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Apostila de Zoonoses

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Liliane Gomes 1 
 
 
Apostila de 
 
 
 
 
 
 
Liliane Gomes 2 
 
 
Sumário 
Zoonoses............................................................................................................................................................................3 
Brucelose ..........................................................................................................................................................................5 
Carbúnculo Hemático .......................................................................................................................................................8 
Complexo teníasecisticercose.......................................................................................................................................10 
Doença de chagas...........................................................................................................................................................11 
Doenças Priônicas (mal da vaca louca)........................................................................................................................12 
Esporotricose...................................................................................................................................................................13 
Esquistossomose............................................................................................................................................................18 
Febre amarela .................................................................................................................................................................19 
Febre maculosa...............................................................................................................................................................21 
Hantavirose......................................................................................................................................................................24 
Influenza...........................................................................................................................................................................26 
Larva migrans cutânea e visceral .................................................................................................................................26 
Leishmaniose visceral americana e leishmaniose tegumentar americana ..............................................................31 
Leptospirose....................................................................................................................................................................33 
Morno................................................................................................................................................................................37 
Raiva.................................................................................................................................................................................38 
Toxoplasmose..................................................................................................................................................................42 
Turbeculose.....................................................................................................................................................................47 
 
 
 
 
 
 
Liliane Gomes 3 
 
 
Zoonoses 
DEFINIÇÃO(OMS): 
 Zoonoses são doenças ou infecções 
transmitidas naturalmente entre animais 
vertebrados e o homem. 
EM 1 9 4 6 É CRIADO O SETOR D E SAÚDE 
PÚBLICA VETERINÁRIA DA O MS Q U E TE M 
COMO OBJETIVOS: 
 Prevenção e controle das zoonoses; 
 Prevenção d e DTAs ; 
 Prevenção e controle de poluição ambiental de 
origem animal; 
 Medicina comparativa (conhecimento de 
doenças humanas com o es tudo de condições 
comparáveis em animais). 
SURGIMENTO E EXPANSÃO: 
 As zoonoses surgiram como uma 
consequência da domesticação dos 
animais, o que acabou aproximando os 
humanos das espécies animais que serviam de 
reservatório/fonte de infecção. 
 A partir desse contato mais duradouro, foram 
surgindo as zoonoses. 
 Devido à falta de mobilidade naquela época, 
as zoonoses que iam surgindo ficavam restritas 
a algumas áreas próximas. Como avanço da 
tecnologia e o aumento da população humana 
e animal, a facilidade de transmissão 
aumentou muito. 
ATUALMENTE, A EXPANSÃO DAS ZOONOSES 
SE DEVE À OS SEGUINTES FATORES: 
 Globalização; 
 Transporte internacional de mercadorias e 
passageiros; 
 Aumento da população humana, o q u e 
levou a o aumento da produção e do 
comércio de alimentos (incluindo os POA); 
 Impactos sobre o meio ambiente que levam a 
desequilíbrios na fauna silvestre e aproximação 
desses animais com animais domésticos e 
homem; 
 Aumento da exposição humana a animais 
(domésticos e não domésticos) e a 
ambientes contaminados por animais. 
IMPORTÂNCIA: 
 OMS: 75% das doenças emergentes e 
reemergentes no século XXI serão doenças 
 
 
 
 
Liliane Gomes 4 
 
 
zoonóticas ou que possuam relação direta ou 
indireta c o m outras espécies animais que não 
a humana. 
CLASSIFICAÇÃO: 
ANTROPOZOONOSES: 
 Doença transmitida dos animais para o homem 
– raiva; 
ANFIXENOSES: 
 Doença transmitida do homem para o animal e 
v ice -versa – doença de Chagas; 
ZOOANTROPONOSES: 
 Doença transmitida pelo homem aos animais – 
tuberculose por Mycobacterium tuberculosis. 
SAPROZOONOSES: 
 Agente etiológico, obrigatoriamente, passa 
uma fase do seu ciclo biológico no 
ambiente abiótico (além do hospedeiro 
vertebrado, é necessário um sítio abiótico para 
completar seu ciclo e /ou se tornar infeccioso) 
– Larva migrans cutânea – Ancylostoma 
caninum 
SAPRONOSES: 
 Participação de HV e de elemento não 
animal. O habitat natural do agente é o 
meio ambiente abiótico (eventualmente, 
pode afetar animais e seres humanos) – 
Listerioses. 
FITONOSES: 
 Doença transmitida de vegetais para os 
humanos – blastomicose por Paracoccidioides 
brasiliensis . 
ANTROPONOSES: 
 Doença transmitida entre humanos – gripe – 
não são zoonoses; 
TIPOS DE TRANSMISSÃO: 
VE RTICAL: 
 Da mãe para o feto, dentro do útero. 
HORIZ O N TAL: 
 Do animal para o h o m e m (e v ice -versa) 
por contato direto (transmissão direta) ou do 
animal ao homem (e vice-versa), ou por via 
indireta, através do meio ambiente 
contaminado, vetores, alimentos, etc. 
(transmissão indireta). 
CICLO DO AGENTE ETIOLÓGICO: 
CICLOZOONOSES: 
 Agente passa, obrigatoriamente, por duas 
espécies distintas de animais vertebrados para 
que o ciclo se complete. Podem ser de dois 
 
 
 
 
Liliane Gomes 5 
 
 
tipos, conforme haja ou não a participação 
obriga tória de seres humanos: 
EUZOONOSES: 
 São Ciclo zoonoses em que, obrigatoriamente, 
há a participação de humanos para que o ciclo 
biológico do agente se complete. 
PARAZOONSES: 
 São Ciclo zoonoses nas quais o ciclo biológico 
do agente pode se completar com duas 
espécies de animais vertebrados, não 
obrigatoriamente humanos. Eventualmente 
afeta humanos. 
METAZOONOSES: 
 Agente necessita passar, obrigatoriamente, por 
hospedeiro invertebrado (vetor) para que seu 
ciclo se complete (período extrínseco de 
incubação). 
 A transmissão é prioritariamente por via 
vetorial. 
 
 
 
 
 
 
 
Brucelose 
 Infecção generalizada e crônica causada pela 
bactéria do gênero Brucella spp., que acomete 
bovinos e bubalinos, suínos e javalis, aves, 
ratos do deserto, cabras, ovelhas, camelos 
animais silvestres, cães e humanos. 
VIAS DE TRANSMISSÃO: 
 Água 
 Pastagem 
 Fômites contaminados 
 Sêmen 
 
 
 
 
Liliane Gomes 6 
 
 
 Leite e derivados crus 
VIAS DE ELIMINAÇÃO: 
 Restos de aborto ou placentários 
 Secreção vaginal ou uterinaSêmen 
 Leite 
 Pela ingestão de pastagens 
DIAGNÓSTICO: 
 Através de testes sorológicos 
 Teste do Antígeno Acidificado Tamponado 
 Teste do 2 mercaptoetanol (2- ME) 
 Teste de Polarização Fluorescente (FPA) 
 Teste de Fixação de Complemento 
 Teste do Anel em Leite (TAL) 
TESTE POSITIVOS: 
 deverão ser destinados ao abate sanitário 
ou à eutanásia. 
ANIMAIS REAGENTES- IN 10/2017: 
 Marcação 
 Separação 
 Ferro candente 
 Nitrogênio líquido 
 Marcar com a letra P do lado direito da cara 
 Notificação: Médico veterinário habilitado 
deverá notificar resultados positivos e 
inconclusivos em até 1 dia útil. 
TESTES DE REBANHO: 
 Intervalo de 30 a 90 dias entre testes, sendo 
que o primeiro deverá ser realizado em até 
noventa dias do abate sanitário ou eutanásia 
do(s) positivo(s) 
 O médico veterinário habilitado realizará o 
saneamento e deverá informar à ADAF as 
datas de colheita de sangue, com 
antecedência mínima de sete dias. 
 Realização de 2 testes de rebanho negativos 
consecutivos, realizados em bovinos e 
bubalinos a partir de seis semanas de idade, 
num intervalo de seis a doze meses. 
MARCAÇÃO DAS BEZERRAS IN 10/2017 
 Lado esquerdo da cara com ferro candente ou 
nitrogênio líquido da seguinte forma: Vacina 
B19- Último algarismo do ano da vacinação: 
em 2018, será o número “8 
 Vacina RB51 - Somente a letra “V”. Excluem-se 
da obrigatoriedade de marcação as fêmeas 
destinadas ao Registro Genealógico, quando 
devidamente identificadas. 
A TRANSMISSÃO PARA HUMANOS: 
 Contato com animais infectados 
 Ingestão alimentos ou bebidas contaminadas 
pela bactéria 
 Acidente aplicação vacinal animal 
 Relações sexuais 
 Transfusão de sangue e transplantes. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 7 
 
 
SINTOMAS EM HUMANOS: 
 Febre ondulante 
 Sudorese noturna 
 Calafrios 
 Cansaço 
 Inapetência e dores de cabeça,no abdômen e 
nas costas. 
BRUCELOSE TEM CURA? 
 Sim, em humanos, com o tratamento 
medicamentoso correto e com o diagnóstico 
precoce, a doença pode ser tratada e o 
paciente ter remissão total da infecção, não 
existe vacina para a brucelose humana. 
POR QUÊ OCORRE O ABORTO? 
 Pois causa infecção na carúncula. Caso 
emprenhe pela 2 vez, as chances diminuem, 
pois sistema imune cria anticorpos e caso 
emprenhe pela 3 vez, é nula a chance de 
abortar, porém o bezerro nasce infectado 
(morre após o nascimento ou apresenta sinais 
clínicos depois). 
CONTROLE: 
 Vacinação 
 Diagnóstico 
 sacrifício/destruição 
 controle de trânsito 
 Desinfecção 
 piquete de parição 
PREVENÇÃO: 
 Vacinação B19 e RB51 e obrigatória a 
vacinação de todas as fêmeas bovinas e 
bubalinas, entre 3 e 8 meses de idade, com 
amostra B19 ou com RB51 apenas para a 
espécie bovina 
 Não são vacinados animais machos 
 É obrigatória a comprovação pelo proprietário 
da vacinação das bezerras a ADAF, no 
mínimo, uma vez por semestre 
 É obrigatória a comprovação pelo proprietário 
da vacinação das bezerras a ADAF, no 
mínimo, uma vez por semestre. 
PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO: 
 Emissão de receituário para aquisição de 
vacinas contra a brucelose 
 Execução da vacinação contra a brucelose 
das bezerras de 3 a 8 meses de idade 
 Responsabilidade técnica pela vacinação 
de bezerras contra a brucelose realizada 
por vacinadores treinados e cadastrados 
 Emissão de atestados de vacinação contra 
brucelose. 
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: 
 
 
 
