Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sinais Vitais: Temperatura, Respiração, Dor, Pressão Arterial e Pulso Praticas de Enfermagem ii Sinais Vitais • Expressam o funcionamento e alterações dos órgãos relacionados com a manutenção da vida. • São eles: Temperatura, Respiração, Pulso, Pressão Arterial e Dor. IIndicações • Pacientes admitidos em qualquer serviço de saúde ou em atendimento domiciliar; • Antes e depois de qualquer procedimento invasivo ou cirúrgico; • Antes e depois de administrar medicamentos que interfiram nas funções cardíaca, respiratória e cerebral; • Sempre que as condições clínicas do paciente apresentarem piora inesperada; • Sempre que o paciente manifestar desconforto inexplicável; • No hospital, em esquema de rotina, conforme prescrição médica e de enfermagem. Temperatura • É a diferença entre a quantidade de calor produzido por processos do corpo e a quantidade de calor perdido para o ambiente externo. (Potter, 2010) 4 Fonte: amor-salud-vida.blogspot.com Técnica: Verificação de Temperatura • Material: termômetro, bolas de algodão com álcool a 70% • Método: – lavar as mãos e preparar o material; – explicar o procedimento ao paciente; – limpar termômetro com álcool a 70%; – Enxugar a axila do paciente; – colocar o termômetro com o bulbo na axila, mantendo o braço junto ao corpo; – anotar a temperatura em prontuário. 5 Termômetro digital • O tempo de permanência na região escolhida será avisada pelo som emitido pelo próprio termômetro • A desinfecção do termômetro digital, deve ser feita com algodão embebido em álcool a 70%. Guardar limpo e seco 6 Termômetro digital 7 Bulbo / Sensor Botão de ligar Visor Compartimento da bateria Corpo Locais de verificação da Temperatura • Axilar; • Bucal – termômetros individuais de bulbo longo e chato; • Retal – termômetros com bulbo redondo e de uso individual. 8 Temperatura axilar • Valor normal: 35,5 a 37º C. • Contra indicação : lesão axilar. • Posição : colocar o bulbo no côncavo da axila , o braço contra o tórax, e a mão no ombro oposto. Classificação da temperatura axilar Temperatura bucal • Posição: a região é acessível e cômoda, coloca-se sob a língua do paciente. • Antes de introduzir o termômetro certificar se de que o paciente não ingeriu líquidos frios ou quentes , caso o tenha esperar 15 minutos. • Pedir para fechar a boca suavemente, segurar o termômetro com os lábios, nunca com os dentes. 11 Valor normal: 36 a 37,4º C. Temperatura retal • Valor normal: 36 a 37,5º C • 0,5º C > do que a axilar. • Contra indicação: pacientes com diarreia, cirurgias do reto, com tração em MMII. • Posição: paciente em decúbito lateral, MI de cima flexionado • Introduzir o termômetro 2 cm pelo ânus, suavemente, evitando rupturas e dor esta manobra facilita a leitura da temperatura do plexo hemorroidal. FATORES FISIOLÓGICOS QUE ALTERAM A TEMPERATURA • Atividade física- forma rápida de produzir calor no interior do organismo, mantendo-o aquecido, como resultado da produção de calor pelos músculos. • Ovulação- é acompanhada por um aumento de 0,5Cº na temperatura corporal. A temperatura diária pode ser usada como um marcador preciso da ovulação. • Emoção- tende a aumentar a temperatura, o S.N.S. é estimulado a liberar adrenalina, aumentando a taxa metabólica nas células, produzindo calor. • Idade-idosos- diminuição da taxa metabólica, apresentam temperatura mais baixa. Tendência a ser mais inativo, fatores que levam a reduzir a produção de calor Causas da Febre • Por lesão dos tecidos (maioria das doenças febris): – Infecções; – Lesões mecânicas: cirurgias e esmagamentos; – Neoplasias malignas; – Doenças hemolinfopoéticas: anemias hemolíticas, púrpura, hemofilia; – Afeções vasculares: IAM, hemorragia, tromboses; – Mecanismos