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DEIXE O QUARTO COMO ESTÁ - RESUMO

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DEIXE O QUARTO COMO ESTÁ
OU ESTUDOS PARA A COMPOSIÇÃO DO CANSAÇO
A Obra
- Autor: AMILCAR BETTEGA
- 14 contos com uma linguagem acessível, clara e com alguma poeticidade
- Estilo narrativo com uma expressão fantástica, que trata da realidade de maneira
alegórica, indireta
- Estrutura cíclica: começa e termina do mesmo jeito
- 11 contos em 1ª pessoa
- 3 contos em 3ª pessoa:
● Autorretrato
- Imparcialidade narrativa
- Observador dos acontecimentos está longe e assistindo aos eventos
por cima
- Ele não é indiferente e espera ansioso por uma reação repressiva
contra os meninos negros
- Está distante, mas internaliza a condição de vítima do possível roubo
dos garotos, que tentam pular a janela
● O encontro
- Ambientação impessoal da cidade, em que os homens e mulheres
respondem por características superficiais, parece contaminar o ponto
de vista, o qual assume e reforça o ar misterioso e de anonimato
disseminado na aldeia
- O narrador parece mais um cidadão da comunidade isolada e não
afeita a visitantes
● Para salvar Beth
- Gilberto é o único protagonista que não é narrador, mas possui um
nome, uma identidade, o que cria uma interessante contradição
interna no livro
- Ele tem direito a identificação mas não a voz
Contexto Histórico e Leitura crítica
- Final do ciclo de 2 governos do FHC
- O tom melancólico, as incertezas e a desesperança refletem a queda da euforia que
o Plano real e as promessas de consumo num país mais equilibrado estimularam
- Impera o individualismo, a insegurança generalizada, pautada por um medo
compartilhado
- Cresce a necessidade de proteção pessoal, aumento da desigualdade e o incentivo a
competição predatória
- Os aspectos sociais que ameaçavam a vida privada, a estabilidade econômica e a
iniciativa empreendedora são vistos como inimigos a serem combatidos
- Pobres e adversários são entraves para o desenvolvimento neoliberal
- Recorre-se ao FMI, 30% da produção de riqueza do país passa ser destinada ao
pagamento de dívidas
- Entre 2000 e 2001 tem a crise energética e o apagão
- Em “Exílio” mostra a derrocada dos comércios das regiões pacatas e interioranas, a
eletricidade é cara, os clientes não aparecem, o cotidiano é uma incontornável
espera por dias melhores. No fim, não tem para onde fugir e o vendedor volta para a
loja que está falindo. O efeito cíclico da narrativa, que não apresenta uma saída
possível para o conflito de interesses (permanecer e ir embora) é uma bela alegoria
da estagnação de um projeto social desumanizado, urbano e desequilibrado, que
renega algumas populações no esquecimento
- Os menores de rua do “Autorretrato” simboliza uma geração de jovens que sobrevive
no improviso, sendo agredidos por um homem insensível à penúria e acariciados por
uma mulher imensa que lhes concede algum trocado. A violência contra os garotos
preserva a falsa tranquilidade, afastando a ameaça que o muro não conseguiu
conter. Mas a pauperização = empobrecimento, a raiva e a ausência de modificação
do quadro replicam cenas. O início é igual ao final para o alívio do narrador em 3ª
pessoa que fica angustiado com a possibilidade de os meninos conseguirem invadir
o domicílio do casal que aparentemente assiste a tudo de maneira passiva
- Em “Deixe o quarto como está”: o retorno aos acontecimentos e aos problemas
iniciais da maioria das histórias dá uma resposta artística ao apagão de um ideal de
mudança nos rumos nacionais
- Em ‘Aprendizado” ou “Para salvar Beth” mostra o desemprego, marca dos segundo
mandato do FHC (BR era o segundo país com maior índice de mão de obra sem
trabalho)
- Aprendizado: a atmosfera do conto lembra a crueza e a brutalidade das narrativas de
Rubens Paiva, em feliz Ano Velho, mas no conto a distância social entre algoz e a
vítima é menor, o mendigo é atacado por um homem que não está muito distante das
circunstâncias vividas por ele, o agressor não consegue o money pro remédio da
mãe e improvisa com um veterinário, a narrativa começa com ele pensando em não
ir ao trabalho e termina com mais uma falta injustificável
- Para salvar Beth: a cachorrinha tem a assistência que a mão do “Aprendizado” não
tem, o contraste entre fármacos e o atendimento para bicho reduz a humanidade da
mulher que morre em casa ,sem o mínimo, enquanto a POSSÍVEL morte de Beth
acontece em um lugar apropriado. Ocorre uma desumanização dos que enfrentam
diversas restrições diárias e uma empatia pelo sofrimento de alguém de outra
espécie. Aqui ele está desempregado mas pode contar com a renda da esposa, o
que não acontece em “O crocodilo I”
- Em “O crocodilo I” a loucura e a pobreza são alegorizados pelo peso da ferocidade
pacífica que se eva nas costas todos os dias, seja ela mais destrutiva (crocodilo),