 
Liliane Gomes 8 
 
 
 Desvalorização do animal que será enviado 
para abate. 
 Redução na produção de leite. 
 Nascimento de bezerros fracos ou 
abortados. 
Carbúnculo hemático 
 Bactéria Bacillus anthracis, uma bactéria 
anaeróbica, imóvel e que é encontrado nos 
solos, principalmente de onde já ocorreu a 
doença, geralmente estes esporos provêm de 
animais carbunculosos enterrados no campo, 
sem o devido cuidado e trazidos à superfície 
pelas minhocas, comum de animais mantidos 
em regime de pasto, porém, pode surgir em 
estábulos por feno contaminado adquirido em 
áreas onde ela ocorre pois sobrevive por vários 
anos. 
FONTE DE INFECÇÃO: 
 Mamíferos silvestres e domésticos bovinos, 
ovinos, caprinos, camelos, antílopes e outros 
herbívoros e o homem 
VIA DE ELIMINAÇÃO: 
 Não é eliminado do organismo do animal, 
embora esteja presente no sangue. 
VIA DE TRANSMISSÃO: 
 Oral, principalmente pela mucosa 
PORTA DE ENTRADA: 
 Oral 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Um solo rico em cálcio e nitrato, com PH 5 a 8 
favorece a esporulação e a proliferação das 
bactérias, especialmente após inundações 
 Após a disseminação da contaminação do local 
com secreções e excreções, depois da morte 
do animal, surgem novos casos da doença. 
 Enchentes e efluentes industriais de fábricas 
que industrializam carcaças de animais podem 
contaminar a área. 
 Carnívoros geralmente são infectados pelo 
consumo de carnes contaminadas 
 
 
 
 
Liliane Gomes 9 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Coleta de amostras -mostras de sangue 
superficial 
 Exame direto -Esfregaço de sangue e órgãos 
 Isolamento e identificação-Cultura em 
laboratório 
 Imunodiagnóstico – Detecção de antígeno 
 Técnicas moleculares – Teste de PCR. 
 Notificação: qualquer caso às autoridades 
sanitárias mais próximas. 
TRATAMENTO: 
 A rápida morte dos animais em sua grande 
maioria sem apresentação dos sinais clínicos 
impede a realização do tratamento curativo 
 Não apresenta resistência aos antibióticos 
 É utilizada a penicilina e as tetraciclinas em 
altas doses 
 Deve ser mantido o tratamento por 5 dias, 
algumas regiões administra o antissoro 
simultaneamente. 
INFECÇÃO EM HUMANOS: 
 Ocorrem em atividades que lidam com animais 
e seus derivados 
SINTOMAS NO HOMEM: 
 Forma Cutânea 
 A lesão é normalmente indolor 
 Aumento dos linfonodos adjacentes, febre, 
mal-estar e dor de cabeça 
CARBÚNCULO TEM CURA? 
 Diagnosticado precocemente, mas caso isso 
não ocorra, mesmo com o uso de antibióticos, 
a taxa de mortalidade vai se aproximar a 
100%. 
CONTROLE: 
 Evitar abrir o animal cadáver (não fazer a 
necropsia) no campo*queimar completamente 
ou enterrar profundamente (no mínimo dois 
metros) o cadáver e as secreções, cobrindo 
com cal (de preferência queimar para evitar a 
permanência dos esporos) 
 Ao manipular o animal devem ser usadas luvas 
de borracha e estas devem ser descartadas e 
o material utilizado esterilizado 
 Não é recomendado o pastejo em pastagem 
contaminada por animais não vacinados 
PREVENÇÃO 
 As carcaças em caso de morte são incineradas 
ou enterradas sobre uma camada de cal 
virgem 
 Imunização dos animais sensíveis. 
 
 
 
 
 
Liliane Gomes 10 
 
 
Complexo teníase cisticercose 
 A Teníase é uma doença que pode ser 
provocada por duas espécies de tênias: T. 
solium (suíno) e T. saginata (bovino), 
 
HOSPEDEIROS INTERMEDIÁRIOS: 
 T. solium (suíno) e T. saginata (bovino), 
tornam-se infectados quando ingerem ovos ou 
proglotes presentes no ambiente. 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: 
 O homem, passando a integrar o ciclo biológico 
destes parasitas quando ingere a carne crua 
ou mau passada, vegetais e frutas 
contaminados por cisticercos de origem suína 
ou bovina 
DIAGNÓSTICO HUMANO: 
 É clínico, epidemiológico e laboratorial. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 Com distúrbios psiquiátricos e neurológicos. 
DIAGNÓSTICO ANIMAL: 
 ELISA 
TRATAMENTO: 
 Drogas: mebendazol, niclosamida ou 
clorossalicilamida, praziquantel,albendazo; 
 Em alguns casos recomenda-se a extirpação 
cirúrgica 
 Portadores de teníase recomendam-se 
medidas para evitar a sua propagação 
 Descarte de carcaças. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Tanto a Taenia solium quanto a T. saginata são 
parasitos de ampla distribuição, encontradas 
principalmente em regiões onde existe o hábito 
de ingerir carne de gado e/ou de suíno, crua ou 
mau cozida e vegetais contaminados com as 
fezes destes animais. 
CONTROLE: 
 Melhoramento das condições decriação de 
animais como os suínos 
 
 
 
 
Liliane Gomes 11 
 
 
 Não consumo de carnes cruas 
PREVENÇÃO: 
 Fiscalização correta dos abates como também 
a realização de intervenções educativas junto 
ao consumidor e principalmente aos produtores 
rurais responsáveis pela criação animal, para 
que realizem o manejo correto dos animais. 
 
Doença de chagas 
 
 É a infecção causada pelo protozoário 
Trypanosoma cruzi. Apresenta uma fase aguda 
(doença de Chagas aguda – DCA) que pode 
ser sintomática ou não, e uma fase crônica, 
que pode se manifestar nas formas 
indeterminada, cardíaca, digestiva ou 
cardiodigestiva. 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
 É prevalente em populações rurais, onde 
encontram-se milhares de insetos vetores nas 
moradias de adobe. 
Vetor: 
 É transmitida por insetos hematófagos da 
família Reduviidae e subfamília Triatominae. 
 Estes insetos são popularmente conhecidos 
como barbeiros, chupões, procotós,vum-vum, 
chupança. 
OUTRAS FORMAS DE TRANSMISSÃO: 
 Transfusão sanguínea 
 Consumo de carne de caça 
 Consumo de alimentos contaminados com 
triatomíneos infectados 
 Compartilhamento de agulhas e seringas no 
consumo de droga injetáveis 
 Acidentes laboratoriais por pessoas que 
estudam e trabalham com o parasito 
 de mãe para filho 
DIAGNÓSTICO: 
 
 
 
 
Liliane Gomes 12 
 
 
 Sorologia, cultura e, em certas circunstâncias, 
por PCR, e biópsias de linfonodos 
 Métodos de imunodiagnóstico, especialmente a 
imunofluorescência 
 ELISA e hemaglutinação, 
 Notificação: Compulsória 
TRATAMENTO: 
 Benznidazol: é apresentado na forma de 
comprimidos de 100 mg e deve ser usado em 
duas ou três tomadas diárias, por via oral, 
durante 60 dias. 
 A dose varia de acordo com a idade e o peso 
do paciente 
PREVENÇÃO E CONTROLE: 
 Cuidados com a conservação das casas 
 Aplicação sistemática de inseticidas 
 Utilização de telas em portas e janelas 
Doenças priônicas (mal da vaca 
louca) 
 
 Agente infeccioso dessa doença é o príon, que 
são partículas de proteína infecciosas, é único 
agente infeccioso que não possui genes, por 
isso, não pode se reproduzir como bactéria ou 
vírus, são uma forma alterada de uma proteína 
normal presente na membrana de células 
nervosas do cérebro de vertebrados, se forma 
por causa de uma mutação no gene que 
codifica a proteína normal. 
DOENÇA PRIÔNICA EM HUMANOS 
 Pode ser causada por herança genética, 
contaminação cirúrgica, consumo de carne 
contaminada ou de maneira esporádica. 
TRANSMISSÃO: 
 É por meio da ingestão de alimentos contendo 
proteínas e gordura animal (farinha de carne e 
ossos, cama aviaria). 
 Com menos de um grama de material 
infectante é o suficiente para transmitir a 
doença. 
SINTOMAS: 
 Menor tempo de ruminação 
 Aumento na frequência de lambidas no focinho 
 Espirros 
 Contração do focinho 
 Esfregar da cabeça 
 Ranger de dentes e sensibilidade aumentada 
 
 
 
 
Liliane Gomes 13 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
 Laboratorial realizado em amostras do sistema 
nervoso central do animal, devidamente 
coletadas por médicos veterinários, podem 
confirmar a existência da doença. 
SINTOMAS NO HOMEM: 
 Emoções instáveis (distúrbios psiquiátricos e 
do comportamento) 
 Sinais sensoriais dolorosos 
 Sinais neurológicos retardados 
 Perda de memória 
 Cansaço e rápido perda de peso 
 Dificuldade locomotora, visual e linguística 
TRATAMENTO: 
 Visa retardar e controlar os sintomas, ao 
detectar essas zoonoses tem que fazer 
eutanásia e descarte da carcaça como devidos 
requisitos. 
 Humanos estimativa de vida de um ano. 
 Notificação: obrigatória 
PREVENÇÃO: 
 Através da não utilização de alimentos 
proteicos proveniente de ruminantes na dieta 
de bovinos* deve ser evitado que carne e leite 
de animais contaminados, sejam utilizados na 
alimentação humana. 
PERDAS ECONÔMICAS: 
 Comércio internacional de animais e 
subprodutos, mudança de hábito alimentar 
pelos consumidores, chegou a uma diminuição 
do consumo do produto em até 50% em 
algumas regiões. 
 
Esporotricose 
 Micose sub aguda ou crônica causada , na 
maior parte dos casos, por implantação 
traumática percutânea do fungo dimórfico do 
complexo Sporothrix schenckii. 
FUNGO DIMÓRFICO : 
 Fungo que adquire formas diferentes de 
acordo com a temperatura do meio em que 
está; 
 Forma filamentosa (micelial) que cresce 
preferencialmente em temperaturas entre 2 
6°C e 27°C e forma de levedura a 37°C. 
 
 
 
 
 
Liliane Gomes 14 
 
 
EPIDEMIOLOGIA: 
 Fungo geofílico. 
 Habitats naturais: solo , vegetais, matéria 
orgânica, pelo d e animais, feno , palha, 
espinhos, casca de árvores, etc. . 
FONTES DE INFECÇÃO: 
 Felinos, ratos, cães, tatus etc. . 
DOIS PERFIS EPIDEMIOLÓGICOS: 
DOENÇA OCUPACIONAL, ZOONÓTICA OU 
NÃO: 
 Doença dos jardineiros, agricultores, floristas, 
mineiros, veterinários, trabalhadores de 
empresas de demolição, profissionais de 
laboratório . 
INFECÇÃO ZOONÓTICA NÃO 
OCUPACIONAL: 
 Pessoas infectadas por animais doentes ou 
portadores do fungo em cavidade oral, 
unhas (GATO). 
 Na maioria dos países , se apresenta como 
casos isolados; 
 A maior epidemia ocorreu entre 1941 e 1944 
na África do Sul: mais de 3.000 
mineradores de ouro foram infectados pelo 
fungo presente nas vigas de madeira da 
estrutura das minas; 
 No RJ tem se apresentado como epidemia 
de caráter zoonótico , desde 1 9 98 : 
 Aumento de 225 vezes no número de casos 
em 9 anos (1998-2007)! 
GRUPOS DE RISCO : 
HUMANOS: 
 A diferença na distribuição dos casos por 
idade e sexo está relacionada a ocupação e 
exposição ao fungo : 
 Como doença ocupacional os grupos de maior 
risco são adultos do sexo masculino ; 
 Como zoonose, são mulheres adultas, 
responsáveis pelos cuida dos c o m o s felinos. 
FELINOS; 
 Machos, adultos, inteiros – mais propensos a 
brigar . 
VIAS DE TRANSMISSÃO : 
DOENÇA OCUPACIONAL: 
 Penetração transcutânea do fungo por meio 
de perfuração da pele por espinhos, farpas 
de madeira, ou pela penetração de terra 
contaminada e m feridas da pele; 
 Mordeduras e arranhaduras de gatos 
infectados (médicos veterinários, enfermeiros 
veterinários, tratadores de animais, etc.); 
 Em situações mais raras, é possível a 
inalação do fungo . 
 
