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Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 1 Nervo Trigêmeo INTRODUÇÃO • O nervo trigêmeo é o V par craniano • Principal responsável pela inervação sensitiva da face • Parte do vértex do crânio (ponto mais superior do crânio) até o tragos (cartilagem da parte anterior do meato – orelha) e mento, ao traçarmos uma linha imaginária, pegando esses três pontos, demarca-se a área de inervação aproximada do trigêmeo • Além de ser responsável pela inervação sensitiva, ele também é motor para os músculos com origem a partir do primeiro arco faríngeo (músculos da mastigação, tensor do véu palatino, tensor do tímpano, ventre anterior do digástrico e músculo milo-hióideo) • NÃO POSSUI FIBRAS PARASSIMPÁTICAS NEM SIMPÁTICAS, mas alguns de seus ramos vão carrear fibras parassimpáticas de outros pares de nervos cranianos • Os núcleos do nervo trigêmeo estão localizados na COLUNA AFERENTE SOMÁTICA GERAL que são as informações exteroceptivos (dor, tato, temperatura e pressão) • Sua eferência é motora para músculo estriado esquelético EFERÊNCIA VISCERAL ESPECIAL, que é diferente da eferência visceral geral que é o simpático e parassimpático (SNA) • LEMBRANDO: o parassimpático é craniossacral e simpático e toracolombar OBS.: os pares de nervos cranianos que possuem fibras parassimpáticas são: oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago • As raízes do trigêmeo aparecem na fossa posterior do crânio, emerge na ponte, caminha pela fossa posterior do crânio, sendo a sensitiva é a maior raiz, já a raiz motora se coloca inferior a sensitiva. Então temos uma raiz motora pequena e uma raiz sensitiva bastante volumosa. • Essas duas raízes passam superior a margem superior da parte petrosa do temporal e se coloca sobre a impressão trigeminal, onde a raízes sensitiva se dilata formando o GÂNGLIO TRIGEMINAL • GÂNGLIO TRIGEMINAL: é um gânglio sensitivo, logo teremos em sua constituição anatômica NEURÔNIOS PSEUDOUNIPOLAR, não tem sinapse nesse gânglio (essa é uma diferença entre um gânglio sensitivo e um gânglio motor). Os prolongamentos centrais desses neurônios formam a raiz e os prolongamentos periféricos vão dar origem aos três ramos que formam o nervo trigêmeo, oftálmico, maxilar e mandibular. TRAJETO DO TRIGÊMEO 1. Emerge da ponte 2. Passa pela fossa posterior do crânio 3. Cruza a margem superior da parte petrosa 4. E se coloca sobre a impressão trigeminal 5. Na impressão trigeminal a raiz sensitiva forma o gânglio trigeminal 6. Do gânglio, os prolongamentos periféricos vão partir em três divisões: oftálmico, maxilar e mandibular, que são os três nervos que formam e dão o nome ao trigêmeo Já na parede lateral do seio cavernoso vamos ter o nervo oftálmico, o nervo maxilar e na parte posterior, SEM RELAÇÃO COM O SEIO CAVERNOSO, o nervo mandibular. Esses nervos vão se distribuir para a face e a gente consegue mapear na face quais são os territórios de inervação de cada um desses ramos do trigêmeo. RAIZ SENSITIVA • Pele da face e fronte até uma parte do couro cabeludo • Conjuntiva • Cavidade oral, nasal e seios paranasais • Dentes • 2\3 anteriores da língua • Maior parte da dura-máter craniana (pois uma parte dela vai ser inervada por ramos cervicais, de origem espinhal RAIZ MOTORA • Músculos da mastigação (pterigóideo medial, lateral, masseter) • Tensor do véu palatino e tensor do tímpano • Ventre anterior do digástrico e músculo milo- hióideo NERVO OFTÁLMICO ❖ Terço superior da face e couro cabeludo ❖ ORIGEM CRANIANA: forame supraorbital NERVO MAXILAR ❖ Terço médio e uma parte da região temporal ❖ ORIGEM CRANIANA: forame infraorbital Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 2 NERVO MANDIBULAR ❖ Terço inferior da face e o restante da fossa temporal ❖ ORIGEM CRANIANA: forame mentual Esses forames são pontos de anestesia na face ORIGEM REAL A origem real de um nervo é onde está o corpo do neurônio • EFERÊNCIA VISCERAL ESPECIAL (motor): os corpos de neurônios motores estão localizados no núcleo do motor do trigêmeo (se fossemos fazer uma analogia, ela corresponde a coluna anterior da medula espinhal) • AFERÊNCIA SOMÁTICA GERAL (sensitivo): os corpos dos neurônios estão localizados no gânglio trigeminal na impressão trigeminal na parede lateral do seio cavernoso. Do gânglio trigeminal saem fibras periféricas formando os nervos e fibras centrais que entram no SNC, quando elas entram no SNC fazem SINAPSES NOS NÚCLEOS SENSITIVOS DO TRIGÊMEO CONEXÕES AFERENTES DO TRIGÊMEO São os 3 núcleos sensitivos do trigêmeo: • NÚCLEO MESENCEFÁLICO DO TRIGÊMEO: propriocepção (pedra no arroz: quando estamos comendo arroz e encontramos uma pedra, o reflexo é parar de mastigar e abrir a boca, esse reflexo é dado pela propriocepção dos músculos da mastigação, ATM e ligamento periodontal) • NÚCLEO SENSITIVO PRINCIPAL DO TRIGÊMEO: tato epicrítico (mais detalhado, principalmente nas pontas dos dedos e nos lábios. Podemos palpar uma superfície e saber se ela é rugosa ou lisa, ou seja, é possível descrevê-la sem olhar para ela), tato protopático (geral, é por ele que sabemos que estamos vestidos e calçados) e pressão • NÚCLEO ESPINAL DO TRIGÊMEO: temperatura e dor, tato protopático e pressão OBS.: trato protopático e pressão são características que chegam nos dois núcleos ao mesmo tempo. Então, quando fazemos uma pressão na face, essa pressão pode ir tanto para o sensitivo principal quanto para o espinal do trigêmeo. As fibras se bifurcam, para um núcleo e para outro. De forma que se tivermos um paciente com lesão no núcleo sensitivo principal do trigêmeo, ele vai perder o tato epicrítico, mas não perde o tato protopático e a pressão. Caso o paciente tenha uma lesão no núcleo espinal do trigêmeo, ele perde as características de temperatura e dor, mas o tato fica preservado. Portanto, existem prolongamentos centrais que vão levar propriocepção, que vão levar tato epicrítico e que vão levar dor, cada uma delas vão terminar em regiões diferentes do tronco encefálico. ORIGEM APARENTE A origem aparente é por onde um nervo emerge do SNC, no caso do trigêmeo, ele emerge entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio (estrutura que vai em direção ao cerebelo). Pedúnculo vem de pé\de fixação, cerebelar do cerebelo e médio pois são três, superior, médio e inferior. GÂNGLIO TRIGEMINAL • Possui formato de meia lua em sua macroscopia • Localiza-se na impressão trigeminal • Recebe um revestimento de dura-máter formando o CAVO TRIGEMINAL • NA PRÁTICA: parece que existe uma abertura no crânio no local onde o trigêmeo entra, mas a abertura não é no crânio, é na dura-máter É IMPORTANTE LEMBRAR: • Das relações anatômicas dessa região do seio cavernoso: o nervo oftálmico e o nervo maxilar estão na parede do seio cavernoso, junto com o oculomotor e o troclear. O nervo mandibular já não tem essa relação, pois ele vai para a fossa infratemporal através do forame oval. O nervo abducente é o único que está localizado dentro do seio cavernoso. Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 3 Na imagem abaixo o gânglio trigeminal foi abaixado\afastado para observamos o que tem medialmente a ele: OBS.: MORFOLOGIA DA ARTÉRIA CARÓTIDA INTERNA: ela sai do canal óptico, tem trajeto ascendente ao lado do corpo do esfenóide, vai para anterior, quando chega medial ao processo clinóide anterior ela se curva posteriormente fazendo um “S” que é o sifão carotídeo, nesse ponta ela dá a artéria oftálmica que entra junto com o nervo óptico pelo canal óptico. RELAÇÃO DO TRIGÊMEO COM A ARTÉRIA CEREBELAR SUPERIOR Dentro da fossa posterior do crânio, o nervo trigêmeo ele pode ter algumas relações vasculares por umas variações anatômicas, principalmentecom a artéria cerebelar superior (pode ser com a inferior também, mas é a superior) IMPORTÂNCIA DESSA CLÍNICA DESSA RELAÇÃO Às vezes a cerebelar superior forma uma alça ou um looping que apoia na raiz sensitiva do nervo, o que pode gerar uma compressão vascular do nervo trigêmeo, e isso é uma das principais etologias do que chamamos de NERVRAUGIA OU NEURAUGIA DO TRIGÊMEO. Nessa alteração, o paciente relata dores como se fossem facadas\espetadas\choques no território de inervação do trigêmeo. É uma dor absurda que já foi chamada de DOR DO SUICÍDIO, pois antigamente não se tinham os recursos que se tem hoje e devido as fortes dores frequentes, o intervalo da dor é curto, mas a frequência ao longo do dia por várias vezes, as pessoas se suicidavam. É a dor mais grave, depois das dores terminais que levam a morte. RAMOS DO NERVO TRIGÊMEO NERVO OFTÁLMICO (V1) ➢ Inervação sensitiva do conteúdo da órbita, incluindo uma parte da fronte e couro cabeludo. ➢ Origem do GÂNGLIO TRIGEMINAL ➢ Exclusivamente SENSITIVO ➢ Suas fibras sensitivas vão em direção a FISSURA ORBITAL SUPERIOR ➢ Antes de atravessar a fissura, o nervo oftálmico já se divide nos seus 4 RAMOS: RAMO TENTORIAL (MENÍNGEO), NERVO LACRIMAL, NERVO FRONTAL E NERVO NASOCILIAR RAMOS 1. RAMO TENTORIAL (MENÍNGEO) • Vai para o Tentório do Cerebelo • Ramo recorrente, não identificável na prática, mas existe! Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 4 OBS.: OS TRÊS NERVOS QUE TEM ORIGEM DO TRIGÊMEO (OFTÁLMICO, MAXILAR E MANDIBULAR) TEM RAMOS MENÍNGEOS QUE VÃO INERVAR A DURA-MÁTER. A maior parte das cefaleias\dores de cabeça são relacionadas a dores na dura-máter captadas por esses ramos 2. NERVO LACRIMAL • Atravessa a FISSURA ORBITAL SUPERIOR e se coloca na parte lateral da órbita superior ao RETO LATERAL em direção a glândula lacrimal • Ao chegar na glândula, ele vai inervar a glândula (ramos glandulares) e depois uma parte desse nervo lacrimal chega até a pálpebra superior e a inerva • A inervação na glândula é relacionada a dor -RESPONSÁVEL PELA INERVAÇÃO DA GLÂNDULA LACRIMAL E DA PARTE LATERAL DA PÁLPEBRA SUPERIOR OBS.: RAMO COMUNICANTE DO LACRIMAL COM O ZIGOMÁTICO Essa parte é muito difícil de entender, volte no áudio a partir dos 30 minutos! Fossa pterigopalatina, canal pterigóide, o que passa nele nervo e artéria do canal pterigóideo, o nervo é formado por fibras simpáticas e parassimpáticas, as fibras parassimpáticas que vem do nervo do canal pterigóideo são fibras do nervo petroso maior. Esse nervo é um ramo do facial, então quem faz a secreção da glândula lacrimal é o nervo facial. O nervo facial tem fibras pré-ganglionares que vão chegar ao gânglio pterigopalatino localizado na fossa pterigopalatina. Essas fibras fazem sinapse no gânglio pterigopalatino, o gânglio entra no nervo zigomático através de ramos comunicantes, do nervo zigomático tem o ramo comunicante com o nervo lacrimal. Daqui essas fibras se dirigem a glândula lacrimal que vai fazer a secreção da lágrima. O paciente que tem lesão no nervo lacrimal antes da comunicação tem perda da sensibilidade, mas a secreção da glândula está preservada, agora se ele tem lesão após a comunicação aí ele perde sensibilidade e secreção. Então, a parte simpática não inerva o parênquima da glândula lacrimal, a lágrima é produzida ou não e quem faz isso é o parassimpático. 3. NERVO FRONTAL • É o mais volumoso, é o maior dos ramos do oftálmico • Também atravessa a FISSURA ORBITAL SUPERIOR por fora do cone dos retos e se coloca superiormente ao MÚSCULO LEVANTADOR DA PÁLPEBRA SUPERIOR • Logo que ele se coloca sobre esse músculo, ele vai se bifurcar em dois ramos: NERVO SUPRATROCLEAR: vai em direção ao medial do olho, passa superiormente a tróclea do músculo oblíquo superior, contorna a margem superior da órbita e vai para pele na região da glabela e da parte medial da pálpebra superior. Ainda ajuda a inervar um pouco da raiz do nariz. NERVO SUPRAORBITAL: ele é o tronco mais espesso\volumoso\calibroso e aí segue um trajeto anterior e vai passar pela incisura supraorbital ou forame supraorbital. Também se bifurca, de forma variável, em RAMO MEDIAL E LATERAL DO SUPRAORBITAL, podem passar em forames supraorbitais separados, em um só ou na incisura. Esses ramos contornam essa incisura ou forame e vão se distribuir pela fronte até a posição do vértex. Do vértex para frente: inervação do trigêmeo Do vértex para trás: inervação de nervos cervicais • Essa bifurcação é variável, pode acontecer em qualquer extensão do seu trajeto na órbita • O NERVO LACRIMAL E O NERVO FRONTAL penetram pela FISSURA ORBITAL SUPERIOR, por fora do cone dos retos e vão se distribuir em relação aos músculos do bulbo do olho. Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 5 4. NERVO NASOCILIAR • Possui um caminho um pouco mais complexo, pois ele é o único que tem ORIGEM NA FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO, entra na FISSURA ORBITAL SUPERIOR, mas agora por dentro do cone dos retos • Quando ele atravessa o cone dos retos, no anel tendíneo comum, ele coloca-se, primeiro, lateral ao nervo óptico • Depois ele cruza superiormente para a face medial do nervo • E aí se coloca na margem superior do MÚSCULO RETO MEDIAL, entre o reto medial e o oblíquo superior • PARA ACHAR O NASOCILIAR, PROCURA PRIMEIRO O NERVO QUE ESTÁ CRUZANDO O ÓPTICO, DEPOIS SE COLOCA NA MARGEM SUPERIOR DO RETO MEDIAL, ATRAVESSA O FORAME ETMOIDAL ANTERIOR, nesse ponto ele já é chamado de nervo etmoidal anterior, E SE COLOCA SOBRE A LÂMINA CRIVOSA DO ETMÓIDE, ENTRA NA LÂMINA CRIVOSA E SE DISTRIBUI PARA A CAVISDADE NASAL, aí já é chamado de ramos nasais • Ao longo do seu trajeto ele emite ramos: 1) RAMOS COMUNICANTES COM O GÂNGLIO CILIAR O gânglio ciliar recebe algumas fibras sensitivas sem fazer sinapse. Essas fibras sensitivas que são ramos comunicantes no nasociliar, são fibras que vão se distribuir para o bulbo do olho. As fibras que fazem sinapse no gânglio ciliar são de origem do oculomotor 2) NERVOS CILIARES LONGOS Sai direto do nasociliar. Essas fibras do ciliar longo também se dirigem para