seja mais amena (cachorro ou macaco). O percurso é de mudança, mas em sentido
adverso, e o sujeito que tinha um endereço acaba sem eira nem beira. A perda da
casa e a insanidade também são temas de “O rosto”
- “O rosto”: apresenta outra tendência do livro, que é o temor por figuras imateriais,
fantasmagóricas. No fundo, é o mesmo sentimento de receio ou pavor que os
meninos infratores desencadeavam em “Autorretrato”. Mas agora a representação
faz do invasor um rosto que vaga por uma residência, da qual se teme ser expulso. A
ironia é que o rosto que perambula e assombra foge e, pelo buraco no vidro por onde
escapa, fica preso o pescoço do morador, o qual não pode se mover muito, sob pena
de ser o próximo decapitado. Novamente, estrutura cíclica que não apresenta
superação dos problemas centrais. O rosto sinaliza a dimensão do duplo em que o
mesmo é o outro, num individualismo autodestrutivo e numa atmosfera repetitiva e
claustrofóbica. o individualismo autodestrutivo também é abordado em Correria
- “Correria”: o desgaste físico é levado ao extremo, e atingir a linha de chegada vira o
sentido da vida do personagem. A competição pode lhe matar, mas o objetivo é
inegociável, sendo apoiado por amigos reais ou imaginários. Eles querem a vitória do
companheiro, mesmo que isso custe caro. A sanidade supérflua diante do sucesso
do competidor, que deve continuar a corrida. A disputa é retratada também em
Insistência
- “Insistência”: Ali o indivíduo é consumido por duas coletividades masculinas que,
literalmente, lutam pelos privilégios de habitar e desfrutar dos benefícios de uma
espécie de depósito. permanecer nesse lugar é um desafio que se transforma numa
razão existencial. A parede que separa os dois grupos é a fronteira entre duas
situações diferentes de vida, de uma forma de ser. A subjetividade é rifada pelo
ilusório bem-estar, e, por ele, é necessário brigar e se arriscar diariamente. A parede
ou o muro são elementos de diferenciação, desencontro e exclusão.
- “O encontro”: um casal vai até uma comunidade retirada atrás de uma experiência
reveladora, religiosa e transcendental, mas se perde nos meandros labirínticos de
fortificação aprisionadora. É como se fosse uma resistência da comunidade aos
forasteiros, ao mesmo tempo em que pode ser lido como uma metáfora da perda
subjetiva de nós mesmo
- “A cura”: tematiza a falta de assistência à saúde de um vilarejo acometido por uma
doença contagiosa e viral para a qual não há tratamento. lembrando de maneira
impressionante o problema grave que vivemos hoje, essa ficção lança luz sob a
irrelevância dos habitantes escondidos nos rincões distantes do BR, em que só
chega de barco, tal o isolamento a que estão submetidos. A enfermidade grave e
mortal gera um cansaço profundo nos homens e mulheres, que acabam morrendo de
inanição. Em um contexto de concorrência e egoísmo latente, A cura ilumina a
realidade de quem está fora do jogo de prosperidade global e apresenta o outro lado
da moeda: as circunstâncias em que os desafortunados sobrevivem, consumidos por
uma peste que lhes retira as forças para afrontar o atraso. os heróis são os médicos
que desafiam os obstáculos para irem até os pacientes e enfrentarem a doença,a
qual estudam diariamente. Escondidos na sombra do progresso, os doentes
comemoram a vinda dos doutoresde laboratório, não os de gabinete
- “A visita”: acontece um silenciamento dos empregados da cozinha. A narrativa tem
uma atmosfera imperialista, em que o visitante é aguardado por uma Duquesa, que
lhe apresenta um quase palácio com inúmeros ambientes. Num deles, nos
deparamos com cozinheiras em circunstâncias insalubres, desenvolvendo atividades
braças, numa mudez sepulcral . A função dos guardas é primordial para a
sustentação da autoridade da realeza, e a diversão dos nobres é chicotear um
homem indefeso. O instrumento de açoite tem uma longa história nos quinhentos e
vinte anos do país, e a representação indireta de Amílcar repõe o estado das coisas
e as nossas heranças de longa data. os empregados estão mudos e sofrem
diariamente, sem direitos, num mundo fortemente hierarquizado. Embora o conto se
passa num tempo não identificado e num lugar também indefinido, a fabulação
onírica nos remete a brutalidade de como são tratados os homens e as mulheres
subalternizados nos nossos lares, até hoje. Eles são permanentemente explorados
para alimentarem o prazer sórdido e alheio da propriedade, e não são nas suas
reivindicações e queixas
- O livro responde artisticamente às incoerências desencadeadas pela larga escala de
privatizações do universo público. Constrói 14 ficções aparentemente desconexas
com o real, mas que, fora a exterioridade das fantasias inquietantes, exibem as
aberrações de um mundo pretensamente racional.
