariamente. Como a publicação da portaria nº 343, redes/instituições de ensino passaram a vislumbrar uma gama de novas possibilidades das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), e das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), com objetivo de continuar o processo de ensino-aprendizagem por meio de soluções midiáticas ofertadas pela internet (SANTOS JUNIOR; SILVA MONTEIRO, 2020). 1.2. A pergunta da pesquisa Diante do exposto, para fins de realização deste estudo são necessários os seguintes questionamentos sobre as Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, na educação básica brasileira, especialmente ao ensino fundamental II e médio: Quais as possibilidades e desafios de transição das aulas presenciais para as aulas mediadas pelas TDICs? 13 1.3. A(s) hipótese(s) Diante do questionamento levantado, pode-se levantar as seguintes hipóteses. As possibilidades são diversas, como redes sociais, plataformas digitais, games e outras. Quanto aos desafios da transição das aulas presenciais para meios digitais podem ser a desigualdade de acesso a esses recursos e ferramentas digitais para os estudantes. 1.4. Objetivos do estudo 1.4.1. Objetivo geral Descrever e compreender como a crise sanitária causada pela Covid-19 impactou a educação, alterando a rotina das atividades escolares, especialmente em escolas de ensino fundamental II e médio, com ênfase nas Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação como alternativas no auxílio às aulas não presenciais. 1.4.2. Objetivos específicos • Verificar como as escolas de ensino fundamental II e médio foram afetadas com as medidas de isolamento social; • Enfatizar as estratégias e modelos de ensino, com apoio das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação, criados em contexto excepcional pelas escolas, para que os estudantes não fossem prejudicados ainda mais no processo de escolarização; • Evidenciar as dificuldades das escolas na transição das aulas presenciais para não presenciais mediadas por TDICs, no período da pandemia da COVID-19. 14 1.5. Justificativas para a realização do estudo Este trabalho apresenta um tema diretamente ligado ao atual contexto, que não é apenas exclusivo de nosso país, mas o mundo inteiro, que é a crise sanitária causada pela Pandemia do Novo Coronavírus. Apesar disso, o mundo celebra a esperança de dias melhores com a descoberta de vacinas contra o vírus, e o começo da vacinação no Brasil e no mundo. Se em 2020 as nossas armas eram máscaras, álcool em gel, distanciamento e isolamento social, agora as vacinas chegaram para somá-las. Essa crise, que não é apenas sanitária (apesar de ser a causa principal), está longe de ter fim. E enquanto tudo não voltar ao que era em antes da pandemia, teremos que nos acostumar seguindo os protocolos de saúde, que entre tantas medidas fecharam escolas mudando a rotina de professores e alunos desde o começo de 2020. Desse modo, escolas tiveram que reinventar metodologias para que as aulas pudessem continuar diante da nova realidade. E esse estudo visa evidenciar os bastidores da educação para entender como as instituições de ensino básico estão lhe dando com o ensino não presencial, no tocante ao uso das TDICs na mediação das aulas durante esse período, buscando compreender os as possibilidades e dificuldades do uso de tais tecnologias para mediar as aulas. Diante do exposto, este trabalho se mostra de grande relevância ao buscar evidenciar os efeitos da pandemia na educação, especialmente ao ensino fundamental II e médio e a nova realidade dos docentes desses níveis de ensino. Além de contribuir e subsidiar novas pesquisas que venham a surgir sobre o tema. 1.6. Organização do texto O presente estudo está organizado da seguinte forma: 1. Introdução; 2. Fundamentos teóricos; 3. Aspectos metodológicos; 15 4. Resultados do estudo e discursão; 5. Fatores limitantes e considerações finais. 16 2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS 2.1. A crise sanitária global do Novo Coronavírus O ano de 2019 estava terminando, e começava-se uma longa história nos anos seguintes, a pandemia da COVID-19. O primeiro caso de um novo Coronavírus, identificado como SARS-CoV-2, era descoberto na China ainda em 2019. Esse novo vírus, muito contagioso, causador da COVID-19, apresenta sinais clínicos variados de infecções assintomáticas à graves. Rapidamente, o vírus se espalhou pelo mundo, levando autoridades governamentais a elaborarem medidas para barrar o avanço do contágio do Novo Coronavírus (BATISTA; SADOYAMA, A; SADOYAMA, G, 2020). Assim, rapidamente o mundo tão conhecido era outro, aperto de mão e abraço antes comuns entre as pessoas, passaram a ser cobiçados e proibidos. A causa? Distanciamento social, quarentena, isolamento, uso de máscaras e álcool em gel impostas pelas autoridades sanitárias, nacionais e internacionais, como estratégias de controle do avanço da pandemia, ainda segundo os autores (2020). 