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RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA

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FACULDADE ANHANGUERA POLO NOVA ODESSA
PEDAGOGIA
Ana Paula Corrêia
RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA
Trabalho apresentado às disciplinas: Avaliação na Educação, História da Educação, Teorias e Práticas do Currículo, Sociologia da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula. Tutor à Distância: Silvana Maria Batista.
Nova Odessa - SP
2020
Ana Paula Corrêia
RELAÇÃO TEORIA E PRÁTICA NO COTIDIANO DA SALA DE AULA
Trabalho apresentado às disciplinas: Avaliação na Educação, História da Educação, Teorias e Práticas do Currículo, Sociologia da Educação, Educação Formal e Não Formal, Didática, Práticas Pedagógicas: Gestão da Sala de Aula. Tutor à Distância: Silvana Maria Batista.
Nova Odessa – SP
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .........................................................................................................1
2. AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DE LOURDES E MELISSA .............................2
3. RECONHENDO O APRENDIZADO: TRADICIONALISMO X PROGRESSISTA...3
4. AS CONCEPÇÕES AVALIATIVAS DA PRÁTICA DE LOURDES E MELISSA ....4
5. CONCLUSÕES FINAIS ..........................................................................................7
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................8
1. INTRODUÇÃO1
O caminho pelo qual a educação percorre desde seus primórdios tem sido logo e repleto de obstáculos, e é em meio a erros e acertos que o ensino tem se desenvolvido e avançado paulatinamente. A docência tem lutado para ser mais inclusiva, assertiva e humana, lamentavelmente, muitas dessas lutas acontecem pela forte resistência que existe por parte de alguns educadores em abraçarem um ensino progressista, estes professores veem na educação militarizada da escola tradicionalista o único caminho para se alcançar a sapiência, oferecendo aos seus alunos uma formação deficiente, já que nela é excluída algo tão importante como o estímulo por reflexões e debates, eximindo-se de uma de suas mais soberanas tarefas, a de formar seres sociais repleto de senso crítico e político.
2. AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS DE LOURDES E MELISSA2
Para adentrar o tema da teoria e prática docente no cotidiano da sala de aula faz-se imperioso citar Paulo Freire “Nenhum tema mais adequado para constituir-se em objeto desta primeira carta a quem ousa ensinar do que a significação crítica desse ato, assim como a significação igualmente crítica de aprender.’’ (FREIRE, 1995).
Para Melissa, a relação professor e aluno, ensinar e aprender antes de mais nada, é aventurar-se na certeza da incerteza do conhecimento. É construir um olhar crítico e experimentar novos conhecimentos. A busca por aprendizagem deve ser continuada, a docência aplicada como ação transformadora deve ser viva e estar em constante movimento. Como elucidado por Seabra (1994, p.78) ‘‘O profissional do futuro (e o futuro já começou) terá como principal tarefa aprender. Sim, pois, para executar tarefas repetitivas existirão os computadores e os robôs. Ao homem competirá ser criativo, imaginativo e inovador’’. 
Ao docente cabe evoluir sua forma de pensar e ensinar, aprender e reaprender é o primeiro passo para quem almeja ensinar. A construção de uma educação horizontal, onde educador e educando participem ativamente do processo de aprendizagem é fruto do trabalho de professores que alicerçam sua teoria e prática na escola progressista, uma escola onde o aluno é desafiado e estimulado, um local propício para a construção de seres sociais e a formação de senso crítico e político.
Na contramão dessa escola viva, temos ainda hoje, a escola tradicional que é onde se embasa a professora Lurdes, onde o professor é o mestre autoritário, detentor de todo saber. “No tradicionalismo o professor fala e o aluno escuta; o professor dita e o aluno copia; o professor decide o que fazer e o aluno executa, o professor ensina e o aluno aprende.” (BECKER, 1994, p.89). 
Nesse modelo de ensino o aluno se apresenta como ouvinte e expectador, apenas uma caixa de memorização, nele não há fomento de senso crítico ou estímulo por novos conhecimentos, desta forma, nesse modelo de ensino a escola não cumpre seu papel social, que é o da construção de seres ativos, de potências transformadoras, de pessoas que saibam se valorizar sem desrespeitar o próximo.
Sobre a ação social da escola podemos dizer que:
A escola não é só um lugar para estudar, mas para se encontrar, conversar, confrontar-se com o outro, discutir, fazer política. Deve gerar insatisfação com o já dito, o já sabido, o já estabelecido. Só é harmoniosa a escola autoritária. A escola não é só um espaço físico. É, acima de tudo, um modo de ser, de ver. Ela se define pelas relações sociais que desenvolve. (GADOTTI, 2007, p. 12).