- Alguns elementos de suas narrativas informam as disparidades da sociedade em que
são escritos os eternos retornos ao problema inicial de cada conto. Todos esses
componentes temáticos e estilísticos dão uma forma e denunciam as atrocidades e a
desesperança de um país em vias da falência devido ao desdém de setores
entreguistas
● as imagens ligadas à violência, ao tormento subjetivo e de assombrações
● os sinais de autoritarismo e da divisão entre pessoas de diferentes origens
● as incongruências opressivas de um pesadelo vivido de olhos abertos
● o pavor excessivo das perdas, o anonimato de quase todos os personagens,
para os quais a identificação é renegada
● a entrega da existência por um objetivo incontornável
- O título “Deixe o quarto como está” é extraído de Três rosas amarelas do
estadunidense Raymond carver, e a imagem é de um conjunto de narrativas curtas
fantásticas e surrealistas, o que não deixa de ter a sua verdade. Mas, se olharmos
com mais atenção e recuperarmos a raiz histórica das suas irrealidades, veremos
muito do Brasil no livro.
1. AUTORRETRATO
- 3ª PESSOA
- Inicia com a visão panorâmica de uma casa grande, não se distingue se é rica ou
pobre
- Aparece uma mulher gorda que é uma extensão da própria residência, descreve o
tamanho do corpo com a imensidão dos braços e coxas. Está com um vestido que
desce até os pés
- Tom de repulsa do narrador ligada a desproporção e quebra de padrão da obesa
- A mulher tá no jardim deitada junto de um homem que se confunde com a
vegetação, ele calça botas e está a serviço da gorda
- Ponto de vista do alto (não tem como mencionar se o muro é alto ou não), vê-se 2
meninos (mulatinhos e esmirrados) escalando a parede e com a ajuda de um galho
entram no pátio e tentam entrar por uma janela.
- Narrador torce para o casal tomar atitude, com um olhar a gorda autoriza o homem a
capturar os meninos, que ainda não tinham passado a janela
- Ele prende os dois bate a cabeça deles uma contra a do outro e solta eles, dão uns
passos tontos e desmaiam
- Quando acordam o homem leva eles até a mulher que emocionada dá um afago nos
meninos
- Crianças são levadas pelo homem até o portão e parece lhes oferecer dinheiro e
doces, elas vão embora
- O homem busca no fundo o pátio um saco de areia, prende na árvore e fica dando
soco, a mulher fica inerte e indiferente em relação a raiva dele
- Aos poucos volta a tranquilidade e o conto termina na mesma visão aérea do início
da narrativa
- A paz só é quebrada pelos movimentos dos braços do “homem-cão”, que continua
batendo
2. EXÍLIO
- 1ª PESSOA -personagem-narrador
- Frustração de um comerciante com a falta de prosperidade nos negócios
- Se passa em uma cidade interiorana
- Dono da loja faz mudanças no interior dela, para atrair clientes. Bota ventilador de
teto (mas não funciona direito porque o pé direito é muito alto), devido ao uso
aumentou a conta de luz e ficaram com mais um item sem uso porque não dava
resultado
- Fica sem renda e com prejuízo a luz passa a ser a do sol, que influencia o horário de
fechamento, fecha com o pôr-do-sol às 18h
- A cidade muda e ele precisa alterar hábito. O hotel onde almoçava todo dia fechou,
passa a comer atrás do balcão
- Tranquilidade é rompida por um grupo de crianças que invade o lugar brincando de
pega-pega. São enxotadas pelo dono (admira a energia delas, mas as quer ali
dentro)
- Passam os anos, as pessoas e o local mudam, desaparecem os habitantes e os
negócios locais, “aparência de cidade-fantasma”
- Apatia pelo baixo movimento e pela aura pesada de fim dos tempos
- O silêncio só é quebrado pelas crianças e pelos cachorros (também entram às vezes
no bazar num enrosco que é difícil saber tratar-se de algazarra ou briga)
- Dá um boato de que ele vai fechar e algumas pessoas aparecem para olhar o interior
e admirar a passividade do homem, mas nada compram, elas usam crachás e não
parecem ser dali
- Um dia entra um casal que começa a discutir sobre um produto, a mulher diz que
não havia nada similar àquela mercadoria na cidade, ao invés de comprar, ela rouba
(coloca na bolsa), o dono percebe mas não corre atrás.