2.2. Efeitos da pandemia na educação Como a virose se espalhou rapidamente pelo mundo, foi necessário a adoção de medidas de distanciamento social, que até hoje não sabemos quando vão ser desnecessárias.Na educação, essas medidas significaram a parada das aulas presenciais, nas escolas públicas e privadas, deixando 91% dos alunos do mundo inteiro e 95% da América Latina fora da escola (BRASIL, 2020). No Brasil, as redes privadas e públicas de ensino interromperam o funcionamento das aulas presenciais, seguindo a tendência mundial (BRASIL, 2020). Nesse contexto, a educação ficou à mercê da pandemia e teria que se reinventar à nova realidade imposta por esta. Diante de tal contexto, o ensino remoto emergencial foi a única solução encontrada pelo Estado Brasileiro para que as aulas não permanecessem paralisadas, já que a educação é um direito garantido na Constituição Federal de 17 1998, sendo um direito confrangido mesmo em épocas de isolamento social (BRASIL, 1988; MARQUES, 2020 Apud JUNIOR et. al., 2020). 2.3. Algumas faces da educação e o ensino remoto emergencial Antes de avançarmos, faz-se necessário conceituar Educação Presencial/Ensino presencial, Ensino à Distância/Educação à Distância, Ensino Híbrido e Ensino Remoto Emergencial (ERE), para que não haja confusão de conceitos durante a leitura do presente texto. Assim, observando os fatos na história do mundo, as sociedades têm passado por diversas transformações socioculturais, econômicas. Além disso, a ciência tem feito diversas descobertas que mudaram nosso modo de viver e se relacionar em diversos aspectos na vida. Sobre isso, Barbosa e Almeida dizem que, As transformações sociais e culturais que ocorreram nas sociedades, ao longo do tempo, demandaram novas formas dos seres humanos se relacionarem e se comunicarem em seus variados ambientes e contextos; nessa conjuntura, a construção de conhecimento e os processos de ensino-aprendizagem também se transformaram. Os processos educativos ganharam diversas faces no decorrer da história e foram agregando ao ensino escolar tradicional novas estratégias e metodologias, que gradualmente teceram modalidades de ensino capazes de viabilizar formatos diferenciados de educação (2020, p. 125). Desse modo, percebemos como as transformações pelas quais as sociedades passaram têm relação com as novas formas das pessoas se relacionarem uma com as outras e se comunicarem em diversos contextos. Dentre muitas transformações pelas quais o mundo passou a vivenciar, foi o desenvolvimento das mídias digitais, que propiciou uma gama de informações aos seres humanos. E estes, por sua vez, valeram-se da mobilidade virtual, propiciada pelas mídias, para desempenhar diversas atividades que antes previam uma mobilidade física (MANTOVANI; PINTO; SHIGAKI, 2018 Apud BARBOSA; ALMEIDA, 2020). Esse desenvolvimento das mídias digitais desencadeou discussões acerca do uso das tecnologias digitais no meio educacional em que A educação deve-se atentar para reformulações de novos paradigmas educacionais, de modo a entender e valorizar positivamente os impactos 18 das tecnologias no âmbito pedagógico. (ABRANTES; SOUSA, 2016 Apud BARBOSA; ALMEIDA, p. 126, 2020). Não se pode negar o fato de que as TICs (Tecnologias de Informação e Comunicação) trouxeram mudanças significativamente positivas à educação, de forma que programas educativos na televisão, vídeos, computador, sites educacionais, dentre outros, passaram a transformar as aulas tradicionais, nas quais eram utilizados quadro, giz, o professor e o livro; desse modo, esses ambientes se tornam mais dinâmicos para construção de conhecimento (KENSKI, 2015 Apud BARBOSA; ALMEIDA. p. 126, 2020). Diante do exposto, propõe-se nos tópicos seguintes uma breve explanação das diversas modalidades de educação, vigentes atualmente, para enfim chegar no ERE, o qual está sendo implementado diante da crise sanitária do Novo Coronavírus. 