imunológicos: autoimunidade, medicamentos; – Doenças do SNC: AVC, TCE, Cirurgia, lesão da medula Respiração Técnica • Material: Relógio com ponteiro de segundos. • Método: – Lavar as mãos e preparar o material; – Manter o paciente em posição confortável; – Manter os dedos no pulso do paciente; – Observar o movimento do tórax ou abdome por um minuto; – Anotar no prontuário. • Deve ser realizado através da observação da expansão e contração do tórax sem que o paciente perceba , para que não ocorra alteração (proceder como estivesse verificando o pulso) . Respiração • Ato de inspirar e expirar-- trocas gasosas entre o organismo e o meio • É o número de ventilações ( inspiração e expiração) a cada minuto resp./min (mrpm). • No adulto a frequência respiratória normal oscila entre 16 a 20 respirações por minuto. Respiração Controle da Respiração • Bulbo- que é influenciado por vários fatores, incluindo alterações químicas no organismo. • Controle químico: acúmulo de CO2. Fatores que afetam a respiração: • Hipertermia – aumento do metabolismo celular; • Altas taxa de CO2; • Exercícios físicos; • Emoção, dor, medo, raiva. TERMINOLOGIA BÁSICA • Eupnéia -respiração normal • Dispnéia- respiração difícil. Pode vir acompanhada de outros sinais de dificuldade respiratória, como batimento das asas do nariz , respiração ruidosa e aumento da frequência da respiração . • Taquipnéia - aumento da freqüência dos movimentos respiratório. Respiração curta, superficial . Ex. esforço físico, emoções, patologia ( febre). • Apnéia- parada respiratória, poder ser instantânea ou transitória, prolongada e definitiva. • Ortopnéia - respiração facilitada pelo sentar-se ou levantar-se Dificuldade de respirar deitado, sensação falta de ar. • Bradipnéia- diminuição do número de movimentos respiratório.Ex.Aparece durante o sono. • Respiração de Cheyne Stokes: Ocorre com a aproximação da morte, apresenta-se de modo cíclico, com incursões respiratórias que vão ficando mais profundas até atingir uma amplitude máxima, e aí começa a diminuir gradativamente podendo chegar à apnéia Ex. Insuficiência cardíaca grave. AVC. TERMINOLOGIA BÁSICA • Respiração Kussmaul: Ocorrem amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia após as quais ocorrem expirações profundas e ruidosas , e que são sucedidas por pequenas pausas de apneia. Ex. insuficiência renal. Inspirações profundas seguidas de pausas - expirações curtas também seguidas de pausas TERMINOLOGIA BÁSICA Dor – quinto sinal vital 23 Dor • Pode ser avaliada juntamente com os outros 4 sinais vitais, • É uma maneira de melhorar a qualidade do atendimento do paciente, • São utilizadas para avaliação da dor escalas como por exemplo: – Escala verbal usa palavras para descrever a intensidade da dor - ausente =0; leve=1; moderada=2 e intensa=3 – Escala de expressão facial. 24 Dor Medida da pressão arterial • 1896 - Scipione Riva-Rocci idealizou o primeiro esfigmomanômetro • 1905 - Nicolai Korotkoff associou o estetoscópio para identificar as pressões sistólica e diastólica, descrevendo os sons de I a V Medida da pressão arterial Princípio Fluxo Laminar Silêncio Artéria Oclusão da artéria Silêncio Compressão artéria Ruídos Fluxo Laminar Silêncio Sons de Korotkoff Som I Nível da pressão arterial no qual se verifica o aparecimento do primeiro som, fraco, seguido por batidas claras, que aumentam gradualmente com a deflação do sistema. É neste nível que ser registra a pressão sistólica Som II Momento da deflação no qual se ouve murmúrios ou sibilos Som III Há aumento na intensidade dos sons, porém menos acentuado do que na fase I Som IV Momento no qual há abafamento do som distinto e abrupto Som V Nível de pressão no qual ocorre o desaparecimento dos