Gadotti evidencia a importância das relações sociais criadas na escola, desse modo, oferecer um ambiente propício para criação dessas relações é parte indiscutível do ofício do docente. E não apenas as relações sociais, como também a forma de se relacionar, Wallon em sua teoria tratou de forma profunda a importância da afetividade no processo de aprendizagem. Um docente que desenvolve seu trabalho com base na escola tradicionalista coloca uma barreira
entre ele e o discente, impedindo assim que haja uma relação de afetividade. Em contrapartida, o educador que se coloca como igual ao educando abre as portas para uma experiência única e maravilhosa para ambos. Ensinar torna-se o que essencialmente deve ser, uma troca contínua.3
3. RECONHENDO O APRENDIZADO: TRADICIONALISMO X PROGRESSISTA
Assim como a forma que se desenvolve o trabalho docente nessas duas tendências são distintas, o modo de avaliar e reconhecer o saber adquirido pelos educandos são díspares. Na pedagogia tradicional o aluno é avaliado por meio de testes aplicados bimestralmente, onde a sua memorização e aptidão para decorar conteúdos são provados e qualificados a cada questão. 
Figura 1 – Charge crítica sobre a avaliação tradicionalista
Fonte: Página da web¹.
Enquanto que na pedagogia progressista é desenvolvida a avaliação contínua, onde a aprendizagem é avaliada ao longo das atividades realizadas na sala de aula, ela transcende a prova como conhecemos, nela é avaliado interações, comentários, trabalhos em grupo, produções, apresentações, enfim, tudo que o aluno desenvolve em sala de aula. Portanto, exprime uma avaliação mais abrangente, pois engloba várias faculdades que um discente pode apresentar sobre determinado tema de estudo, possibilitando ao aluno deslindar e depurar suas capacidades e predileções, a prática educativa progressista¹ Disponível em: https://medium.com/brasil/18-quadrinhos-contundentes-para-entender-por-que-colocar-uma-crian%C3%A7a-em-uma-escola-tradicional-%C3%A9-um-d66d182c3d77. Acesso em: 19 abr. 2020.
sendo uma tendência pedagógica aberta e acolhedora proporciona um amplo desenvolvimento ao educando, fazendo da aprendizagem não mais um objetivo árduo a ser atingindo, mas um caminho prazeroso de descobertas. 4
4. AS CONCEPÇÕES AVALIATIVAS DA PRÁTICA DE LOURDES E MELISSA
A avaliação continuada valida o aluno ao verificar seu avanço na totalidade de seu desenvolvimento e acúmulo de experiências ao invés rotular e desmotivar. O modelo tradicional de avaliação e sua eficácia tem sido questionado por especialistas da área. Argumenta-se que o teste como conhecemos, questões para serem respondidas, onde temos o certo e o errado, onde se obtém uma nota que o qualifica como aprovado ou reprovado é considerado falho por muitos.
1. 
1. “Hoje, os alunos estão condicionados a sentar em sala, responder a chamada e perguntar o dia da prova. Um 8 em uma avaliação tradicional não quer dizer que o aluno realmente aprendeu o que foi ensinado. Se aplicarmos a mesma prova, cinco dias depois, sem avisá-lo, veremos os verdadeiros resultados. (SANTOS, 2016).
1. 
1. Lourdes, que tem seu trabalho docente desenvolvido na tendênciatradicionalista utiliza-se de provas bimestrais, e para avaliar seus alunos apresenta um teste com questões onde eles são julgados aptos ou não, de acordo com a nota obtida. 
1. 
Figura 2 – Charge crítica sobre testes
1. Fonte: Página da web².
1. 
Esses testes parecem reproduzir em sala de aula o sistema de hierarquias. Esteban (1999), afirma que o fracasso escolar se configura dentro de um quadro de múltiplas negações, dentre as quais se coloca a negação da legitimidade de ² Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/236981/mod_resource/content/1/Esteban.pdf. Acesso em: 19 abr. 2020.
conhecimentos, de forma de vida, formulados à margem dos limites socialmente5
definidos como válidos. Portanto, o modelo tradicional de avaliação se configura mais 
prejudicial que benéfico para a aprendizagem, pois ao avaliar ele também classificar 
como apto ou incapaz, gerando exclusão ao invés de integração. A forma tradicionalista de avaliação não mais atende a diversidade cultural existente nas escolas, se é que algum dia realmente atendeu essa demanda em sua totalidade. Sobre o impacto negativo da avaliação tradicional podemos afirmar que:
Pela avaliação, nós professores, muitas vezes, “matamos” nossos alunos, matamos a alma bonita e jovem que eles possuem; reduzimos sua criatividade, seu prazer, sua capacidade de decisão. E a seguir, reclamamos que nossos alunos não são criativos. Como poderão ser criativos, se estivemos, permanentemente, a estiolá-los aos poucos com nosso autoritarismo arbitrário? (LUCKESI, 2003, P.76).