2.3.1. Ensino presencial/Educação presencial Há muito tempo na história o ensino presencial tem vigorado como modalidade de ensino para atender à demanda educacional no mundo. Pode-se dizer, conforme Barbosa e Almeida, que esse formato de ensino é a modalidade tradicional de ensino, onde a interação professor-aluno acontece presencialmente; e desse modo, promove-se a construção de conhecimento e a interação deste. Vale ressaltar ainda, segundo as autoras, apesar da principal característica dessa modalidade ser a “presencialidade” e a interação entre aluno-professor em local e horário pré-estabelecido; as aulas podem ocorrer com auxílio das tecnologias mesclando “metodologias e estratégias de ensino” (2020, p. 127). 2.3.2. Ensinos Não Presenciais Diferentemente do ensino presencial, estes modelos se caracterizam pela não presencialidade dos agentes envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, especialmente alunos e professores. Nos tópicos baixo, discorreremos sobre cada uma dessas modalidades. 19 2.3.2.1. Ensino à distância/Educação a distância (EaD): modalidade alternativa Essa modalidade de ensino surgiu como uma alternativa para vencer a distância física entre alunos e professores. Conhecido comumente como EaD, é definido um processo de ensino-aprendizagem mediado por tecnologias de interação e comunicação (TIC). Nele, há o apoio de tutores, não dependendo de um tempo/horário pré-estabelecido (BARBOSA; ALMEIDA, 2020, p. 127). O interessante, dessa modalidade de ensino, é que a carga horária é flexível, através de recursos variados que compõe as atividades síncronas e assíncronas. Encontros presenciais apenas para fins de realização de avaliações e atividades práticas (COSTA, 2020 Apud BARBOSA; ALMEIDA, 2020). Para Menezes (2000, p. 118), o Ensino à distância tem como um dos objetivos principais é “vencer a distância física, possibilitando o acesso à educação a um maior número de pessoas, sendo uma importante estratégia de formação”. Vale dizer ainda, que o EaD é regulamento pela Lei 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação). E mesmo sem presencialidade, a interação entre professor e aluno existe. Tutores podem tirar as dúvidas dos alunos por meio de diversas ferramentas e recursos digitais; e as aulas ocorrem por meio dos AVAs, Ambientes Virtuais de Aprendizagem (GROSSI, 2020 Apud BARBOSA; ALMEIDA, 2020). O EaD ainda pode se apresentar de duas maneiras, uma totalmente à distância, não havendo encontros presenciais; e o outro que mescla aulas à distância com encontros presenciais do aluno com os professores e/ou tutores, o ensino híbrido (BARBOSA; ALMEIDA, 2020). 1.3.2.2 Ensino híbrido (EH) As bases de alicerces do ensino híbrido se encontram na ideia de que não existe uma só forma de aprender. O processo de ensino-aprendizagem, assim como seus formatos e espaços variam, ocorrendo de diversas formas (MORA, 2015 Apud BARBOSA; ALMEIDA, 2020). Nessa modalidade de ensino acontece a hibridização de dois formatos de ensino, o presencial e o on-line (EaD) para a promoção do ensino. No primeiro, o 20 processo de ensino-aprendizagem acontece presencialmente na sala de aula; e no segundo, a aula acontece com auxílio das tecnologias digitais (BACICH; NETO; TREVISANI, 2015). Assim, pode-se concluir que a modalidade de ensino em questão mescla as metodologias de ensino presencial e do ensino à distância, para que se tenha uma educação mais efetiva (BARBOSA; ALMEIDA, 2020). Vale salientar, que não há somente uma definição de ensino híbrido em literatura (BACICH; NETO; TREVISANI, 2015), mas uma mesclagem de dois formatos de ensino. Assim, essa hibridização pode ocorrer entre o ensino presencial e ensino remoto, como afirma Costin. et. al.: Com rodízio de alunos para reduzir o tamanho de turmas, teremos um ensino híbrido sendo esboçado, com grupos de estudantes tendo aulas presenciais, enquanto outros continuam em casa, com aprendizagem remota, para depois revezarem (2020, p. 10). 1.3.2.3. Ensino remoto emergencial (ERE): Medida emergencial Essa modalidade de ensino surgiu recentemente com o adventoda crise sanitária global da COVID-19, e vem sendo confundido, muitas vezes, com o EaD. Na verdade, o ERE foi oficializado pelo parecer de nº 934, de 1º de abril de 2020, e é interino, conforme Junior et. al. (2021). A diferenças entre EaD e ERE são estruturais, pois no primeiro caso, tem- se todo o planejamento, exercícios, currículos e aulas já elaborados e pensados para o ensino à distância, e conta com pessoal especializado para trabalhar nesse formato. No segundo caso, o planejamento é o mesmo das aulas presenciais tradicionais, acontecendo apenas a transferência/adaptação para meios digitais (RODRIGUES, 2020; RABELLO, 2020 Apud GHISLENI; DA COSTA BARRETO; BECKER, 2020). Desse modo, ERE utilizado atualmente, decorrente da crise sanitária, assemelha-se ao EaD por se valer da mediação de tecnologias. Todavia, os princípios são os mesmos da educação presencial, conforme Costa (2020 Apud CORDEIRO, 2020). 