 
 
 
Liliane Gomes 15 
 
 
DOENÇA ZOONÓTICA : 
 Penetração ativa do fungo por mordeduras e 
arranhaduras por gatos infectados 
 Contato de pele lesada ou mucosas com 
exsudato das úlceras 
CLÍNICA EM ANIMAIS: 
FORMAS DE APRESE NTAÇÃO: 
 Cutânea ; 
 Cutâneo -linfática ; 
 Disseminada; 
 Respiratória . 
LOCALIZAÇÕES 
 Locais m ais fáceis de serem arranhados, 
lambidos : 
 Cabeça , face ; 
 Extremidades dos membros; 
 Lesões espalhadas pelo corpo (disseminada) 
 Trato respiratório. 
LESÕES 
 Inicialmente , são pápulo-nodulares; em 
seguida ulceram, deixando drenar 
exsudato purulento. 
 
 Gatos com a forma respiratória podem não 
apresentar lesões visíveis; sendo a 
manifestação clínica, os acessos constantes 
de espirros → Síndrome do gato espirrador ; 
 O hábito de auto higiene do animal 
(lambeduras) pode ajudar a disseminar a 
doença 
 Nas formas disseminadas, o animal apresenta 
febre, prostração , mal -estar. 
 Nos cachorros a doença é bem menos 
agressiva , m as lesões n a região do focinho 
podem aparecer. 
CLÍNICA EM HUMANOS: 
 Geralmente é benigna , apresentando lesões 
nodulares que iniciam no ponto de 
penetração do fungo (mãos e antebraços) e 
formam cordões nodulares, acompanhando a 
via linfática – Linfangite Nodular 
Ascendente: 
 
 Pacientes imunocomprometidos podem 
apresentar formas disseminadas, graves: 
 
 
 
 
Liliane Gomes 16 
 
 
 
DIAGNÓSTICO:CLINICO -EPIDEMIOLÓGICO: 
 Humanos: lesões sugestivas, associadas a 
informações sobre profissão, atividades de 
jardinagem ou similar, presença de felinos em 
casa, histórico d e mordedura ou arranhadura 
por felino , contato com felino doente, etc. 
 Animais: lesões sugestivas, associadas a 
informações sobre sexo, idade , condição 
reprodutiva, contato com outros gatos, 
contato com terra, plantas , etc. 
LABORATORIAL: 
 Visualização direta : swab de lesão; 
 Biópsia; 
 Fragmentos d e tecido. 
ISOLAME N TO: 
 Cultivo a 2 5ºC na fase micelar e a cultura a 
37ºC na fase leveduriforme . 
MEIOS DE CULTURA : 
 Agar-Sabouraud com cloranfenicol e 
ciclohexamida a 25ºC. 
 Agar-infusão de cérebro -coração a 37ºC. 
 Imunológico: 
 Reação de Esporotriquina . 
 Sorologia - OINI tem feito ensaios com ELISA, 
mas apenas experimentalmente . 
TRATAMENTO : 
 Itraconazol – droga de eleição para felino s. 
GATOS: 
 Animais de 2 ,5 kg ou mais: 10 0mg/d ia/VO, 
dose única . 
 Apresentação em cápsulas , que podem ser 
abertas e o conteúdo misturado a o alimento 
úmido . 
 Gatos abaixo d e 2 ,5 k g: 20m g/kg/dia /VO. 
 Duração do tratamento: em média, de 4 a 6 
meses , dependendo da resposta do animal. 
 O tratamento deverá ser estendido por, pelo 
menos, mais 30 dias após o desaparecimento 
dos sinais clínicos 
CÃES: 
 Cetoconazol na dose de 5 a 1 0mg/kg/dia, 
VO , em dose única ; 
 
 
 
 
Liliane Gomes 17 
 
 
 Iodeto de Potássio : 
 Casos não responsivos ao tratamento inicial 
após um mês de tratamento. 
GATOS: 
 Itraconazol, associado a Iodeto de Potássio 
(2,5 a 5 mg/k g/dia), VO. 
CÃES : 
 Itraconazol (5 a 1 0 mg/k g/dia) associado a 
Iodeto de Potássio (2, 5 a 5 mg/k g/dia),VO. 
 OBS: Caso não haja resposta ao tratamento, 
sugere-se aumentar a dose do Iodeto de 
Potássio, sendo a d o se máxima 
recomendada 1 0mg/kg/dia 
TRATAMENTOS ALTERNATIVOS: 
 Anfotericin a B (para casos resistentes e 
pacientes imunocomprometidos); 
 Outros: Cetoconazol, Fluconazol (não 
funcionam para gatos). 
HUMANOS: 
 Itraconazol 100mg a 2 0 m g/VO /diariamente; 
 Iodeto de potássio ( KI) supersaturado: 
 Iniciar com 5 gota s 3 v e z es ao dia a pós 
as refeições e aumentar gradualmente, 
conforme tolerância , até 40 gotas 3 veze s ao 
d ia durante 6 a 12 semanas; 
 OBS1 : casos confirmados e com 
regressão espontânea poderão ser 
acompanhados sem tratamento . 
 OBS2 : o calor local poderá ser utilizado como 
terapia coadjuvante sempre que necessário. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
HUMANOS: 
 Doença da arranhadura do gato 
 Leishmaniose tegumentar; 
 Criptococose. 
GATOS: 
 Criptococose; 
 Carcinoma espinocelular (Células escamosas). 
PREVENÇÃO: 
FELINOS: 
 Castrar animais sem interesse reprodutivo; 
 Evitar que os gatos tenham acesso a terrenos 
baldios e a gato s d e rua; 
 Utilizar arranhadores de material sintético para 
evitar que os gatos arranhem troncos de 
árvore; 
 Cuidado com a qualidade do material 
colocado na caixa de areia (dar preferência 
a material sintético ). 
HUMANOS: 
 Veterinários devem usar EPIs para lidar com 
animais infectados, com luvas grossas; 
 Médico Veterinário, usar máscaras SEMPRE 
que atender gatos que espirram; 
 
 
 
 
Liliane Gomes 18 
 
 
 Notificação compulsória: Res. SES nº674 /2013 
 Médicos veterinários devem orientar 
proprietários a : 
 Usa r luvas grossas para mexe r na caixa 
de areia e cama dos animais e para 
atividades de jardinagem , 
 Se o gato falecer ou precisar ser 
eutanasiado, não enterrar ou jogar no 
ambiente (cremar); 
 Utilizar caixa de transporte de plástico (nunca 
de madeira), 
 Gatos em tratamento devem ser isolados d e 
outros gatos e de outras pessoas, exceto 
quem está cuidando do animal 
 Animais com esporotricose não podem ter acesso 
a quintal, jardim e rua (nenhum local onde possa 
ter contato com solo, gramado, plantas e outros 
animais). 
 
 
 
 
 
 
Esquistossomose 
 
 É uma doença parasitária causada pelo 
Schistosoma mansoni. Inicialmente a doença é 
assintomática, mas pode evoluir e causar 
graves problemas de saúde crônicos, podendo 
haver internação ou levar à morte, conhecida 
popularmente como “xistose”, “barriga d’água” 
ou “doença dos caramujos”. 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: 
 O homem é o principal hospedeiro definitivo 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: 
 
 
 
 
Liliane Gomes 19 
 
 
 O ciclo biológico do S. mansoni depende da 
presença do hospedeiro intermediário no 
ambiente. 
SINTOMAS: 
 Febre 
 Dor de cabeça 
 Calafrios 
 Suores 
 Fraqueza 
 Falta de apetite 
 Dor muscular 
 Tosse 
 Diarreia. 
COMPLICAÇÕES: 
 Aumento do fígado 
 Aumento do baço 
 Hemorragia digestiva 
 Hipertensão pulmonar e portal 
 Morte. 
 Feito por meio de exames laboratoriais de 
fezes 
TRATAMENTO: 
 Casos simples, é em dose única e 
supervisionado feito por meio do medicamento 
Praziquantel, 
 Os casos graves geralmente requerem 
internação hospitalar e até mesmo tratamento 
cirúrgico, conforme cada situação. 
CONTROLE: 
 Tratamento coletivo de comunidades de risco, 
acesso a água potável e saneamento básico, 
educação em saúde e controle de caramujos 
em lagos e rios. 
PREVENÇÃO: 
 Consiste em evitar o contato com águas onde 
existam os caramujos hospedeiros 
intermediários infectados. 
 
 
Febre amarela 
AGENTE CAUSADOR ESPÉCIES ACOMETIDAS Vírus amarílico, arbovírus do gênero Flavivirus e família 
Flaviviridae (do latim flavus = amarelo). 
 
 
 
 
Liliane Gomes 20 
 
 
CICLO EPIDEMIOLÓGICO 
 Epidemiologicamente, a doença pode se 
apresentar sob duas formas distintas: Febre 
Amarela Urbana (FAU) e Febre Amarela 
Silvestre (FAS), 
 diferenciando-se uma da outra pela 
localização geográfica, espécie vetorial e tipo 
de hospedeiro 
EVOLUÇÃO DA DOENÇA 
CICLO SILVESTRE 
 
CICLO URBANO 
 
SINTOMAS NO HOMEM 
 Febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, 
vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os 
olhos ficam amarelos) 
 Hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, 
intestino e urina). 
 Um espectro clínico muito amplo, podendo 
apresentar desde infecções assintomáticas e 
oligossintomáticas até quadros exuberantes 
com evolução para a morte 
SINAIS CLÍNICOS NOS ANIMAIS 
 Muito semelhantes aos sinais e sintomas 
apresentados pelos humanos. 
FORMAS DE TRANSMISSÃO 
 Pela picada dos mosquitos transmissores 
infectados (gêneros Haemagogus e 
Sabethes). 
 A transmissão de pessoa para pessoa não 
ocorre por contágio. 
 Na Febre Amarela Silvestre, o vírus circula 
entre animais silvestres os macacos que, no 
período de viremia, ao serem picados pelos 
mosquitos silvestres lhe repassam o vírus. 
 O homem susceptível infecta-se ao penetrar 
na mata e ser picado por mosquitos infectados 
e, desta forma, é inserido acidentalmente no 
ciclo de transmissão: macaco → mosquito 
silvestre → homem. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 21 
 
 
 Na Febre Amarela Urbana, o vírus é 
introduzido no ciclo pelo homem em período 
de viremia. 
 Ao ser picado pelo Aedes aegypti, este vetor 
torna-se infectado, passa pelo período de 
incubação extrínseca e estará apto a transmitir 
o vírus para outras pessoas susceptíveis, 
iniciando o ciclo de transmissão: homem→ 
Aedes aegypti → homem. 
 