inervação do bulbo do olho\esclera (córnea). Passam algumas fibras simpáticas pelos ciliares longos 3) NERVO ETMOIDAL POSTERIOR Se dirige, principalmente, para as células etmoidais e seio esfenoidal 4) NERVO INFRATROCLEAR Passa inferior a tróclea e vai ao canto medial do olho fazer a inervação das pálpebras, principalmente pálpebra superior e inferior. OBS.: o supratroclear e o infratroclear se comunicam no canto medial para fazer inervação da pálpebra e raiz do nariz 5) NERVO ETMOIDAL ANTERIOR Começa na órbita, atravessa o forame etmoidal anterior, lâmina crivosa do etmoide e entra na cavidade nasal onde ele emerge e se distribui em: ➢ Ramos Nasais Internos: septo nasal e parede lateral do septo o Mediais: vão para o septo o Laterais: vão para a parede lateral ➢ Ramo Nasal Externo: passa entre o osso nasal e o processo lateral da cartilagem do septo, aí ele passa por essa abertura e vai pela pele do nariz OBSERVAÇÕES ✓ Os três ramos do oftálmico vão em direção a pálpebra. ✓ A relação com o gânglio nasociliar: está recolhendo sensibilidade, o corpo do neurônio está lá no gânglio trigeminal. Essa relação não é Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 6 funcional, mas sim anatômica. As fibras do nasociliar atravessam o gânglio nasociliar. ✓ No reflexo palpebral ou corneal, se trocarmos na córnea a gente pisca ou quando tem um cisco no olho, quem recebe essa informação é o ciliar longo e os ramos comunicantes NERVO MAXILAR (V2) ➢ Exclusivamente SENSITIVO, só tem fibras sensitivas na sua origem ➢ Origem na FOSSA MÉDIADO CRÂNIO ➢ Atravessa o FORAME REDONDO, chega na FOSSA PTERIGOPALATINA, depois caminha em direção a FISSURA ORBITAL INFERIOR, a partir desse ponto que ele atravessa a fissura ele passa a se chamar NERVO INFRAORBITAL, vai se colocar no SULCO, no CANAL e emerge pelo FORAME INFRAORBITAL FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO > FORAME REDONDO > FOSSA PTERIGOPALATINA > FISSURA ORBITAL INFERIOR > NERVO INFRAORBITAL > SULCO > CANAL > FORAME INFRAORBITAL ➢ Nesse trajeto a gente vai ver ramos na fossa média, na fossa pterigopalatina e no canal infraorbital ➢ A maioria dos ramos do nervo maxilar tem a mesma distribuição da terceira parte da artéria maxilar, mesmos nomes. RAMOS 1) RAMO NA FOSSA MÉDIA DO CRÂNIO (MENÍNGEO) • Não vamos ver na prática, mas é bom saber que ele existe • Vai em direção a artéria meníngea média • Ainda na fossa média do crânio, é único ramo que acontece nela • Atravessa o forame redondo e entra na fossa pterigopalatina 2) RAMIOS NA FOSSA PTERIGOPALATINA ➢ Ramos comunicantes com o gânglio pterigopalatino • Vai passar por fibras sensitivas que vão se distribuir depois por outros ramos que ainda vamos falar • Esses ramos comunicantes também trazem para o nervo maxilar fibras parassimpáticas • As fibras parassimpáticas chegam ao gânglio pterigopalatino pelo nervo do canal pterigóideo, fez sinapse ali, os neurônios que estão aqui vão se distribuir para todos os ramos da fossa pterigopalatina, inclusive para o próprio nervo maxilar. O neurônio pós-ganglionar pelo ramo comunicante entra no nervo maxilar, sai pelo nervo zigomático, ramo comunicante com o lacrimal, glândula lacrimal • Então os ramos comunicantes do nervo maxilar com o gânglio pterigopalatino permitem que fibras do trigêmeo atravessem o gânglio e se distribuem com ramos do gânglio, como por exemplo o nervo palatino maior • O Nervo Palatino Maior está saindo do gânglio pterigopalatino e não do nervo maxilar, então ele é ramo do gânglio • As fibras sensitivas que vão pelo nervo palatino maior atravessam o ramo comunicante, chega no gânglio pterigopalatino e depois se distribui em nervo palatino maior • O Nervo Palatino Maior tem fibras parassimpáticas que vão se distribuir junto com esse nervo, só que essas fibras parassimpáticas são do gânglio pterigopalatino, fazem sinapse a partir de fibras que vieram do nervo do canal pterigoideo, não é fibra do trigêmeo • OBS.: o Nervo do Canal Pterigoideo é formado por dois nervos: o petroso maior, que vem lá do crânio (facial), e nervo petroso profundo que vem da carótida interna ➢ Nervos Alveolares Superiores Posteriores • Na FOSSA PTERIGOPALATINA • Entra no TÚBER DA MAXILA • Vai penetrar nos FORAMES ALVEOLARES • E distribuir-se para os DENTES POSTERIORES (molares), SEIO MAXILAR e GENGIVA • Ele se continua e passa a ser chamado infraorbital Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 7 • Às vezes é difícil separar a artéria alveolar superior posterior do nervo alveolar superior posterior, pois o nervo vai juntinho com a artéria • A diferença básica