21 O ERE surge como alternativa, haja vista o contexto excepcional pelo qual o mundo vive, para que o processo de escolarização dos alunos não fosse atravancado. Sobre como funciona o ensino nesse formato, Sampaio (2020 Apud JUNIOR. et. al. 2021, p. 112) afirma que: Tais atividades podem ser ofertadas tanto no meio digital como no físico, envolvendo plataformas distintas, tais como videoaulas, redes sociais, suportes virtuais, programas de televisão ou rádio, ou mesmo pela adoção de materiais didáticos distribuídos em formato impresso, entre outras modalidades. Desse modo, na educação básica brasileira, a forma de ensinar mudou radicalmente, pois fora imposto pela pandemia, tanto aos docentes quanto aos estudantes uma nova forma de ensinar não conhecida e nunca utilizado pelos docentes de ensino básico, conforme Martins (2020 Apud JUNIOR. et. al., 2021). 2.4. Portaria nº 343/2020, de 17 de março de 2020 Publicada no Diário Oficial da União, essa portaria dispõe sobre a substituição das aulas presenciais por aulas não presenciais com auxílio das Tecnologias Digitais enquanto durar a pandemia. E dessa forma, as instituições de ensino buscam alternativas para mediar as aulas de modo remoto, com destaque para as tecnologias digitais. Pois, além de apresentarem recursos favoráveis à mediação, apresentam várias possibilidades de uso das tecnologias na mediação das aulas não presenciais (SANTOS JUNIOR; SILVA MONTEIRO, 2020). “Neste aspecto todos os meios tecnológicos como internet, mídias digitais, celulares, smartphones, Televisão, são fundamentais neste processo” (CORDEIRO, 2020, p. 10). 2.5. As Tecnologias [Digitais] de Informação e Comunicação (TICs/TDICs) na Educação Em uma cultura em que o ensino presencial se tornou tradição no mundo, Fica evidente o quanto um ‘estranho’ ensino não presencial poderá gerar desafios de execução, adaptação e, até, de aceitação para os atores deste meio, conforme Gomes (2013) já observava em seu estudo sobre as perspectivas do EAD no Brasil. Agora, dadas as medidas emergenciais no 22 contexto de pandemia, nossa sociedade percorre uma ostensiva migração para este formato (GHISLENI; DA COSTA BARRETO; BECKER, 2020, p. 303). As primeiras propostas desse ensino, no Brasil, iniciaram quando a internet se consagrava como forma de comunicação que originou a chamada – Era Digital. Começava a surgir as primeiras formas de educação não presencial com uso das TICs – Tecnologias Informação e Comunicação, conforme os autores (2020). Para Gomes, a evolução das tecnologias foi determinante para o desenvolvimento da educação não presencial (2003 Apud GHISLENI; DA COSTA BARRETO; BECKER, 2020). E sobre o contexto pandêmico que estamos vivenciando, a apropriação do modelo de ensino em questão é uma questão alternativa, estratégica e atemporal que o ser humano pode se valer para se adaptar conforme as situações. Nesse caso, a nossa situação atual é a da pandemia da COVID-19, e as TICs são umas das alternativas que o homem pode e deve se valer para se adaptar ao contexto pandêmico, evoluir e mudar, em especial, a educação (GHISLENI; DA COSTA BARRETO; BECKER, 2020). Com a suspenção das aulas presenciais, muito de cogita em usar as tecnologias digitais para mediar o processo de aprendizagem como opção de continuar as aulas durante o período de isolamento social (SANTOS JUNIOR; SILVA MONTEIRO, 2020). 2.5.1. Mas afinal, do que se tratam elas? Neste texto, se falou em TICs – Tecnologias de Informação e Comunicação e TDICs. E nesse tópico, vamos falar um pouco sobre conceitos que os envolvem para melhor entendimento da questão. De acordo com Benedetti, As TDICs, assim como as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), representam diferentes mídias, porém agregam as mídias digitais. As TICs correspondem às tecnologias que mediam os processos informacionais e comunicativos das pessoas, como, por exemplo, o Jornal, Rádio ou TV. Já as TDICs englobam equipamentos digitais, tais quais computadores, lousa digital, dentre outros. A Internet é uma das principais TDICs e possui uma vasta amplitude de usos. Com isso, o estudante pode facilmente divagar pela web, causando distrações (2020, np). 