- Cansado da monotonia e sem lucros, decide deixar a cidade
- A noite embarca no trem com sentimento de esperança e alegria por imaginar uma
nova vida numa nova localidade
- O trem vai passando pela cidade e as lembranças aparecem, então desiste da ideia
e desce na estação seguinte, pega um trem no sentido contrário e volta com o
pensamento de chegar a tempo de abrir o seu negócio pontualmente
3. APRENDIZADO
- 1ª PESSOA
- Teor machista
- Inicia com o protagonista em um motel com uma mulher, sua colega de serviço, ele
compara ela a uma égua
- Ela se penteia de frente para o espelho e de costas para ele (fico apreciando a
musculatura das suas costas, nem muita, nem pouca, perfeita, parece uma égua de
corrida - falta só o suor brilhando)
- Ela é funcionária de uma imobiliária e ele insinua que ela possa ter um caso com o
chefe, refere-se a isso de forma desprezível
- Ele diz que sua mãe tá doente e que talvez não vá ao trabalho para levá-la ao
hospital
- Saem do motel e pegam um ônibus, descem em um trailer de xis ela pega 2 lanches
- Se despedem e ele avisa que não sabe se vai aparecer na imobiliária no outro dia
- O rapaz volta para casa e tenta comer algo, mas só tem uma sopa rala que deve ser
da mãe doente, o pai aparece e diz que deve levar a mãe em um posto de saúde
- O velho se preocupa sobre quem vai cortar a unha dele quando a mulher morrer
- Os dois conversam e o filho lembra sobre o pai ter largado o vício do alcoolismo
depois de ir em um terreiro de umbanda. Durante a conversa surge a dúvida: Você
sabe qual é o tempo de trabalho que a gente precisa ter para ganhar o
seguro-desemprego?
- Conversam mais um pouco e o jovem se levanta e diz que vai dar uma volta
- Vai no Bar do Jones, um boteco boêmio, decadente, e com uma mesa de snooker
- Não sabe jogar mas fica na volta da mesa e pergunta sobre um conhecido Binho
- Então Darci se aproxima e pergunta quando o rapaz vai pagar os 50 reais que lhe
deve, tenta despistar dizendo que Binho vai emprestar uma quantia e pagaria a
dívida
- Darci não aceita a desculpa e lhe esmurra no corredor dos banheiros, um dos socos
lhe quebra um dente
- Volta pro salão de snooker (sinuca) e Binho, que trabalha em uma farmácia
veterinária, havia chegado. Pede os 50 pila e o Binho nega, então ele pergunta se
sair do emprego com menos de um mês ele ganharia seguro-desemprego
- Binho diz que não sabe, saem para a farmácia veterinária porque o rapaz precisa de
um remédiopara a mãe
- Chegam e Binho veste o avental, liga o rádio, acende um cigarro e calça as
havaianas que deixava sob o balcão. Pergunta o que a mãe dele tem, mas ele não
sabe e diz que ela sente muita dor, então ele leva de modo aleatório um analgésico
para cavalo
- No trajeto para o apartamento onde mora vê uma fila que distribui ficha para consulta
hospitalar e ainda faltam 8 horas para a entrega das fichas
- Um homem oferece 30 reais pelo local na fila, ele pede tempo para pensar mas aí
vende, o cara baixa para 15 ele aceita
- Volta ao Bar do Jones e paga parte da dívida para Darci. Promete que com o seguro
desemprego pagaria o resto da dívida, mas ainda não sabe se tem esse direito. Darci
cobra ele aos berros e ele sai com dignidade e pose, embora de fininho
- Tá voltando para a casa dos pais e ouve um barulho em um saco de lixo, acha que
são gatos e cachorros revirando o lixo, os quais ele gosta de chutar. Contorna a
lixeira e vê um homem mexendo nos restos de comida, quando vê que está a sós dá
um chute no queixo do mendigo sem nenhum motivo
- Volta para casa no nascer do sol, ap lotado de parentes e amigos. Tio Olavo lhe
conta que a mãe tinha morrido
- Decide que naquele dia não iria trabalhar, vai até a cozinha fazer um café e fica