DIAGNÓSTICO 
 O diagnóstico laboratorial é realizado para 
confirmação dos casos suspeitos de febre 
amarela, 
 Diagnóstico histopatológico (imuno-
histoquímica - detecção de antígeno em tecido) 
e/ou; 
 Diagnóstico virológico (isolamento viral, 
detecção de antígenos virais e/ou ácido 
nucleico viral) e/ou; 
 Diagnóstico sorológico (MAC–ELISA, inibição 
da hemaglutinação, teste de neutralizaçãoe 
fixação de complemento). 
TRATAMENTO 
 Não existe tratamento antiviral específico. 
 É apenas sintomático, com cuidados a 
assistência ao paciente que, sob 
hospitalização, deve permanecer em repouso, 
com reposição de líquidos e das perdas 
sanguíneas, quando indicada. 
 Os quadros clássicos 30 FEBRE AMARELA 
e/ou fulminantes exigem atendimento em 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 
hemodiálise (devido insuficiência renal aguda), 
melhorando a sobrevida do paciente. 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
 A vacinação é a mais importante medida de 
controle 
 Vigilância sanitária de portos, aeroportos e 
passagens de fronteira, com a exigência do 
Certificado Internacional de Vacinação 
Febre maculosa 
 
 Bactérias do gênero Rickettsia transmitida pela 
picada do carrapato Amblyomma 
 
 
 
 
Liliane Gomes 22 
 
 
cajennense;Os principais reservatórios são 
animais como: Capivaras, Cavalo, Boi, Cães, 
Animais de sangue frio (como ofídios),homem. 
 Multiplicam-se nas células do endotélio 
vascular, causando processos 
hemorrágicos. É transmitida pela picada 
do carrapato (6-10 horas, para que a 
bactéria entre no corpo). 
 Essa bactéria no Brasil é mais patogênica. 
 
FONTE DE INFECÇÃO: 
 Animais silvestres/Amblyomma 
VIAS DE ELIMINAÇÃO: 
 Hematogena 
VIAS DE TRANSMISSÃO: 
 Vetor/ transovariana 
PORTA DE ENTRADA: 
 Pele 
SUSCETÍVEIS: 
 Cão/humano/cavalo 
SINTOMAS EM ANIMAIS DOMÉSTICOS: 
 Petéquias 
 Sufusões em mucosas oculares, nasais, orais e 
genitais, edema e epistaxes 
 Diarreia sanguinolenta ou não 
 Vômitos 
 Aumento dos linfonodos 
 Esplenomegalia (aumento do baço) 
 Dores musculares e articulares 
 Complicações cardiovasculares, neurológicas e 
renais 
ANTECEDENTES EPIDEMIOLÓGICOS: 
 Animais domésticos, rio, cachoeira e exposição 
a carrapatos. 
 Maior incidência é em outubro. 
QUADRO GRAVE: 
 Edema de membros inferiores, cefaleia, déficit 
neurológico, oligúria, insuficiência renal, 
choque, e o óbito em 6 dias 
DIAGNÓSTICO: 
Materiais Método Laboratorial 
Sangue Isolamento em BHI e PCR 
Soro Reação de imunofluorescência 
indireta 
 
 
 
 
Liliane Gomes 23 
 
 
Tecidos Isolamento, PCR e IHQ 
Carrapatos RIFI, taxonomia e isolamento 
 Hemograma: Anemia e trombocitopenia 
 Enzimas: BT aumentadas, ACT, CK... 
 Reação de Imunofluorescência indireta (RIFI) 
 Reação em cadeia da polimerase (PCR) 
 Cultura com isolamento 
 Hemograma. 
 Notificação: obrigatória às autoridades locais 
de saúde. 
SINTOMAS NOS HUMANOS: 
 Levam de 2 a 14 dias para se manifestar em 
geral, ocorre: 
 Forte mal-estar 
 Febre alta 
 Cor de cabeça 
 Congestão das conjuntivas 
 Lesões na pele 
 Lesões no sistema nervoso 
 Lesões em rins 
TRATAMENTO EM HUMANOS: 
 Com antibióticos específicos. 
CONTROLE: 
 Nas regiões onde há presença de capivaras, 
controlar o acesso desses animais às áreas 
onde há circulação de humanos 
 Manter o gramado aparado em ambientes 
domiciliares e de acesso à população humana. 
 Divulgação da doença junto à população. 
 Promover ações educativas 
PREVENÇÃO: 
 Prevenir infestação de carrapatos em animais 
tratando-os com produtos carrapaticidas 
 Retirar os carrapatos com cuidado, serem 
retirados inteiros 
 Evitar caminhar em áreas reconhecidamente 
infestadas por carrapatos 
FATORES SOCIOECONÔMICOS, CULTURAIS E 
SANITÁRIOS DE RISCO: 
 Proximidade do homem com animais no meio 
urbano, tais como cavalos e cachorros 
 Desconhecimento da biologia do carrapato e 
da Rickettsia; 
 Presença de indivíduos sensíveis à infecção 
por Rickettsias; 
 Hábitos ocupacionais da população, além do 
aumento do turismo rural; 
 Controle inadequado do vetor 
 Aumento do número de carroceiros na zona 
urbana. 
RESERVATÓRIOS: 
 Multiplica o agente sem demonstrar sinais ou 
morrer. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 24 
 
 
 Ser um bom hospedeiro natural do carrapato 
vetor, ser susceptível a infecção R. Rickettsi 
PAPEL DA CAPIVARA NA DOENÇA 
 Não manifestam sinais clínicos, contaminam os 
carrapatos em 15min de riquetsemia. Imunes 
após 14 dias. 
 Só podem ser retiradas do local ou 
sacrificadas, com autorização. 
BIOLOGIA E CONTROLE DE CARRAPATOS 
 Principal vetor: Amblyomma sculptum 
(carrapato estrela. 
 Os principais hospedeiros são as capivaras e 
os equinos, a maior época de transmissão é de 
julho a outubro. 
 Interferir sobre hospedeiro/reservatório. 
Carrapaticidas piretróides, formamidas e 
avermectinas (tratamento contínuo). Limpeza 
de pastos, rotação de pastagem e Controle 
Biológico (Aves). 
PROFILAXIA: 
 Manter grama baixa, proteção individual, uso 
de roupas claras revisão do corpo de 4 em 4 
horas, não espremer, não retirar com objetos 
perfurantes ou de fogo, e fazer desinfecção do 
local. 
PROGRAMA DE CONTROLE CONTRA A FEBRE 
MACULOSA 
 Todo caso suspeito de febre maculosa deve 
ser de notificação compulsórias. Iniciar 
investigação epidemiológica em até 48h após a 
notificação. 
 Roteiro da investigação epidemiológica: coleta 
de dados clínicos e epidemiológicos -> 
Identificação da área de transmissão -> 
Determinação da área de transmissão -> 
Encerramento dos casos -> Interpretação dos 
dados coletados e Relatório final. 
 
 Causada pelo vírus pertencente à família 
Bunyaviridae do gênero Hantavírus; 
 
Hantavirose 
 
 
 
 
Liliane Gomes 25 
 
 
 Doença aguda inespecífica -Febre 
Hemorrágica com Síndrome Renal (FHSR) e 
Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus 
(SCPH), são transmitidos especificamente por 
roedores silvestres; 
 
TRANSMISSÃO AO HOMEM: 
 Inalação de aerossóis, formados a partir da 
urina, fezes e saliva de roedores infectados. 
 Percutânea, por meio de escoriações cutâneas 
ou mordeduras de roedores 
 Contato do vírus com as mucosas, como a 
conjuntiva, ou boca ou nariz, por meio de mãos 
contaminadas com excretas dos roedores; 
SINTOMAS NO HOMEM: 
 Febre 
 Dispneia 
 Náuseas e vômitos 
 Dor no corpo 
 Dor de cabeça 
 Dor lombar 
 Tosse. 
DIAGNÓSTICO: 
 Exames laboratoriais 
 Imunofluorescência E.L.I.S.A. 
 soro neutralização, 
 A confirmação virológica é feita através do 
PCR 
 Imuno-histoquímica de órgãos positivos. 
TRATAMENTO: 
 Não há tratamento específico 
 Casos graves da doença devem ser tratados 
em unidades de terapia intensiva 
 O tratamento instituído deverá envolver 
medidas terapêuticas destinadas a outras 
infecções pulmonares 
 Infelizmente, quase a metade dos doentes 
morrem após o desenvolvimento do edema 
pulmonar 
 Notificação: compulsória imediata, devendo, 
portanto, ser notificada em até 24horas. 
CONTROLE: 
 Saneamento 
 Melhorias nas condições de vida e de moradia 
 Juntamente com medidas de controle dos 
roedores (desratização). 
PREVENÇÃO: 
 Roçar o terreno em volta da casa 
 Dar destino adequado ao entulho 
 
 
 
 
Liliane Gomes 26 
 
 
 Deixar os locais que armazenam alimentos 
bem fechados 
 Não deixar muita louça acumulada 
 Usar tampas de lata de lixo apertadas 
 Molhar roedores mortos ou locais onde eles 
estiveram com álcool, desinfetantes 
domésticos ou água sanitária. 
PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO: 
 Detectar precocemente casos e/ou surtos 
 Conhecer o comportamento clínico e 
epidemiológico 
 Identificar fatores de risco associados à doença 
 Recomendar e executar medidas de prevenção 
e controle 
 Identificar as variantes de hantavírus 
circulantes e sua distribuição geográfica 
 
Influenza 
 Doença viral aguda causada pelo agente 
etiológico Myxovirus influenzae; doença 
vulgarmente conhecida como gripe é isolada 
nos tratos respiratórios superior e inferior aves, 
cães, equinos, gatos, mamíferos marinhos, 
morcegos e suínos e o homem. 
SINTOMAS NOS ANIMAIS: 
 Secreções nasal 
 Perda de apetite 
 Letargia 
 Tosse 
SINTOMAS NO HOMEM: 
 Coriza 
 Febre repentina e alta 
 Tosse 
 Dor cabeça musculares 
 Dores musculares 
 Dores nas articulações 
EPIDEMIOLOGIA:A propagação do vírus muito rápida, por conta 
dos meios de transporte e tecnologia, 
 Alto índice de letalidade, tanto nas aves 
domésticas, quanto em seres humanos (em 
casos raros). 
TRANSMISSÃO NO HOMEM: 
 Por contanto e por objetos contaminados o 
vírus penetra no organismo, através de 
mucosas até a corrente sanguínea do 
hospedeiro, onde se começa a surgir os sinais 
clínicos 
DIAGNÓSTICO: 
 Testes de laboratório 
 Exames de imagem Raios-X 
 
 
 
 
Liliane Gomes 27 
 
 
TRATAMENTO: 
 Remédios antivirais amantadina e rimantadina 
PREVENÇÃO: 
 Vacinação 
Larva migrans cutânea e visceral 
 