23 Para que compreendamos os muitos formatos como expedientes e possibilidades ao ensino, Almeida Descreve que as TICs são diversas. Dentro dos campos de hardware e software, podem ser as telecomunicações, os recursos imagéticos, audiovisuais, aparelhos desktop ou mobiles, aplicativos e ferramentas digitais diversas; E dentro da internet, as TICs são ainda mais amplas: e- mails e mensageiros, web chats, plataformas de vídeo e teleconferência, ambientes virtuais, serviços de nuvem e quaisquer outros recursos online que seguem construtivamente a ideia de informação com comunicação, e que podem ser utilizados pelos alunos e docentes (2019 Apud GHISLENI; DA COSTA BARRETO; BECKER, 2020, p. 305). Complementando a ideia dos autores, dentro do campo da internet, são comumente chamadas de Tecnologias Digitais, ou de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs) (VALENTE, 2014; CARVALHO; FERREIRA DOS SANTOS; PEREIRA OLIVEIRA; RIBEIRO GALDINO, 2019; SANTOS JUNIOR; SILVA BARRETO, 2020; DA ROCHA, 2020). É irrefutável dizer, que de algum modo, essas tecnologias trouxeram benefícios aos seres humanos. Um exemplo, realização de tarefas online por meio de dispositivos móveis, antes apenas realizadas presencialmente. Antes, a tecnologia era vista como algo que puxava as pessoas do convívio social, agora como algo que traz benefícios à coletividade. Hoje, sociedade vive um momento em que a conectividade e a colaboração fazem parte do cotidiano de milhões de pessoas (SANTOS JUNIOR; SILVA MONTEIRO, 2020). 2.5.2. Transição das aulas presenciais para não presenciais por meio das Tecnologias Digitais durante a pandemia: Possibilidades, limites e desafios Na educação, o uso de variadas ferramentas tecnológicas tem favorecido o processo de ensino-aprendizagem (ZACARIOTTI; SOUSA, 2019) e O contexto pandêmico do COVID-19 que nos levou a um estágio nunca experimentando de isolamento social, trouxe a necessidade do uso das tecnologias digitais como viabilizadoras do processo comunicacional em todas as instâncias sociais. A Educação à distância (EaD) e o ensino remoto (termo usado para as atividades não presenciais), entraram com peso no cenário educacional, tendo como indutoras, as recomendações do Conselho Nacional de Educação (CNE) (UCHOA; SENA; GONÇALVES, 2020, p. 200). Assim, os amoldamentos para o mundo digital nas redes públicas e privadas de ensino, fizeram-se por meios de videoconferências, redes sociais e, até mesmo, 24 migração para o EaD, coma criação de AVAs – Ambientes Virtual de Aprendizagens, conforme Cordeiro (2020). O autor fala que são muitos os desafios dessa adaptação/migração, pois quanto à utilização das ferramentas digitais, deve haver parâmetros de qualidade.Considerando, que são enormes a desigualdades de acesso às tecnologias digitais, haja vista que nem todas as crianças têm computador ou dispositivos móveis (tablets, smartphones), com acesso à internet. Porém, diante do contexto atual, o ensino remoto é a única alternativa ao ensino presencial, agora paralisado. Seguindo a mesma ideia, no processo de transição, muitos professores adaptaram seus planejamentos das aulas para meios digitais. E nesse sentido, melhorou a parceria escola-família. As famílias, mesmo diante de diversas dificuldades no acesso, não foram passivas e colaboraram para que os filhos pudessem participar das atividades. Mas, existem obstáculos a serem vencidos para que se tenha igualdade de acesso. Pois, para a autora, Famílias estão tendo dificuldades para acompanhar seus filhos pois muitos continuam trabalhando e não tem experiência em ensinar. Vale salientar que alguns alunos não possuem acesso à internet ou acesso a TV e não estão acompanhando as aulas. O interessante é que muitas famílias estão acompanhando os filhos, neste momento de pandemia, tem nas mãos a possibilidade de compreender a importância do seu papel na educação destes, e ainda de valorizar o professor que não mede esforços no sentido de colaborar de forma incisiva, para que as crianças sejam motivadas a não desistirem dos estudos, apesar de todas as dificuldades (p. 4). Para finalizar esta parte, cabe concordar com Cordeiro (2020), ao dizer que o ensino nunca será mais o mesmo de antes. Abrindo portas para um novo aprender e reaprender, libertando-se das paredes da sala de aula para descobrir um mundo de oportunidades. Os educadores, agora, passaram a experienciar formas novas de ensinar, assim como novas ferramentas de avaliação. Enfim, os estudantes perceberam que necessitam se organizar, dedicar-se, e planeja-se para aprender em meio ao mundo digital. 