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1- O que você entende por triagem neonatal? A triagem neonatal é uma ação preventiva que permite fazer o diagnóstico de diversas doenças congênitas, assintomáticas no período neonatal, a tempo de se interferir no curso da doença, permitindo, desta forma, a instituição do tratamento precoce específico e a diminuição ou eliminação das sequelas associadas à cada doença. 2- Qual o objetivo do PNTN? Descobrir doenças na hora do nascimento para que seja iniciado já o tratamento, diminuindo ou eliminando eventuais sequelas. 3- Qual legislação determina o PNTN? Em 06 de junho de 2001, o Ministério da Saúde, por meio da portaria GM/MS 822, instituiu, no âmbito do SUS, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). 4- Quais as patologias que envolve a triagem neonatal metabólica no âmbito do SUS? Feniceltonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme e outras hemoglobinopatias e fibrose cística 5- Quais os exames realizados para cada patologia triada no âmbito do SUS? Fenilcetonúria dosagem quantitativa de fenilalanina sanguínea obtida de amostras colhidas em papel filtro feita após 48 horas do nascimento da criança. Dosagem quantitativa de tirosina para excluir causas hepáticas de Hiperfenilalaninemias. Quem faz essa transformação é o hepatócito (fígado) Hipotireoidismo congênito feito entre o 5º e 7º dia de vida. Medida do hormônio TSH em amostras de sangue colhidas em papel filtro e medida da T4 livre e TSH em amostra de soro quando o tsh é >20mUl/L Anemia falciforme e outras hemoglobinopatias amostras de sangue coletada em papel filtro. 6- Como deve ser a coleta para a triagem neonatal? Teste do pezinho Coleta de amostras em papel filtro Erros Inatos de Metabolismo Doença hereditária metabólica (DHM), Erro Inato de Metabolismo (EIM), Doença Metabólica Hereditária (DMH) A maior parte dos erros são causados por mutações genicas e geralmente são heranças autossômica recessiva. Mutação aleatória em genes responsáveis pela codificação de certas proteínas, que desempenham funções especificas nas vias metabólicas. O problema está, então, na proteína. O normal seria uma enzima agir no substrato para gerar um produto. Quando temos um defeito enzimático ou temos uma enzima defeituosa ou não há enzima. Nem sempre há uma via alternativa Em 1990 houve o desenvolvimento de novas técnicas laboratoriais e tecnologia do DNA possibilitando uma detecção das causas moleculares dos erros inatos. ALCAPTONÚRIA: primeiro erro descrito responsável pela deficiência da dioxigenase de homogentisato (HGD) originando acumulo de acido homogentisico. Urina cor escura e acumulo do ácido na cartilagem da orelha. Quando suspeitar de EIM? ● Hipotonia ● Hipoglicemia ● Irritabilidade ● Acidose ● Distúrbio Hidroeletrolítico ● Crianças que apresentem odores peculiares ou dismorfias cheiro de xixi de rato por exemplo característico da Fenilcetonúria por exemplo ● Perdas de habilidades adquiridas anteriormente criança que tinha o pescoço mais rígido a partir dos 3 meses (evoluiu e perdeu essa evolução) ● História de recorrência familiar CLASSIFICAÇÃO DE EIM ● Grupo I Defeitos na síntese ou catabolismo de moléculas complexas Ex: doenças dos peroxissomos Adrenoleucodistrofia Doenças lisossômicas Mucopolissacaridose ● Grupo II Defeito no Metabolismo Intermediario Ex.: Aminoacidopatias fenilcetonúria Intolerância aos açúcares: galactosemia e frutosemia ● Grupo III Defeito no fígado, cérebro ou músculo (produção e/ou utilização de energias) Ex.: Doença mitocôndrias Doença de Leigh Defeito de B-oxidação de ácidos graxos e depósito de glicogênio glicogenoses Até 30 dias é neonato, após isso é lactente até os 18 meses. SCREENING NEONATAL OU TRIAGEM NEONATAL Triagem neonatal (0 a 30 dias). Podendo ser pesquisadas doenças metabólicas, hematológicas, infecciosas, genéticas Teste do Pézinho “básico” (o que o SUS faz), período ideal para a coleta: a partir do 3º ao 7º dia de vida em papel filtro, punção realizada no calcanhar. TRATAMENTO A maioria são tratáveis por medidas dietéticas, reposição de produtos, administração de enzimas, transplantes entre outras modalidades de terapia. O sucesso do tratamento exige um diagnóstico em fase precoce CASO CLÍNICO Paciente, feminina, 6 meses de