anatômica entre os dois: a artéria alveolar superior posterior é formada antes do maxilar entrar, já o nervo superior posterior já sai da fossa com esse nome, pois o nervo maxilar já está lá dentro. Só essa diferença, o resto distribui da mesma maneira. ➢ Nervo Zigomático • Atravessa a FISSURA ORBITAL INFERIOR • Vai se colocar entre a PAREDE LATERAL e o ASSOALHO • Tem um trajeto anterior • Penetra no FORAME ZIGOMATICO ORBITAL e lá ele se divide em nervos: zigomaticofacial (pelo FORAME ZIGOMATICOFACIAL) e zigomaticotemporal (pelo FORAME ZIGOMATICOTEMPORAL) ele vem por trás do osso zigomático no forame zigomaticotemporal. • Inerva a PELE DA MAÇÃ DO ROSTO (forame zigomaticofacial) e PELE DA REGIÃO ANTERIOR DA TEMPORA (forame zigomaticotemporal) o Comunicante: possui fibras parassimpáticas que na verdade são fibras do gânglio pterigopalatino (do nervo trigêmeo) o N. Zigomaticofacial o N. Zigomaticotemporal O Nervo Maxilar se continua e passa a ser chamado de infraorbital, ao atravessar a fissura orbital inferior NERVO INFRAORBITAL (N. MAXILAR) • Entra na fissura orbital inferior, passa no sulco e no canal infraorbital • No interior do canal infraorbital ele dá dois ramos que seguem o trajeto da artéria: NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO e NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR RAMOS NO CANAL INFRAORBITAL ➢ Nervo Alveolar Superior Médio • A artéria alveolar média é variável, mas o nervo está sempre presente • Inerva a região de pré-molares ➢ Nervo Alveolar Superior Anterior • Inerva a região dos incisivos, inervando tanto o dente quanto a gengiva e o seio maxilar • A relação do seio maxilar é importante, pois quando se tem uma sinusite do seio maxilar o paciente tem uma irritabilidade nesses nervos e confunde isso com dor nos dentes superiores • Emerge pelo forame infraorbital e se distribui para três regiões, pálpebra inferior, nariz e lábio superior RAMOS NA FACE (NÃO PRECISA SABER) • Quando emerge na face • É para fazer a inervação do terço médio ➢ Ramos palpebrais inferiores ➢ Ramos nasais ➢ Ramos labiais superiores RAMOS DO GÂNGLIO PTERIGOPALATINO Ocorre uma divergência na localização desses ramos do gânglio palatino, o Grey’s afirma que eles saem do nervo maxilar e o Gardner afirma que eles saem do gânglio pterigopalatino. O professor seguiu o Gardner e sugeriu que sigamos também. ➢ RAMOS ORBITAIS • Vão para a periórbita • Não é possível ver na prática, saiba que existe Os próximos ramos vão para a cavidade nasal, pro palato e pra faringe. Além disso, eles acompanham os ramos da fossa pterigopalatina da artéria maxilar, a maioria deles. ➢ RAMOS NASAIS POSTERIORES SUPERIORES (MEDIAIS E LATERAIS) • Sai direto do gânglio ➢ NERVO NASOPALATINO • De canino para frente • Vai para a cavidade nasal e É O MAIS IMPORTANTE • Atravessa o FORAME ESFENOPALATINO • Vai descer pelo SEPTO NASAL até o CANAL INCISIVO (semelhante a artéria) • Ao atravessar o canal incisivo ele vai para a REGIÃO ANTERIOR DO PALATO • O palato duro é inervado pelo palatino maior e pelo nervo nasopalatino ➢ NERVO PALATINO MAIOR • Passa pelo canal palatino • Forame palatino maior • E se distribui para o palato • O Nervo Palatino Maior termina na região do canino (De canino para trás) ✓ Ramos Nasais Posteriores Inferiores • Sai do nervo palatino maior Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 8 ➢ NERVOS PALATINOS MENORES • Passa pelos forames palatinos menores (2\3) • Vai para o palato mole ➢ RAMOS FARÍNGEOS • Vem para a parte posterior, atravessa o canal palatovaginal (abertura da fossa pterigopalatina) e chega ao teto da faringe (mesma coisa que o ramo faríngeo da maxilar) DISTRIBUIÇÃO DESSES NERVOS EM RELAÇÃO AO GÂNGLIO: ❖ Nervo maxilar > ramos comunicantes com o gânglio pterigopalatino > nervo do canal pterigoideo (possui fibras simpáticas que já fizeram sinapse no gânglio cervical superior) ❖ O gânglio que está na carótida interna é o GÂNGLIO CERVICAL SUPERIOR da cadeia simpática, desce ao longo de todo tronco, então as FIBRAS PRÉ-GANGLIONARES fazem sinapse, saem as FIBRAS PÓS-GANGLIONARES e se enrolam na parede dos vasos sanguíneos. Esses são os plexos simpáticos na parede desses vasos. ❖ Quando a carótida passa lá no seio cavernoso ela libera um desses ramos e se junta com o NERVO PETROSO MAIOR formando o NERVO DO CANAL PTERIGOIDEO ❖ Essas fibras caminham separadas, as PARASSIMPÁTICAS FAZEM SINAPSE, as SIMPÁRICAS se distribuem diretamente porque elas já fizeram sinapse ❖ Todos esses ramos que saem do gânglio pterigopalatino e que vão para uma região aonde tem músculo liso e glândula salivar