matutando que deveria lembrar sobre as condições para receber o
auxílio-desemprego, pois já tinha passado por aquelas circunstâncias quando foi
demitido de uma transportadora. Mas como ele diz: “tem coisas que a gente não
aprende nunca”
4. INSISTÊNCIA
- 1ª PESSOA
- Disputa de 2 grupos pelo direito de viver em um galpão
- “Os caras” tão do lado de fora, ao tentar invadir são expulsos com violência pelos
que têm posse do lugar
- A incompreensão com o ciclo das tentativas de invadir e expulsar é tal que o
narrador pergunta a um dos colegas qual a diferença entre estar dentro ou fora
- O companheiro, depois de enrolar, responde que o ponto é poder escolher entre
estar dentro ou fora
- No meio da violência o personagem se orgulha de saber se esquivar dos golpes,
sempre deixa alguém entre ele e o agressor e fugir sem ser percebido
- Depois de perder várias vezes, argumenta pros outros homens dizendo que seria
mais inteligente e menos desafiador se tentassem ficar lá dentro um de cada vez, ao
invés de entrarem todos juntos
- Conta que entrou sozinho uma vez, ficou por dias e saiu de forma pacífica. Um dos
lutadores não aceita a ideia, pois a briga ali não era uma coisa individual
- A coletividade descarta ocupar ao poucos e mantém a ideia de sempre
- Numa das brigas, o narrador dá um golpe certeiro e um dos de dentro cai, causando
inveja nos aliados de fora. Então, um dos de dentro acerta uma cotovelada no
narrador, que é defendido por um dos de dentro
- Há uma troca de lado, o forasteiro é aceito no galpão, passa ajudar na agressão
contra os de fora, vira a casaca e confraterniza com os de dentro, as festas eram
sempre interrompidas por uma nova invasão
- Antes contrariava as decisão do lado de fora e agora critica as determinações do
lado de dentro
- Se nega a largar a bebida e a tranquilidade para reprimir os de fora. É expulso e
obrigado a deixar a proteção e os divertimentos por se contrapor às regras
- Antes de sair, briga com um homem e, mesmo sem entender a confusão, parece
voltar ao grupo de origem, “pois já tinha decidido que não ia ter mais sossego na
vida”
5. HEREDITÁRIO
- 1ª PESSOA
- Começa com a morte do pai da protagonista, deixa de herança uma pequena caixa
de joias. Nela tinha uma esfera gelatinosa, que o herdeiro chama de geleia
- No início a gosma oval se desmancha entre os dedos e dá sensação boa de pegar, o
narrador até gosta dela mas tenta se livrar, jogando no rio ou tentando queimar, sem
sucesso
- Com vergonha das outras pessoas verem o que tinha nas mãos, aluga um quarto
num porão e passa a viver nesse subsolo. No dormitório, ouve perguntas sobre seu
paradeiro e estreita laços com a geleia
- Sozinho, ressentido pela solidão e sem ouvir as vozes do andar superior, abandona o
esconderijo e mostra a geleia para outras pessoas, independentemente das
consequências, percebe que ninguém vê a gosma na mão dele, só ele enxerga
- A substância vai tomando conta do corpo dele, até se tornar parte dele, aos poucos
há uma aceitação daquela integração estranha e irremediável
6. O CROCODILO I
- 1ª PESSOA
- Um crocodilo entra no quarto, sobe no colchão e se aconchega nos pés do narrador.
Fica espantado e pensa estar louco
- Estica a perna e toca de leve na barriga rugosa do animal, que sorri como se
estivesse com cócegas
- Retribui o sorriso e a certeza da loucura aumenta, antes desse aparecimento tinha
um rotina diária
- De tempos em tempo, se levantava e encostava as costas na parede oposta à cama,
para se proteger do calor que consumia o quarto. Agora com a visita indesejada não
conseguiria se movimentar até o canto fresco
- Fica com raiva por ter que ficar imóvel por causa do animal e chuta ele, que chora.