sons. É neste nível que se registra a pressão diastólica. Definição de Pressão arterial Força exercida sobre a parede de uma artéria pelo sangue pulsante sob a pressão do coração. O sangue flui através do sistema circulatório devido a mudanças de pressão. Move-sea partir de uma área de alta pressão para uma área de baixa pressão. Pressão arterial PA Sistólica PA Diástolica Momento em que ocorre a ejeção Quando os ventrículos relaxam Cálculo do tamanho do manguito A largura da bolsa de borracha deve corresponder a 40% da circunferência do braço e o seu comprimento envolver pelo menos 80%. Exemplo: Paciente com 30 cm de comprimento de braço (acrômio até olecrano) e circunferência de 30 cm 80%---------- 100 cm X -------- 30 cm = 24 cm E 40%---------------100 cm X ------------ 30 cm = 12 cm Conclusão: o manguito ideal para este paciente será de 24 cm de cobertura da altura do braço e 12 cm da circunferência Tamanhos do manguito VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2010 Classificação da PA – VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Classificação PAS mmHg PAD mmHg Normal Pré-hipertensão Hipertensão estágio 1 Hipertensão estágio 2 Hipertensão estágio 3 ≤ 120 121-139 140 – 159 160-179 ≥ 180 ≤ 80 81-89 90-99 100- 109 ≥ 110 • Quando a PAS e a PAD situam-se em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da PA. • Considera-se hipertensão sistólica isolada se PAS ≥ 140 mm Hg e PAD < 90 mm Hg, devendo a mesma ser classificada em estágios 1, 2 e 3. Indicação de controle de P.A. • Antes e após a administração de medicamentos anti-hipertensivos; • Na admissão do paciente; • Sinais e sintomas de instabilidade hemodinâmica (sudorese, pele fria, cianose de extremidades, situação de mal estar inespecífico, palpitações). Pontos importantes: Medida da PA na extremidade inferior A pressão sistólica nas pernas usualmente é 10 a 20 mmHg maior que na artéria braquial, mas a pressão diastólica é a mesma. Cuidados pré aferição da PA • 1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio e olécrano; • 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço; • 3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa cubital; • 4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria braquial; • 5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial*; Pressão Arterial Técnica 1. Posicionar o paciente e orientá-lo quanto ao procedimento 2. Posicionar o manguito no braço do paciente segundo as recomendações padronizadas 3. Palpar o pulso radial e inflar o manguito até seu desaparecimento, para a estimativa do nível da pressão sistólica, desinflar rapidamente e aguardar 1 minuto antes de inflar novamente. 4. Posicionar a campânula do estetoscópio suavemente sobre a arterial braquial, na fossa antecubital, evitando compressão excessiva. 5. Inflar rapidamente, de 10 em 10 mm Hg, até ultrapassar de 20 a 30 mm Hg o nível estimado da pressão sistólica. 6. Proceder a deflação, com velocidade constante inicial de 2 a 4 mm Hg por segundo. Após a identificação do som que determina a pressão sistólica (fase 1 de Korotkoff -1º som), aumentar a velocidade para 5 a 6 mm Hg para evitar congestão venosa e desconforto para o paciente. 7. Determinar a pressão diastólica no desaparecimento do som (fase V de Korotkoff). 8. Auscultar cerca de 20 a 30 mm Hg abaixo do último som para confirmar seu desaparecimento e, então, proceder a deflação rápida e completa. 9. Registrar os valores das pressões sistólica e diastólica, completando com a posição do paciente, o tamanho do manguito e o braço em que foi feita a medida. 10. Não arredondar os valores de pressão arterial para dígitos terminados em zero ou cinco, lembrando que a escala do manômetro varia de 2 em 2 mm Hg.
Compartilhar