VAI TER FIBRA PARASSIMPÁTICA ❖ Então,tem glândulas palatinas no palato duro? TEM! Então, o NERVO PALATINO MAIOR TEM FIBRAS PARASSIMPÁTICAS ❖ Tem glândula salivar no palato mole, NERVO PALATINO MENOR TEM FIBRAS PARASSIMPÁTICAS ❖ Então, tanto o palatino maior quanto o menor, além de recolher a sensibilidade geral do palato (dor, tato, temperatura e pressão, que é característica do trigêmeo) eles levam fibras parassimpáticas secretomotoras para as glândulas palatinas ❖ Ainda o nervo palatino menor faz a mesma coisa, sensibilidade geral, fibras do trigêmeo através do nervo maxilar. As fibras secretomotoras para as glândulas palatinas, são fibras parassimpáticas do gânglio pterigopalatino ❖ Na cavidade nasal também tem GLÂNDULAS, então todas essas fibras que vão para a cavidade nasal, todos esses ramos nasais, nasais posteriores superiores e nasais posteriores inferiores, também tem FIBRAS PARASSIMPÁTICAS, então além de recolher a sensibilidade geral da cavidade nasal, eles também levam fibras parassimpáticas para essas glândulas ❖ E as fibras simpáticas? Vasos sanguíneos, então quando fazemos vasoconstricção nas conchas nasais é inervação simpática, que fez sinapse no gânglio cervical superior, nervo do canal pterigoideo, passa pelo gânglio pterigopalatino e se distribui com seus ramos nasais RESUMINDO CARÓTIDA INTERNA > PARTE SIMPÁTICA > PARTE PARASSIMPÁTICA > NERVO DO CANAL PTERIGOIDEO > SÓ A PARASSIMPÁTICA FAZ SINAPSE NO GÂNGLIO > DO GÂNGLIO ESSAS FIBRAS PARASSIMPÁTICAS SE DISTRIBUEM PARA TODOS OS RAMOS DO GÂNGLIO: FARINGE Vai para a faringe porque ela tem glândulas Sensibilidade do teto da faringe: TRIGÊMEO Secreção: GÂNGLIO PTERIGOPALATINO CAVIDADE NASAL Dor: TRIGÊMEO Secreção: GÂNGLIO PTERIGOPALATINO PALATO Dor: TRIGÊMEO Secreção: GÂNGLIO PTERIGOPALATINO OBSERVAÇÕES • A inervação parassimpática, apesar de estar caminhando por fibras associadas ao trigêmeo, não são deles essas inervações • Inclusive lembrar que algumas das fibras entram no nervo maxilar para chegar até a glândula lacrimal, algumas fibras parassimpáticas se misturam com o nervo maxilar • A inervação da cavidade nasal: a parte anterior é oftálmica e a parte posterior é maxilar • DICA: no Netter tem uns esquemas com o caminho das fibras tracejado (tente fazer esses esquemas pois ajuda a memorizar) Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 9 INERVAÇÃO DO PALATO ➢ Nasopalatino (um para cada lado até o canino), palatino maior (o restante do palato duro), palatino menor (palato mole). Todas fibras SENSITIVAS e SECRETOMOTORAS. ➢ Glândulas temos tanto no palato duro quanto do palato mole, então tanto o palatino maior quanto o menor TÊM FIBRAS SECRETOMORAS. O nasopalatino também tem fibras secretomotoras por conta da cavidade nasal, ele inerva o septo também. Logo, nasopalatino também tem fibras parassimpáticas. ANESTESIA PARA INTERVENÇÕES NO TERÇO MÉDIO DA FACE ✓ Introduzir a agulha na abertura do forame infraorbital ✓ Isso pode ser feito pela via externa: palpar o forame e alfinetar ✓ Ou por dentro da boca que é muito mais fácil e menos agressivo: você afasta o lábio, apalpa o forame e bota a agulha na posição vertical na direção do seu dedo e vai introduzindo a agulha até sentir ela abaixo da ponta do seu dedo. Na hora que você sentir a agulha, você está no forame, injeta o anestésico e ele pega todos os forames, então você anestesia todo o terço médio da face do paciente ✓ Existem outras técnicas para anestesiar o nervo maxilar inteiro, uma delas é ir lá no túber da maxila por dentro da boca, lá na fossa infratemporal e injeta o anestésico dentro da fossa pterigopalatina pelo túber da maxila, ACESSO INTRAORAL ✓ Qual o problema disso? Às vezes, ao injetar o anestésico, ele entra na fossa e anestesia o nervo maxilar, quase todos os ramos dele, ele pode entrar na órbita, por meio da FISSURA ORBITAL INFERIOR e anestesia os nervos que movem a órbita e paciente vai apresentar diplopia. Outra possibilidade é anestesiar o nervo óptico e o paciente adquirir cegueira. Tudo temporário. ✓ CURIOSIDADE: onde tem a papila incisa é a emergência do nervo nasopalatino, dói com força porque é mucoperiósteo, então o anestésico injetado ali não tem espaço para onde ir, então ele vai arrancar o periósteo do osso, e como não tem submucosa, dói muito. NERVO MANDIBULAR (V3) ➢ ÚNICO QUE VAI CARREGAR A RAIZ MOTORA DO TRIGÊMEO ➢ As duas raízes saem do tronco encefálico entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio, a raiz sensitiva dilata forma o gânglio onde estão os corpos dos neurônios sensitivos. A raiz motora passa inferiormente a raiz