AGENTE CAUSADOR 
 Larva migrans cutânea - larvas de 3º estágio 
(L3) dos helmintos Ancylostoma braziliense, A. 
caninum, Uncinaria stenocephala, 
Gnathostoma spinigerum, A. duodenale, 
Necator americanus, Strongyloides stercoralis 
e formas imaturas de Dirofilaria 
 Larva migrans visceral (LMV) - larvas de 3º 
estágio (L3) principalmente do gênero 
Toxocara 
ESPÉCIES ACOMETIDAS 
 Seres humanos / Cães e Gatos (hospedeiros 
definitivos) 
SINTOMAS EM HUMANOS 
 Larva migrans cutânea – prurido e lesões 
dermatológicas com “traçado de mapa” 
 Larva migrans visceral (LMV) – febre, 
hepatomegalia, nefrose, manifestações 
pulmonares e cardíacas, e lesões cerebrais 
e/ou oculares. 
FORMAS DE TRANSMISSÃO 
HUMANOS: 
 LMC: Solo contaminado com L3 
 LMV: Ingestão de ovo com L3 (Toxacara) 
DIAGNÓSTICO 
HUMANOS: 
 LMC: Histórico (contato com locais 
fequentados por cães e gatos), sinais clínicos e 
lesões dermatológicas com prurido intenso. 
 LMV: Histórico (exposição a solo contaminado 
com fezes de caninos e/ou felinos); Métodos 
imunológicos (ELISA) 
NOTIFICAÇÃO OBRIGATÓRIA 
 Não 
LARVA MIGRANS CUTÂNEA 
 Espécie A. braziliense parasita o intestino 
delgado de cães e gatos 
 Espécie A. caninum parasita o intestino 
delgado de cães. 
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 
 
 
 
 
Liliane Gomes 28 
 
 
 A doença ocorre mais frequentemente em 
áreas tropicais e subtropicais, sendo reportada 
na Argentina, Austrália, Brasil, Caribe, França, 
Alemanha, Índia, Israel, México, Felipinas, 
África, Espanha, Estados Unidos e Uruguai, 
todavia, a prevalência da infecção humana é 
desconhecida 
PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA 
 O número de larvas e, portanto, o número de 
trajetos inflamatórios lineares varia de uma 
única a dezenas ou centenas. 
 As partes que mais frequentemente entram em 
contato com o solo são as mais sujeitas como 
pés, pernas, mãos e antebraços. 
 Em crianças que brincam sentadas no chão, 
normalmente na região glútea e coxas, em 
frequentadores de praias as larvas podem 
penetrar em outras partes do corpo que 
normalmente ficam protegidas pela roupa. 
DIAGNÓSTICO 
HISTÓRICO: 
 Contato com locais que apresentam areia, 
frequentados por cães e gatos, sobretudo em 
praias, em praças, colégios e parques 
destinados à recreação de crianças. 
SINAIS CLÍNICOS E LESÕES: 
 Considerar a inflamação e intenso prurido, bem 
como aspecto e evolução das lesões 
dermatológicas 
CICLO EVOLUTIVO A. BRAZILIENSE 
INFECÇÃO POR VIA PASSIVA (INGESTÃO DE L3): 
 O parasita pode passar para larvas de 4º 
estágio (L4), larvas de 5º estágio (L5) e 
adultos, no aparelho digestivo, sem migrar pela 
corrente sanguínea. 
 Larvas (L3) também podem migrar, após 
ingestão, ao penetrar na mucosa bucal e da 
faringe e alcançar a corrente sanguínea, como 
ocorre por via ativa. 
INFECÇÃO POR VIA ATIVA (PELE): 
 As L3 atingem a circulação, coração direito, 
pulmões onde passam para L4, essas, 
alcançam a traqueia, são deglutidas, alcançam 
o estômago e intestino onde passam para L5 e 
adultos. 
A. CANINUM 
MIGRAÇÃO SOMÁTICA : 
 A maioria das larvas (L3) que chegam aos 
pulmões, principalmente em animais mais 
velhos, que já tiveram contato com o parasito, 
não prosseguem o caminho para o intestino, 
migrando para a musculatura, podendo 
 
 
 
 
Liliane Gomes 29 
 
 
permanecer por mais de 240 dias em 
dormência (larvas somáticas). 
INFECÇÃO TRANSMAMÁRIA: 
 Em fêmeas gestantes as larvas somáticas são 
reativadas, sendo eliminadas no colostro e no 
leite infectando os filhotes durante as três 
primeiras semanas de lactação 
INFECÇÃO POR INGESTÃO DE HOSPEDEIROS 
PARATÊNICOS: 
 Alguns insetos e para A. caninum, também 
roedores, podem funcionar como hospedeiros 
paratênicos (hospedeiros que retém a L3 e 
podem servir de fonte de infecção, por via oral, 
para os cães) 
CICLO EVOLUTIVO T. CANIS 
INFECÇÃO POR VIA PASSIVA 
 As larvas saem dos ovos no intestino e migram 
pela circulação portal até o fígado, pela veia 
hepática e cava posterior ao coração direito e 
aos pulmões 
MIGRAÇÃO SOMÁTICA 
 As larvas invadem, por exemplo, pulmões, 
fígado, rins, útero, glândulas mamárias e 
músculos esqueléticos, ficando retidas por 
meses ou anos sem prosseguir seu 
desenvolvimento 
INFECÇÃO PRÉ-NATAL 
 É a forma habitual de propagação do 
parasitismo entre os cães. As L3 passam pela 
placenta para o fígado do feto. 
 Após o nascimento, migração traqueal, 
intestino L4, L5, adulto, eliminação de ovos 
em três a quatro semanas. 
 Larvas podem ser reativadas em outras 
gestações, independente de novas infecções. 
INFECÇÃO TRANSMAMÁRIA, 
 A eliminação de larvas no leite se inicia 
imediatamente após o parto e alcança o 
máximo na segunda semana. 
 O parasito se desenvolve até adulto 
diretamente no intestino (PPP de 
aproximadamente 21 dias) 
INFECÇÃO POR INGESTÃO DE HOSPEDEIROS 
PARATÊNICOS 
 como roedores, ovinos, suínos, macacos, 
homem, minhocas, cães adultos e aves. 
 O parasito se desenvolve até o estágio adulto 
diretamente no intestino (PPP é de 4 a 5 
semanas) 
LARVA MIGRANS VISCERAL 
 A espécie T. canis está classificada no filo 
Nemathelminthes, classe Nematoda, ordem 
Ascaridida, superfamília Ascaridoidea, família 
 
 
 
 
Liliane Gomes 30 
 
 
Ascarididae. T. canis - parasita o intestino 
delgado de cães e menos comumente de 
gatos. 
DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA 
 São um problema mundial. 
PATOLOGIA E SINTOMATOLOGIA 
 Os órgãos mais afetados, por ordem de 
frequência, são o fígado, os pulmões, o 
cérebro, os olhos e os gânglios. 
 Nas localizações oculares, mais frequentes no 
segmento posterior, os abscessos eosinófilos 
tendem a produzir o deslocamento da retina e 
a opacificação do humor vítreo, acarretando a 
perda completa da visão. 
DIAGNÓSTICO 
HISTÓRICO: 
 Idade normalmente inferior a quatro anos, 
dados sobre geofagia ou exposição a solos 
contaminados com fezes de caninos e/ou 
felinos. 
SINAIS CLÍNICOS: 
 É difícil o diagnóstico baseado nos sinais 
clínicos, todavia, suspeita-se 
principalmente quando há leucocitose, 
eosinofilia persistente, 
hipergamaglobulinemia e hepatomegalia. 
LOCALIZAÇÃO OCULAR: 
 quando há suspeita, realizar exame 
oftalmológico. 
 Métodos imunológicos: bastante sensíveis e 
específicos como a técnica de ELISA. 
DIAGNÓSTICO EM CÃES E GATOS 
 Ancilostomose: considerar os sinais clínicos 
como a presença de eritema principalmente no 
abdome, prurido, anorexia, anemia (helmintos 
hematófagos), diarréia escura (perda de 
sangue), desidratação, emagrecimento, edema 
e ascite. 
 Toxocariose: predominantemente em animais 
jovens, que mostram diante da infecção, atraso 
no desenvolvimento, emagrecimento, anemia, 
vômito, ventre abaulado, dor abdominal, 
diarreia ou constipação, pelos arrepiados e 
opacos, sinais de alterações nervosas. O 
parasito pode eventualmente ser visualizado 
nas fezes ou no vômito. 
 Tanto na Ancilostomose como na Toxocariose 
pode-se realizar exame de fezes pelo método 
de flutuação (Willis Mollay). As fezes no 
período da coleta até o exame devem ser 
conservadas em gelo ou em geladeira 
(temperatura de 2 a 8ºC). 
TRATAMENTO 
 
 
 
 
Liliane Gomes 31 
 
 
 Algumas bases químicas que apresentam 
comprovada ação contra Ancylostoma e 
Toxocara:mebendazole, fembendazole, 
albendazole, nitroscanato, pamoato de 
pirantel, milbemicina oxima. 
PREVENÇÃO E CONTROLE 
 Manter os animais em boas condições de 
higiene. 
 
 
 
 
 
Leishmaniose visceral americana (LVA) E Leishmaniose 
tegumentar americana (LTA) 
 
ETIOLOGIA : 
 Protozoários tripanossomatídeos, parasitas do 
sistema fagocítico mononuclear;7 espécies de 
Leishmania 
 Leishmania(Leishmania ) amazonenses ; 
 Leishmania (Viannia ) guyanensis; 
 Leishmania (Viannia ) braziliensis 
 Formas promastigotas – infectante; 
 Forma amastigotas – diagnóstico 
 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: 
 Doença polimorfa da pele e das mucosas, 
caracterizada pela presença de lesões 
ulcerativas 
LEISHMANIOSE VISCERAL 
 Doença generalizada de evolução crônica que 
atinge as vísceras: baço, fígado e medula 
óssea. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 32 
 
 
CICLO 
 
HOSPEDEIROS E RESERVATÓRIOS (LTA): 
 Infecções por leishmanias que causam a LTA 
foram descritas em várias espécies de animais 
silvestres, sinantrópicos e domésticos 
(canídeos, felídeos e equídeos) 
 Não há evidências científicas que comprovem 
o papel dos animais domésticos como 
reservatórios, sendo considerados hospedeiros 
acidentais da doença 
 Já foram registrados como hospedeiros e 
possíveis reservatórios naturais algumas 
espécies de roedores, marsupiais, edentados e 
canídeos silvestre 
HOSPEDEIROS E RESERVATÓRIOS (LV): 
 Na área urbana os cães são a principal fonte 
de manutenção da doença; 
 No ambiente silvestre são os canídeos 
selvagens (lobo guará, cachorro do mato, 
raposa) e marsupiais 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: 
 Doença polimorfa da pele e das mucosas, 
caracterizada pela presença de lesões 
ulcerativas 
LEISHMANIOSE VISCERAL 
 Doença generalizada de evolução crônica que 
atinge as vísceras: baço, fígado e medula 
óssea. 
SINTOMAS: 
TEGUMENTAR: 
 Surge uma pequena elevação avermelhadas 
na pele que vai aumentando até se tornar uma 
ferida que pode estar coberta por crosta ou 
secreção purulenta a também a possibilidade 
de sua manifestação se dar através de lesões 
inflamatórias no nariz ou na boca 
 
 
 