A frustração gerada por notas ruins em testes acaba por gerar o fracasso escolar de muitos alunos, que ficam desmotivados e se sentem excluídos por não terem obtido o valor considerado aceitável para classifica-lo com bom aluno.
Figura 3 – Quadrinho exemplificando como testes podem ser danosos e segregatórios
Fonte: Página da web³.
0. Em contrapartida, quando fazemos a avaliação submetida à análise da progressão, apreciamos o aluno como um todo, o enxergamos como o ser de inteligência múltiplas que ele é. Melissa desenvolve sua avaliação pautada nesse método, ela entende que deve existir um método de avalição que completem a multiplicidade que existe na sala de aula, para ela, a diversidade de pessoas, histórias, culturas e forma de alcançar o conhecimento são variados e devem ser validados.
6. ³ Disponível em: https://cinismoilustrado.com/ Acesso em: 23 abr. 2020.
A escola é um espaço de educação, convívio, inclusão, construção de senso social e político, e, portanto, um local de debate e discussão, onde professores e alunos devem estimular trocas e estarem em constante interação. Uma escola que se baseia em moldes militares jamais será uma escola transformadora, é preciso que haja uma escola viva e ativa para que se façam cidadãos igualmente vivos e ativos. 6
Antes de formar alunos, que seja o papel da escola instruir seres sociais, e para que isso ocorra a escola tem que ter uma função social, onde prevaleça o coletivo em todos e quaisquer aspectos.
5. CONCLUSÕES FINAIS7
A escola tem se modificado e se reinventado ao longo da História, todavia, essa mudança tem sido vagarosa e resistente, falta à escola um caráter destemido e revolucionário, e aos docentes paixão e criatividade ao lidarem com questões da metodologia progressista. Fica evidente que tal metodologia é a que melhor abrange a diversidade e riqueza que temos no espaço escolar, o professor precisa se ver como desbravador de novos mundos a cada contato que desenvolve com seu aluno, enxergar que cada um que se encontra em sua sala é dotado de um potencial inimaginável, pronto, para ser aflorado, basta que o professor cumpra sua função de ajudador, abrace seu aluno na sua totalidade, faça dele líder de si e senhor do seu destino. 
Esse caminho não é fácil com certeza, mas seguramente recompensador, a médio prazo você terá um ambiente em sala de aula rico de interações e repleto de alunos motivados, à longo prazo você terá uma sociedade melhor, fruto dos seres sociais constituídos por uma educação progressista.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS8
FREIRE, Paulo. Carta De Paulo Freire Aos Professores. 
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?%20script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000200013 Acesso em: 18 de março 2020
PORTAL EDUCAÇÃO. Artes Plásticas Na Educação: O Profissional Do Futuro. Disponível em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/artes-plasticas-na-educacao-o-profissional-do-futuro/39362 Acesso em: 20 de março 2020.
MONOGRAFIAS BRASIL ESCOLA. A Relação Teórica E A Prática Da Aplicação Dos Métodos De Ensino. Disponível em: 
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/a-relacao-teorica-pratica-aplicacao-dos-metodos-ensino.htm Acesso em: 03 de abril de 2020.
GADOTTI, Moacir. A Escola E O Professor: Paulo Freire E A Paixão De Ensinar. Passei Direto [em linha]. São Paulo, 2007. [Consult. 15 Abr. 2020]. Disponível na WWW: <https://www.passeidireto.com/arquivo/23581721/paulo-freire-a-escola-e-o-professor-a-paixao-de-ensinar>.
ESCOLA EDUCAÇÃO. As Contribuições De Henri Wallon Com A Afetividade No Processo De Aprendizagem. Disponível em: https://escolaeducacao.com.br/henri-wallon/ Acesso em: 15 de abril de 2020.
MEDIUM BRASIL. 18 Quadrinhos Contundentes Para Entender Por Que Colocar Uma Criança Em Uma Escola Tradicional É Um Desastre. Disponível em: https://medium.com/brasil/18-quadrinhos-contundentes-para-entender-por-que-colocar-uma-crian%C3%A7a-em-uma-escola-tradicional-%C3%A9-um-d66d182c3d77 Acesso em: 20 de abril de 2020.
ADMINISTRADORES.COM. A Avaliação Tradicional Ainda Funciona? Disponível em: https://administradores.com.br/noticias/a-avaliacao-tradicional-ainda-funciona
Acesso em: 25 de abril de 2020.
ESTEBAN, Maria Teresa. A Avaliação No Cotidiano Escolar. E-Disciplinas USP [em linha]. São Paulo, 2002. [Consult. 27 Abr. 2020]. Disponível na WWW: 
< https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/236981/mod_resource/content/1/Esteban.pdf>.
FRANCESCHETTO, Camila Perera. Avaliação Educacional: Conflitos A Serem Superados. Disponível em: 
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/avaliacao-educacional-conflitos-serem-superados.htm Acesso em: 05 de maio de 2020.

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