25 26 3. ASPECTOS METODOLÓGICOS 3.1. Descrição do estudo Nos tópicos e subtópicos a seguir, será delineado sobre o tipo de estudo, quanto aos objetivos, procedimentos técnicos utilizados, abordagem empregada, técnicas e ferramentas para coletas de dados e, finalmente, critérios de seleção das fontes para estudo. 3.1.1. Do ponto de vista dos objetivos da pesquisa No que tange os objetivos da pesquisa, este estudo é de caráter exploratório, pois se pretendeu ter mais familiaridade com o problema, e aprimorar ideias e descobrir intuições. Além disso, seu planejamento permite muita flexibilidade, pois possibilita que se considere diversos aspectos relacionados ao fato estudado (GIL, 2002). 3.1.2. Do ponto de vista dos procedimentos técnicos De acordo com Prodanov e Ernani (2013, p. 54): Quanto aos procedimentos técnicos, ou seja, a maneira pela qual obtemos os dados necessários para a elaboração da pesquisa, torna-se necessário traçar um modelo conceitual e operativo dessa, denominado de design, que pode ser traduzido como delineamento, uma vez que expressa as ideias de modelo, sinopse e plano. Dessa forma, como este estudo se baseou em materiais já publicados (artigos científicos e monografias, principalmente) se classifica como bibliográfico, conforme Gil (2002). 3.1.3. Do ponto de vista da forma de abordagem do problema Esta é uma pesquisa qualitativa, considerando o ponto de vista da abordagem do problema, pois Os dados coletados nessas pesquisas são descritivos, retratando o maior número possível de elementos existentes na realidade estudada. Preocupa-se muito mais com o processo do que com o produto. Na análise dos dados coletados, não há preocupação em comprovar hipóteses previamente estabelecidas, porém estas não eliminam a existência de um 27 quadro teórico que direcione a coleta, a análise e a interpretação dos dados (PRODANOV; ERNANI, 2013, p. 70). 3.2. Coleta de dados: Técnicas e ferramentas Como o presente estudo é essencialmente bibliográfico, buscou-se principalmente por artigos científicos e monografias sobre o problema da pesquisa. Assim, para coletar tais materiais, utilizou-se como ferramenta o Google Acadêmico. O Google Acadêmico é um sistema de buscas eletrônico utilizados que agiliza o processo de buscas na web de artigos, monografias, teses, e outros trabalhos científicos disponíveis na web. 3.2.1. Critérios de pesquisa e seleção das fontes para estudo Tendo como alicerce o tema/problema para nortear a busca de dados no Google Acadêmico, foram utilizados os termos/expressões: “Ensino remoto e tecnologias digitais”; “TDIC e ensino durante a pandemia”; “Tecnologias digitais como mediação pedagógica no ensino remoto”; “Ferramentas digitais e ensino remoto”; Tecnologias digitais na educação durante a pandemia”, “Tecnologias digitais e ensino”; “Tecnologias Digitais de Informação e comunicação e ensino remoto”. Como o foco deste estudo é o ensino fundamental II e médio, com base na leitura do título/subtítulo, resumo, introdução foram excluídos os materiais que continham como escopo o ensino infantil, fundamental I e educação superior. Excluem-se também, trabalhos publicados em línguas estrangeiras somente, e trabalhos realizados em outros países. 28 4. RESULTADOS DO ESTUDO E DISCURSÃO 4.1. Os resultados As buscas realizadas no Google Acadêmico resultaram em 7 (sete) artigos científicos e 1 (uma) monografia que foram incluídas neste estudo. A tabela 1 mostra o número de artigos e monografias encontradas para realização do presente estudo. A figura 1 apresenta o percurso metodológico de seleção dos artigos científicos e da monografia. Figura 1. Percurso metodológico de seleção de publicações. Fonte: Elaborado pelo autor. Tabela 1. Número de publicações. TOTAL ARTIGOS % MONOGRAFIAS % SELECIONADOS % 66 62 99,93 4 0,07 8 12,12 Fonte: Dado organizado pelo autor, baseado na consulta ao Google Acadêmico. 66 trabalhos encontrados no sistema de busca do Google Acadêmico 62 artigos 4 monografias I D E N T IF IC A Ç Ã O Monografias selecionadas e incluídas com base no título (1) Artigos selecionados e incluídos com base no título (7) Monografias excluídas por não dialogar com o tema (3) Artigos excluídos por não dialogar com o tema (55) Total de trabalhos selecionados e incluídos no estudo (8) T R IA G E M - E X C L U S Ã O - I N C L U S Ã O 29 A busca empreendida no período de 15 a 20 de abril de 2021, resultou em de 66 publicações, sendo 62 artigos e 4 monografias. Todavia, apenas 8 (12,12%) sendo 7 artigos e 1 (uma) monografia atenderam aos pré-requisitos de inclusão para