 
Liliane Gomes 33 
 
 
VISCERAL: 
 Ocorre febre irregular, anemia, indisposição, 
palidez da pele e mucosas, perda de peso, 
inchaço abdominal devido aumento do fígado e 
do baço 
DIAGNÓSTICO: 
 é feito através de um exame de sangue afim de 
encontrar anticorpos específicos biópsia ou 
raspadura da lesão no caso de feridas de 
encontrar anticorpos específicos biópsia ou 
raspadura da lesão no caso de feridas 
 Notificação: Compulsória 
TRATAMENTO: 
 É feito não só visando a cura clínica, mas 
também o impedimento de que a doença 
evolua para as outras formas mais graves e, 
também, para evitar recidivas. 
HOMEM: 
 Quando a doença é diagnosticada a tempo, no 
tratamento e cura são possíveis, com 
medicamentos específicos. 
CONTROLE E PREVENÇÃO:- LVA E LTA 
 Evitar a proliferação do mosquito-palha, 
mantendo o ambiente limpo, livre de entulhos e 
acúmulo de lixo são fundamentais. 
 O uso de telas em portas e janelas também é 
recomendado. 
 Passear com o seu cachorro durante o dia, já 
que os mosquitos são mais ativos na parte da 
noite. 
 Uso de coleiras repelentes 
 Vacinação anual dos animais 
 
Leptospirose 
 É uma doença infecciosa; transmitida ao 
homem pela urina de roedores; pode acometer 
vários animais: Ratos, Bovinos, Suínos, 
Equinos, Caprinos e Carnívoros, pode 
sobreviver nos rins dos animais sem provocar 
nenhum sintoma e, no meio ambiente, por até 
seis meses. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 34 
 
 
 
TRANSMISSÃO OCORRE TAMBÉM: 
 Descargas uterinas 
 Pós-aborto 
 Feto 
 Placenta infectada 
 Infecções uterinas e sêmen. 
ÁREA URBANA: 
 Ocorre em todos os territórios nacionais 
 Períodos chuvosos como, enchentes nos rios 
e córregos 
 Cidades com menos condições de saneamento 
básico 
 Esgoto a céu aberto e lixões 
 Propiciam a contaminação da água com urina 
de roedores. 
VIAS DE ENTRADA: 
 Parenteral, dérmica, mucosas, digestiva, 
respiratória 
VIAS DE ELIMINAÇÃO: 
 por meio de fluídos. 
CONTATO DIRETO: 
 Imersão da pele com feridas, arranhões ou 
íntegra em água de enchentes contaminadas 
pela urina do rato. 
CONTATO INDIRETO: 
 Ingestão de água ou alimentos contaminados. 
EPIDEMIOLOGIA: 
 FI -> Roedores (animais infectados); VE -> 
Urina, sangue, líq. Fetais; VT -> Contato 
direto, indireto e via transplacentária; PE -> 
Cortes, abrasões, mucosa e pele molhada; S -
> A. silvestres e domésticos 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
 7 a 15 dias, fazendo disseminação de órgãos 
(rins, fígado, baço e pulmões). 
 
SINAIS CLINICOS -> BOVINOS 
 Encontrado mais em bezerros (fase aguda): 
febre, icterícia, hemoglobinúria e anemia 
 
 
 
 
Liliane Gomes 35 
 
 
 Fase Crônica: encontrada mais em vacas 
adultas, não apresentam sinal, distúrbios 
reprodutivos e mastite. 
SINAIS CLINICOS -> OVINOS 
 Semelhante aos bovinos, na fase crônica 
apresenta perda de brilho na lã, 
enfraquecimento e anemia. 
SINAIS CLINCOS -> CAPRINOS 
 Susceptível ao aborto -> leptospiremia 
SINAIS CLINICOS -> SUÍNOS 
 Febre, icterícia, infertilidade, distúrbios 
reprodutivos, leitões fracos morrem nos 
primeiros dias 
SINAIS CLINICOS -> EQUINOS 
 Mais difícil de diagnosticar, febre, inapetência, 
icterícia, diarreia e na fase crônica desenvolve 
uveíte 
SINAIS CLINICOS -> CANINO 
 Em fase aguda -> leptospiremia intensa nos 
filhotes, choque e morte. 
 Fase crônica nos adultos apresenta febre, 
epistaxe, hemorragia de pele e mucosa, 
hematêmese. 
DIAGNÓSTICO: 
 Exames iniciais e de seguimento –hemograma 
e bioquímica 
 Se necessário, também devem ser solicitados: 
radiografia de tórax, eletrocardiograma (ECG) 
e gasometria arterial. 
 Na fase tardia, as leptospiroses podem ser 
encontradas na urina, cultivadas ou inoculadas 
MÉTODO DIRETO: 
 Isolamento, PCR e Inoculação em cobaia. 
MÉTODO INDIRETO: 
 SAM, FC, ELISA e Aglutinação em tubo. 
 Teste recomendado é o SAM, usada na 
identificação e classificação dos sorovares 
isolados. Feita a 1x no primeiro atendimento e 
a segunda após um intervalo de 14 a 21 dias. 
MEDIDAS DE PROFILAXIA: 
 Tratamento isolado de doentes e portadores. 
DESRATIZAÇÃO: 
 eliminação direta dos roedores através de 
métodos mecânicos e químicos. 
ANTIRRATIZAÇÃO: 
 Prevenção primária e eliminação dos fatores 
que propiciem o acesso desses animais a 
alimentos, água e abrigo. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 36 
 
 
 Fazer o destino correto de lixo, esgoto, água 
não tratada, limpeza de caixa d’agua e etc... 
VACINAS: 
 Não existe vacina contra a leptospirose para 
seres humanos 
 Existem vacinas para uso em animais, como 
cães, bovinos, suínos e equinos 
 Devem ser vacinados todos os anos para 
ficarem livres do risco de contrair a doença e 
diminuir o risco de transmiti-la ao homem 
 Notificação: compulsória no Brasil, tanto 
casos suspeitos isolados como a de surtos 
devem ser notificadas 
SINTOMAS NO HOMEM: 
 O quadro clínico que pode variar desde 
infecções assintomáticas até formas graves. 
 Comumente é diagnosticada como síndrome 
gripal, virose, influenza ou dengue, pela 
semelhança dos sintomas, febre; dor de 
cabeça; dores pelo corpo; podem ocorrer 
vômitos, diarreia e tosse 
 Nas formas graves aparece icterícia (pele e 
olhos amarelados), sangramento e alterações 
urinárias 
TRATAMENTO PARA O HOMEM: 
 Hidratação; 
 Uso de antibióticos: penicilina (bactericida) ou 
doxiciclina (bacteriostático) 
 Medicamentos para aliviar os sintomas (evitar 
ácido acetilsalicílico) 
CONTROLE: 
 acondicionamento e destino adequado do lixo 
 Armazenamento apropriado de alimentos, 
 Desinfecção e vedação de caixas d´água 
 Vedação de frestas e aberturas em portas e 
paredes, o uso de raticidas. 
PREVENÇÃO: 
 Evitar contato com qualquer tipo de material ou 
objeto que teve contato com urinade animais 
 Evitar que alimentos entrem em contato com 
urina de animais durante sua produção 
transporte ou armazenamento 
 Evitar nadar em águas naturais contaminadas 
 Evitar a presença de roedores na área da 
piscina 
PERDAS ECONÔMICAS: 
 Alta incidência e percentual significativo das 
internações 
 Alto custo hospitalar e perdas de dias de 
trabalho 
 Como também por sua letalidade 
 Nos suínos ocorre uma deficiência reprodutiva 
 Bovinos perdas relacionados aos abortos, 
infertilidade etc. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 37 
 
 
Mormo 
 Causada pela bactéria Burkholderia mallei, é 
uma doença infectocontagiosas dos equídeos 
(cavalos, mulas e asnos), porém, pode ser 
encontrada em outros animais como cães, 
gatos e humanos. 
TRANSMISSÃO: 
 Contato com fluídos corporais dos animais 
doentes, como: pus; urina; secreção nasal, 
fezes 
AGENTE PODE PENETRAR NO ORGANISMO: 
 Pela via digestiva 
 Respiratória 
 Genital ou cutânea (através de alguma lesão) 
alcançando a circulação sanguínea, indo 
alojar-se em alguns órgãos, em especial, nos 
pulmões e fígado. 
FORMA AGUDA: 
 Mais comum nos asininos e muares 
 Febre 
 Prostração 
 Fraqueza 
 Anorexia 
FORMA CRÔNICA: 
 Mais comum em equinos 
 Na pele 
 Fossa nasais 
 Laringe 
 Traqueia 
 Pulmões 
DIAGNÓSTICO: 
 Fixação de Complemento (FC) 
 Falso-negativo 
 ELISA (ensaio de imunoabsorção enzimática) 
 Melhor sensibilidade e especificidade 
 Praticidade 
 Notificação: imediata obrigatória 
TRATAMENTO: 
 Atualmente, não há nenhuma vacina animal ou 
humana eficaz contra a infecção da B. mallei. 
A TRANSMISSÃO EM HUMANOS 
 Feridas arredondadas de aproximadamente 1 
cm na pele ou nas mucosas 
 Secreção nasal com pus 
 Gânglios linfáticos doloridos, ínguas 
 Sinais gastrointestinais como diarreia forte 
CONTROLE: 
 
 
 
 
Liliane Gomes 38 
 
 
 Isolamento da área contendo animais doentes 
 Desinfecção das instalações e todo o material 
que entrou em contato com os doentes 
 Sacrifício destes animais positivos 
 Bloqueio e suspensão do trânsito animal da 
propriedade 
 Cremação dos cadáveres no próprio local 
PREVENÇÃO: 
 Envolve a identificação e eutanásia do animal 
infectado. 
PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO: 
 Estabelece que as amostras para a realização 
do exame de AIE devem ser colhidas somente 
por Médicos Veterinários, devidamente 
inscritos no conselho de classe e deve estar 
habilitado pela Secretaria de Agricultura da sua 
UF e seu nome constar na lista oficial do 
MAPA. 
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: 
 Animais infectados devem ser abatidos 
(eutanásia) e determina a interdição de 
propriedades com focos comprovados da 
doença. 
Raiva 
 Doença infecciosa viral aguda, que acomete 
mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-
se como uma encefalite progressiva e aguda 
com letalidade de aproximadamente 100%. 
 Doença infecciosa aguda caracterizada por um 
quadro neurológico que evolui para óbito em 
poucos dias; 
 É causada pelo Vírus do gênero Lyssavirus, da 
família Rabhdoviridae, cães, gatos, morcego, 
equinos, bovinos, animais silvestres, morcegos 
e humanos. 
CICLO DE TRANSMISSÃO: 
CICLO URBANO: 
 Cães e gatos 
CICLO AÉREO: 
 Morcego 
CICLO SILVESTRE: 
 Macaco, cachorro-do-mato, raposa, mão 
pelada, guaxinim, lobo, gato do mato, gambá 
CICLO RURAL: 
 Animais de produção (bovino e equino) 
 Letalidade aproximadamente 100% 
 
 
 
 
Liliane Gomes 39 
 
 
 
