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inconstitucionalidade art 1790 CC

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NOME: HECTOR RODRIGUES AVANCINI DATA: 29/06/2018 
 
TEXTO TEMA: inconstitucionalidade do art. 1.790 do Código Civil. 
INTRODUÇÃO: 
O trabalho discute questões polêmicas de fatos reais de situações atuais no Brasil, são essas situações que merecem 
uma atenção especifica para cada caso. 
DESENVOLVIMENTO: 
De início, concordo com o recurso de Minas Gerais, julgado pelo ministro Luís Roberto Barroso, onde fica explicito 
que não se deve haver distinção de gênero para matéria de reconhecimentos constitucionais, proporcionando assim, 
direitos iguais para todos, em questão vínculo afetivo conjugal, ou apenas união estável. Segundo artigo 226 CF § 3º. 
Art. 226 CF. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
 § 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade 
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento. 
O Ministro Marco Aurélio apontou não haver razão para a distinção entre a união estável homoafetiva e a união 
estável heteroafetiva, com base nos direitos fundamentais da constituição, se faz correta afirmativa. 
E também comprovado pelo artigo 1.723 CC. 
Art. 1.723 CC. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na 
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família. 
O STF concluiu que a constituição prevê diferentes tipos de família. 
Porém, não está errado tratamento diferenciado para casos de sucessões entre união estável e casamento em 
matéria sucessória. Mas não deixando de estabelecer direitos para cada uma. 
Afinal estaria contrariando o princípio da igualdade e da dignidade da pessoa humana. Fazendo qualquer tipo de 
distinção. 
CONCLUSÃO: 
Por fim, concordo com a decisão final de estabelecer uma flexibilidade para cada caso, com o entendimento citado 
onde diz que: 
"no sistema constitucional vigente, é inconstitucional a diferenciação de regimes sucessórios entre cônjuges e 
companheiros, devendo ser aplicado, em ambos os casos, o regime estabelecido no artigo 1.829 do Código Civil". 
Que regula a legitimação, dos sucessores em concorrência dos cônjuges e aos ascendentes. 
BIBLIOGRAFIA: 
Constituição Federal. 
Código Civil Brasileiro atualizado. 
DIAS, Maria Berenice. Direito das Sucessões. São Paulo: Revista dos Tribunais. 
 
 
 
 
 
APS 
A realização da APS valerá 2,0 no somatório da média do trabalho do MARCO AVALIATIVO II. 
Análise jurisprudencial – Inconstitucionalidade do artigo 1.790 do Código Civil 
 
Fazer uma análise a respeito da decisão proferida no julgamento dos Recursos Extraordinários (REs) 646721 e 878694, ambos com repercussão 
geral reconhecida, principalmente no que diz respeito aos princípios fundamentais que são afeitos à temática debatida nos julgados. 
 
RE 646721 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Decisão: O Tribunal, apreciando o tema 498 da repercussão geral, por maioria e nos termos do voto do Ministro Roberto Barroso, que redigirá o 
acórdão, deu provimento ao recurso, para reconhecer de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC/2002 e declarar o direito 
do recorrente de participar da herança de seu companheiro em conformidade com o regime jurídico estabelecido no art. 1.829 do Código Civil 
de 2002, vencidos os Ministros Marco Aurélio (Relator) e Ricardo Lewandowski. Em seguida, o Tribunal, vencido o Ministro Marco Aurélio 
(Relator), fixou tese nos seguintes termos: “É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros prevista no art. 
1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união estável, o regime do art. 1.829 do CC/2002”. 
Ausentes, justificadamente, os Ministros Dias Toffoli e Celso de Mello, e, neste julgamento, o Ministro Gilmar Mendes. Presidiu o julgamento a 
Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 10.5.2017. 
RE 878694 - RECURSO EXTRAORDINÁRIO 
Decisão: O Tribunal, apreciando o tema 809 da repercussão geral, por maioria e nos termos do voto do Ministro Relator, deu provimento ao 
recurso, para reconhecer de forma incidental a inconstitucionalidade do art. 1.790 do CC/2002 e declarar o direito da recorrente a participar da 
herança de seu companheiro em conformidade com o regime jurídico estabelecido no art. 1.829 do Código Civil de 2002, vencidos os Ministros 
Dias Toffoli, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, que votaram negando provimento ao recurso. Em seguida, o Tribunal, vencido o Ministro 
Marco Aurélio, fixou tese nos seguintes termos: “É inconstitucional a distinção de regimes sucessórios entre cônjuges e companheiros prevista 
no art. 1.790 do CC/2002, devendo ser aplicado, tanto nas hipóteses de casamento quanto nas de união estável, o regime do art. 1.829 do 
CC/2002”. Ausentes, justificadamente, os Ministros Dias Toffoli e Celso de Mello, que votaram em assentada anterior, e, neste julgamento, o 
Ministro Luiz Fux, que votou em assentada anterior, e o Ministro Gilmar Mendes. Não votou o Ministro Alexandre de Moraes, sucessor do 
Ministro Teori Zavascki, que votara em assentada anterior. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 10.5.2017. 
Para fim de repercussão geral, foi aprovada a seguinte tese, válida para ambos os processos: 
“No sistema constitucional vigente é inconstitucional a diferenciação de regime sucessório entre cônjuges e companheiros devendo ser 
aplicado em ambos os casos o regime estabelecido no artigo 1829 do Código Civil”. 
 
Fonte: http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=342982

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