este estudo. Quanto ao ano de publicação das obras encontradas, voltadas ao tema, observa-se que o ano de 2020 (85,7%) teve maior concentração dos trabalhos publicados e 1 (um), somente, em 2021 (14,3%), conforme a tabela 2. Isso se deve ao fato das pesquisas, como a presente, começarem em 2020 e 2021 com a paralização das aulas presenciais. Tabela 2. Número de publicações selecionadas por ano. ANO Nº DE PUBLICAÇÕES SELECIONADAS %1 2020 7 85, 7% 2021 1 14,3% Fonte: Elaborado pelo autor. A tabela 3 apresenta sínteses das obras incluídas neste estudo, especificando título da(o) artigo/monografia, fonte, ano de publicação, autores, e os resultados obtidos nos estudos, dando ênfase às ferramentas e recursos digitais como mediadoras(es) no processo ensino-aprendizagem durante a pandemia. Tabela 3. Síntese das obras Nº/Título Fonte Autores e ano Resultados 1. Educação e COVID-19: As tecnologias digitais mediando a aprendizagem em tempos de pandemia. Revista Encantar - Educação, Cultura e Sociedade SANTOS JUNIOR, V. B.; SILVA MONTEIRO, J. C. (2020). Google Classroom e aplicativo ZOOM. “Ambos possibilitama interação professor/aluno de forma síncrona e/ou assíncrona, sendo capaz de tornar o processo de aprendizagem tão eficaz quanto o ensino presencial” (p. 13). 1 Valores aproximados. 30 2. A educação híbrida em tempos de pandemia: algumas considerações. FAPERGS - Universidade Federal de Santa Maria PASINI, C. G. D; CARVALHO, E.; ALMEIDA, L. H. C. (2020). Apresenta alguns instrumentos para a educação emergencial: Sistema Moodle; Sistema Moodle; YouTube; Facebook; StreamYard; OBS Estúdio; Google Drive; Google Meet; Jitsi Meet. 3. Educação na pandemia e as mudanças no modelo de ensino: Impacto do uso de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) por professores de educação básica do Vale do São Patrício. Instituto Federal Goiano SOARES, A. V. (2021). Apresenta “as ferramentas TICs utilizadas pelos docentes no ensino remoto durante o isolamento social da pandemia do novo Coronavírus” (p. 21): Q- Acadêmico; Moodle; Zoom; Videoconferência; Google Meet; WhatsApp; Outros (plataforma da escola, E-mail). 4. Ensino de línguas em tempos de pandemia: Experiências com tecnologias em Revista Docência e Cibercultura (ReDoc) CÓ, E. P; AMORIM, G. B; FINARDI, K. R. (2020). De acordo com os dados coletados, o estudo apontou o ZOOM, Google Classroom, Google Meet e Moodle como principais recursos/ferramentas utilizados(as) na mediação das aulas. “Em 31 ambientes virtuais. menor quantidade, mencionaram outras plataformas, aplicativos ou redes sociais, como Skype, YouTube, WhatsApp, e-mail institucional ou até mesmo website criado pela própria instituição de ensino” (np). 5. Ensino remoto e as contradições no trabalho docente. Revista Interinstitucional Artes de Educar MELO, K. S. de; TOMAZ, A. S. L. (2020). Através de entrevistas, este estudo mostrou os Softwares, APPs ou Ambientes Virtuais utilizados para o ensino remoto, tais como: Microsoft TEAMS, grupo no WhatsApp, Facebook, Google Classrom e Google Meet. 6. Ensino Remoto Emergencial (ERE): impactos na prática pedagógica durante a Covid-19 Revista de Estudos e Pesquisas sobre Ensino Tecnológico LUCAS, L. M; MOITA, F. M. G. S. C. (2020). Buscou-se “identificar os programas, os aplicativos e as funcionalidades que estão utilizando pedagogicamente durante o ERE” (p. 7). Desse modo, encontramos: Crossword labs; Moodle ou Podcast; Geogebra; Plataformas/aplicativos de gamificação; Youtube ou afins; 32 Instagram, Facebook ou afins; Documentos Google; Google drive; Google Meet ou afins; Play Store; Planilhas Google/Excel; Google Forms e Games. 7. Ensino remoto: análise comparativa do Zoom e do Google Meet no contexto educacional. Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia Online SILVA et. al. (2020) Buscou-se “oferecer um panorama, para o profissional da educação, a respeito das possibilidades” “de dois recursos de videoconferência, Zoom e Google Meet” nas aulas remotas (p. 7). 8. Metodologias e tecnologias para educação em tempos de pandemia COVID-19. Brazilian Journal of health Review MOREIRA, M. E. S. (2020). Apresenta a utilização de técnicas para que os alunos não fiquem sem aulas (p. 6285), tais como: Google Classroom; Zoom; WhatsApp; Plataforma Plurall; Facebook; Moodle; Kademi e outras plataformas online. Fonte: Elaborado pelo autor. 4.2. Discursão Através dos resultados alcançados, é possível observar que as publicações sobre o tema ocorreram nos anos 2020 e 2021. Além disso, observou-se o número pequeno de publicações sobre o tema proposto, o que corrobora o fato de existirem poucas pesquisas científicas, no Brasil, sobre a temática. 