INATIVAÇÃO DO VÍRUS: 
 Radiação 
 Agentes químicos: detergentes e sabões, éter, 
acetona, álcool, componentes iodados, formol 
 pH <3 e >11 
 Resiste 35s a 60°C, 4h a 40°C e vários dias a 
4°C 
TRANSMISSÃO: 
 Mordedura, lambedura ou arranhadura 
 Via respiratória 
 Zoofilia 
 Inter-humana 
 Transplante de órgãos 
 Via transplacentária e transmamária 
 Ingestão de carne, leite e outros derivados 
 Manipulação de carcaças. 
PORTA DE SAÍDA: 
 Cães e gatos: eliminação do vírus ocorre pela 
saliva de 2 a 5 dias antes do aparecimento dos 
sinais clínicos, persistindo durante toda a 
evolução da doença 
 Morte do animal: 5 a 7 dias após a 
apresentação dos sintomas. 
SINTOMAS NOS ANIMAIS 
 Inquietude, prurido no local da inoculação do 
vírus, tendência a atacar objetos, pessoas e 
animais. 
 Alterações da tonalidade do latido e dificuldade 
para engolir. 
FORMA FURIOSA 
 (caninos e felinos principalmente): inquietude, 
salivação, prurido (coceira) no local da 
inoculação do vírus, fotofobia, hidrofobia, 
dificuldade de deglutição, tendência a atacar 
objetos, pessoas e animais e alteração da 
tonalidade do latido e dificuldade para engolir; 
FORMA PARALITICA 
 (bovinos, equinos principalmente): debilidade 
dos membros pélvicos, salivação, dificuldade 
de deglutição, hiper estimulação (dilatação da 
pupila). 
QUAIS SÃO OS SINTOMAS NOS SERES 
HUMANOS? 
 Hiperestesia, paralisia muscular, 
hipersensibilidade aos estímulos sensoriais, 
 
 
 
 
Liliane Gomes 40 
 
 
miofasciculações e dificuldade de coordenação 
motora, voluntaria ou involuntária. 
 Pequeno aumento de temperatura 
 Anorexia 
 Cefaleia 
 Náuseas 
 Dor de garganta 
 Entorpecimento 
 Irritabilidade 
 Inquietude 
 Sensação de angústia 
 Linfadenopatia 
 Hiperestesia 
 Parestesia 
FORMAS DE TRANSMISSÃO PRINCIPAIS: 
 Mordedura, arranhadura e lambedura. 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: 
RAIVA HUMANA: 
 Dias até 2 anos, média de 60 dias; 
CÃO: 
 Média de 21 dias a 2 meses, podendo ser de 
10 dias a 8 meses. 
PERÍODO DE TRANSMISSIBILIDADE: 
 Período antes da presença dos sintomas, em 
que o animal está transmitindo a doença. 
CÃO E GATO: 
 3 a 5 dias antes do início dos sintomas e 
persiste por toda a evolução da doença; 
MORCEGOS 
 Podem transmitir por meses sem apresentar 
sintomas. 
SINTOMAS: 
 Dificuldade para engolir 
 Salivação abundante 
 Mudança de comportamento 
 Mudança de hábitos alimentares 
 Mudança de hábitos 
 Paralisia das patas traseiras 
DIAGNÓSTICO: 
 Teste de Imunofluorescência Direta 
 Teste de Inoculação em Camundongos 
 Técnica histológica (coloração de Sellers 
 Notificação: individual, compulsória e imediata 
DIAGNÓSTICO: (RAIVA HUMANA) 
 Impressão da córnea, raspado de mucosa 
lingual, tecido bulbar de folículos pilosos e 
biopsia de pele da nuca, IF – IGM (soro, 
secreção lacrimal ou salivar). 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Encefalites e menigoencefalites, quadros psiquiátricos, 
tétano, febre por arranhadura do gato, botulismo e com 
acidentes pós-vacinais e anamnese. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 41 
 
 
TRATAMENTO: 
 Não há tratamento e a doença é 
invariavelmente fatal, uma vez iniciados os 
sinais clínicos. 
 Somente para o ser humano, as vacinas 
antirrábicas são indicadas para tratamento pós-
exposição. 
 Não há tratamento específico. 
 Tratamento sintomático: reidratação, sedação 
 Isolamento rigoroso para a proteção do 
paciente 
 Profilaxia da raiva humana (pré ou pós-
exposicional). 
CONTROLE: 
 A imunização dos animais susceptíveis 
 Controle de população Captura de morcegos 
hematófagos 
 Controle de herbívoros 
PREVENÇÃO: 
 Vacinação continua 
 Educação sanitária e divulgação das ações 
preventivas 
VACINA ANTIRRÁBICA HUMANA: 
 5 doses nos dias 0, 3, 7, 14 e 28, podendo ou 
não ser necessário o uso do soro antirrábico. 
CONDUTA EM CASO DE POSSÍVEL EXPOSIÇÃO 
AO VÍRUS DA RAIVA: 
 Limpeza do ferimento com água e sabão; se o 
animal for conhecido, observar por 10 dias o 
comportamento do animal, se adoecer/morrer, 
administrar o soro e a vacina (4 doses de 
vacina nos dias 0, 3, 7, 14 e 28 + soro) no 
humano; se o animal for desconhecido, iniciar 
o tratamento no humano imediatamente 
PERDAS ECONÔMICAS: 
 Perdas animais diretas e indiretas na pecuária 
por ataques 
PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO: 
 Promover a saúde dos animais, 
 Apto a estabelecer tratamentos e fazer controle 
eficaz dessas zoonoses que são transmitidas 
tanto ao homem quantonos animais. 
CADEIA EPIDEMIOLÓGICA DA RAIVA 
 
 
 
 
Liliane Gomes 42 
 
 
 
Toxoplasmose 
IMPORTÂNCIA: 
 Talvez seja a zoonose de maior prevalência em 
todo o mundo; 
 Possibilidade de transmissão congênita; 
 Infecção oportunista grave, em indivíduos 
imunocomprometidos. 
ETIOLOGIA: 
 Protozoário. 
 Gênero: Toxoplasma 
 Espécie: T. gondii; 
POSSUI 3 FORMAS PRINCIPAIS DE 
APRESENTAÇÃO: 
 Taquizoítos– forma de multiplicação rápida; 
 Bradizoítos – forma e n cista da nos tecidos 
dos HIs e dos HDs; 
 Esporozoítos – encontrados no interior de 
oocistos esporulados. Forma de 
contaminação ambiental pelos HDs. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 43 
 
 
 
GRUPOS DE RISCO: 
 Donas de casa; 
 Cozinheiras; 
 Lavradores (hortaliças); 
 Jardineiros; 
 Inspetores de carne (9 2% e m e s tudo em 
BH); 
 Gestantes não imunes; 
 Pessoas imunossuprimidas. 
TRANSMISSÃO: 
 Carnes e derivados (30 a 63 % dos caso s ); 
hortaliças e frutas ; água contaminada; mãos 
contaminadas por oocistos; leite não 
pasteurizado de cabra ; ovos contaminados; 
terra contaminada por fezes de gato. 
CICLO: 
 
 O ciclo inicia -se pela ingestão de cistos 
presentes em algum tipo de carne pelos 
felídeos. A parede do cisto é dissolvida por 
enzimas do estômago e intestino delgado, o 
parasita é liberado do cisto , penetra nos 
enterócitos do animal e replica-se as 
sexuadamente dando origem a várias 
gerações de Toxoplasma (taquizoítos) através 
da reprodução assexuada; 
 Após cinco dias dessa infecção, inicia- se o 
processo de reprodução sexuada, em que os 
merozoítos formados na reprodução 
assexuada dão origem aos gametas. Os 
gametas masculinos (microgametas) e 
femininos (macrogametas), descendentes do 
mesmo parasita ou de dois diferentes, fundem 
-s e d ando origem ao ovo ou zigoto, que após 
segregara parede cística dá origem a o oocisto; 
 
 
 
 
Liliane Gomes 44 
 
 
 O oocisto é expulso com as fezes dos animais 
após nove d ias (c ad a gato infectado, expulsa 
mais de 500 milhões de oocistos em cada 
defecação); 
 Já no exterior, o oocisto sofre divisão meiótica 
(esporulação) após 1 a 5 dias dependendo da 
temperatura e disponibilidade de oxigênio, 
formando -se dois esporocistos cada um com 
quatro esporozoítos. Uma forma altamente 
resistente a desinfetante pode durar cinco 
anos em condições úmidas. Estes são 
ativados em taquizoítos se forem ingeridos por 
outro animal; 
 Os taquizoítos podem se infectar e replicar em 
todas as células dos mamíferos, exceto nas 
hemácias. Uma vez ligados a uma célula 
do hospedeiro, o parasita penetra na célula 
e forma um vacúolo parasitóforo, dentro do 
qual se divide. A replicação do parasita 
continua até que seu número no interior da 
célula atinja uma massa crítica que provoca a 
ruptura da célula, liberando parasitas que irão 
infectar outras células adjacentes; 
 Algumas dessas formas produzem cistos, 
contendo muitos bradizoítos, ocorrendo em 
vários órgãos do hospedeiro, mas persistem no 
SNC e nos músculos s. A formação de cistos é 
uma forma de evasão ao sistema imunológico 
do hospedeiro. Se o animal for caçado e 
devorado por um felídeo, os cistos libertam os 
parasitas dentro do seu intestino, infectando o 
novo hóspede definitivo. 
PATOGENIA: 
 
MANIFESTAÇÕES C LÍNICAS: 
 Provavelmente são originadas pela destruição 
das células (focos de necrose). 
 Hospedeiros imunocompetentes – o 
protozoário pode permanecer nesses cistos 
indefinidamente, sem causar sintomatologia. 
 O gato elimina cerca de 1 0 0.000 oocisto s/g 
de fezes ou mais. 
 Os oocistos são excretados por 1 ou 2 
semanas, mas podem permanecer viáveis por 
até 2 anos no meio ambiente. 
 Os gatos não voltam a excretar oocistos 
quando reinfectados, enquanto mantiverem a 
imunidade 
CLÍNICA : 
NO S PEQUENOS ANIMAIS: 
 
 
 
 
Liliane Gomes 45 
 
 
 Gravidade e as manifestações clínicas – 
dependem das condições imunológicas do 
animal, da virulência da cepa do T.gondiie do 
momento da infecção. 
 Infecções adquiridas após o nascimento 
em hospedeiros imunocompetentes levam a 
uma infecção assintomática 
 Infecções congênitas o u em hospedeiros 
imunocomprometidos levam a formas mais 
graves, eventualmente fatais. 
 Nos gatos, podem ocorrer manifestações 
clínicas intestinais, neurológicas e oftálmicas. 
TOXOPLASMOSE HUMANA : 
 Infecção adquirida após o nascimento : 
INFECÇÃO LATENTE 
 Imunocompetentes, s / sintomatologia. 
FORMA OFTÁLMIC A 
 Uveíte /coriorretinite (eventual/estrabismo, 
nistagmo e microftalmia) – podendo levar à 
cegueira. 
FORMA GANGLION AR 
 febre , prostração e adenopatia cervical. 
FORMA NEUROLÓGICA 
 Meningoencefalite grave – 
(imunocomprometidos) 
INFECÇÃO CONGÊNITA: 
 Ocorre quando a mulher tem a primo 
infecção durante a gestação. 
 Estim a -se que em 8 de c ada 1 . 00 0 
gestações o corra a primo infecção por 
T.gondii. 
 Quanto mais adiantada a gestação , maiores 
as taxas de infecção, mas menos grave o 
comprometimento fe tal. 
 13ª semana – risco de 15% de transmissão 
para o feto. 
 26ª semana – risco d e 44% de transmissão 
para o feto . 
 36ª semana – risco de 70% ou mais de 
transmissão para o feto. 
EFEITOS: 
 1º trimestre: aborto ou síndrome d e Sabin; 
 2º trimestre: Síndrome ou Tétrade de Sabin; 
 Coriorretinite: 90% dos casos ; 
 Calcificação cerebral: 69% dos casos; 
 Perturbação neural: 60 % dos casos; 
 Micro ou macrocefalia: 50% dos casos ; 
 3º trimestre : nascimento normal, mas com 
comprometimento ganglionar, 
hepatoesplenomegalia, anemia, miocardite ou 
problemas visuais. 
 OBS: a criança pode nascer normal, mas, 
posteriormente, desenvolver problemas mais 
graves (retardo mental, problemas visuais, 
crises convulsivas etc .). 
 