sensitiva, inferior ao gânglio e atravessa o forame oval junto com o nervo mandibular aonde essas duas raízes se misturam ➢ Então, a parte sensitiva e a parte motora do nervo mandibular se misturam no forame oval. Daqui em diante, as duas raízes são uma coisa só ➢ Logo que o nervo mandibular atravessa o forame oval, ele apresenta alguns ramos de seu tronco único, mas logo em seguida ele se divide em duas partes: divisão anterior e divisão posterior ➢ A DIVISÃO ANTERIOR é predominantemente MOTORA ➢ A DIVISÃO POSTERIOR é predominantemente SENSITIVA ➢ Nenhum de seus ramos tem origem na fossa média do crânio, seus ramos são TODOS na fossa infratemporal RELAÇÕES ANATÔMICAS DO MANDIBULAR • O nervo está localizado na FOSSA INFRATEMPORAL • Anterior a artéria meníngea média • ESTÁ PROFUNDO\MEDIAL AO PTERIGÓIDEO LATERAL • Na sua face medial está LATERAL AO MÚSCULO TENSOR DO VÉU PALATINO • Então, o nervo mandibular está localizado entre tensor do véu palatino e o músculo pterigóideo lateral • Na superfície na face medial do nervo mandibular nós temos o GÂNGLIO ÓTICO RAMOS DO TRONCO PRINCIPAL São ramos curtos que não são identificáveis na prática! ➢ Ramo Meníngeo • No FORAME ESPINHOSO passa a artéria meníngea média e o ramo meníngeo do nervo mandibular • Tem sua origem na fossa infratemporal Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 10 ➢ Nervo Pterigóideo Medial • É curto, sai do tronco único do nervo mandibular e já penetra na origem do músculo ➢ Ramos para o Gânglio Ótico • Gânglio parassimpático • As fibras pré-ganglionares que chegam ao gânglio ótico são fibras do glossofaríngeo ➢ Ramo para o M. Tensor do Véu Palatino ➢ Ramo para o M. Tensor do Tímpano DIVISÃO ANTERIOR: MOTORA ➢ Nervo Massetérico • Sai da FOSSA INFRATEMPORAL pela INCISURA DA MANDÍBULA (acompanha a artéria) • TRAJETO: passa profundamente ao pterigóideo lateral e depois superiormente. Ele sai da infratemporal entre o osso e o músculo, então ele é superior ao pterigóideo lateral, junto com o temporal profundo posterior ➢ Nervos Temporais Profundos (anterior e posterior) • Igual a artéria • Como na artéria, às vezes o temporal profundo posterior sai junto com o massetérico formando um tronco temporomassetérico, superiormente ao pterigóideo lateral • E o temporal profundo anterior pode sair junto com o nervo bucal formando um tronco temporobucal • TRAJETO: penetram pela parte profunda do músculo temporal. Eles também vêm superiormente ao pterigóideo lateral, tanto o massetérico quanto os temporais passam superior ao músculo pterigóideo lateral, entre o osso e o músculo, aí vão entrar na parte profunda do músculo temporal para fazer a inervação dele ➢ Nervo Pterigoideo Lateral • São ramos que saem direto para o músculo • Não é possível enxergar na prática • Podem sair junto com o bucal ou diretamente ➢ Nervo Bucal (SENSITIVO!) • Quem inerva o bucinador é o nervo facial (músculo da mímica – 2º Arco Faríngeo) • Vai para mucosa e pele da bochecha • Único da parte anterior que é sensitivo • Vai se colocar na superfíciedo músculo bucinador, em sua face lateral • Atravessa o músculo para chegar na mucosa da bochecha e vai para pele na região da bochecha • TRAJETO: passa entre os dois feixes\duas cabeças do pterigóideo lateral, se associa a artéria bucal e se distribui na pele e mucosa da região da bochecha DIVISÃO POSTERIOR: SENSITIVO ➢ NERVO AURICULOTEMPORAL • Sai da divisão posterior e tem um trajeto posterior • Quando ele vai para posterior ele encontra uma barreira que é a artéria meníngea média • Se bifurca, envolve a artéria meníngea média, formando uma abotoadura • Passa posteriormente a articulação temporomandibular e vai para a região temporal • Nesse trajeto, ele passa dentro da glândula parótida • Então, no seu trajeto o nervo auriculotemporal vai recolher sensibilidade: da ATM, da PARÓTIDA, do MEATO ACÚSTICO EXTERNO e TEMPORA • Ele, por estar associado a glândula parótida, é quem vai fazer a inervação da parótida • As fibras parassimpáticas que chegam aqui são as vindas do gânglio ótico, que está associado a raiz mandibular do trigêmeo: As pré-ganglionares: gânglio ótico (sinapse) As pós-ganglionares: passam pelo nervo auriculotemporal para chegar até a glândula O Nervo Lingual e o Nervo Alveolar Inferior são os dois principais ramos do Nervo Mandibular ➢ NERVO LINGUAL • Posição mais anterior • Inerva o assoalho de boca e a língua • Sai da FOSSA INFRATEMPORAL e passa entre o pterigóideo lateral e o medial, sempre na companhia do nervo alveolar inferior, sendo que o nervo lingual é anterior e o nervo alveolar inferior é posterior • Depois passa por uma abertura superficial ao constrictor superior da faringe para ir para o assoalho de boca, lateralmente ao músculo hioglosso (a artéria lingual é profunda ao hioglosso, o nervo lingual é lateral a ele) • Cruza o ducto da glândula submandibular, de lateral para medial • Recolhe sensibilidade geral (dor, tato, Tº e pressão) do assoalho de boca, dos 2\3 anteriores da hemilingua (sulco terminal) e da gengiva do assoalho de boca (gengiva lingual). Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 11 Essas estruturas do assolho de boca, que inclui glândula sublingual e glândula submandibular também são inervadas sensitivamente pelo nervo trigêmeo através do nervo lingual • O NERVO LINGUAL recebe uma COMUNICAÇÃO com o NERVO CORDA DO TÍMPANO que passa pela FISSURA PETROTIMPÂNICA • No nervo corda do tímpano tem fibras parassimpáticas do facial que vão fazer sinapse no gânglio submandibular • Esse gânglio submandibular vai dar origem a fibras pós-ganglionares que se distribui com o nervo lingual para a glândula submandibular e sublingual • Essas fibras após a sinapse podem voltar para o nervo lingual ou ir diretamente para a glândula • Além das fibras parassimpáticas que vem pelo nervo corda do tímpano, vem, também, fibras gustatórias para os 2\3 anteriores da hemilingua • Então, a gustação na língua é captada pelo nervo lingual, só que essa gustação quando vem no trajeto do nervo lingual, elas desviam para o corda do tímpano, porque o nervo da gustação é o facial nos 2\3 anteriores • RESUMINDO ✓ O nervo lingual tem fibras do trigêmeo: para sensibilidade geral ✓ Tem fibras parassimpáticas, que são secretomotoras: para glândula sublingual e submandibular após fazerem sinapse no gânglio submandibular, além disso tem fibras gustatórias para os 2\3 anteriores da hemilingua, essas fibras gustatórias pertencem ao nervo corda do tímpano ✓ Se eu faço uma lesão do nervo lingual acima da comunicação a gente perde a sensibilidade dolorosa da língua, mas não perde a gustação, se eu faço distal a comunicação a gente perde tudo, a gustação e a sensibilidade geral, e ainda perde a secreção das glândulas submandibulares e sublingual ➢ NERVO ALVEOLAR INFERIOR • Posição mais posterior • Inerva a mandíbula • Desce posterior ao nervo lingual, vai entrar no forame da mandíbula, mas antes dá um ramo, desce, inerva o músculo milo-hióideo e ventre anterior do digástrico • O restante do nervo continua dentro do canal mandibular, vai inervar os dentes, quando chega na altura do forame mentual dá o nervo mentual RAMOS o Nervo Milo-Hióideo (MOTOR!) • Vai para o músculo milo-hióideo e ventre anterior do digástrico (2 músculos do pescoço que tem origem no 1º arco faríngeo) • De todos esses da divisão posterior, o nervo milo-hióideo, que é um ramo do nervo alveolar inferior, ele se distribui para músculos o Nervo Mentual • Emerge do FORAME MENTUAL para inervar a pele do mento e pele e mucosa do lábio inferior o Nervo Incisivo • A continuação do nervo alveolar inferior anterior ao forame mentual é chamado de nervo incisivo • Vem como alveolar inferior, primeiro ramo é o milo-hióideo, que é o ramo muscular\motor, continuam as fibras sensitivas para os dentes, quando chega no forame mentual ele bifurca, mentual para a parte externa (pele e mucosa do lábio inferior e pele do mento) o que continua dentro da mandíbula é nervo incisivo para os dentes anteriores OBSERVAÇÕES ❖ Os ramos da divisão anterior são os que menos contribuem para a formação do nervo ❖ O PTERIGÓIDEO LATERAL é uma referência importante para a gente: SUPERIOR A ELE: temporais ou massetéricos ENTRE AS DUAS CABEÇAS: bucal ❖ Glândula lacrimal, glândulas palatinas e glândulas nasais são inervadas pelo FACIAL, através do GÂNGLIO PTERIGOPALATINO que se distribui com as fibras do maxilar ❖ A glândula parótida é inervada pelo GLOSSOFARÍNGEO, através do GÂNGLIO ÓTICO que se distribui pelo nervo auriculotemporal ❖ Não é o trigêmeo que inervam essas estruturas na secreção ❖ A parte dolorosa é NERVO AURICULOTEMPORAL ❖ A glândula parótida tem uma relação anatômica importante com o nervo facial, mas ele, que inerva quase todas as glândulas salivares, não inerva a parótida Ian Dondoni | Anatomia de Cabeça e Pescoço | Medicina Ufes 12 HERPES-ZOSTER (ZOSTER OFTÁLMICA) • Nervo Oftálmico • Se distribui na pele, mas pode afetar tanto a conjuntiva quanto a pele da pálpebra superior, no território de distribuição do nervo oftálmico • Ela mapeia exatamente a região do nervo • TRATAMENTO: retrovirais • Mesmo vírus da varicela (catapora)
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