33 Na busca por respostas que respondessem à questão do problema, a qual move este estudo, encontramos diversas possiblidades de transição das aulas presencias mediadas pelas TDICs (SANTOS JUNIOR; MONTEIRO, 2020; PASINI; CARVALHO, E.; ALMEIDA, 2020; SOARES, 2021; CÓ; AMORIM; FINARDI, 2020; MELO; TOMAZ, 2020; LUCAS; MOITA, 2020; SILVA, 2020; MOREIRA, 2020). Nas pesquisas que se muniram de dados via formulários online (SOARES, 2021; CÓ; AMORIM; FINARDI, 2020; LUCAS; MOITA, 2020) e entrevistas (MELO; TOMAZ, 2020) com docentes, podemos afirmar que existem obstáculos/dificuldades da transição das aulas presenciais para às não presenciais por meio das tecnologias digitais. A pouca habilidade dos docentes com as ferramentas digitais, foi citado nas quatro publicações. Desse modo, docentes estão aprendendo com a tecnologia, não raras vezes sozinhos, para utilizá-las em favor do ensino e, consequentemente, da aprendizagem (LOPES; FATTORI, 2020 apud SOARES, 2021). A falta de internet de qualidade para que os docentes possam desenvolver as atividades e a falta de formação para atuar por meio das tecnologias digitais, também foram mencionados pelos docentes (LUCAS; MOITA, 2020). Os autores Có, Amorim e Finardi (2020) destacam que os professores revelaram posturas negativas quanto ao ensino remoto emergencial, pois, sem escolhas, tiveram que se adaptar rapidamente, revelando a falta de preparo do professor e do aluno frente à nova realidade, falta de investimentos das instituições de ensino em prepará-los (os professores) para trabalhar em tal modalidade. Todavia, enfatizamos o grande esforço dos professores em se adaptar à nova realidade/modalidade, apesar da resistência, conforme os autores. Por fim, apesar dos inúmeros relatos de experiências acerca dos recursos e ferramentas digitais utilizadas para mediar as aulas em meio à pandemia, deve-se levar em consideração a garantia de condições de acesso às ferramentas e recursos digitais e, principalmente, o acesso à internet, para alunos e professores. A integração das tecnologias digitais nas aulas remotas deve ser democrática e igualitária, para não haver exclusão social e aumento da desigualdade educacional, já existente. 34 Sobre isso, a Constituição Federal do Brasil (art. 206), bem como a LDB (art. 3), citam que o ensino deve ser ministrado com base nos princípios de “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, “garantia de padrão de qualidade” e “valorização do profissional da educação escolar”. Desse modo, qualquer solução que não pondere esses aspectos, desconhece que nossa educação é constituída de uma diversidade enorme de contextos socioculturais marcados por variáveis econômicas, geográficas, de clima e cultura, as principais deste país de proporções continentais (FONEC, 2020, np). 35 5. FATORES LIMITANTES E CONSIDERAÇÕES FINAIS Como fator limitante deste estudo, aponta-se subsídios teóricos e autores envolvendo a temática da pandemia do novo Coronavírus e as Tecnologias Digitais no ensino remoto, sendo indispensável outras pesquisas, quantitativas e qualitativas, pós-pandemia, para avaliar o aprendizado dos estudantes, as implicações dos professores e a utilização dos recursos digitais utilizados neste momento pandêmico e usá-los nas aulas presencias, de acordo com a necessidade (BATISTA; SADOYAMA, A; SADOYAMA, G, 2020). No estudo, vimos possibilidades acerca da utilização das ferramentas digitais na mediação das aulas não presenciais, e discursos que falam sobre as dificuldades de se adequar à essa nova realidade. (SANTOS JUNIOR; MONTEIRO, 2020). E para finalizar, vale dá destaque ao que falam os autores Có, Amorim e Finardi (2020), que “a adversidade, porém, traz desafios, mas também oportunidades, como pudemos ver no contato e experimentação que muitos professores tiveram com novas tecnologias e práticas durante a pandemia”. Desse modo,a pandemia, por mais brutal que for, pode trazer novos paradigmas educacionais no mundo pós-pandemia, assim como a revisão e atualização das políticas públicas educacionais e das formas de ensinar e aprender. 36 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BACICH, L.; NETO, A. T.; TREVISANI; F. M. Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. In: BACICH, L.; NETO, A. T.; TREVISANI; F. M. (org.). Ensino Híbrido: Personalização e Tecnologia na Educação. 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