 
 
 
Liliane Gomes 46 
 
 
DIA G NÓ STIC O: 
CLÍNICO -EPIDEMIOLÓGICO: 
 Suspeita clínica é mais fácil em indivíduos 
imunocomprometidos e na toxoplasmose 
congênita. 
 Nos demais pacientes, a sintomatologia 
tende a se r inespecífica. 
 Todo paciente com coriorretinite e/o u 
linfadenopatia cervical deve ser submetido à 
sorologia para toxoplasmose ! 
LABORATORIAL: 
VISUALIZAÇÃO DIRETA : 
 Fezes de felinos (durante a fase de 
eliminação de oocistos) – alta especificidade, 
mas baixa sensibilidade) ; 
 Exsudato (ex: secreção ocular), líquor, sangue 
(fase aguda) – Taquizoítos; 
 Coloração pelo G IEMSA . 
SOROLOGIA 
 Detecção d e IgM, IgG e IgA: 
 IgM/IgA - indicam infecção aguda ; 
 IgG – indica infecção p assada; 
TÉCNICAS: 
 ELISA – detecta IgM e IgA (infecções 
agudas). 
 RIFI – detecta infecção recente (8 – 1 0 d ias), 
IgM, IgG e taquizoítos. 
 HAI – detecta IgG (infecção tardia), longa 
duração (inquéritos sorológicos ). 
 IDR - Prova de toxoplasmina (inquéritos) 
 PCR – utilizada para detecção d e 
toxoplasmose e m recém - nascidos ou 
imunossuprimidos com sorologia negativa. 
TRATAMENTO : 
TOXOPLASMOSE ANIMAL: 
 Clindamicina :1 2 m g/k g/ 2 x /dia/4 semanas, 
ou sulfa-trimetropim: 1 5 m g/k g/ 2 x /dia/4 
semanas. 
TRATAM E N TO SISTÊM ICO : 
 Sulfonamidas, pirimetamina, clindamicina. 
 Clindamicina: droga de escolha para o 
tratamento de fêmeas prenhes. 
 Clindamicina não atinge concentração 
terapêutica no SNC. 
PREVENÇÃ O E CONTRO LE: 
 Imunoprofilaxia: 
 Toxovax (ovelha s) – feita com taquizoítos 
de cepa acistogênica . Eficiência de 80% 
(fetos livres de infecção ) 
 Não existe vacina para uso humano; 
 Usar luvas e pazinha para a coleta das fezes 
dos gatos e limpeza das caixas de areia; 
 
 
 
 
Liliane Gomes 47 
 
 
 Manter a higiene diária das caixas de areia,lavando a caixa d e areia com água fervente; 
Tuberculose 
 Doença crônica causada por bactérias do 
gênero Mycobacterium que acomete 
ruminantes, suínos, aves, animais silvestres e 
humanos. 
FONTE DE INFECÇÃO: 
 Animais infectados 
VIAS DE ELIMINAÇÃO: 
 Ar expirado 
 Leite 
 Sêmen 
 Fezes 
 Urina 
 Fluidos corporais 
SINTOMAS: 
 Nódulos na região do pescoço 
 Febre 
 Emagrecimento 
 Dificuldade respiratória. 
 Tosse 
 Corrimento nasal. 
ALTERAÇÕES CLÍNICAS: 
 Evolução crônica 
 Lesões de aspecto granulomatoso 
DIAGNÓSTICO: 
 Teste da Prega Caudal – TPC *Teste Cervical 
Comparativo TCC de tuberculose 
ANIMAIS TESTADOS PELO MÉTODO 
INDIRETO: 
 Fêmeas com idade igual ou superior a 
vinte e quatro meses, se vacinadas com 
B19. Fêmeas com idade igual ou superior 
a oito meses, se vacinadas com RB51 ou 
não vacinadas. Machos com idade igual 
ou superior a oito meses, destinados a 
reprodução. 
TESTES CONFIRMATÓRIOS: 
 Fixação de complemento (FC) 
 Realizado por laboratório oficial 
credenciado 
 
 
 
 
Liliane Gomes 48 
 
 
 Utilizado para o trânsito internacional de 
animais OIE 
 Utilizado para teste de animais reagentes 
ao teste do AAT ou de animais que 
apresentaram resultado inconclusivo ao 
teste do 2ME 
TESTES DE TRIAGEM: 
 Teste do anel do leite 
 Utilizado pelo serviço de defesa oficial ou 
veterinário habilitado, para 
monitoramento de estabelecimentos de 
criação certificados como livre de 
brucelose 
TESTE QUALITATIVO 
REAGENTE: 
 formação de anel azulado na camada de 
creme do leite, os animais do 
estabelecimento positivo deverão ser 
submetidos a testes sorológicos 
individuais. 
DIAGNÓSTICO DE TUBERCULOSE 
MÉTODO INDIRETO: 
 Alérgico-cutâneo e técnica de referência 
pela OIE (Imunidade celular, realizado em 
animais com idade igual ou superior a 6 
semanas) 
MÉTODO DIRETO: 
 Crescimento lento e meios específicos 
MÉTODO INDIRETO: 
 Tuberculinização, - Tuberculinas PPD 
bovina e aviária, produzidas e controladas 
de acordo com normas estabelecidas pelo 
Departamento de Defesa Animal 
 Fornecidas somente a médicos 
veterinários habilitados e a instituições de 
ensino ou pesquisa 
 Uma vez aberto um frasco de tuberculina 
seu conteúdo deve ser utilizado num 
único dia 
TESTE DE TRIAGEM: 
 Teste da prega de cauda (TPC), somente 
em pecuária de corte e não é válida para 
animais destinados a produção. Inocular 
0,1 ML de PPD bovino de 6 a cada 10 cm 
da base da cauda de um mesmo lado em 
todos os animais (leitura após 72 hrs) 
TESTE DE TRIAGEM: 
 Teste cervical simples (TCS), prático, 
destinado a rebanhos de corte e leiteiros, 
 
 
 
 
Liliane Gomes 49 
 
 
fazendo a tricotomia e a leitura da dobra 
da pele com cutímetro 
 Animais positivos: Notificação imediata da 
defesa agropecuária local (24h), fazendo a 
interdição da propriedade, deverão ser 
isolados de todo o rebanho e afastados da 
produção e sendo sacrificado no máximo 
em 30 dias após o diagnóstico 
confirmatório 
 Faz uma marcação de ferro no lado direito 
da cara com um P, contido num círculo de 
8 cm de diâmetro 
TESTE POSITIVOS: 
 Deverão ser destinados ao abate sanitário ou à 
eutanásia. 
ANIMAIS REAGENTES- IN 10/2017: 
 Marcação 
 Separação 
 Ferro candente 
 Nitrogênio líquido 
 Marcar com a letra P do lado direito da cara 
RETESTE: 
 Para animais que tiveram o diagnóstico 
negativo 15 dias antes ou depois do parto ou 
aborto (30 a 60d) 
 Notificação: Médico veterinário habilitado 
deverá notificar resultados positivos e 
inconclusivos em até 1 dia útil. 
ESTABELECIMENTO DE CRIAÇÃO 
ESPECIALIZADO EM REBANHO DE CORTE: 
 Realizar um teste para diagnóstico de 
tuberculose nas fêmeas acima de vinte e 
quatro meses e machos reprodutores no prazo 
de até noventa dias do abate sanitário ou 
eutanásia do(s) positivo(s); 
PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E 
ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E DA 
TUBERCULOSE ANIMAL 
 Instituído pelo MAPA em 2001, afim de reduzir 
a prevalência e a incidência de novos focos de 
brucelose e tuberculose, visando erradicação. 
É baseado na classificação das UF’s quanto ao 
grau de risco, e na definição de procedimentos 
de defesa sanitária animal a serem adotados 
de acordo com essa classe. 
 
 
 
 
Liliane Gomes 50 
 
 
 
MEDIDAS COMPULSORIAS: 
 Vacinação das bezerras contra a brucelose, 
sacrifício de animais positivos para brucelose e 
tuberculose. 
MEDIDAS VOLUNTÁRIAS: 
 Certificação de propriedades livres, 
obrigatórias para granjas leiteiras do tipo 
A. 
ATUAÇÃO COMO PROFISSIONAL 
CADASTRADO (CDA): 
 É o responsável pela vacinação para 
brucelose, compra efetuada mediante a 
apresentação da receita, emissão do 
atestado de vacinação, cadastro no seu 
estado de atuação. 
ATUAÇÃO COMO HABILITADO (MAPA): 
 Realização de testes diagnósticos e 
supervisão técnica pela certificação de 
propriedades livres, curso de treinamento 
de diagnóstico reconhecido pelo 
ministério – 40h. 
VACINAÇÃO: 
 Não existe vacina para a tuberculose. 
Vacinação massal para fêmeas para 
Brucelose em dose única de 3 e 8 meses. 
Exclui-se da obrigatoriedade da vacinação 
estados classificados como A. É permitido 
ao produtor a vacinação de fêmeas 
bovinas com idade superior a oito meses 
utilizando-se apenas a RB51. 
 Marcação das fêmeas vacinadas é 
OBRIGATÓRIA, sendo no lado 
esquerdo da cara 
VACINA B19 
 Vacina atenuada: B. abortus lisa. Produz 
AC atenuantes, obrigatórias para bezerras 
e bubalinas entre 3-8 meses 
(PROIBIDAVACINAÇÃO ENTRE FEMEAS 
ADULTAS NO BR), não é recomendada 
para machos (causa orquite) e femeas 
prenhes abortam. 
VACINA RB51 
 
 
 
 
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 Vacina atenuada: B. abortus rugosa (mais 
cara), empregada para vacinação de 
bezerras entre 3-8 meses, possui os 
mesmos riscos que a da B19 
SINTOMAS EM HUMANOS: 
 Tosse crônica 
 Febre ligeira e sudorese noturna 
 Dor torácica e dispneia 
 Hemoptise 
 Perda de peso (caquexia) 
 Reinfecção. 
CONTROLE: 
 Diagnóstico 
 Descarte de animais positivos 
 Desinfecção do ambiente 
PREVENÇÃO: 
 Realizar periodicamente exames de 
tuberculização. 
 Fazer sacrifício dos animais doentes. 
 Fornece destino adequado de dejetos animais. 
 Somente comprar animais com atestado 
negativo para tuberculose, realizado por 
médico veterinário. 
IMPORTÂNCIA ECONÔMICA: 
 Morte de animais 
 Queda no ganho de peso; 
 Diminuição na produção de leite; 
 Descarte precoce; 
 Eliminação de animais de alto valor zootécnico; 
 Condenação de carcaças; 
 Perda de credibilidade da unidade de criação. 
PAPEL DO MÉDICO VETERINÁRIO: 
 Responsável por indicar medidas de 
biossegurança e realizar os testes nos animais, 
outro campo de atuação importante é a 
inspeção sanitária de produtos de origem 
animal.

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