Dá mais um chute e se levanta para ir ao lugar mais agradável do cômodo
- Num instante de relaxamento e inconsciência, desce a mão pelo corpo e toca no
crocodilo que tá do seu lado, na mesma posição, em pé e com o dorso encostado no
concreto
- O crocodilo se sustentava pelo rabo (de músculos enrijecidos) que lhe dava base
- Fica impressionado e volta ao colchão, observa a respiração do réptil, que se
mantém estático na vertical
- Vira-se para o lado oposto e dorme
- Acorda e sente um peso, vê que o animal está grudado nas suas costas. O ronco do
animal é compensado pelo gelado da sua pele fria. O desconforto é suportável, as
mãozinhas de unhas pontiagudas lhe ferem a pele dos ombros
- Dorme denovo e o interfone toca, o crocodilo atende e passa para o humano, é o
zelador avisando que ele não pagou o aluguel de novo e precisa deixar o imóvel
- O homem recolhe seu colchão e leva até a rua com a ajuda do zelador, abandona o
pertence em um canto e vai no camelô comprar 2 cintos para prender o bicho com
mais força atrás de si
- Percebe que os homens e mulheres que circulam nas avenidas também trazem
animais em suas costas (cachorros, gatos, pombos)
- Reflete sobre a sua condição de enlouquecimento, enquanto o amigo silvestre,
sorridente e com uma voz rouca assente com um “tem razão”
7. A CURA
- 1ª PESSOA
- Abre com um elogio ao médico, que mesmo com doenças graves e contagiosas não
abandona os pacientes. Exalta a postura destemida dele, que coloca a sua e a saúde
de sua família em risco
- Vão até novas cidades retirar amostras para pesquisa sobre o vírus e suas
consequências ao organismo, mesmo que o tipo viral daquela pudesse ser diferente
do da outra região
- Não se consegue precisar se a insalubridade e a falta de recursos do lugar são a
causa ou a consequência da contaminação
- Sintomas: cansaço corporal, sem nenhum efeito físico aparente. As pessoas ficam
tão cansadas que desabam e ficam deitadas até morrer de fome
- Sem a cura, os doentes se acumulam nas calçadas, alguns resistem mesmo sem
comer por dias
- Outro sintoma é a perda de memória (amnésia infecciosa) que apaga as palavras e
os fatos da mente dos habitantes
- No hospital morrem muitos e não cuidam com os cadáveres, no início eram
incinerador para dificultar a propagação, foi abandonado pelos custos. Os médicos
tentam entender a natureza da moléstia
- A população acompanha a evolução torcendo por uma solução rápida, os pacientes
se amontoam em salas de conferência para ouvir palestras com os dados da doença
- A cura tá longe, a ciência tem seus limites
- Fora do hospital a rua tá cheia de lixo e a chuva frequente leva ele junto com o barro
- Para isolar a cidade engenheiros abrem um rio isolando aquela micro-sociedade
- As águas poluídas são o caminho que os estudiosos percorrem para atender os
enfermos
- A esperança é que, um dia, um profissional apareça, reúna todos e anuncie a cura
8. O CROCODILO II
- 1ª PESSOA
- Admitido em uma instituição, o narrador carrega um crocodilo nas costas. Acredita
que tenha conquistado o almejado emprego,porque seu chefe -chamado de Doutor-
também leva um crocodilo amarrado nos ombros
- Todos acreditam que o contratado será o sucessor no controle da empresa
- O empregado não almeja status e poder, mas tá bem com o conforto inerente à
posição de ocupa, pensa na esposa grávida e no seus segundo filho que está por vir
- Para proteger a mulher de “corpo frágil e delicado”, aceita ir para “uma praia quase
deserta”
- Dá passeios com o primeiro filho (primogênito) que se ressente por não carregar um
crocodilo
- O menino não percebe que “leva de arrasto um rabinho jovem e incipiente que se
agita com vigor dos músculos novos”
- Enquanto observa o filho brincar no mar, se incomoda com a tosse incessante do
réptil
9. O ROSTO
- 1ª PESSOA
- Sentimento de obsessão do morador de uma casa porque se sente perseguido ou
torna-se perseguidor de um rosto, que se multiplica, se esconde ou o espreita no
interior da casa
- A moradia é um ser vivo que se modifica constantemente, criam-se novos espaços e
caminhos
- O protagonista antecipa as mudanças internas que vão ocorrer no domicílio, pois ele
tem forte afinidade pelo lugar, o que lhe dá vantagem na disputa com o invasor
- Mas os segredos da casa não são completamente controláveis e decifráveis
- A face levita pelo imóvel sem um corpo: um ponto negro no ar, seus cabelos voando,
indo de uma parede a outra do corredor à procura de uma porta aberta por onde
escapar
- Um dia o proprietário espera o rosto em uma sala pequena, ele vai entrando e o
homem percebe os contornos da figura pelo reflexo da janela. A cabeça se aproxima
dele enquanto continua a vê-la pelo reflexo
- O olhar compenetrado do homem assusta o rosto que foge sendo perseguida de
perto
- Depois de se bater nas paredes e nos móveis o rosto é visto, seu semblante era de
uma criança, a pele lisa e branca com uma lágrima cristalina que escorria no canto
do seu olho
- Coloca o rosto dentro de uma gaiola. Agora os ambientes estão livres
- O prisioneiro é alimentado com leite, um dia pede um pano para secar o resto de
líquido que tinha ficado em sua boca.