vida. Nasceu de parto cesárea, à termo, peso 3.090g. Realizou pré-natal sem intercorrências, as ultrassonografias obstétricas revelaram sempre padrão de normalidade. Pais relatam que o lactente apresenta sono agitado, comportamento hiperativo e irritada, vem perdendo habilidades já adquiridas. Pediatra observa desenvolvimento neuropsicomotor não compatível com idade cronológica. Mãe também comenta que urina tem odor forte, relata ainda que houve necessidade de recoleta do teste do pezinho, e ainda não foi buscar esse resultado na UBS. Se alimenta bem, aceita todos os alimentos. Houve 1 episódio de convulsão, foi hospitalizado, recebeu medicamento, ficou em observação, teve alta, e nada ficou esclarecido. • Hemograma completo: todos os parâmetros normais • Glicemia: 85,0 mg/dL (VN: 70 a 99 mg/dL) • Triagem neonatal (1ª coleta com 6 dias de vida) PKU: 5mg/dL (VN: até 3mg/dL) 1- Qual erro metabólico está relacionado com o caso acima? Fenilcetonúria 2- Qual o aminoácido está envolvido nessa situação? Fenilalanina 3- Qual a possível causa desse erro metabólico? A Fenilcetonúria é causada por uma mutação genética. É uma doença genética onde o pai e a mãe devem passar o gene defeituoso para que o bebê apresente a doença. Os bebês com fenilcetonúria não possuem uma enzima chamada fenilalanina hidroxilase (FALOH), necessária para quebrar fenilalanina, um aminoácido importante, pois é parte integral de todas as proteínas do nosso corpo. Sem essa enzima, os níveis de fenilalanina e de duas substâncias associadas a ela automaticamente crescem no organismo. Níveis elevados de fenilalanina são tóxicos ao sistema nervoso central e podem causar dano cerebral. 4- Que consequências terá o paciente se não for tratado “precocemente”? Deficiência intelectual permanente, microcefalia Fenilcetonúria Erro no metabolismo da fenilalanina, devido a ausência ou deficiência da fenilalanina hidroxilase (FAH), não convertendo em tirosina. Doença autossômica recessiva Fenilalanina: aminoácido essencial Incidência: 1: 23.000 nascimentos Exame: PKU (Pheylketonuria) Há um excesso de substrato no sangue (fenilalanina), pois, ela não é convertida em tirosina O gene afetado se chama PAH, no qual ocorrem diferentes mutações nesse locus. O gene para a deficiência da enzima PAH está presente no cromossomo 12q22 a q24.1. A tirosina é obtida através da dieta ou pela transformação da fenilalanina. A tirosina é importante para formação da catecolamina, serotonina, melanina e tiroxina. Tirosina forma diversas coisas, por exemplo o Triptofano que gera serotonina. https://www.minhavida.com.br/saude/temas/fenilcetonuria https://www.minhavida.com.br/temas/dano-cerebral A deficiência da fenilalanina hidroxilase (FAH) resulta em uma via intermediaria pois há sobra de fenilalanina no sangue e há então atuação de uma enzima que resulta na produção de ácido fenilpirúvico. É neurotoxico Quando não há o cofator atuante, o BH4 temos uma hiperfenilalanemia. Se damos o BH4 e temos uma alteração e melhora quer dizer que o defeito está no cofator. Caso contrário, a pessoa tem a deficiência na fenilalanina hidroxilase (FAH) SINAIS CLÍNICOS Vômito, eczema, odor característico na urina (rato ou de mofo), microcefalia, convulsões, hiperatividade, atraso do crescimento, atraso intelectual e das habilidades sociais, despigmentação de pele e de cabelo. DIAGNÓSTICO Pré-Natal: Técnica de Biologia Molecular (em torno da 10ª semana de gestação) de um feto com PKU. Feito em casos que a mãe tem Fenilcetonúria ou quando há na alguém na família com essa doença. Pós-Natal: ● Dosagem quantitativa de fenilalanina em papel filtro (até 3mg/dL). O normal é de 1,2 a 1,5mg/dL.. Entretanto quando é de 3 a 4 mg/dL podemos considerarduvidoso e é necessário que seja feita outro exame. ● Triagem Neonatal ● Testes Moleculares para analisar tipo de mutação TRATAMENTO ● Dieta individualizada (baseado em idade e tolerância para a ingestão proteica) não comem ovo, leite, feijão, soja, ervilha, grão de bico, carne, farinha de trigo, (tudo que tem proteína) ● Formula de aminoácidos ($317,00 fornecido pelo SUS) ● Reposição de Tirosina ● Macro e micronutrientes) ● Não consumir produtos “Diet” adoçantes possuem Fenilalanina ● Dietoterapia por toda vida
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