- Quando se vira para buscar o rosto foge e ganha liberdade ao quebrar o vidro da
janela
- Na tentativa de encontrá-lo, o morador tenta olhar para o pátio, colocando a cabeça
pelo buraco do vidro, ficando com o pescoço preso
- Ao tentar movê-lo, ele se fere cada vez mais e acaba com seu próprio rosto difuso e
refletido numa poça de chuva
10. A VISITA
- 1ª PESSOA
- O narrador é recebido por uma Duquesa, substituindo seu irmão que não pode ir no
encontro. Foi apresentado ao Capitão, à filha da Duquesa e a um pianista
- Todos jantam juntos e depois visitam a casa
- Passam por uma sala onde acontecia uma festa, lá ficam a filha e o pianista
- Os outro 3 seguem e passam pela Sala de Ginástica, onde os “Homens do Capitão”
(o pelotão) fazem seu preparo físico nus para se sentirem viris, são A Guarda
- Seguem para cozinha onde tem mulheres com saias longas e uma cobertura na
cabeça. Elas tem olhar melancólico devido ao esforço braçal e pela insalubridade do
recinto, junto da mudez e do silêncio profundo
- A visita segue para o pátio, é um descampado entre um campo e um deserto,
cenário de secura e falta de vida
- Terminam em um galpão, o Capitão fica encarregado de abrir as portas. Lá já estão o
pianista, a filha da Duquesa e um homem com feição de tédio. Estão chicoteando um
homem com aparente debilidade mental, usando uma coleira no pescoço está preso
em um tronco.
- Indicam um relho pro visitante e sugerem que experimente bater no preso acuado, as
primeiras chicotadas são evitadas pela esquiva do indefeso.
- Depois de se acostumar acerta a vítima para a felicidade (regozijo) de todos
- É preciso convocar alguns soldados da Guarda para interromper a violência do
visitante
11. O ENCONTRO
- 3ª PESSOA
- Um casal vai a uma província cercada por uma muralha e se hospeda na casa de
uma senhora denominada de Senhora Baixinha que Fala Alto
- Os 2 saem atrás da casa onde aconteceria um cerimônia que queriam conhecer,
encontram um casa branca de janelas e portas azuis, como teriam que espera até o
início da cerimônia decidem conhecer a vila, mas começa a chover e param e m um
café para se abrigar
- Uma senhora que diz ser cantora pergunta de onde vem e se estão ali pela reunião,
fala que pode ajudá-los e se propõe a intermediar o encontro ritualístico,
conversando com alguns moradores da cidade
- No outro dia vão conhecer as muralhas e quando estão voltando para a pensão da
Baixinha cruzam com um homenzinho (Homem Sorridente que Vendia Bugigangas
na Calçada) que vende bugigangas, ele lhe dá um bonequinho que diz ser útil na
cerimônia, mas ele não sabe em que dia se dará. Eles não aceitam o brinquedo, mas
sempre que passarem pelo vendedor ele oferecerá
- No outro dia vão até a Casa para ter notícias sobre a celebração. Um Jovem Com
Olhar de Espanto os atende e ouve que eles têm um horário marcado e pressa de ir
embora, avisa que não vai ter sessão naquela semana, que terão que voltar na outra,
procuram a Mulher Que Se Dizia Cantora para ver se não podia resolver o problema
e abreviar o tempo de espera
- Não a encontram onde costumava estar e ninguém sabe do paradeiro dela
- Voltam na outra semana e são atendidos pelo mesmo Jovem Com Olhar de Espanto
que passa eles para a superior hierárquica (Mulher de Meia-Idade e Ar Distraído).
Ela os desengana de novo dizendo que o encontro não será nos próximos dias.
Saem desolados mas decidem ficar por lá e aguardar
- Depois de dias voltam a Casa para pegar infos, não acham ninguém e está tudo
abandonado, abraçam-se tristes e voltam para a hospedaria.
- No outro dia o homem sai para buscar o pão e vai atrás de alguém, mas não tem
ninguém nas ruas
- Se perde e dá de cara com a muralha, vira de costas e cai sentado, imaginando que
a mulher também tenha se perdido e que possa estar do outro lado daquele muro
12. CORRERIA
- 1ª PESSOA
- Narra uma corrida. Um homem tá no limite da sua condição física, mas persiste
sendo incentivado por outro corredor chamado de Zezinho.
- O gordo Soares também acompanha: “Vamos lá, campeão!”
- O personagem central não gosta dos dois e encontra forças para se distanciar dos
comentários deles. Se desgasta tanto que começa a babar sangue, Zezinho diz para
ele não dar bola e seguir. Ele sente como se as vozes e as frases saíssem de dentro
da sua cabeça, mesmo parecendo vir de várias pessoas
- Não tem a possibilidade da desistência, o limite é a falência do corpo: “Comecei a
acelerar, queria me arrebentar o quanto antes, cair ali mortinho, com as veias
inchadas, os olhos saltando.
- Continuam apoiando ele mesmo com o sangue escorrendo pelo nariz e boca e a
morte sendo a consequência da estafa
- Ele tropeça e quase cai, é induzido a continuar até com “um chute na bunda”
- O encerramento se dá em uma discussão com Zezinho, que diz: “Até o gordo Soares
aguenta, seu maricão … Só te chutando a bunda mesmo”.
13. ESPERA
- 1ª PESSOA
- Uma mulher canta no banheiro, enquanto um homem imagina seus movimentos e
acompanha a canção
- Ele tá na cama e pensa em aquecer o lado dela na cama e sobre o toque da pele da
amada no lençol
- Ele ouve ela entoando uma música alemã, talvez Brecht, e uma ária, ao mesmo
tempo ele acredita que ela tá esperando a banheira encher. Mas a cada noite a voz
dela parece mais longe
- As vezes ele não consegue identificar a canção ou saber se tá cantando ou
cantarolando com sons de garganta. Então fica ainda mais atento aos barulhos dos
gestos e dos objetos que vêm do outro cômodo
- Acorda e volta a dormir com a expectativa do retorno dela, o que é inútil
- Acha que acontece um desencontro constante dela aparecendo durante seu sono e
desaparecendo antes do despertar
- Mesmo esgotado pela espera não desiste de vê-la retornar
- Crê que a música o mantém vivo
- Tem visões com a chegada dela e quase grita “você não vem? No entanto, a
resposta sempre é uma nova cantoria
14. PARA SALVAR BETH
- 3ª PESSOA
- Gil tá desempregado e aceita cuidar de umacadela chamada Beth, mesmo não
gostando muito de dogs, enquanto a dona viaja (Senhora Afonso)
- A companheira de Gil, Soninha, comenta da falta de tato dele com os cães. E o Gil
diz que é necessidade porque tá sem trabalho. Não tem emprego fixo a mais de um
ano e essa é uma forma de ganhar um money
- Em função da falta de renda inclusive se mudaram para um quitinete apertadíssimo
- Combinou com a dona da Beth que buscaria ela todo dia às 10 da manhã e levaria a
pet-shop, já que ela faz um tratamento para uma doença crônica, precisa ir todo dia
para lá
- A empregada da família é a Cremilda que fica responsável por entregar e pegar a
Beth das mão do Gil
- No dia seguinte ele a leva como combinado
- A pet é dividida entre a parte da venda dos produtos e de atendimento dos animais
- Enquanto a cadela faz o tratamento, Gil fica repousando no colchonete da recepção.
Pela noite ele e Soninha conversam sobre seu primeiro dia de cuidador
- Nas próximas sessões fica tudo a mesma coisa: o cochilo na sala de espera e os
latidos incessantes. A exceção é o terceiro dia que precisa aguardar mais tempo
- Gil se atrasa para voltar para casa, quase coincide com o horário de chegada da
Soninha que estava confraternizando com os colegas
- Como no outro dia ela não ia trabalhar diz que acompanha Gil ao pet. Entregam Beth
para a atendente e ficam conversando sobre o dia dia de cuidador. Soninha estranha
a rotina mas ampara a Beth com muita festa quando termina a consulta
- Quase uma semana depois, a atendente diz que Beth vai ficar internada e pega Gil
de surpresa. Ele não entende o motivo e fala com a Senhora Afonso pelo telefone da
recepção. Ela tá na viagem e fala fungando que já falou com a atendente e com a
Cremilda sobre a internação, agradeceu os trabalhos do cuidador
- Em casa, ele fica apreensivo com o corrido e com o atraso da mulher. Chega tarde,
descontraída, contrastando com o seu sentimento. Enquanto a mulher se lava e
escova os cabelos no banheiro, ele tenta contar e entender o que aconteceu na
clínica
- Ela tentar entender o sofrimento dele e diz que é normal se apegar ao bichinho, ela
fecha o diálogo com uma constatação: “ Você não pode fazer mais nada, Gil. Tudo o
que estava ao seu alcance você já fez. Tem coisas que fogem da gente, do nosso
controle”
- Ele tenta dormir, mas não consegue. Decide ir no pet ter notícias da Beth
- Sai sozinho e encontra a loja às escuras. Toca a campainha, mas ninguém atende,
tudo tá em silêncio e apagado
- Busca outras entradas, mas acaba voltando à principal, permanecendo ali, como se
precisasse de socorro

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